Vampiros - A Máscara
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Qua Fev 19, 2014 8:33 pm

Giulio

Como um devaneio, Giulio recorda que após voltar da excursão com o Xerife em Baw que uma das Carniçais que servem no Elísio tinha informado que seu quadro continua sendo guardado, caso deseja-se bastava pedir.
Sharon escuta ele, o sotaque controlado que mostra seu tom apenas quando ele deseja. Ela não recua com proximidade, escuta quieta, atenta às palavras dele.


[Teste de Percepção]

Após falar com ela e observar Sharon, Giulio crê que ela é verdadeira, não apenas isso, mas ela talvez seja sua única amiga, uma alma gêmea que sente o mesmo que ele, que tem os mesmos objetivos sinceros. Ela não é tão bonita e deslumbrante como Camila, mas tem suas qualidades, sua voz soa como de uma amante.

Sharon Blaine - Seus pensamentos estão corretos, senhor Rosemberg. Mas temo que não podemos nem mesmo confiar em Camila. - Ela chega mais perto, parece observar as nuances da face dele então fala com um leve tom de receio. - Ela nem nenhum dos outros são dignos de nossa fé, nem dignos de ocuparem o lugar de Malquiel. Sem dúvida alguma existe uma conspiração para silenciar os opositores de Robert Guy, aquele Nosferatu almeja poder acima de tudo. Os próprios Ratos dos Esgotos não seguem ele, alguns deles como àquele metido a repórter. Camila é muito intima do Xerife e ambos desejam mais. Nossa Hárpia não é amável, porém ela não deseja permanecer em Pineold por muito mais tempo, creio que ela não tem ambições que obriguem ela permanecer aqui. Nova York é a meta dela.

Ela afasta-se por um momento, liga torneira e molha os pulsos pálidos e lava suas mãos, de costa ela fala para Giulio, sua voz levemente abafada pelo som da água caindo.

Sharon Blaine - Malquiel sempre teve um grande gosto pela beleza, como nosso clã, de igual modo adorava o prazer e presença de Membros carismáticos e antigos. Algusto até onde sei era o único Setita tanto em Pineold como na região do Maine, algumas vezes Malquiel encontrava com ele em privado, mas esse contato foi diminuindo com os anos. Fiquei sabendo que foi com o Xerife até o refugio dele, o que ocorreu lá? Nada foi falado, capturaram ou destruirão a Serpente?



ESCUDO DO NARRADOR

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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Qui Fev 20, 2014 7:44 pm

Henry Crow (Ignus)

O Feiticeiro parece pouco interessado, distante e arrogante agido como se um Ventrue não estivesse falando com ele, entretanto escuta em dúvida alguma. Sem nem olhar para Crow, ele começa caminhar novamente, vasculhando com os pés os estilhaços na rua, sua voz é seca.

Rezek - Sim, interessante. - Ele levada os olhos e encara o Ventrue por um momento, um pequeno sorriso brilha no rosto, mas logo desaparece, sua voz parece satisfeita quando voltar falar com Henry. - Descobri muito aqui, graças ao senhor. Meus agradecimentos.

Ele passa arrogante, tá um leve tapa nas costas de Henry deixando uma impressão que o Ventrue tudo falou e nada descobriu. Sua Besta quase explode, mas sua disciplina mantém ela quieta. O seu terno agora fede cigarro barato e o Tremere o vai deixando no meio da rua, sem nada.
Um dos Brujah que tinha observado de longe chega perto do Ventrue, cauteloso e tentando mascarar que gostou do que viu, é o mesmo que tinha gritado sobre os Feiticeiros.


Ralé - Viu? Acho que seu aperto de mão não serviu muito, né? Caso queira saber, foram eles que exploram os carros com aquela magia de fogo deles, sorte ele não ter colocado fogo nessa sua mão sem calos.

O Tremere ia chegando na porta do Elísio, andando lentamente e soltando fumaça, o Brujah fica ao lado de Henry, satisfeito por emporcalhar o orgulho do Sangue-Azul.




ESCUDO DO NARRADOR

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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Sáb Fev 22, 2014 10:44 pm

Johnatan Willians - Thorsten Schneider (Painkiller)

O local onde ele sobrevoa agora seria Duat? Sutekh poderia o estar levando para junto dele, agora que ele encontrou sua morte-final? Seu Deus, o que ele faria com alguém que falhou? Alguém que passou tanto tempo fingindo não ser de seu sangue, mesmo que supostamente fazia o que fazia em pró dele, Sutekh é capaz de perdoar? Thorsten recorda de tudo, cada detalhe dessa noite e de todas as noites anteriores. Como entrou na Torre de Marfim, confiante e como encontrou seu fim na Torre de Marfim, cheio de confiança. Tudo foi tão rápido. Assim como sua queda agora, parece que seu corpo (ou seria sua alma na realidade?) foi atirado do Paraíso, e caía agora em um grande abismo, talvez o inferno cristão, qual diferença para com Duat? Talvez Satã seja Sutekh. Talvez Satã não vá ser tão cruel com ele. O que alguém ganha por desapontar um deus? O Deus que faz parte de seu sangue, por toda eternidade? Uma tempestade poderosa, mas limpa toma conta do lugar durante sua queda, sempre parece que a força dela será capaz de arrancar seus membros, destruir seus olhos e mutilar de modo ainda mais pavoroso seu interior. Fendas enormes aparecem em baixo, rajadas de vento parecem irromper delas com grande intensidade. Nas profundezas sem fim de Duat existem ilhas até onde ele consegue ver, mas ele tem total certeza que nunca irá chegar em uma dessas ilhas.
Apophis parece distante, tão longe quanto as ilhas, mas suas formas e curvas parecem tão altas como montanhas, uma enorme serpente negra como o próprio céu noturno, sem escamas, apenas uma casca que cobre todo o corpo igual de um escaravelho. Sua bestial cabeça não é vista, mas como para mostrar que está consciente de Thorsten ela manda várias e várias serpentes negras, que também voam por Duat, ignorando a tempestade, elas percorrem em volta de seu corpo em pleno ar, algumas apertam seus membros, outras raspam e rasgam sua pele e vestimentas com suas escamas negras e afiadas como navalhas, deixando alguns pontos em "carne-viva", entretanto nenhum sangue jorra, ali não existe Vitae. Uma delas enfia a cabeça pela boca do filho de Set, vomitando sangue negro. Lentamente, parece que uma força surge dentro de si... Duat lentamente vai sumindo, assim como seus terríveis ventos.

Um templo, embaixo de Pineold. Um homem, não, é alguém do mesmo sangue que ele, com sangue divino. Ele está de joelhos, ferido em demasia, o ambiente é muito escuro, mas uma pequena lâmpada elétrica ilumina parcamente um altar feito de arenito com hieróglifos pintados com tinta vermelha em vários tons, Thorsten entende que é um altar dedicado a Set e Apep e todos os seus servidores. Algusto lê um livro com capa de couro negro e muito desgastado em frente aos hieróglifos correspondentes a Apep. O livro parece estar em latim medieval, ele vê as páginas, pois parece que sua consciência está fora do corpo, deixando-o livre para percorrer onde bem desejar, sem barreiras físicas para impedir, sem ninguém para o ver.
Não, existem sim os que podem o ver. Uma criatura cheia de escamas verdes e dotadas de garras grandiosas e douradas surge em cima dele e de Algusto, ela vê ambos, sua distorcida face larga parece mostrar algum tipo de sorriso cheio de dentes.
O outro Setita não toma nenhuma consciência dos visitantes que o espiona. Mais e mais coisas surgem, saindo de cima e e baixo, também ignorado qualquer barreira. Dezenas de criaturas como espectros de aproximadamente 46 cm de altura cada uma, dotados de asas, pequenas mãos com garras e cascos fendidos e olhos vermelhos chorando sangue. Outras com aparência metálica e sinistra, com sensuais formas humanoides tantos femininas como masculinas, são figuras de pesadelos, com mantos rasgados e rostos de madeira podre, vermes e insetos perfuram seus corpos em vários locais, uma belíssima e decadente mulher olha sensualmente para Thorsten, esfregando um seio de metal enquanto um grande verme mete-se nas suas partes privadas.
Então coisas tão grandes quanto ao que ele vislumbrou no galpão surgem, um é como uma gigantesca coisa insetóide com membros longos e finos, dotados de dedos aracnídeos, coberto por uma carapaça de quitina, cujas concavidades e espirais parecem formar runas sombrias.
Outro aparece diretamente de baixo, erguendo-se do chão como vindo do lodo primordial, é uma coisa com cinco metros de altura, parece um cruzamento entre um humano, um lagarto e um predador mamífero, sendo salpicado de cerdas afiadas e escamas de réptil. Seus dedos são afiados como lâminas, seus olhos são redemoinhos de luz brilhante, membros e torso parecem cobertos por chagas.

Novamente, o ambiente é desfeito. Apenas escuridão, demora um longo tempo até o Setita perceber que ele está nas profundezas da terra, muito abaixo do templo e de qualquer outra construção feita por mãos humanas, o cheiro de terra molhada e podre é abismal, existe algo tão errado naquele cheiro. Uma voz parece falar com ele, primeiro é em uma língua claramente não-humana. Após segundos, ela chega até ele como uma só voz falando em todos os idiomas que ele conhece. Do inglês até egípcio antigo, sem esquecer do árabe, alemão e espanhol. Essa voz parece vir de todos os lugares, tão profunda e negra como os abismos que ele vira em Duat.

"Thorsten Schneider, esperei milênios por sua vinda. Esperei, esperei e esperei, até todos os prenúncios estivessem corretos e tudo viesse a ocorrer como eu esperava. Nada acontece por acaso, cada evento nessa noite foi como eu desejei, inclusive sua queda. Vistes o que viu, coisas que são vedado aos homens. Vigias meus, entre eles Old Scratch, e de outros além contaram para os seres de minha estirpe seus feitos e ocorridos, enquanto eles resmungaram rodopiando e tombavam descuidadamente ao som das finas flautas no derradeiro vazio final onde paira o mestre de todos nós, cujo o nome os lábios que detém conhecimento não ousam pronunciar em voz alta, eu agi ao meu modo para salvaguardar sua existência.
Quando Sutekh caiu para ver eles dançarem e uivarem acima do abismo, ele jamais regressou inteiro. Lá estávamos e fizemos o que era esperado. Outros tentaram atingir o desconhecido, na vastidão fria do vazio além, e seus crânios agora estão enfiados num colossal anel no dedo mindinho de um a quem não preciso nomear. Mas tu, Thorsten Schneider, vistes longe em sua queda. Vieste, não como curioso, mas como alguém que cumpre o seu dever. E também jamais faltastes com a reverência para com o benévolo Sutekh, o Deus da Escuridão. De bom grado os outros dominariam à maneira tenebrosa deles esse recanto, de igual modo os poderes de fora trariam o caos e o horror para ti, que és a causa de sua própria queda ao provocar alguém mais antigo do que tu. Entretanto, Sutekh tem outros plano ti, sacerdote da Escuridão, e igualitariamente eu o protejo e o rodeio de meus planos. Assim, eu em nome de todos te poupo e te encarrego de um destino grandioso.
É o tempo do renascimento, é hora da colheita. Saiba que é somente por teu intermédio que podemos ser mandados de volta ao seu mundo. Devolverei você para o mundo, mudado para que um novo caminho mais digno surja pela sua frente, um caminho que permita que grandes feitos sejam realizados por ti, para logo eu possa emergir mais uma vez... Olha! Ali está Sirius, sobre as pirâmides, muito além dela nos abismos de onde meu insensível mestre me encaram está Wormwood, a Estrela Vermelha. Algum dia poderás cruzá-los, todos os abismos, mas caso seja sábio, evitarás esta loucura. Lembre-se disso, para sempre. Sua alma, é por direito minha... Como de todos nesse lugar chamado Pineold. Não tema, tanto tempo observando vocês fez nascer em mim conceitos como compaixão e gratidão. Parte! Envio de volta a terra, uma noite irá encontrar-me novamente, em qualquer uma de minhas milhares de outras formas, adeus, Thorsten Schneider, e tome cuidado. Não sou um anjo da guarda..


Uma visão surge por menos de um segundo, algo que nem sua mente imortal está preparada para suportar, algo que ele prefere esquecer imediatamente para que possa levantar-se. Sua mente dispara como uma fecha, indo de volta para seu corpo em algum lugar.




A caminhonete virada é o seu novo ventre, um de metal retorcido e frio. O asfalto cinzento está em frente, oferecendo uma oportunidade. Barulhos de vozes, gritos e um ou outro tiro são ouvidos. Um brilho de fogo surge de leve no asfalto, gritos de dor e medo por conta do fogo. É a mesma caminhonete de Robert, virada em alguma rua, alguma coisa aconteceu além de uma simples caminhonete virada, com dois pneus do lado direito para cima, como um animal abatido. A estaca que estava em seu coração, ela desapareceu do grande buraco que Robert tinha criado em seu brutal ataque. Alguns tiros acerta lataria da caminhonete. Ele sente o cheiro de gasolina vazando.


? - ATIRE NOVAMENTE, EXPLODE AQUELA MERDA!



ESCUDO DO NARRADOR

Ficha Painkiller:


Última edição por Killer Instinct em Ter Fev 25, 2014 9:20 am, editado 2 vez(es)
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por painkiller Dom Fev 23, 2014 4:11 pm

[off] Esse post vai ser gingante pra caralho
off resumindo: -1pds/fdv para serpentis 3
1 para forma da serpente
2 para curar[/off]


Seria esse o fim? A morte final, a escuridão de Duat? Não havia me preparado para esse momento, adiei durante anos meus estudos mais profundos acerca da religião de Set, quantos fazia que eu mesmo não assumia a forma divina de Apep? A minha não-vida era passava em minha cabeça, as vidas que prejudiquei, as minhas falhas e acertos, meus pensamentos, minha arrogância, excesso de confiança e meu último erro, na escuridão ficava remoendo em minha mente, "onde eu errei?" talvez não tivesse me precavido bem sobre alguém ter visto meu encontro com Algusto,ou então ele simplesmente já sabia, eu, o traidor fui traído, esfaqueado por quem eu deveria esfaquear, é um preço a ser pago por quem nada com tubarões.

Todos os pensamentos e nenhum tomavam conta de mim, enquanto eu permanecia em queda livre no abismo negro e profundo, questionamentos de todas as formas se formavam ante o desconhecido, o que pelo inferno eu devo fazer? A única coisa que creio é que finalmente encontrarei o meu criador, talvez seja castigado, talvez exaltado, ou mesmo me torne apenas mais um vassalo competindo por um lugar de destaque com os outros, sim, talvez essa seja a hipótese mais correta, o mergulho seguia, não tinha noção de onde estava, nem de nada ao meu redor, tirava a língua inutilmente para fora, ali meus poderes não eram os mesmo.

A uma certa altura da quedo percebo pequenas, mas torturantes gotas de água, caindo mais velozes que eu, o único prenúncio da chuva era um ou outro trovão, sem relâmpago que surgia rugindo próximo a mim, mas sem nenhuma luz, ao que parece estava entrando nas trevas primais, de onde todos os setitas saíram, aos poucos a chuva foi engrossando, os pingos já não eram finos, agora eram maiores, mais rápidos e mais torturantes, eles pareciam me fazer sentir uma dor sem fim, qualquer parte do meu corpo que fosse exposta era tingida, logo tentei ficar em posição durante a queda, mas não foi possível, os trovões a queda instante eram próximos de mim e a os pingos agora, os torturadores das nuvens finalmente iam me trucidar enquanto caía no abismo final.

