Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
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Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
@Charlotte
- Somos fracos. - E Charlotte poderia jurar que houve um tom de tristeza e um momento de silêncio. - À Mim não há dúvida sobre a existência dEle, mas sobre Tua bondade, e isto Me mata. Há muito não vejo nem ouço sobre Tua misericórdia, Teu amor infinito ou Teu perdão. E é na descrença que mora mEu pecado, mEu erro e mEu orgulho.
Charlotte sente uma imensa vergonha por um Ser de tamanha glória dividir suas incertezas pessoais com ela, completamente indigna. A pureza e transparência dEle é tamanha que dói. Dói para Charlotte saber que ela, de todas as pessoas, é a primeira ouvinte que Ele tem em dezenas e dezenas de anos.
- Tu te tornaste o que é. - Ele finaliza, e esta verdade a atinge como uma flecha.
Charlotte não consegue conter o choro, e ele não sai silencioso. Ela berra e chora alto como a criança que sempre foi, sempre será.
- Somos fracos. - E Charlotte poderia jurar que houve um tom de tristeza e um momento de silêncio. - À Mim não há dúvida sobre a existência dEle, mas sobre Tua bondade, e isto Me mata. Há muito não vejo nem ouço sobre Tua misericórdia, Teu amor infinito ou Teu perdão. E é na descrença que mora mEu pecado, mEu erro e mEu orgulho.
Charlotte sente uma imensa vergonha por um Ser de tamanha glória dividir suas incertezas pessoais com ela, completamente indigna. A pureza e transparência dEle é tamanha que dói. Dói para Charlotte saber que ela, de todas as pessoas, é a primeira ouvinte que Ele tem em dezenas e dezenas de anos.
- Tu te tornaste o que é. - Ele finaliza, e esta verdade a atinge como uma flecha.
Charlotte; Temer
Força de Vontade = 5 / Dif = 10
3, 8, 3, 2, 6 = Falha.
Força de Vontade = 5 / Dif = 10
3, 8, 3, 2, 6 = Falha.
Charlotte não consegue conter o choro, e ele não sai silencioso. Ela berra e chora alto como a criança que sempre foi, sempre será.
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
As lagrimas caia descontroladamente em meu rosto, minha tentativa em conte-las eram em vão a ponto de não tentar mais tal ato, meu pequeno corpo tremia, ouvi-lo "desabafar" era demais para um pequeno ser como eu, meu corpo respondia a dor por ele sentida, todos os meus pecados me fazia ficar com vergonha e indigna de ouvi-lo.
Sua resposta me atingia como uma bola de canhão, meu peito parecia abrir e a dor não me permitia dizer nada além de chorar, mais não um choro contido, um berro saia do fundo de minha alma, um choro sincero e tão profundo como nunca em minha existência o fiz.
Ainda sobre soluços descontrolados, aguardava segundos que mais pareciam horas.-Eu...Engolia seco.-Nunca conheci esse lado dele...Com a voz tremula e chorosa continuava.-Não imagino sua dor...mais se ele era tão bom porque não o escolheu...digo antes de ca...Engolia minha ultima palavra, falar que este ser era um demônio parecia tão contraditório que minha razão não me permitia que tal palavra saísse de minha boca.-Desculpe, não queria feri-lo com tal pergunta.Esfregava minhas bochechas tentando tirar as lagrimas mais era em vão, tudo era novo para eu nessa situação, um dialogo sincero, um ouvinte sem interesses, mais algo ainda era comum, alguém como ele sempre teria alguém como eu para o caçar e isso agora era o que mais me doía.
Sua resposta me atingia como uma bola de canhão, meu peito parecia abrir e a dor não me permitia dizer nada além de chorar, mais não um choro contido, um berro saia do fundo de minha alma, um choro sincero e tão profundo como nunca em minha existência o fiz.
Ainda sobre soluços descontrolados, aguardava segundos que mais pareciam horas.-Eu...Engolia seco.-Nunca conheci esse lado dele...Com a voz tremula e chorosa continuava.-Não imagino sua dor...mais se ele era tão bom porque não o escolheu...digo antes de ca...Engolia minha ultima palavra, falar que este ser era um demônio parecia tão contraditório que minha razão não me permitia que tal palavra saísse de minha boca.-Desculpe, não queria feri-lo com tal pergunta.Esfregava minhas bochechas tentando tirar as lagrimas mais era em vão, tudo era novo para eu nessa situação, um dialogo sincero, um ouvinte sem interesses, mais algo ainda era comum, alguém como ele sempre teria alguém como eu para o caçar e isso agora era o que mais me doía.
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
@Charlotte
- Nós escolhemos os homens. Contra a lei do Senhor, demo-nos o conhecimento e o domínio da natureza, pois os amávamos. E por isso o Pai nos virou as costas. E os homens, depois, também. Abandonados por todos que mais amávamos. Mas hei que Eu lhes ofereço o perdão, e trago a oportunidade de uma nova aliança. - Ele abaixa-se, ficando na altura da pequena Charlotte, e estende a mão em sua direção. - Vem. Retira-Me daqui, e terás mEu perdão.
Não há escolha. Como em um sonho, Charlotte se vê engatinhando na direção do Anjo. Suas mãos irão esfregar o círculo de sangue e libertá-Lo, e então iniciar-se-à uma nova Era de glória, numa aliança entre homens e anjos.
- Nós escolhemos os homens. Contra a lei do Senhor, demo-nos o conhecimento e o domínio da natureza, pois os amávamos. E por isso o Pai nos virou as costas. E os homens, depois, também. Abandonados por todos que mais amávamos. Mas hei que Eu lhes ofereço o perdão, e trago a oportunidade de uma nova aliança. - Ele abaixa-se, ficando na altura da pequena Charlotte, e estende a mão em sua direção. - Vem. Retira-Me daqui, e terás mEu perdão.
Júpiter; Voz Celestial
Manipulação+Liderança = 15 / Dif = 6
8, 9, 3, 6, 9, 3, 9, 7, 8, 1(x), 9, 4, 4, 7, 10(4) = 9 sucessos
Charlotte; Resistir
Força de Vontade = 5 / Dif = 6
9, 2, 10(5), 9, 8 = 4 sucessos
Total = 5 sucessos
Manipulação+Liderança = 15 / Dif = 6
8, 9, 3, 6, 9, 3, 9, 7, 8, 1(x), 9, 4, 4, 7, 10(4) = 9 sucessos
Charlotte; Resistir
Força de Vontade = 5 / Dif = 6
9, 2, 10(5), 9, 8 = 4 sucessos
Total = 5 sucessos
Não há escolha. Como em um sonho, Charlotte se vê engatinhando na direção do Anjo. Suas mãos irão esfregar o círculo de sangue e libertá-Lo, e então iniciar-se-à uma nova Era de glória, numa aliança entre homens e anjos.
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
Sua resposta era diferente do que imaginava, ele foi banido por ajudar os mortais? Minha confusão ficava explicita entre as lagrimas, como isso iria contra as regras dos criador? Já iria o questionar quando o vejo abaixar, seus olhos ficam na altura no meu e aquela voz penetra minha vontade como uma faca penetra a manteiga.
Me via engatinhando até ele, via sua mão estendida me atraindo como um imã atraia o metal, ele era tão belo, suas intenções era tão puras, ele...(-1FDV)é um demônio...não poderia quebrar esse circulo, no ultimo segundo me jogava para trás me arrastando até me encontrar novamente contra a parede então com nítido medo dizia.
-Não...não...Respirava ofegante, a presença dele me deixava exausta e não saberia por quanto tempo o suportaria.-Isso não o libertará...se...se...se eu romper você volta para as chamas do inferno.Eu havia estudado muito e em todos os livros e infernalistas da qual já extrai informação uma das poucas coisas em comum era essa.
Olhava para baixo em meus pensamentos já me perguntava quem estava ganhando tempo, pois certamente ele sabia que era questão de tempo eu não poder mais resistir, a grande questão era, se meus aliados seriam eficientes a tempos.-Onde eu me encaixo na perfeita obra da criação?Ele daria perdão aos mortais, mais não era mortal, então não tinha espaço em sua aliança, com dificuldade me colocava em pé, estava exausta, não fisicamente, mais era como se tivesse levado minha mente ao extremo pelos últimos 200 anos...se a bíblia estivesse certa era ou era hora do apocalipse ou seria bom ter uma ajudinha...
-A bíblia e 100% verdadeira?
Ele não tinha o porque ter pressa, se seu poder fosse real o que seria alguns minutos para quem já esperou por eras.
Me via engatinhando até ele, via sua mão estendida me atraindo como um imã atraia o metal, ele era tão belo, suas intenções era tão puras, ele...(-1FDV)é um demônio...não poderia quebrar esse circulo, no ultimo segundo me jogava para trás me arrastando até me encontrar novamente contra a parede então com nítido medo dizia.
-Não...não...Respirava ofegante, a presença dele me deixava exausta e não saberia por quanto tempo o suportaria.-Isso não o libertará...se...se...se eu romper você volta para as chamas do inferno.Eu havia estudado muito e em todos os livros e infernalistas da qual já extrai informação uma das poucas coisas em comum era essa.
Olhava para baixo em meus pensamentos já me perguntava quem estava ganhando tempo, pois certamente ele sabia que era questão de tempo eu não poder mais resistir, a grande questão era, se meus aliados seriam eficientes a tempos.-Onde eu me encaixo na perfeita obra da criação?Ele daria perdão aos mortais, mais não era mortal, então não tinha espaço em sua aliança, com dificuldade me colocava em pé, estava exausta, não fisicamente, mais era como se tivesse levado minha mente ao extremo pelos últimos 200 anos...se a bíblia estivesse certa era ou era hora do apocalipse ou seria bom ter uma ajudinha...
-A bíblia e 100% verdadeira?
Ele não tinha o porque ter pressa, se seu poder fosse real o que seria alguns minutos para quem já esperou por eras.
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
-Está bem. - Ele concorda - No entanto, ainda temos um problema a resolver. Os Tremeres... - Ele retoma o assunto, mas dessa vez, mais detalhadamente - Eles provavelmente vão tentar me matar e me espionar. Afinal, eles tem todos aqueles truques de magia e não acredito que me deixariam simplesmente escapar numa boa. E embora você possa pensar que isso é um problema só meu, ele pode te afetar também. O que acha que aconteceria se a Camarilla descobrisse sobre a nossa aliança? Se eles estiverem me espionando, será impossível esconder isso deles. - Ele faz uma leve pausa - Veja bem, eu não quero abusar da sua boa vontade. Estou claramente em uma situação em que não se pode exigir muito. Mas você sabe que o que eu disse é verdade. E mesmo que você não tenha mais a influência de um Príncipe, você continua sendo um poderoso e genial ancião. Você conhece o líder dos Tremeres da cidade, certo? Creio que seja um dos Primigênie ou algo assim. Se você utilizasse a sua dominação silenciosa nele, do modo como usou em mim, você poderia resolver isso. Se você fizer ele perder o interesse em mim e dizer para os outros Tremeres simplesmente não perderem mais tempo comigo e se ocuparem com outras coisas, isso poderia resolver tudo, e nem eu nem você correríamos risco. Pense bem, vale mais a pena se arriscar dessa forma, do que arriscar ter seu segredo descoberto. O que me diz? - Elyon não estava fazendo uma exigência, ele realmente não queria perder a simpatia de Gorgonier. No entanto, era uma sugestão que, se bem aceita, poderia salvar o Gangrel de mais uma perseguição insistente de seus inimigos, algo que ele já sabia o quanto era irritante pela sua experiência com os Garou. Além disso, era inegável que seus argumentos faziam sentido, e Gorgonier tinha boas chances de ser descoberto se Elyon estivesse sendo espionado. Em outras situações, Gorgonier poderia procurar outros aliados menos arriscados, mas naquele caso, Elyon era o único em quem ele podia confiar, já que a Camarilla não podia saber e qualquer outro membro do Sabá tentaria matá-lo.
No One- Data de inscrição : 18/03/2010
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
@Charlotte
- Não há chamas no inferno, criança. Só o nada. - Paciente como um pai, ele corrige. - Não temeis por Mim, Eu aceito quaisquer que sejam os custos do Pai pela redenção. - Ainda com a mão esticada, ele balança os dedos à chamá-la.
Quando a garota se levanta, Ele continua abaixado. Seus olhos agora estão na mesma altura, e há ternura e eterna compaixão em Seu semblante.
- Tu já não és mais filha do Senhor Nosso Pai. Os de sua raça já estão condenados, e em tempo voltarão todos ao pó. Mas posso salvar-te. Posso torná-la mortal. Apenas venha, retira-Me deste aro de sangue impuro. - Ele a chama novamente.
Conforme Charlotte cambaleia novamente na direção do Anjo, ela pode ouvir ele tranquilizá-la de certa maneira com a resposta para sua última pergunta balbuciada.
- Não.
@Elyon Kameroth
Preocupado em ser convincente, Kameroth regurgita palavras atrás de palavras em um apelo quase desesperado.
- Ssshh... - Gorgonier gentilmente o interrompe no meio, quando já ouviu o bastante. - Não se preocupe com isso, eu já pensei nessa parte. Agora, se me dá licença, tenho uma noite longa pela frente. Esteja preparado para amanhã.
Ele sai e fecha a porta, deixando o Gangrel sozinho na sala escura novamente. Assim ele passa o resto da noite, e dorme pelo dia seguinte.
Elyon acorda com alguém refazendo a manutenção habitual na máquina. Ele pensa que verá Olliver, mas quem está ali é Branca, toda negra.
