Império do Anoitecer – Crônica Solo.
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Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Olivia acordou sentindo-se destruída. Na verdade, tinha chegado bem perto disso, mas felizmente ainda estava inteira e relativamente longe de se transformar em cinzas. Pelo menos, o pior já tinha passado.
Ouvir a voz do primo foi a melhor coisa que teve desde que acordara naquele maldito galpão. Sem se dar conta, pulou em seu pescoço e apertou forte. Ele realmente estava ali, e não era nenhum sonho. O pior já tinha passado.
- Fabrizio! Você não faz ideia do quanto é bom te ver de novo. - disse, a respiração pesada e ofegante. - Onde estão Dino e Luna? E Dylan? E o nonno?
Estava ansiosa e aflita, além de sentir dores por todos os cantos. Precisava de sangue.
- Primo, vou precisar de sangue. Muito sangue. - disse. - E gostaria que trouxesse meu livro e meu computador. Estou de cama, mas não estou destruída. Quero estudar enquanto não sair daqui. Quando voltar, quero falar a sós com você.
Patrizio escreveu:– Puta que pariu! Que bom que você acordou, prima! Essa foi por muito pouco! Se não fosse pelo sangue da Luna você estaria apagada até agora!
Ouvir a voz do primo foi a melhor coisa que teve desde que acordara naquele maldito galpão. Sem se dar conta, pulou em seu pescoço e apertou forte. Ele realmente estava ali, e não era nenhum sonho. O pior já tinha passado.
- Fabrizio! Você não faz ideia do quanto é bom te ver de novo. - disse, a respiração pesada e ofegante. - Onde estão Dino e Luna? E Dylan? E o nonno?
Estava ansiosa e aflita, além de sentir dores por todos os cantos. Precisava de sangue.
- Primo, vou precisar de sangue. Muito sangue. - disse. - E gostaria que trouxesse meu livro e meu computador. Estou de cama, mas não estou destruída. Quero estudar enquanto não sair daqui. Quando voltar, quero falar a sós com você.
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Quando Fabrizio sentiu Olivia abraçá-lo de forma tão impetuosa, ele a apertou, beijou sua testa e colocou sua bochecha sobre seus cabelos, permanecendo assim, em silêncio durante alguns segundos. Havia um prazer sexual legítimo de Fabrizio por ela, mas aquele momento era uma ternura pura. Era um carinho familiar, sem malícia alguma.
Olivia escreveu:– Fabrizio! Você não faz ideia do quanto é bom te ver de novo – disse, a respiração pesada e ofegante. – Onde estão Dino e Luna? E Dylan? E o nonno?
– Dylan está bem. Não se preocupe com ele. Foi graças a ele que ficamos sabendo tudo o que aconteceu – falava , enquanto acariciava o rosto de Olivia com as costas de sua mão. – Luna e Dino estão lá embaixo. Eles saíram bem machucados, mas o estado mais grave foi o seu. Por um momento temi que você não fosse sair dessa...
Ele a beijou na boca. Novamente não havia malícia no ato, mas sim um pouco de agonia. Fabrizio temeu pela vida dela intensamente, assim como todos os seus outros parentes.
– Temos uma notícia ruim, contudo. Até agora o nonno não retornou. Ninguém sabe nada dele e isso está deixando todos nós loucos... Mas enfim,, não se preocupe. Nós quatro e os homens estamos cuidando disso sem trégua. Se alimente e descanse, pois é disso que você precisa.
A notícia era de fato preocupante, para dizer o mínimo. Se não fosse a dor e a paralisa no corpo arrebentado de Olivia, ela certamente estaria se debatendo em pânico.
Olivia escreveu:– Primo, vou precisar de sangue. Muito sangue – disse. – E gostaria que trouxesse meu livro e meu computador. Estou de cama, mas não estou destruída. Quero estudar enquanto não sair daqui. Quando voltar, quero falar a sós com você.
Fabrizio assentiu com a cabeça e não levou sequer dois minutos para voltar com o notebook e o livro de Olivia. Ele colocou ambos os objetos do lado dela, ao alcance de suas mãos e, acariciando seus cabelos, disse:
– Bem, estou ouvindo, mas antes de começar, tem certeza que nós não podemos fazer mais nada por você?
Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
Idade : 35
Localização : São Paulo - SP
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Ainda trêmula, ela ouviu tudo que Fabrizio tinha para lhe contar. As novidades eram boas, mas também eram preocupantes: Virgílio não tinha voltado e até agora ninguém tinha tido notícia dele.
Enquanto o primo foi buscar suas coisas, ela se recompôs e colocou os pensamentos em ordem. Madame Krisolva era uma Tzimisce e Newark era uma cidade da Camarilla. Isso já denunciava uma invasão, e se tinha uma coisa que Olivia não queria era ver seus negócios indo pelos ares por causa dos malditos arruaceiros do Sabá que destruíam tudo por onde passavam. Talvez fosse hora de começar a fazer alianças com outros cainitas da cidade na tentativa de criar uma frente maior para impedir que os planos dos russos e de seus mestres cainitas se concretizasse. Ela poderia, inclusive, se utilizar de Dylan para fazer contatos com a Torre de Marfim.
Quando Fabrizio chegou com suas coisas, ela leu algumas informações anotadas em seu caderno e se lembrou de alguns nomes.
- Na verdade tem - ela respondeu. - Quero que vocês façam contato com Corey Hemp, líder dos Irmãos Escarlates. Um grupo de assassinos locais. Ofereçam dinheiro para que eles cacem esses malditos russos. Quero que nossos homens se concentrem em encontrar o nonno enquanto mantemos os filhos da puta ocupados com os mercenários.
"Quero que saiba que pretendo recomendá-lo à Família dentro de alguns anos. Mas antes, quero saber se tem algum interesse nisso, porque você e Antonella precisam deixar algumas crianças para a nossa linhagem. Um de vocês precisará permanecer como carniçal para cuidar de nossos negócios durante o dia, e prefiro que seja ela porque não confio em mais ninguém. Quero que saiba que, independente do que decidam ou do seu interesse, minha preferência será sempre você. E, se me der a honra, posso me candidatar para Abraçá-lo quando chegar a hora."
Se ele aceitasse, Olivia teria alguém ainda mais fiel a ela dentro da Família. Não pretendia usurpar o poder de ninguém, mas precisava ter partidários para seus próprios projetos e Fabrizio tinha demonstrado uma devoção que merecia ser recompensada, mesmo que ela não tivesse o sangue tão forte quanto outros Giovanni. Assim que teve resposta, decidiu que era hora de começar a dar os próximos passos para o contra-ataque.
- Chame Dylan e os demais, por favor. Quero conversar com todos agora. - pediu gentilmente.
Assim que todos estavam em seu quarto, Olivia fez certo esforço para se sentar na cama, encostando-se na cabeceira. Deu um sorriso fraco para o Nosferatu. Ele tinha se mostrado fiel e isso merecia reconhecimento.
- Sinto muito por ter te colocado nesta enrascada, meu caro. - disse. - Mas estou feliz em saber que saiu de lá ileso. Prometo que não vou descansar enquanto os malditos que te perseguiram não estiverem empalados e expostos ao Sol. Gostaria de saber se alguém na Camarilla estaria disposto a uma ação conjunta conosco, já que agora confirmamos que existe uma tentativa de invasão por parte do Sabá. Acredito que é do interesse de sua seita manter esses carniceiros do lado de fora, não?
Depois se virou para Dino e Luna. Para a prima, tentou disfarçar o quanto se incomodava com sua presença. Apesar de tudo, tinha que ser grata por ter sido salva por ela.
- Antes de qualquer coisa, obrigada por terem me tirado inteira daquele maldito lugar. Eu não estaria aqui se não fosse por vocês. - disse, num tom lacônico. Podia estar grata, mas não daria todo o crédito para aquela cadela. Até porque, gostava muito mais de Dino. - Quero que saibam que, enquanto não encontrarmos o nonno, vocês comandam as ações de combate. Vão cuidar da segurança e cuidar de todos os detalhes relacionados e me manter informada sobre tudo isso. Sei que estão à altura do desafio. William, meu guarda-costas, vai ficar à disposição de vocês para tudo que vocês precisarem. Não é, querido?
Ela sorriu, mais afetuosa para William. Apertou sua mão, num gesto de confiança.
- Gostaria, inclusive, que vocês o avaliassem e o instruíssem no que acharem necessário. Tenho planos audaciosos para ele.
Por fim, encarou Antonella e Fabrizio.
- Querida, tenho duas tarefas para você. - anunciou para a prima. - Primeiro, quero que prossiga na sua pesquisa sobre os portos. Como prometi, eles serão seus. Mas também quero te dar uma missão muito valiosa: encontre o nonno. Não seremos nada se não pudermos proteger e vingar os nossos e devolver tudo que ele fez por nós. Posso contar com você? Fabrizio, você dá as ordens enquanto eu estiver acamada. Vai me manter informada e servir como meu principal intermediário durante a minha recuperação. Eu pretendo me concentrar nos estudos e planejar os próximos passos. Alguma dúvida?
E assim, ela tinha reestruturado a família naquele momento. Pretendia agora reportar tudo que tinha acontecido para o Don e pedir alguns conselhos. Apesar de estar impossibilitada de sair, não queria ser inútil.
Assim que se viu sozinha, discou o número do Don e esperou que ele atendesse.
- Buona sera, signore. - cumprimentou. - Tenho notícias. Infelizmente, nem todas agradáveis.
Na medida do possível, contou todos os detalhes para ele, usando de alusões para dizer que seus novos inimigos eram Tzimisce. Também relatou o desaparecimento de Virgilio.
- Gostaria, se possível, de ter uma ajuda de alguém mais... estudioso, por assim dizer. - disse. - Alguém que entenda sobre seu presente mais do que eu. Acredito que um entendimento avançado disso vai abrir mais algumas portas para podermos encontrar meu avô e creio que precisaremos de toda ajuda possível, signore. O senhor recomenda alguém?
Enquanto o primo foi buscar suas coisas, ela se recompôs e colocou os pensamentos em ordem. Madame Krisolva era uma Tzimisce e Newark era uma cidade da Camarilla. Isso já denunciava uma invasão, e se tinha uma coisa que Olivia não queria era ver seus negócios indo pelos ares por causa dos malditos arruaceiros do Sabá que destruíam tudo por onde passavam. Talvez fosse hora de começar a fazer alianças com outros cainitas da cidade na tentativa de criar uma frente maior para impedir que os planos dos russos e de seus mestres cainitas se concretizasse. Ela poderia, inclusive, se utilizar de Dylan para fazer contatos com a Torre de Marfim.
Quando Fabrizio chegou com suas coisas, ela leu algumas informações anotadas em seu caderno e se lembrou de alguns nomes.
Fabrizio escreveu:– Bem, estou ouvindo, mas antes de começar, tem certeza que nós não podemos fazer mais nada por você?
- Na verdade tem - ela respondeu. - Quero que vocês façam contato com Corey Hemp, líder dos Irmãos Escarlates. Um grupo de assassinos locais. Ofereçam dinheiro para que eles cacem esses malditos russos. Quero que nossos homens se concentrem em encontrar o nonno enquanto mantemos os filhos da puta ocupados com os mercenários.
"Quero que saiba que pretendo recomendá-lo à Família dentro de alguns anos. Mas antes, quero saber se tem algum interesse nisso, porque você e Antonella precisam deixar algumas crianças para a nossa linhagem. Um de vocês precisará permanecer como carniçal para cuidar de nossos negócios durante o dia, e prefiro que seja ela porque não confio em mais ninguém. Quero que saiba que, independente do que decidam ou do seu interesse, minha preferência será sempre você. E, se me der a honra, posso me candidatar para Abraçá-lo quando chegar a hora."
Se ele aceitasse, Olivia teria alguém ainda mais fiel a ela dentro da Família. Não pretendia usurpar o poder de ninguém, mas precisava ter partidários para seus próprios projetos e Fabrizio tinha demonstrado uma devoção que merecia ser recompensada, mesmo que ela não tivesse o sangue tão forte quanto outros Giovanni. Assim que teve resposta, decidiu que era hora de começar a dar os próximos passos para o contra-ataque.
- Chame Dylan e os demais, por favor. Quero conversar com todos agora. - pediu gentilmente.
Assim que todos estavam em seu quarto, Olivia fez certo esforço para se sentar na cama, encostando-se na cabeceira. Deu um sorriso fraco para o Nosferatu. Ele tinha se mostrado fiel e isso merecia reconhecimento.