Aos poucos a escuridão foi cedendo, mas a tempestade não, o cinza, a escuridão, deu sinal a cores de tons pesados, como se eu finalmente estivesse enxergando dentro da escuridão do abismo, como se isso fosse possível, embora assim não em atrevia a olhar para trás, não tinha coragem de encarar a tempestade, receava que as cruéis gotas de chuva arrancassem meus olhos e perfurassem meu crânio como balas de um rifle, tal era a fúria delas, dor era o único sentimento que sentia, enquanto olhava para baixo e via as fendas do abismo, uma ou outra ilha dentro da própria escuridão, talvez fossem seguras, talvez inalcançáveis e o abismo estivesse rindo de mim, ao me oferecer dor e uma anestesia jamais encontrada.

Arisco olhar para frente e vejo Apep, a serpente, negra como o breu, tão grande era o seu tamanho que suas curvas sinuosas assemelhavam-se a uma cordilheira inteira e sua cabeça permanecia oculta, finalmente havia chegado em Duat? Estava tenso, foi ali onde tudo começou, naquele instante desejei imensamente poder transformar-me numa serpente e tentar descobrir os segredos de Duat, mas não era possível, não ali, não naquele nível do universo, onde tudo funciona de modo diferente, com regras próprias.

Logo, ao longe, serpentes igualmente negras, como Apophis, a escuridão, voam em minha direção, seriam eles os mensageiros do senhor da escuridão? Seriam eles os servos de Set? elas voavam pelo abismo com uma velocidade incrível, a tempestade não parecia afetá-las, suas escamas grandes e pontudas pareciam enormes facas negras de obsidia elas se aproximavam com suas bocas abertas, deixando sair de suas bocas as enormes presas, logo elas me rodeiam e uma delas se envolve em meu braço direito, causando-me uma dor dilacerante, fincando suas escamas e navalhas em mim, logo percebo que não são mensageiros, mas talvez guardiães.

Logo minhas roupas estão rasgadas, minha pele esfalecida em gritos que epenas eu poderia ouvir, ao fim, uma das serpentes, a menor, com um ar de desprezo fita meus olhos e maliciosamente enquanto gritava atravessa minha boca, vomitando sangue no interior, não poderia mais gritar, apenas engolir a vitae viscosa da guardiã de Apep.

Meus olhos fechavam, pelo terror, mas logo a dor foi passando, o vento e a tempestade foram cedendo, passei a sentir-me melhor e quando novamente abri os olhos, não havia mais Duat, nem inferno, nem tempestades ou serpentes, apenas eu, agora como que por magia um novo cenário materializava-se em minha frente, era sinistro, estranho e bizarro tudo aquilo se formando aos poucos, ao final me vi em um templo setita, as figuras, as runas, hieróglifos, o templo e ajoelhado em frente aos símbolos de Apep encontrava-se a figura de Algusto, lendo um livro, provavelmente o seu livro de anotações, de rituais, caminhava, abaixava-me a uma distância próxima de seu rosto para poder olhar o livro, mas ele não me via, estava livre para ir e vir no outro mundo? Set me liberou para aprender ou auxiliar Algusto?

Mas se ele nem ao menos me enxerga, olhava para cima e só então percebia que um monstruoso ser saltava sobre a minha cabeça e a de Algusto, acompanhado dele vários outros, de diversas formas, rostos moribundos e sofridos, tortuosos, corroídos por vermes uma versão miniatura de seres humanos em putrefação, só que estes eram feitos de materiais diversos de carne, passava rapidamente meu olhar nos deles, eram tantos de tantas formas que seria impossível perder tempo reparando em apenas um deles.

Olho para cima e uma criatura enorme, semelhante a que fora encontrada morta aparecera, mas apenas semelhante, aqueles monstros eram diferentes uns dos outros, em sua forma e aspecto, como os seres humanos o são, perto um do outros, logo outro "gigante" tortuoso aparece do chão, imagino então se me tornaria parte daqueles seres, ou se era o ritual que Algusto estava fazendo que convocava tais espíritos ali, inclusive eu, tive pouco para pensar, quando fui arrastado em queda livre para o interior da terra, transpassando areia, cascalho, todos os tipos de materiais que compõem a crosta e sua camada, sempre sendo seguido por um persistente cheiro de terra molhada.

Mais uma vez eu estava no escoro, apenas a terra ao meu redor, inicialmente pude organizar meus pensamentos tentar entender aquela transição e imaginando que retornaria assim que Algusto fizesse outro ritual, tentava me mover, mas era impossível, inútil se esforçar, voltei para Duat, ou esse seria apenas mais um castigo que os deuses estão me impondo, apenas uma tortura? mostrar-me o mundo dos vivos, o quão somos cercados por espíritos livres e então me enfiar debaixo de uma cova à uma profundidade incalculável com esse maldito cheiro de terra molhada para me torturar?

Logo minhas indagações eram interrompidas por uma voz cruel, estridente, fina e grossa ao mesmo tempo, grave e aguda, mas forte, intimidadora, não ousava nem responder às suas palavras, que aos poucos eram capazes de serem entendidas, agora poderia escolher o idioma com que falava com a voz, era algo impensável, jamais imaginei aquilo, a voz fala em um idioma universal, compreendido em todas as línguas, abismado apenas tentava absorver das informações.

"Thorsten Schneider, esperei milênios por sua vinda. Esperei, esperei e esperei, até todos os prenúncios estivessem corretos e tudo viesse a ocorrer como eu esperava. Nada acontece por acaso, cada evento nessa noite foi como eu desejei, inclusive sua queda. Vistes o que viu, coisas que são vedado aos homens. Vigias meus, entre eles Old Scratch, e de outros além contaram para os seres de minha estirpe seus feitos e ocorridos, enquanto eles resmungaram rodopiando e tombavam descuidadamente ao som das finas flautas no derradeiro vazio final onde paira o mestre de todos nós, cujo o nome os lábios que detém conhecimento não ousam pronunciar em voz alta, eu agi ao meu modo para salvaguardar sua existência. Quando Sutekh caiu para ver eles dançarem e uivarem acima do abismo, ele jamais regressou inteiro. Lá estávamos e fizemos o que era esperado. Outros tentaram atingir o desconhecido, na vastidão fria do vazio além, e seus crânios agora estão enfiados num colossal anel no dedo mindinho de um a quem não preciso nomear.
Vieste, não como curioso, mas como alguém que cumpre o seu dever. E também jamais faltastes com a reverência para com o benévolo Sutekh, o Deus da Escuridão. De bom grado os outros dominariam à maneira tenebrosa deles esse recanto, de igual modo os poderes de fora trariam o caos e o horror para ti, que és a causa de sua própria queda ao provocar alguém mais antigo do que tu. Entretanto, Sutekh tem outros plano ti, sacerdote da Escuridão, e igualitariamente eu o protejo e o rodeio de meus planos. Assim, eu em nome de todos te poupo e te encarrego de um destino grandioso.

[/quote]


Então o deus da escuridão não me poupou, estaria eu falando com Set ou um de seus mais poderosos aliados? Sentia-me honrado por estar nos propósito de um Deus tão venerado e ao mesmo temor, quando ela falou dos crânios num anel colossal em um dedo mindinho, naquele instante imaginei o tamanho da mão e do poder daquele ser, haviam mais coisas no mundo místico que precisava conhecer um poder acima dos de um Deus, um Lorde sobre os Lordes, naquele instante eu percebi que mesmo Set, o Senhor da Escuridão, de Duat e de Apep, era guiado por propósitos, muitas vezes não os seus e isso não o tornava menos divino, místico ou poderoso, mas o aproximava de mim, do intangível e a possibilidade de estar em sua verdadeira causa é a minha maior honra.



É o tempo do renascimento, é hora da colheita. Saiba que é somente por teu intermédio que podemos ser mandados de volta ao seu mundo. Devolverei você para o mundo, mudado para que um novo caminho mais digno surja pela sua frente, um caminho que permita que grandes feitos sejam realizados por ti, para logo eu possa emergir mais uma vez... Olha! Ali está Sirius, sobre as pirâmides, muito além dela nos abismos de onde meu insensível mestre me encaram está Wormwood, a Estrela Vermelha. Algum dia poderás cruzá-los, todos os abismos, mas caso seja sábio, evitarás esta loucura. Lembre-se disso, para sempre. Sua alma, é por direito minha... Como de todos nesse lugar chamado Pineold. Não tema, tanto tempo observando vocês fez nascer em mim conceitos como compaixão e gratidão. Parte! Envio de volta a terra, uma noite irá encontrar-me novamente, em qualquer uma de minhas milhares de outras formas, adeus, Thorsten Schneider, e tome cuidado. Não sou um anjo da guarda...

Existe um caminho, uma missão um trabalho, eu voltaria, não mais sendo o que fui um dia, mas algo novo, Set quer que eu traga ele Duat a esse mundo para que finalmente ele venha a reinar eternamente, aguardo nosso reencontro e as instruções, sou honrado por caminhar junto a deuses e poder servi-los.

-- Adeus -- murmurava

Quando minha mente é invadida por uma visão, monstruosa e horripilante, indescritível, deletada de minha mente por algum mecanismo de defesa corpóreo.

Abro os olhos e encontro-me não mais no armazém, instintivamente me curo, enquanto passo as mãos em meu peitoral, "não há madeira, estou livre", eu voltei dos mortos assim como Set o fez, tive pouco tempo para me comemorar e me sentir horado, visto que logo percebi a caminhonete virada, escutei vozes e tiros, ao correr minha vista o veículo fora tombado, provavelmente por uma colisão lateral, "a voz realmente me salvou", foi o que pensei antes de ouvir mais um tiro e estar apto para caminhar, minha coluna fora reconstruída, graças a vitae de Set.

[off] Vou usar ofuscação 4, gastar -1fdv para sair furtivamente da caminhonete, se for possível olha o meu raciocínio para buscar uma saída por algum vidro quebrado, ou janela, no terceiro nível qualquer brecha que caiba a cabeça cabe o corpo, se for exigido um teste de esportes ou algo do tipo, a força de vontade vai ser nesse teste de esportes e não no de furtividade [/off]

Precisava sair e rápido, logo assumia o caráter escamoso da serpente, e desaparecia no ar, um fantasma reptiliano, é o que eu sou agora, pensava enquanto buscava qualquer brecha para sair daquela caminhonete, apenas não queria ser explodido naquele lugar e voltar para Apep sem cumprir a minha missão. Vou sair escondido e me esconder fora da estrada, da rua, vou correr pra caralho.

[off] post gingante da porra
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Ter Fev 25, 2014 9:17 am

Johnatan Willians - Thorsten Schneider (Painkiller)

Trilha:

Na traseira da caminhonete capotada, ele vê claramente que o veiculo está virado, por sorte não ficou de cabeça para baixo. Colocaram uma capota de lona preta na traseira para ocultar o corpo dele enquanto o transportavam pela traseira. Não vai ser difícil fugir, existe um rasgado longo onde deveria ser o teto da capota, dá para ele sair e pisar na rua sem problema algum.
Entretanto, tiros continuam e alguns gritos. Existem tiros atingindo o fundo da caminhonete, parece que estão mirando o taque de gasolina, um cheiro já aponta que pode explodir a qualquer momento.
Seu corpo agora revela que ele é um dos escolhidos de Set, a visão atingiu sua alma. Não existe vergonha em ser um servo do Deus das Trevas, de alguma forma ele saiu do torpor graças a ajuda do Apep, mas ainda tem o corpo muito danificado, mesmo curando com sua vitae, Robert quase desfez seu corpo com o golpe. Ele escapa passando pela lona, o carro bateu em um poste do lado direito da rua, o jeito decadente e sujo do lugar não deixa dúvidas que ainda estão em Baw, longe do Elísio. A luta ocorre do outro lado do carro e da rua não dando para ver muitos detalhes, Robert rosna qualquer coisa furiosa e alguém parece encontrar a morte-final gritando enquanto o corpo morto-vivo estava em chamas.
Muitas das casas em volta estão abandonadas ou entregues a drogados, algumas tem portas abertas ou destruídas, alguns metros e ele pode dar o fora da rua entrando em uma delas. Mas a Máscara ainda sim está por um fio. Tiros e gritos podem fazer com que alguns humanos fiquem escondidos rezando para seja o que for que está ocorrendo acabe, mas outros curiosos vão bisbilhotar. Problemas para Robert...



Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 7fd9d7b9-9659-4c4c-8505-e51ba09d64c4_detroit_think

[Dois sucessos na Ofuscação]

Uma vez fora da armadilha pronta para explodir, ele vira uma forma translucida, levando em conta sua aparência geral ele está parecido com as coisas que tinha visto em sua visão de Algusto. Um tiro de uma pistola pesado acerta a parede de tijolos de uma construção bem em frente a ele, talvez tivessem visto ele ou era uma bala perdida. Com passos cuidados e ligeiros ele entra na construção com à porta quebrada, o ambiente é escuro, mesmo em ruínas o lugar parece ser resistente feito de tijolos vermelhos, o lugar é desprovido de móveis, mas existe muito lixo pelo chão, desde sacos plásticos, montes de jornais e cacos de vidros e madeira quebrada. Provavelmente era um estabelecimento comercial, mas não existem quaisquer pistas de que tipo era, mas janelas grande e vendadas por tábuas de madeira dão uma pista.
Um grito qualquer e uma luz repentina, o som vem um pouco depois mas é alto o suficiente para fazer os ossos tremerem. A caminhonete provavelmente explodiu, gritos desvairados, talvez de Cainitas sofrendo o medo vermelho ou em chamas. Então uma voz repelente fala alto o suficiente para ser ouvida.


Robert - Para o sudeste! Venham, covardes.

Lá fora, Robert com talvez os dois desgraçados que tinham ferrado com Thorsten procuram levar para outro lugar a luta. Para o sudeste ficava a área de Algusto, exatamente onde o Setita acredita que o outro fez entrada para o Templo subterrâneo. Alguns poucos tiros, então o barulho de conflito para. Um ou dois continuam gritando, o barulho do fogo estalando e o cheiro de borracha queimada.
Até onde vê, só existe à saída da frente por onde entrou, caso alguém tenha visto ele entrar ele está cercado.




ESCUDO DO NARRADOR

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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Ter Fev 25, 2014 10:54 am

Jonah Fox (Fox)

Trilha:

A tal figura misteriosa coça atrás da cabeça em um gesto rude e diz de modo lento e pensativo.

Homem Misterioso - Legal. Peço desculpas, camarada. Cada um com seus traumas, certo? O homem sorri grotescamente revelando vários dentes amarelados e quadrados parecendo cutelos. Os olhos dele brilham de maneira escura e alegre. - Eu não sou manipulador, calma! Nem quero usar você como bode expiatório, não sou desse tipo, camarada. Muito pelo contrário, como você vai descobrir.

Ele parece verdadeiro em suas palavras, mas pouco depois andando de um lado para o outro sem fazer barulho ele parece meio em devaneio, inicialmente o que ele fala parece não ter nenhuma ligação com o que falou anteriormente. Ao no jeito dele indica uma doença mental, mas existe um sentido para cada palavra, algum Cainita mais velho iria notar certos padrões sobre o homem, padrões que aponta que ele é um gênio por mais estranho que seja.

Homem Misterioso - Mas veja bem, cara, na verdade não sou uma figura apavorante do tipo que pega carona e faz em pedaços os pobres motoristas que fizeram um ato nobre para com os outros, afinal não existem figuras mais tristes e desoladas do que os coitados que fazem sinal pedido carona nesse canto do mundo. Sou bacana. Compro um café para eles e conto historias. Eu poderia te contar uma história triste agora mesmo, uma que faria você entender melhor o que quero com você, mas essa história foi proibida. Ele pediu para eu não sair contando ela para os outros, e serei respeitoso. Sim, serei respeitoso e não vou sair contando ela, nem como meu maior agradecimento. Entende?