- Boa noite. - Ela o cumprimenta, de forma seca. E então vai até sua maca e corta o próprio pulso com uma afiada faca de cozinha, deixando jorrar o sangue na goela de um faminto Kameroth.
Kameroth; pds 6/15; FV 3/8
Ela fecha a própria ferida com a língua e vai até a porta, abrindo uma fresta e olhando para fora.
- O que está esperando? Saia daí! Gaste só o mínimo de sangue que precisar.
A ordem da garota não é apenas sensata, como também atraente. O Gangrel sente-se curiosamente impelido a fazer o que ela diz, no momento em que ela o diz.
- Não há chamas no inferno, criança. Só o nada. - Paciente como um pai, ele corrige. - Não temeis por Mim, Eu aceito quaisquer que sejam os custos do Pai pela redenção. - Ainda com a mão esticada, ele balança os dedos à chamá-la.
Quando a garota se levanta, Ele continua abaixado. Seus olhos agora estão na mesma altura, e há ternura e eterna compaixão em Seu semblante.
- Tu já não és mais filha do Senhor Nosso Pai. Os de sua raça já estão condenados, e em tempo voltarão todos ao pó. Mas posso salvar-te. Posso torná-la mortal. Apenas venha, retira-Me deste aro de sangue impuro. - Ele a chama novamente.
Júpiter; Voz Celestial
Manipulação+Liderança = 15 / Dif = 6
8, 7, 2, 9, 7, 4, 4, 1(x), 9, 6, 1(x), 10(9), 3, 4, 3 = 6 sucessos
Charlotte; Resistir
Força de Vontade = 5 / Dif = 6
3, 1(x), 5, 9, 2 = Falha.
Total = 6 sucessos.
Charlotte; 1/5 FV
Manipulação+Liderança = 15 / Dif = 6
8, 7, 2, 9, 7, 4, 4, 1(x), 9, 6, 1(x), 10(9), 3, 4, 3 = 6 sucessos
Charlotte; Resistir
Força de Vontade = 5 / Dif = 6
3, 1(x), 5, 9, 2 = Falha.
Total = 6 sucessos.
Charlotte; 1/5 FV
Conforme Charlotte cambaleia novamente na direção do Anjo, ela pode ouvir ele tranquilizá-la de certa maneira com a resposta para sua última pergunta balbuciada.
- Não.
@Elyon Kameroth
Preocupado em ser convincente, Kameroth regurgita palavras atrás de palavras em um apelo quase desesperado.
- Ssshh... - Gorgonier gentilmente o interrompe no meio, quando já ouviu o bastante. - Não se preocupe com isso, eu já pensei nessa parte. Agora, se me dá licença, tenho uma noite longa pela frente. Esteja preparado para amanhã.
Ele sai e fecha a porta, deixando o Gangrel sozinho na sala escura novamente. Assim ele passa o resto da noite, e dorme pelo dia seguinte.
Elyon acorda com alguém refazendo a manutenção habitual na máquina. Ele pensa que verá Olliver, mas quem está ali é Branca, toda negra.
- Boa noite. - Ela o cumprimenta, de forma seca. E então vai até sua maca e corta o próprio pulso com uma afiada faca de cozinha, deixando jorrar o sangue na goela de um faminto Kameroth.
Kameroth; pds 6/15; FV 3/8
Ela fecha a própria ferida com a língua e vai até a porta, abrindo uma fresta e olhando para fora.
- O que está esperando? Saia daí! Gaste só o mínimo de sangue que precisar.
A ordem da garota não é apenas sensata, como também atraente. O Gangrel sente-se curiosamente impelido a fazer o que ela diz, no momento em que ela o diz.
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
Gorgonier o interrompeu quando percebeu onde ele queria chegar. Kameroth estava realmente preocupado com o seu futuro ao sair dali, ele estava cansado de ser perseguido e não ter a liberdade de ficar em um lugar isolado por muito tempo, temendo seus próprios passos. No entanto, o toreador tentava tranquilizá-lo, dizendo ter aquela situação sobre controle. Elyon realmente esperava que ele tivesse. Por fim, ele sai, deixando Elyon sozinho novamente, aguardando pelo amanhecer.
Na noite seguinte, Branca é quem liga a máquina. Ela o cumprimenta secamente, e ele retribui com o mesmo cumprimento. No entanto, ela não perdeu mais tempo com formalidades depois disso, indo direto ao ponto. Cortando seu pulso, ela o levou até a boca do Gangrel, que se alimentou desesperadamente, como um humano que não comia há dias. A vitae cainita era ainda mais saborosa que a vitae normal, fato que associado a enorme sede que o Gangrel sentia, fez daquela uma das mais saborosas refeições de Elyon. Quando percebeu que ele já tinha bebido o suficiente, Branca o interrompeu, recolhendo seu pulso e fechando a ferida.
Ela vai até a porta e olha discretamente do lado de fora. Percebendo que o caminho estava livre, deu-lhe a ordem para partir imediatamente. A voz de Branca era mais atrativa aos ouvidos do Gangrel do que antes, e ele sentia vontade de obedecer ao seu comando (embora ele já fosse fazer aquilo mesmo se ela não tivesse pedido). Elyon sabia que aquilo era efeito do sangue que ele tinha recebido dela, mas um pequeno laço de sangue com Branca não era motivo de preocupação.
-Muito obrigado. - Ele agradece, enquanto seu corpo começa a se transformar em névoa. Aquilo levaria alguns segundos, então ele aproveitava esse breve tempo para se despedir - Espero que no futuro você também consiga se livrar desse lugar.
E então, já na forma de névoa, Kameroth utiliza também a ofuscação, uma de suas disciplinas mais aprimoradas, para desaparecer completamente. Ele sairá da sala rapidamente, mas ainda prestando atenção ao seu redor, tomando cuidado para não ser descoberto. Ele sabia que apenas vampiros antigos, com um domínio excelente de Auspícios poderiam detectá-lo, mas ainda assim evitava cruzar o caminho de possíveis indivíduos até a saída, por precaução. Uma vez que conseguisse sair, voaria na forma de névoa para um lugar bem distante e seguro, de preferência onde ele pudesse se alimentar mais.
Na noite seguinte, Branca é quem liga a máquina. Ela o cumprimenta secamente, e ele retribui com o mesmo cumprimento. No entanto, ela não perdeu mais tempo com formalidades depois disso, indo direto ao ponto. Cortando seu pulso, ela o levou até a boca do Gangrel, que se alimentou desesperadamente, como um humano que não comia há dias. A vitae cainita era ainda mais saborosa que a vitae normal, fato que associado a enorme sede que o Gangrel sentia, fez daquela uma das mais saborosas refeições de Elyon. Quando percebeu que ele já tinha bebido o suficiente, Branca o interrompeu, recolhendo seu pulso e fechando a ferida.
Ela vai até a porta e olha discretamente do lado de fora. Percebendo que o caminho estava livre, deu-lhe a ordem para partir imediatamente. A voz de Branca era mais atrativa aos ouvidos do Gangrel do que antes, e ele sentia vontade de obedecer ao seu comando (embora ele já fosse fazer aquilo mesmo se ela não tivesse pedido). Elyon sabia que aquilo era efeito do sangue que ele tinha recebido dela, mas um pequeno laço de sangue com Branca não era motivo de preocupação.
-Muito obrigado. - Ele agradece, enquanto seu corpo começa a se transformar em névoa. Aquilo levaria alguns segundos, então ele aproveitava esse breve tempo para se despedir - Espero que no futuro você também consiga se livrar desse lugar.
E então, já na forma de névoa, Kameroth utiliza também a ofuscação, uma de suas disciplinas mais aprimoradas, para desaparecer completamente. Ele sairá da sala rapidamente, mas ainda prestando atenção ao seu redor, tomando cuidado para não ser descoberto. Ele sabia que apenas vampiros antigos, com um domínio excelente de Auspícios poderiam detectá-lo, mas ainda assim evitava cruzar o caminho de possíveis indivíduos até a saída, por precaução. Uma vez que conseguisse sair, voaria na forma de névoa para um lugar bem distante e seguro, de preferência onde ele pudesse se alimentar mais.
No One- Data de inscrição : 18/03/2010
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
Vazio? Por alguns instantes imagino como seria ver os milênios passar no meio do absoluto nada, minha espinha tremia diante dessa mera possibilidade, sua mão ainda esticada em minha direção era tentador, ele não temia por sua própria existência e via nesse ato sua chance de redenção.
Novamente cambaleante ia em sua direção era impossível resistir a sua perfeição, tudo nele era magnifico, tudo nele me fazia o querer até que suas palavras me atingiam e então voltava em mim, me tornar mortal? (-1FDV)Chacoalhava minha cabeça em negação a esse ideia patética, a mortalidade nunca me trouxe nada de bom e ele queria em enfiar nela novamente? Odiava minha mentora mas não pelo que fez e sim por quando o fez e ela um dia teria o que merecia, mais voltar a mortalidade não era uma opção aceitável.
A bíblia não era verdadeira, isso não era a resposta que esperava, mais isso não importava mais era chegada a hora, tinha que tentar a submissão deste ser ou eu seria submetida, estava exausta como nunca antes tivera em toda minha existência.
-Sabe, o que penso...Me o mais ereta possível.-Você busca o perdão tentando ir contra a vontade de seu criador, o perdão não esta ai, tens que o buscar dentro de você.Enquanto dizia colocava o capuz e voltava a caminhar de um lado para outro, meu coração doía mas tinha de ser feito, pegava uma das facas que estava em minha perna, colocava sobre meu braço.
-Et effundetur sanguis meus."Eu derramo meu sangue"Lentamente apertava a faca em meu braço.-Nam dominate hoc daemon."para que domine este denomio"Começava a cortar lentamente meu braço deixando o sangue escorrer.-Et in columnam corruptus, quod eius proditione sino hodie quod et maceriae depulsae."Um pilar corrompido que a sua traição permite hoje que seja subjuldado."Virava meu braço deixando o corte para baixo, as gotas caiam enquanto começava a andar em volta do circulo usado para o invocar e assim que um segundo circulo formado por gotas de meu sangue se fechava.-אחד שהוא בטוח שהוא אוהב את ללא תנאי ego præcipio tibi, adoraveris me nunc."אחד שהוא בטוח שהוא אוהב את ללא תנאי eu lhe ordeno, se curve diante de mim agora!"Com meu indicador limpava o sangue da lamina e como um chicote o lançava sobre ele.
A batalha estava próxima do fim, em poucos minutos saberíamos o destino de todos e do fundo do meu amago esperava ter sucesso.
Novamente cambaleante ia em sua direção era impossível resistir a sua perfeição, tudo nele era magnifico, tudo nele me fazia o querer até que suas palavras me atingiam e então voltava em mim, me tornar mortal? (-1FDV)Chacoalhava minha cabeça em negação a esse ideia patética, a mortalidade nunca me trouxe nada de bom e ele queria em enfiar nela novamente? Odiava minha mentora mas não pelo que fez e sim por quando o fez e ela um dia teria o que merecia, mais voltar a mortalidade não era uma opção aceitável.
A bíblia não era verdadeira, isso não era a resposta que esperava, mais isso não importava mais era chegada a hora, tinha que tentar a submissão deste ser ou eu seria submetida, estava exausta como nunca antes tivera em toda minha existência.
-Sabe, o que penso...Me o mais ereta possível.-Você busca o perdão tentando ir contra a vontade de seu criador, o perdão não esta ai, tens que o buscar dentro de você.Enquanto dizia colocava o capuz e voltava a caminhar de um lado para outro, meu coração doía mas tinha de ser feito, pegava uma das facas que estava em minha perna, colocava sobre meu braço.
-Et effundetur sanguis meus."Eu derramo meu sangue"Lentamente apertava a faca em meu braço.-Nam dominate hoc daemon."para que domine este denomio"Começava a cortar lentamente meu braço deixando o sangue escorrer.-Et in columnam corruptus, quod eius proditione sino hodie quod et maceriae depulsae."Um pilar corrompido que a sua traição permite hoje que seja subjuldado."Virava meu braço deixando o corte para baixo, as gotas caiam enquanto começava a andar em volta do circulo usado para o invocar e assim que um segundo circulo formado por gotas de meu sangue se fechava.-אחד שהוא בטוח שהוא אוהב את ללא תנאי ego præcipio tibi, adoraveris me nunc."אחד שהוא בטוח שהוא אוהב את ללא תנאי eu lhe ordeno, se curve diante de mim agora!"Com meu indicador limpava o sangue da lamina e como um chicote o lançava sobre ele.
A batalha estava próxima do fim, em poucos minutos saberíamos o destino de todos e do fundo do meu amago esperava ter sucesso.
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
[OFF]
Acabou, senhores.
Foi um imenso prazer jogar com vocês durante essa Saga, assim como cada um dos que nos acompanhou antes. Foram sete Ciclos (praticamente dois anos!) seguindo a mesma crônica, e agora ela finalmente chega ao fim.
Espero que vocês tenham se divertido tanto quanto eu e, assim como eu, se lembrem desse jogo quando forem conversar sobre RPG com seus amigos nerds. Lembrar com carinho da Saga de Júpiter é o mínimo que nós temos que fazer, porque eu sinceramente duvido que muita gente leia tudo isso!
Esse é o "último" post. Agora acabou, postem apenas suas reações e talvez uma ou outra ação óbvia. Depois eu vou escrever o posfácio, saltando no tempo e descrevendo as consequências dessa Saga pra cada um de vocês três, e vocês poderão fazer um post final definitivo.
