Vampiros - A Máscara
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Império do Anoitecer – Crônica Solo.

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Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 6 Empty Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.

Mensagem por Undead Freak Qua Jun 24, 2020 2:51 pm



Quando Olívia começou a girar a manivela, um barulho alto de algo grande e pesado se movendo começou a ser emitido atrás dela. Ela parou, pensando ter ativado alguma espécie de armadilha do lugar e já se preparava para pular do púlpito, mas antes que pudesse fazer algo Dylan disse:

– O crucifixo... Ele está girando com a manivela.

Ela então se virou e viu que o crucifixo agora estava – ironicamente – de ponta cabeça.

Dylan se aproximou e girou a manivela, testando-a. Ele girou tanto em sentido horário quanto em sentido anti-horário, e percebeu que o crucifixo obedecia à ambos os movimentos.

– Uma manivela e um botão... – falou Dylan. – Se o meu pensamento estiver certo, acredito que devemos girar o crucifixo em uma posição específica e então apertar o botão. Quem sabe uma passagem nova se abre, ou pelo menos a entrada fica desbloqueada de novo. O problema é que não sabemos a porra da posição certa, tampouco não sabemos o que pode acontecer se apertarmos o botão em uma posição errada.

O que Dylan falava fazia sentido. O mecanismo em si parecia simples, o problema é que usar lógica para entender um malkaviano é algo normalmente ineficiente – e perigoso.

– Olívia, deve haver alguma pista aqui de como devemos prosseguir. Vamos nos separar e procurar cada um em uma metade do hall, tudo bem?
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Mensagem por Akira Toriyama Qua Jun 24, 2020 3:57 pm

Para coroar aquela loucura, só faltava alguma porta se abrir quando o crucifixo estivesse de cabeça para baixo. Olívia estava pensando que estava diante do sonho de consumo de qualquer adolescente retardado fã de black metal quando foi interrompida por Dylan.

Dylan escreveu:– Olívia, deve haver alguma pista aqui de como devemos prosseguir. Vamos nos separar e procurar cada um em uma metade do hall, tudo bem?

Ela assentiu, compreendendo o que ele dizia. Seguir a lógica num refúgio Malkaviano podia ser uma péssima ideia. Ela só esperava que tivessem algumas horas para voltar para casa e passar o dia longe daquele lugar.

- Você tem razão. Vamos procurar.

Saiu dali e começou a olhar em volta, procurando por novas pistas.

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Mensagem por Undead Freak Qua Jun 24, 2020 4:26 pm


Teste:

Olívia começou procurar ao redor do púlpito e percebeu algo estranho. Próximo do espelho à direita dela havia um número 9 entalhado no chão que, ao refletir no espelho, virava 6. Indo no outro espelho, Olívia viu que havia um número 6 que, ao refletir no espelho, tornava-se 9. Imaginando um círculo no espelho, o 9, que na verdade era 6, ocupava exatamente a posição sul (o “fundo” do círculo), enquanto o 6, que na verdade era 9, ocupava exatamente a posição oeste (a “mão esquerda” do círculo).

Infelizmente isso foi tudo que Olívia percebeu em uma primeira análise.
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Mensagem por Akira Toriyama Qua Jun 24, 2020 5:10 pm

Ao olhar para aqueles números, Olívia franziu a testa e começou a raciocinar. O espelho parecia brincar muito com a ideia da inversão das coisas. Um 6 virava 9, o que estava na direita ficava na esquerda e assim por diante. Chamou Dylan.

- Olha isso aqui. - disse, apontando para os números. - Parece uma brincadeira de inverter tudo. O que acha?

Enquanto o Nosferatu olhava para a situação, foi procurar mais pistas naquele canto.

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Mensagem por Undead Freak Qua Jun 24, 2020 7:58 pm


– Olha isso aqui – disse Olivia, apontando para os números. – Parece uma brincadeira de inverter tudo. O que acha?

Dylan olhou aquilo por um segundo, e disse:

– Na verdade, parece uma configuração de relógio. Seis ao sul, nove ao oeste, vê? – disse, apontando para o espelho. – Se colocarmos o doze ao norte e o três ao leste, a coisa se completa. Isso significa que a resposta pode ser algo envolvendo o tempo, ou múltiplos de três, sei lá…

Olívia então se virou e fez a ligação com o fato de que o crucifixo girava tanto em sentido horário quanto anti-horário, e que a parte mais longa da cruz, isto é, a base, poderia muito bem representar o ponteiro dos minutos e os braços ou a base poderia ser o ponteiro das horas.

Teste:

Olívia continuou procurando algo, tendo agora a ideia de tempo em mente, mas nada referente a um relógio ou ao tempo foi encontrado. A única coisa suspeita que achou foi um dos cadáveres, que não estava acompanhado Dylan e ela com os olhos, mas estava sentado olhando para uma folha velha que tinha nas mãos. O cadáver era de uma mulher e estava muito bem camuflada por outros bem no centro do salão, tanto que Olívia considerou uma sorte e tanto ter notado isso. Quando ela se aproximou, viu que a folha de papel, apesar de estar amarelada e gasta, ainda era muito mais nova que todo o resto e nela estava escrito:

“Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens.”
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Mensagem por Akira Toriyama Seg Jun 29, 2020 11:05 am

Ao olhar para o papel, Olívia teve um momento de reflexão. Ou aquele Malkaviano era um completo fanático ou tinha algum distúrbio que o fazia se apresentar como um messias para os vampiros e humanos. Já sem muita paciência, foi até o crucifixo e o mostrou para Dylan.

- Eu não conheço muitos Malkavianos, mas acho que esse aqui se acha algum tipo de divindade. - disse. - Acho que desvendei o enigma. Vamos experimentar.

Pegou na manivela e girou-a até deixar a cruz de cabeça para baixo. Então apertou o botão e esperou os resultados. Por precaução, afastou-se dali para o caso de ter errado a resposta.
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Mensagem por Undead Freak Seg Jun 29, 2020 9:18 pm


– Eu não conheço muitos Malkavianos, mas acho que esse aqui se acha algum tipo de divindade – disse Olívia. – Acho que desvendei o enigma. Vamos experimentar.