- Sinto muito por ter te colocado nesta enrascada, meu caro. - disse. - Mas estou feliz em saber que saiu de lá ileso. Prometo que não vou descansar enquanto os malditos que te perseguiram não estiverem empalados e expostos ao Sol. Gostaria de saber se alguém na Camarilla estaria disposto a uma ação conjunta conosco, já que agora confirmamos que existe uma tentativa de invasão por parte do Sabá. Acredito que é do interesse de sua seita manter esses carniceiros do lado de fora, não?
Depois se virou para Dino e Luna. Para a prima, tentou disfarçar o quanto se incomodava com sua presença. Apesar de tudo, tinha que ser grata por ter sido salva por ela.
- Antes de qualquer coisa, obrigada por terem me tirado inteira daquele maldito lugar. Eu não estaria aqui se não fosse por vocês. - disse, num tom lacônico. Podia estar grata, mas não daria todo o crédito para aquela cadela. Até porque, gostava muito mais de Dino. - Quero que saibam que, enquanto não encontrarmos o nonno, vocês comandam as ações de combate. Vão cuidar da segurança e cuidar de todos os detalhes relacionados e me manter informada sobre tudo isso. Sei que estão à altura do desafio. William, meu guarda-costas, vai ficar à disposição de vocês para tudo que vocês precisarem. Não é, querido?
Ela sorriu, mais afetuosa para William. Apertou sua mão, num gesto de confiança.
- Gostaria, inclusive, que vocês o avaliassem e o instruíssem no que acharem necessário. Tenho planos audaciosos para ele.
Por fim, encarou Antonella e Fabrizio.
- Querida, tenho duas tarefas para você. - anunciou para a prima. - Primeiro, quero que prossiga na sua pesquisa sobre os portos. Como prometi, eles serão seus. Mas também quero te dar uma missão muito valiosa: encontre o nonno. Não seremos nada se não pudermos proteger e vingar os nossos e devolver tudo que ele fez por nós. Posso contar com você? Fabrizio, você dá as ordens enquanto eu estiver acamada. Vai me manter informada e servir como meu principal intermediário durante a minha recuperação. Eu pretendo me concentrar nos estudos e planejar os próximos passos. Alguma dúvida?
E assim, ela tinha reestruturado a família naquele momento. Pretendia agora reportar tudo que tinha acontecido para o Don e pedir alguns conselhos. Apesar de estar impossibilitada de sair, não queria ser inútil.
Assim que se viu sozinha, discou o número do Don e esperou que ele atendesse.
- Buona sera, signore. - cumprimentou. - Tenho notícias. Infelizmente, nem todas agradáveis.
Na medida do possível, contou todos os detalhes para ele, usando de alusões para dizer que seus novos inimigos eram Tzimisce. Também relatou o desaparecimento de Virgilio.
- Gostaria, se possível, de ter uma ajuda de alguém mais... estudioso, por assim dizer. - disse. - Alguém que entenda sobre seu presente mais do que eu. Acredito que um entendimento avançado disso vai abrir mais algumas portas para podermos encontrar meu avô e creio que precisaremos de toda ajuda possível, signore. O senhor recomenda alguém?
- OFF:
- Olívia mudou um pouco o esquema enquanto está de cama. O negócio vai funcionar da seguinte forma: ela manda na coisa toda e toda todas as decisões. Fabrizio vai ser o segundo em comando, responsável por emitir as ordens dela e mantê-la informada. Dino, Luna e Antonella vão se reportar a ele. Dino e Luna vão comandar a segurança e todas as operações de combate da galera - tudo que tiver a ver com porrada vai ser comandado e executado por eles. William vai ser o assessor deles, provendo tudo que eles precisarem (além, é claro, de ser convenientemente mais fiel à Olívia do que aos demais, pra mostrar que quem manda ali continua sendo ela) e Antonella vai comandar a busca pelo Virgílio enquanto se informa sobre os portos. O pedido da Olívia para o Don tem pouco a ver com músculos: ela quer um especialista em Necromancia para ajudá-la a usar fantasmas na busca pelo avô e para atormentar os inimigos.
Dylan, se possível, vai servir como intermediário entre ela e vampiros da Camarilla que podem ajudar no combate aos russos e ao Sabá.
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Olivia escreveu:– Na verdade tem - ela respondeu. – Quero que vocês façam contato com Corey Hemp, líder dos Irmãos Escarlates. Um grupo de assassinos locais. Ofereçam dinheiro para que eles cacem esses malditos russos. Quero que nossos homens se concentrem em encontrar o nonno enquanto mantemos os filhos da puta ocupados com os mercenários.
"Quero que saiba que pretendo recomendá-lo à Família dentro de alguns anos. Mas antes, quero saber se tem algum interesse nisso, porque você e Antonella precisam deixar algumas crianças para a nossa linhagem. Um de vocês precisará permanecer como carniçal para cuidar de nossos negócios durante o dia, e prefiro que seja ela porque não confio em mais ninguém. Quero que saiba que, independente do que decidam ou do seu interesse, minha preferência será sempre você. E, se me der a honra, posso me candidatar para Abraçá-lo quando chegar a hora."
Fabrizio ouviu tudo sem parar de acariciar o rosto de Olivia. Ele ainda conservava uma expressão preocupada e, ao mesmo tempo, afetuosa. Quando ouviu sobre a proposta, ele sorriu timidamente, porém de forma sincera.
– Não se preocupe – disse para Olivia. – Antonella e eu teremos um filho, ou até mais do que um. Depois que isso acontecer, vai ser uma honra receber o dom de você. Serei teu – e beijou Olivia de um jeito não apenas apaixonado, mas fervoroso; quase fanático.
Olivia escreveu:
– Chame Dylan e os demais, por favor. Quero conversar com todos agora. – pediu gentilmente.
Fabrizio foi chamando aos poucos os principais “cabeças da casa” até o quarto de Olivia. Dino sorriu tímido e pediu licença para entrar. Ele estava sem um dos olhos e ainda haviam muitos cortes no seu rosto, mas nada que muito sangue e descanso não curassem nas próximas noites. William entrou apoiado em uma bengala. As circunstâncias com ele tinham sido mais cruel, e ele penou para fazer a típica reverência à sua mestra. Dylan entrou com as mãos nos bolsos e olhando para baixo, não fazendo questão nenhuma de esconder que estava se sentindo um grande pedaço de bosta – deve ser vergonhoso para um nosferatu ser rastreado e pego, e foi exatamente isso que aconteceu. Por fim Luna entrou sorrindo, indo até a cama e beijando a testa de Olivia. Ela tinha um tremendo machucado no peito, mas não parecia se incomodar com isso.
Olivia escreveu:– Sinto muito por ter te colocado nesta enrascada, meu caro – disse. – Mas estou feliz em saber que saiu de lá ileso. Prometo que não vou descansar enquanto os malditos que te perseguiram não estiverem empalados e expostos ao Sol. Gostaria de saber se alguém na Camarilla estaria disposto a uma ação conjunta conosco, já que agora confirmamos que existe uma tentativa de invasão por parte do Sabá. Acredito que é do interesse de sua seita manter esses carniceiros do lado de fora, não?
Primeiro ele se limitou a balançar a cabeça lentamente em um sinal afirmativo, depois disse com voz desanimada:
– Esse assunto é questão para o xerife e sua trupe. Posso falar com ele, mas ele vai querer investigar e fazer um monte de perguntas chatas antes de entrar de cabeça. Sabe como é a burocracia da torre...
Basicamente Dylan tentou dizer de uma forma educada que a Camarilla ainda não confiava totalmente em seus hóspedes e que iria relutar muito antes de dar qualquer suporte a eles.
Olivia escreveu:– Antes de qualquer coisa, obrigada por terem me tirado inteira daquele maldito lugar. Eu não estaria aqui se não fosse por vocês – disse, num tom lacônico. Podia estar grata, mas não daria todo o crédito para aquela cadela. Até porque, gostava muito mais de Dino. – Quero que saibam que, enquanto não encontrarmos o nonno, vocês comandam as ações de combate. Vão cuidar da segurança e cuidar de todos os detalhes relacionados e me manter informada sobre tudo isso. Sei que estão à altura do desafio. William, meu guarda-costas, vai ficar à disposição de vocês para tudo que vocês precisarem. Não é, querido?
William sorriu e retribuiu o afeto, mas até para mexer os músculos do rosto ele sentia dor.
Olivia escreveu:– Gostaria, inclusive, que vocês o avaliassem e o instruíssem no que acharem necessário. Tenho planos audaciosos para ele.
– Não se preocupe – falou Luna. – Ele é grandão, bonito e parece educado. Vai ser ótimo que ele esteja entre nós.
Olivia então se virou para Fabrizio e Antonella e disse:
Olivia escreveu:– Querida, tenho duas tarefas para você – anunciou para a prima. – Primeiro, quero que prossiga na sua pesquisa sobre os portos. Como prometi, eles serão seus. Mas também quero te dar uma missão muito valiosa: encontre o nonno. Não seremos nada se não pudermos proteger e vingar os nossos e devolver tudo que ele fez por nós. Posso contar com você? Fabrizio, você dá as ordens enquanto eu estiver acamada. Vai me manter informada e servir como meu principal intermediário durante a minha recuperação. Eu pretendo me concentrar nos estudos e planejar os próximos passos. Alguma dúvida?
Ninguém disse nada. Antonella e Fabrizio acataram as ordens em silêncio, mas então Antonella se aproximou de Olivia e lhe deu um beijo na boca e disse:
– Não se preocupe. Trarei o nonno de volta. Descanse.
Todos saíram do quarto, menos Luna. Ela se aproximou de Olivia com seu típico sorriso debochado.
– Me excita, de certa forma, te ver assim, tão frágil, sabia? – disse, enquanto passava os dedos pelo rosto e pelos seios de Olivia. – Mas não se preocupe... Eu não vou abusar de você, a menos que queira. Afinal, eu salvei sua vida, não foi?
Luna beijou Olivia na boca, como Antonella tinha feito, mas seu beijo tinha sido mais demorado, mais caloroso, mais intenso e mais lascivo. Foi o típico beijo dos amantes dos finais felizes nos filmes.
– Eu não vou deixar nada acontecer contigo, prima. Eu vou estar aqui com você, todas as noites, o tempo todo, sem desgrudar. Eu te amo... – esses murmúrios chegaram de fato a arrepiar a pele de Olivia.
Quando Luna deixou Olivia sozinha, ela ligou para o Don.
Olivia escreveu:– Buona sera, signore. – cumprimentou. – Tenho notícias. Infelizmente, nem todas agradáveis.
– Estou ouvindo, minha querida.
O Don ficou em silêncio e reticente quando ouviu sobre Krisolva e Virgilio ter desaparecido. Isso era sinal que estava realmente preocupado.
Olivia escreveu:– Gostaria, se possível, de ter uma ajuda de alguém mais... estudioso, por assim dizer – disse. – Alguém que entenda sobre seu presente mais do que eu. Acredito que um entendimento avançado disso vai abrir mais algumas portas para podermos encontrar meu avô e creio que precisaremos de toda ajuda possível, signore. O senhor recomenda alguém?
– Bem... Sim. Vou enviar alguém de sua confiança. Talvez saiba de quem se trata, pois ele voltou da Sicília à pouco tempo. Estava em Palermo, reforçando nossas conexões com os Dons locais. Não se preocupe. Vou mandá-lo imediatamente.
- Off:
- No telegram eu te dou novas informações sobre essa figurinha. Vai ser mais divertido assim.
Ela desligou, fechou os olhos e suspirou. Finalmente sentia que poderia descansar um pouco e começar a sarar seus ferimentos menos graves, mas novamente alguém bateu na porta. Era Fabrizio.
– Desculpe voltar de novo, mas encontramos isso na porta. Já tomamos todas as precauções e não parece uma ameaça; bem, ao menos não física. É um cd-rom.
Fabrizio entregou um envelope pequeno, fino e amarelo. Dentro havia um cd-rom em uma caixinha fina de acrílico. No envelope estava escrito com sangue seco:
Remetente: Valerraine.
Destinatário: Olivia Giovanni.
Destinatário: Olivia Giovanni.
Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
Idade : 35
Localização : São Paulo - SP
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Se ainda fosse viva, Olivia com certeza vomitaria depois de ter sido beijada por Luna. Antonella era tolerada porque, apesar de tudo, ainda sabia seu lugar e trabalhava muito bem. Mas Luna era alguém que ela evitaria ao máximo se pudesse, por mais que tivesse salvado sua vida ou ser valiosa para a Família. Estar naquela situação a irritou muito, e ela ficou vários minutos parada, encarando o nada depois de desligar o telefone. A ideia de quem o Don estava enviando para ajudá-la a assombrava um pouco. Se suas suspeitas estivessem corretas, ela deveria ter muita paciência. Ao menos seria um necromante habilidoso para criar uma rede de espíritos para espionar e assombrar seus rivais.
