Sangue Ruim

Que merda. Era cuidadoso justamente para não ter de lidar com situações como esta, mas ainda assim, aqui estou eu... fugindo da policia. Ao menos a casa não vai ser um problema. O lugar explodiria a qualquer momento. O fogo deve tratar de cobrir qualquer vestígio negligenciado, De qualquer forma não podia fazer mais nada, mas não havia muito que achar na casa de qualquer maneira ... se bem que ... as estacas no coração ainda devem ser bem obvias e percebidas mesmo que pelo medico legista mais medíocre, mas isso não comprometia minha identidade, nem minha natureza. Com toda essa divulgação dos "ataques de raiva", a Bastarda pode muito bem interpretar minhas ações como as de um Caçador, atraído pela atividade vampirica. Sair estaqueando, é a marca registrada de alguns desses fanáticos. Se a linha de pensamento deles fosse por esse angulo, seria ótimo, mas ... Se desconfiarem de atividade cainita, vou acabar sendo "vigorosamente caçado". e este era um cenário bem desagradável, que gostaria muito de evitar. De qualquer forma, se me descobrirem vou acabar como bode expiatório. Não que a Bastarda precise de uma "desculpa" como essa, pra matar um Sabá. Essa já é a "ação padrão", quando caímos nas mãos desses putos. Se capturados antes ate somos interrogados, mas no fim sempre somos destruídos. Afinal quem se juntaria a Seita que abriga a escoria Tremere? Enfim na situação atual, ainda devem me responsabilizar por essa merda toda que vem acontecendo na cidade. Então teriam ainda "mais motivos" pra me fuder. De qualquer forma esses putos não vão me pegar. Continuo a tentar despistar o viatura na minha cola. Tinha de "agradecer adequadamente" depois, aquele maldito casal de fuxiqueiros. Vizinhos enxeridos do caralho! "agradecer" longa e duramente, Se esses putos não tivesses se metido, estaria tranquilamente na casa agora. Com barris dos quais beber, carne pra moldar e toda noite pra pensar em meus próximos passos. Mas não, ao invés disso estou aqui. Digo puto: - Me digladiando com essa viatura do caralho! Depois penso no que fazer com esse casal. Eles vão descobrir A se vão, como posso ser "criativo" quando motivado. (Como Seguidor da Trilha do Poder e da Voz Interior, entendo que aqueles que se colocam contra mim, tem de ser eliminados). Mas agora tenho de me livrar desses canas, antes que os reforços comecem a chegar. se não estaria fudido mesmo.

