Vampiros - A Máscara
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2

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Tristan Thorn
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2 - Página 3 Empty Re: Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2

Mensagem por MEZENGA Seg maio 30, 2016 2:04 pm

*Baxt mais uma vez estava preso, mas não haviam correntes, estava preso a uma ausência de forças, talvez fosse a lâmina no peito, talvez fosse só aquele lugar. Mas o fato é que pouco depois de arrebentar as correntes da parede, ele voltou a permanecer inerte. Não sabia outra forma, não sabia se quer uma forma verdadeira de agir... Nenhum de seus conhecimentos ou informações pregressas poderia ajuda-lo naquele momento.

Então concentrou-se mais uma vez para acumular energia e por fim, arrancaria a lâmina do peito, era algo que não parecia ser rápido mas era sua única saída.*
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2 - Página 3 Empty Re: Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2

Mensagem por Outis Seg maio 30, 2016 7:25 pm

“Será que fiz certo em tomar a iniciativa? Uma hora ou outra essa conversa aconteceria, isso é fato. Ao menos assim as coisas acontecem nos meus termos. Não planejei muito, mas ela parece aberta a um acordo favorável para os dois lados.”

— Correto! - King confirma um leve sorriso no rosto. Em seguida, com um olhar mais sério, ele continua. — Com todo respeito, mas se pensam que que a Camarilla vai deixar barato o controle de uma cidade como essa, estão equivocados. Mas esse não é o ponto da nossa conversa, não é mesmo? - King tenta se recompor após retomar o rumo da conversa. — Nossa soberania é ampla. Podemos usá-los como bem entendermos, obviamente que quanto maior o empreendimento, maior o planejamento e maior o gasto, mas honestamente… - Ele faz uma pequena pausa. — As possibilidades são infinitas.

King sabe que só está colocando os pingos nos “i”s, se o Sabá está organizado ao ponto de tomar New York, significa que eles estão fazendo a lição de casa direitinho e devem saber exatamente o que acontece no aeroporto e no porto. Mas este assunto é apenas uma oportunidade para a verdadeira intenção do cainita ir até o Sabá.

— É tudo bem simples na verdade, tudo que almejo por aqui é uma convivência harmoniosa em que ambas as partes se ajudem. Nós prestaremos qualquer tipo de serviço para o Sabá que envolva a utilização dos portos, em troca de continuarmos nossas operações como de costume e manter nossa neutralidade. - Com o semblante mais calmo, King finaliza. — Não tem muito segredo quanto a isso senhora Thompson, confesso que esse não é o principal motivo de minha visita, porém, acredito que temos que chegar em um acordo antes de prosseguir para o assunto principal.

“Prioridades… Primeiro precisamos chegar em um acordo sobre os negócios, depois terei liberdade para tratar de assuntos pessoais.”
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Mensagem por Tristan Thorn Seg maio 30, 2016 8:49 pm

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



A mulher, que antes parecia resoluta, não passava de frangalhos caricaturados dela mesma desde quando entrou. Quase aos prantos e visivelmente ruborizada de humilhação, a dama reclina a face para frente, evitando o olhar de vergonha por parte de Dylan. Com uma voz engasgada e contorcendo os lábios, eis que ele inicia o próprio discurso.

- Meu nome é Jéssica Krabba. Tenho 37 anos. Nosso casamento possui três filhas: Patríca Gaforre Krabba, Samantha Rak Krabba e a finada Susy Cua Krabba. Meu marido, que tem 45 anos, se chama Anderson Krabba – ela fez uma pausa, pegando ar. - Como eu te disse, ele é dono de um escritório de contabilidade e, recentemente, contratou uma estagiária que está no sexto período da faculdade de contabilidade. Antes dela entrar na empresa, ele sempre chegava às 17h30 em casa. Atualmente, só depois das 19h30 e sempre com a mesma desculpa, que está atolado no trabalho e que será melhor para a nossa família. Notei que ele não deixa mais o celular visível, sempre no bolso ou desligado. Ele também ficou mais vaidoso, decidiu correr pelas manhãs e malhar em dias alternados, sempre antes de ir ao escritório. É por essas e outras, que estou muito desconfiada que ele está me traindo – ela aceita o café e o toma lentamente. - Eu aceito o seu preço! Me entregue a verdade!
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Mensagem por Tristan Thorn Seg maio 30, 2016 8:55 pm

Ian Baxt

- Ian Baxt: PDS ?/15 ~ FV ?/10 ~ Projeção Astral ~ Sentidos Aguçados ~ Ofuscado ~ Cordão de Prata: Rompido ~ Energia: 5/10 ~ Vitalidade: ?


Baxt estava realmente fadado ao fim? Possivelmente, não. Ou sim? Tudo dependeria apenas da vontade do Ancillae. Encarcerado nos próprios grilhões invisíveis e tamanha incapacidade de seguir em frente, o Ravnos volta a concentrar-se, entrando em estado meditativo mais uma vez. Quando finalmente se carregou da vasta Energia, que flui de várias direções até ser incorporada ao corpo astral do cainita, eis que, finalmente, ele voltava a bombeá-la pelo frágil e inócuo corpo espiritual.

Quando a energia pulsou dentro de si, seus olhos se arregalaram e, seus “músculos”, inflaram de maneira radiantemente única e uníssona, até um ponto onde, impulsionado por um combustível de vontade sem igual, levantou-se como um raio, retirou a lâmina que lhe perfurava o peito. Em seguida, sentiu-se drenado pelo ambiente, ficando, mais uma vez, perdido no vislumbre passado do próprio coração sem vontade.

Como carvão apagado, Ian Baxt retornava ao estado de inércia. E agora?

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Mensagem por Tristan Thorn Seg maio 30, 2016 9:09 pm

Damien King

- King: PDS 14/15 ~ FV 8/8 ~ Vitalidade: -



Linda permanecia impassível, calmamente dilacerando com o olhar a cada palavra que saía da boca do Ancillae. Na medida em que deixava as próprias intenções às claras, King se expunha para as reais intenções dessa reunião. Um Acordo. Malkavianos e Sabá? Manter a neutralidade? A Bispo esboça um leve sorriso quando Damien coloca tais condições. Ela leva a mão direita e abra os dedos, repousando nas têmporas. Em seguida, volta a olhar o Lunático com intensidade.

- Eu gosto do acordo, mas você não compreende o que significa ter o poder de uma seita por trás de suas ações, não é mais como se fosse uma linda cidade decadente sem o poderio da Torre ou da Espada – com uma pausa tática, gesticulou enquanto vislumbrava alguns quadros surrealistas na parede. O aroma amadeirado do recinto remetia aos velhos vinhos, enquanto a atmosfera, cada vez mais densa na medida em que Linda falava. - Temos poderio para esmagar quaisquer ameaças ou empecilhos que aparecem no caminho. Por qual motivo não destroçamos vocês? Por qual motivo você sabe o endereço dessa Diocese, sendo que nem Sabá você é? – arqueou a sobrancelha, indagando com uma lógica que poderia desestabilizar qualquer neófito. - O Aeroporto será meu! Eu deterei toda a influência de lá, em troca, você poderá gozar de alguns direitos do recinto e ainda continuar com o Porto, que será devidamente supervisionado pelos nossos irmãos de Seita – ela entrelaçou os dedos e sorriu. Damien estava totalmente encurralado, acuado, que tipo de negócios são esses? A Bispo prosseguiu, valendo-se de um tom firme e visceral. - Em troca, você será bem-vindo em nossas Dioceses, saberá a localização de todas elas, terá autorização de 50 anos para viver aqui, podendo ser devidamente renovada e, não menos importante, total apoio para negociar livremente com o Sabá de NYC e adjacências. Por fim, fixaremos um Domínio para você, onde nenhum Sabá terá autorização para alimentar-se e terá que respeitar tua Soberania nesse recinto – com o dedo indicador, ela fez uma ressalva. - Porém, preciso saber até onde essa influência se estende, preciso que me mostre tudo para que possamos fixar nosso Pacto – ela estende a mão direita, firmemente com a intenção de fechar o acordo. - Temos um trato, Damien King?