Poucos segundos antes o homem sorria como um demônio, um sorriso de boca e olhos, mas agora parece profundamente triste e melancólico. Agora definitivamente longe das chamas, Johan consegue sentir que o homem é frio como o inverno. Não tem calor, parece também não ter vida. Mas ainda sim é diferente de alguma forma. Ele tem pouco conhecimento sobre o que o jeito é capazes de fazer, mas o homem ali à sua frente parece ser algo muito mais perigoso do que um simples corpo animado, mas já escutou historias estranhas sobre outras criaturas que existem na noite, entre eles morto-vivos diferentes de qualquer Cainita, talvez ele seja algo do tipo, mas não tem como negar que existe uma aura de morte rodeando o sujeito. Longe do fogo, mesmo para um morto-vivo, o frio é quase fatal.
A vitae dentro dele está quase sendo congelada. É um frio antinatural, talvez uma maldição que o sujeito é forçado carregar consigo. Os olhos começam a doerem com o frio e terem sua visibilidade prejudicada. O homem parece perceber o frio e estala a língua de maneira inesperada e fala com uma voz mais fluida.


Homem Misterioso - Algumas vezes, todos somos forçados a realizarem tarefas sem saber todos os detalhes. Pois é, também não vou te passar toda a porra dos detalhes. Assim é melhor, tanto para nosso objetivo como para você, apenas digo que alguém teve uma morte terrível lá faz pouco tempo, além disso podridão cresce como um câncer na cidadezinha, algo tem que ser feito caso contrario todos corremos o risco de ter um destino horrível. Irei continuar te perseguindo feito uma alma penada enquanto eu não conseguir firmar um acordo honesto com você, esse é um fato. Mas acredito que no seu subconsciente sua opinião já esteja formada, sim. Afinal, você está indo para Pineold em vez de ter tomado o caminho livre. Então agora serei o mais claro que posso no momento. Você terá um dever, uma missão, entendido? -
Ele não dá espaço para uma resposta. O homem lambe os lábios e novamente dá um estalo com à língua, ele parece estranhamente calmo agora, mas continua tão vivo como uma pedra de gelo. - Você deve ir com cuidado até Pineold, a primeira cidade seguindo essa estrada. Você deve comprar um caderno de notas e uma caneta, pode roubar ou conseguir de qualquer forma. Não importa nenhum pouco, basta você saber escrever. É isso, não vou pedir para você sair retalhando ninguém, nem qualquer merda do tipo, você terá suas próprias escolhas, creio que alguém como você logo vai entender o que está ocorrendo por lá e veja que escolheu um caminho digno, lá no fundo você deve buscar por algo, não? Talvez dignidade.

O homem sorri, mas os lábios dele parecem secos como cinzas e o efeito não é muito verdadeiro ou alegre. Mas é inegável que existe alguma qualidade tentadora na voz dele, que ainda por cima é bonita e cheia de um carisma inato.

Homem Misterioso - Bem, assim que tiver essa bela agenda secreta que deve ficar apenas entre nós, você vai descobrir o que está acontecendo na cidade, especialmente no meio vampírico. Seja fofocas ou notícias aparentemente relevantes. Tudo que vem ocorrendo nas últimas quatro noites. Quem morreu e como morreu. Se alguém sumiu ou está se comportando fora do normal, se alguém mudou-se e também quem está no poder. Sim, isso é claro. Descubra quem está no comando da festa. Se alguém em especial está no poder ou está querendo assumir a liderança da cidade. Quais são os planos, caso você consiga ir tão à fundo. Descubra o que cada um dos mais importantes estão bolando no momento. - Ele parece limpar a garganta de modo seco e diz com menos calma agora. - Merda, acredito que não preciso ser tão detalhista com você, diabos, você vai saber o que anotar pois não é burro. Fofocas e coisas mais interessantes e importantes. Você deve guardar os detalhes na memória e anotar primeiramente tudo em um lugar reservado, você vai ser notado, mas ninguém precisa notar que você escreve um monte de informações em um caderninho. Assim que tiver conseguido suas primeiras informações, vá até cemitério Prosway, é o mais antigo cemitério da cidade e quase não é usado, sua igreja foi demolida e ninguém mais é enterrado por lá. Mas tome algum cuidado, nesse tipo de lugar o que não falta além de vermes, aranhas e outras coisas nojentas são os góticos. Esses idiotas vão lá, tomam vinho vagabundo e sonham com coisas que não conhecem. Vá para o extremo oeste do cemitério, lá você vai encontrar uma lápide bonita de um homem bem vestido trabalhado em pedra, apesar disso é uma cova de indigente por assim dizer, não tem nome da pessoa enterrada e nem data de nascimento e nem de morte. Você vai bater os olhos e reconhecer. Deixe seu caderno de notas lá, arrume um jeito de proteger e esconder, mas sempre o esconda no mesmo lugar e o deixe lá enquanto estiver bisbilhotando na cidade. Quando descobrir algo novo vá lá e anote e guarde novamente, não fique andando com o caderno por aí, se for esperto vai arrumar alguma pasta pequena ou coisa do tipo para proteger ele da umidade. Assim você nunca mais vai precisar encontrar comigo, sei que vai ficar aliviado com isso.

Nessa altura o frio fez com que os olhos ficassem secos e os lábios também, esse frio poderia fazer coisas bem piores com os mortais. O homem parece sentir pressa em terminar tudo. Antes ele parecia ter todo o tempo do mundo, mas parece que ele está ficando agitado segundo os instintos mais bestiais do Gangrel. A voz não demonstram nenhuma preocupação ou ansiedade. Nem nenhum sentimento, ele apenas finaliza falando de modo calmo e firme.

Homem Misterioso - Quando você chegar e ver que o caderno sumiu e uma rosa vermelha foi deixada no exato lugar, saiba que sua participação nisso terminou e o melhor que você pode fazer é dar no pé e nunca olhar para trás. Caso o caderno tenha sumido, mas nenhuma rosa vermelha esteja esperando por você, saiba que alguma obra do acaso aconteceu com o caderno... Alguma garota entendida e bêbada decidiu montar em cima do túmulo e achou sem querer ou alguma coisa feia chegou ali e pegou suas anotações. Caso seja o último exemplo, bem, você pode estar com problemas e vai ter sido vigiado e seguido, então faça o que quiser, mesmo não querendo ver-me eu posso surgir para ajuda-lo, pois afinal de conta vou estar devendo algo para você e gostado ou não tenho que fazer algo. Mas saiba o seguinte. Não iremos abandonar você enquanto uma rosa vermelha não ser entregue. Nem que seja no seu túmulo após sua morte-final. Seja em Pineold ou qualquer outro lugar que você possa pensar em sumir. Escolha bem para onde você vai fugir, pois esse lugar vai virar seu túmulo.

O homem termina de falar e dá um falso sorriso caloroso. Ele coça a testa e apenas diz encarando o outro nos olhos.

Homem Misterioso - Com isso, ao menos eu vou considerar que devo um favor para você, sei que tudo isso soa como merda, mas esse é um mundo de merda como você já deve ter notado, um ou outro pode dizer que já foi um favor deixar você "vivo" após nosso encontro, mas não sou tão babaca assim. Saiba que sou fiel como um cão, o chamei de companheiro pois sinto que você é um injustiçado, e eu adoro fazer amizades com injustiçados. Capiche? Agora recomendo que vá, o sol deve nascer em poucas horas e não existem muito refúgios ao longo dessa estrada, mas sei que você é um sobrevivente de primeira.

Caso Jonah demonstra que não tem mais reclamações ou assunto para tratar, o homem dá as costas e vai andando de volta para o mesmo lugar em que saiu quando reapareceu do outro lado do acidente. O boné que ele tinha perdido repentinamente aparece voando como carregado por um forte vento, ele estende a mão esquerda e o pega em pleno ar, o colocando na cabeça. Sua voz soa distante, antes dele desaparecer sem deixar nenhum rastro.

Homem Misterioso - Até mais, companheiro. Espero você lá!

Nenhuma pista que ele tenha realmente existido ali nessa estrada secundária. Mas o frio o ajuda a recordar e ter certeza que alguma coisa veio até ele e o pediu algo. Sempre existe escolhas, mas nesse caso parece que uma das escolhas não é exatamente confortável e à estrada em frente é pouco visível. Ele pode arriscar sua sorte, ignorando tudo sem saber o alcance que o sujeito tem, talvez acabe arrumando um novo inimigo, ou alguém que pode ajudar a lidar com os Brujah e toda merda que espalharam sobre ele.




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Última edição por Killer Instinct em Ter Fev 25, 2014 11:07 am, editado 1 vez(es)
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por painkiller Ter Fev 25, 2014 11:06 am

Rasgar a lona fora fácil, a língua bifurcada de Set, agora assim eu poderia, esguio e esperto fugir dali, os malditos devem estar tentando explodir o carro para dar um fim a meu corpo, "só espero que não estejam do outro lado da rua de olho no carro, de qualquer forma, eles não esperam que eu saia daqui". Uma vez vendo o interior do carro, vejo que por sorte ele capotara, mas havia ficado tombado, será essa a tamanha força de Robert? colocava meus dedos novamente no rombo deixado em meu tórax, jamais havia visto aquilo antes. Mesmo que não tivesse me estacado entraria em torpor, tamanha a brutalidade do golpe.

Olho para cima e vejo o teto cortado, sim, sim, doce liberdade, fugir do claustro, já na forma do guerreiro seguia cambaleando, agachado nas sombras, meu braço direito ainda ia de encontro ao meu tórax. A dor era intensa e sabia que não poderia utilizar a ofuscação com todo o seu potencial, não me importava se estava sendo seguido ou não, num primeiro momento apenas buscava sobreviver, usei toda as minhas forças para sair do carro e atravessar a calçadas, balas eram disparadas em todos os sentidos, uma por acidente quase que me arranca metade da cabeça.

Merda, ainda ferido eu entrava na primeira brecha que me coubesse, precisava de tempo para raciocinar, mais que isso, precisava de tempo para me recuperar. assim eu fiz, entrei por uma porta quebrada em um prédio, o espaço estava repleto de lixo, sacolas e porcarias de toda a espécie, infelizmente, ou felizmente só possuía uma única entrada, deveria me posicionar e me preparar para o pior.

Cuidadoso para não pisar em nenhuma sacola, encostava-me a um canto da parede, próximo à porta, no limiar do escuro e do raio de ação da minha língua, catava algum papelão grande que encontrasse e o colocava cuidadosamente sobre o meu corpo, esperava que ninguém houvesse me visto, mas o maldito Nosferatu não terá outra chance de me empalar.

- Para o sudeste! Venham, covardes.

Poderia distinguir a voz de Robert, para o sudeste, para o sudeste, interessante, aos poucos os tiros passam e nenhum barulho é ouvido, novamente a tensão toma conta de mim, o maldito Robert havia vencido o conflito e estava novamente brincando com minha cara ao saber que é para o Sudeste que está o templo de Algusto, ou realmente ele foi naquela direção e o conflito se encerrou definitivamente? Olhava com cautela, tentava sentir o ambiente, ia até as janelas fechadas, procurava alguma fresta que desse para rua, será que vou conseguir me safar finalmente?

De qualquer forma, iniciava o processo de fechar o "rombo" deixado em meu tórax pela maldita estaca de Robert, (off. -3pds cura) me curava, sabia que se gastasse mais vitae iria sentir fome, mas era um risco a se correr, "viva hoje, lute amanhã", precisava encontrar alimento e sair dali rapidamente, pegava qualquer pedaço de madeira que pudesse servir como uma estaca ali e colocava sob o casaco. "Endereçada a Robert Guy" minha forma de agradecê-lo pelas visões que tive em Duat. Caso a rua estivesse segura eu iria sair e ir em busca do setor sudeste, sempre ofuscado, sempre pelas sombras, me ocultando como uma serpente, caso veja algum mortal vou tentar me alimentar.

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Mensagem por Killer Instinct Qua Fev 26, 2014 6:57 am

Johnatan Willians - Thorsten Schneider (Painkiller)

Coberto e disfarçado como uma legítima serpente na escuridão, ele espera. É difícil analisar exatamente o que ocorre lá fora, com quem Robert entrou em conflito. Quem saiu vencedor e o mais importante, alguém deu nota que ele fugiu? Ou pensam que ele queimou no carro? O terrível som do fogo, tão perto, crepitando. Suas luzes passam pela porta quebrada, iluminando em parte o ambiente. Os sons vão ficando mais baixos e difíceis de analisar, os gritos pararam. Quem estava em agonia ou em pânico ou foram destruídos ou foram ajudados.
Então uma nova voz é ouvida, falando algo em um espanhol rústico e forçado demais para Thorsten entender completamente, alguma coisa parecida com "sigam-me, lá está!". Barulho de portas de carro, então o som de pneus cantando sua canção suja. Nenhuma fresta nas janelas, mas parece que sejam quem for está indo atrás de Robert, que provavelmente foge à pé. Espiando com cuidado para fora pela porta, vê que a caminhonete continua capotada, marcas de pneus no asfalto, um corpo vagamente humano no chão, quase transformado completamente em cinzas a cerca de quinze metros do outro lado da rua quando a caminhonete explodiu.
Durante sua fuga, tudo foi tão rápido e ele tinha notado quase nenhum detalhe fora a própria caminhonete de onde tinha saído. Fechando os ferimentos, tanto os que Robert causara como os que ele recebeu de alguma maneira estranha quando conversava com o demoníaco Old Scratch, que de alguma forma encantou o anel de ouro para ferir quando tocado. O anel está no bolso, guardado, parece que nada que ele carregava fora roubado. No chão, um pé de mesa partido com uma ponta irregular atrai sua atenção, iria servir.
Saindo do lugar ainda ocultado, vê os detalhes da rua. Perto do corpo que foi queimado existe uma espingarda antiga, mas inútil, o fogo deu um jeito de queimar a madeira, deformar o aço e explodiu a pólvora, queimada e arrombada a arma está caída perto do queimado.


[Teste Mental, nenhum sucesso.]

Parece que ninguém restou fora o "Mr. Burns", quase todo cinzas com algum osso ou outro ainda inteiro. A rua era longa, seguindo para o norte na área mais nobre de Pineold enquanto o outro caminho era para o sul, para Baw e as áreas com galpões, mais ao sul ainda corria o rio sujo da cidadezinha. Nenhum sinal de mortais. Estranho ou não?
Ele então caminha, seguindo pela rua para o sul, após cinquenta metros existe uma direção para oeste e para leste, ao sul existe uma grande fábrica que dá sinais de ainda estar ativa e funcionando, toma o caminho do leste, nenhum carro é visto, nem em movimento ou estacionado. Apenas sucata, ele passa por um velho Ford caindo aos pedaços e sem pneus, depois disso uma carcaça de uma Kombi. Depois de mais um quarteirão, seguindo esquema sul, leste, sul os sinais de vida surgem, pequenos prédios, quase todos de tijolos ao estilo anos 20 e 30 onde famílias pobres, mas com algumas condições vivem. Jovens negros jogam basquete em uma pequena quadra ao lado de um prédio mais novo, são seis no total entre 17 até 23 anos, usam roupas em tom verde dando um aspecto de gang, talvez sejam para estarem jogando basquete a essa hora e nenhum dos outros moradores da área estarem reclamando do barulho. Um mais velho está sentado em um banco de concreto fumando, de costas para Thorsten. Uma grade de arame cerca a pequena quadra, com uma abertura para pessoas entrarem dando para o lado esquerdo do sujeito fumando. Alguém marca três pontos e comemora aos berros.


