Vampiros - A Máscara
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte

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Mensagem por Tristan Thorn Dom Jan 15, 2017 10:52 am

Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte





Jogadores: Roiran, Aradia e Gam (aguardando aprovação de ficha)

Sinopse: [...]

Advertência: Essa narrativa é voltada para jogadores experientes e com alto senso de direção. Se você é um jogador mimado, provavelmente nunca mais jogará comigo. Caso você venha a morrer, saiba que o demérito é todo teu. Se sobreviver, a premissa é verdadeira, mérito total da tua parte, também. Eu não ligo se você tem 300 e pouco de XP, se o teu nick é rosa, se já morreu um milhão de vezes ou se dorme comigo. Depois disso tudo, vocês realmente desejam encarar essa trama? Se sim, respondam essa “advertência” em quote no post de vocês e digam que concordam ou se discordam. Ainda tem tempo de alterar de crônica.

Nota: O principal limitador para jogadores experientes é a prisão que certos enredos nos impõem. Minha perspectiva é deixá-los seguir com o fluxo de vocês mesmos conduzirem o próprio enredo.

Post inicial: É de extrema importância esse post. Vocês colarão o resumo do último ciclo para me situar. Em seguida, irão descrever o refúgio de vocês e o que farão nas noites vindouras... Sim, você começa aonde bem entender.

Nota 2: Só vou responder o teu post depois do quote aceitando a linda “advertência”.
Tristan Thorn
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Mensagem por Tristan Thorn Dom Jan 15, 2017 10:53 am

Critérios de Avaliação: Experiência






Critério 1: Interpretação [Peso Triplicado]



Aqui temos a picanha, né? Critério mais importante. Como premiar isso? Primeiramente, temos que analisar o básico. O personagem seguiu o Comportamento? Interpretou de acordo com a Natureza? Temos que ser rígido neste ponto.

O jogador pensou como jogador? O jogador pensou como personagem? Tomou o rumo que o personagem tomaria? Interpretou bem, listando emoções do personagem, pensamentos dos personagens, diálogos bem articulados e afins?

Esse é o critério mais difícil. Eu defino a Interpretação em cinco níveis:

Nível 1 ~ Ruim: Não tem jeito. Mesmo gostando da pessoa, não tem como. É a típica interpretação ruim, seguida por posts porcos. Onde a pessoa não declara o que o personagem sente, pensa e etc. Não interpreta de acordo com Natureza/Comportamento, é o típico Jogador-OFF, age mais como jogador e esquece de pensar em como o próprio personagem pensaria.

Nível 2 ~ Média: Essa é a típica interpretação que, quando lemos, pensamos: “ É, até que vai...”. Não é aquela coisa, mas também não é ruim. O jogador peca em muitos pontos, má escrita, alterna entre interpretação condizente da Natureza/Comportamento e a omissão delas, ignorando maneirismos do personagem em alguns pontos.

Nível 3 ~ Boa: O jogador faz o papel correto. Interpreta de acordo com a Natureza/Comportamento. Usa os próprios defeitos, faz uma boa escrita, declara os sentimentos e pensamentos do personagem. É uma interpretação condizente e segura, o jogador/personagem interpreta de acordo – certinho e tudo mais.

Nível 4 ~ Ótima: O jogador faz tudo nos conformes, como descrito no “Nível 3 ~ Boa”. A diferença vem nos detalhes. É algo mais requintado, mais lapidado e melhor desenvolvido. Dá pra notar nitidamente as diferenças entre o Nível 3 e o Nível 4, ao menos na minha visão. E como se não faltasse nada no post, somado com uma bela lapidação interpretativa.

Nível 5 ~ Perfeita: No livro básico diz que, quando a atuação do personagem for de gala, brilhante e etc, é válido premiar com dois pontos em interpretação. Na minha visão, o Nível 5 é o que condiz ser: Perfeito. Tem todos os requisitos do Nível 4, mas com um refino imensamente superior. É aquela interpretação de cair o queixo, que emociona qualquer um que leia, digna de um Oscar. Será que exagerei? Vejo assim.



Critério 2: Iniciativa


Nível 1 ~ Ruim: Jogador passivo. Daqueles que não pensam em nada, apenas reagem ao enredo que o Narrador joga no colo deles.

Nível 2 ~ Médio: Diferença mínima com o Nível 1. Continua passivo, mas já esboça algumas nuances de ímpeto. Mesmo assim, é bem travado, como se tivesse medo de agir por conta. Oscila entre o passivo e o mais ou menos ativo.

Nível 3 ~ Bom: Jogador que faz o que se espera. Sabe reagir ao enredo do Narrador, mas consegue se virar agindo por conta própria, sem dificuldades.

Nível 4 ~ Ótimo: Sabe aquele jogador que não precisa de nada? Simplesmente deita e rola, faz o que quer, nutre grandes objetivos e não precisa do Narrador para agir. Age por conta própria, e muito bem. A diferença entre o Nível 3 é justamente o padrão dessas ações, enquanto o anterior trata-se de algo mais “básico-seguro”, este Nível 4 retrata um padrão mais requintado de ações.

Nível 5 ~ Perfeito: Mas nada como casar as coisas, correto? Se o jogador nutre todo o padrão Nível 4 acima e, ao mesmo tempo, ainda consegue seguir o enredo proposto pelo Narrador, mesclando Iniciativa com o Enredo, creio que chegaria muito próximo do patamar máximo. Pelo menos na minha visão.


Critério 3: Pontualidade


Nível Único: Jogador foi pontual? Postou nos dias certos, nunca atrasando a postagem? Se sim, merece receber o ponto de Pontualidade.

Nota: Atrasos justificados é uma coisa. Atrasar sempre dando desculpas, é outra coisa.


Critério 4: Fidelidade

Nível Único [Peso Dobrado]: Jogador ficou com o Narrador até o fim, não indo na ondinha alheia e não mudando de Crônica na reta final? Se sim, esse jogador merece o ponto de Fidelidade.

Nota: Claro, caso o Narrador sumir, ou algo parecido, nada contra o jogador procurar outro jogo.


