A CASA DO SOL NASCENTE

*Laura abre bem o olhos, ao menos, o máximo que o inchaço permite enquanto David fala sem parar, tentava dizer que seu lindo rosto estava assim graças a ele e que já estava tentando se curar, mesmo assim, ele não lhe dava brecha. *

-E-eu... *foi interrompida de novo, então, forçou um suspiro, desistindo de continuar...

*Olha em volta cansada disso tudo e nesse momento avista Gilbert, isso lhe incomoda, a garganta coça, mas resiste, não sabe se algum deles já notou esse tique, e não quer demonstrar o quanto naquele momento ele lhe causava medo. Foi ele quem fez todas as ilusões, não? Ele tentou matá-la? Matar a todos? Oh.... olha David como se tentasse dizer além, mas não consegue...

Frustrada, calada, faz o que Gilbert pede, vai conferindo as portas, procurando alguma informação. O Auspicio ainda ativado, toca sobre elas afim de entender ou descobrir algo mistico, espiritual ou ilusório e se certificar de que estavam sozinhos...*

Não há muito o que conversar. Gil está tão perdido quanto qualquer um ali.

- Lembram daquela porta que vocês viram lá atrás? Estava arrombada, e as inscrições claramente se referiam àquela aranha gigante. Talvez isso seja algum tipo de prisão pra monstros, e ela tenha escapado. - Ele não chega perto da porta maior. - Seja lá quem for a mulher preto e branco, vamos deixar ela aí dentro.

- Tirar vocês daqueles salões me deu fome. Eu preciso me alimentar, ou jajá vou começar a perder o controle. - Ele olha lentamente para os dois. - Nenhum de nós quer isso. - E se aproxima de uma das portas (a número 6). - Eu sequei uma daquelas aranhas menores, parece não ter nada de errado com o sangue deles. Estou pensando em dar um tiro aqui para atrair mais delas, daí direciono elas pra sala das ilusões e nós esperamos elas matarem umas às outras como vocês estavam fazendo. Assim teremos um estoque de sangue fácil, parece bom? - Ele apresenta o plano. - Mas precisamos de um lugar para nos esconder, vocês podem me ajudar aqui com essa porta?

Caso os dois concordem e venham acompanhá-lo, ele abre a porta e a chuta de sopetão, apontando o rifle silenciado à frente.

Off: Muito massa esse desenho XD

David ficava chocado com a noticia de que ele havia sido o causador  da dor em Laura, era um pecado para ele desfalecer um rosto como aquele .

- Laura eu ... Sinto muito...

David não estava tão apto a demonstrar convicção depois do que fez a Laura , ele se sentava próximo ao umbral e Lia e relia o poema que estava praticamente o fazendo surtar em sua cabeça de tanto repetir, William continuava seguro como sempre e isso apenas facilitava para que David não tivesse que pensar que ele estava perdido de verdade, apenas ainda não tinha compartilhado as informações que possuía, em algumas situações os William parecia com Anabelle(Sire de David Toreador de 8 geração) e sua eterna segurança.

- "Maria veste-se de negro e está pronta para ceifar", seja lá o que for a noite, ou escuro ou alguém no seu lado negro pode ser um problema para nós, ceifar nunca é uma palavra muito boa de se ouvir então acho que corremos risco quando Maria se veste de negro.

Dizia David ainda com a voz fraca , cansada e triste por ainda se sentir culpado pelo o que havia feito a Laura. Olhava para William e via que no fim das contas eles ainda trabalhavam como um grupo, William poderia se mostrar confiante e tudo mais, mas o salvou de fazer de Laura um saco de pancadas. Aquele lugar estava mexendo com a mente de todos ali e talvez William tivesse a mente forte suficiente para não se deixar por vencer fácilmente e ele também não poderia permitir.  Ele se erguia do chão ao qual estava sentado e fitava Laura, com o rosto inchado mas ainda assim tentando ser a caçadora que um dia fora profetizado, com um sorriso David dizia.

