A CASA DO SOL NASCENTE

Gilbert não está dirigindo. Não, de jeito nenhum. Se tem uma coisa que ele não fez quando todos decidiram pegar essa carranga velha pra chegar nos Estados Unidos, essa coisa foi dirigir. Não, não esse Ravnos.

- E agora, já estamos chegando? - Ele pergunta (de novo) do banco de trás, sem se dar o trabalho de levantar a cabeça ou abrir os olhos. - Olha, a primeira coisa que eu vou fazer quando pisar nos EUA vai ser comprar um puta Whooper Quádruplo imenso e fedorento, daqueles pingando tanto óleo que daria pra incendiar uma mulher grávida... de trigêmeos. - Entendeu? Whooper Quádruplo. - Uhm... Quádruplo. - Ele está tão entediado que chega a viajar sozinho em seus pensamentos conturbados.

Até que algo inesperado chama sua atenção. Claridade. Por sobre suas retinas fechadas, um bocado antes do que esperavam.

- Mas o q... - Ele abre os olhos com a mão à frente, notando o inevitável. A Terra girou, é isso mesmo que acontece. Raios de luz surgindo lentamente. Não chega a doer, mas já incomoda. Aquele incômodo que diz "Ei, eu vou te matar jajá mas tô meio que com preguiça agora" - Acelera, acelera! - Gil agora está alerta, inclinado sobre o banco da frente procurando algo com o olhar. - Ali! Vamos entrar ali!

Enquanto o motorista guia, Gilbert procura por seu rifle e seu revólver em meio às tralhas. Sabe-se lá quem pode estar naquele casebre, se é que há alguém. Seja lá como for, não há tempo pra conversar agora.

D-Dog ficou na caçamba da pick-up. O vento frio da noite machucaria seu rosto se ele ainda estivesse vivo. Ele não pode mais falar e a perda desta capacidade está sendo terrível pra ele, já que está fazendo com que fique mais introspectivo. Não que introspecção fosse um problema para ele, mas no atual estado de sua mente, com essa compulsão sexual e todas as lembranças assustadoras que assombram sua mente, isso é de longe a última coisa que deveria acontecer com ele.
Um olhar perdido para a estrada que ficava para trás aos poucos.

- Droga... Eu não queria isso. Estou amarrado a esses vampiros estranhos... Não, estamos todos amarrados uns aos outros contra nossas vontades... Deus? Qual seu plano? Quatro seres das trevas unidos por um laço demoníaco, dividindo a mesma espada sobre as cabeças... - Lion se preocupava. Era tudo um grande enigma para ele. Tudo aquilo estava tão caótico, mas tão ordenado... Era como se alguém estivesse prevendo os movimentos deles...

- Esquece... É loucura... - Ele balança a cabeça e se levanta, ficando em pé na caçamba e apoiando suas mãos no capô do veículo. Nesse momento ele vê algo que lhe causa um receio real... A luz do sol. Alguns raios já pintavam o céu com um laranja romântico, ele poderia ficar observando aquilo pra sempre se não fosse pela parada brusca do carro.

D-Dog salta da traseira do veículo. Ele parece um animal selvagem, seus cabelos não são tão grandes, mas estão muito desgranhados e cobrem um pouco seus olhos, sua boca tem sangue seco da batalha, suas mãos também. Ele está sem camisa e exibe um corpo com músculos secos e pouco definidos. O chamariam de nerd se ele estivesse na escola. O único vestuário era uma calça jeans suja de barro e um par de tênis all-star preto em estado mais deplorável que a calça.

Ele corre para dentro da pequena casa. Ele sente instintivamente que não tem muito tempo para se esconder, logo o sol o nasceria e junto com ele uma dor escruciante seguida da segunda morte, provavelmente a definitiva.

D-Dog estanca diante da porta de madeira fortificada, ele olha por cima do ombro seus "amigos". Ele se posiciona lateralmente e balança a cabeça afirmativamente como quem diz: "Vou abrir a porta".