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Mensagem por Dylan Dog Seg maio 30, 2016 10:05 pm



Dylan não esboça nenhuma reação. As histórias são parecidas e enquanto a senhora Krabba falava o detetive pensava se havia algo nos livros de ocultismo que pudesse ajudar aqui, pouco provável...

- Senhora Krabba, me diga o endereço do trabalho de seu marido e o seu próprio, o resto deixe por minha conta, em uma semana acredito ter provas de que seu marido a esteja traindo ou indícios para prosseguir com a investigação por mais tempo - Ele fazia uma pausa e servia o café - Se ele estiver se envolvendo com alguém do trabalho não será difícil. Eu entro em contato pra reportar os resultados quanto antes o tiver, mas já aviso, notícia ruim corre rápido... - Chegava a ser bruto, mas a vida o havia feito assim.

Os próximos dias seriam de campana na frente da casa dos Krabba para descobrir onde o Sr. Krabba treinava, com quem se encontrava, qual o trajeto pro trabalho. O passo seguinte era a campana do trabalho. Verificar se o Sr. Krabba demorava, se saia de lá com a moça, quem era a estagiária e estudar a vida da moça.
Uma foto dos dois no carro entrando no motel seria o suficiente mas era sempre bom apresentar um dossiê completo.

As campanas eram tediosas, mas davam tempo pra por o pensamento em dia.


Última edição por Dylan em Ter maio 31, 2016 9:05 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Aradia Ter maio 31, 2016 8:43 am

Sentia-se uma criança da noite. Não sabia como poderia impressionar aquele monge. Estava acuada. Mirela quando está assustada pode comportar como um animal.

Conectada ao dia de seu abraçado sentia o quente sangue de sua que banhava seu corpo. Foi por sobrevivência, afinal, se pudesse escolher, escolheria tortura-la eternamente. Naquele lugar, tudo o que fez foi para preservar sua existência amaldiçoada.

- Por mais que meu Senhor não queira admitir, eu sou cria dele. Sou continuação da sua linhagem. Talvez o envergonhe, por isso não admitir. Eu não sou sua discípula, apesar de ser parte de sua criação. Ele nunca moldou minha carne, ou mesmo meu caminho. Nunca me empolgou os objetivos dele. Sou devota a minha trilha. Sigo esse caminho em busca da transformação completa de todos os aspectos do ser. Procuro respostas para a transformação material e imaterial, afim de buscar o equilíbrio necessário para contemplar no espelho a minha forma perfeita. E, portanto, nunca poderia dividir todo o meu conhecimento, nem com meu Senhor, nem com ninguém. A pausa servia para completar mentalmente o raciocínio e analisar a reação do monge astralmente.

– Senhor, eu vi o suficiente dessa construção. Essas paredes aceitaram partilhar com minha forma incorpórea seus segredos. Sei que aqui terei material suficiente para avançar como nunca meus estudos. Posso estudar teórica e praticamente. Colaborar com as suas pesquisas e concluir muitas das minhas. Aqui não é um lugar de transcendência e ascensão, esse caminho está aqui. Ela aponta com o indicador para as fontes da têmpora.

– Essa Catedral é só um magnífico instrumento. Ela espera que o monge assimile, tenta usar sua empatia para saber qual o tom ideal usar. Tenta contrapesar as emoções para fazê-lo. – Nunca tive intenção de invadir esse lugar. Vim com permissão do meu criador, que, talvez por algum momento achou que aqui seria um bom lugar para o meu descarte. Porém, eu lhe asseguro. Não sou descartável. E ela estava convicta disso. – Eu compreendi o verdadeiro objetivo de manter seitas a partir do momento que me envolvi com o Sabá em um passado distante. Nunca tive necessidade de usar as seitas como instrumento, até agora... Relembra a conversa que teve com Ian no castelo dos Zantosas. – Eu sei exatamente quem fui, e principalmente quem sou. Busco aqui instrumentos para definir o que irei me tornar. Essa Catedral Viva, já me mudou e, esse é só o começo. Ela não tinha certeza sobre aparência daquele ser, as certezas vinham apenas da aura e da voz do indivíduo. –Senhor, por favor, eu corro mais perigo entrando nesse lugar do que dando meia volta para ir embora. Se não tivesse certeza que posso colaborar, nem bateria na sua porta. Usa de argumentos para convencer o homem a mostra-la a majestosa construção.

As respostas eram na maioria pensamentos concretos, em que ela nutria certeza e extrema convicção no mais profundo de seu ser. As dúvidas ficavam apenas na conjectura do porquê Moldovan ocultava sua existência como parte de sua linhagem. Não sabia nada sobre os motivos que fizeram Ian decidir por abraça-la, ou os objetivos que tinha para ela antes da sua partida, nem os que tem agora. Isso não devia importar para a Demônio que tinha objetivos sólidos e milimetricamente traçados. Mas, as vezes importava, era uma coisa inacabada do passado que assombrava a dura e fria Cainita, vez ou outra.

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Mensagem por Tristan Thorn Ter maio 31, 2016 9:13 am

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



A Sra. Krabba repassou todas as informações que restavam, deixando o Detetive pronto para agir livremente. Perguntou como seria o pagamento, se é necessária alguma parte adiantada ou apenas após a conclusão do caso. De qualquer forma, ela concorda prontamente em quaisquer condições de pagamento, seja adiantado, metade, ou apenas no final das investigações. O que a pobre dama deseja é uma confirmação. Eles se despedem e Dylan se vê sozinho.

O início da investigação quase se torna desastrosa. Estava tudo certo, de campana, numa distância segura, conforme aprendeu. Contudo, notou que a prática leva à perfeição. Percebeu o quão incompetente é nas artes furtivas e, quando começou a seguir o Sr. Krabba, quase foi detectado pelo empresário, por pouco não foi descoberto. O primeiro dia se tornava improdutivo.

Seguiu os preceitos aprendidos no curso e esperou três dias. Não fez nada nesse tempo, se tratando de caso, obviamente. Alugou outro veículo e, mais uma vez, montou campana numa distância segura. Iria tentar, mais uma vez, seguir o empresário e descobrir os hábitos dele. Ufa! Deu certo. O cara malhava numa academia cara, com mais três homens, pareciam amigos próximos. Eles ficavam de conversa fiada com algumas mulheres, mas nada de relevante. Sr. Krabba malhou por uma hora, tomou um banho na própria academia e já foi vestido devidamente para o escritório.