- Eh William deixa que eu te ajudo com essa porta.

Empurraria a porta com o poder de sua potencia usando os dois braços no processo.

(Laura concorda com Gilbert sobre fome, mas fica confusa com o plano* -Mas... se elas entrarem na sala de ilusões e se matarem, quem vai até lá para tirar os corpos dela? Digo... você.... *ela pisca algumas vezes*

-Você não caiu nas ilusões, não é? *Laura acha que é porque ele mesmo as fez, mas....* - Por quê?

*Volta-se para David e balança a cabeça de forma a tranquilizá-lo* -Tudo bem, tudo bem... *Não estava tudo bem, mas em sua mente confiava menso em Gilbert agora, precisava de um novo pilar para lhe proteger*

-Eu não estou brava... *Brinca e ao ver David tentando entender o poema.*

-Quando estávamos no escuro, estávamos sob ilusão, agora aqui onde tem lz estamos fora dela... *Bem, isso não deve ter sido tramado por Gilbert então... força um suspiro*

-Toque as paredes, tudo que sinto é essa magia estranha e que algo está se aproximando, algo que não sei o que é...

*Observa os meninos tentando derrubar a porta, se afasta um pouco, mas nada mais que um ou dois passos.*

- Sim, eu vou. - Ele confirma o óbvio, e em seguida é pego por uma pergunta mais difícil de responder. - Não sei. Mas sou um Ravnos antigo, é provável que eu tenha experiência o bastante pra distinguir algumas ilusões fracas. E, se você conseguiu ver através delas, realmente não eram grande coisa.

- Não tem muito a ver com a luminosidade do local. - Ele corrige. - Eu pude ver algumas energias naquele espaço, como luzes que formam a matéria prima das ilusões. Ainda não tenho certeza se tinha alguém controlando aquilo ou se é algum tipo de sala permanentemente encantada. Seja como for, não vi ninguém lá além de vocês.

E então ela fala sobre algo se aproximando.

- Bom, mantenham os olhos abertos. É mais um motivo pra abrirmos essa porta. Agora, se a madame puder sair da área VIP e vir ajudar, um pé a mais aqui é sempre bem-vindo. - Ele firma a base, posicionando-se ao lado de David (e Laura, se ela vier) em frente à porta. - Ok, pronto(s)? Um, dois... três! - E chuta com toda a sua força.

"Acho que o nome da mulher de cabelos coloridos era Viúva, acho, não tenho certeza, mas tenho a impressão de ter ouvido esse nome"

Ele termina de escrever quando escuta as batidas na porta.

Ele olha para Madrecita como se esperasse uma ordem, afinal, ela que conhecia melhor o lugar...

"Eu devia ter procurado uma arma..." - Os olhos de Lion correm pela sala em busca de uma faca, machete ou qualquer outra arma (pode ser arma de fogo).

Lion segue as orientações da anciã. Talvez com mais tempo ele encontre uma arma ou algo que possa ser usado como arma.

Ele se encosta onde Madrecita indica. Eles ficam lado a lado.

Caso quem entre sejam os amigos de Lion, ele retira a máscara de gás e os cumprimenta.

- ... Um laboratório? - Gilbert dá uma boa olhada aos arredores, procurando por alguém escondido nos cantos ou sob os móveis. - Esse lugar fica cada vez mais desconexo. - Ele comenta, entrando cautelosamente com a arma em punho.

- Olha, comida... - Ele caminha devagar até os corpos em suspensão, tocando a palma no vidro e examinando-os mais de perto. Então ele balança a cabeça. - Não, não. Não sabemos o que é isso, não vamos agir precipitadamente. - Ele pensa alto. - Lembra quando falei que isso podia ser uma prisão de criaturas sobrenaturais? - Se virando para os outros dois. - Vai saber se essas porcarias não são anciões ou Garous. Eles podem acordar quando quebrarmos o vidro ou sei lá. Vamos examinar melhor o lugar, procurar papéis que nos expliquem o que tá acontecendo aqui.