*A única lady do grupo, parece ser também a única disposta a dirigir! Não tem problemas com isso, apesar de apreciar muito mais motos que carros...
Nos últimos kilometros já começava a sentir o peso do amanhecer. Aquela moleza em mudar a marcha e em ligar o farol alto...
Estava emburrada, quietinha... Trocou algumas palavras com David, antes de entrarem no carro e depois se calou... Ficou pensando em toda merda que se envolveu por causa de Helton! Grande filhote de uma capivara! Bufava sozinha, em devaneios até que escuta Gilbert gritar! Arregala os olhos, já tinha visto a casa, mas pra que tanto alarme!? Uhhh!*

-Eu já vi, eu já vi! Para de gritar! *faz um bicão, virando a caminhonete quando percebe que sua cria saltou do carro*

-Mas quê!?!? *Pra quê tudo isso, sabia que tava amanhecendo, mas daria tempo de entrar na casa! Homens afobados!*

Off : Desculpe Gente o Feriado me tragou um pouco XD

Se houvesse uma forma mais clara de dizer os acontecimentos da noite passada certamente seriam "Oi Annabelle Quanto tempo , enquanto vc esteve em seu sono de Beleza Toreador eu tentei ganhar fama, fui sequestrado enquanto roubavam minha alma...Mas não se preocupe estou correndo atras dela..."

David tentava imaginar como diria o que aconteceu à sua senhora e os outros Toreador do Circulo de New Jersey, na verdade não havia uma forma fácil de falar,por isso a melhor coisa que David fazia era tentar esquecer os problemas. O vampiro estava no banco do carona do carro havia recolhido alguma Cannabis pra levar na viagem enquanto eles passavam por parte que não estava queimada da horta dos Malkavianos. David já não aguentava mais falar tanto sobre aquele plantio sem que ele pudesse provar alguma coisa(desconsidere isso se não deu). Ele havia montado um pequeno cigarro improvisado com as folhas, e planha entrelaçada, algumas das coisas que ele havia aprendido com seus compatriotas em Woodstock quando estava começando sua carreira de cantor e juntos com Alysha e os outros Hippies .

-  Deus já se esqueceu de nós Lion (Considerando que eu já sei o nome dele ou simplesmente Criança da noite se não souber) Isso agora é com vc e o Diabo !! Suponho que se não somos aliados e nem soldados dele, estamos contra ele ! rsrsrsrs.

Talvez fosse efeito do bagulho, mas David não estava se importando muito com o seu futuro naquele momento, o presente era mais caótico. Ele olhava para a Toreador uma vez mais, não esperava que ela aceitasse o trago que ele dava então simplesmente baforava o ar para fora do carro, quando escutava o grito de William no momento em que o carro começava a diminuir a sua tração . A luz do dia estava querendo começar a aflorar então provavelmente ons membros ali já estava pensando em usar aquela morada antiga como refugio provisório. David estava começando a ficar sonolento, ele sempre foi preguiçoso de dia, jogava fora o pitoco do cigarro e guardava algumas folhas no bolso de trás não muitas o suficiente para mais 2 cigarros improvisados apenas. Seus olhos procuravam por algum outro carro ou veiculo estacionado.

"Se esta casa tiver alguém certamente há um veiculo ou coisa parecida por perto." Ele saia do carro observando para ver o redor da casa.Acabava sendo o ultimo a entrar.

"Existe uma casa em muitos lugares, eles a chamam de  "A casa do sol nascente". Esse lugar tem sido a ruína de muitos, e Deus sabe que você pode ser um deles". Mais ou menos assim diz uma antiga canção que tem muitas versões. Façamos a nossa!

A viagem teria que ser pausada, o sol não era uma aliado e o sono nunca se atrasava! Gilbert logo avista um local, uma pequena casa, se é que se pode considerar aquele local uma casa. Não haviam janelas, o que de certa forma era bom, somente uma porta e a casinha parecia comportar os quatro espaçosamente se ficassem de cocoras nos cantos.

Lion se adianta e abre a porta, que não estava trancada. Era uma porta de madeira, mas era algo bem feito, madeira maciça entalhada com vários desenhos que não o chamaram tanto atenção. Estava bem escuro e o chão parecia de pedra lisa! Não havia nada dentro! Porem fora, os raios do sol já despontavam no horizonte!

Off:

Postem suas ações finalizando com o dormir!