Critério 5: Participação

Nível Único: Tipo o ponto “automático” que fala no livro básico. Pela pessoa participar do jogo.


Critério 6: Regras

Nível Único: O Jogador respeitou todas as regras definidas pelo Narrador logo no início da Crônica? Não criou caso, nem tentou desmerecer o trabalho do Narrador? Se sim, merece o ponto.
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Mensagem por Aradia Dom Jan 15, 2017 11:03 am

Tristan Thorn escreveu:Advertência: Essa narrativa é voltada para jogadores experientes e com alto senso de direção. Se você é um jogador mimado, provavelmente nunca mais jogará comigo. Caso você venha a morrer, saiba que o demérito é todo teu. Se sobreviver, a premissa é verdadeira, mérito total da tua parte, também. Eu não ligo se você tem 300 e pouco de XP, se o teu nick é rosa, se já morreu um milhão de vezes ou se dorme comigo. Depois disso tudo, vocês realmente desejam encarar essa trama? Se sim, respondam essa “advertência” em quote no post de vocês e digam que concordam ou se discordam. Ainda tem tempo de alterar de crônica.

Aceito!
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Mensagem por Tristan Thorn Dom Jan 15, 2017 11:10 am

Yeva Dimitri

- Yeva Dimitri: PDS 6/15 ~ FV 7/10  ~ Vitalidade: -



Tudo parecia pairar diante Yeva Dimitri, por mais que vislumbrasse o amanhã, estar diante fascinante construção e cercada por Tzimisce iluminados, definitivamente, fazia o pútrido coração amaldiçoado da Demônio reverberar nas sete direções. Focada, valeu-se dos conselhos do Monge e começou a atacar via Telepatia a frágil mente de Ouroboros. Ela praticamente pouco oferecia em termos de resistência mental, o que é bom para esse ato, mas péssimo para noites vindouras.

Com o poder de Auspícios ludibriando pensamentos, a Presença adentrava para confundir as emoções da pobre Ouroboros. Se não bastasse, Yeva ainda entrava com o Laço de Sangue, o que a nutria com devoção. Nesse estágio, laçada pela vitae da Tzimisce, tendo as emoções deturpadas por Presença e a mente retorcida por Auspícios, Ouroboros finalmente entra em colapso. Ela não suportou, entrou em processo convulsivo e logo depois, um estranho coma. Dias depois, o Monge afirma que é um bom sinal.

Com todos os equipamentos tecnológicos montados e operando, Dimitri prossegue com a próxima etapa do plano. Enquanto ensinava Juno, Kivan fazia a seleção. Yeva ensinava Juno sobre os caminhos práticos de Animalismo. Notava o quão bem treinada essa Revenante é, assim como o modo impecável e “profissional” que ele porta. Perfeita, praticamente. Os rascunhos com os animais começavam a surgir, assim como fórmulas para usá-los como armas. Como usar meros animais como armas? Eis a questão. As teorias, tampouco as fórmulas mescladas a tecnologia de ponto, iniciava os precisos rascunhos com ajudo de Juno, que mostrou-se bem criativa e inteligente ao sugerir certos coletes.

[...]

- Você acabou de ser aceita, é uma Iniciada. Quando lhe der o status de Aprendiz terá certas credenciais, até lá, concentre-se em suas ações em busca de perfeição – respondeu o Monge, falando mentalmente com Dimitri. O conceito “perfeição” parece algo muito precioso nesse lugar, Dimitri ainda não compreendeu em qual cunho o Monhe utiliza desse conceito.

Alguns livros estavam péssimos, ou simplesmente impossíveis de se ler. Outros, não passavam de culinária mortal. Que tipo de biblioteca é essa? Calma ao extremo, Yeva dissecaria um a um, até achar algo útil. Uma obra que listava a grande história do clã Tzimisce... Não pode ser! Um livro, talhado a mão, com capa de couro e páginas de tabuletas, rascunhadas com fios de prata e ouro... Material... Original... In... Incrí... Incrível! Yeva mal consegue se suportar em pé, a história do clã Tzimisce bem debaixo do próprio nariz! O livro foi escrito por Yorak, filho de Tzimisce, Sacerdote Dracul da Ordem das Chamas Gélidas de 33º, escultor da Catedral da Carne; Iluminado Grão-Mestre da Trilha das Metamorfoses.

Depois de ler a preciosidade que achou, Yeva simplesmente sentou e chorou. As lágrimas de sangue lhe corroíam as orbes, na medida em que rasgava a própria face da Demônio. Por qual motivo nutria tamanhos privilégios? Sempre foi uma qualquer, não tem status ou prestígio dentro do clã, por qual motivo tudo girava ao seu favor? Ouroboros ainda estava em coma, mas isso não impedia a Tzimisce de perpetuar o Laço de Sangue e inundar a mente da pobre criatura com projeções de Telepatia.
Nesse estágio, o coração de Yeva já estava deslocado. Uma teia de músculos e ossos protegia ainda mais a caixa torácica da imortal e, por fim, ainda construiu uma bolsa retrátil na própria traqueia, impermeável e sem ligação com o organismo da cainita. Perfeito para simular laços de sangue ou valderie, dentre outras coisas.

Kivan retornava, trazendo consigo três mulheres. Hacker. Historiadora. Linguista. O trio parecia entorpecida, frágil, quase desfalecida. É o efeito de trazer mortais para esse local. Na medida em que chegam no topo dos Balcãs Romenos, adentrar a estrutura rochosa é tarefa para pessoas que não precisam de oxigênio. A travessia é feita com máscaras de ar, para evitar que qualquer ser que respire morra no trajeto. Dentro da Catedral possui oxigênio, é uma forma de permitir que os Tzimisce consigam ter lacaios e animais. Sim, os animais são trazidos com máscaras de oxigênio, também.

- Yeva – o revenante mostrava as mulheres, que, exaustam, já estavam dormindo. - Aqui está o que solicitou, exatamente o perfil que instruiu, apenas com uma ressalva, não achei nenhum linguista mediano que estudasse idiomas antigos e esquecidos, essa mulher é acima da média e muito inteligente, de resto, exatamente como pediu – num tom forte e quase elevado, Kivan transmitiu o que trouxe.  

