Vampiros - A Máscara
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Império do Anoitecer – Crônica Solo.

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Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 7 Empty Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.

Mensagem por Akira Toriyama Sáb Jul 04, 2020 3:37 pm

Com a adrenalina cada vez mais crescente, Olívia correu com os demais para a casamata. Seu coração não batia mais, mas ela sentia que poderia tê-lo na garganta num momento como aquele. De repente, sentiu falta dos papéis que preenchiam sua vida antes daquela loucura em Newark.

Ouvindo os tiros, ela acompanhou a Malkaviana para dentro do lugar enquanto ouvia uma coisa pousando no teto. Ao ver o tanque onde o avô estava, sentiu alívio: metade daquela droga já tinha sido cumprida. Faltava cair fora dali e, se possível, destruir os malditos.

Mas então apareceu Valerraine.

Valerraine escreveu:– Invadindo a casa dos outros? Claro, o que eu poderia esperar de uma escória como você?

A garotinha odiosa correu para fora, certamente na direção da floresta. Iria trucidar seus parentes se permitisse. Olívia não pensou duas vezes: seria uma idiota se permitisse que a luta se desequilibrasse tanto. Olhou para Helena.

- É a sua deixa. - disse, depois se virou para Luna. - Você solta o nonno. Nós vamos te dar cobertura.
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Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 7 Empty Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.

Mensagem por Undead Freak Sáb Jul 04, 2020 4:33 pm

Helena investiu contra Valerraine, perseguindo-a pelo corredor, enquanto Luna e Olívia desciam e removiam Virgílio do tanque de metal. Luna simplesmente removeu a estaca e, fazendo uso de sua potência, arremessou Virgílio para cima. Certamente não foi o jeito mais gentil, mas certamente foi rápido.

Virgílio se levantou zonzo, como se tivesse voltado de uma espécie de ressaca ou coma. Seus músculos aos poucos foram voltando com a energia de antes. Ao mesmo tempo, Olívia viu uma sombra negra surgir de forma traiçoeira pelo canto do olho e gritou. Um segundo depois ela estava no alto, sentindo o braço de Luna no seu pulso e a gravidade do salto dela, enquanto via um mar de chamas cobrir o tanque de metal após uma granada incendiária detonar.

Os pés de Luna tocaram o solo perfeitamente, enquanto Olívia quase caiu, de tão desengonçada que foi sua “aterrissagem”. Em um instante Virgílio estava ao lado delas, com os olhos brilhando em fúria, encarando a figura diante dele.

– Vão – disse Virgílio. – Eu me encarrego dele.

– Não! – respondeu Luna, mais em um tom de súplica do que de rebeldia. – O senhor está fraco! Não vamos deixá-lo sozinho nessa!

Olívia nada disse, mas obviamente concordava com a prima. Virgílio viu que não adiantaria discutir com as netas naquele momento.

– Preparem-se – falou, de forma soturna.

A figura diante deles usava uma túnica carmesim e uma máscara branca de porcelana que foi removendo aos poucos, revelando um rosto tão horrendo quanto o de Dylan.

Sem Máscara:

– Esse é um momento que ecoará nas eras posteriores – falou, jogando uma flor azul aos pés do grupo. Ao lado dele, surgiram três figuras com os rostos cobertos. Dois homens e uma mulher. Todos portavam facas com lâminas envenenadas.

Iniciativa:

– Fodam-se! – gritou Luna, e disparou uma granada do lança-granadas acoplado em seu fuzil. Todos os seus inimigos saltaram para escapar da explosão. Embora a explosão não tenha afetado nenhum deles diretamente, um dos assamitas homens fez uma esquiva mal calculada, o que o fez perder o equilíbrio, caindo sobre vários escombros, ficando atordoado

Off:


Aproveitando o grande caos da explosão, Virgílio avançou contra a outra sarracena, acertando um cruzado em sua cara. Graças à potência do ancião Giovanni, a mulher foi arremessada fortemente para longe, batendo as costas contra a parede da sala.

Off:

Como era de se esperar, Dylan desapareceu subitamente para tentar um ataque traiçoeiro e o estranho vampiro, assim como o terceiro assamita avançaram contra Olívia.

Rolando para o lado, o facão do assamita passou a poucos centímetros do seu rosto, o que também a fez evitar ser agarrada pelo horrendo cainita de túnica.

Off:
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Mensagem por Akira Toriyama Sáb Jul 04, 2020 4:58 pm

O pandemônio já estava instalado. O cainita desconhecido que seria o alvo de Marius apareceu na luta, junto com três malditos sarracenos. Dylan desapareceu, Virgílio acordou cheio de vontade de lutar e Luna abriu fogo contra os desgraçados. Ao ver que seus inimigos estavam mais dispersos do que antes, decidiu seguir o exemplo da prima.

O estranho avançou contra ela junto com o Assamita. Nenhum dos dois a atingiu, então ela forçou o sangue em suas veias para ficar mais ágil e apertou o gatilho na direção do sarraceno. Iria crivá-lo de balas antes de partir para cima do outro.

OFF:
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Mensagem por Undead Freak Sáb Jul 04, 2020 5:29 pm

Olívia não tinha muita experiência com armas. Era o tipo de soldado da família que era boa em burlar leis, não cuspir chumbo, mas ela teve um desempenho excelente para  alguém que não estava acostumada. Sua MAC 11 cravejou o monstro de balas que, por estar perto demais, não conseguiu fazer nada para evitar. O impacto dos projéteis o fizeram perder o equilíbrio e cair, mas essa não foi a única boa surpresa de Olívia.