Pegou seu caderno e decidiu retomar os estudos para abrir de vez aquele baú. A ideia que tinha tido da última vez que estudara lhe apontava que os números que apareceram em seu espelho não eram o número seis e sim V1. Ao pensar nisso, ela se concentrou no que poderia significar aquilo. Talvez a letra "v" se referisse aos versos e o número um fosse exatamente isso. Leu novamente todos os versos e procurou ali uma resposta, mas foi interrompida por Fabrizio.
Olivia franziu a testa e pegou a caixa. Provavelmente seria alguma ameaça ou chantagem vinda dos Tzimisce. Ela tirou o CD da caixa e o entregou ao primo.
- Coloque no computador. Vamos ver o que eles querem dizer.
Pegou seu caderno e decidiu retomar os estudos para abrir de vez aquele baú. A ideia que tinha tido da última vez que estudara lhe apontava que os números que apareceram em seu espelho não eram o número seis e sim V1. Ao pensar nisso, ela se concentrou no que poderia significar aquilo. Talvez a letra "v" se referisse aos versos e o número um fosse exatamente isso. Leu novamente todos os versos e procurou ali uma resposta, mas foi interrompida por Fabrizio.
Fabrizio escreveu:– Desculpe voltar de novo, mas encontramos isso na porta. Já tomamos todas as precauções e não parece uma ameaça; bem, ao menos não física. É um cd-rom.
Olivia franziu a testa e pegou a caixa. Provavelmente seria alguma ameaça ou chantagem vinda dos Tzimisce. Ela tirou o CD da caixa e o entregou ao primo.
- Coloque no computador. Vamos ver o que eles querem dizer.
- OFF:
- Depois de ver o conteúdo do CD, Olivia vai voltar a estudar por um tempo. Aí lá vamos nós de novo, com um teste de Inteligência 3 + Acadêmicos 3. Vou gastar 1 ponto de Força de Vontade.
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
O corpo de Olivia tratou de curar naturalmente os ferimentos mais superficiais e um dia inteiro de descanso com um consumo exagerado de vitae pelo seu organismo fez até mesmo o ferimento de fogo em sua vagina começar a desaparecer. Olivia já estava quase que totalmente curada. Apesar de ainda sentir uma dor incômoda em suas partes íntimas quando se mexia, ela já não tinha mais os movimentos debilitados, tampouco era afetada de qualquer forma por eles. O único problema disso agora era a fome. Olivia sentia uma fome como nunca chegara a sentir antes. Era incrivelmente voraz e exigia dela um esforço imenso para se manter racional.
Ela decidiu ignorar por ora o cd-rom enviado pela pequena Tzimisce e se concentrar mais uma vez no baú enviado pelo Don. Ela queria desvendar o enigma e abri-lo o quanto antes, pois sabia que o prêmio dentro dele, fosse o que fosse, seria de grande ajuda contra os novos inimigos.
Olivia mais uma vez iniciou uma longa labuta mental na tentativa de resolver o enigma e, mais uma vez, não fez nada mais do que um progresso superficial. Contudo, um progresso mínimo é ainda melhor do que nenhum, e após ler e reler as frases e analisar novamente a imagem do espelho, teve outro pequeno insight: V + 1... V1... Volume 1. O Volume 1 da Divina Comédia era justamente o inferno. Estava claro que, independente do que fosse a resposta, seria no inferno que Olivia iria encontrá-la.
Com fome e agora com a mente cansada, Olivia frustrada colocou mais uma vez o baú de lado e inseriu o cd-rom no notebook. Haviam apenas dois arquivos de vídeo: watch_me.mp4 e sample.mp4. Quando ela clicou e reproduziu o primeiro o que ela viu foi horripilante até mesmo para uma morta-viva.
O vídeo mostrava Virgilio nu, empalado por estaca, como Dylan estava, porém seu corpo estava amarrado em um X de madeira. A câmera então vira para a própria pessoa que a empunha. Trata-se de Valorraine, que exibe um sorrisinho e começa a falar:
– Devo admitir que você tem amigos interessantes e é mais esperta do julgamos, senhoria Olivia. Madame Krisolva está irada até agora, mas tudo bem. Acredito que podemos fazer um acordo; algo mais civilizado e sem baixaria. Não era isso que você queria? Hi...hi...
Ela então acaricia os cabelos de Virgilio como se estivesse acariciando os cabelos de um cão, e volta a falar:
– É o seguinte: nossa incursão à esta cidade é algo pessoal com o Príncipe daqui. Ele posa de bom moço, não é? Mas deixa eu te falar... Ele não é! Ou seja, não queremos essa cidade fétida. Vocês podem ficar com ela. Nos ajudem a derrubar a Camarilla e destruirmos o Príncipe e seus cabeças que soltamos o seu precioso parente e damos o fora. Que tal? Ah! E considere-se com sorte de eu estar no comando, pois nem todos aqui possuem tolerância por vocês.
Nesse momento ela filmou o canto oposto da sala, e havia uma figura de cabelos longos e negros, túnica negra e uma máscara branca sem expressões encarando Virgilio.
– E aquieta o fogo da vendetta, tá amorzinho? Se a posse do queridinho aqui não é um argumento convincente o bastante, dá uma olhada no outro arquivo. Vocês deveriam prestar melhor atenção aos ambientes que escolhem para farrear. Não vão querer que todos os jornais do planeja vejam isso, certo?
E então a gravação acabou com a risadinha sinistra e irritante de garotinha. Quando Olivia reproduziu sample.mp4, ela viu através de uma câmera oculta de alta resolução o combate no bordel que eles tomaram. O vídeo era curto, mas mostrava disciplinas vampíricas em meio ao tiroteio com os irlandeses e, pior ainda, Dylan em sua forma real. O Sabá não apenas ameaçava destruir Virgilio, mas ameaçava também direcionar uma caçada de sangue de proporções inimagináveis contra eles.
Ela decidiu ignorar por ora o cd-rom enviado pela pequena Tzimisce e se concentrar mais uma vez no baú enviado pelo Don. Ela queria desvendar o enigma e abri-lo o quanto antes, pois sabia que o prêmio dentro dele, fosse o que fosse, seria de grande ajuda contra os novos inimigos.
- Teste:
- Olivia, Inteligência + Acadêmicos + 1 FdV (Teste Prolongado): 6 9 7 1 3 4 (1 Sucesso)
Sucessos totais p/ desvendar o enigma: 2/5
Olivia mais uma vez iniciou uma longa labuta mental na tentativa de resolver o enigma e, mais uma vez, não fez nada mais do que um progresso superficial. Contudo, um progresso mínimo é ainda melhor do que nenhum, e após ler e reler as frases e analisar novamente a imagem do espelho, teve outro pequeno insight: V + 1... V1... Volume 1. O Volume 1 da Divina Comédia era justamente o inferno. Estava claro que, independente do que fosse a resposta, seria no inferno que Olivia iria encontrá-la.
Com fome e agora com a mente cansada, Olivia frustrada colocou mais uma vez o baú de lado e inseriu o cd-rom no notebook. Haviam apenas dois arquivos de vídeo: watch_me.mp4 e sample.mp4. Quando ela clicou e reproduziu o primeiro o que ela viu foi horripilante até mesmo para uma morta-viva.
O vídeo mostrava Virgilio nu, empalado por estaca, como Dylan estava, porém seu corpo estava amarrado em um X de madeira. A câmera então vira para a própria pessoa que a empunha. Trata-se de Valorraine, que exibe um sorrisinho e começa a falar:
– Devo admitir que você tem amigos interessantes e é mais esperta do julgamos, senhoria Olivia. Madame Krisolva está irada até agora, mas tudo bem. Acredito que podemos fazer um acordo; algo mais civilizado e sem baixaria. Não era isso que você queria? Hi...hi...
Ela então acaricia os cabelos de Virgilio como se estivesse acariciando os cabelos de um cão, e volta a falar:
– É o seguinte: nossa incursão à esta cidade é algo pessoal com o Príncipe daqui. Ele posa de bom moço, não é? Mas deixa eu te falar... Ele não é! Ou seja, não queremos essa cidade fétida. Vocês podem ficar com ela. Nos ajudem a derrubar a Camarilla e destruirmos o Príncipe e seus cabeças que soltamos o seu precioso parente e damos o fora. Que tal? Ah! E considere-se com sorte de eu estar no comando, pois nem todos aqui possuem tolerância por vocês.
Nesse momento ela filmou o canto oposto da sala, e havia uma figura de cabelos longos e negros, túnica negra e uma máscara branca sem expressões encarando Virgilio.
– E aquieta o fogo da vendetta, tá amorzinho? Se a posse do queridinho aqui não é um argumento convincente o bastante, dá uma olhada no outro arquivo. Vocês deveriam prestar melhor atenção aos ambientes que escolhem para farrear. Não vão querer que todos os jornais do planeja vejam isso, certo?
E então a gravação acabou com a risadinha sinistra e irritante de garotinha. Quando Olivia reproduziu sample.mp4, ela viu através de uma câmera oculta de alta resolução o combate no bordel que eles tomaram. O vídeo era curto, mas mostrava disciplinas vampíricas em meio ao tiroteio com os irlandeses e, pior ainda, Dylan em sua forma real. O Sabá não apenas ameaçava destruir Virgilio, mas ameaçava também direcionar uma caçada de sangue de proporções inimagináveis contra eles.
- Off:
- Lembra daquele teste de percepção+prontidão que falhou? Pois é... xD
Olivia escreveu:Pontos de Sangue: 02/11
Força de Vontade: 05/08
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Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
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Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Sentindo-se frustrada, faminta e em pânico, Olivia fechou o notebook, atônita. A imagem do avô preso à mercê daqueles monstros a fez estremecer. Se o perdesse... quaisquer sucessos obtidos naquela cidade seriam completamente inúteis. Família antes de qualquer coisa, e Virgílio era importante demais para ser ignorado daquela forma. Devia muito a ele.
Levantou-se e, em silêncio, foi até a geladeira na cozinha. Bebeu todo o sangue que pôde para repor aquilo que tinha perdido e se alongou, sentindo o quanto era bom poder andar novamente. Agora, precisava pensar logo numa forma de fazer um acordo com os malditos do Sabá, ou pelo menos ganhar tempo para pensar numa próxima alternativa. A cabeça latejava só de tentar pensar em algo. Talvez, com a chegada do necromante enviado pelo Don, ela pudesse ter alguma chance de descobrir onde seu avô estava sem precisar necessariamente fazer a vontade de Valerraine.
Voltou para o quarto, em silêncio. Fuçou na internet para encontrar um PDF pirata da Divina Comédia e começou a ler a primeira parte, referente ao inferno. Estava começando a dar passos mais significativos em direção à resolução daquela merda de baú e não podia perder tempo, por mais desesperadora que a situação fosse. Enquanto não avançasse naquela pesquisa, iria manter o conteúdo da mensagem em segredo.
Com uma taça de vitae sobre o criado mudo, Olivia voltou a estudar.
Levantou-se e, em silêncio, foi até a geladeira na cozinha. Bebeu todo o sangue que pôde para repor aquilo que tinha perdido e se alongou, sentindo o quanto era bom poder andar novamente. Agora, precisava pensar logo numa forma de fazer um acordo com os malditos do Sabá, ou pelo menos ganhar tempo para pensar numa próxima alternativa. A cabeça latejava só de tentar pensar em algo. Talvez, com a chegada do necromante enviado pelo Don, ela pudesse ter alguma chance de descobrir onde seu avô estava sem precisar necessariamente fazer a vontade de Valerraine.
Voltou para o quarto, em silêncio. Fuçou na internet para encontrar um PDF pirata da Divina Comédia e começou a ler a primeira parte, referente ao inferno. Estava começando a dar passos mais significativos em direção à resolução daquela merda de baú e não podia perder tempo, por mais desesperadora que a situação fosse. Enquanto não avançasse naquela pesquisa, iria manter o conteúdo da mensagem em segredo.
Com uma taça de vitae sobre o criado mudo, Olivia voltou a estudar.
- OFF:
- Lá vamos nós de novo... Inteligência 3 + Acadêmicos 3 para solucionar essa merda logo, porque estou pressentindo uma merda gigantesca. XD
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
- Teste:
- Olivia, Inteligência+Acadêmicos + 1 Fdv: 3, 5, 10, 9, 1, 1 (1 Sucesso)
Sucessos totais p/ desvendar o enigma: 3/5
O sangue não foi problema. Havia sangue de sobra armazenado na casa. O problema foi novamente o esforço mental que Olivia fez para, mais uma vez, fazer um progresso mínimo – porém ela agora sentia que estava chegando muito mais perto da resolução do baú.