Mortal - SOU INVENCÍVEL, CRIOULOS!

Os outros ficam negando, chamando ele de crioulo vadia e mandando calar a boca. O fumante dá uma risada e joga longe seu fumo, fica em pé e sem pudor tira o pênis para fora e mija em frente ao Setita, sem notar que é vigiado de perto por um monstro, com grade separando os dois, o xixi vai escorrendo indo em direção aos pés do morto-vivo.



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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Qui Fev 27, 2014 6:38 pm

Vou poder atualizar numa boa esse final de semana, lembrando que terça e sábado atualização direto.

Fora isso, só post para upar essa merda.:
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Fox Sex Fev 28, 2014 2:32 pm

Noite adentro, Jonah continua o diálogo com o sujeito misterioso. Ele estava curioso para saber o que ele queria e o que teria de tão especial em Pineold, mas também queria saber quem ou o que aquele cara em sua frente era. Entretanto, mais do que curiosidade, uma sensação estranha lhe dizia para seguir esse rumo. Talvez medo, talvez tédio, ou talvez algo que nem mesmo o Gangrel sabia explicar, no entanto ele sabia que em outras condições jamais estaria ali, no meio de uma estrada mal iluminada, de pé em frente a um estranho falando sobre companheirismo. Fox não confiava facilmente em ninguém. Não desde muito tempo, sua vida toda foi moldada dessa maneira, e a última pessoa na qual ele se deu ao luxo de confiar teve um triste fim. Desde esta fatídica noite, até a interação normal dele foi alterada, no entanto lá ele estava, como se o sujeito fosse um conhecido.

- Legal. Peço desculpas, camarada. Cada um com seus traumas, certo? Eu não sou manipulador, calma! Nem quero usar você como bode expiatório, não sou desse tipo, camarada. Muito pelo contrário, como você vai descobrir.

Jonah esperava mesmo descobrir. Pouco a pouco ele ia sentindo verdades nas palavras do homem, e dentro de si mesmo ele realmente queria que assim elas fossem. Mas ainda não podia dar o braço a torcer. Sua desconfiança ia permanecer até que ele entendesse que não precisaria mais dela. Como um animal selvagem que encontra um humano de bom coração. Mesmo que o humano tente ajudá-lo, ele vai se mostrar hostil e receoso, porque assim é seu instinto. Só depois de muito tempo o animal vai entender que o homem não quer provocar mal algum. Apesar de histórias assim sempre acabarem em merda.

- Mas veja bem, cara, na verdade não sou uma figura apavorante do tipo que pega carona e faz em pedaços os pobres motoristas que fizeram um ato nobre para com os outros, afinal não existem figuras mais tristes e desoladas do que os coitados que fazem sinal pedido carona nesse canto do mundo. Sou bacana. Compro um café para eles e conto historias. Eu poderia te contar uma história triste agora mesmo, uma que faria você entender melhor o que quero com você, mas essa história foi proibida. Ele pediu para eu não sair contando ela para os outros, e serei respeitoso. Sim, serei respeitoso e não vou sair contando ela, nem como meu maior agradecimento. Entende?

Jonah sente a mudança de humor e a melancolia do sujeito. Por um segundo, apesar de algumas coisas ditas não seguirem uma linha de pensamento muito boa, ele pensa entender o que sente o homem a sua frente. É como se visse um espelho a sua frente. O mesmo sentimento ao lembrar do corpo inerte de Pipo ao chão. Talvez a mesma feição se lhe fosse perguntado sobre o ocorrido. Agora era mais fácil de compreender, mesmo que não totalmente. Sempre há uma motivação, e para os dois talvez elas fossem muito semelhantes. O Gangrel desmancha a cara fechada que fazia até então, não tinha muito sentido continuar agindo dessa maneira para uma pessoal que foi aparentemente sincera até agora. Ele não era sentimental nem nada do tipo, mas sabia ser complacente de sua própria maneira.

- Eu te entendo. Já disse que lhe ajudaria certo? Não precisa contar sua história ou suas motivações se não quiser. Essas coisas fazem parte de cada um como se fosse um pedaço da alma. Eu estaria te insultando se exigisse que compartilhasse isso, mesmo que você não quisesse. Eu só queria saber o que tinha por trás da sua motivação em procurar por minha ajuda.

As palavras do Gangrel são acompanhadas de frio, que cada vez mais cresce nos arredores. Ele sente um aura pesada, como se o homem a sua frente a carregasse onde quer que fosse. Longe do fogo e em pleno pensamento, Jonah agora entende que o que sentiu antes, aquele frio na espinha mesmo em meio às chamas, é o mesmo que ele sente agora. É algo inquietante, e lhe faz pensar novamente o que seria este ser para que mude drasticamente o seu arredor. Não havia como saber. Mas de uma coisa ele sabia: era melhor ter alguém assim como companheiro do que como perseguidor.

- Algumas vezes, todos somos forçados a realizarem tarefas sem saber todos os detalhes. Pois é, também não vou te passar toda a porra dos detalhes. Assim é melhor, tanto para nosso objetivo como para você, apenas digo que alguém teve uma morte terrível lá faz pouco tempo, além disso podridão cresce como um câncer na cidadezinha, algo tem que ser feito caso contrario todos corremos o risco de ter um destino horrível. Irei continuar te perseguindo feito uma alma penada enquanto eu não conseguir firmar um acordo honesto com você, esse é um fato. Mas acredito que no seu subconsciente sua opinião já esteja formada, sim. Afinal, você está indo para Pineold em vez de ter tomado o caminho livre. Então agora serei o mais claro que posso no momento. Você terá um dever, uma missão, entendido? Você deve ir com cuidado até Pineold, a primeira cidade seguindo essa estrada. Você deve comprar um caderno de notas e uma caneta, pode roubar ou conseguir de qualquer forma. Não importa nenhum pouco, basta você saber escrever. É isso, não vou pedir para você sair retalhando ninguém, nem qualquer merda do tipo, você terá suas próprias escolhas, creio que alguém como você logo vai entender o que está ocorrendo por lá e veja que escolheu um caminho digno, lá no fundo você deve buscar por algo, não? Talvez dignidade.

- Eu não diria dignidade. Para alguém como eu esta palavra não faz muito sentido. Não mais. Como você, eu tenho minha própria história. Talvez verdade seja o que eu busque, é como eu definiria. Mesmo que me tenha encontrado no meio do nada, creio que você sabe ao menos algo sobre mim. Senão não me escolheria para fazer algo que parece importante para você. - ele novamente ajeita os cabelos por baixo do capuz, mas desta vez sem removê-lo. - Concordo que ignorância as vezes é uma bênção. Pelo menos não precisarei mentir ou esconder nada se for pego, não que eu espere ser. E sim, com isso estou confirmando que vou para Pineold, não precisa se preocupar quanto a isso. Só preciso saber o que fazer exatamente.

No fundo realmente o homem estava certo. Jonah já tinha sua opinião formada e se ele realmente não quisesse continuar com isso, não teria escalado uma montanha e passado por um inferno de carros. Apesar da situação de merda que se sucedeu, apesar da aparência pouco amigável, aquele cara conseguiu convencer-lhe, mesmo com poucos detalhes, de que seu objetivo valia a pena. O homem volta a falar, então ele retoma sua atenção.

- Bem, assim que tiver essa bela agenda secreta que deve ficar apenas entre nós, você vai descobrir o que está acontecendo na cidade, especialmente no meio vampírico. Seja fofocas ou notícias aparentemente relevantes. Tudo que vem ocorrendo nas últimas quatro noites. Quem morreu e como morreu. Se alguém sumiu ou está se comportando fora do normal, se alguém mudou-se e também quem está no poder. Sim, isso é claro. Descubra quem está no comando da festa. Se alguém em especial está no poder ou está querendo assumir a liderança da cidade. Quais são os planos, caso você consiga ir tão à fundo. Descubra o que cada um dos mais importantes estão bolando no momento.

"Bem, isto não vai ser muito difícil. Os vampiros das cidades de hoje em dia tendem a sair por aí espalhando notícias e fofocas. Com sorte eu vou ouvir tudo isso sem ao menos me esforçar. Mas isso se Pineold for como as grandes cidades que já passei. É, pensando bem, numa cidade com tantos problemas quanto ele diz, os Membros tendem a ficar mais reclusos e paranoicos, o que torna tudo mais difícil."

- Merda, acredito que não preciso ser tão detalhista com você, diabos, você vai saber o que anotar pois não é burro. Fofocas e coisas mais interessantes e importantes. Você deve guardar os detalhes na memória e anotar primeiramente tudo em um lugar reservado, você vai ser notado, mas ninguém precisa notar que você escreve um monte de informações em um caderninho. Assim que tiver conseguido suas primeiras informações, vá até cemitério Prosway, é o mais antigo cemitério da cidade e quase não é usado, sua igreja foi demolida e ninguém mais é enterrado por lá. Mas tome algum cuidado, nesse tipo de lugar o que não falta além de vermes, aranhas e outras coisas nojentas são os góticos. Esses idiotas vão lá, tomam vinho vagabundo e sonham com coisas que não conhecem.

"Malditos jovens e adolescentes de hoje em dia. Vagabundos que não tem o que fazer nem tem nenhuma perspectiva de vida. Só servem para ficar andando por aí fazendo o que não devem, atrapalhando a vida dos outros. Sou velho demais para saber que muitos deles são usados como Gado por muitos vampiros zuados. Terei que tomar cuidado. Apesar de não ter muito a esconder, não vou querer andar por aí com milhares olhos sobre mim."

- Vá para o extremo oeste do cemitério, lá você vai encontrar uma lápide bonita de um homem bem vestido trabalhado em pedra, apesar disso é uma cova de indigente por assim dizer, não tem nome da pessoa enterrada e nem data de nascimento e nem de morte. Você vai bater os olhos e reconhecer. Deixe seu caderno de notas lá, arrume um jeito de proteger e esconder, mas sempre o esconda no mesmo lugar e o deixe lá enquanto estiver bisbilhotando na cidade. Quando descobrir algo novo vá lá e anote e guarde novamente, não fique andando com o caderno por aí, se for esperto vai arrumar alguma pasta pequena ou coisa do tipo para proteger ele da umidade. Assim você nunca mais vai precisar encontrar comigo, sei que vai ficar aliviado com isso.

- Mas quando eu vou saber que o que eu consegui foi o suficiente e que você recebeu a informação?

- Quando você chegar e ver que o caderno sumiu e uma rosa vermelha foi deixada no exato lugar, saiba que sua participação nisso terminou e o melhor que você pode fazer é dar no pé e nunca olhar para trás. Caso o caderno tenha sumido, mas nenhuma rosa vermelha esteja esperando por você, saiba que alguma obra do acaso aconteceu com o caderno... Alguma garota entendida e bêbada decidiu montar em cima do túmulo e achou sem querer ou alguma coisa feia chegou ali e pegou suas anotações. Caso seja o último exemplo, bem, você pode estar com problemas e vai ter sido vigiado e seguido, então faça o que quiser, mesmo não querendo ver-me eu posso surgir para ajuda-lo, pois afinal de conta vou estar devendo algo para você e gostado ou não tenho que fazer algo. Mas saiba o seguinte. Não iremos abandonar você enquanto uma rosa vermelha não ser entregue. Nem que seja no seu túmulo após sua morte-final. Seja em Pineold ou qualquer outro lugar que você possa pensar em sumir. Escolha bem para onde você vai fugir, pois esse lugar vai virar seu túmulo.

- Eu já disse que iria lhe ajudar. Quando eu dou minha palavra a alguém, isso significa muito mais pra mim do que um simples acordo. Não precisa se preocupar comigo fugindo e te deixando na mão. Contanto que você também não o faça. Afinal, somos camaradas. - apesar de Jonah não sentir-se realmente dessa maneira, tão próximo do sujeito, as palavras dele são para mostrar seu comprometimento com a causa. - Seja como for, estarei em Pineold o quanto antes para começar meu trabalho.

O Gangrel começa a sentir a inquietação do homem, além dele mesmo se sentir assim também. O clima pesado não ajuda-o a manter-se firme. O frio cortante, que em outras ocasiões seria apenas mais um fator qualquer, agora chega a irritar o Selvagem. Ele tenta não demonstrar a situação em que está e apenas espera ele concluir.

- Com isso, ao menos eu vou considerar que devo um favor para você, sei que tudo isso soa como merda, mas esse é um mundo de merda como você já deve ter notado, um ou outro pode dizer que já foi um favor deixar você "vivo" após nosso encontro, mas não sou tão babaca assim. Saiba que sou fiel como um cão, o chamei de companheiro pois sinto que você é um injustiçado, e eu adoro fazer amizades com injustiçados. Capiche? Agora recomendo que vá, o sol deve nascer em poucas horas e não existem muito refúgios ao longo dessa estrada, mas sei que você é um sobrevivente de primeira.

- Tenho a sensação que meu trabalho não será tão fácil a ponto de não mais nos encontrarmos em Pineold. Apesar de tudo, você é alguém honesto, e isso é difícil de se encontrar hoje. Mas tenha certeza que vou cumprir com a minha parte e já que você colocou dessa maneira, espero que não se esqueça de cumprir com a sua. Te vejo em breve, e espero poder te chamar pelo seu nome da próxima vez.

- Até mais, companheiro. Espero você lá!

Jonah sente a ironia de dois seres sobrenaturais conversando e prometendo companheirismo um ao outro. Pouco provável era o mínimo que poderia se dizer sobre essa cena, mas o Gangrel preferia assim do que se integrar no meio de sanguessugas manipuladores cheios de planos maquiavélicos e tramas cruéis. Infelizmente quando se é um Membro não tem como se fugir disso, apenas manter distância por um tempo. Para ele a não-vida era mais simples, pelo menos até a desgraça vir a ele. Desde então as noites tem se resumido a dar uma de detetive, ou então fugir como um rato. Mas ironicamente não era muito diferente do que ele estava fazendo agora, só que dessa vez havia um novo propósito, o qual ele nem sabia ao certo. As costas do homem vão se distanciando até desaparecerem no meio da névoa e escuridão. Jonah sabe que não pode perder tempo. Suas pernas começam a se movimentar rapidamente em um "galope" veloz, enquanto seus olhos fixam à frente. Ele não olharia pra trás nem cogitaria desistir disso tudo. Era seu jeito.
Os raios do sol começam a aparecer por trás do horizonte. O sono sobrenatural começa a pesar os olhos do Gangrel. Ele para subitamente sua corrida para então procurar um lugar mais recluso, fora da estrada e de preferência um pouco distante. Lá ele utiliza o poder da Metamorfose (Metamorfose 3) para tornar-se uno com o solo. Neste estado ele poderia descansar tranquilamente até que a nova noite surja, e novamente ele parta em direção a Pineold.
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Sáb Mar 01, 2014 3:46 pm

Jonah Fox (Fox)

Inicialmente, seu corrida é mais rápida graças ao impulso de sangue que ele tinha usado na escalada, mas logo esse sangue é totalmente queimado, ainda sim suas capacidades físicas são excelentes e correr pela estrada não oferece problemas. O frio sobrenatural sumiu junto com o sujeito, é uma noite um pouco quente levando em conta o qual ao norte ele está.
Até agora não tinha visto alguma placa dizendo à distância de Pineold. De um lado a montanha cinzenta começa a ir diminuindo seu tamanho, do outro as árvores vão ficando mais altas e escutas. Após o que poderia ser dezesseis minutos de caminhada, ele finalmente vê uma placa.