Fabrizio ressurgira no campo de batalha. Desde que a granada detonara, ninguém havia percebido que ele havia sumido, e isso lhe deu uma vantagem surpreendente. Usando uma calibre 12 automática, com municiador de tambor com 20 munições incendiárias, ele disparou contra o assamita agressor. Três disparos certeiros no peito não apenas quebraram algumas costelas, como também fizeram a pele do maldito se incendiar. Em pânico, ele começou a se debater irracionalmente até que o fogo tornou a dor física insuportável demais. Mesmo tendo rolado no chão e apagado as chamas, ele agora estava fraco demais para fazer qualquer outra coisa que não fosse rastejar,

Luna novamente abriu fogo contra o outro que estava caído. Ele foi alvejado e ferido, mas conseguiu fazer uso de sua ofuscação e sumir logo em seguida. Ao mesmo tempo, Virgílio avançava contra a mulher, mas esta conseguiu se desvencilhar dele e tomar distância. E por fim, quando o maldito monstro insinuou-se sobre Olívia novamente com olhar vingativo, uma grande e pesada caixa de metal arremessada de lugar nenhum por um Dylan imperceptível acertou a cabeça da criatura, levando-a ao torpor.

Um dos assamitas agora rastejava, urrando de dor e carbonizado. Ao lado dele o Precursor estava desacordado.

– Micaela! Fuja! – disse o outro Assamita para a mulher do seu clã antes de desaparecer. Ela seguiu o exemplo e fez o mesmo, deixando o outro sarraceno quase destruído e o Precursor para trás

Instantes depois, Helena retorna com um braço decepado.

– Ela fugiu – disse, mostrando o braço. – Mas tudo bem. Ao menos eu consegui o sangue e… Ei! A festa foi boa aqui, não?

– Foda-se toda essa merda – disse Luna, cuspindo no chão. – Vamos estacar esses merdas e cair fora daqui. Marius pode estar com problemas precisando da nossa ajuda,
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Mensagem por Akira Toriyama Sáb Jul 04, 2020 5:47 pm

Ao menos o combate tinha sido bom. Em apenas alguns golpes, os malditos estavam fora de combate e prontos para serem empalados. Olívia ajudou sua prima a empalar os restantes.

- Quero levar este maldito para zio Marius. - resmungou, apontando para o estranho cadavérico. - Mas antes, vamos acabar com os outros.

Virou-se para Helena e Dylan e engatilhou novamente sua arma.

- Ocultem-nos, por favor. - pediu. - Nós vamos fazer uma surpresa para os putos.

OFF:
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Mensagem por Undead Freak Dom Jul 05, 2020 8:15 am


Obituary - Left To Die:

Luna parecia realmente muito ansiosa para sair daquele lugar, por isso quando Olívia pediu ajuda para levar os oponentes para Marius, ela os empalou sem perda de tempo, usando alguns cabos de vassouras velhas que estavam em um canto, improvisando algumas estacas toscas fazendo unicamente a força dos braços.

– Ocultem-nos, por favor – pediu Olívia a Dylan e Helena. – Nós vamos fazer uma surpresa para os putos.

Naquele instante uma enorme explosão ecoou da parte de cima e, logo em seguida, uma núvem de poeira e fragmentos foi cuspida pela saída do corredor, como uma verdadeira tempestade de areia em um deserto. O longo corredor ainda era acessível até a metade e, a partir daquele ponto, estava bloqueado pelos entulhos da estrutura que viera a ruir.

– Parece que estamos presos – disse Helena, em um tom absurdamente indiferente. – Eu posso sentir em minha mente a risada de Krisolva ecoando. Ela não está muito longe daqui... De fato ela transformou essa sala em uma sepultura coletiva para todos nós. Tenho que admitir que preciso respeitar a mentalidade dessa mulher. Ela faz me lembrar de... mim mesma.

O local agora tornara-se silencioso de forma perturbadora, e o impacto da explosão fez as lâmpadas pifarem. Todos agora estavam em uma sala enorme, abaixo do solo, onde nada se via e nada se ouvia a não ser suas próprias vozes. Será que Krisolva tinha planejado isso desde o começo, ou ela simplesmente viu uma chance de improviso?

FIM DO CAPÍTULO


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Mensagem por Undead Freak Seg Jul 06, 2020 3:14 pm


Capítulo 4 – A Dama da Carne

“A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido.” – H. P. Lovecraft

Helena, Dylan, Fabrizio, Luna, Virgílio e, obviamente, Olívia… Presos, isolados, confinados abaixo da terra. Escuro absoluto, silêncio profundo. Por sorte Fabrizio agora era um deles, pois não havia mais oxigênio uma vez que entrada ruiu e se tornou escombros, prendendo todos aqueles cainitas lá embaixo. Um bunker servindo como uma gigante sepultura coletiva seria o fim deles? Krisolva tinha finalmente ganhado?

As coisas do lado de fora não estavam diferentes. Centenas de soldatos da máfia, todos carniçais, trocando tiros com criaturas monstruosas, assassinos diableristas invisíveis e outros cainitas do sabá que não morriam de amores pela Camarilla, tampouco pelos Giovanni e seus aliados. Álvaro, Dino e Marius, os únicos cainitas de fato que estavam do lado de fora comandando os homens, estavam tendo grande trabalho em lidar com todo aquele caos infernal que irrompeu após Helena e Dylan colocá-los lá dentro e partirem com Olívia e os outros à procura de Virgílio.

Dino se perdeu dos outros. Ele sabia que Álvaro estava levando certa vantagem com seu fuzil de franco-atirador, mas a última vez que viu Marius ele não estava bem. Armado com sua metralhadora, uma MG42 da segunda guerra, ele havia abatido muitas aberrações Tzimisce e feridos tantas outras, mas aquilo estava longe de acabar. Cercado por gritos, rajadas de balas e explosões, ele tinha duas escolhas: ou ele permanecia ali, caçando o maior número possível de inimigos – e isso incluía Valorraine e Krisolva –, buscando ajudar Marius, Álvaro e todos os homens da família, ou ele partia para alcançar o bunker e ver por que diabos Olívia e os outros estavam demorando tanto. Ele não podia negar que isso o preocupava e que sentia falta demais de Luna lutando ao seu lado, mas ao mesmo tempo a figura ensanguentada e cambaleante do seu tio Marius o atormentava. Ele ainda estava por aí, talvez ferido demais para continuar.