Dylan nada disse, apenas se afastou mais para o centro, enquanto Olívia se dirigia até a manivela. Ele viu a Giovanni girar o dispositivo até que a posição da grande cruz ficasse invertida – o típico sinal do anticristo. Ela então apertou o botão…


Não era possível ver exatamente de onde o som vinha, mas claramente não era bom sinal. Logo, um líquido viscoso e transparente começou a sair por pequenas aberturas camufladas de rachaduras nas paredes. Instintivamente Dylan usou sua potência e saltou para cima do púlpito, ficando junto de Olívia. O que eles viram foi que o líquido, que tinha um odor extremamente forte e químico, começou a corroer e dissolver tudo em questão de segundos. O tapete, os bancos, os cadáveres… Tudo estava sumindo. O pior de tudo é que o líquido não parava de sair e, apesar de sair lentamente, não demoraria muito para ele alcançar a altura do púlpito e começar a corroer a dupla, começando pelos seus pés.

– Porra! – Dylan gritou. – Todo esse lugar é uma puta armadilha mortal! Olívia, se a gente acertar a resposta talvez o ácido pare! Precisamos fazer isso rápido ou estaremos fodidos!

O desespero começou a tomar conta da dupla.

– Eu nunca fui muito de ler a bíblia, mas essa merda parece ser uma passagem. Talvez a combinação de capítulo e versículo nos diga a posição certa da cruz!

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Mensagem por Akira Toriyama Ter Jun 30, 2020 12:42 pm



Olívia viu o ácido corroer todo o lugar e pensou que aquela tinha sido uma péssima ideia. Segurou-se em Dylan, tentando manter a calma enquanto convivia com a ideia de que tinha conseguido escapar do covil de Madame Krisolva apenas para se foder naquele poço de ácido enquanto algum Malkaviano filho da puta ria dos dois vendo aquela cena grotesca.

Dylan escreveu:– Porra! – Dylan gritou. – Todo esse lugar é uma puta armadilha mortal! Olívia, se a gente acertar a resposta talvez o ácido pare! Precisamos fazer isso rápido ou estaremos fodidos!

Ela encarou o Nosferatu e foi até o crucifixo outra vez.

- Acho que foi mais fácil fugir das garras daquela Tzimisce maldita. - praguejou. - Estou decidida a não morrer nesse fim de mundo. Não depois de fuçar no lixo atrás de um braço de cerâmica que servia de consolo.

Dylan escreveu:– Eu nunca fui muito de ler a bíblia, mas essa merda parece ser uma passagem. Talvez a combinação de capítulo e versículo nos diga a posição certa da cruz!

Olívia encarou-o novamente, sem saber o que responder. E você está dizendo isso para uma mulher que perdeu a virgindade com o avô?, pensou, mas não disse nada.

Respirou fundo e tentou manter a calma. Lembrou-se dos tribunais, quando ainda era advogada. A pressão e a necessidade de pensar com clareza nos momentos de crise eram exatamente iguais, apenas as consequências eram diferentes. Pegou o celular e digitou a passagem que vira no papel. Evangelho de Marcos, capítulo sete, versículo 7.

- Marcos 7:7. - disse. - Vamos experimentar colocar o ponteiro no sete.

Girou a manivela e ajustou até se encontrar onde estaria o sete, mas fez isso do lado contrário, onde o espelho indicava que estava o "6". E torceu para estar certa.
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Mensagem por Undead Freak Ter Jun 30, 2020 1:00 pm


Olívia girou a manivela, direcionando o “ponteiro” para o número 7, mas isso quebrava a lógica do esquema de relógio notada por Dylan, uma vez que a cruz era fixa e não dava para ajustar os dois “ponteiros” para o mesmo número. Olívia só pode ter deixado algum detalhe passar, pois assim que apertou o botão, o fluxo do ácido se intensificou.

– A gente já era…

Tomado pelo desespero, Dylan começou a procurar algum lugar que pudesse escalar ou ao menos se pendurar, fazendo novamente uso de sua potência. Enquanto isso, Olívia se via acuada, observando aquele líquido viscoso subindo cada vez mais…

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Mensagem por Akira Toriyama Qua Jul 01, 2020 8:40 am



Ela estava errada. Aquela não era a resposta certa.

Praguejando em italiano, Olívia sentiu que tudo que lhe era mais precioso do mundo estava se esvaindo pelos dedos. Pior do que ter sido capturada e presa no covil de Madame Krisolva, pior do que ter passado a vida toda aguentando pequenas humilhações e provocações de filhas da puta como Luna, pior do que ter tido que recorrer à condescendência do avô para ter uma noite de sexo; pior do que isso tudo era perder completamente a compostura diante de uma porra de um enigma idiota como aquele. E, para Olívia Giovanni, perder a compostura era pior do que ser tragada pelo ácido - na verdade, ela preferia ter se jogado no ácido se soubesse que ia sair do eixo daquela forma.

Depois que a raiva passou, respirou fundo e digitou novamente a passagem no celular. Ao menos tinha tido a decência de não ter jogado o aparelho na parede no auge do chilique. Pesquisou mais algumas opções e descobriu que, pasmem, a mesma passagem estava presente em dois dos quatro evangelhos. E a segunda tinha muito mais a ver com a situação do que a presente.

- Mas que desgraça! - reclamou. - Existem duas passagens iguais. A outra era Mateus 15:9. Vamos ajeitar dessa forma, acho que agora dá certo e a gente não morre.

Girou a manivela novamente, colocando os ponteiros da forma como a passagem instruía. Então apertou o botão.
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Mensagem por Undead Freak Qua Jul 01, 2020 9:28 am



Após um esforço fenomenal para se controlar, com o passado chocando-se com o presente na mente, Olívia analisou novamente as palavras encontradas naquela folha e percebeu outra possibilidade: 9:15.

– Mas que desgraça! – reclamou. – Existem duas passagens iguais. A outra era Mateus 15:9. Vamos ajeitar dessa forma, acho que agora dá certo e a gente não morre.

Girando rapidamente a manivela, deixando a base da cruz apontando para o número 3 e o topo para o número 9, já que era a única posição que fazia lógica com a passagem. A sirene silenciou-se subitamente e o altar começou a se mover para a esquerda, revelando uma passagem secreta subterrânea. Tomados pela adrenalina e pelo pânico, Dylan e Olívia saltaram no buraco que surgia.

A descida foi como um grande escorregador áspero. Não foi suave, tampouco agradável, mas ao menos eles estavam livres da armadilha. Dylan foi o primeiro a dar de cara com o solo, e Olívia veio logo em seguida, caindo por cima dele. Quando se levantaram praguejando, se deram conta que estavam em um pequeno espaço circular iluminado por lanternas arcaicas que emitiam uma luz azulada em vários pontos da parede.

Eles olharam em todas as direções, mas nada viram. Contudo, em um momento em que encararam o corredor adiante que levava para o próximo cômodo, uma voz feminina e muito jovem falou atrás deles:

– Boa noite.