Caso quem entre sejam os amigos de Lion, ele retira a máscara de gás e os cumprimenta.

Quando alguém repentinamente surge na sala, Gilbert arma o rifle e o aponta por instinto. Um momento de tensão se passa até que ele note tratar-se de Lion.

- David, Laura. - Ele diz, sem tirar os olhos (nem a mira) do neófito. - Vocês estão me ouvindo bem? Prestem atenção: Eu estou vendo Lion aqui na minha frente, vocês conferem? - Ele aguarda a confirmação. - Agora... eu tenho certeza absoluta que não ensinei ele a se ofuscar. Algum de vocês ensinou? - Tendo certeza de já ter conferido todos os cantos da sala, ele lança essa suspeita no ar.

Depois de por a porta abaixo com alguns golpes o vampiro adentrava logo após William para sua surpresa não havia mais daquelas como aquela gigantesca a qual ele havia visto anteriormente, mas no lugar de outro cenário recheado de objetos exotéricos havia uma cientifica sala rechaçada  de objetos incomuns, David se aproximava do quadro para ler se havia alguma coisa escrita de interessante, talvez uma data, nomes ou pelo menos teorias de experimentos qualquer informação que desse uma pista de onde eles estavam ou com quem estavam lhe dando. Enquanto observava o quadro ouvia William e suas palavras concordando conscientemente . 

- Talvez estejamos em algum confim da Inquisição, quem mais iria reunir todo o tipo de aberrações enclausuradas em um lugar só ?  Isso explicaria o motivo de estarmos confinados aqui. 

David estava tranquilo a investigar a sala até o momento em que William parecia surtar e ao mesmo tempo manter a sanidade, David voltava sua atenção para a direção em que o vampiro estava olhando para notar de fato se eles haviam encontrado Lion ou se era mais outra ilusão.

Os olhos de David se perdem na nostálgica lembrança dos fatos que ele acabara de ler. O vampiros se lembrava da noite anterior quando ainda estava no carro com Laura, o modo como ela sorria de forma bela ingenua, falando de como era fácil por para fora a emoção e o instinto predador para dar vida ao poder auspicioso, se lembrou também de como eles haviam chegado na casa quando o sol estava por nascer. O inicio de toda aquela enigmática história.

"...então eu usei uma lamparina e queimei as teias, porém tive uma crise de pânico devido ao fogo. Meus amigos ficaram para trás e eu lhe encontrei..."

- Mas isso foi o que aconteceu com Lion...

David voltava de suas memorias no mesmo tempo em que William entrava em colapso,David não era o único que estava paranoico ali e era claro que aquele lugar estava testando a sanidade de todos ali. 

- Lion esteve aqui. 

David sabia que aquele lugar precisava fazer algum sentido, havia alguma coisa, alguma peça naquele quebra-cabeça que nenhum deles estava conseguindo enxergar, agora que todos estavam reunidos, David podia pensar em uma maneira de sair com todos dali. 

"Se aquele lugar era um presidio de criaturas sobrenaturais , então posso acreditar que isso pode ser obra de Tremeres ou algum clã que alimente a sede por esoterismo, a porta para sair desse lugar deve ficar fechada e só pode ser aberta por magia, a magica influencia nossa mente então talvez nos andemos em círculos a maior parte do tempo. Será que estamos fora do nosso mundo ?" 

David pensava bastante enquanto caminhava em direção dos tubos de ensaio para tentar averiguar melhor qual era a natureza daqueles corpos.

*Laura não precisou ajudar a derrubar a porta, Gilbert e David fizeram o trabalho com maestria.
No laboratório, que mais parecia uma sala de horrores, laura olha atenta ao redor, mas não toca em cada. Estava cansada e começando a ficar exausta. Observa os corpos, ouve com atenção o que Gilbert e David diz. Até que o que Gilbert diz não lhe parece fazer sentindo.