Off:

Dino escreveu:Reserva de Sangue: 14/14
Força de Vontade: 7/7
Vitalidade: OK

Olívia escreveu:Pontos de Sangue: 09/11
Força de Vontade: 04/08
Vitalidade: OK
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Mensagem por Dracone Ter Jul 07, 2020 2:10 pm

Estava escondido atrás de uma vegetação alta, atento a qualquer movimento ou som ao seu redor depositando a confiança em sua metralhadora caso algum inimigo o achasse. Enquanto isso pensava em sua próxima ação. Estava um pouco indeciso sobre o que fazer naquele momento, indecisão essa que sua mente lógica e simples deu fim - iria atrás de Mario. Por mais que quisesse ajudar os outros e ter certeza de que eles e principalmente Luna estavam bem, Mario era valioso demais e estava ferido.

Praguejou uma vez, se preparando para começar a caçar de novo. Não que não gostasse desse banho de sangue, mas a situação de ter que escolher entre ajudar um ou outro - e sem saber exatamente o que estava acontecendo das duas partes - o deixava inquieto. Mas era isso o que tinha que fazer. Luna, Olívia e os outros eram espertos e grandinhos para tomar conta de si, só esperava que não estivessem feridos.

Off escreveu:Ele vai tentar achar o Marius no meio dessa confusão de preferência de forma furtiva. Se não vai meter bala em quem tiver na frente.]
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Mensagem por Akira Toriyama Ter Jul 07, 2020 4:20 pm

Olívia olhou para o entulho à sua frente e sentiu o desespero começar a bater em sua porta. Conseguira resgatar Virgílio, mas agora estava trancada naquele lugar, impedida de levar auxílio para Dino e Marius. A ideia de que eles poderiam estar feridos nas mãos de Madame Krisolva a fez estremecer.

Respirou fundo e olhou para o alto, mensurando a altura entre eles e o teto. Alto demais para servir como rota de fuga. Existia outra opção, muito mais arriscada, mas igualmente eficiente: algumas granadas naquele entulho e voilà, uma nova porta para eles. Apesar dos riscos, ela tinha que admitir que estava ficando sem ideias - precisava lembrar constantemente que era uma advogada, não uma combatente.

- Não faço ideia de como resolver isso além de colocar algumas granadas nesse entulho e deixar que a explosão abra nosso caminho. - disse. - Qualquer outra coisa pode demorar demais e eu não sei como Dino e Marius estão. Se alguém tiver alguma ideia, sou todo ouvidos. Se não, peço apenas uma ou duas granadas para explodirmos a passagem. Se as colocarmos no meio do entulho, talvez a explosão seja mais ou menos controlada. O que me dizem?

Caso não tenha nenhuma sugestão, Olívia vai pedir que Luna coloque duas granadas no meio do entulho, onde a explosão vai ser mais controlada, então vai se abaixar num canto e se encolher até a explosão passar.
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Mensagem por Undead Freak Ter Jul 07, 2020 5:19 pm


Teste:

Não foi difícil para Dino tirar vantagem da situação e do terreno. Com a vegetação alta, árvores de troncos largos, escuridão intensa e o caos ocorrendo em todos os lados, seria muito difícil alguém manter os olhos nele.

Ele foi avançando pelo terreno, alternando entre as coberturas de forma cautelosa e inteligente, aproximando-se dos focos de combate, guiado pelas rajadas de balas e explosões – locais em que Marius provavelmente estaria se não tivesse buscado a segurança do esconderijo.

Um rosto conhecido surge estirado próximo a uma árvore. Não se tratava de Marius, mas era Álvaro. Ele estava em torpor e seu fuzil sniper estava caído ao seu lado. Quando Dino estendeu a mão para examinar Álvaro, um grito pôde ser ouvido não muito longe de onde ele se encontrava; e a voz lembrava muito a voz de Marius.

Dino avançou, ainda cauteloso e se ocultando. Foi quando achou a bengala de Marius partida e percebeu que estava na pista certa. Um outro grito idêntico ecoou mais adiante, e isso fez Dino correr. O que se apresentou diante dele era, no mínimo, abominável.

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Um monstro com três metros de altura, dois de largura e uma boca assustadora estava diante dele e de Marius, que estava caído. Aquela criatura enorme que, sem dúvidas era uma das criações Tzimisce, esticou o que parecia ser uma língua gigante e cheia de presas da mesma forma como alguém arremessa um chicote. A língua enrolou na perna de Marius e começou a puxá-lo para perto de sua enorme boca.

Não muito longe dali outras criaturas estavam à vista, guerreando com os carniçais Giovanni.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

– Não faço ideia de como resolver isso além de colocar algumas granadas nesse entulho e deixar que a explosão abra nosso caminho – disse Olívia. – Qualquer outra coisa pode demorar demais e eu não sei como Dino e Marius estão. Se alguém tiver alguma ideia, sou todo ouvidos. Se não, peço apenas uma ou duas granadas para explodirmos a passagem. Se as colocarmos no meio do entulho, talvez a explosão seja mais ou menos controlada. O que me dizem?

Olívia estava visivelmente preocupada, incerta o silêncio dos demais não ajudava em nada, mas era óbvio que a ideia de explodir tudo não era parecia boa ideia.

– Você pode agravar a situação – disse Helena, finalmente quebrando o silêncio. – Eu posso tentar me projetar para fora daqui e analisar alguma possibilidade, mas vou precisar de silêncio para me concentrar.

Dylan então foi o próximo a falar.

– Se a menos eu pudesse enxergar, eu poderia procurar algum rato e tentar diálogo, mas de qualquer forma eu acho que não daria certo. Esse maldito lugar deve estar ser ar e se houver algum rato aqui, ele deve estar sufocando até a morte, se já não estiver morto.