Dylan e Olívia viraram-se em um sobressalto. Havia ali uma jovem que parecia ter surgido literalmente de lugar nenhum.

– Bom te ver de novo, Dylan – disse, com um sorriso amigável.

Era uma jovem de cabelos louros e bagunçados. Ela tinha uma pele bonita e bem cuidada e seus olhos eram azuis, mas era bizarra. Ela vestia uma camisola de seda branca, tinha um bebê que ninava nos braços e usava pantufas roxas de dinossauro. Algo nela era incrivelmente enervante.

– Olá, Lilian – disse o Nosferatu, em tom cauteloso. – Viemos ver o seu pai…

A garota, que não parecia ter mais do que dezessete anos, assumiu uma expressão neutra e olhou para o bebê.

– Tudo bem. Cansei de brincar mesmo…

Ela colocou a criança no chão e, literalmente, tirou um revólver de dentro da vagina, mandando três tiros no menino antes de soltar o revólver no chão e adentrar o escuro corredor estreito.

– Sigam-me – disse para a dupla.

– Deixa pra lá. Não fala nada… – aconselhou Dylan, em um sussurro.

Dylan foi na frente, seguindo Lilian, enquanto Olívia seguia na retaguarda.

O corredor terminou em uma outra sala circular, onde havia uma bela fonte branca jorrando uma água pura e cristalina no centro e escadarias em caracol de ambos os lados. Aquela sala, que também era iluminada pelo mesmo tipo de lanterna da sala anterior, causava uma contraditória sensação de paz, como se fosse uma espécie de santuário oculto.

– Papai, Dylan está aqui com uma amiga. Eles precisam falar com você – disse Lilian, antes de voltar pelo corredor anterior e desaparecer.

Levou algum tempo para que a dupla tivesse alguma resposta, e o silêncio não era absoluto apenas graças ao som da água da fonte. Olívia começou a ficar impaciente e fez menção de se virar para voltar e ir embora quando ouviu uma voz masculina e sofisticada, mas nada conseguia ver.

– Boa noite. Sejam bem-vindos, meus caros. O que posso fazer por vocês?
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Mensagem por Akira Toriyama Qua Jul 01, 2020 5:29 pm

Ela se sentiu completamente esgotada depois de ter quase sido destruída pelo enigma. Ao ver a passagem se abrindo, jogou-se lá dentro sem pensar em nada além do fato de que, se sua existência terminasse ali, estaria tudo bem.

Viu a garota aparecer com um bebê, depois a viu atirar na cabeça do coitado com o revólver arrancado da vagina. Aquela era uma noite em tanto, e seu estômago começava a revirar com a cena. Andou como se fosse um zumbi até ser anunciada por Lilian e ficou parada, olhando para o nada como se a loucura daquele lugar tivesse finalmente a contaminado.

Desconhecido escreveu:– Boa noite. Sejam bem-vindos, meus caros. O que posso fazer por vocês?

- Boa noite. - disse ela. - Obrigada por nos receber. Meu nome é Olívia Giovanni, e Dylan disse que você poderia nos ajudar com um problema que pode afetar a cidade toda.
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Mensagem por Undead Freak Qui Jul 02, 2020 6:49 am


– Boa noite – disse ela. – Obrigada por nos receber. Meu nome é Olívia Giovanni, e Dylan disse que você poderia nos ajudar com um problema que pode afetar a cidade toda.

Uma forma grotesca aos poucos foi surgindo diante de Dylan e Olívia. Primeiro era apenas um borrão, depois tomou uma forma humanoide e transparente e, por fim, tornara-se densa, assumindo a clara imagem de um homem grande e grotesco.

– Me desculpe por me apresentar assim, com trajes tão informais, mas é que eu estava cuidando do jantar. Meus convidados precisam ficar bem alimentados, pobrezinhos!

Ele tinha pelo menos dois metros. Usava sapatos de couro surrados, uma calça social cinzenta, desbotada e uma camisa encardida sob um avental amarelo ensopado de sangue fresco. A gravata não era a última peça do vestuário, pois ele também usava uma máscara feita de pele humana remendada em vários pedaços diferentes – de vários rostos diferentes.

Ele:

Contrariando sua forma grotesca, o sujeito tinha certa eloquência. Ele se comunicava bem, caminhava com boa postura e demonstrava certa cultura pelas palavras que usava. Contudo, havia algo nele que passava a impressão de imprevisibilidade – e isso não é bom, tratando-se de um sujeito enorme que anda empunhando um martelo igualmente grande.

– Agora, quanto ao seu problema... – disse, olhando para Olívia. – O doutor William me disse que Virgílio está sob vigilância em uma base próxima à cidade. Helena salientou que, apesar de haver uma guarda razoável, é possível resgatá-lo. Bruno acha melhor sermos cautelosos e jogarmos conforme as regras dos sequestradores, mas o que uma criança covarde sabe?

Conforme falava, o grandalhão ia de um lado para o outro e estava bem próximo da dupla. Dylan, apesar de conhecê-lo, claramente não estava à vontade de estar tão próximo dele.

– É sim possível tirar esse trunfo deles – continuou –, e eu posso ajudá-la, pela amizade que tenho por Dylan e outros do sangue dele, mas a forma de agir cabe a você, doce Olívia; afinal ele é seu parente...

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Mensagem por Akira Toriyama Qui Jul 02, 2020 9:26 am

O sujeito apareceu, contrariando todas as suas expectativas. No que diz respeito aos loucos, era melhor não nutrir nenhuma. Ainda atordoada com a quantidade de bizarrices que vira, Olívia acompanhou o homem que aparentemente tinha múltiplas personalidades com o olhar enquanto ele falava, demonstrando uma eloquência surpreendente para a aparência.

O Louco escreveu:– É sim possível tirar esse trunfo deles – continuou –, e eu posso ajudá-la, pela amizade que tenho por Dylan e outros do sangue dele, mas a forma de agir cabe a você, doce Olívia; afinal ele é seu parente...

Ela limpou a garganta, tentando pensar numa boa forma de deixar claro que ele ganharia mais amigos se ajudasse naquele problema.

- Eu lhe prometo, senhor, que a amizade de Dylan não será a única que vai garantir se nos ajudar. - disse. - Eu e minha família não nos esqueceremos de sua ajuda, e eu pessoalmente vou garantir que lhe sejam gratos da maneira mais clara possível num momento de necessidade.

Não sabia se aquilo ia funcionar com ele, mas imaginava que o sujeito era louco e não idiota. Sendo assim, era bom deixar claro que Virgílio era importante para a família e que qualquer ajuda prestada seria muito bem recompensada mais tarde. E, pelo próprio Augustus, ele já sabia até onde seu avô estava encarcerado. Se pudesse convencê-lo a se unir no resgate...