OBs: Ceresa cantando essa versão! ^^

Lion faz sinal para que todos entrem enquanto ele grunhe (ou rosna, ou late)

- Raaaarrrrr!

Ele não espera muito pelos outros. D-Dog está ficando sonolento e já consegue ver os primeiros raios de Sol, ele ainda dá uma última olhada para dentro da casinha e salta pra dentro dela buscando um dos cantos escuros, afim de finalmente dormir após seus dias de pesadelos acordado.

David era o ultimo, antes de entrar seus olhos focam com um pouco de dificuldade para  a mata cerrada, talvez ele estivesse longe daquele pesadelo terminar... 


"Ao menos eu tenho um lugar para passar a noite. Apesar de que eu acho que qualquer um aqui preferiria estar sozinho em seu próprio refugio do que estar aqui..."

O lugar era escuro demais para que ele pudesse fazer uma fiscalização um pouco mais concentrada. 

- Senhorita...Laura você pode nos acomodar melhor por aqui ? Esse lugar não é nosso, temos de tomar cuidado com os anfitriões, uma casa no meio do nada, geralmente os Anciões usavam costumavam essa técnica para esconder passagens secretas para seus refúgios. Não acho que isso seja uma armadilha mas acho que esta casa pode ser uma porta, não quero ser pego de surpresa enquanto durmo !

Já cansado, David não espera a resposta da Toreador e se escora na parede escorregando até o chão, seus olhos já estavam pesados e na verdade ele já não parecia falar coisa com coisa , o cansaço somado com a droga parecia tombar o vampiro boêmio.

Enquanto Gilbert se desespera com o Sol e vê toda sua imensa vida passar diante de seus olhos, a neófita simplesmente abana como se um pernilongo a estivesse incomodando. Ultrajante, humilhante? Não, ele tem um jeito diferente de encarar esse contraste.

- Burra... - Ele balbucia, cambaleando para dentro da casa. E então, como um tronco cortado, despenca seco com a cara no chão. - ... Neófita... burra... - O Ravnos ainda consegue articular antes de desligar, o nariz chapado contra a pedra lisa.

*Com mais humanidade, a morena parece ser a única a conseguir se ajeitar sem cambalear. Mas isso não quer dizer que tem tempo de ouvir o que David pede, apenas balança a cabeça em negativa, o que ele pode deduzir como "Não vou fazer" ou "fiz, e não tem nada demais".

Olha Gilbert lhe chamar de Burra e pensa: "Por quê? Não chegamos na casa? Hunf... Burro é você!" - Mas não responde, não vale a pena discutir quando se está com a razão...

Tira a jaqueta, coloca no chão de forma lenta, mas com força suficiente de pensar em proteger a calça, não quer sujá-la ainda mais! E no cantinho, dorme quietinha...*

OFF:

Espero que não percam a sanidade, pois todo post terá como fundo musical uma versão da mesma musica, mas por favor ouçam, pois da trabalho encontrar uma versão adequada para cada post! S2



Entre mortos e feridos estavam os quatro salvos da maravilhosa e incinerante luz do sol! Embora Laura tenha mantido a calma ainda dando uma olhada ao redor, se acomodado com jeitinho para não sujar sua roupa, ela sentiu um enorme alivio quando a porta fechou e tudo foi tomado por um aconchegante breu! Ela fecha os olhos se entregando ao sono, esperando acordar tão logo a noite voltasse, sem nenhuma surpresa para que continuassem sua jornada descansados!

Todos ali já haviam tido sonos do tipo dormir e quando os olhos abrem já é hora de acordar, mas desta vez foi diferente. Todos acordaram juntos, cansados como se não tivessem dormido nem uma hora, o que de fato pode ter ocorrido! Não sentiram suas forças de vontade aumentar e nem sentiam o sono voraz do dia, já seria noite?! A intenção geral era procurar a porta para verificar como estava la fora, porem estava muito escuro, não era possível ver nada. Gilbert acende seu fiel esqueiro de todas as horas, logo encontrando uma especie de lamparina presa a parede, ele acende e em seguida varias outras automaticamente também se iluminam, revelando que o cenário havia mudado um pouco. O chão era o mesmo mas agora as paredes podiam ser vistas com maior precisão, eram como as de um castelo medieval, cheias de adornos e colunas. O teto parecia alto demais para aquela casinha e se posicionando para esquerda e direita havia um corredor que se estendia ate onde os olhos não viam mais!