– Calem-se! – gritou Helena. – Eu vou sair do corpo…

Um silêncio desconfortável durou ao menos dez minutos. Não era fácil ter noção do tempo naquelas circunstâncias e, quando Helena voltou a falar, pareceu que tinham ficado inertes por uma eternidade.

– Ironicamente há uma abertura abaixo do tanque onde Virgílio estava – disse. – Foi feita por uma fissura tão grossa que uma pessoa adulta pode passar, contanto que não seja uma obesa mórbida, é claro. De qualquer forma a gatinha com o lança granadas pode tentar estourar o tanque; isso se ela enxergar, é claro. Estourar o tanque deve ser mais seguro que atirar nos escombros. O que acha, Olívia?
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Mensagem por Akira Toriyama Qua Jul 08, 2020 7:59 am

Helena escreveu:– Ironicamente há uma abertura abaixo do tanque onde Virgílio estava – disse. – Foi feita por uma fissura tão grossa que uma pessoa adulta pode passar, contanto que não seja uma obesa mórbida, é claro. De qualquer forma a gatinha com o lança granadas pode tentar estourar o tanque; isso se ela enxergar, é claro. Estourar o tanque deve ser mais seguro que atirar nos escombros. O que acha, Olívia?

A ideia era bem melhor que simplesmente explodir os escombros. Olívia respirou fundo e decidiu que não tinha tempo para conjecturas. Tinha dito que qualquer coisa ligeiramente melhor que explodir a entrada seria aceita e pretendia cumprir sua palavra.

- Vamos fazer dessa forma. - disse. - Luna, Helena vai te guiar para que você estoure a saída pelo tanque. Não gosto da ideia de deixar nossos homens lá fora.
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Mensagem por Dracone Qua Jul 08, 2020 4:52 pm

Conforme foi se ocultando entre a vegetação e avançando ia sentindo mais urgência em achar seus companheiros logo. Não demorou para encontrar Alvaro em torpor. Antes que pudesse fazer qualquer coisa ouviu um grito, parecia ser Marius, fazendo Dino avançar na direção do som com mais pressa. Quando viu sua bengala partida soltou um palavrão e continuou avançando.

Droga. Aguente, tio, estou chegando.


Conseguira finalmente achar Marius, mas também encontrara uma criatura horrenda. Era uma das criaturas abomináveis dos Tzimisce, grande, cheia de dentes e uma língua enorme com mais dentes ainda que se movimentava como um chicote. Quando agarrou a perna de Marius, Dino não pensou duas vezes - abriu fogo na direção da criatura, mirando na bocarra aberta.

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Mensagem por Undead Freak Qua Jul 08, 2020 7:56 pm



Não se sabe se foi por causa da escuridão, mas o disparo de Luna não funcionou exatamente como esperado. O tiro explodiu o tanque, mas a fissura abaixo dele expandiu com o impacto. Expandiu tanto que criou diversas rachaduras ao redor, levando boa parte do chão para baixo – assim como todos que estavam sobre ele.

A queda não foi violenta a ponto de machucar algum deles, mas ainda assim não foi agradável. Todos levantaram molhados, com água até os joelhos. Quando se deram conta, estavam em um túnel que, pelo que indicava, parecia ser uma velha galeria subterrânea.

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Por alguma razão estranha, o túnel não estava tão escuro quanto a sala acima, e tinha acesso tanto pela esquerda quanto pela direita.

– Esse lugar não parece ser exatamente um esgoto – disse Dylan. – Bem, ao menos não uma que eu conheça. Qual direção você acha melhor escolher?

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Teste:

Tomado pelo desespero, Dino mirou e disparou uma rajada curta, de três tiros. O calibre da arma e a força de sua rajada impedia que ele disparasse automaticamente sem perder precisão – e acabar por desperdiçar munição. Três tiros acertaram a criatura e, embora os três tenham acertado na cabeça, apenas o último pareceu causar certo impacto no monstro, pois ele rasgou parte de sua língua arrancando uma das presas, o que o fez gritar e soltar a perna de Marius, que correu para perto de Dino.

Grazie, ragazzo – falou, rapidamente. – Agora corra!

Eles correram para longe o mais rápido que puderam. A lenta criatura acabou por perdê-los de vista quando eles saltaram por entre a vegetação alta.

– Viemos aqui resgatar Virgílio. Não faz sentido perdermos tempo com esses monstros. Os outros devem estar naquela casa. Eu vou pegar o Álvaro e te encontro lá. Vá na frente. Tome cuidado com essas criaturas e com os Assamitas que estão espreitando por aí! E tome cuidado principalmente com Krisolva e aquela outra menina.

Teste:

Dino não discutiu com tio. Estando ele a salvo, ele decidiu se dirigir até o refúgio onde Marius disse que Olivia estaria com Virgílio e os outros. Contudo…

Ele avistou algo a mais não muito longe. Não era difícil de notar, pois era pequena, usava roupas espalhafatosas e estava sem um dos braços, com as costas escoradas em uma árvore, tentando permanecer oculta. Era Valerraine. Ela não tinha visto Dino, mas ele a viu. Ele deveria ir direto para o refúgio e evitar as Tzimisce, como disse Marius, ou será que ele deveria aproveitar a oportunidade? Algo certamente feriu Valerraine para valer…
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Mensagem por Akira Toriyama Qui Jul 09, 2020 8:14 am

Dylan escreveu:– Esse lugar não parece ser exatamente um esgoto – disse Dylan. – Bem, ao menos não uma que eu conheça. Qual direção você acha melhor escolher?

Pelo menos tinham escapado da cova coletiva que aquela casa tinha se tornado. Mas agora estavam justamente no esgoto, e numa área onde Dylan não conhecia. Respirou fundo e pensou que ia querer passar uma noite toda na banheira depois que aquele inferno acabasse.

- Precisamos avisar os outros. - disse. - Eles precisam recuar ou vão acabar sendo pegos pelos monstros... ou por Madame Krisolva.

Apertou o ponto de ouvido e passou a mensagem.