Foi um prazer. Feliz dia das bruxas! (que coincidência engraçada terminarmos na data da Palla Grande)
No ciclo que vem continuarei narrando no mesmo universo mas vou iniciar outra história, embora não saiba dizer se ela também vai durar sete Ciclos. Então aquele abraço pra quem vai, e até ciclo que vem pra quem fica! x)
[ON]
Em um certo pântano, em uma certa cabana perdida no tempo e espaço, toca num velho gramofone uma velha música...
@Charlotte
É difícil para Charlotte ir contra Júpiter. A mera presença do Anjo, sequer a intenção de ir contra Ele, é absolutamente desgastante. A pura energia vital da garota foi completamente minada, e apenas se manter de pé lhe custa um esforço heróico. Assumindo que sobreviva a este diálogo, ela precisará de muito tempo para se sentir bem novamente.
- Não faça isso. - Agora de pé, o Anjo pede calmamente enquanto Charlotte o circunda recitando o ritual em latim. - Por favor, pare. - Ele não ordena, apenas pede. - Por que está fazendo isso? - Mas Charlotte não responde. Ela mal pode ouví-Lo na verdade, pois completar essa ação lhe requer suas últimas gotas de determinação. A garota está em um estado de transe beirando a inconsciência, lutando para se manter acordada.
- אחד שהוא בטוח שהוא אוהב את ללא תנאי ego præcipio tibi, adoraveris me nunc. - Charlotte recita seu antigo nome angelical, numa tentativa desesperada de subjulgá-Lo sem o conhecimento do Nome Verdadeiro.
E então Júpiter perde a compostura. Ao recitar o nome que representava sua antiga essência, a qual foi retorcida pela negação de Deus e as eras no vazio do inferno, ela toca em uma ferida aberta crucial do Demônio. Uma ferida que possivelmente jamais fechará.
"Quando o anjo caído se deixa consumir por sua natureza demoníaca, sua pele torna-se negra como fumaça e parece efervescer com padrões de um vermelho soturno que pulsam com as batidas do coração do demônio. Seus olhos brilham como carvões em brasa e sua cabeleira vasta se agita com um vento espectral."
- Tamanha ousadia! - Ele não consegue mais manter-se glorioso, revelando uma faceta desgastada que reflete todos os séculos de indignação. Seu corpo aumenta de tamanho, seus pés mal cabem no círculo e sua cabeça chega a causar uma rachadura no teto do quarto. Uma cauda fustigante feita de vértebras em chamas ondula pelo quarto, ignorando os limites do círculo de sangue. Rombos em seu torso revelam um sangue ígneo, fluindo como lava e pulsando arritmadamente. - Eu já não me chamo אחד שהוא בטוח שהוא אוהב את ללא תנאי! Eu não sou um filho dEle! Tu insultas-me com tua arrogância, maldita meretriz! Maldita sejas tu e toda a tua linhagem, eu juro que lhe trago comigo para o... - Sua língua pontiforme profere inúmeras maldições e insultos bíblicos, cujo tom arrebatador realmente atinge o coração de quem os ouve e lhe atormenta a alma em desgraça.
Atingiria. Charlotte já não tem mais forças pra isso. Sua tentativa falhou, e não lhe resta mais nada. Exausta, sem esperanças, a garota se rende. Seu corpo vai ao chão como um tronco seco, e sua cabeça bate de lado no assoalho. Sua última sensação antes de perder a consciência é o chão tornando-se cada vez mais quente, e o aro de sangue borbulhando conforme o líquido entra em ebulição. Acabou...
Bom, não exatamente. A garota acorda com uma voz feminina gritando algo furiosamente em uma língua perdida.
- המטופל מחזיק את האש של יצירה, אני מגנים אותו לזחול בחזרה לגיהינום שהבורא ציווה עליו פעם אחת כדי להישאר!
Charlotte teve a impressão de estar inconsciente por horas, mas lhe parece que passou-se apenas um segundo. Ela pode dizer isso pelo estado do sangue no chão, ainda não completamente evaporado. A voz que ouve é, estranhamente, de Samantha. Ela consegue mover o rosto e ver que a mulher está gritando com o dedo em riste, mas há um pano firmemente amarrado à sua cabeça que lhe tapa os olhos e ouvidos.
O Demônio ruge, urra e se debate, conforme uma fenda perversa e perturbadora abre-se sob seus pés, limitada pelo fraco círculo de sangue, e o suga com força de volta para o Inferno.
- Eu lhe condeno, criança meretriz! Eu lhe condeno! - Ele grita em desespero, conforme arranha o assoalho numa vã tentativa de não ser engolido de volta. Mas é inútil.
Júpiter, ou melhor, המטופל מחזיק את האש של יצירה, desaparece na fenda bíblica. Sua voz é calada pelo vazio do inferno, e a fenda se fecha lenta e agoniantemente.
A calmaria toma conta do quarto. Askasha aproxima-se de Charlotte, joga o machado para o lado (posteriormente Charlotte virá a descobrir que a porta de alguma maneira se trancou sozinha) e a pega em seus braços. Samantha desamarra a camiseta de sua cabeça, retirando assim o celular que lhe estava amarrado no ouvido.
- Desculpe a demora. - Samantha diz, olhando apreensiva para a Ductus.
- Sssh... - Askasha a acalanta, carregando-a para fora do quarto. - Não converse. Está acabado agora. Durma...
Charlotte dorme. E esse será provavelmente o sono mais tranquilo que ela terá desde que nasceu.
@Jorge Altobello
O Lasombra corre por entre o pântano. A arma em punho, acotovelando galhos que lhe arranham a cada largo passo. Ele precisa se afastar o mais rápido possível, precisa alcançar a cabana onde estará seguro. Gorgonier era muito rápido, mesmo para um vampiro, então ele provavelmente já está lá. Para Altobello, que veio carregado, só resta imaginar a distância exata para voltar.
Cada passo é uma aposta. Ele não faz ideia de qual seja a velocidade de Júpiter. Só lhe resta assumir que a gaiola O impede de teleportar-se instantaneamente, caso contrário ele provavelmente já teria tido sua coluna arrancada como o monstro fez com sua Cria. Ele espera que ele ainda esteja ocupado, que aquele grande Garou lhe consiga pelo menos algum tempo. Mas o importante já foi feito. A garota está morta. Júpiter obviamente perdeu. Certo?
Ele corre pelo que lhe parecem ser bons vinte minutos e, quando já está começando a pensar que se perdeu, chega no local. Altobello não consegue ver a cabana, nem sinal de Gorgonier ou Eleniel. Mas ele reconhece o espaço, reconhece a queimada. Ele sabe que é ali, só que... ela não está lá.
Há, contudo, algo no chão, no local onde ele se lembra que estaria a porta da cabana.
Uma flor de Lotus e um pequeno cartão, de belíssima caligrafia.
"Obrigado."
No verso, uma pequena frase.
"Faça um chá quando se sentir sem saída."
E é só.
@Elyon Kameroth
Kameroth começa a se desmaterializar. Ele pensa em se despedir da garota, mas algo dentro de si grita mais alto. O Gangrel não pode simplesmente deixá-la para trás. Calado, ele transforma-se em névoa, desprende-se da maca e volta à sua forma humanídea novamente.
- Sim. - Ela diz, olhando-o nos olhos. - Estamos juntos agora. - E a ideia lhe parece ótima.
Branca lhe mostra o caminho. Eles passam por um corredor de pedra, sobem uma escada em espiral e alcançam um andar mais refinado. Aqui se parece menos com uma masmorra, e mais com uma grande mansão. Ou, talvez, um grande banco. Paredes de mármore, colunas gregas e tapetes vermelhos por toda parte, além de várias portas e corredores. Mas nenhuma alma viva à vista. Teria Gorgonier alguma participação nisso? O Gangrel pode ver câmeras em vários cantos, mas só lhe resta confiar que Gorgonier cuide disso também.
Eles saem do First World Bank, e não há nenhum guarda ou porteiro na entrada. A rua da cidade, de noitinha, tem um ou outro pedestre passando, completamente alheio aos dois. É estranho, fácil demais.
A garota o arrasta pela mão pela calçada, vira num beco e corre por ali, atravessando a rua do quarteirão de trás e puxando-o por mais algumas quadras.
Os dois chegam por fim à um amplo parque e, uma vez no centro do gramado sob a noite estrelada, Branca finalmente sente-se segura. Sua pele e cabelos voltam ao normal, deixando de ser a linda menina negra que a traz força para tornar-se novamente a pequena garota branca e indefesa.
- Aaaah... - Sua doce voz parece aliviada, e ela se deixa cair sobre a grama úmida de orvalho. - Estamos livres, Uli! - Ela lhe estende a mão, para que ele deite com ela. - Há tanta coisa pra você me mostrar, tanto pra descobrirmos! Eu quero experimentar de tudo, quero ver suas lutas, quero conhecer seus amigos! Aaaah... - Ela suspira animada.
Então a menina mexe atrás da calça e puxa um pequeno envelope, com um bonito e antigo selo.
- Gorgonier mandou eu te entregar isso. Ele disse pra você não abrir, e entregar pra ele quando se encontrarem. - Ela o entrega, e o envelope parece conter um minúsculo volume, embora não dê pra saber o que é. Uma inscrição impressa à máquina no envelope reforça o comando "Não abra".
Acabou, senhores.
Foi um imenso prazer jogar com vocês durante essa Saga, assim como cada um dos que nos acompanhou antes. Foram sete Ciclos (praticamente dois anos!) seguindo a mesma crônica, e agora ela finalmente chega ao fim.
Espero que vocês tenham se divertido tanto quanto eu e, assim como eu, se lembrem desse jogo quando forem conversar sobre RPG com seus amigos nerds. Lembrar com carinho da Saga de Júpiter é o mínimo que nós temos que fazer, porque eu sinceramente duvido que muita gente leia tudo isso!
Esse é o "último" post. Agora acabou, postem apenas suas reações e talvez uma ou outra ação óbvia. Depois eu vou escrever o posfácio, saltando no tempo e descrevendo as consequências dessa Saga pra cada um de vocês três, e vocês poderão fazer um post final definitivo.
Foi um prazer. Feliz dia das bruxas! (que coincidência engraçada terminarmos na data da Palla Grande)
No ciclo que vem continuarei narrando no mesmo universo mas vou iniciar outra história, embora não saiba dizer se ela também vai durar sete Ciclos. Então aquele abraço pra quem vai, e até ciclo que vem pra quem fica! x)
[ON]
Em um certo pântano, em uma certa cabana perdida no tempo e espaço, toca num velho gramofone uma velha música...
@Charlotte
É difícil para Charlotte ir contra Júpiter. A mera presença do Anjo, sequer a intenção de ir contra Ele, é absolutamente desgastante. A pura energia vital da garota foi completamente minada, e apenas se manter de pé lhe custa um esforço heróico. Assumindo que sobreviva a este diálogo, ela precisará de muito tempo para se sentir bem novamente.
- Não faça isso. - Agora de pé, o Anjo pede calmamente enquanto Charlotte o circunda recitando o ritual em latim. - Por favor, pare. - Ele não ordena, apenas pede. - Por que está fazendo isso? - Mas Charlotte não responde. Ela mal pode ouví-Lo na verdade, pois completar essa ação lhe requer suas últimas gotas de determinação. A garota está em um estado de transe beirando a inconsciência, lutando para se manter acordada.
- אחד שהוא בטוח שהוא אוהב את ללא תנאי ego præcipio tibi, adoraveris me nunc. - Charlotte recita seu antigo nome angelical, numa tentativa desesperada de subjulgá-Lo sem o conhecimento do Nome Verdadeiro.
E então Júpiter perde a compostura. Ao recitar o nome que representava sua antiga essência, a qual foi retorcida pela negação de Deus e as eras no vazio do inferno, ela toca em uma ferida aberta crucial do Demônio. Uma ferida que possivelmente jamais fechará.
"Quando o anjo caído se deixa consumir por sua natureza demoníaca, sua pele torna-se negra como fumaça e parece efervescer com padrões de um vermelho soturno que pulsam com as batidas do coração do demônio. Seus olhos brilham como carvões em brasa e sua cabeleira vasta se agita com um vento espectral."
- Tamanha ousadia! - Ele não consegue mais manter-se glorioso, revelando uma faceta desgastada que reflete todos os séculos de indignação. Seu corpo aumenta de tamanho, seus pés mal cabem no círculo e sua cabeça chega a causar uma rachadura no teto do quarto. Uma cauda fustigante feita de vértebras em chamas ondula pelo quarto, ignorando os limites do círculo de sangue. Rombos em seu torso revelam um sangue ígneo, fluindo como lava e pulsando arritmadamente. - Eu já não me chamo אחד שהוא בטוח שהוא אוהב את ללא תנאי! Eu não sou um filho dEle! Tu insultas-me com tua arrogância, maldita meretriz! Maldita sejas tu e toda a tua linhagem, eu juro que lhe trago comigo para o... - Sua língua pontiforme profere inúmeras maldições e insultos bíblicos, cujo tom arrebatador realmente atinge o coração de quem os ouve e lhe atormenta a alma em desgraça.
Atingiria. Charlotte já não tem mais forças pra isso. Sua tentativa falhou, e não lhe resta mais nada. Exausta, sem esperanças, a garota se rende. Seu corpo vai ao chão como um tronco seco, e sua cabeça bate de lado no assoalho. Sua última sensação antes de perder a consciência é o chão tornando-se cada vez mais quente, e o aro de sangue borbulhando conforme o líquido entra em ebulição. Acabou...
Bom, não exatamente. A garota acorda com uma voz feminina gritando algo furiosamente em uma língua perdida.