Kivan e Juno são igualmente belos, possivelmente moldados à perfeição com Vicissitude. Ambos aparentam 35 anos de idade, apesar de serem revenantes seculares. Juno possui cabelos ruivos, lisos, trançados e longos, olhos verdes e semblante remetido ao angelical. Já Kivan, no auge de dois metros de altura e 120kg, possui cabelos negros, longos e também trançados. Olhos pendendo ao violeta e semblante feérico, com traços ligeiramente felinos, principalmente contorno dos olhos, sobrancelhas e mãos. Yeva conseguiu notar que os dois são espertos, inteligentes e educados, apesar que Kivan parecer sobressair em tudo em relação a Juno.

[...]

Alguns dias se passaram. Tempo necessário para Yeva Dimitri preparar os animais, os equipamentos, ler e reler quaisquer livros que possuir, montar todos os equipamentos, definir diretrizes e já decretar o processo com o Trio. Sobre as habilidades dos revenantes, Juno, como uma Bratovitch, possui Animalismo; até o segundo passo, Potência; primeiro passo, Vicissitude; primeiro passo, Fortitude e Rapidez, ambos no primeiro passo. Já Kivan, ao ser questionado, pediu para falar à sós com Yeva. Ele disse que só falaria as disciplinas se Dimitri lhe contasse as dela.

[...]

Mais alguns dias se foram. A Artista da Carne finalmente encontra o Monge e a épica pergunta que lhe martelava há anos fatalmente foi feita.

- Você tem um dom que nasceu contigo, algo que jamais eu conseguiria aprender ou desenvolver. Você nutre um poder inato, que está quintessência da sua alma, mesclado e fundindo no âmago do seu coração astral – as palavras fluíam com leveza. - É muito raro o que você tem. E, as pessoas que possuem esse dom, são incapazes de aprender algo muito especial que nós, Tzimisce antigos, prezamos muito. Mas, o que aconteceria se a pessoa em questão já tiver aprendido esse “algo especial” e simplesmente brotar esse “dom” que você possui? Isso é um resquício de perfeição e, nesses anos em que você trabalhou em Ouroboros, eu trabalhei diretamente na sua carne e na sua alma para retirar esse dom de ti. E eu consegui. Obrigado – prestou-lhe uma reverência leve. O tom calmo e pacificador contrastava com o forte significado das palavras. Yeva sentia uma dor fulminante nas costas, quando percebeu o que estava cravado na carne a na alma, o pavor foi abissal:





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Mensagem por Padre Judas Seg Jan 16, 2017 11:16 pm

Tristan Thorn escreveu:Advertência: Essa narrativa é voltada para jogadores experientes e com alto senso de direção. Se você é um jogador mimado, provavelmente nunca mais jogará comigo. Caso você venha a morrer, saiba que o demérito é todo teu. Se sobreviver, a premissa é verdadeira, mérito total da tua parte, também. Eu não ligo se você tem 300 e pouco de XP, se o teu nick é rosa, se já morreu um milhão de vezes ou se dorme comigo. Depois disso tudo, vocês realmente desejam encarar essa trama? Se sim, respondam essa “advertência” em quote no post de vocês e digam que concordam ou se discordam. Ainda tem tempo de alterar de crônica.

- Eu aceito.

~E viveram felizes para sempre.
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte Empty Re: Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte

Mensagem por Tristan Thorn Ter Jan 17, 2017 8:22 pm

Jorge

- Jorge: PDS 13/15 ~ FV 10/10  ~ Vitalidade: -


As noites não foram tranquilas para o Bispo. Um dos Batedores da Mão, intermediado por   Springfield, informou sobre algumas possibilidades cruzadas que acabara de saber. Um informante, do próprio Batedor, que está na Camarilla, passou uma mensagem cifrada sobre uma retomada da Torre. O alvo? Big Apple. No entanto, o Arcebispo não entrou em detalhes cruciais, pois o Conselho de Guerra da Camarilla ainda estava em formação, segundo fontes. Um grau de alerta sondava a mente do Lasombra, que acabara de acordar.
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Mensagem por Gam Qua Fev 01, 2017 9:33 pm

[OFF]
Sim! 8D

[ON]

A sala está cheia de homens de paletó falando alto e movimentando papéis aqui e ali. Telas de computadores pelas paredes apresentam dígitos e mais dígitos sem sentido. Alguém grita sobre a urgência em responder ao investimento do Bank of China, uma injeção financeira de vinte-e-cinco bilhões de dólares em serviços de empréstimo a médio prazo para manter a liquidez. É a segunda vez nessa semana que eles fazem isso. O PIB chinês cresceu apenas 6,7% este ano, o que é uma...

Damaru força a concentrar-se melhor.

Os homens desapareceram. A sala está vazia. Fora os bipes ocasionais dos computadores e um triturador de papel ainda funcionando, a paz é bem vinda. Uma folha sulfite largada voa livre ao vento. Cada movimento suave e ondulatório dela, aparentemente aleatório, na verdade é fruto de uma série de equações físicas complexas acontecendo em tempo real.

E é assim para cada detalhe do universo. Não existem coincidências, não existem engrenagens fora do lugar. Toda engrenagem está exatamente onde devia estar, fazendo o que devia fazer. Inclusive as que caíram no chão e não rodam mais. O mecanismo inteiro é tão meticuloso e intrincado que continua assustadoramente ininteligível mesmo quando você se afasta para olhar o quadro geral. É tão perfeito que parece despropositado.

Aquela folha sulfite nunca chega ao chão. Imagens difusas formadas por um constante ciclone de cores tomam conta da sala, substituindo a anterior antes que ela chegue a um desfecho. Miraj quando criança, apaixonado por uma garota da sua rua. Eles entrelaçam os dedos. Miraj casando com a mulher que sua família lhe arranjou. Uma grande honra, um momento feliz da sua vida. Ela lhe entrega crianças, o suposto futuro de seu legado. Vidas atadas a seguir a casta mercante. Naquele tempo ele acreditava que o destino de cada um era definido em seu nascimento. Seria tão fácil se fosse simples assim, não é mesmo? Miraj no funeral de seu pai. Miraj morto. Damaru vivo. O ciclo de nascimento, vida e morte repetindo-se com novos protagonistas.