- Missão cumprida. - disse. - Recuem o mais rápido que puderem. Vamos encontrar vocês depois.

Depois de passar a mensagem, pensou alguns segundos. Sua cabeça começava a doer.

- Helena, você consegue se projetar e descobrir onde estamos? Quero uma rota de saída daqui para bem longe, de preferência na cidade. - pediu.
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Mensagem por Dracone Seg Jul 13, 2020 4:19 pm

Ótimo. Havia ajudado Marius a se livrar daquela criatura nojenta e agora estavam indo atrás dos outros.

– Viemos aqui resgatar Virgílio. Não faz sentido perdermos tempo com esses monstros. Os outros devem estar naquela casa. Eu vou pegar o Álvaro e te encontro lá. Vá na frente. Tome cuidado com essas criaturas e com os Assamitas que estão espreitando por aí! E tome cuidado principalmente com Krisolva e aquela outra menina.

– Entendido. – respondeu, concentrado em olhar a sua volta procurando qualquer ameaça enquanto fugia.

Teria obedecido as ordens do tio se não tivesse visto a seguinte cena: Valerraine gravemente ferida tentando se esconder. Ela não havia percebido sua presença e estava tentando se ocultar perto de uma árvore. Deu um sorriso de lado. Scusa, zio. Vou me atrasar só um pouco. Iria arrancar a cabeça daquela desgraçada com as próprias mãos.

OFF:
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Mensagem por Undead Freak Seg Jul 13, 2020 5:56 pm


Olívia emitia sua ordem pelo ponto. Todos agora sabiam que Virgílio estava a salvo com ela. Não havia mais razão para continuar a luta. Contudo, Olívia e aqueles que foram com ela agora se encontravam em uma área desconhecida.

– Helena, você consegue se projetar e descobrir onde estamos? Quero uma rota de saída daqui para bem longe, de preferência na cidade – pediu.

– Blargh! – respondeu ela. – Você acha que é fácil ficar fazendo isso toda hora? Aqui tem ar, embora o cheiro seja repugnante. Talvez seja mais prático Dylan fazer uso dos seus dons agora…

Dylan entendeu o que ela queria dizer, e não demorou muito para encontrar um rato pestilento e imundo naquele lugar. O que os demais viram a seguir foi uma rara – e bizarra – demonstração de um dom peculiar, onde um vampiro conversava com um animal e os dois se entendiam perfeitamente.

– Ele disse que ao oeste há um lugar que, pelo que pude interpretar e traduzir para o nosso raciocínio, parece ser um complexo secreto. Talvez um laboratório ou base militar, não sei. Ao leste há um poço desativado faz algumas décadas. Há saída para os dois lados, mas saindo pelo complexo não sabemos o que pode ter lá, e saindo pelo poço ainda estaríamos dentro do parque, o que significa que podemos dar de cara com Krisolva ou outra merda igualmente desagradável.

O silêncio que se fez significava algo óbvio. Todos aguardavam uma decisão de Olívia.

Ela não teve muito tempo para dizer algo...

– Olívia?! – chamava Marius pelo ponto. – O que houve? Onde vocês estão?!Nesse turno Dino tem interpretação livre. O que ele quer fazer?

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Testes:

Dino avançou de forma sorrateira, se aproximando cada vez mais do seu alvo. Contudo, embora Valerraine estivesse ferida, sua paranoia estava mais aguçada do que nunca, o que acabou fazendo com que a sorte ficasse ao lado dela. Ela acabou percebendo Dino um pouco antes de ele avançar contra ela e, mantendo uma calma admirável para alguém que estava prestes a ser atacada, ela gritou:

– Parado!

De repente Dino travou. Ele queria avançar, mas alguma coisa não permitia. Como um Giovanni, ele sabia muito bem o que era aquilo: a pequena peste era bem versada na arte de dominar a mente. Ele nada pôde fazer, a não ser ver Valerraine sorrir de forma maldosa enquanto corria pela vegetação, sumindo de vista.

Naquele mesmo instante, uma ordem direta de Olívia chegava para todos no ponto.

– Missão cumprida – disse. – Recuem o mais rápido que puderem. Vamos encontrar vocês depois.

O toque da mão de Marius pareceu quebrar o encanto, por assim dizer. O corpo de Dino perdeu a rigidez involuntária e agora ele sentia que podia se movimentar livremente de novo.

– Você ouviu, ragazzo – disse ele, com Álvaro apagado nos braços. – Não faz sentido ficarmos mais tempo aqui. Vamos cair fora, como vocês jovens dizem.
Testes:

Dino e Marius aproveitaram o que restava da confusão para escapar furtivamente de volta para a entrada. Os homens que os seguiram foram poucos e as baixas catastróficas. Os homens dos Giovanni também causaram sua parcela de prejuízo, mas certamente eles foram os que mais sofreram, pois mais da metade do número de soldatos haviam morrido ao custo de alguns carniçais modificados e vampiros mais fracos.

– Vamos! Voltem aos furgões! – disse Marius.

Marius, Dino e os demais abandonaram a área do parque, mas ainda assim não voltaram para casa. Eles ainda não haviam cruzado o rio de volta para casa, pois estavam preocupados com Olívia e os outros, que ficaram para trás.

– Olívia?! – chamava Marius pelo ponto. – O que houve? Onde vocês estão?!

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Mensagem por Dracone Qua Jul 15, 2020 9:25 am

Seus planos de terminar de rasgar aquela filha da puta no meio foram completamente frustrados. Ela percebera sua aproximação e usara a mente para pará-lo. Dino sentiu todo o corpo endurecer e não conseguia se mexer. Apenas observou-a sumir no meio da vegetação.

Merda. Peste mirim... Dannazione... argh...!

Sentiu seu corpo voltar ao normal apenas quando Marius o tocou no ombro.
Marius escreveu:
– Você ouviu, ragazzo – disse ele, com Álvaro apagado nos braços. – Não faz sentido ficarmos mais tempo aqui. Vamos cair fora, como vocês jovens dizem.