Off : Lana Del Rey FTW nessa musica xD

   Os olhos de David se erguiam como uma alvorada de cor clara, sua cabeça lentamente se erguia ao som da musica que tocava em sua mente como um mantra inerte no interior de sua alma, o rosa de seus olhos cintilavam no interior daquele hostil e sinistro breu. Nada era proferido por ele, na verdade sua mente estava tentando raciocinar e aterrissar. 

- Droga mas que especie de pesadelo é esse ?! Parece que fomos trazidos até aqui, um portal como aquele do Padre talvez ? Ou será que nos pegaram enquanto estávamos dormindo ?

Era meio impossível de se acreditar. A ideia mais logica é que alguém havia transportado eles para aquele lugar mas devido as ultimas coisas que aconteceram, a logica pareciam não estar sendo aplicada em quase nada ali. O caminho se alongava até um caminho sem fim em linha reta. Era como se David e os outros tivessem sido transportados para um passado. Um passado bem fora da realidade deles. 

-  Eu avisei que aquela casa era propriedade de alguém ! Talvez esse alguém queira nos dizer "oi" Vamos. Fiquem atento pra possíveis armadilhas...

David aproveitava para se arrumar um pouco , ajeitava a camisa que já estava um pouco suja provavelmente mas pelo menos queria parecer um pouco mais alinhado para o suposto anfitrião se existisse um , caminharia em linha reta depois que pegasse para si um dos lampiões arrebentando da parede com sua potencia tentando fazer o máximo para se manter longe do fogo do mesmo modo como um gato se afasta da água. 

"Não era essa a previsão que eu tinha para o meu fim de semana..."

Lion abre os olhos ainda cansado, ainda sujo, ainda descabelado e sem poder falar, é claro!

- Droga... Eu diria que isso é comum no mundo dos filhos de Cain, mas pelas expressões de espanto isso aqui não é nada comum. Agora só nos resta descobrir o que é esse lugar... - D-Dog está curioso, seu cansaço o impede de levantar a princípio. Ele observa atentamente o local, ele fica maravilhado com a arquitetura, ele chega a ficar catatônico por alguns instantes admirado com a beleza sombria do local. Após esses longos instantes o neófito se levanta meio atordoado. (Se for possível ele pega uma lamparina).

Ele tenta pronunciar algumas palavras inteligíveis - Que lugar é esse? - Se ele não conseguir falar será a prova de que os corpos foram transportados para esse lugar e não só as mentes como na dimensão do Cruel Homem Rosa.

O olho esquerdo de Lion tem um brilho rosa fruto do reflexo da pouca luz. Lion espera que alguém tome a dianteira, enquanto isso isso ele observa bem o local, ele olha para trás buscando pela porta em que entraram, tateia as pedras do chão e as paredes em busca de algum mecanismo.

- Você só pode estar de sacanagem. - É a primeira reação quando as luzes se acendem.

Frustrado, o Ravnos olha para trás à procura de uma porta de saída. Seja lá onde estiverem, não é possível que tenha só parede lisa. Não importa o que os reserve aqui, ou que tipo de pessoa possam vir a conhecer, ele não se interessa. Sua primeira linha de raciocínio é tentar sair.

Assumindo que a tentativa será inevitavelmente frustrada, Gilbert guarda o isqueiro, engatilha o revólver e começa a andar também, tendo certeza de não ser o primeiro nem o último da fila.

- Não sei vocês, mas eu não tô nem um pouco interessado em desvendar esse mistério. Vou sair pela primeira janela, me acompanhem se quiserem. - Ele lança a ideia.

David havia sido o primeiro a seguir, mas olhava para trás quando as palavras de William eram ditas. Se houvesse uma possível janela ali, ele preferia que o vampiro descobrisse.  