- המטופל מחזיק את האש של יצירה, אני מגנים אותו לזחול בחזרה לגיהינום שהבורא ציווה עליו פעם אחת כדי להישאר!
Charlotte teve a impressão de estar inconsciente por horas, mas lhe parece que passou-se apenas um segundo. Ela pode dizer isso pelo estado do sangue no chão, ainda não completamente evaporado. A voz que ouve é, estranhamente, de Samantha. Ela consegue mover o rosto e ver que a mulher está gritando com o dedo em riste, mas há um pano firmemente amarrado à sua cabeça que lhe tapa os olhos e ouvidos.
O Demônio ruge, urra e se debate, conforme uma fenda perversa e perturbadora abre-se sob seus pés, limitada pelo fraco círculo de sangue, e o suga com força de volta para o Inferno.
- Eu lhe condeno, criança meretriz! Eu lhe condeno! - Ele grita em desespero, conforme arranha o assoalho numa vã tentativa de não ser engolido de volta. Mas é inútil.
Júpiter, ou melhor, המטופל מחזיק את האש של יצירה, desaparece na fenda bíblica. Sua voz é calada pelo vazio do inferno, e a fenda se fecha lenta e agoniantemente.
A calmaria toma conta do quarto. Askasha aproxima-se de Charlotte, joga o machado para o lado (posteriormente Charlotte virá a descobrir que a porta de alguma maneira se trancou sozinha) e a pega em seus braços. Samantha desamarra a camiseta de sua cabeça, retirando assim o celular que lhe estava amarrado no ouvido.
- Desculpe a demora. - Samantha diz, olhando apreensiva para a Ductus.
- Sssh... - Askasha a acalanta, carregando-a para fora do quarto. - Não converse. Está acabado agora. Durma...
Charlotte dorme. E esse será provavelmente o sono mais tranquilo que ela terá desde que nasceu.
@Jorge Altobello
O Lasombra corre por entre o pântano. A arma em punho, acotovelando galhos que lhe arranham a cada largo passo. Ele precisa se afastar o mais rápido possível, precisa alcançar a cabana onde estará seguro. Gorgonier era muito rápido, mesmo para um vampiro, então ele provavelmente já está lá. Para Altobello, que veio carregado, só resta imaginar a distância exata para voltar.
Cada passo é uma aposta. Ele não faz ideia de qual seja a velocidade de Júpiter. Só lhe resta assumir que a gaiola O impede de teleportar-se instantaneamente, caso contrário ele provavelmente já teria tido sua coluna arrancada como o monstro fez com sua Cria. Ele espera que ele ainda esteja ocupado, que aquele grande Garou lhe consiga pelo menos algum tempo. Mas o importante já foi feito. A garota está morta. Júpiter obviamente perdeu. Certo?
Ele corre pelo que lhe parecem ser bons vinte minutos e, quando já está começando a pensar que se perdeu, chega no local. Altobello não consegue ver a cabana, nem sinal de Gorgonier ou Eleniel. Mas ele reconhece o espaço, reconhece a queimada. Ele sabe que é ali, só que... ela não está lá.
Há, contudo, algo no chão, no local onde ele se lembra que estaria a porta da cabana.
Uma flor de Lotus e um pequeno cartão, de belíssima caligrafia.
"Obrigado."
No verso, uma pequena frase.
"Faça um chá quando se sentir sem saída."
E é só.
@Elyon Kameroth
Kameroth começa a se desmaterializar. Ele pensa em se despedir da garota, mas algo dentro de si grita mais alto. O Gangrel não pode simplesmente deixá-la para trás. Calado, ele transforma-se em névoa, desprende-se da maca e volta à sua forma humanídea novamente.
- Você virá comigo? - Ele questiona. O Gangrel não tinha pensado que Branca arriscaria fugir com ele. Estava claro que ele tinha superestimado a bondade da garota ao achar que ela o ajudaria de graça.
- Sim. - Ela diz, olhando-o nos olhos. - Estamos juntos agora. - E a ideia lhe parece ótima.
- Você conhece o lugar melhor que eu. Qual o melhor modo de sair daqui? - Embora tenha gostado do que ouviu, eles precisam se apressar.
Branca lhe mostra o caminho. Eles passam por um corredor de pedra, sobem uma escada em espiral e alcançam um andar mais refinado. Aqui se parece menos com uma masmorra, e mais com uma grande mansão. Ou, talvez, um grande banco. Paredes de mármore, colunas gregas e tapetes vermelhos por toda parte, além de várias portas e corredores. Mas nenhuma alma viva à vista. Teria Gorgonier alguma participação nisso? O Gangrel pode ver câmeras em vários cantos, mas só lhe resta confiar que Gorgonier cuide disso também.
Eles saem do First World Bank, e não há nenhum guarda ou porteiro na entrada. A rua da cidade, de noitinha, tem um ou outro pedestre passando, completamente alheio aos dois. É estranho, fácil demais.
A garota o arrasta pela mão pela calçada, vira num beco e corre por ali, atravessando a rua do quarteirão de trás e puxando-o por mais algumas quadras.
Os dois chegam por fim à um amplo parque e, uma vez no centro do gramado sob a noite estrelada, Branca finalmente sente-se segura. Sua pele e cabelos voltam ao normal, deixando de ser a linda menina negra que a traz força para tornar-se novamente a pequena garota branca e indefesa.
- Aaaah... - Sua doce voz parece aliviada, e ela se deixa cair sobre a grama úmida de orvalho. - Estamos livres, Uli! - Ela lhe estende a mão, para que ele deite com ela. - Há tanta coisa pra você me mostrar, tanto pra descobrirmos! Eu quero experimentar de tudo, quero ver suas lutas, quero conhecer seus amigos! Aaaah... - Ela suspira animada.
Então a menina mexe atrás da calça e puxa um pequeno envelope, com um bonito e antigo selo.
- Gorgonier mandou eu te entregar isso. Ele disse pra você não abrir, e entregar pra ele quando se encontrarem. - Ela o entrega, e o envelope parece conter um minúsculo volume, embora não dê pra saber o que é. Uma inscrição impressa à máquina no envelope reforça o comando "Não abra".
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
Ir contra ele me desgastava, sentia cada parte de minha essência ser arrancada de meu corpo, cada palavra que saía de minha boca parecia se perder na imensidão do abismo, pois nem mesmo eu a ouvia, lentamente o circulava deixando meu sangue cravar uma segunda linha de sangue, tudo parecia ocorrer como previsto até que cito seu antigo nome.
Então desde que o invoquei eu sinto que o atingi, sua forma começa a mudar e me pergunto se aquele belo ser não passava de uma ilusão, então um monstro cuja dificilmente seria eu capaz de descrever se formava diante de meus olhos, sua altura rachava o teto e seu corpo mal cabia dentro do circulo, teria dado certo?
Não...saia do transe e então o peso de sua presença voltava a cair sobre meus ombros, sua fúria me atingia em tantos idiomas que a maioria não fazia ideia do que falava, mas, não precisava entender era o fim, como em câmera lenta sentia minhas pernas bambearem então meu corpo pendia para o lado esquerdo, nos milésimos de segundo até meu rosto atingir o chão sentia o ar denso e quente passar por meus olhos, via o sangue que mantinha Júpiter preso borbulhar e então vinha o back contra o assoalho, em meu ultimo ato, respirava fundo e lento e soltava o ar enquanto tentava esboçar um sorriso pois já que era meu fim, meu sorriso seria a minha ultima imagem.
Mantinha meus olhos abertos, e quando o fim parecia inevitável uma voz que quase não reconhecia chegava aos meus ouvidos, em um ato realmente heroico movia minha cabeça e Sam com algo cobrindo seus olhos pronuncia algo em um idioma a muito tempo morto, mas seja lá o que disse o atingiu como um meteoro e a unica coisa coisa que ouvia era "eu lhe condeno" e então um silencio assustador voltava ao local, teria eu ido junto com ele para o inferno?
Tudo que aconteceu neste quarto parecia ter durado horas, sabia que jamais seria a mesma depois de hoje, ele tinha entrado não so em meu corpo mais no meu ser, imagino quão poderosos são os anjos já que estes derrotaram um ser tão magnifico quanto o que acabei de falar, e como explicar a chegada milagrosa de Sam? Seja como for agora não era hora de pensar, nem nisso nem em nada, agora a unica coisa que conseguiria fazer era dormir, um sono como jamais tive, um sono tranquilo.
Então desde que o invoquei eu sinto que o atingi, sua forma começa a mudar e me pergunto se aquele belo ser não passava de uma ilusão, então um monstro cuja dificilmente seria eu capaz de descrever se formava diante de meus olhos, sua altura rachava o teto e seu corpo mal cabia dentro do circulo, teria dado certo?
Não...saia do transe e então o peso de sua presença voltava a cair sobre meus ombros, sua fúria me atingia em tantos idiomas que a maioria não fazia ideia do que falava, mas, não precisava entender era o fim, como em câmera lenta sentia minhas pernas bambearem então meu corpo pendia para o lado esquerdo, nos milésimos de segundo até meu rosto atingir o chão sentia o ar denso e quente passar por meus olhos, via o sangue que mantinha Júpiter preso borbulhar e então vinha o back contra o assoalho, em meu ultimo ato, respirava fundo e lento e soltava o ar enquanto tentava esboçar um sorriso pois já que era meu fim, meu sorriso seria a minha ultima imagem.
Mantinha meus olhos abertos, e quando o fim parecia inevitável uma voz que quase não reconhecia chegava aos meus ouvidos, em um ato realmente heroico movia minha cabeça e Sam com algo cobrindo seus olhos pronuncia algo em um idioma a muito tempo morto, mas seja lá o que disse o atingiu como um meteoro e a unica coisa coisa que ouvia era "eu lhe condeno" e então um silencio assustador voltava ao local, teria eu ido junto com ele para o inferno?
Tudo que aconteceu neste quarto parecia ter durado horas, sabia que jamais seria a mesma depois de hoje, ele tinha entrado não so em meu corpo mais no meu ser, imagino quão poderosos são os anjos já que estes derrotaram um ser tão magnifico quanto o que acabei de falar, e como explicar a chegada milagrosa de Sam? Seja como for agora não era hora de pensar, nem nisso nem em nada, agora a unica coisa que conseguiria fazer era dormir, um sono como jamais tive, um sono tranquilo.
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
ㅤㅤSua Besta estremeceu. Um frio correu por sua espinha, causando um arrepio. A visão do fogo consumindo carne e ossos fazia o coração do vampiro congelar. Nem mesmo o sangue fresco de Marie Sophie parecia atraente naquelas circunstâncias. Se perguntava por quanto tempo ainda teria chances de escapar com vida do que logo viria a se tornar um fogaréu infernal. Cumpriu seu dever. Destruiu a chave, e apenas isso importava. Não se importava em conhecer do desfecho daquele embate em tempo real. Acabaria descobrindo mais cedo ou mais tarde. Ingênuo, esperava que Eleniel lhe atualizasse a cada nova morte. O mago parecia ter outros planos.
ㅤㅤCedeu à fera interior. Se sentia tão aliviado se afastando do olho do furacão. Ao mesmo tempo, ainda preocupado. Não era tão rápido quando Gorgónier. Poderia ser alcançado. Da última vez conseguiu escapar, mas foi por pouco. Ofuscou-se, como se aquilo pudesse lhe ocultar de um demônio daquela importância. Correu, torcendo para que seus inimigos fossem ainda mais fortes do que imaginara. Pois quanto mais fortes eles fossem, mais tempo teria para correr. E por quase vinte longos minutos continuou correndo, até que chegou onde queria chegar. Bom, mais ou menos. Não era bem o que ele queria encontrar, mas definitivamente era ali. A vegetação queimada não deixava dúvida.
ㅤㅤNo começo não parecia tão desesperado. Apenas outra mágica de Eleniel para se proteger dos inimigos. - Desfaça isso, Eleniel! Deixe-me entrar! - O tom do Lasombra é imperativo e, de certa forma, imediatista. - Rápido! Antes que Ele me alcance! - Vocifera, Jorge, até perceber que não. Não iria entrar naquela cabana, por pelo menos muito tempo. Algo rosa no chão lhe chama a atenção. Exatamente onde deveria estar o refúgio do mago. Entende que não era uma ilusão, e sim uma magia ainda mais poderosa, capaz de mover toda a edificação para um outro lugar.
ㅤㅤAltobello dá uma bela e longa olhada para trás, se certificando de que Júpiter não estava logo atrás de suas costas e então se aproxima da flor. Não tinha certeza, no entanto desconfiou que aquela flor não deveria nascer no pântano. Junto, havia um cartão de agradecimento com algo que o vampiro considerou como instruções para "um ritual de evocação". Guardou-os com cuidado em um dos seus bolsos na região do peito.
ㅤㅤSem a proteção da cabana, precisava seguir em frente. Percorreu a floresta queimada, fazendo o caminho reverso do que tinha mais cedo. Voltou pelas margens do rio até atravessar exatamente na altura onde havia acontecido a luta com os Tremere. Lembrou-se de Jiromaru Ren. E se sentiu responsável pelo cataiano. Prometeu encontrá-lo, e, mais importante, encontrar Felícia e seus seguidores. Sabia que com esses infernalistas à solta, nunca poderia derrotar Júpiter de vez. Mais uma vez se virou, buscando sinais da aproximação do demônio. Mesmo sabendo do risco, tomou um punhado de terra do pântano e procurou por respostas nos padrões impressos ali. Para onde foram? O que fizeram com Jiromaru?