Chegando lá, estacionou o carro e entrou. Dylan não tem visão do interior do recinto, então, fatalmente, esperou, esperou e esperou. Para a surpresa do Investigador, ou não, eis que o Sr. Krabba sai do escritório. Sozinho, ele vai até o carro, que estava num estacionamento e, ao invés de ir embora, retorna para a porta da empresa. Ele para o carro, sem desligá-lo, parecendo esperar alguém. Na mosca! Minutos depois, uma linda jovem entra no carona e eles vão embora dali. O horário? 17h44. Algo próximo do horário que a Sra. Krabba passou, horário esse que ele estava em casa entes de contratar a moça.

Já tinha fotos dos dois juntos no carro. Dela entrando no carro. Dele esperando ela. Mas faltava a cereja do bolo. Continuou a segui-lo, ainda um pouco inseguro pela quase perda do caso no primeiro dia. Eles passam num drive thru do Burger King, pegam três pacotes de comida e seguem em frente. O destino? Motel Plaza Lux III. Estava feito. Todas as fotos devidamente tiradas. E agora?

Spoiler:
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Mensagem por Dylan Dog Ter maio 31, 2016 9:30 am

Parado na frente do motel Dylan fica pensando como seria bom ser uma mosquinha para ver o que realmente rolava. Ele tinha evidências fortes mas não uma prova. Dylan liga para a senhora Krabba e informa sobre os valores das horas trabalhadas, ela poderia fazer o pagamento direto em sua conta bancária.

Dylan marca com a senhora Krabba no próprio escritório e a entrega as fotos, todavia ele faz uma ressalva...

- Eu acredito que isso por si só sejam provas fortes de que seu marido esteja lhe traindo, eu sinto muito. Porém eu posso tentar plantar uma escuta no escritório dele. A senhora tem acesso ao escritório? Uma chave reserva talvez? Eu poderia ir no horário que ele não está e plantar a escuta e ver o que eu consigo - Dylan se preocupava mais em fomentar o caso com provas do que com a felicidade da mulher. É, o detetive não era nem sombra do que fora um dia, parecia só mais um mercenário contratado pra fazer o que lhe mandaram. Isso o enchia de orgulho por um lado e por outro o entristecia pois ele havia deixado de ser quem ele era.

Independentemente da resposta da senhora Krabba Dylan resolve buscar por um curso de psicologia comportamental, estava na hora de melhorar suas habilidades novamente. Oh sim, ele precisava ser mais furtivo também...

- Como se aprimora a furtividade? - Ele pensava e então tinha uma ideia ousada. Seguir estranhos pelas ruas e observas suas vidas. Um novo hobby nascia.

Na verdade, seguir a jovem estagiária seria o ponto. Dylan opta por tentar descobrir mais sobre a moça.
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Mensagem por Tristan Thorn Ter maio 31, 2016 9:48 am

Yeva Dimitri

- Yeva Dimitri: PDS 14/15 ~ FV 10/10 ~ Vitalidade: -



Astralmente falando, o Monge estava perpetuamente calmo e sereno. Exalando tranquilidade e soberania, permanecia impassível diante as palavras da Tzimisce. Quanto mais falava, mais insegura ficava. Acuada como um animal feroz, a Demônio permanecia esforçando-se para prosseguir com o controle necessário de um Artista dos Ossos. Enquanto proferia indagações, afirmações e conjecturas, toda a estrutura morna da Catedral pulsava em uníssono. É impressionante estar num local tão gigantesco e fora dos padrões da realidade mundana. Apenas por pisar nesse solo consagrado de sangue, qualquer Tzimisce é privilegiado, apesar que apenas uma parcela do Clã conhece esse local e, menor ainda, são aqueles com a oportunidade de pisar na Catedral da Carne.

- Compreendo – decreta o Monge, dando as costas para Dimitri.

Quando esse simples gesto acontece, eis que Yeva sente um baque, uma forte dor. Fechou os olhos por breves segundos, tempo o suficiente para, quando os reabriu, percebeu-se em outro lugar, totalmente presa, pendurada de cabeça para baixo e devidamente acorrentada. Estava com uma gigante escava cravada no peito. E lá estava o Monge, de costas para Yeva, mas, dessa vez, em um dos Calabouços da Catedral, não mais na Entrada Principal. O que estava acontecendo, afinal?

- Lição número um. Tzimisces sábios deslocam o coração para o lado, para cima ou para baixo, justamente para evitarem uma situação constrangedora como essa, tudo bem? – o tom melodioso e calmo serenava a raiva que Dimitri começou a sentir, contudo, devido a voz pacificadora do Monge, logo se acalmou. - Você me convenceu. Ao menos, terá um início aqui. Não garanto que conseguirá, muito menos que sobreviverá. Nós, como Tzimisces, independente de sermos Metamorfistas, Unificadores ou de quaisquer outras Trilhas de Sabedoria, somos um Clã, somos o Velho Clã que se negou a rebaixar-se diante os traidores que foram para o Sabá. Estamos livres da doença corrosiva das Seitas, nosso propósito é Transmigração. Nosso desejo é Transcendência. Nossa meta é Evolução. Tudo que falou tem um enorme sentido e eu agradeço por sua perseverança irresistível de não desistir. Bem-vinda, Mirela Zantosa, por tempo indeterminado, lhe concedo um contive temporário para viver na Catedral da Carne – assegura o Monge, retirando à estaca do peito de Yeva e a libertando das correntes.

Yeva Dimitri percebe que todos a chamam pelo nome original de Mirela Zantosa. O Monge, que até o momento permanece com o capuz, fato que impossibilita a Demônio de presenciar a arte facial do misterioso tutor, a conduz por todas as salas, criptas, mausoléus, câmaras, túneis, salões, cômodos e tudo que forma a estrutura interligada das três torres que moldam a Catedral da Carne. Mirela foi devidamente banhada por Carniceiros Revenantes, depois, esses mesmos lacaios a vestiram com uma túnica branca, com uma corda amarela como cinto. Os cachorros já estavam lá, os mesmos que a Tzimisce moldou no Vilarejo que dizimou nas cinzas. Um pequeno cômodo quadricular, de aproximadamente 10m², com três estantes de livros nas paredes, que formava um “U” em torno do recinto. Uma mesa de centro, com apenas uma cadeira. Obviamente, tudo feito com ossos, carne, sangue, membranas, cartilagens e músculos.  

- Essa é uma dos 87 cômodos de estudo que nutrimos aqui. Você ainda não tem permissão para mexer nesses livros, mas pode iniciar suas pesquisas aqui mesmo. Seus cães estão aqui, assim como alguns presentes, no chão, bastando você tocá-lo e pensar, está devidamente preparado: três mortais, três aves (coruja, águia e curió) e dez ratos. Lhe darei dois meses para criar algo. Para mostrar-me tua Arte corporal e espiritual. Para, simplesmente, indicar-me alguma pesquisa que pretende realizar e mostrar-me os vislumbres iniciais dela, para, se for pertinente, você finalmente começá-la. Sangue não é problema aqui, você se alimenta da Catedral e a Catedral se alimenta de você, uma troca mútua e infinita. Mas, até o momento, isso é tudo que poderá saber. Durante tua progressão, mais verdades serão reveladas. Até breve... – mais uma vez, falando num tom calmo, que nutria Mirela de forças astrais, o Monge dava as costas e ia embora, deixando-a sozinha no pequeno cômodo.
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Mensagem por Tristan Thorn Ter maio 31, 2016 10:13 am

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



Estava feito. Com as fotos em mãos, a Sra. Krabba não deseja mais dar prosseguimento ao caso. Ela pega os valores, confere tudo e, usando o próprio celular, já realiza a transferência para a conta do Detetive. Ela agradece. Visivelmente destruída e aos prantos, despede-se de Dylan e vai embora. Mais um caso. Provavelmente, mais um divórcio. O mortal estava colidindo sentimentos, antigamente, jamais pisaria nas feridas de uma pessoa caída no desespero como a Sra. Krabba, mas, atualmente, regido com as habilidades que adquiriu ao longo dos anos, pensava como um mercenário, desejando mais e mais casos para saciar-se mentalmente.