- Ele está próximo da cidade? - indagou. - Isso é muito bom. Acredito que ainda podemos contar que Madame Krisolva não lhe fará mal por enquanto, já que eles contam com a nossa colaboração para prejudicar o Príncipe. Mas isso não vai durar para sempre. Diga-me, senhor, o que faria em meu lugar? Atacaria a base com toda a força possível? Tentaria seguir as regras deles? Tenho certeza que possui ótimos conselhos para uma criança da noite como eu.
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Mensagem por Undead Freak Qui Jul 02, 2020 12:22 pm


– Eu lhe prometo, senhor, que a amizade de Dylan não será a única que vai garantir se nos ajudar – disse. – Eu e minha família não nos esqueceremos de sua ajuda, e eu pessoalmente vou garantir que lhe sejam gratos da maneira mais clara possível num momento de necessidade.

O malkaviano balançou a cabeça afirmativamente, como se Olívia estivesse repetindo algo que acabara de dizer.

– Helena pode não ser muito sofisticada, mas é boa em conseguir informações – disse. – Estou completamente ciente das atividades de sua família, dos lucros e de tudo mais. Tem algo que me interessa e, se for possível, gostaria de obter.

Ele então fez uma pausa e encarou ambos em silêncio – e o silêncio dele era de dar agonia.

– Helena gostaria de ter o sangue de Krisolva, ou da garotinha Valerraine. Tanto faz. Ela deseja fazer um… experimento com o vitae Tzimisce, entendem? Mas por agora, vamos nos concentrar no seu parente, Virgílio.

– Ele está próximo da cidade? – indagou. – Isso é muito bom. Acredito que ainda podemos contar que Madame Krisolva não lhe fará mal por enquanto, já que eles contam com a nossa colaboração para prejudicar o Príncipe. Mas isso não vai durar para sempre. Diga-me, senhor, o que faria em meu lugar? Atacaria a base com toda a força possível? Tentaria seguir as regras deles? Tenho certeza que possui ótimos conselhos para uma criança da noite como eu.

Nesse momento ele largou o martelo, que foi ao chão bruscamente. Aquele homem de máscara começou a tremer e se debater, como se estivesse tendo uma crise epiléptica e caiu de joelhos. Instintivamente Dylan agarrou o pulso de Olívia, como se fosse puxá-la e correr com ela para longe, mas então parou e ficou olhando, pois o homem levou as mãos à cabeça e começou a retirar a máscara…

– Puta que pariu – murmurou o Nosferatu.

Aquele homem gigante se levantou, revelando seu verdadeiro rosto, mas o caso é que agora não era mais um homem. Olívia chegou a olhar para Dylan, procurando explicações, mas logo notou que ele não sabia desse detalhe.

Aquela mulher enorme puxou um revólver da cintura e, enquanto gesticulava com ele na mão, começou a falar de um jeito muito mais feroz e rústico que “ele” – mas desta vez a voz era incrivelmente feminina.

Ela:

– Manfred tem esse hábito detestável. Ele pensa demais… E você também, pelo jeito. O que devemos fazer? É óbvio! Vamos entrar lá e matar todos eles, caralho!

Aquela supostamente deveria ser Helena.

– Sabe, Olívia. Eu andei te vendo, te ouvindo… Garota, você deveria se preocupar menos em dar o cu e construir seu império. Talvez se você parar de pensar um pouco no Fabrizio, Virgílio não estaria com as bolas em ferro incandescente agora. Ah! E falando em Fabrizio…

Nesse momento aquela menina bizarra aparece mais uma vez. A cria de Manfred não parece feliz com o que vê.

– Quando você chegou? – perguntou ela, para Helena, em tom desgostoso.

– E isso importa? Que porra você quer?

– Quero ir junto. Meu pai gostaria que eu ajudasse.

– Seu pai que se foda! E você também! Fique aqui e cuide para que outros não invadam o lugar, como acabou de acontecer!

A garota de camisola torceu os lábios em uma clara demonstração de fúria, e então saiu batendo os pés, subindo pela escadaria à direita. Alguns segundos depois foi possível ouvir gritos de pavor de várias vozes que, pelo que se podia notar, eram vozes de crianças. Quando tudo voltou a ficar em silêncio, Helena voltou a falar:

– Então… Eu posso nos colocar lá sem sermos vistos. Vamos logo fazer isso ou você e Manfred preferem ficar conversando aqui até o sol raiar?
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Mensagem por Akira Toriyama Qui Jul 02, 2020 2:12 pm

Manfred escreveu:– Helena gostaria de ter o sangue de Krisolva, ou da garotinha Valerraine. Tanto faz. Ela deseja fazer um… experimento com o vitae Tzimisce, entendem? Mas por agora, vamos nos concentrar no seu parente, Virgílio.

Esperto. Muito esperto. De qualquer forma, Olívia sabia que teria que fazer uma ou outra concessão. E se o preço dele fosse esse, não tinha problema nenhum em pagar.

- Valerraine será sua. - prometeu.

Antes que a conversa pudesse continuar, no entanto, o homem começou a tremer e a convulsionar, como se tivesse tendo alguma crise. Ela e Dylan cogitaram a possibilidade de cair fora dali, mas logo o sujeito se revelou ser uma mulher muito esquisita. Então ela tinha várias personalidades e cada uma delas funcionava de forma diferente. Negociar com todas devia ser exaustivo.

Enquanto Helena divagava de forma insana e discutia com a cria de Manfred, Olívia apenas observava tentando acompanhar o ritmo da loucura que a Malkaviana exibia. Talvez, se conseguisse acompanhar, ficasse louca também. Respirou fundo e massageou as têmporas. Apesar de tudo, tinha que admitir que preferia falar com Manfred.

Helena escreveu:– Então… Eu posso nos colocar lá sem sermos vistos. Vamos logo fazer isso ou você e Manfred preferem ficar conversando aqui até o sol raiar?

- Vou apenas fazer alguns telefonemas. Nós vamos agora mesmo. - respondeu prontamente. - A propósito, nós temos um arsenal considerável em nossa base. Gostaria de alguma arma?

Então se afastou um pouco e ligou para Fabrizio.

- Fabrizio, mande Dino e Luna prepararem todos os homens.- disse. - Nós vamos visitar alguns amigos. E a festa vai ser grande.

Então se voltou para o Dylan e Helena.

- Vamos para o meu refúgio buscar equipamento e os homens. - disse. - Helena, poderia nos dar a localização exata do lugar? Assim, Dylan pode ter acesso à planta para criarmos uma estratégia no caminho.