Pineold: A Cidade do solo fértil.
19 milhas à frente

No ritmo atual correndo à toda, ele deve chegar na cidade em uma hora horas com muita sorte. Caso estivesse em alguma competição, poderia quebrar recordes. Entretanto, não existe tanta sorte assim, o sol começa impor seu peso sobre o morto-vivo, seu ritmo vai diminuindo. A mata abaixo é escura e quase deserta, ainda que existe alguns caçadores nessa época do ano. O relevo mudou muito durante sua rápida corrida, a névoa vai diminuindo assim que a estrada começa a descer. A altitude vai diminuindo e logo os dois lados da estrada estão nivelados com a estrada em si. Nada mais de montanhas de um lado e uma encosta em outro. O lugar é deserto, nada de motéis, nem casas, nada.
Com o céu do jeito que está, é impossível determinar às horas. Outro placa surge e é repetida, a placa branca que aponta que o limite de velocidade máximo ali é de 24 milhas (40km por hora). Um vento forte vem e alguma coisa grande passa voando à seis metros à frente, mas o que é, ele não consegue determinar. Seja o que for foi parar na floresta. Por um momento o frio fica forte novamente, mas logo desaparece. Na floresta, um som desesperador vem. Algum animal foi apanhado por alguma coisa e esta fazendo seus últimos sons de vida. Parece ser um cervo, mas também poderia ser outra coisa.
Mas o sol está nascendo. Ele caminhando para dentro da mata do lado esquerdo, ele encontra um bom lugar com terra negra e folhas secas próximo da estrada, mas protegido o bastante pelo que determina. As árvores ali são mais baixas e cheias de folhas. O solo é rico e seco, então enterra, indo para o sono pouco antes do sol nascer.




Terra é deslocada, alguns pedaços negros e folhas voam longe quando Johan emerge de seu sono. Talvez tenha dormido mais do que o esperado, seu sangue agora é pouco e sente fome, mas é sua Besta permanece controlada. O ambiente em volta está quieto, sem sons de animais ou de carros. Ele volta para a estrada e segue o caminho que percorria antes do seus instintos apontarem o amanhecer. Agora está mais perto, mas é arriscado continuar correndo pela beira da estrada, passou um dia inteiro e as autoridades humanas devem ter achado o acidente, carros poderão circular normalmente pela estrada até onde pode imaginar, ver alguém como ele correndo sem cansar iria ser algo muito estranho.
O céu não tem lua, é escuro, porém estrelado.
A estrada divida em duas mãos logo mostra ser realmente mais movimentada, um caminhonete passa vindo de Pineold, algumas entradas são vistas, seguindo para casas isoladas e espalhadas pela região, talvez ele tenha passado por alguma outra pequena estrada que ligam-se a essa como pequenos córregos a um rio, mas ele não notou em sua corrida, então um carro barulhento surge, vermelho. O carro está velho e com falta de manutenção. O vermelho é desbotado e o branco está amarelado. Os pneus são mais cegos que o motorista, um homem idoso com talvez 68 anos de idade, baixo e magro. Ele usa algum tipo de chapéu que o Gangrel já viu em outros idosos antes.
O velho para seu carro, com janela aberta, ele vê o "jovem" e faz sinal para chegar perto. Pela falta de luz não tem como determinar a cor dos olhos, mas o homem parece enxergar com dificuldade e sempre aproxima bem a cabeça para olhar as coisas de perto. Ele segura no gancho da calça o tempo todo como se tentasse pegar algo que estava fugindo por ali. Os instintos dele, apesar da Besta e da fome, dizem que ele não deve se alimentar do velho e nem recusar uma carona. A voz do velho parece de algum tipo de pássaro.


Idoso - Minha mulher sempre dizia-me que eu ia acabar numa vala com uma faca nas costas, caso continuasse dando carona. - Ele tosse uma, duas, três vezes e depois lambe lentamente os velhos lábios caídos. - Mas quando vejo um rapaz em pé no acostamento, sempre lembro de minha juventude. - Ele tosse novamente, dessa vez parece que sobe algum coisa pela garganta dele. A tosse é molhada e nojenta. - Eu também viajei à pé muitas vezes, dependendo da estrada eu nem levantava o dedo pedindo uma carona. Heh, heh, já levantei outras coisas também. - O velho dá uma tossida curta e lambe os lábios novamente, o carro continua em movimento, o velho não pisa o freio e vai andando lentamente enquanto fala com Johan. O velho dirigi com uma mão só e com a cabeça inclinada para frente como uma ave qualquer, de tempos em tempos olhando para fora. - E veja só, ela morreu há quatro anos e eu ainda estou por aqui, dirigindo esse mesmo velho Dodge. Às vezes sinto uma falta dela terrível. - Ele puxa o gancho para cima com força e pergunta sem olhar para Fox. - Para onde está indo, filho? Te levo para onde quiser, não é bom ficar por essas bandas sozinho em uma beira de estrada.



ESCUDO DO NARRADOR

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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por giulio Qui Mar 06, 2014 8:27 pm

Logo lembro me que minha mais bela obra se encontra guardado com um carniçal
E continuo a conversa com a senhorita Blaine.

Sharon Blaine - Seus pensamentos estão corretos, senhor Rosemberg. Mas temo que não podemos nem mesmo confiar em Camila. - Ela chega mais perto, parece observar as nuances da face dele então fala com um leve tom de receio. - Ela nem nenhum dos outros são dignos de nossa fé, nem dignos de ocuparem o lugar de Malquiel. Sem dúvida alguma existe uma conspiração para silenciar os opositores de Robert Guy, aquele Nosferatu almeja poder acima de tudo. Os próprios Ratos dos Esgotos não seguem ele, alguns deles como àquele metido a repórter. Camila é muito intima do Xerife e ambos desejam mais. Nossa Hárpia não é amável, porém ela não deseja permanecer em Pineold por muito mais tempo, creio que ela não tem ambições que obriguem ela permanecer aqui. Nova York é a meta dela.



"Se não posso confiar em Camila, que foi quem esteve do meu lado, porque confiaria em você?

Eu tinha todos os motivos possíveis para não confiar em nínguem  que vinhesse apontar outros cainitas, mas continuo a ouvir suas palavras e começar a pensar em algo para descobrir se realmente ela esta falando a verdade, ou se ela ao menos esta sendo sincera, nós cainitas sabíamos esconder os mais profundo sentimentos mortais e também sabiamo muito bem interpreta-los.


Sharon Blaine - Malquiel sempre teve um grande gosto pela beleza, como nosso clã, de igual modo adorava o prazer e presença de Membros carismáticos e antigos. Algusto até onde sei era o único Setita tanto em Pineold como na região do Maine, algumas vezes Malquiel encontrava com ele em privado, mas esse contato foi diminuindo com os anos. Fiquei sabendo que foi com o Xerife até o refugio dele, o que ocorreu lá? Nada foi falado, capturaram ou destruirão a Serpente?


--Realmente Malquiel foi um dos poucos que sabiam apreciar a beleza, acho que foi isso que me fez ficar mais atraído por ele como amigo.

Mas então quanto ao o que aconteceu no refugio do mesmo, foi  que, ao chegarmos lá, ele já não se encontrava mais, preveu de certo modo que alguém iria tirar satisfações com ele e correu antes, mas pegamos...quer dizer , eu peguei algumas impressões e visualizei algumas coisas,mas nada concreto, só a coisa mais estranha que eu vi foi que eles troca sangue entre si...

me escoro na porta olhando para ela e pergunto:

--Você sabe me dizer o porque disso?


Assim que ela responder segue a cena


--É melhor sairmos antes que deem falta de nós dois e achem que estamos tramando algo contra a seita. Como vamos manter contato? só podemos confiar em nós mesmos. Não vamos dizer nada que conversamos a nínguem.

Sigo até a pia molho minhas mãos e passo no cabelo colocando em pentedo para trás. e em seguida vou para o hall passando direto para o lado da porta que se pode visualizar a rua destruída.




Última edição por Giulio em Qui Mar 06, 2014 8:28 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : correcão)
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Sáb Mar 08, 2014 4:48 pm

Giulio

Ela escuta ele, olhando atenta, ela parece calma, mas absorve tudo que escuta. Especialmente quando ouve da excursão patrocinada pelo Xerife. Quando perguntada, ela diz com casualmente, talvez sem notar que Giulio não falou algo importante, que para surpresa até mesmo do Xerife um antigo membro do Sabá que fez parte do ataque anos atrás e supostamente teve sua morte final não apenas sobreviveu, como estava durante esse tempo todo ao todo ao lado do Setita.

Sharon Blaine - Trocar sangue entre si? Sabá, certo? Escuto que eles fazem todo tipo de rituais insanos, banhando-se em sangue como crianças fazem na água em um dia de verão quente. O Sabá está atacando?

Ela pergunta para si mesma, curiosa. Ela continua escutando.
A bonita Cainita diz com uma voz levemente adocicada e divertida, enquanto sorri olhando para o próprio reflexo no espelho.


Sharon Blaine - Veja a que ponto chegamos! Os tolos ousariam pensar que dois Neófitos do clã Toreador iriam estar armando tramoias contra a Seita em um banheiro feminino. Que idiotice doce, ainda sim essa doçura não iria diminuir o grau de tolice. - Ela tira de um bolso um pequeno estojo de maquiagem e rapidamente começar produzir-se melhor enquanto termina de falar, colocando um cartão com seu número. - Uma vez a Hárpia fez pouco de mim por eu deseja manter um relacionamento amoroso com meu namorado depois que fui abraçada, hum, sem grande dificuldade caso precisamos deixar nossa imagem imaculada dessas suspeitas, bem podemos fingir que somos Membros com certas... paixões, afinal somos ambos "afetados" Toreador, não é mesmo? Esse é o número de meu celular, ligue sempre que desejar, essa é uma invenção fantástica, não?

Ela deixa ele sair na frente, enquanto continua terminando seus retoques finais. Giulio caminha sete passos quando escuta, talvez vindo do fundo de sua mente a voz mais bela que já existira, é a voz de Malquiel, cheia de emoções e sem faltar um pequeno toque de seu humor.

"Querido Giulio, sinto profundamente que meu fim tenha estragado sua noite, seu quadro ficou refinado como bem imaginava. Entretanto, saiba que ninguém nesse antro é digno de confiança, na verdade são todos dignos de muita pouca coisa. Derrube eles para mim, querido Giulio, e faça o seu melhor!"

Quando dá por si, ele está novamente no hall, na companhia de alguns Membros, do lado de fora ele vê o Ventrue que tinha conversado antes e entrando pela porta vem um dos Tremere, um sujeito mal vestido e fumando com insolência, para enervar os outros Membros com o fogo. Camila aparece no hall, acompanhada de um sujeito grande e animalesco, suas deformações são por demais chocantes para Giulio dignar-se em detalhar e permitir que seus olhos suportem por muito tempo o olhar, Camila entretanto permanece extremamente bela como sempre, ela aproxima-se dele primeiro e diz de modo confidente, apenas para ele enquanto alguns dos outros vão chegando perto.


Camila - O Sabá chegou.



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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Ignus Dom Mar 09, 2014 1:02 am

O Feiticeiro parece pouco interessado, distante e arrogante agido como se um Ventrue não estivesse falando com ele, entretanto escuta em dúvida alguma. Sem nem olhar para Crow, ele começa caminhar novamente, vasculhando com os pés os estilhaços na rua, sua voz é seca.

Rezek - Sim, interessante. - Ele levada os olhos e encara o Ventrue por um momento, um pequeno sorriso brilha no rosto, mas logo desaparece, sua voz parece satisfeita quando voltar falar com Henry. - Descobri muito aqui, graças ao senhor. Meus agradecimentos.

Ele passa arrogante, tá um leve tapa nas costas de Henry deixando uma impressão que o Ventrue tudo falou e nada descobriu. Sua Besta quase explode, mas sua disciplina mantém ela quieta. O seu terno agora fede cigarro barato e o Tremere o vai deixando no meio da rua, sem nada.


Henry sente-se profundamente irritado com a atitude do Tremere. Ou ele estava zombando dele ou realmente obtivera informações úteis dele sem nada compartilhar. Num caso ou noutro, ele fora feito de tolo.

Enquanto aspira o odor de cigarro barato que agora impregna seu terno Henry trinca seus maxilares numa discreta exteriorização de sua frustração.


Um dos Brujah que tinha observado de longe chega perto do Ventrue, cauteloso e tentando mascarar que gostou do que viu, é o mesmo que tinha gritado sobre os Feiticeiros.

Ralé - Viu? Acho que seu aperto de mão não serviu muito, né? Caso queira saber, foram eles que exploram os carros com aquela magia de fogo deles, sorte ele não ter colocado fogo nessa sua mão sem calos.

O Tremere ia chegando na porta do Elísio, andando lentamente e soltando fumaça, o Brujah fica ao lado de Henry, satisfeito por emporcalhar o orgulho do Sangue-Azul.


"Mas era tudo que me faltava. Um Ralé vindo me dizer que minha atitudes foram inadequadas."

-Não acredito que minha mão sem calos - Henry fala a última expressão com algum traço de hostilidade para deixar claro que não gostara da referência a suas mãos - tenha sofridos qualquer risco real. Esse Feiticeiro em particular estava a centenas de quilômetro daqui quando tudo ocorreu, entao ainda que os Tremere locais tenham algo a ver com o ocoorido, o que eu francamente duvido, ele não teria como ter tido envolvimento no ato.


Henry aspira longamente, olhando para o rosto do Brujah com um ar levemente cansado.

-Sequer sei seu nome, meu caro, mas permita-me lhe dar um conselho. É certo que os ataques à Torre de Marfim local que já ocorreram não foram os últimos que Pineold sofrerá, Nesse contexto não é sábio tachar de inimigos, sem qualquer justificativa plausível, reforços enviados pela seita com o intuito de proteger a cidade. Eu já sobrevivi a um cerco do Sabá certa vez. Acredite em mim, na hora em que o inimigo está a sua frente é sempre melhor ter aliados ao seu lado do que estar sozinho.


Henry então estende sua mão para cumprimentar o Brujah:

-Isso posto, meu nome é Henry Crow, dos Ventrue. Qual o seu, meu caro?

Após cumprimentar o sujeito, caso nada de inesperado ocorra Henry retornará ao Elísio. Sendo possível ele procurará ´por Roland lá dentro,
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Dom Mar 09, 2014 5:23 pm

Henry Crow (Ignus)

O Ralé, talvez ficou surpreso com algo que Crow disse, talvez até mesmo intimidado de algo modo, o Ventrue ficou sem dúvida perturbado com o desenrolar dos acontecimentos e parece que o Brujah sente isso em algum nível, ele talvez escuta com meio ouvido, mas é sem dúvida receio de ter vindo cutucar o Ventrue no momento errado que faz ele temer por algo, talvez pensando que durante um ataque Hery teria todos os meios para transformar ele em uma pilha de cinzas, ele levanta suas mãos em um gesto de calma, apenas fala "sem problemas" e roda nos pés e volta para dentro do Elísio, os outros da Ralé que tinham saído também volta para o Elísio.
Pelo que Henry vê, existe alguma movimentação lá dentro. O idiota não teve coragem de dizer o nome, não que seja um nome importante, mas sempre é bom saber o nome de inimizades, uma noite Henry poderia muito bem colocar o sujeito no devido lugar. Entrando novamente no Hall, ele vê Camila, ela fala alguma coisa com o Toreador chamado Giulio, além disso Roland, o terrivelmente deformado Gangrel encontra-se próximo dela. Parece ser uma sombra terrível dela.

Camila vê que todos estão presentes, ela caminha para ficar no meio do grupo, nenhum sinal da Hárpia. Antes de falar qualquer coisa, porém, uma voz vem até Henry, uma voz dentro de sua mente, Duncan diz friamente, algo em sua voz parece dar um ar de fome.