O ciclone fica cada vez mais rápido. Lembranças completamente desconexas prosseguem uma após a outra, e logo todas ao mesmo tempo. Imagens demais, representando tudo e ao mesmo tempo nada específico. As cores puxam umas às outras, o ciclone engole a si mesmo conforme fios de realidade tentam escapar expandindo-se pelo espaço.

Mas, enfim, nada. Sentado de cuecas em posição de Lótus no meio da sala branca, Damaru é pleno. Como uma estátua, ele não respira. Ele não pensa. Ele apenas ascende.

Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte 03_NW2z_P2_V

-1 FV para Projeção Psíquica.
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Mensagem por Padre Judas Qua Fev 15, 2017 11:10 am

Nova Iorque, por muitos considerada a Capital do Mundo. No passado, um grande bastião da Camarilla. Há cerca de três anos, no entanto, um atentado terrorista, secretamente arquitetado pela Tecnocracia, vitimou o Empire State, o Elísio da Cidade. O ataque, somado à oportunista investida do Sabá, acabou com qualquer traço de influência que a Bastada exercia sobre a Grande Maçã. Caía o Príncipe Gorgonier e ascendia o Bispo Altobello.

O que o grande público sabe é que o Lasombra exerceu papel fundamental na tomada da cidade. Esse pequeno fragmento da verdade que o Arcebispo Springfield deixou vazar nem de longe corresponde à totalidade das razões que fizeram com que o Guardião fosse a melhor escolha do Arcebispo. Altobello foi o primeiro a vislumbrar e alertá-lo sobre a ameaça tecnocrata e o despertar de Júpiter, um demônio do primeiro escalão. Liderou uma investigação contra as duas forças que culminou em um encontro em um pântano envolvendo um esquadrão tecnocrata oferecendo a chave para a libertação dos poderes totais de Júpiter. O Lasombra, de forma engenhosa, jogou um contra o outro, fazendo iniciar um embate entre as duas forças. Na confusão, destruiu a chave da libertação de Júpiter, que eliminou os agentes tecnocratas. O demônio, em seguida foi banido por um bando a serviço da Inquisição. Os responsáveis pelo despertar de Júpiter, no entanto, nunca foram capturados.

Apesar de alguns rumores envolvendo a Tecnocracia, infernalistas, demônios e a forma espetacular com a qual Jorge Altobello lidou com esses problemas, fazendo-o parecer, inclusive, mais poderoso do que realmente é, o Bispo procura não se pronunciar acerca do assunto, deixando o mistério fluir na mente de seus súditos, e a cada vez que a história é contada sua participação torna-se mais épica e grandiosa.

Com Jorge Altobello no poder, um Lasombra, obviamente o clã ganhou um poder considerável. O Bispo instituiu reuniões mensais para que os Guardiões de sua Diocese discutissem os próximos movimentos da família. Além dos vampiros da própria região, algumas vezes recebiam cainitas de grande poder e influência que vinham de outras cidades, até mesmo países. O próprio Arcebispo Springfield fazia questão de participar dos encontros. A presença de, pelo menos, esses dois membros do alto escalão do Sabá, é um grande incentivo para que os vampiros mais jovens compareçam às reuniões.

Durante os anos em que esteve no comando da cidade, poucas ameaças ousaram insurgir contra sua diocese, sendo a primeira pouco depois de um ano após a queda da Bastarda. Um grupo de caçadores petulantes chegaram a tomar o Bronx, evitando que qualquer vampiro ou carniçal adentrasse no bairro. Mais ou menos na mesma época, Jonh Stewart, Brujah AT, Ductus de um renomado Bando da cidade, se levantou acusando Altobello de assassinar seu carniçal, o Tenente William Salvatore, para que Joey Quinn, lacaio do Bispo, alcançasse o lugar de Salvatore. Tal manobra serviu de aviso para o Diácono. Com o poder completamente centralizado em suas mãos estava fadado ao fracasso dos césares, tal qual Roma.

Bater de frente com o Brujah AT enfraqueceria sua imagem. Depois de esclarecer o mal entendido (Vulgo: Inventar uma desculpa muito boa), Jorge fez uma proposta de paz entre ambos. Ambos se mobilizariam para tomar o Bronx de volta e aquela área se tornaria o "Domínio" do Bando do Brujah AT, respondendo esses apenas ao próprio Bispo. Assim, Altobello faria as pazes com um grande aliado. O Lasombra repetiria esse processo com outras áreas da Grande Maçã, nomeando os Bandos mais notáveis e distribuindo áreas específicas. Manhattan, o centro do poder, e Little Italy, lugar que sempre manteve seu refúgio foram os únicos bairros que permaneceram sob sua guarda. Não apenas ganhou a amizade dos Bandos, como se certificou de que a cidade ficaria mais sólida e melhor estruturado, já que cada território estaria devidamente protegido por seus respectivos protetores.

Após anos de tranquilidade, Mama Too Too uma velha senhora mortal, misteriosamente perigosa a ponto do Arcebispo em pessoa o alertar quanto a ela, apareceu na cidade. Seus motivos são uma incógnita para Altobello, mas o Bispo não gostou nada disso. Apesar de aparentar ser uma velhinha inofensiva e simpática, o Lasombra sempre guardou maus pressentimentos sobre sua presença em sua Diocese. O primeiro sinal de que estava certo foi, após o sumiço de um de seus templários, encontrá-lo em companhia de Too Too. Um sanguinário Gangrel caçador de Feiticeiros, agindo como uma empregada doméstica para a velha. Não bastasse, Norma, uma antiga aparição que o auxiliou no passado encarnada e com um "filho de Altobello". A cereja no bolo, um Giovanni em sua Diocese. Tristan Thorn, mas tarde, descobriu se tratar de um vampiro que agia em conluio com o Ex-Príncipe Gorgonier e o Príncipe Fausto para retomar Nova Iorque.