Furtividade não se aprende nas escolas, de fato, Dylan precisaria praticar. Um novo hobby surgia, seguir pessoas nas ruas, estudá-las e aprender sobre suas vidas. Mas decidiu começar por uma “velha conhecida”, do último caso que agiu. Seguir a estagiária e descobrir mais sobre a vida da moça.

As campanas começariam, mais uma vez, tediosamente amparado com alguns livros de psicologia comportamental. Aproveitou as longas semanas em que virou essa perseguição, sempre seguindo a jovem Amanda Jones, sim, já é um avanço, conseguiu descobrir o nome dela. Nada que uma pesquisa no Facebook, Linkedin e afins não resolvam. Ela estuda na Universidade de New York, no período da manhã, das 07h até 12h. O estágio dela começa às 12h30, finalizando às 17h30. Ela é solteira. Está com 22 anos. Faz Contabilidade. É carismática, inteligente e bonita. Mora com a mãe. O pai, morreu num acidente de carro. Já a mãe, aposentada, dedica-se aos trabalhos voluntários. Nos finais de semana, além de ajudar a mãe com o voluntariado, Amanda Jones pratica triatlo com as amigas da faculdade. Levou um mês para rastrear todos os padrões de Amanda Jones, isso conciliando com o trabalho e lazeres.

O hobbie de seguir pessoas aleatórias nas ruas persistia. Dia após dia, Dylan sentia alguma melhora. Claro, eventualmente, era detectado pelas pessoas, mas nada que a velha não o ajudasse. Quando a diplomacia falhava, apenas recuava e ia embora. Em raros casos, a pessoa realmente explodia, fato que aconteceu por duas vezes, onde o mortal levou alguns socos de um homem e, em outra oportunidade, também levou uns sopapos de outro homem. Mesmo tendo algum conhecimento de Muay Thai, decidiu não reagir. Apanhou e recuou, para não dar maiores problemas. Mas ficou uma lição. Nisso, mais dois meses se passaram.

Matriculou-se num curso de Psicologia. Para conciliar com o trabalho, decidiu estudar pela manhã. Assim, ficaria com as tardes e as noites. Com os três meses que se foram desde o caso da Sra. Krabba, o período letivo finalmente abriu, possibilitando o Detetive a iniciar o curso. Das 07h até às 12, todos os dias, de segunda a sábado. E uma nova rotina iniciou-se para o trintão Dylan Bob Petterson.
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Mensagem por Dylan Dog Ter maio 31, 2016 10:51 am

Dylan via sua vida passando e mais uma vez uma rotina, confortável porém estagnada assolava sua vida e sempre que isso acontece, bem, vocês sabem...

Era hora de pesquisar mais ocultismo. Quando o mundo real parecia chato era o momento de ir pro mundo das lendas. Seu hobby primário seria combinado com seu hobby secundário.
John fez Dylan realizar um exercício hipotético, então ele decidiu continuar. Se fosse assim, se as criaturas do oculto existissem, quais sinais elas deixariam no mundo? Dylan começa a pesquisar por casos de aparições primeiro, fantasmas eram mais prováveis que outras coisas. Afinal, vampiros de energia até poderiam existir, mas vampiros hematófagos eram só lendas criadas em cima de pessoas doentes.

Dylan inicia sua pesquisa por casos peculiares e sem resolução novamente. Desde jornais sensacionalistas até portais virtuais renomados. Ele busca todos os dias por uma notícia "fresca". Um desaparecimento misterioso, uma casa assombrada, um avistamento, qualquer rumor que tivesse um mínimo de credibilidade. Talvez desmascarar farsas fosse o caminho.
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2 - Página 3 Empty Re: Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2

Mensagem por Tristan Thorn Ter maio 31, 2016 11:12 am

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



Cursando psicologia pela manhã e trabalhando até o anoitecer, eis que o Detetive, mais uma vez, encontra-se preso numa rotina. O mortal não suporta coisas rotineiras, então, decide apontar a própria curiosidade em outra peculiaridade. Se todas as questões hipotéticas transmitidas por John, numa possibilidade irreal, pudessem ser reais? Se sim, que tipo de vestígios essas entidades sobrenaturais deixariam no mundo?

Apesar de achar que a maioria não passa de lenda, como um bom espírita, Dylan sabe da existência dos Espíritos. Então, nada mais normal que ele procurasse evidências de Fantasmas. Na primeira tentativa, chocou-se com tamanho lixo que as pessoas simplesmente divulgam. E deu um baita de um trabalho, coisa de três semanas, simplesmente filtrar as notícias lixosas, das reportagens aparentemente mais sérias.

Separado o joio do trigo, o Detetive inicia suas pesquisas. Estava ciente que muitas aparições sobre Fantasmas não passagem de fraude ou charlatanismo de espertalhões, que apenas desejam ganhar dinheiro sobre os mais ignorantes. Limitando-se apenas na Big Apple, por causa da faculdade, filtrou a pesquisa. Que tipo de indícios que a espiritualidade deixaria em NYC? Com belas reportagens em mãos, apontando vários fatos, o investigador aprofundou-se cada vez mais, desejando ainda mais certeza do que estava lidando.

Alguns telefonemas, pesquisas na internet e mais investigação, tudo isso culminou em mais dois meses de pesquisas de campo. Se ficou três semanas apenas na preparação, dois meses in loco foi deveras proveitoso para o Detetive. Conversou com alguns médiuns, que nutria o respeito de Dylan e, possivelmente, três casos de aparições fantasmagóricas em NYC, poderiam ser reais. Dylan também sabe que, pessoas que não são médiuns, não possuem habilidades necessárias para ver Espíritos, exceto quando o Espírito deseja ser visível, aí a história é outra. Os três casos são:

• Susy Cua, internada no Manicômio Municipal de New York. Ela possui 12 anos e está visivelmente abalada psicologicamente depois de alegar ver formas distorcidas nas paredes do seu quarto durante a noite. Os médicos remetem ao fato dela ser esquizofrênica e já está devidamente tratada.
• Samantha Rak. Especialista em medicina forense, foi visivelmente dilacerada emocionalmente ao deparar-se com aparições fantasmagóricas na própria residência. O caso ganhou manchete estadual e o Guru Yang Shun purificou a residência. Dois meses depois, Samantha mudou-se de residência e até hoje a casa está para vender.
• Anthony Cummins possui 41 anos. Autista e reservado, mora com a mãe, de 78 anos nos subúrbios de NYC. Ganhou notoriedade municipal depois que a mãe afirmou que o filho nutria poderes de adivinhação. Foi até mesmo em Talk Show, onde a mãe mostrou os “dons” do filho. Visivelmente desmascarada pelo parapsicólogo William Smith, o caso caiu no esquecimento.
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2 - Página 3 Empty Re: Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2

Mensagem por Dylan Dog Ter maio 31, 2016 12:05 pm

Os três casos se mostravam muito interessantes. Dylan fazia uma breve análise dos 3

- Susy Cua: O caso tem fortes chances de ser verdadeiro. Muitos médiuns são confundidos com esquizofrênicos antes de aceitarem seus dons. Irei falar com os pais da garota sobre a possibilidade de ela ter habilidades mediúnicas. Por se tratar de uma criança será mais difícil a aproximação. Caso os pais concordem eu farei uma visita à casa e investigarei o local da suposta aparição. Me apresentarei como estudante de psicologia e direi que quero traçar paralelos entre casos de médiuns e esquizofrenia, talvez isso seja mais plausível e no fim me renda o meu tcc.