Voltaram para o furgão, porém Olívia e os outros ainda não davam sinal algum. Marius os chamava pelo rádio mas nenhuma resposta ainda. Dino começava a ficar inquieto com tudo isso.

- Eu deveria ir ver o que estão fazendo para demorar tanto. Talvez precisem de ajuda.
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Mensagem por Akira Toriyama Qua Jul 15, 2020 9:48 am

Marius escreveu:– Olívia?! – chamava Marius pelo ponto. – O que houve? Onde vocês estão?!

Olívia apertou o ponto e respondeu:

- Estamos no esgoto, zio. Vocês já saíram daí? Vamos tomar uma rota relativamente desconhecida, então recue com os homens em direção a um complexo. Não sabemos exatamente que tipo de lugar é, então vamos precisar de comunicação constante. Verifique qualquer complexo de construções a oeste.

Depois olhou para o grupo e respirou fundo.

- Vamos para oeste. Acredito que eles já tenham saído do parque, o que nos deixa sem muitas opções. - disse. - Dylan, você nos guia.
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Mensagem por Undead Freak Qua Jul 15, 2020 1:55 pm


– Eu deveria ir ver o que estão fazendo para demorar tanto. Talvez precisem de ajuda.

Naquele momento Olívia responde.

– Estamos no esgoto, zio. Vocês já saíram daí? Vamos tomar uma rota relativamente desconhecida, então recue com os homens em direção a um complexo. Não sabemos exatamente que tipo de lugar é, então vamos precisar de comunicação constante. Verifique qualquer complexo de construções a oeste.

– Certo. – respondeu Marius. – Vamos fazer um reconhecimento.

Ele olhou para Dino, como se pedisse para que ele ficasse ao lado dele o tempo todo, e então deu a ordem para o motorista dar a ignição.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

– Vamos para oeste. Acredito que eles já tenham saído do parque, o que nos deixa sem muitas opções – disse. – Dylan, você nos guia.

O caminho para o oeste era relativamente comprido e terminava com uma curva à direita, barrada por uma pesada porta de metal marrom, do tipo sobe e desce, além de um pequeno painel numérico na parede à esquerda. Dado ao estado de tudo aquilo, o lugar parecia abandonado a tempos, e não parecia funcionar mais.

Helena apertou um botão verde no painel e uma luz vermelha acendeu. Olívia chegou a pensar que mais um problema iria atrasá-los por algumas horas, mas Helena fixou os olhos naquele painel e, segundos depois de parecer congelada, digitou quatro dígitos, 1582, além da tecla ENTER. A pesada porta começou a subir, fazendo cair grãos de poeira e causando um ruído desagradável, graças ao tempo de inatividade.

O local que se revelou a eles era uma espécie de corredor metálico isolado. Quando eles adentraram o lugar, a parte da iluminação que ainda funcionava se ativou automaticamente – provavelmente pelo movimento ou pelo som – e revelou uma espécie da local bizarro, mal-iluminado e de atmosfera pouco convidativa.

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Passos leves e lentos começaram a ficar cada vez mais audíveis, aumentando a tensão dos presentes que já apontavam suas armas para o ponto específico onde se ouvia a aproximação. Nessa hora duas crianças surgiram calmamente. Duas garotas com o mesmo rosto.

Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 7 402df54c1afeabdf1b0a16b97486074a

Elas tinham as íris dos olhos púrpuras, pele tão branca como a dos vampiros e cabelos igualmente sem cor, como albinos. Elas tinham expressões indecifráveis e vestiam mantos das mesma cor dos seus olhos. Era possível também ver que nos seus pescoços haviam tiras de couro que lembravam coleiras, e que nessas coleiras haviam números: 1901 e 1902, respectivamente.

– Vocês não possuem sinais vitais... – disse uma delas, com uma voz infantil, meiga e angelical. – Vocês fazem parte da carga?

– Talvez eles sejam foragidos como nós – arriscou a outra, olhando para aquela que falou primeiro.

– Elas não possuem aura – disse Helena, em um sussurro.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Os sobreviventes do parque contornaram o local de combate e começaram a avaliar o terreno ao oeste, em busca de algum tipo de complexo. Não parecia haver nada que fosse suspeito. A única coisa que conseguiram achar foi um prédio queimado que, no passado, talvez pudesse ter sido uma fábrica – uma fachada perfeita par a algo maior.

– Dino, você está bem armado e mostrou ímpeto de averiguar – disse Marius. – Por que não vai dar uma olhada? Vai ser mais discreto do que sairmos todo ao mesmo tempo. Aqui, fique com isso. Em caso de necessidade...

Marius deu um cinto com cinco granadas para Dino. Ele então desceu do furgão e se aproximou do local. Estava parcialmente queimado, mas a estrutura em si não parecia estar em risco de ruir.

Teste:

A entrada principal estava obstruída ou muito bem trancada, mas Dino achou outros dois pontos de acesso. O primeiro era uma janela, cujas barras de proteção estavam fracas e soltando, mas ele teria de escalar para chegar naquela janela. A outra é uma entrada que parecia ser uma saída de um velho porão. Ele poderia descer uma escadaria estreita pelos fundos até uma velha porta enferrujada e presa por uma corrente decrépita, que ele poderia arrebentar facilmente – mas isso certamente faria barulho...

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Mensagem por Dracone Seg Jul 20, 2020 4:45 pm

Dino entrou no local abandonado. Vasculhando tudo encontrou duas possibilidades de acesso ao lugar - uma janela velha ou uma porta que poderia arrebentar, mas faria muito barulho. Decidiu que era melhor tentar escalar até a janela e tentar ser o mais discreto possível, apesar do lugar aparentar estar abandonado e não ter escutado nada suspeito, era melhor manter a prudência.