Os temores do Lasombra ganham força quando a mensagem de um espião da Mão Negra na Camarilla informa intenções de retomar a cidade. Mas Altobello não estava despreparado. Ele já cantava a pedra a muito tempo, desde quando se encontrou com o Giovanni pela primeira vez. Encomendou um grande arsenal para a batalha que sabia que viria, que mantem em um lugar estratégico, oculto dos olhares da polícia graças a Joey Quinn, que agora exerce grande poder na polícia de Nova Iorque. Seu irmão de guerra Gotkken também aguardava em stand-by. Havia o alertado sobre a possibilidade de agir em breve, e requisitado que reunisse suas tropas para um ataque eminente. O relembrou, principalmente, d'A Arte que o prometera. Promessa é dívida. Nesse tempo, também tratou de inserir espiões dentro da Bastarda.

___

Zóio é Ductus de um dos Bandos mais notáveis de Nova Iorque. O Brooklyn está sob sua guarda. Jorge sabe que é um preço pequeno a se pagar em troca da cooperação de bom grado de Zóio. O Nosferatu AT tem uma rede de informações digna de Ancião. Nos últimos anos, o Nosferatu AT vem se mostrando de grande valia, tanto no serviço de espionagem e inteligência que presta, com espiões inclusive dentro da Bastarda, quando em seus conselhos que dispensam a pompa para lhe entregar a verdade pura aos ouvidos de Altobello.

A pedido de Altobello, Zóio adotou em seu Bando também o azarado Park Young-Lee ou, como é mais conhecido, Faker. Tudo indicava que Lee não passaria do primeiro mês. Seu corpo era frágil demais e suas habilidades sociais abaixo da média, mas foi esperto o bastante para mostrar a única coisa que sabia fazer bem a tempo de impressionar. Sua habilidade com computadores era surpreendente. Podia hackear qualquer coisa. Qualquer coisa. E obter informações, além de, claro, tomar o controle das máquinas. O Bispo tomou ciência de seus talentos e correlacionou suas habilidades com o Bando de Zóio. O Nosferatu AT seria responsável por lapidar as capacidades de Faker para que o Neófito pudesse se tornar uma peça ainda mais valiosa em sua Diocese.

Víbora Del Sangre é uma Sacerdote de renome. Seu Bando foi desfeito ainda no Caribe, lugar de onde veio. Os motivos apenas seus membros podem dizer. Além de um vasto conhecimento dos ritos da Seita, Altobello presenciou a Serpente da Luz executando certos truques que poderiam passar despercebidos pela maioria dos membros da Seita mas que saltaram aos olhos do Bispo. O Lasombra está certo de que se trata de Taumaturgia. Em se tratando do Guardião, tratou de deixa-la bem próxima a si, nomeando-a Sacerdote oficial da Diocese. Conforme crescia a confiança entre ambos, a vampira foi recebendo cada vez mais responsabilidades e poderes na Diocese de Altobello. Hoje ela é a responsavel pela parte burocrática do La Proposta e de sua Diocese, agindo como uma secretária para o Lasombra. Assuntos corriqueiros repousam sob a mesa de Víbora, apenas assuntos de grande relevância chegam a Jorge.

Irina é uma antiga Precursora do Ódio que buscou exílio em sua Diocese. Com o desaparecimento de Ortheos Fley, poderoso Precursor que servia o Sabá na região, Altobello sabe que pode contar com um par de mãos necromânticas dispostas à contribuir para sua Diocese. Especialmente agora com a ameaça de Tristan Thorn, seu antigo rival, e sua Camarilla. O Giovanni havia posto em seu encalço um poderoso caçador de vampiros, que apesar de mortal, contava com muitos recursos a sua disposição.

John Stewart, Brujah AT, Ductus de um Bando de renome e protetor do Bronx é um narcotraficante poderoso. Seu Bando é focado em poderio marcial e o próprio John utiliza seus lacaios criminosos como uma forte milícia. Altobello encarregou o Brujah AT e seu Bando de auxiliar Irina para eliminar o caçador que a incomodava. O Lasombra quer se certificar que a Necromante permanecerá servindo sua Diocese por bastante tempo.

Até mesmo a Mão Negra têm vez em Nova Iorque. Sob o comando de Darius Molotov (Provável alcunha de um Tzimisce com o nome há tempos esquecido), a Mão mantém uma base de operações nos arredores da cidade. A relação de Jorge e Darius é saudável e o Bispo busca não se intrometer no experimentos que o Demônio realiza no seu quintal. Em troca, Molotov oferece seu apoio marcial nas empreitadas que o Lasombra manda destinadas às cidades mais próximas sob o controle da Camarilla.

Por último, mas não menos importantes, sua trinca de Templários formada por ex-membros de um Bando especialista na caça de Feiticeiros. Durante a tomada da cidade, acabaram cruzando com uma matilha Garou que acabou levando à morte-final quatro dos sete membros do Bando. Quando surgiu o convite para se tornarem os Templários de Altobello consideraram uma grande honra e aceitaram de pronto. São eles: Kitambi (Salubri AT), uma centrada seguidora da Trilha do Acordo Honrado, letal com a Katana, dominadora de Auspícios e Animalismo e sempre atenta aos perigos que podem ameaçar seu Bispo, costumava ser a Ductus do seu ex-Bando, antes da tragédia ocorrer; Ivan, o Estranho (Tzimisce Koldun), um russo barbudo e misterioso. Não é de falar muito. Mas dá conselhos pertinentes, quando resolve abrir a boca. Além de sua feitiçaria, ainda conta com seus carniçais revenantes e experimentos. Costumava ser o Sacerdote do antigo Bando; Jack Buffalo Head (Gangrel Urbano), outrora uma máquina de matar. Mercenário cruel e sangue frio. Tudo mudou quando passou alguns instantes com Mama Too Too. O antes assassino serial se tornou dócil e gentil. Altobello não sabe se pode continuar confiando no homem. Por enquanto ele ainda executa suas ordens, mas vem se tornando mais questionador com o passar dos dias. Jorge se pergunta até quando.