Conforme ela foi lendo, a palavra mapa começou a martelar em sua cabeça – uma das palavras de destaque dos versos no baú. Havia uma divisão clara no inferno, pois ele claramente possuía sua própria hierarquia e geografia, por assim dizer; prova disso eram seus nove círculos. Certamente a coisa era mais complexa e não se limitava apenas aos círculos, mas Olivia sentia que estava no caminho certo.
O ânimo, contudo, ameaçava minguar. Sua cabeça doía, ela sentia-se mentalmente exausta e a imagem de Virgílio preso com os integrantes do Sabá impedia que ela continuasse a pensar com clareza e frieza naquele momento – sem falar a ameaça de chantagem…
Olivia escreveu:Pontos de Sangue: 11/11
Força de Vontade: 04/08
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Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Olivia esfregou os olhos e colocou o computador de lado. Depois, recostou-se na cama e encarou o teto por alguns segundos, lembrando-se de uma imagem que vira na época da escola. Uma gravura que mostrava o mapa do inferno como retratado por Dante. Na noite seguinte, aproveitaria a cabeça fria para pensar nisso. Naquela hora, porém, não se achava capaz de mais nada. Massageou as têmporas e se deitou, fitando manter a mente calma para descansar. Sentia-se extremamente cansada e solitária.
Antes de cair no sono, pensou no novo integrante que o Don estava mandando. Conhecia poucos cainitas especializados em Necromancia. A maioria dos membros da Família tinha alguma relação com negócios ou o crime - quando não os dois. Os Giovanni que concentravam todo o seu tempo e energia estudando as artes dos mortos costumavam ser estranhos e, às vezes, completamente descolados da realidade. Estremeceu só de pensar quem poderia estar chegando. Apagou antes de encontrar alguma resposta.
Antes de cair no sono, pensou no novo integrante que o Don estava mandando. Conhecia poucos cainitas especializados em Necromancia. A maioria dos membros da Família tinha alguma relação com negócios ou o crime - quando não os dois. Os Giovanni que concentravam todo o seu tempo e energia estudando as artes dos mortos costumavam ser estranhos e, às vezes, completamente descolados da realidade. Estremeceu só de pensar quem poderia estar chegando. Apagou antes de encontrar alguma resposta.
***
Na noite seguinte, levantou-se se sentindo mais disposta. Respirou fundo, tomou um longo banho e pensou que, mais tarde, daria-se o luxo de se deitar com alguém. Estava precisando.
Depois disso, saiu do quarto e foi para a sala conversar com seus parentes e ver como estavam se saindo. Pediu que Fabrizio lhe desse o relatório das atividades e decidiu acertar alguns detalhes.
- Vamos fazer o seguinte: vamos começar uma guerra entre nossos inimigos. - disse. - Os Irmãos Escarlate devem matar algumas figuras das outras organizações da mesma forma que os russos. Assim vamos voltá-los contra eles e fingir que não temos nada com isso. Preciso que eles pensem que estamos abalados com o que aconteceu. A propósito, fique atento para as visitas. O Don nos enviou uma pequena ajuda, e ele deve chegar hoje.
Então, mandou uma mensagem para Dylan. Venha o mais rápido possível. Temos um problema sério em mãos.
Depois disso, foi para o quarto estudar de novo. Pesquisou no Google uma imagem do mapa do inferno. Olhou-a atentamente, então retomou os estudos. Hora de avançar logo naquilo.
Depois disso, saiu do quarto e foi para a sala conversar com seus parentes e ver como estavam se saindo. Pediu que Fabrizio lhe desse o relatório das atividades e decidiu acertar alguns detalhes.
- Vamos fazer o seguinte: vamos começar uma guerra entre nossos inimigos. - disse. - Os Irmãos Escarlate devem matar algumas figuras das outras organizações da mesma forma que os russos. Assim vamos voltá-los contra eles e fingir que não temos nada com isso. Preciso que eles pensem que estamos abalados com o que aconteceu. A propósito, fique atento para as visitas. O Don nos enviou uma pequena ajuda, e ele deve chegar hoje.
Então, mandou uma mensagem para Dylan. Venha o mais rápido possível. Temos um problema sério em mãos.
Depois disso, foi para o quarto estudar de novo. Pesquisou no Google uma imagem do mapa do inferno. Olhou-a atentamente, então retomou os estudos. Hora de avançar logo naquilo.
- OFF:
- Bora quebrar a cabeça mais um pouco. Inteligência + Acadêmicos pra resolver o enigma. XD
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
- Teste:
- Olivia, Inteligência + Acadêmicos: 6, 10, 8, 7, 9, 3. (2 Sucessos)
Enigma Resolvido.
Olivia escreveu:– Vamos fazer o seguinte: vamos começar uma guerra entre nossos inimigos – disse. – Os Irmãos Escarlate devem matar algumas figuras das outras organizações da mesma forma que os russos. Assim vamos voltá-los contra eles e fingir que não temos nada com isso. Preciso que eles pensem que estamos abalados com o que aconteceu. A propósito, fique atento para as visitas. O Don nos enviou uma pequena ajuda, e ele deve chegar hoje.
Fabrizio apenas concordou calado com as ordens de Olivia. Vê-la totalmente recuperada o deixou mais tranquilo. Desde que Olivia havia sido ferida de forma tão avassaladora, ele agia como intermediário entre os Giovanni e os Irmãos Escarlate, achando melhor por não envolvê-la diretamente; logo, Olivia pouco sabia sobre os assassinos, apenas que o contato de Fabrizio era uma jovem que todos chamavam de “Little Anne”.
– Espero que seja o irmão do Don – disse Fabrizio, a respeito da ajuda enviada para eles. – Dizem que o sujeito é um gênio na arte. Resolveu aquele maldito baú mais rápido do que todos os outros.
As palavras de Fabrizio fizeram o ânimo de Olivia a respeito do enigma se acender mais uma vez. Ela estava quase resolvendo a charada e, após mandar uma mensagem para Dylan, voltou ao seu quarto para estudar e pesquisar sobre o inferno.
Ela demorou algum tempo pesquisando, pensando e cruzando informações. Ela analisou imagens, resenhas e até mesmo a biografia do autor. Foi então que, após um estalo, aquele famoso estalo traduzido como “Será?” que ninguém considera por parecer óbvio demais, ela pesquisou algo genérico no site mais genérico possível: wikipedia. A informação a fez cair para trás de indignação – talvez literalmente.
“Divisão
O inferno é formado por Nove Círculos, Três Vales, Dez Fossos e Quatro Esferas. Essa organização foi baseada na teoria medieval de que o universo era formado por círculos concêntrico–s. O inferno foi criado da queda de Lúcifer do Céu. Lúcifer teria caído em Jerusalém, a Terra Santa, portanto, ali está o Portal do Inferno. O inferno torna-se mais profundo a cada círculo, pois os pecados são mais graves. Portanto, os pecados menos graves estão logo no início, e os mais graves no final.”
O inferno é formado por Nove Círculos, Três Vales, Dez Fossos e Quatro Esferas. Essa organização foi baseada na teoria medieval de que o universo era formado por círculos concêntrico–s. O inferno foi criado da queda de Lúcifer do Céu. Lúcifer teria caído em Jerusalém, a Terra Santa, portanto, ali está o Portal do Inferno. O inferno torna-se mais profundo a cada círculo, pois os pecados são mais graves. Portanto, os pecados menos graves estão logo no início, e os mais graves no final.”
9...3...10...4…Exatamente o número de engrenagens para abrir a caixa.
Olivia colocou o baú próximo dela, girou as engrenagens para que os números citados ficassem expostos no topo e então apertou um botão. Um click pôde ser ouvido e a tampa deslizou para o lado, sem revelar nada mortal. A resposta estava certa. Nesse momento, uma ventania começou no quarto e uma risada rouca ecoou, a janela se escancarou e então o vento foi passando e o som da risada foi se tornando cada vez mais distante até que se silenciou e a paz no quarto voltou em seu estado absoluto.
A primeira coisa que Olivia tirou do baú foi um bilhete. Era um papel muito novo e com poucas dobras, o que indicava que havia sido colocado lá não fazia muito tempo. Ele dizia:
“Surpresa! Não havia armadilha nenhuma. Esse é um trote que os anziani fazem com os mais jovens. Não fique brava, pois todos passamos por essa brincadeira. Além disso, eu sabia que você iria conseguir e, certamente, merece ser recompensada pelo esforço. Que esses presentes lhe sejam úteis.” – Don Giovanni.
Olivia tirou os itens do baú. Eram dois e bem macabros.
A primeira era uma adaga que lembrava muito algo tipicamente tzimisce, mas era um artefato Giovanni – muito antigo. Apesar do aspecto decrépito, a lâmina cortava como o mais fino aço.
O segundo era um livro feito em pele humana e escrito em sangue. Ele tinha todas as páginas em branco, a não ser a primeira, que dizia em um italiano arcaico com pitadas de latim:
“Necronomicon Ex-Mortis… Vulgarmente traduzindo: o livro dos mortos. Para os que carregam meu sangue, alimente-o com uma gota de suas essências usando a faca irmã, e o que o livro dará será o melhor que existe dentro de você.”
– Augustus Giovanni, 1204.
Nesse momento, Fabrizio bateu na porta e disse:
– Eles chegaram. Estão esperando na sala.
- Off:
- Mais informações sobre o item em off no telegram.
Olivia escreveu:Pontos de Sangue: 06/11
Força de Vontade: 04/08
Vitalidade: OK
Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
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Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Quando o baú se abriu, Olivia sentiu um peso saindo de seus ombros. Aquela era uma das tarefas mais difíceis que já tinha cumprido e, num momento difícil como aquele, ser bem-sucedida numa tarefa era de renovar os ânimos. Agora precisava de mais sangue e de uma boa noite de farra com Fabrizio e quantos homens estivessem disponíveis para comemorar. Virgílio ainda estava desaparecido, mas ela se sentia um pouco mais capaz de fazer algo por ele agora.
Pegou a faca e a analisou de perto, absorvendo os detalhes. Depois, olhou para o livro. Fora a mensagem do próprio Augustus, não havia mais nada escrito. Pelo menos, nada que ela pudesse ler no momento. Já estava pronta para colocar seu próprio sangue ali quando Fabrizio a interrompeu.
Com um sorriso triunfante, ela saiu do quarto e olhou para seu primo. Estava empolgada demais para se conter e deu-lhe um beijo coberto de promessas para o fim da noite.
- Esqueci de dizer que suas novas atribuições exigem que você esteja na minha cama sempre que puder, querido. - falou em seu ouvido. - Não se acanhe em bater na minha porta quando quiser companhia.
Desceu as escadas, adotando uma postura mais confiante para receber os... convidados? Fabrizio claramente tinha mencionado mais de um. Será que o Don tinha enviado dois necromantes? Não seria nada mal.
- Buona sera, queridos. - cumprimentou, assim que os viu. - Espero que tenham feito uma boa viagem. Sejam bem-vindos. Fico muito feliz em recebê-los, mesmo que seja num momento difícil.
Pegou a faca e a analisou de perto, absorvendo os detalhes. Depois, olhou para o livro. Fora a mensagem do próprio Augustus, não havia mais nada escrito. Pelo menos, nada que ela pudesse ler no momento. Já estava pronta para colocar seu próprio sangue ali quando Fabrizio a interrompeu.
Fabrizio escreveu:– Eles chegaram. Estão esperando na sala.
Com um sorriso triunfante, ela saiu do quarto e olhou para seu primo. Estava empolgada demais para se conter e deu-lhe um beijo coberto de promessas para o fim da noite.
- Esqueci de dizer que suas novas atribuições exigem que você esteja na minha cama sempre que puder, querido. - falou em seu ouvido. - Não se acanhe em bater na minha porta quando quiser companhia.
Desceu as escadas, adotando uma postura mais confiante para receber os... convidados? Fabrizio claramente tinha mencionado mais de um. Será que o Don tinha enviado dois necromantes? Não seria nada mal.
- Buona sera, queridos. - cumprimentou, assim que os viu. - Espero que tenham feito uma boa viagem. Sejam bem-vindos. Fico muito feliz em recebê-los, mesmo que seja num momento difícil.
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Olivia escreveu:– Esqueci de dizer que suas novas atribuições exigem que você esteja na minha cama sempre que puder, querido – falou em seu ouvido. – Não se acanhe em bater na minha porta quando quiser companhia.
Fabrizio sorriu e acariciou seu rosto. Havia um toque de paixão em meio à luxúria. Ele retribuiu o beijo e disse:
– Quando quiser, minha prima querida.
Olivia desceu as escadas com um humor elevado e uma postura otimista. Lá estava Dylan, aguardando-a. Além dele, outros dois parentes que ela conhecia muito bem.