ㅤㅤColocou-se a correr outra vez. Continuava fazendo o percurso contrário do que tinha feito anteriormente. Passou pela cova que fez para Lawrence, pela cratera da explosão de sua granada e então, ofuscado, encarou a vila de caçadores de vampiros. Sentiu fome, e o laço com von Bredtch ainda forte. Não estava morto. Era seu dever descobrir se estava naquele vilarejo, e se estivesse... Mandaria reforços. Invisível, entrou em uma das casinhas com facilidade, e lá dominou um nativo. Perguntou sobre o monstro que lutara por aqui na noite passada e que fim a criatura levou. Perguntou também sobre o Deputado Law, que, querendo ou não, era sua responsabilidade também. Por fim, perguntou como poderia chegar até a cidade grande. E em seguida se alimentou dele até se saciar. Saiu da vila da mesma forma que entrou. Sem ser visto. As câmeras e outros aparelhos eletrônicos não iriam captar sua presença. Era invisível de todas as formas.
Padre Judas- Administrador
- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 30
Localização : Brasília - DF
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
Elyon pensa em se despedir de Branca, mas aquele pensamento lhe parece horrível. Ele não podia simplesmente deixar Branca lá depois do que ela fez por ele. Ela também estava presa naquele lugar e merecia ser libertada. Elyon vira névoa, sai das correntes e volta à forma normal.
Ao questionar Branca sobre partir com ele, a garota responde que eles estavam juntos, fazendo Elyon sentir uma estranha e grande felicidade. O Gangrel percebia que aquilo não era normal. Branca tinha lhe prendido em um laço de sangue, e tal fato não era nada agradável. No entanto, ele não tinha tempo para pensar no assunto naquele momento. Ele só podia torcer para que ele fosse capaz de sair vivo dali com ela.
Preparado para uma fuga cautelosa e perigosa, Elyon pergunta qual a melhor saída para fugirem dali, visto que Branca conhecia melhor o local. Branca simplesmente pega a sua mão e o arrasta para fora do lugar, completamente deserto. Eles saem do local semelhante a um calabouço para adentrarem num enorme banco. Surpreendentemente, ali também estava vazio. Como Gorgonier tinha feito aquilo? Branca o arrasta pela mão na rua, até chegarem a um grande parque.
Deitando na grama e voltando a sua forma doce e sensível, Branca respira aliviada e lhe estende a mão. Elyon deita-se ao seu lado, numa felicidade incontrolável por estar ao lado da garota e ter conseguido fugir, mas no fundo, ainda preocupado. Tudo tinha sido fácil demais, e ele não sabia se a Camarilla viria atrás dele depois. Tudo que podia fazer era torcer para que Gorgonier tivesse livrado ele de uma perseguição irritante.
Branca falava sobre as suas expectativas ao lado de Elyon, quando retirou algo do bolso e lhe entregou em nome de Gorgonier. Um envelope com alerta para não abrir era algo realmente intrigante, mas era melhor não contrariar o Toreador. Elyon guarda o envelope e volta a pensar na sua situação. Estar preso a um laço de sangue com uma neófita? Elyon sentia, no fundo, uma fúria dentro de si, irritado pela atitude da garota. No entanto, ele não era capaz de lutar contra o amor que sentia pela doce moça naquele momento. Mas não tinha problema, afinal, aquele era o menor dos seus problemas. Seu cargo como paladino certamente seria tirado, e a confiança do Arcebispo também. Por sorte o Arcebispo tinha um laço com ele e provavelmente não o mataria se descobrisse o que houve. Além disso, tinha que lidar com Gorgonier futuramente. Só podia esperar que ao menos os seus problemas com a Camarilla tivessem sido resolvidos.
-Estamos livres. - Elyon aproxima seu rosto do de Branca, beijando-a pela primeira vez. Já que não podia se livrar do laço por enquanto, aproveitaria as emoções que ele lhe proporcionava - Agora precisamos ir. - Ele diz, levantando-se.
Elyon se alimentaria o mais rápido possível ao lado de Branca, e regeneraria parte de seus ferimentos. Depois que estivesse saciado, pegaria um táxi com ela para Nova York. Já longe de New Haven, ele abaixaria o vidro da porta do carro, sentindo o vento bater em sua face e o alívio de estar livre como ele.
Ao questionar Branca sobre partir com ele, a garota responde que eles estavam juntos, fazendo Elyon sentir uma estranha e grande felicidade. O Gangrel percebia que aquilo não era normal. Branca tinha lhe prendido em um laço de sangue, e tal fato não era nada agradável. No entanto, ele não tinha tempo para pensar no assunto naquele momento. Ele só podia torcer para que ele fosse capaz de sair vivo dali com ela.
Preparado para uma fuga cautelosa e perigosa, Elyon pergunta qual a melhor saída para fugirem dali, visto que Branca conhecia melhor o local. Branca simplesmente pega a sua mão e o arrasta para fora do lugar, completamente deserto. Eles saem do local semelhante a um calabouço para adentrarem num enorme banco. Surpreendentemente, ali também estava vazio. Como Gorgonier tinha feito aquilo? Branca o arrasta pela mão na rua, até chegarem a um grande parque.
Deitando na grama e voltando a sua forma doce e sensível, Branca respira aliviada e lhe estende a mão. Elyon deita-se ao seu lado, numa felicidade incontrolável por estar ao lado da garota e ter conseguido fugir, mas no fundo, ainda preocupado. Tudo tinha sido fácil demais, e ele não sabia se a Camarilla viria atrás dele depois. Tudo que podia fazer era torcer para que Gorgonier tivesse livrado ele de uma perseguição irritante.
Branca falava sobre as suas expectativas ao lado de Elyon, quando retirou algo do bolso e lhe entregou em nome de Gorgonier. Um envelope com alerta para não abrir era algo realmente intrigante, mas era melhor não contrariar o Toreador. Elyon guarda o envelope e volta a pensar na sua situação. Estar preso a um laço de sangue com uma neófita? Elyon sentia, no fundo, uma fúria dentro de si, irritado pela atitude da garota. No entanto, ele não era capaz de lutar contra o amor que sentia pela doce moça naquele momento. Mas não tinha problema, afinal, aquele era o menor dos seus problemas. Seu cargo como paladino certamente seria tirado, e a confiança do Arcebispo também. Por sorte o Arcebispo tinha um laço com ele e provavelmente não o mataria se descobrisse o que houve. Além disso, tinha que lidar com Gorgonier futuramente. Só podia esperar que ao menos os seus problemas com a Camarilla tivessem sido resolvidos.
-Estamos livres. - Elyon aproxima seu rosto do de Branca, beijando-a pela primeira vez. Já que não podia se livrar do laço por enquanto, aproveitaria as emoções que ele lhe proporcionava - Agora precisamos ir. - Ele diz, levantando-se.
Elyon se alimentaria o mais rápido possível ao lado de Branca, e regeneraria parte de seus ferimentos. Depois que estivesse saciado, pegaria um táxi com ela para Nova York. Já longe de New Haven, ele abaixaria o vidro da porta do carro, sentindo o vento bater em sua face e o alívio de estar livre como ele.
No One- Data de inscrição : 18/03/2010
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
Noites mais tarde, pouco antes da próxima lua nova...
@Arcebispo Ellioth Springfield
Mente quem diz que um vampiro não sobe dentro da sociedade vampírica. É claro que sobe. Mas, ao contrário de uma empresa onde os mais velhos se aposentam ou são transferidos para dar lugar aos jovens ambiciosos subirem de cargo, nesta empresa de sangue todos os superiores são imortais. Eles não vão pra lugar nenhum. Portanto, sempre, como dita a regra geral, alguém precisa ser assassinado para outro tomar seu lugar. Nestes últimos tempos, muitas vidas foram perdidas. Muita gente importante de vários nichos, muitos inocentes. Alguns, como Thérèse, tiveram um destino pior que a morte. Outros, como Kameroth, escaparam com vida ao custo de perder tudo o que tinham.
A imortalidade vampírica soa como uma benção, mas os vampiros mais velhos percebem logo tratar-se, na verdade, de parte da maldição. De pouco serve a imortalidade se você está condenado a seguir um eterno jogo onde, cedo ou tarde notará, você não é o jogador. Você é a peça. E aqueles que você pensa serem os jogadores também são, na verdade, peças nas mãos de gente maior. Uma pirâmide macabra e retorcida em cujo pico ninguém sabe quem está. Será que, no fim de todos os degraus, o grande jogo não é uma piada de mau gosto de Deus? Springfield sempre foi um rapaz pensativo, e ultimamente ele tem cada vez mais matutado a respeito disso.
Ele sempre fez o tipo quieto e soturno, mas de forma alguma isso o tornava a ovelha negra da família. Todos os seus parentes eram assim. Uma antiga família de lacaios intrinsicamente envolvida nos negócios dos antigos Lasombra europeus. Logo após completar a maioridade, ele foi Abraçado. Completamente inescrupuloso, genial, alheio às correntes das regras impostas por outros, Springfield foi uma estrela em ascensão. Ele provavelmente não teria tido tanto sucesso se fosse da Camarilla. O Sabá possui os membros mais ávidos por sangue, criaturas prontas para lutar, basta que lhes aponte a direção. Um nato estrategista, Springfield sabia contudo que não seria capaz de suportar as provações dessa nova vida sozinho. Ele precisava de um pilar emocional, alguém com quem pudesse contar. Ele Abraçou a própria mãe. E Sra Springfield, de fato, logo se adaptou às novas leis da sociedade em que entrou. Ela foi e, ainda hoje é, sua mentora, conselheira e porto seguro. Juntos, eles subiram.
Springfield viu no Novo Mundo uma oportunidade de fixar-se no topo, e é isso que ele fez. Escolhendo a dedo suas peças, ele eliminou o antigo Arcebispo e tomou seu lugar de direito. Hoje ele tem o maior papel dentre os Sabá que ainda tratam com a grande massa. Está na porta da verdadeira elite. Elite essa onde ele já fez seus contatos.
Sabendo que não poderia subir sozinho, ele sempre andou com verdadeiros prodígios. Seu antigo Bando, Genus aeternam, era formado pelos melhores dos melhores. A Genus foi debandada ainda na Europa, e estava dada como acabada desde que o Ductus Springfield foi para os Estados Unidos após o misterioso desaparecimento de sua Cria, Geronimo. Mas ela não acabou. Estava apenas crescendo, subindo do patamar de um mero Bando para algo mais... uma irmandade.
@Charlotte
A garota chega no endereço marcado. É a cobertura de um imenso prédio beirando o Central Park, um dos metros quadrados mais caros do planeta. Ela já era esperada, e agora toca a campainha timidamente. Desde aquele dia com Júpiter, a pequena menina não é mais a mesma. Algo falta dentro de si, e ela não sabe se jamais irá recuperar-se completamente. Além disso, a última frase do Demônio ainda ecoa em sua lembrança. "Eu lhe condeno". É fácil para Charlotte acreditar nisso. A profecia diz que ele irá voltar, afinal. É só uma questão de tempo. Seus trabalhos com infernalistas serão bem mais perturbadores de agora em diante, mantendo sempre um pé atrás com suspeitas de alguma influência de Júpiter.
Um Irmão de Sangue abre a porta para ela. Um daqueles sub-clãs praticamente desaparecidos, criado para servir o Sabá. Eles são todos raspados e muito brancos, e possuem a bizarra capacidade de realocar partes do próprio corpo em outro Irmão. Este, em especial, não está com seus ouvidos agora.
- Charlotte, que bom que chegou. - Sentado confortavelmente em uma poltrona, Springfield levanta sua taça como forma de cumprimento. - Entre, por favor.
Uma alta e enxuta senhora adianta-se para cumprimentá-la.
- Esta é minha mãe, Sra Springfield. - Ele se adianta a apresentá-la.
- Muito prazer. - Diz a mulher.
- Aquela bela moçoila ali é uma antiga amiga, a Priscu Madalene. - Ele continua apresentando. A dita cuja dá um riso diante da bajulação tola, e então se aproxima.
A moçoila em si é uma mulher com a cabeça estranhamente esticada e uma cintura fina como uma vértebra. Obviamente uma Tzimisce e, principalmente, muito importante. O cargo de Priscu é de altíssimo prestígio no Sabá, o esperado de alguém bem relacionado como o Arcebispo.
- É uma honra, srta Charlotte. - Muito educada, a mulher a cumprimenta.
- E Geronimo também está aqui. Não sei se já o conhece.
É claro que ela conhece. O misterioso braço direito do Arcebispo, visto por poucos seletos, prestativo como ele só.
- Boa noite, Charlotte. - A voz vem detrás de si. Desde quando ele...? Bom, não importa agora.
Springfield acena com a mão para que o Irmão de Sangue o visualize, e o serviçal vai imediatemente até a cozinha buscar mais uma taça para Charlotte.
- Fico muito feliz que tenha aceito meu convite, Charlotte. - Springfield finalmente se levanta, aproximando-se da garota. - Aqui estão alguns dos integrantes originais de meu antigo Bando. Quando deixamos a Europa, nós nos desfazemos oficialmente, mas mantivemo-nos unidos. Somos agora uma irmandade, espalhados por todo o Sabá e ajudando uns aos outros para alcançarmos o topo definitivo. - Ele levanta a taça, e os outros juntam-se para brindar. - À Charlotte, o carrasco de Júpiter! - Ele puxa o brinde.
- À Charlotte! - Os outros respondem, e todos viram um gole de suas taças. Charlotte notará que o sangue é de ótima qualidade, e a princípio parece não haver nada adulterando-o.