___

Altobello está no carro a caminho da sede de sua Diocese, o La Proposta. No carro, apenas ele e seu novo "guarda-costas" que agora faz as vezes de motorista. Faz parte. Nico "Il Brutto" Moreno, "O Feio", é um velho conhecido das ruas de Little Italy, bairro onde a presença de Altobello é mais sentida desde os tempos em que a Camarilla dominava a cidade. Por quase 10 anos, serviu fielmente seu padrinho e conquistou o respeito das ruas. Não há nada de especial no homem. Sem força sobre-humana, sem lealdade incondicional, sem conhecimento sobre o Mundo das Trevas. Nada de especial a não ser o fato de que já está a serviço de Altobello a anos. Com a morte de Jurg, seu antigo carniçal, há uma vaga para seu imediato no mundo do crime e o Lasombra parece enxergar no homem algo de promissor. Não há muita ambição, o que é bom. O empresário não quer que o candidato a lacaio se vire contra ele próprio. No entanto, a desenvoltura do homem em lidar com pessoas, especialmente em se tratando de negócios ilicitos, e o respeito que as ruas nutrem para com ele, foram fatores que pesaram em sua escolha. Essas são boas qualidades quando se quer manter um império urbano.

Os homens chegam até a boate. Enquanto o mortal fica no térreo, conversando e bebendo - com moderação - com outros membros da facção, o Lasombra segue para o subsolo. O La Proposta se divide em três ambientes, sendo eles: a) Térreo: é onde o público geral vai para se divertir e encher os bolsos do Bispo. A boate conta com tudo o que uma boate que se preze possa contar e mais. Fora o que é esperado, no salão do La Proposta, você encontrará strippers fazendo suas performances nos vários "poles" - ou não -, vestidas - ou não - com roupas provantes, e disponíveis para diversão - ou alimentação. Víbora cuida para que as meninas se mantenham dóceis e receptivas ao Beijo, além de se certificar que elas consumam substâncias que podem se mostrar atrativas ao paladar dos membros da Espada, tais como álcool, nicotina, maconha e cocaína. Altobello pode oferecer sangue a seus súditos. Por um preço, é claro. Multilação ou morte de suas meninas podem ensejar multa ou castigos físicos ao vampiro que o fizer. Com os contatos certos, também é possível adquirir armas e drogas no estabelecimento; b) Andar Superior: Há quartos onde os clientes podem desfrutar dos serviços - ou sangue - das garotas, se estiverem dispostos a pagar. Mas mais importante, há o escritório de Altobello, onde ele passa a maior parte do tempo. Um vidro o dá clara visão de tudo o que acontece no térreo, contudo quem olha do outro lado vê apenas um enorme espelho; c) Subsolo: Descendo as escadas, em uma "passagem secreta" dentro do frigorífico do estoque da boate, têm um dos acessos para uma grande cúpula subterrânea onde costuma ocorrer os encontros do Sabá. O lugar é a prova de som e fogo e tem um ótimo esquema de ventilação, permitindo que a fumaça das fogueiras saia livre do lugar, sem sufocar mortais que por ventura participem das reuniões como carniçais ou comida. Há diversas blood dools e bolsas de sangue dispostos pelo lugar, mas não há filantropia, traga sua comida de casa ou pague por ela. Há saídas de emergência estratégicas no lugar, apesar de nunca terem sido usadas até hoje. E é lá que Altobello acaba de entrar, onde deveria estar rolando um festim de sangue organizado por Víbora a mando do Lasombra.
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte Empty Re: Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte

Mensagem por Tristan Thorn Sex Abr 21, 2017 8:57 am

Nota: Voltei!
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte Empty Re: Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte

Mensagem por Aradia Sex Abr 21, 2017 9:35 am

Demorou para que caísse na real... Parecia que anos se passaram até a anestesia passasse.
Então, como um relâmpago astral, sentiu sua alma dilacerar. Algo de sua essência esvaia como
sangue em filmes do Tarantino. As emoções humanas, eram terríveis lembranças que voltavam à tona,
um lembrete de sua fraqueza.

Yeva jamais se esqueceria daquele dia. Sua própria ingenuidade a tragava para o mais profundo oceano do nada.
Era tão insignificante quanto seus serviçais e provavelmente, agora, era apenas uma lata de sardinha vazia, para os gatos
lamberem.

Não lembrava mais do que havia feito ou dito. Era um choque de realidade atordoante.
Seu corpo morto doía. Na cabeça, um zumbido a impedia de pensar. Era agora, uma indefesa e ferida gazela.

A paz, o silêncio e a calmaria daquele recinto a faziam, mais uma vez entrar em colapso. Perdida em devaneios, não sabia mais o que era real.
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte Empty Re: Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte

Mensagem por Tristan Thorn Sex Abr 21, 2017 10:02 am

Yeva Dimitri

- Yeva Dimitri: PDS 6/15 ~ FV 7/10  ~ Vitalidade: -



Uma lata vazia, uma inócua casca sem serventia, essa é Yeva Dimitri atual. Afinal, o que o Monge lhe tragou? Sentia-se fraca, como se algo houvesse sumido... O Monge roubou algo precioso e a Demônio, por mais forte que aparentava ser, nesse momento, apenas a desolação e o desespero poderia ser sentido, contaminando cada pedaço astral da Tzimisce com o veneno mental da derrota.

- Lorde Navodlom! - uma voz feminina ecoa de longe, chamando a atenção do Monge, que olhava para trás. - Sim? - responde o Monge, nitidamente interessado. - Venha, seu experimento nove acabou de eclodir, venha! Seis não tem mais serventia - argumentou a voz feminina. - No momento não, mas ainda terá. Experimento Seis, ou Yeva Dimitri, você encanta meus ideais sobre diversos aspectos prismáticos, espero que não morra... - afirma o Monge, dando as costas para a Demônio e deixando o recinto.