– Bom noite, cara Olivia – disse Marius, sentado e uma poltrona empunhando sua inseparável bengala. – Faz muito tempo que eu não a vejo.
Marius estava entre os melhores necromantes da família, mas essa não era sua única qualidade. Marius era um verdadeiro cavalheiro. Era raro vê-lo exaltado e, até onde Olivia conseguia lembrar, ela nunca tinha o visto faltar com respeito à ninguém. Marius era um dos homens de maior confiança do Don, afinal era seu irmão de sangue.
– Boa noite, minha linda prima – falou Álvaro, saindo de um canto escuro subitamente, com ânimo exaltado. – Está magnífica como sempre! É um prazer te ver de novo!
A última vez que ela viu Álvaro, ele era um fedelho que batia punheta cheirando as calcinhas usadas dela e das outras mulheres da família, vivia apanhando na bunda, e agora lá estava ele, um homem crescido, um homem feito e o aprendiz de Marius nas artes dos mortos. Será que ele mudou tanto assim de fato?
Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
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Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Ela estava muito contente em ver Marius. Um dos melhores necromantes da Família, talvez o melhor que os clã tinha para oferecer em terras americanas. Ele viajava muito por causa do trabalho e tinha a absoluta confiança do Don, o que significava que nenhum esforço era medido para que a situação se resolvesse. Olívia sentiu-se levemente intimidada: precisava, a qualquer custo, apresentar bons resultados.
Ela se aproximou do homem e beijou sua mão. De fato, a última vez que o vira fora num jantar da família há uns doze anos. Naquela época, ela ainda estava para ingressar na faculdade.
- É uma honra recebê-lo. - disse. - Tenho boas notícias, apesar de tudo.
Então se virou para Álvaro. Tinha lembranças amargas dele: era um pivete pervertido que vivia roubando calcinhas e se masturbando pelos cantos. Vivia sendo punido, mas nunca aprendia. Olívia tinha que admitir que tinha se tornado um homem bonito. Esperava que, ao menos, soubesse como se portar com uma mulher.
- Olha só como você cresceu - disse, dando-lhe um abraço. - Está um homem, agora. Imagino que as mulheres disputem um lugar na sua companhia, não? É bom te ver, Álvaro.
Diplomacia. Tudo se resumia à diplomacia. Álvaro era um pivete escroto e Olívia estava levemente incomodada com sua chegada, mas precisava manter a compostura. Felizmente, era especialista nisso. Internamente, porém, esperava que ele tivesse virado um homem de verdade.
Foi até Dylan e dirigiu um olhar para os dois recém-chegados.
- Quero que conheçam Dylan. Ele é um dos nossos associados, cuja amizade foi um dos mais valiosos presentes que recebemos desta cidade. - disse, introduzindo-o na conversa. Não poupou elogios aos Nosferatu, para que ele soubesse que da opinião que a família tinha dele. Embora houvesse lucro envolvido, ela sabia que lealdade era muito mais importante. - Dylan, mais alguns parentes que vieram nos ajudar nesta empreitada. Por favor, vamos ao porão. Tenho coisas para mostrar a vocês.
Junto aos dois parentes, Dylan e Fabrizio, Olívia desceu as escadas para o porão depois de pegar seu notebook e os CDs que tinha recebido. Aquele era um assunto sério que ela queria manter em segredo por tanto tempo quanto pudesse.
- Este porão tem uma ligação com cemitério ao lado e alguns aparatos para a realização de rituais e conservação de cadáveres. - contou ela, num gesto que abrangia todo o ambiente. - Sinta-se à vontade para mudar o que quiser aqui, zio Marius. O lugar é todo seu.
Respirou fundo e adotou um olhar mais sério. Era hora do assunto complicado.
- Infelizmente, nossa situação não é das melhores. - contou. - Há alguns dias, eu e Dylan fomos emboscados por uma Tzimisce chamada Madame Krisolva. Dino e Luna conseguiram nos tirar de lá, mas o nonno Virgílio ainda está sob custódia deles. Estamos trabalhando para encontrá-lo, mas a situação ficou um pouco mais complicada. Vejam isso.
Ela colocou os vídeos para que eles vissem. Ao terminar, fez uma pausa e continuou:
- Por isso solicitei ao Don que o enviasse, zio. Quero criar uma rede de espionagem com fantasmas para encontrar o nonno sem ter que lidar com o Sabá, nem trair o Príncipe que nos trouxe até aqui. Acontece que sou uma mera iniciante no estudo da Necromancia, completamente incapaz de fazer isso sozinha. O que me diz?
Ouviu-o atentamente. Quando terminou, deu um sorriso cansado, deixando transparecer o quanto estava desgastada com aquilo.
- Apesar de tudo, tenho algo bom para contar: consegui resolver o enigma do baú. - contou. - Custou muitas horas de estudo, mas valeu a pena.
Marius escreveu:– Bom noite, cara Olivia – disse Marius, sentado e uma poltrona empunhando sua inseparável bengala. – Faz muito tempo que eu não a vejo.
Ela se aproximou do homem e beijou sua mão. De fato, a última vez que o vira fora num jantar da família há uns doze anos. Naquela época, ela ainda estava para ingressar na faculdade.
- É uma honra recebê-lo. - disse. - Tenho boas notícias, apesar de tudo.
Então se virou para Álvaro. Tinha lembranças amargas dele: era um pivete pervertido que vivia roubando calcinhas e se masturbando pelos cantos. Vivia sendo punido, mas nunca aprendia. Olívia tinha que admitir que tinha se tornado um homem bonito. Esperava que, ao menos, soubesse como se portar com uma mulher.
Álvaro escreveu:– Boa noite, minha linda prima – falou Álvaro, saindo de um canto escuro subitamente, com ânimo exaltado. – Está magnífica como sempre! É um prazer te ver de novo!
- Olha só como você cresceu - disse, dando-lhe um abraço. - Está um homem, agora. Imagino que as mulheres disputem um lugar na sua companhia, não? É bom te ver, Álvaro.
Diplomacia. Tudo se resumia à diplomacia. Álvaro era um pivete escroto e Olívia estava levemente incomodada com sua chegada, mas precisava manter a compostura. Felizmente, era especialista nisso. Internamente, porém, esperava que ele tivesse virado um homem de verdade.
Foi até Dylan e dirigiu um olhar para os dois recém-chegados.
- Quero que conheçam Dylan. Ele é um dos nossos associados, cuja amizade foi um dos mais valiosos presentes que recebemos desta cidade. - disse, introduzindo-o na conversa. Não poupou elogios aos Nosferatu, para que ele soubesse que da opinião que a família tinha dele. Embora houvesse lucro envolvido, ela sabia que lealdade era muito mais importante. - Dylan, mais alguns parentes que vieram nos ajudar nesta empreitada. Por favor, vamos ao porão. Tenho coisas para mostrar a vocês.
Junto aos dois parentes, Dylan e Fabrizio, Olívia desceu as escadas para o porão depois de pegar seu notebook e os CDs que tinha recebido. Aquele era um assunto sério que ela queria manter em segredo por tanto tempo quanto pudesse.
- Este porão tem uma ligação com cemitério ao lado e alguns aparatos para a realização de rituais e conservação de cadáveres. - contou ela, num gesto que abrangia todo o ambiente. - Sinta-se à vontade para mudar o que quiser aqui, zio Marius. O lugar é todo seu.
Respirou fundo e adotou um olhar mais sério. Era hora do assunto complicado.
- Infelizmente, nossa situação não é das melhores. - contou. - Há alguns dias, eu e Dylan fomos emboscados por uma Tzimisce chamada Madame Krisolva. Dino e Luna conseguiram nos tirar de lá, mas o nonno Virgílio ainda está sob custódia deles. Estamos trabalhando para encontrá-lo, mas a situação ficou um pouco mais complicada. Vejam isso.
Ela colocou os vídeos para que eles vissem. Ao terminar, fez uma pausa e continuou:
- Por isso solicitei ao Don que o enviasse, zio. Quero criar uma rede de espionagem com fantasmas para encontrar o nonno sem ter que lidar com o Sabá, nem trair o Príncipe que nos trouxe até aqui. Acontece que sou uma mera iniciante no estudo da Necromancia, completamente incapaz de fazer isso sozinha. O que me diz?
Ouviu-o atentamente. Quando terminou, deu um sorriso cansado, deixando transparecer o quanto estava desgastada com aquilo.
- Apesar de tudo, tenho algo bom para contar: consegui resolver o enigma do baú. - contou. - Custou muitas horas de estudo, mas valeu a pena.
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Olivia escreveu:– É uma honra recebê-lo – disse. –Tenho boas notícias, apesar de tudo.
Marius agradeceu o gesto de carinho e se levantou. Apesar de não precisar da bengala para nada, esse foi um hábito que ele conservou dos tempos de mortal.
– Meu irmão falou muito bem de você dos meninos daqui – disse ele, com uma calma típica.
Olivia então encarou o exultante Álvaro, contendo-se para parecer agradável.
Olivia escreveu:– Olha só como você cresceu – disse, dando-lhe um abraço. – Está um homem, agora. Imagino que as mulheres disputem um lugar na sua companhia, não? É bom te ver, Álvaro.
– Dou pro gasto, prima – disse ele, em uma falsa modéstia explícita. – É uma honra estar aqui com meu tio Marius e vocês para colocar as habilidades da nossa família a serviço dela.
Ela então se dirigiu à Dylan e o apresentou formalmente aos recém-chegados.
Olivia escreveu:– Quero que conheçam Dylan. Ele é um dos nossos associados, cuja amizade foi um dos mais valiosos presentes que recebemos desta cidade – disse, introduzindo-o na conversa. Não poupou elogios aos Nosferatu, para que ele soubesse que da opinião que a família tinha dele. Embora houvesse lucro envolvido, ela sabia que lealdade era muito mais importante. – Dylan, mais alguns parentes que vieram nos ajudar nesta empreitada. Por favor, vamos ao porão. Tenho coisas para mostrar a vocês.
Álvaro foi até Dylan e o abraçou, dizendo:
– Benvenuto nella nostra famiglia.
O gesto foi imitado por Marius, porém de uma forma menos eufórica. Dylan, que não estava acostumado com aquele tipo de saudação, apenas disse um “obrigado” um pouco sem jeito para ambos antes de seguir com eles até o portão, onde Olivia os esperava.
Olivia escreveu:– Este porão tem uma ligação com cemitério ao lado e alguns aparatos para a realização de rituais e conservação de cadáveres – contou ela, num gesto que abrangia todo o ambiente. – Sinta-se à vontade para mudar o que quiser aqui, zio Marius. O lugar é todo seu.
– Grazie mille per tutto. Vai servir muito bem. – respondeu.
Olivia escreveu:– Infelizmente, nossa situação não é das melhores – contou. – Há alguns dias, eu e Dylan fomos emboscados por uma Tzimisce chamada Madame Krisolva. Dino e Luna conseguiram nos tirar de lá, mas o nonno Virgílio ainda está sob custódia deles. Estamos trabalhando para encontrá-lo, mas a situação ficou um pouco mais complicada. Vejam isso.
- Teste:
- Dado da sorte(Ímpar): 9
Naquele momento Marius moveu-se como se tivesse tido uma espécie de insight, ou se lembrado de algo a muito esquecido. Ele olhou para Olivia e disse:
– Madame Krisolva? Ouvi falar dela e de sua fiel seguidora, uma garotinha de que agora não me lembro o nome. Isso já faz tanto tempo que eu nem sei como me veio à mente, mas isso não importa. O que importa é que devemos ter extrema cautela. Krisolva é mais velha e poderosa do que todos nós juntos. No país natal dela, ela é chamada de “A Rainha Carpatiana”.
Eles então viram o vídeo que a odiosa Valorraine enviou. O semblante coletivo tornou-se soturno. Até mesmo Álvaro assumiu uma expressão mórbida ao ver Virgílio naquela situação.
Olivia escreveu:– Por isso solicitei ao Don que o enviasse, zio. Quero criar uma rede de espionagem com fantasmas para encontrar o nonno sem ter que lidar com o Sabá, nem trair o Príncipe que nos trouxe até aqui. Acontece que sou uma mera iniciante no estudo da Necromancia, completamente incapaz de fazer isso sozinha. O que me diz?
Marius permaneceu reflexivo, balançando a cabeça afirmativamente para si mesmo, sem nada dizer. Por fim, depois de um breve silêncio, ele disse.
– Deixe que Álvaro e eu cuidemos de localizar Virgílio. Por agora, retomem suas tarefas nessa cidade. Evitem aqueles sob o domínio do Sabá, mas não deixem de tomar o poder de outros criminosos, assim a Camarilla não irá desconfiar, e o Sabá irá acreditar que nós estamos intimidados.