Quando chegaram no refúgio, Olívia chamou os principais para o porão, onde apresentou Helena para os presentes e explicou qual seria sua função. Caso eles tenham conseguido a planta do lugar, vai pedir para Dylan apresentá-la aos executores e vai ouvir suas opiniões. Então vai se voltar para Marius.

- Zío, seria possível um pequeno contingente de fantasmas ou zumbis? Acredito que isso seria uma boa adição ao nosso contingente, se levarmos em conta que Madame Krisolva possui alguns carniçais modificados para lutar por ela. Se quiser, dou um jeito de trazer todos os cadáveres que conseguir para seus experimentos.
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Mensagem por Undead Freak Qui Jul 02, 2020 3:54 pm


– Vou apenas fazer alguns telefonemas. Nós vamos agora mesmo – respondeu prontamente. – A propósito, nós temos um arsenal considerável em nossa base. Gostaria de alguma arma?

– Vou me trocar. Espero que não demore muito – foi a única resposta de Helena.

Quando Olívia ligou para Fabrizio, ele não atendeu. Aquilo não era comum, tampouco bom sinal. Não demorou muito e Helena estava de volta, com uma roupa diferente e não menos bizarra que a anterior.

Helena:

– Vamos para o meu refúgio buscar equipamento e os homens – disse. – Helena, poderia nos dar a localização exata do lugar? Assim, Dylan pode ter acesso à planta para criarmos uma estratégia no caminho.

Não era possível ver as feições de Helena por debaixo da máscara, mas Olívia suspeitava que ela a encarava com um sentimento de tédio. A malkaviana estava longe de ser uma criatura agradável, e nem era pelo fato de ela ser louca.

– Ele está em Morrisvile. Teremos de entrar no estado da Pensilvânia pela ponte, cruzando o rio Delaware e ir até um local chamado de Greystone Woods, um parque. Não é tão longe quanto parece. Sigam-me.

Olívia e Dylan seguiram Helena e, juntos, subiram a mesma escadaria pela qual a cria de Manfred desapareceu em fúria. Eles cruzaram um corredor onde haviam corpos de crianças espalhados pelo chão – alguns estavam em estágio avançado de decomposição, outros pareciam ter sido mortos recentemente – e chegaram na parte superior da igreja, onde havia uma saída pela torre do sino. Finalmente Dylan e ela estavam do lado de fora daquela maldita igreja.

– Criatura estúpida – resmungava Helena, enquanto caminhava. – Nunca vou entender a razão de Manfred ter escolhido ela. Enfim, cadê o carro de vocês?

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Olívia recebeu mais notícias do que esperava quando regressou ao refúgio dos Giovanni. Assim que estacionou o carro, Luna estava sozinha do lado de fora, sentada na escadaria. O que preocupou Olívia é que ela não estava com o seu humor sarcástico de sempre; na verdade a prima tinha uma certa preocupação no olhar.

– Tenho boas novas e más novas – começou sem rodeios, assim que Olívia se aproximou. – As boas são que tomamos os portos, contudo não foi fácil. Na verdade foi difícil e tivemos de pedir ajuda para o Fabrizio. Com a ajuda dele e dos seus homens conseguimos expulsar os filhos da puta de lá, mas teve um preço… Melhor você ver por si própria.

Helena fez um sinal de que esperaria do lado de fora. Dylan, apesar de não gostar da companhia de Helena, achou melhor não entrar, já que as notícias não pareciam boas e soavam como íntimas do sangue Giovanni.

Olívia estava crente de que se tratava de uma brincadeira idiota de Luna – ela era bem capaz de tal coisa –, portanto não estava botando fé no que ela dizia, tanto que, ao cruzar com Marius dentro da casa, abordou-o como se nada tivesse acontecido.

Zío, seria possível um pequeno contingente de fantasmas ou zumbis? Acredito que isso seria uma boa adição ao nosso contingente, se levarmos em conta que Madame Krisolva possui alguns carniçais modificados para lutar por ela. Se quiser, dou um jeito de trazer todos os cadáveres que conseguir para seus experimentos.

Marius levantou a mão em sinal de silêncio. Pelo semblante dele, Olívia percebeu que Luna estava falando sério.

– Vá ver o teu primo – disse ele, soturnamente. – Ele precisa de todos nós.

Quando ela chegou no centro da sala, viu a maioria dos habitantes da casa rodeavam Fabrizio, que estava estirado no chão, pálido como um…

“Cadáver!”, pensou Olívia.

– Eu não tive outra escolha a não ser abraçá-lo – disse Luna, sem ânimo. – Os ferimentos eram mortais. Se eu não tivesse feito, ele iria nos deixar. Me desculpe, prima, mas agora nos basta esperar ele voltar como um de nós…
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Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 6 Empty Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.

Mensagem por Akira Toriyama Qui Jul 02, 2020 5:12 pm

Olívia sentiu o chão faltar. De repente, estava do lado de dentro olhando para o primo estirado no chão, pálido como um cadáver. O primeiro pensamento foi que tinha morrido, mas as palavras de Luna começaram a entrar em sua mente e sinalizar que a verdade era muito pior: ela o tinha Abraçado, e com bons motivos.

Luna escreveu:– Eu não tive outra escolha a não ser abraçá-lo – disse Luna, sem ânimo. – Os ferimentos eram mortais. Se eu não tivesse feito, ele iria nos deixar. Me desculpe, prima, mas agora nos basta esperar ele voltar como um de nós…

- Imagino que seu irmão não estava disponível na hora. - balbuciou, abaixada ao lado do primo. Sua voz saiu vazia. - Tragam sangue. Ele logo vai despertar e vai sentir fome. E então nós vamos partir para resgatar o nonno.

Sem nenhuma expressão, ela se sentou numa poltrona afastada e ficou olhando enquanto Fabrizio não se levantava. A verdade era que sentia vontade de destruir tudo à sua volta. A cidade, os negócios, tudo o mais não importava. O primo era uma espécie de tesouro que ela tinha cultivado nos últimos tempos - deu-lhe o domínio sobre a primeira conquista na cidade, prometeu-lhe o Abraço e esperava poder ser sua senhora para simplesmente ter algo que as outras ainda não tinham. No entanto, Luna acabara de tirar tudo o que tinha, o que significava que, a partir daquela noite, Fabrizio seria para sempre o lembrete de sua completa humilhação.

Fez um sinal para que Antonella se aproximasse. Acariciou seu cabelo e deu um sorriso triste.