Quem realmente decifrou o nome de Júpiter no último segundo foi Askasha, sozinha, pois naquele momento sequer conseguiu recuperar contato com o velho misterioso. Quem realmente o baniu de volta para o Inferno foi Samantha, guiada pelo celular, já que a Sacerdotiza não estava certa se seria capaz de finalizar a tarefa no momento derradeiro. Mas nenhuma delas em momento algum quis as glórias para si. Sem a liderança de Charlotte, elas jamais teriam conseguido. Sem que Charlotte se arriscasse pessoalmente, elas não teriam terminado de decifrar o nome. Com Justin morto por sua cegueira e TK em Torpor por pelo menos mais quarenta anos, apenas metade de seu Bando resistiu à empreitada. Mas as sobreviventes agora à respeitam mais do que nunca, e se necessário a acompanhariam até os portões do Inferno... de novo.
- É uma honra tê-la conosco, Charlotte. - Springfield explica. - Entenda que este é um grupo oculto, e portanto não deve ser comentado. Seu Bando continua existindo, e é melhor que eles também não saibam sobre sua participação na Genus aeternam.
- Você agora entra como um membro primário em nossa família. - A Priscu Madalene aproxima-se e aperta-lhe a mão em um cumprimento. Charlotte pode sentir uma leve pontada durante o processo. - Quando apertar a mão de alguém, caso consiga sentir um caroço como este que eu fiz em você, irá reconhecê-lo como um de nós. Você está no primeiro rank, e deve obediência aos que tiverem mais caroços que você. - De fato, durante o aperto de mão Charlotte pôde sentir dois pequenos caroços nas costas da mão da Priscu.
- Por questão de segurança, ninguém além de mim sabe exatamente quantos membros há na Genus aeternam. - Springfield diz. - Mas você vai perceber que nós somos mais presentes do que imagina. E estamos espalhados, raramente nos encontrando em um número grande como este aqui. Mesmo estes meus colegas mais próximos - ele faz um gesto com a mão, mostrando Geronimo, Madalene e a Sra Springfield - só estão presentes por razão do evento de amanhã.
- Sim, viemos demonstrar o devido prestígio. - Confirma a Sra Springfield.
O resto da noite ocorre com conversas casuais e algumas perguntas de Charlotte respondidas, e o encontro é finalizado com uma Vaulderie. Por fim, todos se despedem, para encontrarem-se novamente na noite seguinte.
@Jorge Altobello, Charlotte
- É sabido que desbanquei o ex-Arcebispo Pereba devido à sua arrogância e prepotência. - Springfield continua seu discurso, em um pequeno palco no mesmo bosque onde outrora foi coroado Arcebispo. - Ele desrespeitou as tradições do Sabá ao clamar poder uno sobre toda a área da megalópole, sem eleger um único Bispo para repartir de seu poder centralizado. Esta não é a razão de nossa Seita! Nossa Seita luta contra a dominação dos velhos hipócritas, nós caçamos estes malditos Anciões que nos fizeram de imbecis! - Os Sabás aplaudem, urram e socam latarias em euforia. - Hoje lhes provo que não sou como aquele infeliz. Seguirei as tradições, e juntos trabalharemos pela espada de Caim! Por fim, nomeio aqui o último Bispo da região de New York. Saúdam e respeitem o homem que, uma vez mal-julgado, nos provou seu valor com astúcia, sabedoria e resistência, Jorge Altobello!
O Sabá agita-se e clama seu nome. Todos os membros de New York estão presentes. Alguns conhecidos, outros apenas rostos na multidão. A menina Charlotte e as mulheres de seu Bando, a Priscu Madalene, a Sra Springfield e o próprio Arcebispo, Elyon Kameroth de pé ao seu lado.
Um Sacerdote que ele não conhece é o primeiro a aproximar-se. Altobello não pode deixar de pensar em Karsh von Bresdtch. Seria ele que estaria fazendo isto agora, caso não houvesse desaparecido. Conforme o Lasombra confirmou, ele de fato não foi vencido pela multidão enfurecida dos cidadãos de Ol'Swmap. Ele, contudo, escapou e não foi mais visto, nem mesmo voltou para New York ou deu qualquer sinal.
O Sacerdote diz algumas palavras em latim arcaico e ajoelha-se diante do líder que nasce ali. Como é de costume, Altobello lhe diz algo de valor. Ele distribuirá um elogio, um conselho ou mesmo uma palavra de força para cada um dos membros ali. Depois do Sacerdote, o próximo a ajoelhar-se é o próprio Arcebispo, em sinal de respeito e apoio ao seu subordinado. Depois dele, a Priscu Madalene, e então todos os membros do Sabá. Kameroth, na sua vez, o cumprimenta com respeito e silêncio, e não troca uma palavra sequer.
Uma vez feito isto, Altobello ajoelha-se dentro de uma grande bacia de madeira e, sob aplausos e urros entusiasmados, é banhado pelo Sacerdote por um grande barril com o sangue de cada um dos membros ali. Todos então aproximam-se para beber do recipiente, num silencioso pacto que não chega a ser uma Vaulderie verdadeira, mas é solene por si só.
Sem camisa, banhado com o sangue de seus súditos e alguns superiores, Altobello levanta-se sobre o palco e vislumbra o panorama. Ele agora terá muito com o que se preocupar, com o comando de uma das cidades mais desejadas do planeta, recém-conquistada e com a Camarilla às suas portas, a apenas alguns quilômetros de distância. Além, é claro, de suas preocupações pessoais. Uma análise no solo da floresta lhe mostrou o combate que havia participado anteriormente, mas nada realmente emocional ocorreu ali. Talvez Ren não tenha sido assassinado, afinal. Ou talvez não o tenham feito ali. Talvez ele nunca saiba. O Lasombra se pega perguntando se aquele Cataiano seria o mesmo caso o visse de novo.
No mais, ele nunca mais teve contato com Gorgonier ou Eleniel, mas a flor que ganhou do casal nunca morreu, e ele a guardou em um lugar seguro acreditando tratar-se de um presente valioso.
Mas bem, chega de devaneios... Está na hora do seu discurso, Bispo.
@Elyon Kameroth
Hoje é a noite da oficialização de Altobello como o Bispo de New York. Kameroth, contudo, não pôde participar. Ele está muito longe, e em sua cabeça a lembrança das palavras de Springfield ainda lhe alfinetam a alma.
"Entenda, eu não posso deixar um escândalo surgir logo após minha nomeação. Ninguém confiaria em mim depois de saber que meu Paladino foi capturado pela Camarilla. Kameroth, nem eu mesmo posso confiar em você. Desde que sumiu, eu coloquei aquele sósia no seu lugar. Aquele que Karsh tinha pronto. Agora você precisa desaparecer. Sua identidade não mais lhe pertence, é melhor que troque de nome e suma daqui. Me desculpe, mas... eu não posso arcar com a sua presença."
Não importa o quanto Kameroth tentasse, o Arcebispo era irredutível. Ele pôde notar claramente que Springfield estava alerta, talvez esperando ser atacado a qualquer momento. Não seria de se espantar que Geronimo também estivesse naquela sala, em algum lugar. Mas como culpá-los? Ele também não poderia mais confiar em alguém que foi capturado pela Camarilla e saiu intacto. Ele manuseia o cartão em sua mão. O último apelo de Springfield, sua última tentativa de ajudá-lo.
"Eu não posso mais te ter por aqui, mas há quem tenha uma boa utilidade pra você. E eles ficariam felizes em trocar sua identidade. É a Mão Negra, já ouviu falar? Ligue para esse número, eu tenho um contato que pode te colocar lá dentro."
Só há um número de telefone internacional no cartão, e mais nada.
- Você vai mesmo ligar? - Ao seu lado, Branca pergunta.
Com o tempo, Kameroth percebeu que ele não consegue lhe esconder nada, nem negar-lhe seus pequenos caprichos de menina. A convivência com ela não têm sido fácil. Ela tem muito pouca autonomia, dependendo dele para praticamente tudo. Sua ingenuidade e curiosidade beiram níveis suicídas, e ela não demonstra o menor interesse em utilizar suas habilidades em Ofuscação para ser prestativa. A pior parte é que Kameroth não consegue ficar bravo com ela. Ele a idolatra. A mera ideia de prendê-la em um Laço lhe é abominável. A menina obviamente fez isto, mas ela não tinha opção. Estava acuada, e era o único jeito de garantir que ele a ajudasse, ou melhor, não a matasse. Ela fez o que devia ser feito, mas Kameroth não tem qualquer boa razão para traí-la deste jeito. Ela só precisa de alguém para protegê-la, mais nada.
- Eles podem apagar sua mente, não podem? - Pequena, ela envolve seu grande braço. - Só não deixe que eles nos separem, por favor.
Kameroth a conheceu melhor com o tempo. Ela não faz ideia de qual seja seu clã, embora o primeiro palpite dele seja o Malkaviano. É apenas um palpite, já que qualquer um pode apresentar desvios de sanidade, mas é o único que ele tem. Quando a garota muda de aparência, ela também muda algo lá dentro. A pele negra não lhe dá forças, apenas, mas toda uma nova personalidade rebelde, pró-ativa e determinada. Ela tem total consciência de suas alternâncias, e uma parece proteger a outra. É como se fosse uma dupla personalidade, exceto que... elas se dão muito bem, e isso só faz dar mais trabalho para Kameroth.
A vida do Gangrel virou de cabeça pra baixo. Ele perdeu tudo, e parece que só agora tem um pouco de paz para recomeçar. Um destino bem mais brando do que lhe era reservado caso não tivesse escapado com a ajuda do falso Gorgonier, entretanto. A noite do encontro, ele bem se lembra, está se aproximando, e Kameroth deve decidir se levará seu combinado adiante. Afinal, caso traia o falso Príncipe e não compareça, o que poderá ele fazer para vingar-se?
@Arcebispo Ellioth Springfield
Mente quem diz que um vampiro não sobe dentro da sociedade vampírica. É claro que sobe. Mas, ao contrário de uma empresa onde os mais velhos se aposentam ou são transferidos para dar lugar aos jovens ambiciosos subirem de cargo, nesta empresa de sangue todos os superiores são imortais. Eles não vão pra lugar nenhum. Portanto, sempre, como dita a regra geral, alguém precisa ser assassinado para outro tomar seu lugar. Nestes últimos tempos, muitas vidas foram perdidas. Muita gente importante de vários nichos, muitos inocentes. Alguns, como Thérèse, tiveram um destino pior que a morte. Outros, como Kameroth, escaparam com vida ao custo de perder tudo o que tinham.
A imortalidade vampírica soa como uma benção, mas os vampiros mais velhos percebem logo tratar-se, na verdade, de parte da maldição. De pouco serve a imortalidade se você está condenado a seguir um eterno jogo onde, cedo ou tarde notará, você não é o jogador. Você é a peça. E aqueles que você pensa serem os jogadores também são, na verdade, peças nas mãos de gente maior. Uma pirâmide macabra e retorcida em cujo pico ninguém sabe quem está. Será que, no fim de todos os degraus, o grande jogo não é uma piada de mau gosto de Deus? Springfield sempre foi um rapaz pensativo, e ultimamente ele tem cada vez mais matutado a respeito disso.
Ele sempre fez o tipo quieto e soturno, mas de forma alguma isso o tornava a ovelha negra da família. Todos os seus parentes eram assim. Uma antiga família de lacaios intrinsicamente envolvida nos negócios dos antigos Lasombra europeus. Logo após completar a maioridade, ele foi Abraçado. Completamente inescrupuloso, genial, alheio às correntes das regras impostas por outros, Springfield foi uma estrela em ascensão. Ele provavelmente não teria tido tanto sucesso se fosse da Camarilla. O Sabá possui os membros mais ávidos por sangue, criaturas prontas para lutar, basta que lhes aponte a direção. Um nato estrategista, Springfield sabia contudo que não seria capaz de suportar as provações dessa nova vida sozinho. Ele precisava de um pilar emocional, alguém com quem pudesse contar. Ele Abraçou a própria mãe. E Sra Springfield, de fato, logo se adaptou às novas leis da sociedade em que entrou. Ela foi e, ainda hoje é, sua mentora, conselheira e porto seguro. Juntos, eles subiram.
Springfield viu no Novo Mundo uma oportunidade de fixar-se no topo, e é isso que ele fez. Escolhendo a dedo suas peças, ele eliminou o antigo Arcebispo e tomou seu lugar de direito. Hoje ele tem o maior papel dentre os Sabá que ainda tratam com a grande massa. Está na porta da verdadeira elite. Elite essa onde ele já fez seus contatos.
Sabendo que não poderia subir sozinho, ele sempre andou com verdadeiros prodígios. Seu antigo Bando, Genus aeternam, era formado pelos melhores dos melhores. A Genus foi debandada ainda na Europa, e estava dada como acabada desde que o Ductus Springfield foi para os Estados Unidos após o misterioso desaparecimento de sua Cria, Geronimo. Mas ela não acabou. Estava apenas crescendo, subindo do patamar de um mero Bando para algo mais... uma irmandade.
@Charlotte
A garota chega no endereço marcado. É a cobertura de um imenso prédio beirando o Central Park, um dos metros quadrados mais caros do planeta. Ela já era esperada, e agora toca a campainha timidamente. Desde aquele dia com Júpiter, a pequena menina não é mais a mesma. Algo falta dentro de si, e ela não sabe se jamais irá recuperar-se completamente. Além disso, a última frase do Demônio ainda ecoa em sua lembrança. "Eu lhe condeno". É fácil para Charlotte acreditar nisso. A profecia diz que ele irá voltar, afinal. É só uma questão de tempo. Seus trabalhos com infernalistas serão bem mais perturbadores de agora em diante, mantendo sempre um pé atrás com suspeitas de alguma influência de Júpiter.