- Samantha Rak: Tentarei entrar em contato com a moça e perguntarei o que ela viu. Irei verificar a casa como um possível comprador, dependendo do valor talvez valha a pena. É muito mais fácil se aproximar deste caso.

- Anthony Cummis: Farei uma visita aos Cummis. Quero avaliar com a mãe dele se ele não foi vítima de um golpe ou se eles são o golpe. Tenho que investigar a vida dos Cummis também. Se há histórico de coisas assim na família. Acredito que a Sra. Cummis vá aceitar tomar um café comigo. Levarei alguns cupcakes.


Dylan estava com as anotações prontas e começa a executar os planos. Eram 7:00pm quando ele pega o telefone e começa a fazer as ligações. Seriam seus primeiros contatos para verificar o quão abertos os seus "casos" estariam. A abordagem amigável era essencial. Dylan se esforçava ao máximo para valorizar os sentimentos de seus interlocutores para que se abrissem com ele e aceitassem recebê-lo ou ceder informações.

Uma pergunta pairava no ar... Enquanto John? O que estaria preparando? O Caranguejo continuava de um lado para o outro procurando a verdade.
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Mensagem por Outis Ter maio 31, 2016 12:21 pm

Damien é pego de surpresa, por mais que soubesse que estaria lidando com peixe grande, jamais esperava tamanha imponência. O lunático sabe que a partir de agora muita coisa está em jogo, e por mais que sua natureza capitalista e sua sede por poder tomem conta de suas ações, ele sabe aceitar situações adversas para que no fim alcance o objetivo maior.

— Perfeito, será um prazer lhe mostrar como tudo funciona. Particularmente eu sempre gostei mais do mar, eu comecei minha vida como um pirata. - Damien estende a mão e firma o acordo com a Bispo. — Veja bem, é exatamente isso que venho pensando nos últimos anos, até 1 minuto atrás eu não fazia a mínima ideia do que é ter uma seita apoiando suas ações, só agora eu entendo uma pequena fração do que é isso.

“O acordo é bom, considerando que eles realmente podem me aniquilar se assim quiserem,  e ele pode ficar ainda melhor caso eu faça parte da seita. Obviamente não posso fazer isso como Damien King...”

— Agora que estamos em bons termos, creio que podemos melhorar ainda mais toda essa situação. - Damien faz uma pequena pausa, e com um ar de alívio ele continua. — Eu quero fazer parte do Sabá, mas não posso fazer isso com meu nome. Nas ultimas décadas eu tenho ficado apenas nos bastidores da organização, o que faz com que apenas os mais velhos conheçam meu rosto, mas meu nome ainda é bem conhecido no submundo. Com meu nome vinculado a alguma seita não seria tão fácil conseguir a localização deste lugar. Hoje em dia é muito fácil conseguir uma identidade nova, confesso ter uma ou outra… Mas, novamente,  esse não é o ponto! - O cainita é conhecido entre os mais próximos por perder o rumo da conversa constantemente. — O que me diz Bispo Thompson? O que é preciso para tornar isso possível?

King sabe que quando estiver dentro da seita o jogo irá mudar, ficará muito mais interessante e perigoso. O cainita teve apenas uma pequena demonstração do que é poder de verdade, mas já está fascinado em consegui-lo. Sua mente trabalha em paralelo a conversa tramando planos e rotas para conseguir mais e mais poder.
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Mensagem por Tristan Thorn Qua Jun 01, 2016 7:57 am

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



Com as anotações realizadas, Dylan inicia o plano de sondagem. Ligaria, gradativamente, para todos os envolvidos nos casos, na tentativa de extrair mais informações. Quando começou os telefonemas, logo no início da manhã, não conseguiu falar com ninguém. Poderia ser o horário, cedo demais, talvez as pessoas acordassem mais tarde.

Nisso, seguiu com alguns afazeres. Organizou alguns trabalhos na faculdade, estudou para as provas que começaria nas próximas semanas e, quando o relógio bateu próximo das 11h, eis que finalmente retomou os contatos. Usou o bloco de anotações como parâmetro. A primeira ligação foi para os responsáveis de Susy Cua. Não foi fácil achar os contatos dos pais dela, mas nada que uma investigação mais detalhada, como as três semanas em que filtrou o caso, não resolvesse.

A família de Susy parece bem resistente. Os telefones fixos, que pareciam desativados ou já com novos danos, nem sequer atendiam. Um dos celulares já caía direto na caixa. E, por fim, um último celular, onde atende um homem. A voz parecia familiar, ou não. Dylan se identifica, aborda amigavelmente, tudo dentro da tática. O pai de Susy, Anderson, não parece nada solicito, muito pelo contrário, ele fica insatisfeito pela exposição que a filha sofre e, pedindo com educação, pede para o Investigador encerrar essa procura, pois Susy é menor de idade e não merece ser exposta dessa forma. Por fim, ele desliga o telefone.

Samantha Rak parecia pulverizada. A residência estava à venda por uma imobiliária, com um preço 30% abaixo do valor de mercado. Com quase três anos na tentativa de vender a residência, quase nenhum comprador se interessou. Dylan não conseguia os contatos de Rak. A imobiliária não quis fornecer os dados dela, tudo deveria ser tratado diretamente com a imobiliária. Dylan também não conseguiu achá-las nas redes sociais.

Quando ligou para a Sra. Cummins, ela disse o quão injustiçada foi pela mídia, que o filho foi vítima de preconceito por ser autista. Ela aceitou um encontro, mas num luxuoso restaurante localizado dentro do Limelight Shopping. Esses contatos levaram uma semana para um desfecho. Dylan preparou-se e foi até o restaurante. Chegando lá, encontrou a Sra. Cummins, que tomava um clássico Martini.

- Boa noite! – sorridente, ela aponta o lugar para o Detetive se sentar. - Pode começar, o que você deseja saber sobre o golpe que a mídia me deu? Meu filho é vidente! – brada ela, se contendo para não falar alto no meio do recinto.

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Mensagem por Tristan Thorn Qua Jun 01, 2016 8:06 am

Damien King

- King: PDS 14/15 ~ FV 8/8 ~ Vitalidade: -



Não é fácil para um Independente viver numa cidade que é controlada por Seitas, ainda mais quando tenta partilhar parte das influências que nutre. Por mais valiosa que seja, tudo pode ser tomado na brutalidade. A guerra que vem se travando através dos séculos entre Camarilla e Sabá acaba por provar esse conceito muitíssimo bem.