- Eu esperava vê-la conceber pelo menos um filho dele. - disse. - Seria uma criança travessa e esperta, e eu teria a honra de ensiná-lo tudo aquilo que sei. Mas Luna tirou até isso de mim. Então, tome William para você e assegure que nossa família vai continuar. Como prometido, você agora é capo e tem total domínio sobre os portos. Em breve, seus homens vão chegar. Mas por enquanto, nós vamos resgatar o nonno.

Depois que Fabrizio despertou e se alimentou, ela reuniu a todos e explicou a situação.

- Temos amigos que vão nos ajudar a resgatar o nonno. - disse. - Temos sua localização, temos armas e temos agora mais um com os poderes da noite. Os russos receberão um duro golpe e nós seremos os responsáveis por isso. Quem vai comigo?

Então se voltou para o tio e para Álvaro.

- Posso contar com alguns fantasmas e zumbis?

OFF:
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Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 6 Empty Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.

Mensagem por Undead Freak Sex Jul 03, 2020 2:04 am


Teste:

– Imagino que seu irmão não estava disponível na hora. – balbuciou, abaixada ao lado do primo. Sua voz saiu vazia. – Tragam sangue. Ele logo vai despertar e vai sentir fome. E então nós vamos partir para resgatar o nonno.

Luna e Dino trouxeram uma espécie de compartimento feito de metal, bastante pesado, que tinha uma tecnologia de resfriamento embutida e, dentro dele, haviam muitas bolsas de sangue. Era algo muito chique que abria com um código de acesso numérico – muito provavelmente algo que o Don bancou –, mas isso não impressionava Olívia naquele momento. Tudo que ela conseguia pensar era em Fabrizio.

Pesadora, ela chamou Antonella e, de forma carinhosa, falou a ela:

– Eu esperava vê-la conceber pelo menos um filho dele – disse. – Seria uma criança travessa e esperta, e eu teria a honra de ensiná-lo tudo aquilo que sei. Mas Luna tirou até isso de mim. Então, tome William para você e assegure que nossa família vai continuar. Como prometido, você agora é capo e tem total domínio sobre os portos. Em breve, seus homens vão chegar. Mas por enquanto, nós vamos resgatar o nonno.

Antonella abraçou Olívia, tanto como forma de gratidão como de condolências, e então discretamente pegou a mão de Olívia e, com ela, fez uma carícia no próprio ventre.

– Aconteceu – disse Antonella, murmurando enquanto ainda abraçava Olívia. – Estou grávida de Fabrizio.

Parece que nem tudo foi ruim, no fim das contas…

O processo do despertar de Fabrizio foi longo e penoso. Quando ele voltou, urrou e começou a se debater. Dino e Luna tiveram que imobilizá-lo, enquanto Marius despejava grandes quantidades de sangue em sua boca. Levou algum tempo até que ele se acalmasse e, quando voltou a ficar consciente, sorriu ao ver Olívia.

– Oi Prima – disse, com um semblante esgotado. – Desculpe-me pelas circunstâncias…

Olívia quase derramou uma lágrima de sangue naquele momento. Não tinha razão para ficar brava com ele, afinal não tinha sido sua culpa. Ela teria que conviver com isso para sempre a partir daquele momento, mas a ligação emocional que tinha com ele ainda era muito forte.

– Vem – disse Luna, ajudando Fabrizio se levantar. – Vamos deixar a prima falar. Sei que está estranhando, mas estarei aqui para tudo o que precisar. Eu sou responsável por você agora.

Tentando manter a compostura e ignorando aquele brilho nos olhos que Fabrizio agora tinha por Luna – afinal o sangue dela estava nele –, Olívia disse da forma mais profissional que conseguiu:

– Temos amigos que vão nos ajudar a resgatar o nonno – disse. – Temos sua localização, temos armas e temos agora mais um com os poderes da noite. Os russos receberão um duro golpe e nós seremos os responsáveis por isso. Quem vai comigo?

Dino e Luna obviamente se prontificaram, assim como Marius, Álvaro e todos os soldatos que estavam na casa – e Dylan, obviamente. Fabrizio demonstrou desejo de ir, porém Luna não achava boa ideia expor sua cria assim, logo na primeira noite. Ele insistiu um pouco e ela concordou, contanto que ele não saísse do lado dela nem um minuto – bem, ninguém pode dizer que ela não está sendo responsável. Antonella estava grávida, então mesmo que quisesse, simplesmente não teria apoio e aprovação de ninguém para fazer tal coisa.

Uma vez montada a “horda de ataque”, Olívia se virou para Marius, perguntando:

– Posso contar com alguns fantasmas e zumbis?

– Certamente, minha cara – respondeu o velho. – Álvaro tem me ajudado bastante no porão e temos alguns peões.

O grande problema é que a situação de Fabrizio atrasou demais as coisas e, com o sol prestes a raiar, o ataque teria de ser adiado para a noite seguinte, afinal eles teriam de gastar algumas horas de estrada para entrar no estado da Pensilvânia e, embora fosse bem perto de NJ, a madrugada não duraria para sempre. Tendo isso em mente, Olívia pediu para que chamassem Helena para ela passar a noite na segurança do refúgio, mas quando a chamaram, estava sentada no chão, abraçada nas canelas e encarando os joelhos. Ela se assustou quando Olívia se aproximou dela e disse:

– Vocês vão resgatar o moço italiano, não vão? – falava com uma voz embargada de choro. – É perigoso demais… perigoso demais… Vocês não deveriam fazer isso.

Aconteceu de novo. Esse seria… Bruno?

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

A noite seguinte começou frenética e sem perda de tempo. Helena tinha regressado com seu humor de merda habitual e todos tinham se armado de forma apropriada. Álvaro tinha pego um rifle sniper Dragunov, pois era bom em exercer esse tipo de função. Fabrizio tinha pegado sua AA-12 favorita e colocado nela “bafo de dragão” (munição incendiária). Marius tinha pegado um fuzil de assalto 7.62 e dois s&w 500 como armas de apoio – ele não era nada modesto quando se tratava de armas de fogo. Luna pegou um fuzil de assalto HK433 5.56 com lança-granadas e mira red dot acoplados e pistolas 9mm de munição tipo ponta oca. Dino pegou uma singela MG42, calibre 8mm Mauser, da segunda guerra. O resto dos homens tinham de tudo, desde pistolas e submetralhadoras até metralhadoras pesadas de 12mm.

Cruzar a estrada com toda aquela gente armada até os dentes para outro estado não foi fácil. Na verdade, foi uma sorte e tanto eles não terem sido parados por nenhuma patrulha. Sendo orientados por Helena, eles logo chegaram no parque Greystone Woods.