-  Talvez estejamos no subterrâneo daquela casinha, ninguém nos transportaria sob o sol, a menos que nós tenhamos sido pego por um efeito semelhante ao do artefato usado pelo padre...De qualquer forma se nos prenderam e nos largaram aqui deve haver um motivo, e eu não acredito que vão nos deixar sair assim William . Talvez devamos seguir em linha reta olhe ?!

Percebia que o vampiro novato não fazia questão em ser o primeiro mas eles não podiam ficar simplesmente parados ali por toda eternidade. Ele caminhava de modo cauteloso apenas 3 passos, olhava para trás para saber se estavam vindo atras dele, fazia questão de ter certeza se William acharia alguma outra saída, caso ele não tivesse hesito, ele voltaria a caminhar olhando para frente ainda mantendo a cautela. 

"Juro que não foi isso que eu planejei quando sai de New Jersey"  O vampiro resmungava em seus pensamentos novamente.

*Laura abre os olhos, assustada, não teve pesadelos? Fazem três noites! Ou... Não dormiu? S sente cansada, faz uma careta e um resmungo enquanto levanta e veste sua jaqueta. Olha em volta, os rapazes conversam tentando entender o que estava havendo, a morena fica calada.

A ideia de Gilbert de achar uma janela e sair fora não lhe parece segura, e se ainda for dia? E se saírem e o sol estiver lindo lá fora esperando por eles? Mas se pergunta se estaria de pé se o dia estivesse do lado de fora...

Laura suspira, bate a mão no bumbum, tira o pó de suas palmas e então sem falar nada, ainda quietinha e sonolenta, toca a parede e o piso do lugar (Auspicio). Tenta descobrir algo, se alguém por ali andou, se foram levados até ali, quem foram os últimos por ali passar...*

- Ótimo , eu tenho de admitir que minha ideia não foi das melhores, mas pelo menos sabemos que nem tudo aqui é magia à menos que tenhamos sido transportados com o poder da magia do artefato , pode ser truque também. Alguém está brincando com a nossa cara, humf ! E hoje foi um péssimo dia pra escolherem fazer isso. 

O toreador apenas ressaltava o que estava explicito ali, stress , cansaço estava estampado no rosto de cada um de alguma forma , e parece que era difícil pensar naquele estado. O vampiro fecha os olhos como se tentasse se acalmar, ainda não havia tomado um decisão mas parece que não havia muito o que fazer. Usava o brilho das chamas para alcançar o mais próximo que estava de si e então colocar a mão no ombro da pessoa e dizer : 

- Não temos muito iluminação "graças a mim" é melhor ficarmos unidos. E acharmos os outros. tente achar o próximo e se encostar.  

E assim ele pedia para que fizessem uma fila encostados para que todos pudessem seguir em uma mesma direção.

Por um breve instante Gil pensa em queimar o óleo que vaza da parede. É tanto óleo que ele com certeza causaria um estrago considerável nesse lugar. Mas, bom... no lugar e nele também. Então ele desiste da ideia.

Ele mantém o isqueiro guardado. Melhor economizar combustível.

- Bom, creio que não temos muita opção além de ir em frente. - Ele diz, acompanhando David. - Mas arranque mais algumas lamparinas pra nós, por favor. Ainda podemos acendê-las.

Lion balança a cabeça meio triste com a situação, ele fica por último logo atrás de Laura e a segue calmamente colocando toda a sua atenção na audição afim de detectar uma possível armadilha.

David não estava inteiramente convicto da decisão que havia tomado . 

- Parece que não temos outra opção. - Dizia a frase mais para si do que para o grupo , ele usava a iluminação da pequena chama para se aproximar da parede e arrancar outras 2 para dar aos dois.  ele se virada tentando seguir reto em um unico sentido , naquele momento o vampiro já não sabia mais por onde era norte ou sul , apenas seguia por um caminho usando a voz e a calma para tentar manter o grupo unido . 

- Vamos um passo de cada vez, não tem por que se desesperar agora...


"Acho que eu estou falando isso mais pra mim do que para os outros caras..."