Primeiramente, quando uma seita deseja atacar a outra, eles iniciam com um padrão de espionagem que pode levar anos ou décadas, para, só em seguida, começarem a desestabilizar e minar os principais pontos de influência da seita inimiga. Depois, iniciam manobras políticas e econômicas na cidade para confundir atenções e, só no final, é que o cerco é realizado. Atacando sempre os principais pontos de encontro, como Elísio ou Diocese e assassinando ou capturando ícones da cidade, como Príncipe ou Arcebispo. E assim vai, pouco a pouco, minando as resistências, influências e assassinando/capturando os figurões da cidade. Até realmente expulsar ou destruir todos, de fato, pode levar algum tempo considerável.

Damien King, que desejou jogar e pagar para ver sobre a Bispo Linda Thompson, descobriu que ela tinha carta na manga, o suficiente para pressioná-lo e intimidá-lo a decretar o acordo. Em partes, pela situação de King na cidade, não é um pacto ruim. O Lunático, quando tocou a mão da Bispo, que estava com luvas de couro da cor branca, sentiu diversas emoções distintas, a mais marcante:

Uma impetuosa mulher, decidida e compenetrada chamada Linda Thompson porta essas luvas por um tempo considerável...”

- Deseja simplesmente ser um duas caras protegido pelo Sabá ou quer ser um Espião da Espada? – indaga Thompson, visceralmente olhando para Damien.
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Mensagem por Dylan Dog Qua Jun 01, 2016 8:39 am

Dylan observava o bloco de notas antes de entrar no luxuoso restaurante. Ele pensava se teria dinheiro pra pagar a conta...

Em seu bloco haviam novas anotações

Susy Cua: Menor de idade. Pais querem resguardar a filha.

Samantha Rak: Vou visitar o imóvel como interessado na compra. Posso perguntar ao vendedor(a) se houve algum crime dentro da residência. As imobiliárias são obrigadas por lei a informar sobre mortes no imóvel nos últimos 3 anos.

Anthony Cummis: Irei averiguar o caso de perto hoje. Falarei com a senhora Cummis no Limelight Shopping. Sinto que ela vai me fazer pagar a conta.


Dylan adentra o restaurante e vai até a idosa que já tomava um Martine.

- Boa noite, obrigado por aceitar falar comigo Sra. Cummis - Puxava a cadeira e se acomodava na mesa - Entendo, o meu interesse é saber se ele realmente é e se realmente foi um golpe. Eu sou Investigador particular e advogado. Tenho estuda sobre ocultismo nos últimos tempos e o caso do seu filho me interessou, se ele for mesmo dotado de tais habilidades quero ajudar vocês. Me conte exatamente... - Ele pegava o caderno e começava a anotar o que a mulher dizia - Quando Anthony apresentou esse dom? Como soube? O que houve exatamente no dia do talk show? Mais alguém na familía tem dons assim? - A expressão dele é séria e chega a ser intimidadora. Dylan queria mostrar que não estava ali pra ser passado pra trás e observava o consumo de bebida da mulher.
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Mensagem por Outis Qua Jun 01, 2016 10:14 am

“Espião da Espada? Isso parece um bom começo...”

Damien sabe que apesar de sua influência e idade, não vai ter nada de mão beijada, mas espera que o processo não seja como o de um cabeça de pá qualquer. Fazer parte do Sabá apenas por fazer não está nos planos do lunático.

— Honestamente eu prefiro fazer parte da ação ao invés de simplesmente ficar esperando algo acontecer, um Espião da Espada com certeza soa mais coerente com o que posso fazer. - Ele sorri. — Por toda minha existência eu venho montando e lapidando Damien King, o pirata, o contrabandista, o cara do submundo, o autarca… Mas ultimamente vejo que ele não condiz com minhas verdadeiras intenções. Eu realmente quero fazer parte de algo maior, quero fazer a diferença, ser lembrado e respeitado por ter colaborado com os objetivos do Sabá. - Ele finaliza seu discurso com um tom firme e sincero.

“Se os outros forem como ela, explica muito sobre como conseguiram tomar a capital do mundo das mãos da Camarilla. Ela transpira a essência do Sabá, parece lutar com unhas e dentes para cumprir os objetivos da Seita, sem piedade para os infelizes que cruzarem seu caminho. Realmente, que mulher...”

Damien está encantado, mas ele sabe muito bem o motivo disso. Linda Thompson tomou muito do que King e seu braço direito Miles construíram, e King sabe que, no fundo, uma chama de vingança irá se acender no futuro, mas o cainita tem um longo caminho a percorrer antes de sequer começar a orquestrar a retomada dos seus negócios. King de fato quer fazer parte do Sabá, ele vê na seita a porta de entrada ideal para se aprofundar no Mundo das Trevas, e cumprirá fielmente os objetivos da mesma, mesmo que isso signifique receber ordens da Bispo. Ele é paciente.

Após se perder em seus pensamentos, Damien sente que precisa saber um pouco mais da Bispo, então checa sua aura.
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Mensagem por MEZENGA Qua Jun 01, 2016 6:16 pm

*Se Baxt respirasse, ele respiraria fundo neste momento.*
"Paciência, paciência..."

*Era o novo mantra de Baxt. Ele entendia nesse momento que não eram as correntes ou a lâmina que estava em seu peito e agora mantinha-se parada em sua mão, mas o ambiente. Como tinha ouvido anteriormente*
"fornalha"

*Mas como sair? Observava qualquer coisa que parecesse uma entrada ou saída, caso não surgisse nada, tentaria recarregar mais uma vez e utilizar essa energia para se transportar para fora dali, para a cidade onde esteve antes de chegar onde chegou.*
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Mensagem por Tristan Thorn Qui Jun 02, 2016 7:44 am

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



- Claro, claro! Vou lhe contar tudo. Anthony é um gênio, mesmo que tenha autismo, possui um QI acima da média mundial e, por mais que as pessoas sintam inveja dos dons premonitórios dele, ele é sim um Vidente Paranormal!!!! – a senhora já estava exaltada, na medida em que falava do filho, o rosto ficou totalmente ruborizado. - Ele começou na infância, prevendo certas coisas. No começo achávamos que tudo não passava de besteira ou coincidência. Porém, com a insistência desses acertos, já começamos a achar algo diferente no ar. Com o passar do tempo, ficamos totalmente convencidos das habilidades especiais dele – já mais calma, o tom de voz ficava mais ameno. - Você sabe como é esses talk show, o apresentador sempre é um idiota metido a gênio-comediante-idiota, então, ele começou a fazer algumas indagações tolas que nos confundiram, mas não é nada demais, se não fosse uma reportagem que ele colocou, feito pelo próprio pessoal do talk show, onde apareceu diversas pessoas que falaram que nós cobrávamos para consultoria de vidência! Mas é claro que existia essa cobrança! Quem trabalha de graça é relógio! Mas esse povo ignorante reclamava que meu filho errava nas previsões, o que é uma mentira total. Esse programa foi muito tendencioso conosco e, por causa disso, resolvemos afastar Anthony desse mundo retardado. É isso – explicou, ainda bastante revoltada com os acontecimentos passados.
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Mensagem por Tristan Thorn Qui Jun 02, 2016 7:55 am

Damien King

- King: PDS 14/15 ~ FV 8/8 ~ Vitalidade: -



Quando concentrou-se para verificar a aura de Linda Thompson, King distorcia a própria visão numa espécie de caleidoscópio. Como uma chama se acendendo de dentro para fora, os padrões luminosos da aura da Bispo se tornavam claros como a água. Ela estava estranhamente calma, sendo dotada de uma aura vívida, típico de mortais. Exótico, afinal, cainitas nutrem uma aura pálida, morta e totalmente sem vida. Ela se passaria por mortal facilmente nessas condições. Além da calma habitual, que King notou na leitura, também detectou que Thompson estava satisfeita e levemente excitada com o momento.