"Henry Crow, seu desgraçado. Você logo vai virar um monte de cinzas, e vou mijar em cima de suas cinzas. Não consegue ver? Você está cercado, não existe lugar nessa cidade onde você possa conseguir refúgio, nem saídas, no final de contas você vai ter um fim tão banal que vai ser digno de risos. ESCUTA, DESGRAÇADO, EU ESTOU NA SUA COLA! EU NUNCA VOU DEIXAR VOCÊ ESCAPAR DEPOIS DO QUE FEZ! NÃO É ÓBVIO QUE...

A voz de Camila quebra seu devaneio. Roland observa ele com seu olho bom.




Henry Crow e Giulio

Camila fica no meio de todos os Membros ainda presentes no Elísio e não ocupando-se em tarefas, certamente deve ter dois ocupados na parte traseira do prédio, além dos que Henry na subterrâneo. A voz da Zeladora é bonita, mas forte.

Camila - Meus caros, tenha notícias frescas, porém desagradáveis, o Sabá está atacando nossa cidade nesse exato momento, como eles descobriram que esse era um momento delicado para nossa Seita não sabemos, entretanto não podemos ficar sentados, pensando que eles tem algum dedo na destruição de Malquiel e dos outros. Robert Guy já tinha deixado uma estratégia esboçada caso algo inesperado desse calibre ocorresse, os que desejarem, poderão formas Círculos com objetivo de ou ajudar enfrentar ao Sabá, ou manter a Máscara em funcionamento, entendam que não irei forçar que vocês vão para situação dessas, é escolha de vocês.

Surgindo do salão e vindo atrás de Camila, duas novas figuras, Membros que nenhum dos outros reconhecem, mas tanto Giulio como Herny já viram em New York, é um Membro do clã Brujah próximo do Xerife de NY, Zacarias Z Fleetwood é o nome dele. Ele conversa baixo em um celular, junto com ele está um Membro negro, com aspecto de lutador ele tem cabelo cortado bem curto e uma veste uma jaqueta de couro escura pesada.

Zacarias:
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por giulio Dom Mar 09, 2014 9:39 pm

Sharon Blaine - Trocar sangue entre si? Sabá, certo? Escuto que eles fazem todo tipo de rituais insanos, banhando-se em sangue como crianças fazem na água em um dia de verão quente. O Sabá está atacando?


" Mas porque eles fazem tais coisas? vai saber?

Continuando a conversa é notável a recaída pela própria beleza.

--A Camarilla sempre esteve preparado para uma guerra, do mesmo jeito que o Sabá sempre esteve preparado para atacar, então lhe digo realmente se o Sabá não começou tudo isso, está se preparando para usufruir da situação, então fique preparada para qualquer coisa.


Sharon Blaine - Veja a que ponto chegamos! Os tolos ousariam pensar que dois Neófitos do clã Toreador iriam estar armando tramoias contra a Seita em um banheiro feminino. Que idiotice doce, ainda sim essa doçura não iria diminuir o grau de tolice. - Ela tira de um bolso um pequeno estojo de maquiagem e rapidamente começar produzir-se melhor enquanto termina de falar, colocando um cartão com seu número. - Uma vez a Hárpia fez pouco de mim por eu deseja manter um relacionamento amoroso com meu namorado depois que fui abraçada, hum, sem grande dificuldade caso precisamos deixar nossa imagem imaculada dessas suspeitas, bem podemos fingir que somos Membros com certas... paixões, afinal somos ambos "afetados" Toreador, não é mesmo? Esse é o número de meu celular, ligue sempre que desejar, essa é uma invenção fantástica, não?
[i]

"O que será que ela está querendo dizer?

Com estas ultima palavras eu não entendia onde ela queria chegar, mas eu sabia que as vezes não conseguimos evitar tais paixões, e pego seu numero.

Em seguida saio do banheiro deixando ela retocar sua maquiagem.

"Eu almejo reconhecimento não sei você Blaine, mas eu almejo.

Andando em meio aos corredores ouço a voz mais bela que poderia escutar aquela noite agitada.

"Querido Giulio, sinto profundamente que meu fim tenha estragado sua noite, seu quadro ficou refinado como bem imaginava. Entretanto, saiba que ninguém nesse antro é digno de confiança, na verdade são todos dignos de muita pouca coisa. Derrube eles para mim, querido Giulio, e faça o seu melhor!"
[i]

Quando escuto isso, passo a mão no rosto olhando ao redor meio desnorteado, e me apoiando nas paredes continuo andando, em devaneio.
"Meu amado Príncipe, parece que você adivinhou o que iria ocorrer na sua cidade, e esse quadro foi feito para que eu relembrasse seu trono, e agora eu entendo o que tenho de fazer, ficarei atento a tudo e em todos, não deixarei que seu final tenha sido em vão, ouvirei suas palavras e farei disso meu lema, " ninguém nesse antro é digno de confiança", e com certeza derrubarei todos na media que for possível. E você sempre será meu Princípe.

Logo vejo que estou no hall novamente, quando vejo o tremere,vem todo o desgosto em minha garganta e penso em todas as traições que possam ter ocorrido, e logo vejo Camila e praticamente um monstro ao seu lado.

e me lembro da Bela e a Fera que já ouvi falar, e me vem uma imagem de um quadro com Camila e um monstro, para relembrar os más momentos da camarilla.

Sem querer olhar fixamente tiro meus olhos daquela abominação, e ouço ela falar.


Camila - O Sabá chegou.

Logo olho fixamente para o monstro, e em seguida para todo o salão me afastando de Camila para poder observar a reação de todos presentes quanto ao mesmo ter aparecido;
Pois se ele fosse aliado de alguém presente certamente iria demonstrar alguma reação diferente, e fico olhando cada membro que parasse para observar A bela e a Fera.

Camila - Meus caros, tenha notícias frescas, porém desagradáveis, o Sabá está atacando nossa cidade nesse exato momento, como eles descobriram que esse era um momento delicado para nossa Seita não sabemos, entretanto não podemos ficar sentados, pensando que eles tem algum dedo na destruição de Malquiel e dos outros. Robert Guy já tinha deixado uma estratégia esboçada caso algo inesperado desse calibre ocorresse, os que desejarem, poderão formas Círculos com objetivo de ou ajudar enfrentar ao Sabá, ou manter a Máscara em funcionamento, entendam que não irei forçar que vocês vão para situação dessas, é escolha de vocês.

Vendo pessoas nova entrando não consigo acreditar, se eles estão aqui é porque as coisas estão feias,não sou bom em confrontos diretos então eu sabia que teria de ficar com os membros que iriam manter a mascara, e assim que fosse se formando eu iria me colocar a disposição para ajudar e olharia bem os membros que iria formar os círculos.

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Mensagem por painkiller Seg Mar 10, 2014 12:10 pm

[off] Foi mals aí, mas passei uns dias sem internet, pau no rabo da oi [/off]

Permaneço com os ouvidos ouriçados, tentando absorver qualquer sinal que venha de fora, tudo que percebo é o som estridente de pneus de carros, gritos de perseguição, sim, Robert estava sendo acuado, mas por quem? O inimigo de meu inimigo hoje é meu amigo, estava vivo, aguardei mais um pouco e o silêncio fora feito, não retirei de minha cabeça a imagem de Duat, quando o silêncio virou um sinal de segurança saí de meu abrigo escuro, esgueirando-me entre as ruas, podendo finalmente perceber o cenário ao meu redor.

Podia ver a van tombada, já quase toda devorada pelas chamas que sambavam em cima dela, à alguma distância um corpo prestes a virar cinzas "tomara que seja o daquele maldito tremere", foi o que pensei pouco antes de a van explodir e uma enorme nuvem laranja e rubra se dispersar no ar, junto com o estrondo seco, a besta tentara tomar minha mente, mas depois de tudo que vira e que passei naquela noite, a visão de uma van sendo explodida e o fogo já não pareciam tão ameaçadores como outrora.

Seguia caminhando em busca de Robert, seguindo pelo emaranhado de ruas, os labirintos, a escuridão e o silêncio eram meus parceiros naquele instante, permanecia seguindo as trevas, desejando derrubar o maldito nosferatu e sonhando com os rituais macabros de Set, sim, seria uma longa jornada aquela noite, pensava nisso até ouvir vozes, jovens negros, provavelmente membros e alguma gangue, porque isso não me surpreende? estava doido por sangue e ali havia um monte de mortais fresquinhos, se quiser terminar o meu serviço irei precisar de sangue.

Haviam mil maneiras de fazer o serviço, os observava por alguns minutos, escolhendo um deles, qualquer um que pudesse servir aos meus intentos, não era muito difícil escolher um buscava o que fosse mais jovem, talvez fosse o mais saudável, com as mãos entre os braços eu escolhia minha vítima, o que eu achasse mais jovem e magrelo, que estivesse jogando, rumaria para o próximo beco escuro enquanto usava "o chamado" e permanecia escondido, com o pedaço de madeira entre minhas mãos, iria emboscá-lo ali mesmo, sugá-lo e depois jogar seu corpo no lixo.

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Mensagem por Ignus Ter Mar 11, 2014 11:10 pm

Henry observa com alguma satisfação o Ralé siar de sua presença com o rabo entre as pernas. A experiência serve para amenizar um pouco do orgulho ferido doVentrue com a atitude do Feiticeiro de NY e seu cigarro barato.

***

"Será um dia frio no inferno quando eu colocar meu pescoço na linha de frente. Não há dúvida de que eu devo ficar com a tarefa de proteger a Máscara, que inclusive é mais importante, haja vista que a ruptura da Másscara poderia colocar nossa espécie como um todo em risco e não apenas a Torre de Marfim local em ruína. Resta agora a arte de fazer minha escolha sem ofender os que escolherem se arriscar, porém frisando a importância de minha própria tarefa sem parecer covarde. No processo quem sabe eu também não consigo estender minha influência aos meios de comunicação locais? Não custa nada ganhar algo quando se trabalha 'altruisticamente' em favor da Camarilla afinal"

Henry caminha compasso firme e decidido em direção a Camila.

-Guardiã do Elísio, gostaria de colocar meus dons à disposição da proteção da Máscara. Tenho habilidade considerável no manejo da Dominação para alterar as memórias do mortais que vejam algo indevido e todo o interesse em manter nossa existência oculta dos que respiram. *pausa* Imagino que o saudoso Príncipe controlava pessoalmente a mídia local. Estou correto? Parece-me imperioso que utilizemos os contatos de que dispomos na mídia para assegurar nossa invisibilidade. Eu ficaria feliz em desincumbir-me dessa tarefa também. Para tanto preciso apenas saber quais os contatos e canais locais para essa função
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Mensagem por Fox Qui Mar 13, 2014 10:13 am

A corrida é uniforme, de maneira que Jonah põe suas capacidades físicas ao máximo. Não era como se ele corresse por sua vida, mas testar-se era uma coisa que ele fazia constantemente. Pouco a pouco o ambiente vai mudando, e com isso a dúvida sobre sua distância de Pineold. Logo, a placa a frente responde a sua pergunta. A noite fora longa e agitada, e para o Gangrel é difícil dizer quanto tempo se passou desde o incidente e quanto tempo falta até que o sol nasça e o sono sobrenatural pese sobre seus olhos. Era preciso também pensar uma forma de se proteger do sol, mas enquanto a mãe terra estivesse ao seu redor ele não teria problemas. Durante o caminho ele começa a pensar e imaginar o que tanto estaria se passando em Pineold. O que a cidade do solo fértil estaria cultivando sob as sombras da noite? E como ele, sozinho, iria fazer pra conseguir as informações necessárias?

"Quando eu chegar lá, eu penso. Fazer planos antecipados sempre dá algo errado."

A corrida continua, enquanto Jonah percebe a mudança drástica no ambiente à medida que o mesmo faz seu caminho descendo pela estrada. Com a altitude, finalmente a névoa que atrapalhava sua visão se foi. O ritmo que ele impunha, agora, já não é o mesmo, de fato o dia estava surgindo. Mas não tinha problema, já que a floresta ao lado lhe serviria como abrigo. Um som de vento forte e um farfalhar de asas, talvez, indica algo voando no seu. O Gangrel tenta acompanhar com os olhos, mas nada capta. Logo após, de dentro da floresta, um grito bestial agudo emana. Para ele era só a natureza agindo como ela age normalmente. No entanto, era chegada a hora, o sol está para surgir. Com rapidez, Jonah adentra na vegetação a sua esquerda, e com a mesma agilidade busca um local aparentemente seguro. O Poder da Metamorfose faz o trabalho de tornar a terra parte do seu corpo e vice-versa, então ele pode descansar até a próxima noite.
O despertar é acompanhado de fome, mas Jonah já previa isto. A alimentação da noite passada tinha sido o suficiente apenas para algumas horas. Ele sabia que a Besta logo iria pedir por sangue, mas ele tinha que ser forte e por ela sob seu comando, pelo menos enquanto não chega a Pineold.  As estrelas no céu sem lua lhe dão uma iluminação mínima. Ele caminha pela floresta até retornar à pista. Agora seria mais prudente caminha pelo acostamento, devido à hora e outras implicações. Ele logo percebe pequenas estradas afluentes que provavelmente levam a algumas casas rurais ou fazendas. Por um momento ele pensa em usar uma delas, e talvez se alimentar de um possível animal que viva por lá, para não causar alarde, no entanto, antes de tomar alguma atitude, um carro velho passa ao seu lado e começa a o acompanhar. Jonah ajusta o capuz a sua cabeça, não em forma de antipatia, mas não queria assustar ninguém de maneira alguma com sua Marca. Logo ele percebe que o senhor que dirige a caminhonete não perceberia isto nem se quisesse.

- Minha mulher sempre dizia-me que eu ia acabar numa vala com uma faca nas costas, caso continuasse dando carona. Mas quando vejo um rapaz em pé no acostamento, sempre lembro de minha juventude. Eu também viajei à pé muitas vezes, dependendo da estrada eu nem levantava o dedo pedindo uma carona. Heh, heh, já levantei outras coisas também. E veja só, ela morreu há quatro anos e eu ainda estou por aqui, dirigindo esse mesmo velho Dodge. Às vezes sinto uma falta dela terrível Para onde está indo, filho? Te levo para onde quiser, não é bom ficar por essas bandas sozinho em uma beira de estrada.

Jonah sente uma espécie de compaixão pelo velho. Ele lembra das palavras do sujeito da noite passada sobre pessoas que dão carona e como ele as trata. O Gangrel se sentia de maneira parecida. Ele dá um sorriso. Além de tudo, ele o lembra do velho Fox de anos atrás. Sozinho, sem esposa, sem filhos, mas ainda sim uma boa pessoa. Em hipótese alguma ele iria pensar em se alimentar do pobre senhor. Mesmo uma alma amaldiçoada como a dele tinha que aprender a respeita aquelas limpas e sem mácula.

- Estou indo pra Pineold senhor. - responde ele de forma amigável - Eu não queria incomodar, mas já andei tanto que alguns passos a menos viria a calhar. - caso o velho faça menção para que entre ou abra a porta, ele entra no carro - Muito obrigado. - ele esboça um largo sorriso - O senhor me lembra do meu velho pai, que Deus o tenha. Apesar de não ter o seu jeito "aberto", ele sempre ajudava que precisava.