*Laura tocou nas paredes e sentiu um frio lhe consumir, antes de dizer qualquer coisa a escuridão os tomou. Seria um ataque? Oh, não, fora David retirando as lamparinas. A morena suspira pesado. D´um passinho mais para frente, medrosa, preferia andar mais perto do que ficar lá atrás. Olha pros lados, tentando ver entre a escuridão, ouvindo os garotos conversarem, puxa de leve a camiseta de Gilbert*

-As paredes e o chão não dizem muito... só consigo ter a certeza de que este lugar esta cercado por uma magia poderosa, algo nunca visto ou sentido por mim antes.. *fala baixinho, engolindo em seco enquanto apressa o passo para seguir o ritmo deles.*

- E essa agora! - O Ravnos já perdeu completamente a paciência. - Esse lugar é tão velho que as aranhas já tomaram conta. Não deve ter uma alma viva. - Talvez tenham entrado em uma antiga armadilha já esquecida no tempo.

- Vocês não tão realmente achando que tem uma aranha gigante aqui embaixo, né? Humpf... Neófitos... - Ele resmunga enquanto deixa a lamparina no chão e caminha veemente na direção das teias.

Gilbert, convicto de que tem força mais que o suficiente para arrancar um bando de teias de aranha, dá uma braçada na primeira. Mas seu braço se prende.

- ... Mas ein? - Ele tenta tirar com o outro braço, mas acaba se prendendo mais. Como uma mosca inútil, ele é pego pela armadilha. Sua lamparina, no chão atrás de si, só serve para torná-lo um alvo ainda mais óbvio.

- Ei, me ajudem aqui! - Mas passos se afastando são tudo o que ele ouve. - Ei! Covardes! Não tem aranha nenhuma, voltem!

[/Quimerismo]
-1 FV, -2 pds
Fata Morgana, Aparição

E esse é o fim da ilusão. É claro que Gilbert acredita em aranhas gigantes. Existem lobisomens, vampiros, fantasmas... Ora raios, esse não é um mundo muito aberto à ceticismo. E essa teia não é coisa de animais comuns, definitivamente. Assim que visualizou a situação, ele colocou sua lamparina no chão e, com um braço para trás, sinalizou para que os outros fizessem silêncio e se afastassem por onde vieram.

Enquanto uma cópia ilusória sua ia a frente fazendo o teatro, o original ofuscou-se no mesmo instante e caminhava lentamente para trás. Andando devagar, concentrando-se em manter o espetáculo, ele foi até seus colegas e, ainda sinalizando para que continuassem em silêncio, apagou as outras lamparinas.

No fim da cena, quando o Gilbert ilusório está preso nas teias e abandonado por seus aliados também inexistentes, o verdadeiro está à alguma distância, na escuridão, abaixado sobre um joelho com sua fiel Elephant Gun armada e apontada para o local. Seus verdadeiros aliados, seguros atrás de si.

-  Você está muito cético pra alguém que viu um par de chifres crescer da minha testa entre todas as outras coisas que vimos noite passada ! hehe!

A risada de David tinha um Q de nervosismo, no fim das contas estar em um lugar como aquele dava no minimo uma paranoia na cabeça de qualquer um, apesar de transparecer simpático como sempre David pensava loucamente em uma forma de manter o controle da situação.

"William está está criando um álibi perfeito, logo saberemos se estamos sendo espreitados ou não. Preciso arrumar um jeito de manter todos unidos enquanto ficaremos apenas com a luz da lamparina do William Expiatório"

Com um sopro de seus lábios , ele apagava sua própria lamparina encostando-a próximo de sua perna direita para que ele soubesse onde ela estava através do contato, caso ele precisasse dela mais uma vez. Ele segurava uma das mãos de Laura e o com a outra o ombro de Dylan para que não se perdessem do caminho. Ficava parado no ponto descrito por William para ficar atras da mira da arma do vampiro. Quando William sumisse pelo uso de sua ofuscação David se mantinha parado para não interferir no objetivo de William e mantinha os outros dois próximos e perto.

"Não estamos em condições de agir loucamente, talvez William esteja certo e a descrição seja o melhor meio, se pelo menos pudêssemos,  ver, Laura tentou me mostrar como aflorar nossos sentidos mas parece tão dificil na pratica..."

David forçava a visão tentando usar o poder auspicioso de seu clã, mas talvez ainda não estivesse familiarizado com isso.