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Mensagem por Akira Toriyama Seg Jul 20, 2020 5:10 pm

Olívia adentrou o lugar olhando para os lados, a mão apertando o cabo da submetralhadora com força. Observou atentamente o local. tentando absorver os detalhes e se sentindo em algum filme de ficção científica nada amigável. Sentindo-se já cansada e nervosa, ela encolheu os ombros, pensando que, no fim das contas, o lugar estava abandonado.

Então as duas crianças apareceram. A tensão chegou num novo pico e por muito pouco Olívia não apertou o gatilho sobre elas. No entanto, desistiu quando viu que elas eram inofensivas - pelo menos por enquanto. Era impossível negar que eram extremamente bizarras.

- Estamos só de passagem. - disse ela, baixando a arma. - Não vamos incomodá-las. Só peço que nos mostrem uma saída e prometo que não terão nenhum sinal de nós em alguns minutos.

Manteve o tom de voz calmo, para deixar bem claro que não pretendia fazer mal a elas, tampouco criar algum problema. Estavam fugindo e cada segundo era importante, mas também não podiam denunciar quem eram: estavam lidando com duas desconhecidas sem aura e não pretendia descobrir o que eram. Não havia tempo.

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Mensagem por Undead Freak Seg Jul 20, 2020 7:28 pm


Teste:

Optando pela discrição, Dino alcançou a janela próxima do telhado sem nenhuma dificuldade. Com o uso da sua força sobre-humana, ele removeu as barras que já estavam levemente soltas, colocando-as no chão e tocando os pés em um piso incrivelmente encardido, cuja camada de poeira denunciava um abandono de alguns anos.

O local que se revelava a ele era melancólico. As paredes estavam negras, chamuscadas. Havia um odor acre no ar, como algo estagnado e velho e muito entulho em forma de concreto partido, sacos de lixo e caixotes de madeira podre estavam por todos os lados.

Teste:

Dino prosseguiu descendo uma velha escadaria decrépita à esquerda, e o piso inferior não diferenciava muito da situação do superior. Ele prosseguiu na escuridão algum tempo sem encontrar nada relevante até que, próximo a um pilar, achou um esqueleto em condições estranhas. Não havia sinal do crânio, exceto o maxilar, e no maxilar havia sinais de queimadura. Contudo o osso não estava apenas negro, ele também estava azulado, mostrando que se tratava de uma queimadura química.

No corpo, entre os bolsos de um velho jaleco branco deteriorado, Dino também encontrou um velho caderno com folhas encardidas. Muitas das entradas já se encontravam ilegíveis, mas as que ainda estavam claras revelaram coisas estranhas.

“A rebelião aconteceu sem mais nem menos. Quando percebemos, as púrpuras soltaram os prisioneiros. De alguma forma a IA delas se tornou tão avançada que elas... desenvolveram emoções?”

“Os vampiros surtaram assim que elas removeram as estacas. Muitas amostras do soro foram destruídas naquele pandemônio. Quando tentamos impedi-las, elas nos atacaram. Malditas... Como são fortes. Eu vi uma delas arrancar o braço de Ethan como se estivesse puxando um pedaço de queijo!”

“Isso não foi tudo! As malditas reprogramaram os módulos dos capatazes por semanas! Como elas fizeram isso?! Agora eles estão vindo atrás de nós!”

“Eu consegui escapar e selei todos no complexo, menos um dos capatazes. Droga. Ele conseguiu cruzar a porta a tempo e agora está me caçando aqui. Preciso fugir e alertar a unidade de contenção antes que o pior ocorra.”

Nesse momento um som metálico e irritante, como algo pesado sendo arrastado no chão, ecoa na escuridão, ora parecendo vir por trás, ora pelos lados. Dino não estava sozinho naquele breu...

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– Estamos só de passagem – disse ela, baixando a arma. – Não vamos incomodá-las. Só peço que nos mostrem uma saída e prometo que não terão nenhum sinal de nós em alguns minutos.

As meninas se entreolharam confusas, mas não havia sinal de hostilidade nelas.

– Sair daqui é tudo o que vocês querem? – disse a 1902. – Achei que vocês tivessem vindo aqui pegar o soro e os demais experimentos. Afinal, se foi jeito de vocês, acredito que seja justo pertencer a vocês.

– Não, espere – falou a 1901. – Eu não me lembro de nenhum deles. Eles não estão entre os que nós libertamos. Enfim, a saída está selada já faz alguns anos. Podemos tentar abri-la de alguma forma, mas isso corre o risco de alertar os capatazes, que ainda vagam nos caçando...

A conversa soava sinistra e cada vez mais confusa. Afinal de contas, que diabos era aquele lugar o que tinha acontecido nele?

– Nós podemos nos esconder – disse novamente a 1902. – Podemos ficar assim para sempre, ou até que as coisas voltem ao normal, mas vocês não podem nos imitar. Como possuem a necessidade de sangue, vocês não vão conseguir ficar aqui para sempre e nós não temos força para protegê-los quando o sol se levanta.

Nesse momento um flash azul pôde ser visto no escuro. Era como uma pequena faísca que brilhava e apagava constantemente, como um fio desencapado dando curto. Foi quando uma terceira criança, idêntica as outras duas, apareceu. Esta tinha o número 1917 e não tinha um braço. Ao invés de sangue, ossos e nervos, o que estava exposto na altura do ombro eram fios que estavam dando curto, emitindo aquela faísca azul.

– O capataz pai detectou intrusão no complexo – disse a recém-chegada. – Ele está patrulhando a área e acabei topando com ele. Por sorte escapei apenas com uma avaria razoável – e apontou para os cabos danificados que davam curto.

– Bem, então agora não tem mais jeito – falou a 1901. – Vocês são bons em serem silenciosos? Se não forem, melhor pensarmos em outra saída...

“Nesse momento um som metálico e irritante, como algo pesado sendo arrastado no chão, ecoa na escuridão, ora parecendo vir por trás, ora pelos lados.”