- Converter um influente Ancillae como você está sempre dentro dos planos de qualquer líder da Espada. Eu fico satisfeita pela sua vontade, mas tenho minhas ressalvas e lhe garanto, você será três vezes mais supervisionado e monitorado que membros normais da seita – com uma pausa seca, transbordou um olhar visivelmente assassino e psicótico, que foi automaticamente corrigido em milésimos de segundos. - Eu lhe farei um Espião, Damien King. Você ganhará um novo nome e uma história, sob minha tutela. Contudo, antes que esse fato acontece, precisará provar sua lealdade, algo corriqueiro, vamos começar com uma volta na Big Apple? – sem ao menos esperar a resposta do Malkaviano, Linda Thompson já abre a porta da sala. - Vamos.

Nota: Faça um post explicativo, onde você aborda como e quando conseguiu essa influência no aeroporto e porto. Fale dos peões que você possui em cada lugar e como mantém os lugares gerando alguma coisa para você.
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Mensagem por Tristan Thorn Qui Jun 02, 2016 8:02 am

Ian Baxt

- Ian Baxt: PDS ?/15 ~ FV ?/10 ~ Projeção Astral ~ Sentidos Aguçados ~ Ofuscado ~ Cordão de Prata: Rompido ~ Energia: 7/10 ~ Vitalidade: ?


Atônito como um zumbi em coma, Ian Baxt permanece numa inércia cíclica sem igual. Inexistente e compassivo, o outrora Ladino Ancillae do clã Ravnos, no mais esplendoroso de seus dias, imaginaria estar numa situação alienígena como essa. Umbra... Umbra Profunda... Corte... Fornalha... Nada fazia sentido, não nutria conhecimentos sobre esse novo mundo. Cainitas com vontade fraca ou mediana, simplesmente sucumbiriam ao caos, encarcerados na própria loucura de estar num local como esse.

Ian Baxt, por sua vez, é uma fortaleza de perseverança. Possui uma vontade impressionante que sempre o impulsionou para frente. Concentrou-se, sem muita dificuldade e entrou em processo meditativo mais uma vez, recarregando-se da estranha Energia que fluía do recinto. Já completo, observou que a prisão de pedra circular aonde estava, fatalmente, não possuía entradas/saídas, tudo vedado com rochas e rebitados com ferro. Gastou parte da Energia e sentiu-se intensificado para executar o que planejou. Baxt desaparecia, reaparecendo poucos centímetros a frente. Logo em seguida, mais uma vez, o desânimo e ausência de vontade o assolava novamente. E agora?
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Mensagem por Dylan Dog Qui Jun 02, 2016 9:56 am

Dylan observa a mulher falar e anota as respostas.

"Ela parece muito preocupada com a fama, todavia o filho pode realmente ter poderes e ela o vê como uma mina de ouro, vou avaliar o 'garoto' de perto"

O pensamento o distraiu por um segundo da conversa. A velha parecia uma golpista, não passava credibilidade.
Ao final do monólogo o investigador olha no fundo dos olhos dela e é direto - Sra. Cummis, compreendo sua revolta mas sinto lhe informar que sua preocupação exagerada com a credibilidade dos poderes de seu filho só faz parecer que ele é um fraude, entretanto eu não posso afirmar isso sem falar com ele - Ele faz uma pausa - No meu ramo devemos ir o mais fundo que podemos em busca da verdade. Se seu filho possuí tais habilidades poderia ser um consultor meu, mas antes gostaria de fazer um teste com ele, se a senhora concordar é claro - Ele encerrava arqueando as sobrancelhas. Seu tom de voz era calmo e baixo, o que mostrava respeito e resguardo. Mesmo a própria linguagem corporal era calculada além de avaliar a linguagem corporal de sua interlocutora.

Se a senhora Cummis não tiver mais o que acrescentar ele irá pra casa dela testar o filho (seja nesse momento ou em um dia mais propício). Continuará com a questão do imóvel de Samantha Rak e visitará o mesmo, não sem antes realizar uma preparação para detectar aparições ou mesmo exorciza-las.
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Mensagem por Aradia Qui Jun 02, 2016 4:54 pm


A serenidade do monge mantinha a clareza e leveza em tudo o que falava. Agora, a Cainita tinha plena confiança na ponderação do sábio. Entretanto, só o fato de ser perfeitamente convincente, já gera certa desconfiança, e até inspiração. Com aquela fleuma astral poderia enganar até o mais intuitivo dos seres. Como obter tamanho equilíbrio astral.

Porém, essas ideias da tzimisces eram naturais e profundas. Afinal, em sua mente pairava a emoção das incertezas e a ansiedade desesperadora de quem poderia ser rejeitada mais uma vez. O caminho desde o rompimento com seu Senhor tem sido muito difícil e inerte. Aquela era a chance da guinada. Sentia a inquietação dos animais através das correntes, resultado das ondas odoríferas do medo. Ela estava em uma pressão quase rompente.

Quando estava prestes a eclodir todas as emoções em uníssono no monge, sentiu-se radicalmente em outra situação. Estática, lembrava como era estar empalada novamente em um dos locais destinados aquele tipo de tortura no local. Exausta de ter que escapar, fugir e brigar para finalmente desenvolver as práticas necessárias para o desenvolvimento de seus estudos científicos e ocultos. A dor dilacerante fazia brotar em sua face uma lágrima escarlate, embora sua expressão mante-se a orgulhosa, como quando advogava ao seu favor para o senil ser.

As lágrimas multiplicavam-se escorrendo pelo couro e tingindo mechas de rubro os finos rubros moldados por sua arte manual. As palavras do sábio vinham como uma flecha atordoando o ego da Metamorfista. ”Como nunca havia pensando em fazer essa modificação antes?”

O alívio vinha com as doces palavras de aceitação que se seguiram. Ela tinha plena ciência dos riscos. Estaria novamente perdida por sua tolice, se aquela estaca não fosse apenas a primeira lição daquele tutor.

Ouvia atentamente, os olhos arregalados, mantinha movimento frequente, guiados pela silhueta o homem sob o capuz. Sabia da existência do Velho Clã. Todavia, o conhecimento sobre o assunto era superficial. Sempre mantinha suas pesquisas centralizadas, tornando-se especialista em assuntos específicos. Ainda tinha muitas perguntas a fazer, mas além da estaca, a vergonha a calava. Percebia como havia coesão entre os pensamentos com relação a seitas, muito diferente de seu Senhor que era extremamente ligados a elas. ”Como Ian mantém relação com esse lugar tendo pensamentos tão distintos? ” Pensava.