Um Irmão de Sangue abre a porta para ela. Um daqueles sub-clãs praticamente desaparecidos, criado para servir o Sabá. Eles são todos raspados e muito brancos, e possuem a bizarra capacidade de realocar partes do próprio corpo em outro Irmão. Este, em especial, não está com seus ouvidos agora.
- Charlotte, que bom que chegou. - Sentado confortavelmente em uma poltrona, Springfield levanta sua taça como forma de cumprimento. - Entre, por favor.
Uma alta e enxuta senhora adianta-se para cumprimentá-la.
- Esta é minha mãe, Sra Springfield. - Ele se adianta a apresentá-la.
- Muito prazer. - Diz a mulher.
- Aquela bela moçoila ali é uma antiga amiga, a Priscu Madalene. - Ele continua apresentando. A dita cuja dá um riso diante da bajulação tola, e então se aproxima.
A moçoila em si é uma mulher com a cabeça estranhamente esticada e uma cintura fina como uma vértebra. Obviamente uma Tzimisce e, principalmente, muito importante. O cargo de Priscu é de altíssimo prestígio no Sabá, o esperado de alguém bem relacionado como o Arcebispo.
- É uma honra, srta Charlotte. - Muito educada, a mulher a cumprimenta.
- E Geronimo também está aqui. Não sei se já o conhece.
É claro que ela conhece. O misterioso braço direito do Arcebispo, visto por poucos seletos, prestativo como ele só.
- Boa noite, Charlotte. - A voz vem detrás de si. Desde quando ele...? Bom, não importa agora.
Springfield acena com a mão para que o Irmão de Sangue o visualize, e o serviçal vai imediatemente até a cozinha buscar mais uma taça para Charlotte.
- Fico muito feliz que tenha aceito meu convite, Charlotte. - Springfield finalmente se levanta, aproximando-se da garota. - Aqui estão alguns dos integrantes originais de meu antigo Bando. Quando deixamos a Europa, nós nos desfazemos oficialmente, mas mantivemo-nos unidos. Somos agora uma irmandade, espalhados por todo o Sabá e ajudando uns aos outros para alcançarmos o topo definitivo. - Ele levanta a taça, e os outros juntam-se para brindar. - À Charlotte, o carrasco de Júpiter! - Ele puxa o brinde.
- À Charlotte! - Os outros respondem, e todos viram um gole de suas taças. Charlotte notará que o sangue é de ótima qualidade, e a princípio parece não haver nada adulterando-o.
Quem realmente decifrou o nome de Júpiter no último segundo foi Askasha, sozinha, pois naquele momento sequer conseguiu recuperar contato com o velho misterioso. Quem realmente o baniu de volta para o Inferno foi Samantha, guiada pelo celular, já que a Sacerdotiza não estava certa se seria capaz de finalizar a tarefa no momento derradeiro. Mas nenhuma delas em momento algum quis as glórias para si. Sem a liderança de Charlotte, elas jamais teriam conseguido. Sem que Charlotte se arriscasse pessoalmente, elas não teriam terminado de decifrar o nome. Com Justin morto por sua cegueira e TK em Torpor por pelo menos mais quarenta anos, apenas metade de seu Bando resistiu à empreitada. Mas as sobreviventes agora à respeitam mais do que nunca, e se necessário a acompanhariam até os portões do Inferno... de novo.
- É uma honra tê-la conosco, Charlotte. - Springfield explica. - Entenda que este é um grupo oculto, e portanto não deve ser comentado. Seu Bando continua existindo, e é melhor que eles também não saibam sobre sua participação na Genus aeternam.
- Você agora entra como um membro primário em nossa família. - A Priscu Madalene aproxima-se e aperta-lhe a mão em um cumprimento. Charlotte pode sentir uma leve pontada durante o processo. - Quando apertar a mão de alguém, caso consiga sentir um caroço como este que eu fiz em você, irá reconhecê-lo como um de nós. Você está no primeiro rank, e deve obediência aos que tiverem mais caroços que você. - De fato, durante o aperto de mão Charlotte pôde sentir dois pequenos caroços nas costas da mão da Priscu.
- Por questão de segurança, ninguém além de mim sabe exatamente quantos membros há na Genus aeternam. - Springfield diz. - Mas você vai perceber que nós somos mais presentes do que imagina. E estamos espalhados, raramente nos encontrando em um número grande como este aqui. Mesmo estes meus colegas mais próximos - ele faz um gesto com a mão, mostrando Geronimo, Madalene e a Sra Springfield - só estão presentes por razão do evento de amanhã.
- Sim, viemos demonstrar o devido prestígio. - Confirma a Sra Springfield.
O resto da noite ocorre com conversas casuais e algumas perguntas de Charlotte respondidas, e o encontro é finalizado com uma Vaulderie. Por fim, todos se despedem, para encontrarem-se novamente na noite seguinte.
@Jorge Altobello, Charlotte
- É sabido que desbanquei o ex-Arcebispo Pereba devido à sua arrogância e prepotência. - Springfield continua seu discurso, em um pequeno palco no mesmo bosque onde outrora foi coroado Arcebispo. - Ele desrespeitou as tradições do Sabá ao clamar poder uno sobre toda a área da megalópole, sem eleger um único Bispo para repartir de seu poder centralizado. Esta não é a razão de nossa Seita! Nossa Seita luta contra a dominação dos velhos hipócritas, nós caçamos estes malditos Anciões que nos fizeram de imbecis! - Os Sabás aplaudem, urram e socam latarias em euforia. - Hoje lhes provo que não sou como aquele infeliz. Seguirei as tradições, e juntos trabalharemos pela espada de Caim! Por fim, nomeio aqui o último Bispo da região de New York. Saúdam e respeitem o homem que, uma vez mal-julgado, nos provou seu valor com astúcia, sabedoria e resistência, Jorge Altobello!
O Sabá agita-se e clama seu nome. Todos os membros de New York estão presentes. Alguns conhecidos, outros apenas rostos na multidão. A menina Charlotte e as mulheres de seu Bando, a Priscu Madalene, a Sra Springfield e o próprio Arcebispo, Elyon Kameroth de pé ao seu lado.
Um Sacerdote que ele não conhece é o primeiro a aproximar-se. Altobello não pode deixar de pensar em Karsh von Bresdtch. Seria ele que estaria fazendo isto agora, caso não houvesse desaparecido. Conforme o Lasombra confirmou, ele de fato não foi vencido pela multidão enfurecida dos cidadãos de Ol'Swmap. Ele, contudo, escapou e não foi mais visto, nem mesmo voltou para New York ou deu qualquer sinal.
O Sacerdote diz algumas palavras em latim arcaico e ajoelha-se diante do líder que nasce ali. Como é de costume, Altobello lhe diz algo de valor. Ele distribuirá um elogio, um conselho ou mesmo uma palavra de força para cada um dos membros ali. Depois do Sacerdote, o próximo a ajoelhar-se é o próprio Arcebispo, em sinal de respeito e apoio ao seu subordinado. Depois dele, a Priscu Madalene, e então todos os membros do Sabá. Kameroth, na sua vez, o cumprimenta com respeito e silêncio, e não troca uma palavra sequer.
Uma vez feito isto, Altobello ajoelha-se dentro de uma grande bacia de madeira e, sob aplausos e urros entusiasmados, é banhado pelo Sacerdote por um grande barril com o sangue de cada um dos membros ali. Todos então aproximam-se para beber do recipiente, num silencioso pacto que não chega a ser uma Vaulderie verdadeira, mas é solene por si só.
Sem camisa, banhado com o sangue de seus súditos e alguns superiores, Altobello levanta-se sobre o palco e vislumbra o panorama. Ele agora terá muito com o que se preocupar, com o comando de uma das cidades mais desejadas do planeta, recém-conquistada e com a Camarilla às suas portas, a apenas alguns quilômetros de distância. Além, é claro, de suas preocupações pessoais. Uma análise no solo da floresta lhe mostrou o combate que havia participado anteriormente, mas nada realmente emocional ocorreu ali. Talvez Ren não tenha sido assassinado, afinal. Ou talvez não o tenham feito ali. Talvez ele nunca saiba. O Lasombra se pega perguntando se aquele Cataiano seria o mesmo caso o visse de novo.
No mais, ele nunca mais teve contato com Gorgonier ou Eleniel, mas a flor que ganhou do casal nunca morreu, e ele a guardou em um lugar seguro acreditando tratar-se de um presente valioso.
Mas bem, chega de devaneios... Está na hora do seu discurso, Bispo.
@Elyon Kameroth
Hoje é a noite da oficialização de Altobello como o Bispo de New York. Kameroth, contudo, não pôde participar. Ele está muito longe, e em sua cabeça a lembrança das palavras de Springfield ainda lhe alfinetam a alma.
"Entenda, eu não posso deixar um escândalo surgir logo após minha nomeação. Ninguém confiaria em mim depois de saber que meu Paladino foi capturado pela Camarilla. Kameroth, nem eu mesmo posso confiar em você. Desde que sumiu, eu coloquei aquele sósia no seu lugar. Aquele que Karsh tinha pronto. Agora você precisa desaparecer. Sua identidade não mais lhe pertence, é melhor que troque de nome e suma daqui. Me desculpe, mas... eu não posso arcar com a sua presença."
Não importa o quanto Kameroth tentasse, o Arcebispo era irredutível. Ele pôde notar claramente que Springfield estava alerta, talvez esperando ser atacado a qualquer momento. Não seria de se espantar que Geronimo também estivesse naquela sala, em algum lugar. Mas como culpá-los? Ele também não poderia mais confiar em alguém que foi capturado pela Camarilla e saiu intacto. Ele manuseia o cartão em sua mão. O último apelo de Springfield, sua última tentativa de ajudá-lo.
"Eu não posso mais te ter por aqui, mas há quem tenha uma boa utilidade pra você. E eles ficariam felizes em trocar sua identidade. É a Mão Negra, já ouviu falar? Ligue para esse número, eu tenho um contato que pode te colocar lá dentro."
Só há um número de telefone internacional no cartão, e mais nada.
- Você vai mesmo ligar? - Ao seu lado, Branca pergunta.
Com o tempo, Kameroth percebeu que ele não consegue lhe esconder nada, nem negar-lhe seus pequenos caprichos de menina. A convivência com ela não têm sido fácil. Ela tem muito pouca autonomia, dependendo dele para praticamente tudo. Sua ingenuidade e curiosidade beiram níveis suicídas, e ela não demonstra o menor interesse em utilizar suas habilidades em Ofuscação para ser prestativa. A pior parte é que Kameroth não consegue ficar bravo com ela. Ele a idolatra. A mera ideia de prendê-la em um Laço lhe é abominável. A menina obviamente fez isto, mas ela não tinha opção. Estava acuada, e era o único jeito de garantir que ele a ajudasse, ou melhor, não a matasse. Ela fez o que devia ser feito, mas Kameroth não tem qualquer boa razão para traí-la deste jeito. Ela só precisa de alguém para protegê-la, mais nada.
- Eles podem apagar sua mente, não podem? - Pequena, ela envolve seu grande braço. - Só não deixe que eles nos separem, por favor.
Kameroth a conheceu melhor com o tempo. Ela não faz ideia de qual seja seu clã, embora o primeiro palpite dele seja o Malkaviano. É apenas um palpite, já que qualquer um pode apresentar desvios de sanidade, mas é o único que ele tem. Quando a garota muda de aparência, ela também muda algo lá dentro. A pele negra não lhe dá forças, apenas, mas toda uma nova personalidade rebelde, pró-ativa e determinada. Ela tem total consciência de suas alternâncias, e uma parece proteger a outra. É como se fosse uma dupla personalidade, exceto que... elas se dão muito bem, e isso só faz dar mais trabalho para Kameroth.
A vida do Gangrel virou de cabeça pra baixo. Ele perdeu tudo, e parece que só agora tem um pouco de paz para recomeçar. Um destino bem mais brando do que lhe era reservado caso não tivesse escapado com a ajuda do falso Gorgonier, entretanto. A noite do encontro, ele bem se lembra, está se aproximando, e Kameroth deve decidir se levará seu combinado adiante. Afinal, caso traia o falso Príncipe e não compareça, o que poderá ele fazer para vingar-se?
Última edição por Gam em Seg Nov 03, 2014 2:00 am, editado 1 vez(es)
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
[OFF]
Seguem alguns testes ocultos que agora podem ser revelados. Também uma frase antiga de Júpiter que não tive oportunidade de usar, mas não custa ser revelada agora:- Spoiler:
- CHARLOTTE
Springfield disfarçando reação quando ouve sobre Eino e Kameroth
Springfield; Impassivo
Manipulação+Performance = 7 / Dif = 6
4, 5, 10( 8 ), 4, 8, 9, 5 = 4 sucessos
Charlotte; Empatia
Percepção+Empatia = 6 / Dif = 6
3, 1(x), 10(2), 2, 2, 2 = 0 sucessos
OS INQUISIDORES VASCULHANDO AS COISAS DE FELICIA
Os Inquisidores; Pesquisar Material
Inteligência+Ocultismo
Charlotte; 8 dados, dif 7(Demônios)
6, 1(x), 8, 5, 2, 1(x), 4, 10(9) = 1 sucesso
Samantha; 5 dados, dif 8
6, 10(2), 7, 2, 8 = 2 sucessos
Justin; 9 dados, dif 6(Estudos, Demônios)
1(x), 6, 5, 4, 5, 10(9), 9, 6, 9 = 5 sucessos
Askasha; 9 dados, dif 8
5, 2, 7, 7, 1(x), 4, 5, 7, 10(2) = 0 sucessos
Total = 8 sucessos
KAMEROTH TENDO A MENTE VASCULHADA
Torturador-b; Ordenar Esquecimento, Janelas da Alma
Raciocínio+Lábia = 10 / Dif = 8 (FV permanente da vítima)
5, 7, 2, 1(x), 5, 6, 9, 10(1(x)), 10(6), 9 = 2 sucessos
JÚPITER
"Em tempo, perderei o controle. Sucumbirei, pois sou fraco. E estou destinado a ser detido pelo Branco. Tomei todas as providências que me cabiam para garantir que ele tenha uma criação apropriada."