Olivia escreveu:– Apesar de tudo, tenho algo bom para contar: consegui resolver o enigma do baú. – contou. – Custou muitas horas de estudo, mas valeu a pena.
Marius sorriu em um tom de aprovação e, com uma grande curiosidade que não fez questão de esconder, perguntou:
– Qual foi o dom que o livro lhe presenteou?
Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
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Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Marius escreveu:– Deixe que Álvaro e eu cuidemos de localizar Virgílio. Por agora, retomem suas tarefas nessa cidade. Evitem aqueles sob o domínio do Sabá, mas não deixem de tomar o poder de outros criminosos, assim a Camarilla não irá desconfiar, e o Sabá irá acreditar que nós estamos intimidados.
Ela assentiu. De fato, a guerra contra as demais gangues não podia parar, sob risco de afetar a relação que eles tinham com a Camarilla. Se não fosse pela amizade de Dylan, Olívia estaria disposta a começar uma guerra no território dos demais cainitas afim de tentar tirá-los daquela postura ridícula que tinham adotado. No entanto, tinha que admitir que essa não seria a decisão mais sábia no momento.
- Você tem razão, zio. - disse. - Farei exatamente isso. Existe mais alguma coisa que eu possa fornecer para o seu trabalho?
Marius escreveu:– Qual foi o dom que o livro lhe presenteou?
Receber a aprovação por alguma coisa foi bastante reconfortante depois de uma enxurrada de notícias ruins.
- Na verdade, não cheguei a abri-lo. - confessou. - Eu tinha acabado de resolver o enigma quando vocês chegaram. Estou ansiosa para descobrir o que é.
Enquanto Marius e Álvaro se acomodavam, ela decidiu falar com Fabrizio e Dylan.
- Pretendo seguir o conselho do zio e manter distância do Sabá, para fingirmos que estamos intimidados. - disse. - Já que vamos usar mercenários para confundir nossos inimigos, quero que me digam uma coisa: quem são os mais estúpidos desta cidade? Quero plantar alguns assassinatos para que eles comecem uma guerra e tirem a atenção de nós. Na medida que eles estiverem enfraquecidos, vamos acabando com todos. Dylan, quem comanda os portos? Quero conquistá-los para Antonella.
Assim que tudo se resolveu, ela pediu licença e foi para o quarto. Estava extasiada com a ideia de ter mais poder em mãos. A ideia era um tanto assustadora, mas seu ódio por Madame Krisolva e Valerraine era tamanho que o pensamento perverso do Amaranto lhe passou pela cabeça. Respirou fundo e fez um corte na palma da mão. Então, deixou que o sangue escorresse no livro.
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Olivia escreveu:– Você tem razão, zio. – disse. – Farei exatamente isso. Existe mais alguma coisa que eu possa fornecer para o seu trabalho?
Marius balançou a mão no ar de qualquer jeito.
– Não se preocupe com mais nada. Álvaro e eu cuidamos disso. Você e os rapazes cuidam do resto – e com o "resto" ele quis dizer aquela “coisa nossa”.
Olivia escreveu:– Na verdade, não cheguei a abri-lo – confessou. – Eu tinha acabado de resolver o enigma quando vocês chegaram. Estou ansiosa para descobrir o que é.
– Então vá lá e clame o que é seu por direito, minha querida – falou. – Seja o que for, certamente valerá a pena.
Olivia não questionou, mas antes de voltar para o quarto chamou Fabrizio para conversar.
Olivia escreveu:– Pretendo seguir o conselho do zio e manter distância do Sabá, para fingirmos que estamos intimidados – disse. – Já que vamos usar mercenários para confundir nossos inimigos, quero que me digam uma coisa: quem são os mais estúpidos desta cidade? Quero plantar alguns assassinatos para que eles comecem uma guerra e tirem a atenção de nós. Na medida que eles estiverem enfraquecidos, vamos acabando com todos. Dylan, quem comanda os portos? Quero conquistá-los para Antonella.
– Os portos são usados para todo o tipo de tráfico: humano, bélico, mas principalmente de entorpecentes, então a chance de que os homens de Mendes estejam envolvidos é grande – disse o Nosferatu.
– Quanto aos assassinatos – disse Fabrizio –, o que não falta nessa cidade são gangues. Podemos usá-las e depois descartá-las antes que abram o bico. Contudo, esse tipo de coisa precisa ser feita com máximo planejamento. Vá conversar com o livro e então nos reuniremos para planejar o próximo ataque.
No quarto, Olivia não se continha de ansiedade. A expectativa de um grande poder, aliada ao ódio por Krisolva fez ela jogar o livro aberto na cama e, sem perder tempo, cortar a mão e deixar o sangue escorrer nas folhas em branco. Poucos segundos depois, o livro se fechou sozinho, como tivesse sido mexido por um espírito, e então algo bizarro ocorreu. O rosto macabro da capa assumiu feições e começou a falar:
– Um segredo… muito antigo, a muito perdido. Um segredo, do mais longínquo passado do teu sangue. Um segredo encoberto por traição, crime e heresia. Esse segredo será teu, Olivia Giovanni.
E então o rosto sumiu, voltando a se tornar aquela coisa deformada e estática. Quando Olivia o abriu, seus olhos se arregalaram, pois o que estava escrito ali, em italiano claro e moderno, provavelmente era algo que os vampiros não conheciam mais a pelo menos mil anos.
- Off:
- No telegram eu te dou detalhes...
Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
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Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Maravilhada com o que lia, Olívia sentiu-se no auge de sua realização. Seus olhos brilharam diante das páginas do livro que ela lia com a mesma voracidade com que lera seus livros na época da faculdade. Depois de um tempo, seus olhos começaram a arder. Apesar de tudo, era bom pegar leve. Aquilo que o livro lhe mostrava - provavelmente uma nova linha da Necromancia - era algo complexo de se entender que deveria ser estudado com tempo. Agora, ela precisava planejar uma guerra contra as gangues de Newark.
Reuniu-se com Dylan, Fabrizio, Antonella e os irmãos. Estava já há algumas noites sem vê-los, falando apenas com Fabrizio. Cumprimentou-os amigavelmente e se sentou no sofá ao lado do primo.
- Muito bem, queridos. Eu estou inteira e pronta para voltar à ativa, como podem ver. - ela começou. - Também acabei de abrir o baú do Don e aprendi coisas novas. Isso significa que vamos esmagar todos os nossos inimigos nesta cidade. Primeiro, quero saber como está o progresso com seu bordel, Fabrizio.
Quando ele terminou seu relatório, olhou para Antonella.
- Algum avanço no reconhecimento dos portos? Dylan disse que provavelmente estão sob domínio dos mexicanos. Você deve se concentrar nisso agora. Zio Marius e Álvaro vão cuidar da localização do nonno, então você pode ficar livre para começar sua conquista.
Então, para Dino e Luna.
- Como William tem se saído? - perguntou. - Ele ainda não sabe, mas pretendo recomendá-lo dentro de alguns anos. Ele seria uma ótima adição para trabalhar com vocês, e eu poderia Abraçá-lo.
Fez uma pausa e acendeu um cigarro. Olhou novamente para Fabrizio.
- Querido, fale-me sobre como você pretende usar os assassinos contra as gangues. - e fez um gesto, como se a ideia tivesse sido dele. - Com a contribuição de todos, podemos fazer um plano melhor.
Reuniu-se com Dylan, Fabrizio, Antonella e os irmãos. Estava já há algumas noites sem vê-los, falando apenas com Fabrizio. Cumprimentou-os amigavelmente e se sentou no sofá ao lado do primo.
- Muito bem, queridos. Eu estou inteira e pronta para voltar à ativa, como podem ver. - ela começou. - Também acabei de abrir o baú do Don e aprendi coisas novas. Isso significa que vamos esmagar todos os nossos inimigos nesta cidade. Primeiro, quero saber como está o progresso com seu bordel, Fabrizio.
Quando ele terminou seu relatório, olhou para Antonella.
- Algum avanço no reconhecimento dos portos? Dylan disse que provavelmente estão sob domínio dos mexicanos. Você deve se concentrar nisso agora. Zio Marius e Álvaro vão cuidar da localização do nonno, então você pode ficar livre para começar sua conquista.
Então, para Dino e Luna.
- Como William tem se saído? - perguntou. - Ele ainda não sabe, mas pretendo recomendá-lo dentro de alguns anos. Ele seria uma ótima adição para trabalhar com vocês, e eu poderia Abraçá-lo.
Fez uma pausa e acendeu um cigarro. Olhou novamente para Fabrizio.
- Querido, fale-me sobre como você pretende usar os assassinos contra as gangues. - e fez um gesto, como se a ideia tivesse sido dele. - Com a contribuição de todos, podemos fazer um plano melhor.
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
– Muito bem, queridos. Eu estou inteira e pronta para voltar à ativa, como podem ver – começou Olivia. – Também acabei de abrir o baú do Don e aprendi coisas novas. Isso significa que vamos esmagar todos os nossos inimigos nesta cidade. Primeiro, quero saber como está o progresso com seu bordel, Fabrizio.
– Está indo tudo bem – disse, calmamente. – Descobri que um imbecil gravava as fodas dos quartos com equipamento do porão sem o conhecimento do dono. Foi assim que o Sabá infelizmente acabou tendo acesso à forma de Dylan. Eu adoraria interrogar o pervertido, mas parece que alguém do Sabá literalmente abriu o cara no meio; pelo menos isso não vai acontecer mais.
Olivia então se voltou para Antonella.
– Algum avanço no reconhecimento dos portos? Dylan disse que provavelmente estão sob domínio dos mexicanos. Você deve se concentrar nisso agora. Zio Marius e Álvaro vão cuidar da localização do nonno, então você pode ficar livre para começar sua conquista.
Antonella apenas aquiesceu. Ela estava deduzindo que Olivia estava dando a ela carta branca para tratar a situação como julgasse melhor.
Dirigindo a palavra agora para Dino e Luna, o casal de matadores, Olivia pergunta sobre seu lacaio favorito.
– Como William tem se saído? – perguntou. – Ele ainda não sabe, mas pretendo recomendá-lo dentro de alguns anos. Ele seria uma ótima adição para trabalhar com vocês, e eu poderia Abraçá-lo.
– Indo bem – disse Luna. – É um excelente piloto de fuga, mas ainda precisa melhorar um pouco quando se trata de usar armas. Isso eu posso ensinar, com prazer. Basta me dar algumas horas sozinha com ele todas as noites e ele vai ficar perito.
– Prima – disse Dino – se me permite fazer um pedido, gostaríamos de auxiliar a Antonella com o caso dos portos. Com Luna e eu cuidando do fogo pesado e o William nas rodas em caso de necessidade de fuga, daríamos uma dor de cabeça e tanto para eles. Honestamente ficar parado aqui não faz nosso tipo.
Ao mesmo tempo que refletia sobre as palavras – e sobre o duplo sentido do que Luna falara –, Olivia acendia um cigarro e voltava a se dirigir à Fabrizio.
– Querido, fale-me sobre como você pretende usar os assassinos contra as gangues – e fez um gesto, como se a ideia tivesse sido dele. – Com a contribuição de todos, podemos fazer um plano melhor.
– Bem… Consegui levantar algumas informações pelas fofocas do bordel. Tem uma gangue latina nova no pedaço que está querendo se aliar com o Mendes para tirar uma grana do lucro de cocaína, ou seja, trabalhar como músculos para ele. O suposto líder deles “Caquito”, vive se engraçando com uma negra chamada Alana lá no bordel. Ela ouviu ele dizendo que faria qualquer coisa pela aprovação do Mendes, então talvez possamos usar isso para começar uma guerra… Dylan pode se passar por um dos homens do mexicano facilmente, certo?
As peças estavam na mesa. Bastava Olivia decidir como queria encaixá-las.
– Está indo tudo bem – disse, calmamente. – Descobri que um imbecil gravava as fodas dos quartos com equipamento do porão sem o conhecimento do dono. Foi assim que o Sabá infelizmente acabou tendo acesso à forma de Dylan. Eu adoraria interrogar o pervertido, mas parece que alguém do Sabá literalmente abriu o cara no meio; pelo menos isso não vai acontecer mais.
Olivia então se voltou para Antonella.
– Algum avanço no reconhecimento dos portos? Dylan disse que provavelmente estão sob domínio dos mexicanos. Você deve se concentrar nisso agora. Zio Marius e Álvaro vão cuidar da localização do nonno, então você pode ficar livre para começar sua conquista.
Antonella apenas aquiesceu. Ela estava deduzindo que Olivia estava dando a ela carta branca para tratar a situação como julgasse melhor.
- Off:
- Se você pretende coordenar mais o curso de ação dela, agora é a hora.
Dirigindo a palavra agora para Dino e Luna, o casal de matadores, Olivia pergunta sobre seu lacaio favorito.