– É aqui – disse, quanto todos pararam alguns metros antes da entrada. – Como vai ser, Olívia? Gosto de ver uma legião de gente bem armada, prestes a causar um inferno, mas não vai ser fácil colocar esses putos todos de uma vez lá dentro sem chamar a atenção. Posso ocultá-los, mas aos poucos. Se o Dylan ajudar vai ser mais rápido…

Off:

Olívia escreveu:Pontos de Sangue: 05/11
Força de Vontade: 04/08
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Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 6 Empty Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.

Mensagem por Akira Toriyama Sex Jul 03, 2020 10:32 am

Enquanto os homens se armavam, Olívia foi até Dylan.

- Se puder, verifique se o lugar tem câmeras. Quero garantir que não seremos pegos dessa vez com esse tipo de truque baixo.

Dirigiu-se a todos.

- Levem óculos de visão noturna. Talvez precisemos deles.

Escolheu para si uma submetralhadora pequena e leve. Tinha uma cadência de tiros maior que uma pistola, era um pouco mais potente e não tinha um recuo forte - perfeita para Olívia, que era quase leiga quando o assunto era atirar e não tinha tanta força para segurar um fuzil mais pesado. Também pegou a adaga que recebera do baú.

Ao se reunir com o staff novamente, passou as coordenadas.

- Somos, ao todo, quarenta e dois. - disse ela. - Os motoristas não vão participar da ação, porque quero todos eles prontos para partir imediatamente quando tudo isso terminar. Nossos inimigos mantêm uma quantidade indefinida de carniçais modificados, o que significa que vamos usar nossos peões contra eles. Alguns deles voam, então Dino vai escolher alguns homens com armas mais pesadas para lidar com eles caso apareçam. Também quero que levem granadas de fumaça e de efeito moral e não hesitem em usá-las. Por fim, quero um de vocês e mais alguns homens comigo para tirar o nonno daquele inferno enquanto a confusão é instalada no local.

Respirou fundo e olhou para Marius.

- Zío, existe um cainita desconhecido entre as fileiras de Madame Krisolva. Ele está particularmente interessado no nonno. Se ele aparecer, quero que cuide dele. Se quiser, tenho algo que pode te ajudar.

Então mostrou a adaga, num gesto que deixava claro que ele poderia usá-la se quisesse. Depois voltou-se para os demais.

- Dois alvos devem ser prioritários. Valerraine e Madame Krisolva são, certamente, as mais perigosas nesse lugar. Uma vez que as ameaças menores estiverem contidas, todo o esforço deve ser direcionado a elas. A garotinha deve ser entregue à Helena, como prometi. Krisolva, depois de incapacitada, é minha.

"Alguém quer acrescentar alguma coisa?"


Antes de sair, ela se reabasteceu com sangue até estar cheia novamente. Algo lhe dizia que precisaria de muita energia.

***


Chegaram, finalmente. O parque era escuro e silencioso e dava uma aparência sinistra. Provavelmente estava cheio de armadilhas.

Helena escreveu:– É aqui – disse, quanto todos pararam alguns metros antes da entrada. – Como vai ser, Olívia? Gosto de ver uma legião de gente bem armada, prestes a causar um inferno, mas não vai ser fácil colocar esses putos todos de uma vez lá dentro sem chamar a atenção. Posso ocultá-los, mas aos poucos. Se o Dylan ajudar vai ser mais rápido…

- Concordo. - disse Olívia, analisando o lugar. - Dividam o grupo em dois. Vamos cercar a casa e conquistar terreno aos poucos.
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Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 6 Empty Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.

Mensagem por Undead Freak Sex Jul 03, 2020 12:14 pm


Os homens iam recebendo e retransmitindo as ordens de Olívia enquanto se equipavam, conforme ela ia esclarecendo como fariam a abordagem e se armava. Dylan seria o primeiro a agir. Quando ela falou com Marius e mostrou a adaga, ele educadamente recusou, deixando claro que ela deveria ficar com sua dona.

Armamento:

Os soldados pegaram todos os equipamentos sugeridos por Olívia. Todos eles estavam equipados com óculos de visão noturna e tinham um grande número de granadas de fumaça e flashbangs, para dizer o mínimo.

– Dois alvos devem ser prioritários. Valerraine e Madame Krisolva são, certamente, as mais perigosas nesse lugar. Uma vez que as ameaças menores estiverem contidas, todo o esforço deve ser direcionado a elas. A garotinha deve ser entregue à Helena, como prometi. Krisolva, depois de incapacitada, é minha.

"Alguém quer acrescentar alguma coisa?"


O silêncio de todos deixava claro que o momento de falar havia terminado. Agora era hora da ação.

* * * *

Como acordado anteriormente, Dylan ficou encarregado de fazer uma avaliação geral do terreno antes que ele e Helena começassem a “contrabandear” os atiradores para dentro do território da Tzimisce. Eles manteram-se dentro dos veículos enquanto o Nosferatu fazia o reconhecimento do lugar. Vinte minutos depois, ele regressou.

– Situação estranha – começou, falando com Olívia pela janela da porta. – Rodei o lugar todo e não vi ninguém lá que fosse vivo, morto-vivo ou morto totalmente. Há uma cabana estranha no centro, que lembra uma configuração de casamata, mas não parece haver ninguém lá. Isso está com cheiro de emboscada…

Todos que ouviram Dylan ficaram preocupados. Algo a mais estava acontecendo lá dentro, isso era fato.

– Certo… – disse Helena, em um tom de tédio. – E agora? Nada de pé na porta?

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Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 6 Empty Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.

Mensagem por Akira Toriyama Sáb Jul 04, 2020 1:32 pm

Helena escreveu:– Certo… – disse Helena, em um tom de tédio. – E agora? Nada de pé na porta?

Olívia respirou fundo e olhou para o campo. De fato, aquilo cheirava a emboscada. No entanto, não podia simplesmente recuar agora, depois de ter a confirmação de que o avô estava ali. Madame Krisolva não era nenhuma idiota e com certeza teria medidas para lidar com uma invasão como aquela, mas ela não podia se dar o luxo de abandonar Virgílio por ali.

- O plano continua. - disse ela. - Vocês dois colocam os homens em torno da casamata, em posições onde possam reagir à uma emboscada. Um grupo menor entra comigo para encontrarmos meu avô. A diferença é que agora vamos agir com mais sutileza e atenção dobrada. Tomem cuidado com armadilhas no chão. Se algum maldito aparecer, usamos os peões para causar distração e atacar em outro ponto.

Passou as instruções para o restante dos homens e então se voltou para Helena. Estava visivelmente preocupada com seu avô.