Com tantos anos de experiência e tantas diferentes formas, já deveria ter assimilado que nomes são irrelevantes. No entanto, para Yeva, cada nova aparência era mais como um novo nascimento do que uma transformação em si. Ligava cada nome que adotou a uma aparência, a sequência de fatos, experiências, personalidades, erros, pessoas, lugares... Não poderia jamais se reconhecer como Mirela Zantosa e, eventualmente, poderia nem atender a um chamado por esse nome. Não por capricho, mas por realmente não se reconhecer assim. Por isso, incomodava-se sim, ligeiramente, pela insistência de chama-la pelo nome verdadeiro.

A estaca removida deixava, alívio, dor, farpas e uma futura cicatriz para reparo. Mal podia acreditar na grossura daquela tora. O sangue escorria pelo local que havia sido transpassado. Tentava ficar de pé, mas estava se recompondo ainda e a dor era terrivelmente constrangedora.

Fez um passeio proveitoso pela já conhecida estrutura. Durante todo o trajeto manteve-se em silêncio, atenta a seu guia e tutor.

O ambiente era rústico e vivo. Trazia suntuosidade em cada detalhe. Em nenhum momento ficou sozinha. Depois do passeio foi conduzida ao banho. O banheiro era relativamente grande. As paredes eram compostas por torções nervosas, ligamento e muito músculo. Tudo parecia obter boa irrigação sanguínea, além de ter fibras de aparência saudável. O lugar não exalava o mal cheiro naturalmente resultante da exposição da carne viva, ou seja, sem cobertura protetora da epiderme. O cheiro era de ferro, como estar em um estaleiro recém construído e sem interferência de sódio. O ar era húmido e aquecido, como uma sauna sem vapor. O ambiente tinha um aquecimento especialmente reconfortante. O principal objeto era uma banheira no centro do espaço.

Os pés da banheira eram pés humanos. Ela tinha textura macia e parecia também ser feita de material orgânico vivo. O que destacava aquela peça era que ao contrário da carne viva das paredes, tetos e chão; de cor vermelho escuro, ela tinha um revestimento de pele com pigmentação muito branca. Da torneira saia água gasosa em temperatura confortável. A água que saia era extremamente cristalina, algo completamente estranho vindo de um objeto vivo. Dois carniçais me guiavam até o curioso objeto. De perto, pude notar arabescos desenhados na pele branca. Eram cicatrizes que formavam tatuagens singelas e delicadas. Muito mais belo do que uma arte feita na porcelana. Cada risco tinha traços finos dando leveza e suntuosidade a obra. Os relevos deixavam um cintilante fascinante. Era convidativo entrar, só de olhar. Ela tinha chegado nua até ali e, assim permaneceu. O sangue e os micro pedaços da estaca fazia um misto de sujeira encrustada no seu corpo. A Demônio colocou delicadamente um pé dentro da banheira, submergindo lentamente.


~Diário~


Nunca, nem o mais forte sistema de aquecimento conseguiu me passar a sensação de um confortável banho quente de outrora. Minha pele, marmorizada era dura demais, fria de mais. Sempre absorvia o calor não deixando nada para mim. Tinha algo naquela água. Me senti viva novamente. Revitalizada. Aquecida.

Com uma esponja que mais lembrava um ouriço do mar, dois servos, me davam o banho. A banheira ajustava-se ao meu corpo e enquanto eu submergia, várias mãos massageavam todo o comprimento do meu cadáver. As mãos vinham de dentro da banheira. No final, a água suja dava lugar a um líquido leitoso e inodoro. O cheiro do nada destoava do cheiro de enxofre ferroso da água gasosa anterior. Secaram minha pele sobrenatural, e me puseram uma simples túnica. Era feita de tecido fino e luxuoso, porém tinha um corte reto, sem design. O cinto amarelo feito de corda parecia ter um significado que eu ainda não compreendia. O meu ego era o mais beneficiado, depois daquele banho, minha confiança voltava e a minha mente borbulhava de inspiração.


Os dois carniceiros conduziam a Ancillae até um dos cômodos destinados a seus estudos. O monge a aguardava para dar as devidas instruções. A Tzimisce estava disposta a sugar até a última gota de conhecimento que pudesse daquele cômodo.

Tudo o que pudesse precisar estava diante de si. Durante dois meses focaria em estudar. Ficar presa não seria problema, Cassandra passou a maior parte de sua existência enclausurada. Não falou nada. Ouviu atentamente o monge, observando toda a esfera astral que o envolvia, além de observar cada possível mensagem nas entrelinhas.

Assim que se viu sozinha, sentiu-se tomada pela excitação de ser uma convidada na Catedral. Sem perder tempo rasgava a própria pele e músculos torácicos. Deslocava o coração para direita, além de reforçar a musculatura. Trançava mais os músculos formando uma trama de tecidos e nervos resistente. Desligava alguns nervos da conexão neural afim de minimizar o desconforto da dor. Aumentava a irrigação sanguínea para melhorar a regeneração. Removia todas as farpas, detritos da tora que a transpassava. Revitalizava a pele, fazendo sumir a cicatriz. Por fora, nenhum sinal do descolamento. Fez com toda a vontade mental disponível. Recuperou-se com o entretenimento proveniente da tortura dos cães e seres da sala.

Enfim, podia trabalhar. Com as reservas mentais recuperadas, tinha todo o tempo para se dedicar a criação. Com um olhar sobrenatural, estudaria, fazendo anotações das mudanças (até sutis alterações) na aura enquanto Moldova e torturava os corpos. O estudo consistia em ver as mudanças astrais além das mudanças físicas. Queria ver até onde a Vicissitude ia. As formas das auras alteraram? Quais foram as variações emocionais? Como foi o antes e depois físico e astral?

Durante todos os anos de existência amaldiçoada, estudou sobre anjos. Vive em busca da Lira dourada, ansiosa pelos poderes que dariam alcance astral aos seus poderes e assim a transcendência. Queria expressar seus estudos nessa criatura. Transformaria um híbrido de forma angelical.

Duas cabeças de cães. Crânios mais largos acomodariam cérebros maiores e humanos. Uniu os melhores neurônios dos três mortais na cabeça canina. O longo pescoço daria esquiva e uma maior mobilidade. Asas grandes, estudadas para trazer um conforto de equilíbrio ao corpo humanoide. Três metros de altura do ombro a ponta do pé. A cabeça alcançava a bacia devido a mobilidade no pescoço. Garras nas mãos e nas articulações das asas. Garras feitas de ossos afiados. A cada passo o laço de sangue era reforçado, construindo a ligação entre criador e criatura. Conversas, torturas e lições vinham em conjunto em um treinamento básico.

Com o prazo quase esgotando, Dimitri chegava a parte mais trabalhosa, o acabamento. A cor da pele, inspirada na banheira, era um branco leite. Uma membrana cobria os olhos, nariz e boca; dando assim a sensação de não existir tais órgãos. Embora a membra tenha aparência semelhante da epiderme, sua parte interna tem uma camada transparente que viabiliza a visão. Visão essa, mais aguçada. A inalação do oxigênio acontecia por guelras postas acima dos ombros, para agilizar a retomada de folego durante o voo. Os tímpanos modificados e superpotentes ficavam localizados nas orelhas caninas, o que dava um direcionamento maior a audição. Órgãos internos também foram deslocados e os tecidos musculares fortificados para uma maior proteção.

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