– Como William tem se saído? – perguntou. – Ele ainda não sabe, mas pretendo recomendá-lo dentro de alguns anos. Ele seria uma ótima adição para trabalhar com vocês, e eu poderia Abraçá-lo.
– Indo bem – disse Luna. – É um excelente piloto de fuga, mas ainda precisa melhorar um pouco quando se trata de usar armas. Isso eu posso ensinar, com prazer. Basta me dar algumas horas sozinha com ele todas as noites e ele vai ficar perito.
– Prima – disse Dino – se me permite fazer um pedido, gostaríamos de auxiliar a Antonella com o caso dos portos. Com Luna e eu cuidando do fogo pesado e o William nas rodas em caso de necessidade de fuga, daríamos uma dor de cabeça e tanto para eles. Honestamente ficar parado aqui não faz nosso tipo.
Ao mesmo tempo que refletia sobre as palavras – e sobre o duplo sentido do que Luna falara –, Olivia acendia um cigarro e voltava a se dirigir à Fabrizio.
– Querido, fale-me sobre como você pretende usar os assassinos contra as gangues – e fez um gesto, como se a ideia tivesse sido dele. – Com a contribuição de todos, podemos fazer um plano melhor.
– Bem… Consegui levantar algumas informações pelas fofocas do bordel. Tem uma gangue latina nova no pedaço que está querendo se aliar com o Mendes para tirar uma grana do lucro de cocaína, ou seja, trabalhar como músculos para ele. O suposto líder deles “Caquito”, vive se engraçando com uma negra chamada Alana lá no bordel. Ela ouviu ele dizendo que faria qualquer coisa pela aprovação do Mendes, então talvez possamos usar isso para começar uma guerra… Dylan pode se passar por um dos homens do mexicano facilmente, certo?
As peças estavam na mesa. Bastava Olivia decidir como queria encaixá-las.
Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
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Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Era bom voltar ao trabalho. Enquanto ela fumava, ouviu o que os primos tinham a dizer. Não entendia como Antonella queria tomar os portos, mas queria saber para ter uma ideia de quantos recursos seriam necessários para a operação. Dependendo de como ela fizesse, poderia inclusive começar a mexer alguns pauzinhos para facilitar sua vida. Ia fazer isso depois.
Luna, como sempre, conseguiu incomodá-la. A ideia de vê-la todas as noites sozinha com William não lhe agradava nem um pouco, principalmente porque ela sabia que sua prima não se limitaria apenas a ensina-lo a atirar. Porém, precisava que ele estivesse no auge de suas habilidades. Só esperava que Luna não fosse filha da puta e o abraçasse na frente dela.
- Tudo bem, você pode treiná-lo. - disse, com um olhar de censura. - Mas não se empolgue muito.
Ela balançou a cabeça em afirmação. Sorriu para ele.
- Mas é claro que pode. - respondeu, num tom bem mais agradável do que costumava usar com sua irmã. - Eu seria uma tola se não permitisse.
Aquela era uma boa ideia. Sentiu-se aliviada por ter conseguido tirar Dylan daquele buraco, porque suas habilidades seriam muito úteis agora, e ela tinha certeza de que ele tinha mais alguns truques na manga.
- É muito bom saber disso. Acho que não seria grande dificuldade para você, não é Dylan? Só vamos precisar das fotos de toda a gangue para fazermos um disfarce coerente. - falou, então se virou para Antonella. - Querida, como você pretende usar essas ferramentas para a sua conquista? Deve estar ciente de que eu pretendo mover todos os recursos que tenho para que você realize seu trabalho.
Quando a reunião terminou, ela decidiu mandar uma mensagem para Virgo. Fazia algumas noites que não o via e começava a ficar preocupada com ele. Os aliados podiam sofrer represálias por parte de qualquer uma das gangues. Decidiu adotar o tom mais sedutor possível.
Caso ele apareça, Olívia vai preparar mais uma garrafa de vinho com seu sangue, para continuar o processo de transformá-lo num carniçal. Também vai repor o sangue que gastou durante a noite.
Luna escreveu:– Indo bem – disse Luna. – É um excelente piloto de fuga, mas ainda precisa melhorar um pouco quando se trata de usar armas. Isso eu posso ensinar, com prazer. Basta me dar algumas horas sozinha com ele todas as noites e ele vai ficar perito.
Luna, como sempre, conseguiu incomodá-la. A ideia de vê-la todas as noites sozinha com William não lhe agradava nem um pouco, principalmente porque ela sabia que sua prima não se limitaria apenas a ensina-lo a atirar. Porém, precisava que ele estivesse no auge de suas habilidades. Só esperava que Luna não fosse filha da puta e o abraçasse na frente dela.
- Tudo bem, você pode treiná-lo. - disse, com um olhar de censura. - Mas não se empolgue muito.
Dino escreveu:– Prima – disse Dino – se me permite fazer um pedido, gostaríamos de auxiliar a Antonella com o caso dos portos. Com Luna e eu cuidando do fogo pesado e o William nas rodas em caso de necessidade de fuga, daríamos uma dor de cabeça e tanto para eles. Honestamente ficar parado aqui não faz nosso tipo.
Ela balançou a cabeça em afirmação. Sorriu para ele.
- Mas é claro que pode. - respondeu, num tom bem mais agradável do que costumava usar com sua irmã. - Eu seria uma tola se não permitisse.
Fabrizio escreveu:– Bem… Consegui levantar algumas informações pelas fofocas do bordel. Tem uma gangue latina nova no pedaço que está querendo se aliar com o Mendes para tirar uma grana do lucro de cocaína, ou seja, trabalhar como músculos para ele. O suposto líder deles “Caquito”, vive se engraçando com uma negra chamada Alana lá no bordel. Ela ouviu ele dizendo que faria qualquer coisa pela aprovação do Mendes, então talvez possamos usar isso para começar uma guerra… Dylan pode se passar por um dos homens do mexicano facilmente, certo?
Aquela era uma boa ideia. Sentiu-se aliviada por ter conseguido tirar Dylan daquele buraco, porque suas habilidades seriam muito úteis agora, e ela tinha certeza de que ele tinha mais alguns truques na manga.
- É muito bom saber disso. Acho que não seria grande dificuldade para você, não é Dylan? Só vamos precisar das fotos de toda a gangue para fazermos um disfarce coerente. - falou, então se virou para Antonella. - Querida, como você pretende usar essas ferramentas para a sua conquista? Deve estar ciente de que eu pretendo mover todos os recursos que tenho para que você realize seu trabalho.
Quando a reunião terminou, ela decidiu mandar uma mensagem para Virgo. Fazia algumas noites que não o via e começava a ficar preocupada com ele. Os aliados podiam sofrer represálias por parte de qualquer uma das gangues. Decidiu adotar o tom mais sedutor possível.
Estou com saudades, querido. Seria um abuso de seu tempo querer passar uma noite em sua companhia? Precisamos terminar o que começamos.
Caso ele apareça, Olívia vai preparar mais uma garrafa de vinho com seu sangue, para continuar o processo de transformá-lo num carniçal. Também vai repor o sangue que gastou durante a noite.
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
– É muito bom saber disso. Acho que não seria grande dificuldade para você, não é Dylan? Só vamos precisar das fotos de toda a gangue para fazermos um disfarce coerente – falou, então se virou para Antonella. – Querida, como você pretende usar essas ferramentas para a sua conquista? Deve estar ciente de que eu pretendo mover todos os recursos que tenho para que você realize seu trabalho.
Antonella ficou em silêncio por um momento, reflexiva. Olhava para Dylan, olhava para Olivia e para Dino e Luna e então se levantou, com uma postura muito semelhante à de Olivia – ela era muito responsável, apesar de tudo. Dará uma boa capo.
– Esse tal “Caquito” quer a aprovação de Mendes, e sabemos que Mendes tem uma certa rivalidade com os idiotas das tríades por causa do mercado de heroína exportada de Hong Kong. Apesar de eles usarem o porto mediante uma taxa, não é segredo que Mendes gostaria de dominar todo o mercado de drogas daqui. Assim sendo, podemos usar isso como um pretexto; uma prova de lealdade que “Mendes” pede de Caquito, vê?
– Você quer que todos pense que Mendes mandou Caquito dar cabo nos chinas – disse Fabrizio, mais afirmando do que perguntando.
– Exato, meu querido. Isso causaria uma guerra, faria a tríade atacar o porto e o que sobrar dos dois nós matamos. Temos poder de fogo o bastante para cuidar dos resquícios de duas facções.
– E ainda podemos contar com “Little Anne” e seus homens – afirmou Fabrizio.
Todos então olharam para Olivia. Era costume esperar a aprovação de tudo da pessoa que estava no comando, e com ela não era diferente, mas antes que ela pudesse falar algo, Dylan se adiantou:
– Tem outra coisa também... – começou ele, reticente. – Existe um velho aliado na cidade. Um amigo do meu clã, apesar de não ser um dos nossos. Ele é antigo, exilado e procura não se envolver muito na politicagem da seita. Ele tem habilidades que podem ser úteis em muitas coisas, inclusive em ajudar no caso de Virgílio. Eu não mencionei antes porque como Olivia já tinha recebido Marius, achei que não seria necessário, e também porque Olivia iria precisar de muita paciência com ele, afinal ele é totalmente louco... Mas se for o caso, podemos ir buscar ele, mas vou precisar que Olivia venha junto, afinal ela se mostrou boa com enigmas.
Olivia pensou em tudo o que foi dito, mas era coisa demais para decidir. Ela pediu uns minutos para pensar e se retirou, enviando uma mensagem para Virgo. Não demorou muito e ele respondeu:
“Como quiser, madame. Estarei aí o quanto antes.”
Seus planos de completar o laço de Virgo talvez pudessem demorar um pouco mais. As coisas começavam a complicar.
Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
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Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Olívia ouviu os planos de Antonella com atenção enquanto fumava seu cigarro. Ela tinha um bom plano e, sinceramente, não via nenhum defeito aparente naquilo. A verdade é que entendia pouco de combate e estratégia e, se tinha algum mérito naquilo, era o de se cercar de pessoas que entendiam de assuntos além do seu conhecimento e aproveitá-los.
- O plano é bom. - disse. - Vocês podem iniciá-lo quando quiserem. Mas tomem cuidado para não serem pegos.
Então Dylan entrou na conversa.
Ela fez uma careta. Na verdade, não era exatamente boa com enigmas. Mas se ela não fosse o suficiente, Marius com certeza seria. Respirou fundo.
- Toda ajuda será bem-vinda, Dylan. - respondeu. - Se um Malkaviano pode ajudar, só me resta me preparar para aguentar o tranco. Encontrar meu avô é mais importante do que os chiliques de um lunáticos. Vamos atrás dele.
Levantou-se e viu a mensagem de Virgo. Deu um sorriso sacana. Se estivesse viva, certamente estaria subindo pelas paredes.
Amanhã à noite, então. Vou contar cada minuto.
- O plano é bom. - disse. - Vocês podem iniciá-lo quando quiserem. Mas tomem cuidado para não serem pegos.
Então Dylan entrou na conversa.
Dylan escreveu:– Tem outra coisa também... – começou ele, reticente. – Existe um velho aliado na cidade. Um amigo do meu clã, apesar de não ser um dos nossos. Ele é antigo, exilado e procura não se envolver muito na politicagem da seita. Ele tem habilidades que podem ser úteis em muitas coisas, inclusive em ajudar no caso de Virgílio. Eu não mencionei antes porque como Olivia já tinha recebido Marius, achei que não seria necessário, e também porque Olivia iria precisar de muita paciência com ele, afinal ele é totalmente louco... Mas se for o caso, podemos ir buscar ele, mas vou precisar que Olivia venha junto, afinal ela se mostrou boa com enigmas.
Ela fez uma careta. Na verdade, não era exatamente boa com enigmas. Mas se ela não fosse o suficiente, Marius com certeza seria. Respirou fundo.
- Toda ajuda será bem-vinda, Dylan. - respondeu. - Se um Malkaviano pode ajudar, só me resta me preparar para aguentar o tranco. Encontrar meu avô é mais importante do que os chiliques de um lunáticos. Vamos atrás dele.
Levantou-se e viu a mensagem de Virgo. Deu um sorriso sacana. Se estivesse viva, certamente estaria subindo pelas paredes.
Amanhã à noite, então. Vou contar cada minuto.
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Dylan arrumou um carro e levou Olivia para uma área estranha e distante, quase fora dos limites da cidade. O local era muito deserto, quase sem nenhum movimento e, se Olivia não fosse uma vampira, ela certamente teria se arrependido de ter ido até lá.