Yeva Dimitri se via sozinha, estirada ao chão, olhando para o teto. Seria o fim?
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Mensagem por Aradia Sex Abr 21, 2017 11:03 am

Kaleidoscope, e a morte de Yeva


Era só um corpo jogado ao chão de carne. Mas sua mente, tragada pelo universo, carregava a força mental de uma demônio resiliente. Era o centro do universo, em seu caleidoscópio astral, viu todas as suas faces, todas as dores.

Nasceu sobrenatural, cresceu com a dor de ser usada, por si e por seus impulsos. Mas superou e resistiu. Cada uma daquelas que foi, vieram a tona. Como se várias pessoas pensassem dentro de uma só. Por mais forte que Yeva tenha sido, ela morreu. Assim como, Cassandra morreu antes.

Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte Captura-de-tela-2010-12-12-c3a0s-17-01-141

Passaria por mais um casulo, mais uma transformação. Em meio a gritos e choro, viu sua mãe morrer pelas suas próprias mão mais uma vez, sua mente sendo absorvida, suas emoções tragadas ao nada. O vazio crescia, enquanto a nova estrela era fabricada.

Pulsou agarrada a todos os seus antigos eus. Mirela, Cassandra, Yeva. Doía tanto...
O sol queimava o resto de si, enquanto cada fragmento do seu próprio eu voltava ao universo.

No plano físico, acontecia algo indescritível, trabalhava em si de maneira ininterrupta e sangrenta. Moldava a aparência exterior. Transformava-se em criatura demoníaca para então assumir a própria e nova forma. Mas o que acontecia no plano real, era diferente do que via astralmente, em sua própria cabeça.

Desprendia-se completamente do que havia sido. Passava-se muito tempo. Anos. Seu exterior era criado e re-criado a medida que a metamorfose astral acontecia. Como a colisão entre estrelas, o cenário virava a pior versão de uma catástrofe sangrenta.

Yeva presenciava da forma mais inconsciente o que sempre pregou, sobre o ponto onde a metamorfose encontrava e modificava astralmente a alma. Tudo isso ficou em seu subconsciente, a cada transformação. Mas sempre que recobrava a consciencia, perdia todas as respostas.

Uma única gota do que foi Yeva, ficava agarrada a outra gota, do que foi Cassandra, que estava atrelada a outra gota, do que foi Mirela. Era a única essência que sempre ficava. A monstruosidade. Era a única coisa que tinha do que foi. E era a única coisa que as trazia de volta.

Em todo ato monstruoso cometido pela Cainita, não era ela unitária. Eram as três, e agora, serão as quatro.

Ela começava a nascer novamente. A energia astral era reestabelida. Fragmentos astrais eram colhidos formando a aparência física de seu novo eu. Uma membro completamente nova e sem história, um eu completamente novo e sem história. Carregado de experiencia.

Essa gestação durou mais que qualquer outra. Yeva havia dado a luz, e a própria vida a ela.

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Morpheus, The Psychopompos
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Mensagem por Tristan Thorn Sex Abr 21, 2017 11:13 am

Morpheus

- Morpheus: PDS 15/15 ~ FV 10/10  ~ Vitalidade: -



Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte 36d2ec4a245d8c4642b9ca1e95b1b042



Meses se passaram desde que Yeva deixou de ser Yeva. Com o nascimento de Morpheus, cada detalhe moldado e sacramentado pelo sangue imortal da Tzimisce, reverberava e cravava como fogo na carne, nascendo um novo ser. Alimentando-se do que a própria Catedral da Carne poderia lhe nutrir e ascendendo em imensuráveis viagens astrais meditativas, Psychopompos estava plena para levantar-se outra vez. Nesse período, nenhuma visita do Monge. Porém, a escultura nas costas da Tzmisce ainda existia... Experimento Seis não tem mais serventia? E agora?
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Mensagem por Aradia Dom maio 21, 2017 11:33 am

Recobrando a consciência, e distinguindo a realidade absoluta. Os finos dedos delicadamente moldados tocavam a única coisa que não mudou. A marca que Yeva deixou, nenhuma outra antes dela jamais deixou. Ingenuidade, arrogância ou demasiada coragem?

Morpheus, entretanto não tinha passado pelo qual devesse se arrepender. A gravura em suas costas contava a historia de outra pessoa. Outra pessoa que só tinha como semelhança a monstruosidade.

Olhou a sua volta e começou a usar os retalhos de tecido e sangue que sobraram no quarto ara moldar arabescos que deixavam o recinto de carne, mais rebuscado e suntuoso. Sem ajuda de serviçais, iniciava e terminava a limpeza. Necessitava de muitas coisas, mas presava a etiqueta e a civilidade, então, esperou que seu anfitrião desse o ar da graça. Apreensiva, afinal, seria o primeiro encontro com o Monge, ou com qualquer outro ser consciente.
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Mensagem por Tristan Thorn Dom maio 21, 2017 11:41 am

Morpheus

- Morpheus: PDS 15/15 ~ FV 10/10  ~ Vitalidade: -



Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Derradeira Parte 36d2ec4a245d8c4642b9ca1e95b1b042



Os dias se foram. Assim como as semanas e os meses. Quanto tempo esteve ali, afinal? Perdida em pensamentos e tendo a alma e sangue cravadas por alguma coisa horrenda que o Monge lhe fez, sentia no íntimo que algo de extrema importante lhe fora roubado, tragado de maneira bruta e feroz. Com meses e meses, o Monge não aparecia. Será que a Tzimisce não tem mais importância? Eis a questão.
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Mensagem por Aradia Dom maio 21, 2017 12:02 pm

Embora a gravura nas costas não pertencesse a sua história, ela deixava um vazio grande no alma. Enquanto esperava, as brumas desse vazio tomava sua alma com o medo do que aquilo poderia ser.

"Isso que foi arrancado de você, era a única coisa da qual o monge queria em troca. E agora, o que poderá dar?" Yeva provocava com seu tom sombrio e arrogante.

O que Morpheus poderia entregar ao Monge? Seus pensamentos giravam em torno disso. Sentiu enjoo. E o latente arrepio de medo a fazia encolher.