Jonah não era religioso, muito menos uma pessoa simpática, mas algo naquele velho o fez, mesmo que por um instante, querer parecer assim, mesmo que de maneira meio artificial ou desajeitada. Ele sabia que isso era algo pessoal e que poucos Membros agiriam assim, no entanto isto não fazia diferença. Logo a estrada passaria e ele estaria em Pineold, e provavelmente lá ele não teria tempo pra gentilezas ou sorrisos largos. O Gangrel tinha que esperar e se preparar para o pior.
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Qui Mar 13, 2014 9:06 pm

Off: Alguns sabem que estou com problemas, por isso não vou poder atualizar hoje, mas sábado é dia de atualizar a crônica e domingo caso dê, também vou atualizar para quem faltar. Terça-feira também é outro dia de atualização, caso dê na próxima semana vou tentar atualizar três vezes.
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Seg Mar 17, 2014 7:20 am

Henry Crow e Giulio


Henry Crow fala, e todos escutam sua boa e bonita voz, Camila parece satisfeita com suas palavras, mas não responde imediato, fora ele o Toreador Giulio, apenas outro Membro oferece fazer parte do Circulo, um famoso Nosferatu local chamado Bolha, não sem motivo, o feio Nosferatu veste trapos cinzentos e parece gordo, uma mancha de olho é o melhor que ele pode esperar parecer.
Por algum motivo, seja qual for - fome, vingança, raiva, orgulho e o sempre importante, ganancia - os outros que não estavam em serviço direto no Elísio manifestassem como desejosos de entrar em "combate". Não é uma tática comum, bater de frente ao Sabá, entretanto já estava claro que em Pineold nada era simples, nada era comum e essa tática poderia muito bem ser uma farsa, um inimigo satisfeito age tolamente, sem dúvida alguma o Sabá ficaria satisfeito com uma chance de lutar dessa maneira contra a Camarilla.

Camila deseja boa sorte para os que vão sair para o sul, esperando então para falar apenas com os três. Os Tremere e os outros dois recém chegados de NY somem na maré de Cainitas, apesar de parecer que saíram apenas para Camila tratar dos três em particular, não para lutar. O grandioso e feio Forasteiro vai embora também, em vez de continuar próximo de Camila, ao menos esse tinha o jeito de ser capaz de arriscar o pescoço contra o Sabá e sair vitorioso.


Camila - Devo admitir, estou surpresa em ver que tantos desejam confrontar o Sabá! Uma prova de coragem e dignidade da Camarilla! - Ela resplandece, parece realmente acreditar nas palavras ditas. - Não que a tarefa que aceitaram seja de menor importancia e honra, longe disso. Conheço os três, e sei que todos são os melhores.

Ela então fala, dessa vez com menos alegria, apenas seriedade diante da situação, ela fecha suas mãos em punhos parecendo descontente com algo.

Camila - Devo dizer-lhe, senhor Henry, que o Príncipe Malquiel era alguém pouco ambição, ele sim tinha controle e influencia sobre órgãos e pessoas importantes da cidade, mas não gostava de ver alguém com muito poder nas mãos, nem mesmo se esse alguém fosse ele. Malquiel tinha poder direto na policia, tanto o xerife Peter como nos chefes de departamento local, existem cerca de 56 oficias na cidade, até onde recordo. Os principais entre eles eram carniças do próprio Príncipe.
Entretanto, passei algum tempo tentando entrar em contato com eles, mas não obtive nada, agora com essa notícia sobre o Sabá é bem capaz que estejam mortos, não sabemos. Malquiel também tinha total influencia no corpo de bombeiros, mas pelo que ouvi ocorreu algum incidente, eles não mandaram toda ajuda que poderiam oferecer ao Elísio. Nossa também falecida Senesgal era quem ditavas as regras no hospital do condado e municipal, junto com o Regente Tremere. Então, o que resta? Dois canais de tv, um jornal e uma rádio local, o canal de tv MPBN é financiado pelo governo, já o segundo, WPI é o canal local, tenho alguma influencia lá.


Parece então que ela fica repentinamente grata por algo, falando para eles com um leve sorriso, apesar de seus olhos estarem mortos e sem brilho algum.

Camila - Não vai ser fácil empurrar para debaixo do tapete um ataque do Sabá e um confronto em uma cidade pequena como essa, em um estado como esse. Em qualquer outra cidade do Maine, até Portland, não dá para deixar entendido que tiroteios, incêndios e sangue rolando nas ruas é obra de "gangues" que brigam por brigar ou pelo controle de dominância no controle de laboratórios e pontos de venda de drogas. Mas parece que temos sorte, ao menos para alguma coisa aquela Serpente odiosa prestou no final das contas. Sei que já viram como Baw é, parece mais um pedaço de Detroit, sem isso não iríamos conseguir fazer o Gado ignorar o que vai ocorrer lá. Todo o estado... não, toda a Nova Inglaterra iria voltar seus olhos para cá sem acreditar em qualquer outra mentira nossa.

Ela tira um pequeno bloco da bolsa que usa, escrevendo endereços e números e então oferece para um deles. Parece que mais não vai ser necessário, é esperado que o maldito Nosferatu conheça a cidade como a palma de sua mão. Antes de deixar eles, ela pergunta se vão precisar de um carro, caso não, ela deixa eles partirem.
Assim que estiverem no carro, o fedido e largo Nosferatu terrivelmente "embrulhado" pergunta com uma voz fina e suja, dando impressão que ela surja borbulhando do fundo do estômago grande do Cainita.


Bolha - Para onde então, senhores? O corpo de bombeiros é mais próximo, apesar da delegacia não ser longe, já o hospital é outra história.

[Desculpe se o post não ficou bom, não esperava que iriam escolher o mesmo. Além disso, estou há dias sem dormir direito, primeiro o pai de minha namorada passou mal, depois teve que ser internado, ontem de manhã morreu. Não preciso falar muito mais, estou enredado nisso e tenho que tentar organizar tudo. Inclusive os posts aqui, caso consiga dormir de maneira decente e tenha cabeça posto para o restante hoje ou amanhã.]
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Seg Mar 17, 2014 10:31 am

Jonah Fox (Fox)

O idoso parece genuinamente feliz ao ser comparado com o pai de um jovem, sorrindo muito satisfeito velho dirige, levando o Gangrel com ele . Afinal de contas uma carona fortuita acontece, um meio mais discreto de chegar numa cidade e talvez, com mais sorte ainda, conseguir informações. Alguns motoristas são silenciosos, outros parecem querer aliviar toda sua solidão derramando historias em qualquer um que encontrar, seja em uma lanchonete de meio de estrada ou um caroneiro.
O velho dirige com uma mão só e com a cabeça inclinada para frente, talvez por conta da visão. Ele também dirige lentamente, não que o velho carro possa correr tanto em vista do atual estado. Ele parecia ser do tipo que gosta de conversar, sentir-se útil. Independente do "jeitão" do Gangrel, que um simples caminhoneiro iria sentir uma vontade de estourar os miolos, o velho parece feliz e muito satisfeito, Jonah o ganhou com suas palavras. Outros Membros acreditavam que poderiam comandar o Gado com meias verdades e completas mentiras, com um toque "sobrenatural" para dar mais força, mas nem um orgulho Ventrue poderia ter conseguido ganhar tão bem o velho para o seu lado.
Ele não para de sorrir. Enquanto isso, o cheiro não dá trégua. Jonah sente um odor muito forte de urina no carro.


Idoso - Estou indo para o hospital de Pineold. Meu irmão está lá. Ele tem aquela doença que faz a pessoa esquecer tudo. Não sei o nome. Mal de Anderson ou de Alvarez. Uma coisa do tipo. Também quero ver minha tosse. Dizem que é uma tal de gripe de verão. Geralmente é no inverno que acontece essas coisas, mas estamos em um verão estranho. Não está tão quente quando estou acostumado e também anda meio úmido. - Ele dá mais uma longa tosse cheia de catarro. Depois disso vem uma risada curta e o velho sorri sem tirar os olhos da estrada. - Acredito que eu mesmo estou pegando essa tal de mal de Adriano. Pineold, certo? Que porra! Porra, diga onde quer que eu te deixo lá, meu filho. Não me importo em ajudar um rapaz tão jovem como você. O hospital fica no norte, quer ser deixado onde? Deixo você em qualquer lugar lá, se deixo!

Depois dessa explosão de animo e voluntarismo, o velho fica calado por um tempo, ele escuta o que tiver para escutar, parece que o carro não tem rádio nem toca fitas, foram arrancados. Logo casas são vistas em ambos os lados das estradas. Casas em grande maioria pequenas e velhas. Estradas de terra vão se juntando à estrada asfaltada, como pequenos córregos em um rio. Parece que as casas que estão nas outras pontas dessas estradas ficam bem distantes e fora da vista. As árvores agora são esparsas.
O velho não dirige muito rápido. Talvez no máximo ele roda na metade da velocidade permitida que nessa parte segundo uma placa é 43,5 milhas por hora. Uma vez ou outra ele sobe para 27,96 milhas por hora segundo o mostrador escuro do carro. Às vezes ele atravessa a linha branca para tirar uma amostra da outra pista. Todos os faróis do carro estão ligados, e isso provoca o aborrecimento dos carros seguindo o caminho contrário. Alguns ligam os faróis altos de raiva quando a forte luz do carro do velho atrapalha eles.
O homem costuma puxar as conversas, outras vezes ele concorda com a cabeça quando Jonah fala alguma coisa. Depois de algum silencio, ele fala com aquela voz estranha de pássaro.


Idoso - Meu irmão não lembra nem do próprio nome. Não lembra nem da nossa mãe gorda e baixa, nem do nosso pai severo que parecia uma águia alta e magra, o pai era do exercito, foi um herói, não servi com ele, mas lutei contra os amarelos. Diabos, meu irmão nem sabe o que é um sim, não e um talvez. É isso que esse mal de "A" faz com a pessoa. Ele me olha como se rezasse para sair do corpo. Acho que ele ia pedir para ser morto se lembrasse das palavras. Sabe como é isso?

Às palavras iam e vinha, mas o cheiro de mijo é forte e sempre marca sua presença no carro e nas narinas de Jonah. Não tem como saber se é do velho ou talvez de algum cão que viaja de vez em quando no carro, o carro tem vários cheiros, todos velhos, todos mascarados. É o céu que chama sua atenção, caso fedor faça ele desejar desviar parte de sua atenção, o céu está sem lua aparente, apenas estrelas surgindo precariamente. É lua nova e o céu é escuro e nublado, talvez uma forte chuva venha aí. A voz do velho era aguda e desagradável nesse momento, parecia lascas de vidro enfiadas na cabeça dele, não importa quem goste de quem, por mais que uma pessoa possa gostar de outra, sempre vai existir algum defeito.

Idoso - Quando estiver chegando em Pineold, faça um pedido. Fecha os olhos e pede alguma coisa! Faça um pedido para a terra, faça isso, rapaz! Meu pai e minha mãe falavam que não existiam terras mais férteis do que as daqui. Qualquer pedido que fazer para essa terra é atendido. Assim diziam meus pais.

Uma placa de madeira de pinheiro tinha escrito em fortes letras de verde claro o seguinte:

Pineold, a cidade do solo fértil! 3 milhas em frente, peregrino!


Por todos os lados agora existem pequenas casas com postes de iluminação e de energia. Uma mulher gorda, muito baixa e velha, vestida de negro e com os cabelos pintados olha para o carro, talvez curiosa com o farol alto acesso, ela guia uma cadela de raça, branca e marrom que prontamente faz xixi na oportunidade, olhando para o carro com uma longa e rosada língua de fora. Uma criança passa de bicicleta, fazendo sua buzina tocar quando passa do velho carro vermelho.
O velho guinou o carro para lateral da estrada, subindo com a roda dianteira esquerda para o meio fio. Ele puxa com mão esquerda livre o gancho quase arrancando as bolas para fora. Ele olha para Jonah, esticando a cabeça para frente feito uma ave de rapina. Agora dá para ver a cor dos olhos do velho. São de um azul-amarelado os tornando em um quase verde. Ele tem um olhar animado e alucinado. Tudo nele parece alucinado, embora não tivesse notado isso de inicio. A voz dele parece de um papagaio falando com a goela cheia de vidro quebrado. Tudo que ele fala parece uma exclamação!


Idoso - Sabe o que eu pediria? Caso tivéssemos direito a um segundo desejo. Ia pedir para minha mulher estivesse aqui! Ia pedir perdão para ela por cada palavra rude e pouco amigável e amável que eu falei para a coitada. É permitido fazer um único pedido, apenas um. Pedi o meu faz muitos anos atrás. Na época parecia que era um bom pedido, era o que mais desejava, mas vejo que foi uma coisa idiota hoje em dia. Meu irmão fez o mesmo. Para onde você vai mesmo? Vou levar você lá! Não tem nem dúvida! Deixa para lá minha visita ao hospital! Que se dane! É só pedir!

Ele puxa novamente o gancho da calça verde e coloca o carro novamente na estrada, ele vira a cabeça de tempos em tempos para olhar o "jovem".  Eles estão quase chegando na cidade propriamente dita. O cheiro de mijo no ar é forte e logo vai ficar agarrado por completo no Cainita. E todos os carros que vem na direção contrária jogam os faróis altos sobre os dois. Isso não é nenhum pouco agradável. Nem o velho se extraviando pela pista, uma hora indo para a direita em direção a outra mão. Outra hora ele vai para o meio fio. Ele continua puxando o gancho sem parar por mais de dois minutos.
Assim eles chegam finalmente em Pineold, uma cidade que mistura um passado estranho do Maine e uma tentativa de modernidade industrial. Alguma coisa muda em nele no momento em que ele entra em Pineold. Apenas seus instintos mais baixos indicam isso primeiramente e sua consciência não toma nota. O velho agarra o braço do Gangrel quando parecia evidente que o passageiro iria pular para fora, ele usa a mesma mão que ele usa para puxar a calça para cima. A voz está rouca e animada. Os dedos dele apertam como garras de uma águia.


Idoso - Deixo você no lugar que você quiser! Deixo sim! Diga para onde vai que eu te levo! Não importa se nunca mais vir você na minha vidinha, nem você a mim! Não importa o sim, o não, o talvez! Eu levo você direto para onde você quiser! Levo lá!

Mas o senhor de idade não tem interesse de brigar e nem fazer algo insano. Assim que Jonah coloca os pés para fora do carro onde ele decidiu saltar o velho larga ele poucos segundos depois e diz de modo calmo, uma última vez que pode ajudar mais, levar para onde quiser.
Caso seja dispensado, ele apenas diz "sabe o que dizem sobre um pássaro na mão", mas deixa Jonah partir. O idoso parece querer viver para ajudar ao jovem desconhecido. Na área em volta existe um prédio chamado Estalagem dos Peregrinos, em toda volta existem casas no estilo pós-guerra construídas por volta de 1948 e 1956. As cores são sempre claras, sejam azuis, verdes ou rosas. A Estalagem dos Peregrinos segue um estilo colonial, todo de madeira dura e que range, sem dúvida, e sua cor é cinza clara. Uma placa avisa que o lugar é tombado como patrimônio municipal e existe antes mesmo da fundação da cidade. Existe também uma placa decorativa mostrando um homem e mulher puritanos com suas roupas características de mãos dadas e saudando os recém-chegado e logo em cima em disseres vermelhos claros está escrito Estalagem dos Peregrinos.