Em minha fuga evito ir para o centro. A delegacia central ficava naquela área, portanto quanto mais próximo daquele lugar, mais rápido as viaturas chegariam. Se não fizer nada por agora, logo vou estar cercado. Alem disso Uma hora os Algozes também vão começar a chegar ... Quando mais demorasse pra resolver isso, pior tudo ia acabar ficando. Com um forte baque, sou jogado contra o volante. - Toma no cu, filho da puta! O carro derrapa um pouco, mas mantenho controle da direção e o coloco novamente no percurso. Dois podem jogar esse jogo. Tinha de "dar um jeito" neles, mas não estava conseguindo despista-los. Uma mudança de estratégia, devia trazer melhores resultados do que insistir no que obviamente não estava funcionando então coloco o cinto de segurança e a mochila à frente enquanto aguardo uma oportunidade. Vamos lá... Penso enquanto acelero, chegávamos a um viaduto emparelhados a 110km/h enquanto buscava minha oportunidade. Vamos .... é isso! Jogo o carro dos O'Neil contra a viatura, tentando joga-la na parede de concreto ao lado do viaduto. Cacete! O impacto e o barulho foram alem do que previ e meu próprio carro começa a derrapar. - Não! Não! Não! Caralho! Acabo esfregando em outro carro e fazendo este perder o controle também. Iniciando outras colisões. Vamos! Mas agora minha maior preocupação era retomar o controle sobre meu próprio carro. - VAI CARALHO! Consigo ver a viatura se fudendo pelo retrovisor, quando enfim estabilizo meu carro. - AE PORRA! Piso no acelerador e vazo dali. Ganhando distancia do engavetamento que tinha deixado para trás. Tenho de mudar de direção e me livrar desse carro. e tinha de fazer isso logo antes que mais alguma viatura colasse em mim de novo. Vejo a placa encima da pista, Ai caralho.... qual direção seria melhor ... O centro é mais policiado, mas aquela rodovia também é um retão sem fim. Me achar por lá vai ser mole. nenhuma opção parecia muito boa, mas tinha de decidir então ... Vou por aqui mesmo. Continuo em frente indo para o centro. O sentido em que estou deve estar menos congestionado. Mas os cruzamentos vão ser um problema. De qualquer forma ... Vou me livrar desse carro, antes de ter de passar por algum grande cruzamento. Na primeira oportunidade, uma ruazinha, uma ponte, um estacionamento, uma área com mais carros estacionados ... Estaciono o carro, catando minha mochila, tiro a minha jaqueta e usando seu pano começo a limpar as areas do carro que toquei com as mãos, como volante, cambio de marcha, trinco da porta ... tento não deixar nenhum lugar para trás e ao final dessa limpeza coloco a jaqueta na mochila, saindo e trancando e abandonando o veiculo em seguida. Agora é me afastar daqui. Começo a andar e na primeira oportunidade, recorro a minha condição como Demônio (Tzimisce) fazendo com que as sombras me ocultem, (Ofuscação 02) para que me evadir seja mais simples. Agora preciso mudar o disfarce e aumentar a distancia, antes que eles encontrem o carro. continuo a andar evitando áreas que quebrariam o encanto de meus poderes, enquanto tento chegar a um ponto de taxi ou ônibus. Quanto o Mark tinha afinal? Volto a pegar sua carteira, dando uma conferida em quanto dinheiro ele tinha deixado pra mim gastar, já que isso seria bem útil agora.

Marko Cerveni Obertus, PS: 11/11; Força de Vontade: 6/7 Vitalidade: ok ~Ofuscado~



Transitava por uma larga avenida de mão dupla. Assim que o viaduto ficava para trás você notava que a avenida ficava um pouco mais larga e no centro dela havia um trilho por onde passava o VLT (veículo leve sobre trilhos)

VLT:

Se conseguisse abandonar o veículo, seria uma boa opção, devido o baixo valor da passagem. Prestando atenção nas vias laterais, uma daquelas ruas parecia uma boa opção. Era escura, cheia de árvores (o que poderia atrapalhar captura de câmeras). Você curva a direita na próxima rua e, após contornar o quarteirão estava lá, numa rua escura e deserta e próximo da linha do VLT. Enquanto limpava o volante e outras partes do carro uma sirene tocava e vinha se aproximando. Cada vez maior o barulho. Eram carros de polícia! Dois deles passavam por aquela avenida pela qual você tinha acabado de sair, em alta velocidade. Se tivesse adiado um pouquinho mais que seja a decisão de sair daquela via, estaria novamente encrencado. O carro ficava ali, estacionado, como se fosse de um morador qualquer, enquanto você caminha em direção ao ponto do VLT mais próximo. Por sorte, a polícia sabia apenas as características do carro, pelo menos por enquanto...

Assim que chega no ponto do VLT, notas que havia algumas poucas pessoas. Enquanto um VLT se aproximava você escuta um ruído bem alto e forte com um canhão de luz vindo do céu iluminando a pista. Um helicóptero da polícia passava em direção ao viaduto. O VLT encosta e após escolher um banco isolado lá no fundo, finalmente tinha tempo para olhar a carteira de Mark. Não havia nenhum dinheiro. Apenas um cartão de plástico da conta bancária. Contudo, sem a senha, ele era inútil. Alguns passageiros se aproximavam, contudo o poder da ofuscação fazia com que eles escolhiam outro banco, inconscientemente evitando sentar perto de você. O VLT deslocava em sentido ao centro da cidade. E logo você estaria longe dali...

*Aaron resolve voltar da onde saiu mas tenta ir memorizando o caminho, reforçando os detalhes do caminho. Na saída do bueiro, dá uma olhada na movimentação. Se não for tão movimentado, tanto de carro quanto de pedestres, ele sai por ali.