"O que foi? Dei eu lugar a uma medrosa covarde?" Indagava Morpheus, finalizando com uma gargalhada de quem se orgulhava da triste situação que deixara a sua sucessora.
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Mensagem por Tristan Thorn Dom maio 21, 2017 12:08 pm

Morpheus

- Morpheus: PDS 15/15 ~ FV 10/10  ~ Vitalidade: -




Yeva foi importante, tão vital que acabou levada ao mais requintado e secreto complexo dos Tzimisce, a lendária Catedral da Carne. Porém, tendo seus bens mais preciosos roubados, Yeva Dimitri se recolhia até a mais inócua escuridão da alma pútrida da cainita, transformando-se em Morpheus.

E... E agora? Morhpeus já não tinha mais nada a oferecer. Meses e meses se passaram e a Demônio permanecia inerte, na mesma posição, apenas sobrevivendo. Alimentando-se da estrutura, dormindo e acordando dia após dia, para, em seguida, apenas rebuscar o ambiente ... E então? Existiam dois Revenantes e diversas modificações corporais. A Moldadora dos Sonhos e da Carne deveria prosperar, desabrochar do casulo e voar sozinha, caso contrário, definharia no esquecimento da carne, que irônico.
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Mensagem por Tristan Thorn Qui Nov 16, 2017 10:36 pm

Morpheus

- Morpheus: PDS 15/15 ~ FV 10/10  ~ Vitalidade: -






Yeva foi importante, tão vital que acabou levada ao mais requintado e secreto complexo dos Tzimisce, a lendária Catedral da Carne. Porém, tendo seus bens mais preciosos roubados, Yeva Dimitri se recolhia até a mais inócua escuridão da alma pútrida da cainita, transformando-se em Morpheus.

E... E agora? Morhpeus já não tinha mais nada a oferecer. Meses e meses se passaram e a Demônio permanecia inerte, na mesma posição, apenas sobrevivendo. Alimentando-se da estrutura, dormindo e acordando dia após dia, para, em seguida, apenas rebuscar o ambiente ... E então? Existiam dois Revenantes e diversas modificações corporais. A Moldadora dos Sonhos e da Carne deveria prosperar, desabrochar do casulo e voar sozinha, caso contrário, definharia no esquecimento da carne, que irônico.

[...]

Sabia muito bem que a própria mente poderia adormecer nesse complexo perfeito chamado Catedral da Carne. No fundo, sentia diversos buracos dentro de si. Não era algo físico, muito pelo contrário, parecia vir do âmago mais profundo da sua própria alma. Sentia falta de algo... Algo lhe foi tirado na brutalidade da eficácia cirúrgica sem igual. O que o Mongue fez? Que tipo de técnica é essa? Seria um Rito? Uma Disciplina? Quem é esse ser? Por qual motivo ainda existe dentro desse complexo? Seria ela uma real convidada? Ou um parasita coexistindo juntamente com a maior obra de arte que a Vicissitude poderia criar?

E agora Mirella? E agora Cassandra? E agora Yeva? E agora Morpheus? Por mais multifacetada que seus transtornos de personalidade possam soar e por mais grotesco que seus devaneios por evolução da carne possam ser, você, cainita Tzimisce, não passa de você mesma. E então? E agora? Acabou?


Última edição por Tristan Thorn em Sex Nov 17, 2017 8:41 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Aradia Sex Nov 17, 2017 8:20 pm

Eterno recomeço, o vislumbre de Ouro


Apagou dentro de si, por medo ou devoção as que vieram antes de si. Morpheus era mais intuição, ela era ligada com tudo o que não era material.
Isso esfarinhava suas antecessoras na dor mais temível que jamais sentiram. As calculistas antes de Morpheus viram seus planos encobertos pela névoa demagoga de Psychopompos.

No âmago da dor espiritual, a nova Tzimisce não era lembrança de um passado. Não era parte do jogo de controle do qual aquele corpo era peça. Preferiu criar seu espaço, se esconder daquelas que pretendiam a dominar e guiar. Morpheus é guia, é encontro, é clareza e sabedoria. No ápice, seu recanto virou refúgio da besta. Sua catedral estava na alma. E nada a faria sair dali, nem o risco da inexistência. Ela era a chama que aquecia o coração morto, que espantava a doença de viver como um defunto.

As suas certezas, convicções vinham de reflexões fora da cultura que habitava. Como se um alien a tivesse levado para o espaço tempo.

Mirela, a carniçal, não tinha forças ou vontade de argumentar. Por mais que sua vida mortal a tivesse maltradado e ferido; ela não aceitava o monstro que havia se tornado. Mas ela, ela foi a raiz de todas as cadeias que fizeram esse monstro crescer, se tornando a Cassandra, a morte Mirela, foi espiritual, e nada sobre o que ela foi, poderia ser lembrado.

Cassandra foi a maior executora da monstruosidade da história daquele corpo. Muito inconsequente, tinha dor suficiente para distrubuir, sem pensar em consequência. Mas a sorte, a sorte é e sempre foi dos inconsequentes. Ninguém sobreviveu a tanta estripulias como ela. A sorte não abandonou Cassandra, seu último presente, foi Yeva.

Yeva era sim calculista, tudo paranoica e devidamente planejado. Cada palavra "normativamente" posicionada por seus conjuntos infalíveis de diagramas e análises frias. O mínimo sinal de empatia, era apenas dado e teste. Cada monstruosidade que a alimentava de prazer, também fazia parte de um plano maior. Sua capacidade de improviso, foi forçada ao limite pela Catedral de Carne. O maior de sonhos (ou ambições). Mas a sua frieza, tirou dela a capacidade de seguir em frente.

Mas Morpheus, ela não nasceu para seguir a cadeia. A liberdade desta era ficar presa naquele território, só dela. Semelhante a alguém... Alguém que reluzia como Ouro. E era essa cor que a deixava blindada de todos, inclusive da besta.

Bom, sua aparência externa, já não lembrava mais. Nem lembrava do mago, ou de sua cria. Apenas cultuava o Ouro. Construindo um império, dentro de um grão de ervilha astral. Afinal, além de monstro, era arquiteta. E esse parece ser o fim de Mirela, Cassandra e Yeva. Mas o começo eterno de Morpheus.
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