O olha em primeiro momento, arqueando uma sobrancelha com a duvida estampada no rosto. Se vira, olha para onde ele aponta, David responde dizendo "que ele esteve ali", Laura não compreende. Mais uma vez, usando de sua visão aguçada (Auspicio) ela aperta os olhos e tenta enxergar o que Gilbert está dizendo. Lion estava mesmo ali?*

-E-eu não sei... Eu... *Laura tenta ver Lion (não sei se a ofuscação se quebrou), se ela conseguir ela confirma a duvida de Gilbert.*

Lion observa Gilbert diante dele com o rifle apontado para sua cara.
O neófito veste uma farda de soldado da I Guerra Mundial e segura uma máscara de gás na mão esquerda, com a mão direita ele toca suavemente o cano do rifle o desviando para o lado então ele caminha lentamente até o quadro negro e sorri de forma um tanto artificial para David, logo após sua expressão volta a ser um vazio completo. Ele pega um giz e escreve no quadro...

- Sério mesmo G.A.M? Quer atirar em mim depois de finalmente me encontrar? Pelo visto vocês penaram muito também. Olha... O David também está aqui!

"Olá senhores. Tenho coisas boas para lhes contar, mas acho que a pessoa que poderá falar por mim poderia fazer este favor agora, afinal é trabalhoso me comunicar apenas escrevendo.
Não temos muito tempo para sair daqui antes que o sol tome conta da sala.
Quero apenas deixar claro que encontrei essas roupas aqui e fui salvo por um inimigo do nosso inimigo.
Geralmente usarei essa máscara, então para saberem que sou eu, sempre que eu me encontrar com vocês baterei no peito e mostrarei o número 4 com os dedos simbolizando os meus quatro braços e a nós mesmos que fomos tocados por aquele maldito ritual."

Lion recoloca a máscara de gás, pega alguns pedaços de giz que podem ser úteis para escrever nas paredes no futuro breve.

Ele ainda escreve uma última frase antes de guardar os gizes...

"Minha cara amiga, você pode se apresentar. São meus amigos.
E VOCÊS... NÃO FAÇAM NADA CONTRA ELA.

Ps: Laura, qual o seu clã?"

Ele guarda mais um pedaço de giz em um dos muitos bolsos da farda e então volta a vasculhar a sala em busca de alguma faca ou qualquer outra arma ou utensílio que possa ser usado como arma.

Caso Madrecita apareça e fale com ele, D-Dog volta a escrever no quadro, parando a busca detalhada por armas. Do contrário, deixará que ela se apresente e tome a frente da situação.

Abrir os olhos foi uma experiência louca. As coisas ainda estavam disformes e, parando alguns segundos para refletir, tinha certeza de não ter tomado mais do que uma dose do sangue adulterado de Pablo. Fechou novamente os olhos. Tudo bem, talvez não tivesse tanta certeza, não conseguia se lembrar de mais muita coisa. Hum, memória... Memória seria bom, para variar. Mas se tivesse realmente experimentado apenas uma vez, como recordava, então aquele doce era insano. Além de ter acabado com ela, também a deixava com algum controle de si mesma. Continuava sob efeito, ainda que reduzido, mas podia se sentir fantástica, sem ressaca. Que sensação! Agora tinha um novo amor, precisava admitir.

Voltou ao processo de acordar, rolando na cama lentamente até que suas costas encontrassem o colchão. Os olhos semiabertos fixados no teto começaram a descer para examinar o quarto. Foi quando...

- Aposto um doce que você não faz a meno ideia de por que eu estou aqui!

Deu um salto, sentando na cama e virando para o lugar de onde aquela voz tinha saído.

- Eu não aceito a aposta! - falou rapidamente, vendo quem era, e mordeu os lábios num sorriso sem graça.