– É ali, vê? – disse Dylan, apontando para o que parecia ser uma velha igreja abandonada e sinistra. – É ali que é o refúgio dele.
Dylan e Olivia desceram do carro e, por um momento, contemplaram aquele local sinistro e nada convidativo.
– Eu nunca pisei lá – continuou o Nosferatu. – Ele me disse que eu poderia procurá-lo se precisasse, mas então outros da minha ninhada disseram que o refúgio é tão insano quanto ele, e que não seria fácil entrar lá simplesmente arrombando.
O vitral estava despedaçado e, pela quantidade de sujeira nas escadas de ambos os lados, parecia que ninguém colocava os pés lá dentro fazia muito tempo.
– Bem, é isso aí. Vamos lá…
Eles passaram por latões de lixo, viciados estirados no chão e cachorros sarnentos até que alcançaram os primeiros degraus. Quando chegaram na grande porta dupla de madeira, ela parecia muito bem trancada. Mesmo com Dylan forçando, ela não cedeu.
– Velho amigo! Sou eu, Dylan! – disse, em alto e bom som. – Vim pedir teu auxílio, como uma vez disse que poderia!
A única resposta foi o silêncio.
– Merda!
Dylan chegou a esmurrar a porta com força, mas nada aconteceu. A porta não cedeu, tampouco alguém apareceu para recepcioná-los.
– Olivia, deve haver outro jeito de entrar aqui, ou isso é um dos jogos idiotas dos malkavianos, Me ajude a encontrar alguma pista, sim?
A dupla começou a procurar nos arredores sobre alguma pista. Do lado da grande porta, nada havia mas, nos ornamentos do portal, haviam duas grandes estátuas de pedras representando santos e tanto Olivia quanto Dylan perceberam que ambas as estátuas seguravam uma criança nos braços com um dos bracinhos apontando para cima, contudo a estátua da direita exibia uma criança sem o braço que deveria apontar.
– Será isso? – perguntou Dylan. – Será essa uma espécie de fechadura maluca? Isso é algo bem típico de um malkaviano. Bem, se acharmos o braço que falta, podemos tentar colocar no lugar e ver se a porta abre. Deve estar nos arredores ou quem sabe algum desses junkies de merda viu…
Dylan e Olivia olharam para o lugar mais óbvio primeiro: o chão, mas nada havia ali. Eles então olharam as escadarias, mas também não havia nada. A suposta chave poderia estar no lixo, escondido em algum gramado ou mesmo caído em algum bueiro, o que certamente complicaria as coisas para eles.
– Alguma ideia, Olivia?
– É ali, vê? – disse Dylan, apontando para o que parecia ser uma velha igreja abandonada e sinistra. – É ali que é o refúgio dele.
Dylan e Olivia desceram do carro e, por um momento, contemplaram aquele local sinistro e nada convidativo.
– Eu nunca pisei lá – continuou o Nosferatu. – Ele me disse que eu poderia procurá-lo se precisasse, mas então outros da minha ninhada disseram que o refúgio é tão insano quanto ele, e que não seria fácil entrar lá simplesmente arrombando.
O vitral estava despedaçado e, pela quantidade de sujeira nas escadas de ambos os lados, parecia que ninguém colocava os pés lá dentro fazia muito tempo.
– Bem, é isso aí. Vamos lá…
Eles passaram por latões de lixo, viciados estirados no chão e cachorros sarnentos até que alcançaram os primeiros degraus. Quando chegaram na grande porta dupla de madeira, ela parecia muito bem trancada. Mesmo com Dylan forçando, ela não cedeu.
– Velho amigo! Sou eu, Dylan! – disse, em alto e bom som. – Vim pedir teu auxílio, como uma vez disse que poderia!
A única resposta foi o silêncio.
– Merda!
Dylan chegou a esmurrar a porta com força, mas nada aconteceu. A porta não cedeu, tampouco alguém apareceu para recepcioná-los.
– Olivia, deve haver outro jeito de entrar aqui, ou isso é um dos jogos idiotas dos malkavianos, Me ajude a encontrar alguma pista, sim?
- Testes:
- Dylan, Percepção + Prontidão: 8, 9, 5, 6, 8, 7, 9 (4 Sucessos)
Olívia, Percepção + Prontidão: 9, 4 (1 Sucesso)
A dupla começou a procurar nos arredores sobre alguma pista. Do lado da grande porta, nada havia mas, nos ornamentos do portal, haviam duas grandes estátuas de pedras representando santos e tanto Olivia quanto Dylan perceberam que ambas as estátuas seguravam uma criança nos braços com um dos bracinhos apontando para cima, contudo a estátua da direita exibia uma criança sem o braço que deveria apontar.
– Será isso? – perguntou Dylan. – Será essa uma espécie de fechadura maluca? Isso é algo bem típico de um malkaviano. Bem, se acharmos o braço que falta, podemos tentar colocar no lugar e ver se a porta abre. Deve estar nos arredores ou quem sabe algum desses junkies de merda viu…
Dylan e Olivia olharam para o lugar mais óbvio primeiro: o chão, mas nada havia ali. Eles então olharam as escadarias, mas também não havia nada. A suposta chave poderia estar no lixo, escondido em algum gramado ou mesmo caído em algum bueiro, o que certamente complicaria as coisas para eles.
– Alguma ideia, Olivia?
Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
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Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
De novo, lá estava ela resolvendo enigmas.
Olívia ficou olhando para a paisagem enquanto pensava no que aquelas imagens deveriam conter. Talvez uma alavanca, talvez apenas um enigma esquisito feito pela mente doentia de um Malkaviano. Lembrou-se da razão pela qual evitava ter que lidar com eles.
A primeira coisa que fez, depois de verificar os lugares mais óbvios, foi olhar para cima, onde o braço da primeira criança apontava. Depois, ficou atrás da segunda estátua, olhando para as possíveis direções onde o braço ausente poderia apontar. Talvez, com aquela perspectiva, encontrasse algo suspeito. Caso não, simplesmente começa a procurar no lixo, fuçando no lugar com um galho ou qualquer outra coisa comprida que possa ser usada. Com uma cara de nojo, ela começa a se arrepender de ter aceitado aquela ideia.
- Espero que esse louco seja realmente capaz de nos ajudar. - resmungou. - Vou sair daqui mais fedida do que um defunto.
Olívia ficou olhando para a paisagem enquanto pensava no que aquelas imagens deveriam conter. Talvez uma alavanca, talvez apenas um enigma esquisito feito pela mente doentia de um Malkaviano. Lembrou-se da razão pela qual evitava ter que lidar com eles.
A primeira coisa que fez, depois de verificar os lugares mais óbvios, foi olhar para cima, onde o braço da primeira criança apontava. Depois, ficou atrás da segunda estátua, olhando para as possíveis direções onde o braço ausente poderia apontar. Talvez, com aquela perspectiva, encontrasse algo suspeito. Caso não, simplesmente começa a procurar no lixo, fuçando no lugar com um galho ou qualquer outra coisa comprida que possa ser usada. Com uma cara de nojo, ela começa a se arrepender de ter aceitado aquela ideia.
- Espero que esse louco seja realmente capaz de nos ajudar. - resmungou. - Vou sair daqui mais fedida do que um defunto.
- OFF:
- Acho que aqui cabe uns dois testes. Um usando Inteligência pra analisar as estátuas daquela forma e outro usando Percepção caso ela não ache nada suspeito.
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
- Testes:
- Olivia, Inteligência + Ocultismo: 3,9,2,1 (Falha)
Olivia, Percepção + Investigação: 4,3,9 (1 Sucesso)
Olívia, carregada de um humor desagradável, começou a mexer no lixo quando analisou as estátuas e não percebeu nem nada de anormal, tampouco alguma pista. Ela gastou algum tempo contornando os arredores, analisando lixeiras, mendigos dopados e as poucas árvores que haviam nos arredores. Ela então finalmente encontrou o bracinho da estátua jogado perto do tronco de uma velha árvore morta. A pequena mão de pedra estava suja de merda fresca e o cheiro de cu exalava de forma acre daquela peça, o que indicava que não fazia muito tempo que o objeto estava sendo usado para estimular as pregas de alguma escória das proximidades.
Com asco redobrado e um azedume notável nas expressões, Olívia pegou aquela peça e viu que havia uma gravura complexa na extremidade onde ela se encaixava com o resto da estátua.
Ela apenas avisou Dylan que havia encontrado e, sem perder mais tempo, foi até a estátua e encaixou o braço. Um grande “bum” pôde ser ouvido do lado de dentro, e então lentamente a porta foi abrindo, causando um rangido “de arrepiar os pentelhos do cu”.
- Off:
- Parafraseando certa narradora que eu conheço.
O hall principal do local era macabro. O tapete roxo, estava comido por traças em várias partes. Os bancos estavam desalinhados, mas todos tinham cadáveres murchos, preservados em formol. Na frente, havia um crucifixo gigante virado de lado que, ao invés de um cristo, tinha um esqueleto pregado – um esqueleto com presas...
Quando Olívia e Dylan entraram e começaram a caminhar, uma das pedras do chão afundou, o que fez a porta atrás dele bater violentamente e barras de ferro em formas de espigões subirem, bloqueando completamente a entrada.
– Merda! – gritou Dylan. – Agora vamos ter de achar outra saída!
Conforme eles caminhavam, os cadáveres viravam suas cabeças para acompanhá-los, causando um ruído de ossos e ligações prestes a partir. O olhar dos mortos pôde ser sentido até que eles chegaram no altar de pedra e as cabeças da plateia voltaram à posição original.
No altar havia uma manivela e uma espécie de botão. Além disso, haviam espelhos danificados dos dois lados do hall, próximos à primeira fileira de assentos, que refletiam quem estavam sobre o púlpito – Dylan e Olívia, nesse caso.
– Certo, e agora? – disse o Nosferatu, visivelmente frustrado. – Mais jogos?
O hall era totalmente em formato retangular, e não mostrava nenhuma outra entrada ou saída pelas laterais. A porta que agora estava bloqueada parecia ser a única entrada e saída – apesar de haver uma passarela no andar de cima e uma torre do sino.
Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
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Re: Império do Anoitecer – Crônica Solo.
Olívia era acostumada com bizarrices. Para começar, era uma Giovanni. Seus pais eram primos de primeiro grau, Fabrizio e Antonella eram filhos de uma relação entre irmãos, trepavam entre si e constantemente colocavam suas irmãs no meio. Ela também vira, desde a adolescência, coisas estranhas acontecendo na casa do avô e descobrira, aos vinte anos, que parte de seus parentes eram um bando de vampiros.
Mesmo assim, não estava totalmente preparada para entrar no refúgio de um Malkaviano.
Ao entrar naquela imitação horrorosa de igreja, olhou para os lados sentindo um arrepio escroto na espinha. Estava fedida por ter mexido no lixo, pegado uma porra de um braço que algum filho da puta usara como consolo e agora estava entrando num refúgio cheio de cadáveres que viravam a cabeça para eles. E o pior de tudo era pensar que, enquanto ela se fodia ali para ter alguma vantagem para encontrar Virgílio, Luna estava em casa usando a esdrúxula desculpa do treinamento para trepar com seu guarda-costas. Puta que pariu.
Respirou fundo e correu os olhos pelo ambiente. Dylan estava tão nervoso quanto ela.
- Não sei como vocês conseguem conviver com esses loucos. - disse. - Eles são demais até para mim.
Foi até a manivela e a analisou por alguns segundos.
- Acho que tem alguma coisa a ver com isso aqui. - falou, sem tirar os olhos do mecanismo. - O que a gente não faz pela família, não?
E começou a girar a manivela para ver qual seria seu efeito.
Mesmo assim, não estava totalmente preparada para entrar no refúgio de um Malkaviano.
Ao entrar naquela imitação horrorosa de igreja, olhou para os lados sentindo um arrepio escroto na espinha. Estava fedida por ter mexido no lixo, pegado uma porra de um braço que algum filho da puta usara como consolo e agora estava entrando num refúgio cheio de cadáveres que viravam a cabeça para eles. E o pior de tudo era pensar que, enquanto ela se fodia ali para ter alguma vantagem para encontrar Virgílio, Luna estava em casa usando a esdrúxula desculpa do treinamento para trepar com seu guarda-costas. Puta que pariu.
Respirou fundo e correu os olhos pelo ambiente. Dylan estava tão nervoso quanto ela.
- Não sei como vocês conseguem conviver com esses loucos. - disse. - Eles são demais até para mim.
Foi até a manivela e a analisou por alguns segundos.
- Acho que tem alguma coisa a ver com isso aqui. - falou, sem tirar os olhos do mecanismo. - O que a gente não faz pela família, não?
E começou a girar a manivela para ver qual seria seu efeito.
Akira Toriyama- Data de inscrição : 15/09/2010
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