ESCUDO DO NARRADOR

FICHA FOX:
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Ignus Qua Mar 19, 2014 2:17 am

Henry Crow fala, e todos escutam sua boa e bonita voz, Camila parece satisfeita com suas palavras, mas não responde imediato, fora ele o Toreador Giulio, apenas outro Membro oferece fazer parte do Circulo, um famoso Nosferatu local chamado Bolha, não sem motivo, o feio Nosferatu veste trapos cinzentos e parece gordo, uma mancha de olho é o melhor que ele pode esperar parecer.
Por algum motivo, seja qual for - fome, vingança, raiva, orgulho e o sempre importante, ganancia - os outros que não estavam em serviço direto no Elísio manifestassem como desejosos de entrar em "combate". Não é uma tática comum, bater de frente ao Sabá, entretanto já estava claro que em Pineold nada era simples, nada era comum e essa tática poderia muito bem ser uma farsa, um inimigo satisfeito age tolamente, sem dúvida alguma o Sabá ficaria satisfeito com uma chance de lutar dessa maneira contra a Camarilla.


Crow não pode deixar de se sentir pasmo com o fato de a maioria dos cainitas dali ter decidido servir de voluntários para combater o Sabá. Por que tantos Membros arriscariam suas existências, que poderiam ser eternas? Será que eles subestimavam os inimigos? Seria aquilo uma necessidade de demonstrar valor aos outros? Uma tentativa de autoafirmação? Qualquer que fosse o motivo, para Henry não era mais do que uma tolice.


Camila deseja boa sorte para os que vão sair para o sul, esperando então para falar apenas com os três. Os Tremere e os outros dois recém chegados de NY somem na maré de Cainitas, apesar de parecer que saíram apenas para Camila tratar dos três em particular, não para lutar. O grandioso e feio Forasteiro vai embora também, em vez de continuar próximo de Camila, ao menos esse tinha o jeito de ser capaz de arriscar o pescoço contra o Sabá e sair vitorioso.


Henry dá uma última olhada para Roland. Ele já imaginava que dentre as opções disponíveis o Forasteiro optaria por lutar, mas mesmo assim ver aquele cainita que já bebera de seu sangue uma vez partir parecia um prenúncio de desperdício. Ele poderia se tornar um guarda-costas tão útil caso vivesse por mais 2 noites...

***


Ela então fala, dessa vez com menos alegria, apenas seriedade diante da situação, ela fecha suas mãos em punhos parecendo descontente com algo.

Camila - Devo dizer-lhe, senhor Henry, que o Príncipe Malquiel era alguém pouco ambição, ele sim tinha controle e influencia sobre órgãos e pessoas importantes da cidade, mas não gostava de ver alguém com muito poder nas mãos, nem mesmo se esse alguém fosse ele. Malquiel tinha poder direto na policia, tanto o xerife Peter como nos chefes de departamento local, existem cerca de 56 oficias na cidade, até onde recordo. Os principais entre eles eram carniças do próprio Príncipe.
Entretanto, passei algum tempo tentando entrar em contato com eles, mas não obtive nada, agora com essa notícia sobre o Sabá é bem capaz que estejam mortos, não sabemos. Malquiel também tinha total influencia no corpo de bombeiros, mas pelo que ouvi ocorreu algum incidente, eles não mandaram toda ajuda que poderiam oferecer ao Elísio. Nossa também falecida Senesgal era quem ditavas as regras no hospital do condado e municipal, junto com o Regente Tremere. Então, o que resta? Dois canais de tv, um jornal e uma rádio local, o canal de tv MPBN é financiado pelo governo, já o segundo, WPI é o canal local, tenho alguma influencia lá.


"Praticamente toda a estrutura local não está nas mãos de nenhum cainita! Devo ter facilidade em reclamar domínio sobre algumas dessas áreas caso consiga utilizá-las adequadamente agora. Mais tarde, quando a cidade estiver calma poderei deixar esses domínios nas mão de algum Ventrue que venha se instalar aqui e com isso ganhar prestígio em meu clã. Ou quem sabe eu mesmo não mantenha parte dessa influência para meus próprios fins."


Parece então que ela fica repentinamente grata por algo, falando para eles com um leve sorriso, apesar de seus olhos estarem mortos e sem brilho algum.

Camila - Não vai ser fácil empurrar para debaixo do tapete um ataque do Sabá e um confronto em uma cidade pequena como essa, em um estado como esse. Em qualquer outra cidade do Maine, até Portland, não dá para deixar entendido que tiroteios, incêndios e sangue rolando nas ruas é obra de "gangues" que brigam por brigar ou pelo controle de dominância no controle de laboratórios e pontos de venda de drogas. Mas parece que temos sorte, ao menos para alguma coisa aquela Serpente odiosa prestou no final das contas. Sei que já viram como Baw é, parece mais um pedaço de Detroit, sem isso não iríamos conseguir fazer o Gado ignorar o que vai ocorrer lá. Todo o estado... não, toda a Nova Inglaterra iria voltar seus olhos para cá sem acreditar em qualquer outra mentira nossa.

Ela tira um pequeno bloco da bolsa que usa, escrevendo endereços e números e então oferece para um deles.


-Felizmente mesmo os desastres podem vir a ser úteis - Henry adianta-se para pegar as anotações, se não por um motivo específico ao menos para ter essas informações caso venha a se separar do Nosferatu.


Antes de deixar eles, ela pergunta se vão precisar de um carro, caso não, ela deixa eles partirem.


-Meu carro está funcionando, mas caso seja possível que nos seja disponibilizadoum segundo veículo creio que estaríamos melhor servidos. Caso haja necessidade de nos separarmos para apagarmos 2 incêndios ao mesmo tempo seria bom que um detalhe trivial como falta de automóvel não viesse a atrapalhar nossa tarefa.


Bolha - Para onde então, senhores? O corpo de bombeiros é mais próximo, apesar da delegacia não ser longe, já o hospital é outra história.


-Particularmente acho que os bombeiros não constituam uma grande ameaça à Mascasra. Claro que eles são necessários para apagar fogo, mas enqunto houver troca de tiros não creio que eles se aproximarão. Esse é o momento da polícia agir.
- Crow faz uma breve pausa. - O hospital também deve ser um local importante. Membros do gado que se firam durante os confrontos serão levados para lá e seria de todo conveniente não houvesse dezenas de relatos sobre seres fazendo coisas que seres humanos não seriam capazes de fazer.

Pausa para o caso de alguém querer falar.

-Isso posto, penso que deveríamos nos separar para cobrir pelo menos esses 2 locais de imediato. Com o desenrolar dos eventos vamos vendo o que mais vai precisar ser feito. Posso presumir que ambos tem aparelhos celulares? Devemos trocar nossos números para podermos nos comunicar.

-Particularmente creio que tenho maior naturalidade com o ambiente policial do que com o médico. Prefiro ficar com a delegacia, portanto, caso vocês não se oponham.
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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Killer Instinct Qui Mar 20, 2014 9:17 am

Johnatan Willians - Thorsten Schneider (Painkiller)

Observando, o Setita escolhe sua presa, o que tem aparência mais tentadora, um jovem com pele mais negra entre todos, com cabelo em um tipo de penteado rastafári, magro mas com boa constituição, fedendo a vida e erva barata. O jogo de basquete continua, ele dá uma cotovelada na cara de outro, sangue espirra no chão, eles discutem e voltam ao jogo, o jovem tem dentes muito brancos que surgem de tempos em tempos por trás de lábios grosseiros e escuros.
A Serpente escolhe sua toca, onde vai capturar sua presa, latões de lixo abundam no pequeno beco entre dois dos prédios, então chama o jovem arrogante e bruto. Na quadra, ele é derrubado pelo mesmo que levou cotovelada, mas ao ficar em pé, ele só xinga o outro e começa caminhar lentamente para fora da quadra, os outros xingam ele, chamando de vacilão.

Ele veio andando de modo lento e hesitantemente, mas foi para o lugar certo, deixando para trás os "amigos" em seu jogo e xingamentos. Ele parece não entender o motivo de ter ido até ali, não consegue ver o monstro que espera por ele ali, mas sente uma pancada na cabeça. Tudo é rápido e limpo, sugando até a última gota, Thorsten sente-se forte com uma nova vitalidade dentro de si. O jovem já esfria, sem sangue nenhum dentro de si. Existe um corte na garganta, feita pela língua, as latas de lixo são pequenas para enfiar o corpo dentro, no fundo do beco indo para outra rua existe um carro velho, enferrujado e amassado sem rodas com o porta-malas entreaberto.
Algumas janelas nas laterais do prédio estão acessas, mas nenhum mortal parece para dar uma olhada no beco, mas um gato em algum canto mia entre pilhas de papel e trapos jogados e amontoados em um grande monte no canto esquerdo.




ESCUDO DO NARRADOR

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Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado - Página 8 Empty Re: Bruxas de Pineold III - Cinzas do Passado

Mensagem por Fox Sáb Mar 22, 2014 10:29 am

Jonah entra no carro com um sorriso discreto no rosto, como se sentisse estranho com sua própria forma de agir naquele momento. Ele ajusta o capuz à sua cabeça e faz um sinal positivo para continuarem. O cheiro forte de urina o faz abrir totalmente a janela, esperando que o vento no seu rosto disfarce-o um pouco. O velho parece contente pelas suas palavras, e de certa forma o Gangrel também por lhe proporcionar isso, afinal, para um viajante, uma atitude dessa merece um agradecimento, e ele não era muito bom com isso. Os dois não viajam muito rápido, mas é melhor do que sair a pé até Pineold. O velho, talvez um viajante solitário, inicia uma conversa.

- Estou indo para o hospital de Pineold. Meu irmão está lá. Ele tem aquela doença que faz a pessoa esquecer tudo. Não sei o nome. Mal de Anderson ou de Alvarez. Uma coisa do tipo. Também quero ver minha tosse. Dizem que é uma tal de gripe de verão. Geralmente é no inverno que acontece essas coisas, mas estamos em um verão estranho. Não está tão quente quando estou acostumado e também anda meio úmido. Acredito que eu mesmo estou pegando essa tal de mal de Adriano. Pineold, certo? Que porra! Porra, diga onde quer que eu te deixo lá, meu filho. Não me importo em ajudar um rapaz tão jovem como você. O hospital fica no norte, quer ser deixado onde? Deixo você em qualquer lugar lá, se deixo!

Jonah olha por um segundo para o lado de fora, observando a paisagem não muito requintada e pensando naquilo tudo que lhe acontecera noite passada. Ele não conhecia muito bem Pineold nem o homem ao qual estava ajudando, por um momento duvidando de sua missão. Ele volta para o velho, meio que mudando de assunto por um momento.

- Desculpa não ter dito meu nome antes. Me chamo Jonah, qual é o seu? De onde você vem, digo, onde você mora?

Depois de ouvir a resposta, Fox volta a contemplar a estrada, despreocupado com o jeito displicente de dirigir do velho.

- Meu irmão não lembra nem do próprio nome. Não lembra nem da nossa mãe gorda e baixa, nem do nosso pai severo que parecia uma águia alta e magra, o pai era do exercito, foi um herói, não servi com ele, mas lutei contra os amarelos. Diabos, meu irmão nem sabe o que é um sim, não e um talvez. É isso que esse mal de "A" faz com a pessoa. Ele me olha como se rezasse para sair do corpo. Acho que ele ia pedir para ser morto se lembrasse das palavras. Sabe como é isso?

- Mas de uma forma ou de outra ele está vivo e isso é bom. Eu costumava ter um irmão também... desculpe, eu não costumo incomodar as pessoas com minhas histórias.

Jonah continua com os olhos para fora do carro e com o rosto no vento da janela, esperando que isso minimize o cheiro do carro. Há algum tempo ele não pode apenas apreciar a paisagem de um lugar, mesmo que esta não seja muito atrativa. O céu é escuro, assim como o resto, mas mesmo assim isso lhe traz uma paz momentânea.

- Quando estiver chegando em Pineold, faça um pedido. Fecha os olhos e pede alguma coisa! Faça um pedido para a terra, faça isso, rapaz! Meu pai e minha mãe falavam que não existiam terras mais férteis do que as daqui. Qualquer pedido que fazer para essa terra é atendido. Assim diziam meus pais.

"Quem dera eu precisasse só de um desejo."

A paisagem vai mudando, se tornando mais urbana. De fato eles estava perto de chegarem, e a placa indicando três milhas restantes confirma isso. Johan começa realmente a pensar onde ele iria primeiro. Sua fome ainda era um problema, e talvez a prioridade. No entanto, ele não conhecia a cidade nem um pouco e além de tudo, teria de ser discreto para dar certo. De repente, o velho coloca o carro para fora da estrada. O Gangrel fica meio surpreso com a atitude e ao mesmo tempo desconfiado. Ele agora parece mais estranho, e sua fala está um pouco diferente. Certamente já tinha passado por muita coisa na vida. O próprio Fox tinha passado por muito mais, mas certas pessoas apenas não conseguem suportar tudo sem mudar. Algumas marcas não saram como deveriam.

-Sabe o que eu pediria? Caso tivéssemos direito a um segundo desejo. Ia pedir para minha mulher estivesse aqui! Ia pedir perdão para ela por cada palavra rude e pouco amigável e amável que eu falei para a coitada. É permitido fazer um único pedido, apenas um. Pedi o meu faz muitos anos atrás. Na época parecia que era um bom pedido, era o que mais desejava, mas vejo que foi uma coisa idiota hoje em dia. Meu irmão fez o mesmo. Para onde você vai mesmo? Vou levar você lá! Não tem nem dúvida! Deixa para lá minha visita ao hospital! Que se dane! É só pedir!

- Não se preocupe comigo. Eu desço assim que chegarmos à cidade. Você tem um irmão pra cuidar e eu não gostaria de ter esse peso na consciência. E sobre a sua mulher, não quero parecer um idiota dizendo isso, mas as coisas são como deveria ser. - Jonah fala talvez nem acreditando em si mesmo, num raríssimo momento de compaixão - Não há pedido que possa mudar isso. Mas eu sei que ela já te perdoou por tudo, mesmo sem você pedir.

O velho então volta para seu lugar e repõe o carro na estrada. Os outros veículos vem e vão, na mesma direção e na direção oposta. Os faróis ligados contra seus rostos incomodam. O Gangrel tenta desviar isto olhando para o céu escuro e para o acostamento agora já iluminado, como se tivesse esquecido do fato de ser um velho já meio cego dirigindo com luzes no seu rosto. Mas sem nenhum problema eles chegam finalmente a Pineold. No entanto, algo no lugar o intrigava. Uma sensação quase que sobrenatural que o faz sentir-se estranho. Algo que já tinha acontecido antes, seus instintos o alertavam de algo. A mão do velho ao seu braço o traz de volta a sua consciência.

- Deixo você no lugar que você quiser! Deixo sim! Diga para onde vai que eu te levo! Não importa se nunca mais vir você na minha vidinha, nem você a mim! Não importa o sim, o não, o talvez! Eu levo você direto para onde você quiser! Levo lá!

- Obrigado senhor. Você fez por mim mais do que eu esperava. Como eu disse eu desço por aqui. Agradeço mesmo. E lembre de dizer a seu irmão que o ama. Ele pode não entender nada, mas apenas diga. Até!

Jonah escuta as últimas palavras do velho antes de partir, talvez tivesse entendido o que lhe fora dito, talvez não, mas agora ele tinha outros problemas. Ele olha em volta para as ruas e casas construídas num estilo mais antigo que lhe era um pouco agradável. Seu conhecimento de viajante mesmo que menor por essas terras o levou a próximo de uma estalagem conhecida. Um lugar assim seria bom pra começar, ao menos conhecer a cidade de uma forma geral, além de ser um bom lugar pra ficar enquanto estiver por aqui. O Gangrel ajusta o capuz a sua cabeça e a passos discretos se dirige até a estalagem, observando ao redor, meio desconfiado. Ele dá umas voltas pelo local, como se apreciasse tudo, olhando cada detalhe. Vê quantas pessoas tem lá dentro e como são. Procura por um mapa da cidade, que normalmente tem em lugares importantes assim.
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