- Você me ligou as cinco da manha, estou ate surpreso de não encontrar nessa cama apenas suas cinzas, sua carniçal merece um agrado por ter fechado a janela!

Annabelle continuou seu sorriso constrangido, não deixando de achar cômica aquela repreensão de Angus.

- Mas já chega de sermão, isso nem combina comigo! O que você andou tomando e de quanto precisa pra vender isso com 100% de lucro?

Ah!

Foi então que se lembrou da conversa na noite anterior com seu lacaio. E, bem, não esperava essa receptividade toda do mentor. Pelo menos não sem um pouco de esforço da parte dela. No caso, sem as tais "informações privilegiadas". De qualquer forma, decidiu cortar os rodeios e técnicas de convencimento e apenas ser sincera.

- Então Ang, foi o Pablo que conseguiu. É um doce mexicano, eu acho. Não lembro bem... - sacudiu a cabeça - O ponto é: ele já tá com o esquema todo montado, só precisa mesmo do financiamento para o próximo lote. Não sei de quanto exatamente estamos falando mas, é muito. Muito além do que estamos acostumados, você pode imaginar. E o lucro também, é claro. Se você for na casa dele... - e balançou a cabeça em rendição - Sério, o garoto é bom, Ang. De verdade. Deitou e rolou em grana com essa parada.

Anna levantou e foi até o armário, de onde tirou algumas roupas e as jogou na cama. Fechou a porta e nela encostou, com os braços cruzados no peito.

- Fale com ele. - ela sugeriu, apontando para o celular na mão de Angus. - Esse doce aí vale a pena. Dessa vez não é furada. - depois soltou uma risada. - Até porque o Maximiliano andou fuçando nosso, espero - e olhou para o mentor esperando aprovação - futuro fornecedor. Aparentemente se ferrou, pelo que o Pablo me disse. Ele é babaca mas não um completo imbecil. Sabe que o negócio é bom e não duvido que ele tente estabelecer contato mais vezes. Precisamos ganhar essa agora, Angus. E tem que ser logo. - apontou novamente para o celular, repetindo - Fale com ele, veja quanto é que ele precisa.

Annabelle pegou novamente as roupas da cama nos braços e foi até a entrada do banheiro, onde as pendurou na maçaneta de dentro. Encostou na moldura da porta e ficou aguardando o telefonema, seguido da resposta de seu mentor.

- ... Madrecita? - Gil se espanta, enquanto abaixa a arma. Em seguida leva um tempo pra associar toda a história agora que uma nova peça fundamental do quebra-cabeça se revela. - Sou Gam. Sr Gam, por favor. - Ele começa a fixar-se um codenome. Agora que está cada vez mais se metendo com a comunidade vampírica, é melhor ter um apropriado. - Eu me comprometi a cometer o Amaranto na falsa Madrecita. Se você não me atrapalhar nesse intento, tem a minha plena colaboração. - Mais claro que isso, impossível.