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Mensagem por Dracone Qua Jul 22, 2020 7:10 pm

Dino conseguiu alcançar a janela sem grandes dificuldades. Removeu as barras e entrou. No interior do lugar viu apenas coisas abandonadas e provavelmente um incêndio acontecera ali, pelo aspecto das coisas - especialmente um esqueleto. Olhando melhor encontrou anotações estranhas com o cadáver esquisito e sem cabeça.

Depois de ler tudo franziu o cenho. Rebelião, vampiros surtando, tudo muito estranho. O que seriam "as púrpuras"?. Seria experimentos com vampiros que não deu muito certo? Sentiu um calafrio que não durou muito ao ouvir um barulho metálico vindo de alguma direção.

Dino procurou algum abrigo, algum lugar para se esconder por ali para entender o que estava por perto, mantendo a arma no jeito para cuspir fogo. Não estava sozinho naquele lugar sinistro e algo lhe dizia que não era coisa boa.
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Mensagem por Akira Toriyama Qua Jul 22, 2020 8:09 pm

Olívia ouviu mais uma tagarelice das duas garotas, e seu maior espanto foi descobrir que estava falando com dois robôs. Em sua mente, a única mulher robô que conseguia se lembrar era a Androide Nº 18, e mesmo ela era só um desenho animado. Agora estava diante duas e mais uma que aparecia sem um braço.

Ao ver que elas tinham um mínimo de boa vontade, decidiu que aquela era uma oportunidade boa demais para simplesmente deixar passar. Por mais bizarra e curiosa que fosse aquela situação, sentia que não tinha tempo para perder com aquilo.

- Não queremos nada que esteja aqui, nem vamos fazer mal a vocês. - disse. - Apenas nos mostrem a saída e não vamos perturbá-las mais.

Então veio o barulho. Ela olhou para os lados assustada, depois se voltou para a 1901.

1901 escreveu:– Bem, então agora não tem mais jeito – falou a 1901. – Vocês são bons em serem silenciosos? Se não forem, melhor pensarmos em outra saída...

- Podemos agir com certa furtividade. - respondeu, e indicou Helena e Dylan. - Tenho amigos que podem nos ajudar com isso. E estamos em maior número, caso sejamos atacados.

Depois, apertou o ponto de ouvido.

- Alguém na escuta? - perguntou. - Estamos procurando pela saída. Não tenho tempo para explicar. Apenas nos esperem do lado de fora.

Respirou fundo e olhou para a Malkaviana e o Nosferatu.

- Vocês cuidam da nossa cobertura. As garotas vão nos guiar. - e depois, para as androides. - Vocês na frente, por favor.
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Mensagem por Undead Freak Qua Jul 22, 2020 11:49 pm


Teste:

Ao ouvir o barulho, Dino esgueirou-se em linha reta, colocando-se entre dois containers de metal que formavam um pequeno vão entre eles. Isso não o expunha, mas dava a ele a oportunidade de olhar o que estava adiante discretamente.

Não demorou muito e uma intensa azul surgiu. Pareciam duas lanternas com lentes especiais e a luz começou a se aproximar cada vez mais, iluminando o ambiente. Logo Dino percebeu que não se tratava de lanternas, e sim de olhos.

Capataz:

A criatura tinha quase três metros, parecia incrivelmente blindada e caminhava como se estivesse caçando algo. Parecia mais um exterminador do que um sentinela, e não havia dúvidas de que se tratava do tal capataz que Dino leu a respeito nas notas que encontrou no esqueleto. Sua mão esquerda era uma espécie de canhão e sua mão direita era uma garra mecânica que, certamente, esmagava qualquer coisa com facilidade, se assim fosse preciso.

O autômato permaneceu parado um momento, encarando o chão. Certamente procurava traços do intruso – Dino – que ele já havia detectado de alguma forma, ou ao menos suspeitava que estava lá. De repente ele se virou para a esquerda e, através da luz de seus olhos, Dino percebeu que ele encarava uma sólida porta de metal. Foi nessa hora que Dino percebeu que aquela poderia ser a entrada que o homem morto disse que havia selado ao escapar.

Off:

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

– Alguém na escuta? - perguntou Olívia através do ponto. – Estamos procurando pela saída. Não tenho tempo para explicar. Apenas nos esperem do lado de fora.

– Certo – respondeu Marius. – Tomem cuidado.

Quando Helena e Dylan usaram a ofuscação para cobrir não apenas a si mesmos mas como também os outros,  as garotas olharam para eles nos olhos e falaram as três ao mesmo tempo.

– Isso não vai funcionar. Eles foram construídos para detectar esse tipo de coisa, assim como nós...

O grupo foi seguindo o trio de garotinhas artificiais que iam na frente. O local era maior do que parecia e eles levaram certo tempo para chegar na saída – ou melhor, na entrada – que estava selada.

– Aí está – disse 1901. – Está selada desde a nossa rebelião... Por um tempo conseguimos reprogramar os capatazes ao nosso favor e isso facilitou a fuga dos seus semelhantes, mas eles tinham rotinas de tempo que somente os humanos podiam contornar, fornecendo leituras de retina e impressão digital. Não conseguimos essas coisas a tempo e os capatazes voltaram aos algoritmos de rotina originais, após um reboot.

A porta lembrava muito o tipo de blindagem de abrigos nucleares. Certamente não seria fácil derrubar com força bruta. Tudo piorou quando alguma coisa começou a esmurrá-la do outro lado constantemente, fazendo o trio das garotas recuarem.

– Há um capataz do outro lado! – gritou 1917. – Ele conseguiu passar!

– Ele não vai conseguir passar a blindagem – falou 1902 – , mas esse barulho irá atrair os outros!

Off:

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Enquanto Dino pensava no que poderia fazer, aquele monstro metálico subitamente começou a esmurrar a porta, tentando derrubá-la. Tudo indica que ele detectou algum tipo de som ou movimento do outro lado e, pelo o que ele sabia, poderia muito bem ser Olívia e os outros. O que ele fará agora?

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