- É possível... senti-lo aqui?
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Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 6 Empty Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.

Mensagem por Undead Freak Sáb Jul 04, 2020 2:10 pm


– É possível… senti-lo aqui? – perguntou Olívia.

Helena fechou os olhos por um minuto. Seu semblante relaxou e ela disse após um breve silêncio:

– Ele está lá. Deveríamos tirá-lo de lá antes de atacar, pois é certo que se formos detectados antes, eles destruirão Virgílio como parte da represália.

Helena e Dylan começaram a colocar os homens de forma furtiva até um ponto que a malkaviana considerou seguro. Não havia armadilhas, câmeras nem qualquer outra coisa que pudesse delatar a posição do grupo. Olívia e os mais próximos a ela foram os últimos a invadir com a ajuda da ofuscação de Helena.

– Estamos a leste do abrigo – disse, apontando para um ponto onde os outros viam apenas um grande amontoado de árvores bloqueando completamente a visão. – Por enquanto estamos na vantagem. Eles não sabem que estamos aqui. O problema vai ser nos aproximarmos sem chamar a atenção.

Olívia estava diante de Helena, Fabrizio, Dino, Luna, Marius, Álvaro e Dylan. Atrás deles os demais homens completavam o grande grupo que a rodeava. Era um grupo demasiado grande para conseguir ficar oculto por tempo demais. Quanto menos agiam, mais perigo ele corria de ser detectado – e Virgílio de virar cinzas.

Off:


– Como você que podemos…

Dylan calou-se imediatamente quando um som macabro ecoou pelas matas por alguns segundos:

Som:

Quando o local se tornou silencioso novamente, todos os carniçais respiravam ofegantes  e todos os presentes encaravam Olívia com um misto de tensão e dúvida. Até mesmo Helena parecia tensa e havia perdido seu jeito confiante ao ouvir aquele ruído sinistro.
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Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 6 Empty Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.

Mensagem por Akira Toriyama Sáb Jul 04, 2020 2:29 pm

Estavam todos no parque. Tinham garantido o perímetro e teriam pelo menos uma rota de fuga caso tudo fosse pelos ares. Olívia estava decidida a não fracassar naquela noite - o fracasso seria simplesmente sua destruição, porque se recusava a sair dali sem Virgílio. Então, pelo menos, seria lembrada com certa dignidade. Mesmo assim, preferia não pensar nessa possibilidade.

O som ecoou pela mata, causando arrepios em sua espinha. O grupo todo olhava para ela como um time de futebol diante das últimas orientações do técnico antes da final do campeonato. Respirou fundo, pensando que homens como Virgílio e o Don tinham que lidar constantemente com aquilo.

- Dividam-se e espalhem-se. - disse. - Grupos pequenos de quatro ou cinco no máximo. Usem o terreno para se esconder e destruam qualquer coisa que se aproximem. Acreditem: essa coisa não vai perder a oportunidade de fazer com vocês duas vezes o que fez comigo. Helena, Luna e Fabrizio vem comigo. Nós vamos resgatar o nonno. Zio, você dá as ordens na minha ausência. Com os inimigos, a política de sempre: sem diálogo, sem prisioneiros e sem piedade. Vão!

Assim que o grupo se dispersou, ela fez um gesto para Helena. Preferia dez vezes lidar com Manfred, mas tinha que admitir que ela tornava a operação toda muito mais fácil.

- Você nos guia até lá.
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Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 6 Empty Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.

Mensagem por Undead Freak Sáb Jul 04, 2020 3:17 pm


Os grupos dividiram-se e concentraram-se em cercar e patrulhar. Olívia seguia em direção à casamata, orientada por Helena. Foi fácil, graças às orientações dela, cobrir bastante terreno em pouco tempo.

Império do Anoitecer – Crônica Solo.  - Página 6 440px-Sma_pico_alto_casamatas_%287%29

– Ali! – gritou Helena. Todos agora podiam ver a casamata a poucos metros após um pequeno declive do terreno. Quando ela se aproximou um pouco mais, tomando a dianteira e aproveitando a mudança do solo como camuflagem, tiros e explosões começaram a soar em vários locais do parque.

– Merda! – gritou Luna. – Agora já sabem que estamos aqui!

Sem perder tempo, o grupo avançou em direção à casamata, mas subitamente uma figura saiu do meio das matas, o que fez o grupo parar instintivamente. Era um dos homens de Dino que apareceu rodopiando, caindo no chão e cuspindo sangue. Ele havia sido baleado pelo menos três vezes e morreu segundos depois de cair. Um instante depois, Dylan passou correndo, jogou-se no declive e Helena revelou o grupo a ele, o que fez com que ele se assustasse, pego de surpresa.

– Tomem cuidado… – disse, com a voz carregada de tensão e pavor. – Estamos sendo caçados – e mostrou um virote de besta ensopado com um vitae negro e viscoso.

O caos havia se instaurado no parque. Gritos, rajadas de tiros e granadas explodindo formavam a sinfonia da noite.

Fazendo uso da ofuscação de Dylan e Helena, que se expandia para todo o grupo, Olívia e os demais avançaram até a porta da casamata. Eles testaram a maçaneta, mas havia algo estranho nela.

– É uma armadilha – disse Helena. E de fato era. Olívia também percebeu. Havia uma bomba na porta. A malkaviana pegou uma grande pedra e arremessou contra a porta, provocando uma grande explosão que, por pouco, não fez todo o portal vir para baixo. Quando eles entraram, um tremor veio do teto, como se algo pesado tivesse pulado em cima da estrutura, mas eles não podiam parar agora para investigar.

Eles desceram a única escada que havia para o andar subterrâneo e, ao fazer isso, notaram como aquela parte do abrigo era grande. Havia um largo corredor com várias portas em ambos os lados, mas Helena corria sempre em frente, com os outros seguindo-a.

Quando ela finalmente parou, estavam em uma sala circular que parecia um depósito ou mesmo uma oficina para fabricar metais e munições. Dentro de um tanque de metal cavado no chão estava Virgílio nu e estacado. O tanque era fundo. Tinha pelo menos quatro metros de profundidade, mas não tinha menos que dois de altura.

Quando o grupo de aproximou do tanque, Valerraine apareceu no corredor atrás deles.

– Invadindo a casa dos outros? Claro, o que eu poderia esperar de uma escória como você?

Ela sorriu e correu pelo corredor, em direção à entrada por onde eles tinham vindo. Qual seria a prioridade de Olívia? Ela deveria tirar Virgílio logo de lá ou impedir a pequena Tzimisce de fazer algo terrível?
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