Ele aproxima-se dela e estende a mão para pegar o giz. - Posso? - E então começa a riscar por cima de seu intrincado mapa, aproveitando sua memória recente e demarcando exatamente o caminho que fizeram, as salas de ilusões (com curtos comentários ao lado), onde ele viu a luz (e há mais ou menos quanto tempo), onde está a prisão da dama da noite, onde estava a prisão da Rainha dos Ossos. Tudo o que ele viu até então. Enquanto risca, ele vai tendo uma brainstorm. - Eu tive a mesma teoria que você quando vi as inscrições em cada portal. O que você sabe sobre os outros prisioneiros? Estão todos vivos, ou qual a chance de boa parte já ter morrido de fome? A Rainha dos Ossos escapou da prisão dela, nós vimos o portal derrubado. Se ela foi capaz disso, talvez possamos usá-la pra sair daqui. O quão consciente você acha que ela é? Ou será apenas um animal irracional? Aqui, aqui e aqui eram as salas tomadas pelas ilusões. Trabalho amador, mas pode ser útil se soubermos usar a nosso favor. Você já leu as inscrições de todas as celas? Sabe se alguma das criaturas possa ter causado ou ainda estar causando essas ilusões? Eu vi a luz aqui há algum tempo, mais ou menos... Agora, se ela atinge uma sala por hora, ela deve estar por aqui, certo? Se essa luz entra por algum lugar, talvez possamos sair por esse mesmo lugar. E aqui, exatamente, foi o corredor onde nós surgimos. - Ele se vira para ela, ainda com o giz sobre a lousa. - O que você pretende ganhar nos colocando pra correr mais um perigo desnecessário? E como esses esporos podem nos fazer mal, se nós não respiramos? E, o mais importante... - Quando toca no assunto, ele fica tenso e, sem perceber, está esmagando o giz contra a lousa. - Como você tem se alimentado por cinco anos inteiros? Creio que pra manter a coesão desse grupo, essa deva ser nossa prioridade máxima agora. - Ele então nota o que está fazendo com o giz, e o tira da lousa. - Oh, perdão.

Gil se afasta e, com o celular, tira uma foto do mapa demarcado. Ele aproveita para ter certeza de deixá-lo no modo avião com o brilho da tela no mínimo de modo que economize bateria.

Era impressionante, simplesmente impressionante para David. O vampiro percorreu Madre de Deus, entrou em uma guerra, foi capturado torturado, teve sua alma roubada por um ser que sequer ele sabe o nome. As informações que aquela mulher passavam não só as inocentava ela como colocava como uma mera vitima naquela historia inteira.  O primeiro sentimento que David possuía em seu interior era o de estar completamente estupefato. O vampiro não conseguia engolir o fato de que todo aquele tempo o nome "madrecita" não era mais do que um disfarce que um alguém havia usado. 

David procurava um lugar para se sentar, não estava só perdido como que triste, o pior de tudo é que a historia da mulher tinha uma logica. Se a tão usurpadora foi capaz de roubar a identidade de Viúva, por que não teria capacidade de roubar a identidade de Madrecita. David não podia conceber a ideia de que estava correndo o tempo todo atras de uma sombra, alguém que ele não sabe nada. 

- "A manipulação das sombras..." - David Dizia apenas essas palavras e então terminava sua ideia. 

-  Se você é Madrecita e esteve todo esse tempo presa aqui. Como você sabe que alguém tomou seu lugar. Lion te contou ? 

David não confiava naquela mulher e pelas perguntas de William ele também não. David já caiu em uma ilusão uma vez e não seria difícil cair novamente, ele precisava ficar esperto. 

-  Existe uma porta com um poema sobre maria que se veste de preto para ceifar e de branco para colher. Por acaso é outra cela ? Podemos deduzir que esses quadrados são as celas ? Podemos fazer um padrão sobre celas e passagens ? 

David apontava para o quadrado na parte superior esquerda do mapa

 

Spoiler:

Lion apenas observa a conversa. Ele encosta em em um armário com as mãos nos bolsos. É o mais jovem ali e não tem a menor ideia de como sair.
Ele ajeita a máscara de gás no rosto e seu olhar se perde em um ponto invisível na sala. Para os de fora ele parece um manequim com as roupas da 1º guerra. Ele não respira, ele não move um músculo.

" Essa situação é bem irritante. Os meus "companheiros" não se importam realmente comigo, o que me faz pensar, será que essa natureza egoísta é comum aos Kain-jin? Não importa, eu mesmo já era egoísta, meu destino sombrio é fruto de uma vida egoísta. Perdi minha família e fui usado por seres centenários por ser assim, agora tenho a chance de conquistar algum poder... Prioridade número um: Me livrar deste maldito olho rosa e dos 4 braços... Se for como o infeliz na igreja disse, o capiroto no meu corpo vai tentar tomar o controle se eu utilizar de mais os poderes."