Jupiter - Diabo (pag 99) Luciferano (pag 115)
Nome Verdadeiro:(Exige 30 sucessos ou mais)
"Aquele que é confiável pois ama incondicionalmente"
"O paciente detentor do fogo da criação" (Hebraico)
Altobello:
1 sucesso (Toque de Espírito na cena do crime)
Charlotte (e Bando):
6 sucessos (Investigando a casa dos cultistas)
-1 sucesso (Falha crítica de Askasha em entender o ritual da Felicia)
2 sucessos (Decifrando o livro infernalista)
-3 sucessos (Justin dando pistas falsas)
-4 sucessos (Justin dando pistas falsas de novo)
8 sucessos (com as coisas da Felicia)
Justin:
5 sucessos
Eleniel:
10 sucessos
+Carga de experiência abrangente
Cena final, 2 dados de sorte por turno. Necessários 4 sucessos
2d10 / Dif = 6
Primeiro turno: 3, 3 = Falha.
Segundo turno: 5, 9 = 1 sucesso
Terceiro turno: 3, 10(10(1(x))) = 1 sucesso
Quarto turno: 1(x), 6 = Falha.
Quinto turno: 9, 3 = 1 sucesso (total 29 sucessos)
Sexto turno: 9, 8 = 2 sucessos (total 31 sucessos)
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
Chegava no endereço dado pelo Arcebispo, não poderia recusar um convite desses, apesar de não saber ao certo do que se tratava tão irmandade, tocava a campainha timidamente, já tinha se passado algumas noites desde o ocorrido mas ainda sentia a dureza daquela batalha dentro de mim, Júpiter mudou meu ser de uma forma que jamais imaginei e por vezes me perguntei se conseguiria me recuperar sua ultimas palavras rodeavam minha mente vez ou outra para me recordar "eu lhe condeno", um arrepio subia minha espinha pois sabia que ele voltaria, estaria eu preparada?
A porta era aberta, um homem sem orelhas, um irmão de sangue, um sub clã do sabá criado apenas para servir, por horas me perguntei se isso não ia contra nossos princípios de liberdade, mais deixei de me questionar a anos, ele logo abria passagem e então Springfield com uma voz suave me recebia.
Os principais membros da irmandade estavam na sala, mais um fato quase me fez esquecer diante de quem estava, SUA MÃE? As palavras demoravam a ser interpretadas por minha mente que por algum tempo resistia a ideia, ou ele era um gênio ou um insano mais sendo um ou outro ambos me fazia ter cuidado, respirava fundo e a cumprimentava com o mesmo respeito que mostrou ter a eu, sua priscu claramente uma Tzimisce também vinha até mim, com sua mão estendida elegantemente dava seus cumprimentos então sentia uma leve pontada, olhava para minha mão por um segundo mais nada que me fizesse perde tempo avaliando, Geronimo era o único que já conhecia alem do próprio arcebispo, tomo um pequeno susto ao ouvir sua voz atrás de mim, não me lembrava de o ter o visto ali, mas bom, tanto faz, estava diante da nata vampiresca da cidade de Nova York, teria eu algo a reclamar?
Todos esta membros, explicava Springfield, fazia parte de seu próprio bando que oficialmente não existia mais, entretanto apenas deixaram o bando para formar algo maior uma irmandade, ouvia sua historia calmamente até que era pega desprevenida, meu arcebispo puxava um brinde, um brinde em meu nome, e logo todos naquela sala clamavam meu nome, usando do que me restara de minha força de vontade me controlava para não ficar ruborizada diante de tantas figuras importantes, não era hora de se mostrar "deslumbrada".
Genus aeternam esse era nome de minha mais nova irmandade, uma irmandade da qual não poderia compartilhar nem mesmo com meu bando, ou melhor, o que resto de meu bando, o arcebispo explicava um pouco mais sobre a irmandade, informando regras básicas e como identifica-los, seus objetivos e que devia ajudar-los, tudo no papel parecia esplendido, não via a hora de ver como funcionava na prática, pelo restante da noite, diversos assuntos vinham em pauta, nada além de banalidades e histórias de seus feitos passados, a noite seguinte sim tinha mais coisas reservadas.
Hoje era uma noite especial, um novo bispo seria nomeado e pela primeira vez um da qual tive algum contato direto, um da qual trabalhamos juntos, um da qual poderia me aproximar, o discurso de nosso arcebispo era inspirador, a massa gritava a o aclamava, por alguns momentos achava que até mesmo o idolatrava, os rituais de nomeação tinham sua continuidade, eu, Ask e Sam participávamos e prestávamos nosso devido respeito ao novo bispo de Nova York, apesar de não saber por quanto tempo ficaríamos, afinal, somos caçadoras e Felicia ainda estava solta mas sabia que ele tinha seus méritos e merecia meu respeito.
A festa corria noite a dentro, todos pareciam estar embriagados, não podia culpa-los, passaram por muitas coisas, mais eu ficava sentada em um canto, observava tudo mas ainda não conseguia me "soltar", Jupiter iria voltar e duvido que esqueceria o que eu o fiz, pois mesmo pelo fato de Ask ter descoberto seu nome e mesmo Sam o ter enviado de volta, foi eu quem ele jurou vingança, foi eu que teria sua ira quando voltasse, até lá caçar essas coisas seria um fardo e esperava muito que a paranoia não me tomasse a cada missão.
A porta era aberta, um homem sem orelhas, um irmão de sangue, um sub clã do sabá criado apenas para servir, por horas me perguntei se isso não ia contra nossos princípios de liberdade, mais deixei de me questionar a anos, ele logo abria passagem e então Springfield com uma voz suave me recebia.
Os principais membros da irmandade estavam na sala, mais um fato quase me fez esquecer diante de quem estava, SUA MÃE? As palavras demoravam a ser interpretadas por minha mente que por algum tempo resistia a ideia, ou ele era um gênio ou um insano mais sendo um ou outro ambos me fazia ter cuidado, respirava fundo e a cumprimentava com o mesmo respeito que mostrou ter a eu, sua priscu claramente uma Tzimisce também vinha até mim, com sua mão estendida elegantemente dava seus cumprimentos então sentia uma leve pontada, olhava para minha mão por um segundo mais nada que me fizesse perde tempo avaliando, Geronimo era o único que já conhecia alem do próprio arcebispo, tomo um pequeno susto ao ouvir sua voz atrás de mim, não me lembrava de o ter o visto ali, mas bom, tanto faz, estava diante da nata vampiresca da cidade de Nova York, teria eu algo a reclamar?
Todos esta membros, explicava Springfield, fazia parte de seu próprio bando que oficialmente não existia mais, entretanto apenas deixaram o bando para formar algo maior uma irmandade, ouvia sua historia calmamente até que era pega desprevenida, meu arcebispo puxava um brinde, um brinde em meu nome, e logo todos naquela sala clamavam meu nome, usando do que me restara de minha força de vontade me controlava para não ficar ruborizada diante de tantas figuras importantes, não era hora de se mostrar "deslumbrada".
Genus aeternam esse era nome de minha mais nova irmandade, uma irmandade da qual não poderia compartilhar nem mesmo com meu bando, ou melhor, o que resto de meu bando, o arcebispo explicava um pouco mais sobre a irmandade, informando regras básicas e como identifica-los, seus objetivos e que devia ajudar-los, tudo no papel parecia esplendido, não via a hora de ver como funcionava na prática, pelo restante da noite, diversos assuntos vinham em pauta, nada além de banalidades e histórias de seus feitos passados, a noite seguinte sim tinha mais coisas reservadas.
Hoje era uma noite especial, um novo bispo seria nomeado e pela primeira vez um da qual tive algum contato direto, um da qual trabalhamos juntos, um da qual poderia me aproximar, o discurso de nosso arcebispo era inspirador, a massa gritava a o aclamava, por alguns momentos achava que até mesmo o idolatrava, os rituais de nomeação tinham sua continuidade, eu, Ask e Sam participávamos e prestávamos nosso devido respeito ao novo bispo de Nova York, apesar de não saber por quanto tempo ficaríamos, afinal, somos caçadoras e Felicia ainda estava solta mas sabia que ele tinha seus méritos e merecia meu respeito.
A festa corria noite a dentro, todos pareciam estar embriagados, não podia culpa-los, passaram por muitas coisas, mais eu ficava sentada em um canto, observava tudo mas ainda não conseguia me "soltar", Jupiter iria voltar e duvido que esqueceria o que eu o fiz, pois mesmo pelo fato de Ask ter descoberto seu nome e mesmo Sam o ter enviado de volta, foi eu quem ele jurou vingança, foi eu que teria sua ira quando voltasse, até lá caçar essas coisas seria um fardo e esperava muito que a paranoia não me tomasse a cada missão.
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
Elyon estava acordado fazia poucos minutos. Tinha acabado de anoitecer e Branca ainda estava dormindo. Aquele era o único momento de sossego que ele tinha, pois quando a garota acordava, sua atenção voltava-se toda para ela. A convivência com Branca vinha sendo difícil devido a sua ingenuidade e curiosidade excessiva. Elyon se irritava com ela às vezes por tais motivos, mas acabava relevando tudo que a garota fazia e perdoando seus erros. Afinal, era só uma jovem neófita que estava aprendendo aos poucos sobre a vida. Por mais que o Gangrel fosse egoísta, ele não conseguia deixar de se preocupar e dar total atenção a garota. O amor que sentia por ela, mesmo artificial, era grande demais para ser vencido apenas pelo egoísmo de sua personalidade.
Ao se encontrar com Springfield, o diálogo foi intenso. Nada que o Gangrel propusesse convenceria o Arcebispo a aceitá-lo de volta. Ele não apenas tinha perdido seu cargo, tinha perdido sua identidade. As palavras do Arcebispo e a terrível sensação de ter perdido tudo pesavam na mente do Gangrel, fazendo com que ele se encolhesse no chão encostado à parede, com uma expressão extremamente aflita. Nem mesmo o desejo de vingança era o suficiente pra levantá-lo naquele momento. Ele sabia que matar o desgraçado do Willabert não reverteria sua situação, embora fosse lhe trazer um imenso prazer. Ainda assim, ele pretendia se vingar, mas antes precisava decidir e trilhar o rumo que daria à sua vida.
Elyon ainda não tinha decidido se entraria mesmo para Mão Negra. Talvez fosse melhor esquecer todas as malditas seitas e viver livre como o vento, sem nenhuma obrigação ou impedimento. Mas por outro lado, a Mão Negra traria uma oportunidade de vida completamente nova para o Gangrel. Se crescesse dentro da sub-seita, poderia atingir cargos de prestígio e reconhecimento pelas suas habilidades, recuperando assim a boa reputação e respeito que um dia teve. Além disso, assassinatos e espionagens eram a sua maior especialidade, e era isso que a Mão Negra exigia. Talvez ele devesse mesmo abandonar de uma vez a vida de Elyon Kameroth e recomeçar tudo. Com suas habilidades, ele sabia que não demoraria a crescer dentro da Mão. E se precisasse de algo de sua vida passada, poderia assumir temporariamente o lugar do sósia (com grande cuidado para não gerar estranhezas que chegariam aos ouvidos de Springfield).
Por fim, pensou a respeito de Gorgonier. A noite do encontro estava chegando, e ele sabia que trair a confiança do Toreador era arriscado. No entanto, o Gangrel não pensava em fazer isso. Ajudar Gorgonier tinha sido o combinado, e ele não queria irritar um ancião genial como aquele. Além do mais, se os dois realmente conseguissem pegar o verdadeiro Gorgonier, o Gangrel poderia diablerizá-lo. Uma diablerie em alguém de tal nível era algo realmente animador e um bom incentivo para o Gangrel ajudar o Toreador.
Por fim, levantou-se. Estava na hora de esquecer os erros do passado e viver o presente. Não importava se ele tinha perdido tudo, o importante era que ele tinha sobrevivido, e ele tinha toda a eternidade pela frente. O Gangrel estava determinado a recomeçar sua não-vida e dar a volta por cima.
Ao se encontrar com Springfield, o diálogo foi intenso. Nada que o Gangrel propusesse convenceria o Arcebispo a aceitá-lo de volta. Ele não apenas tinha perdido seu cargo, tinha perdido sua identidade. As palavras do Arcebispo e a terrível sensação de ter perdido tudo pesavam na mente do Gangrel, fazendo com que ele se encolhesse no chão encostado à parede, com uma expressão extremamente aflita. Nem mesmo o desejo de vingança era o suficiente pra levantá-lo naquele momento. Ele sabia que matar o desgraçado do Willabert não reverteria sua situação, embora fosse lhe trazer um imenso prazer. Ainda assim, ele pretendia se vingar, mas antes precisava decidir e trilhar o rumo que daria à sua vida.
Elyon ainda não tinha decidido se entraria mesmo para Mão Negra. Talvez fosse melhor esquecer todas as malditas seitas e viver livre como o vento, sem nenhuma obrigação ou impedimento. Mas por outro lado, a Mão Negra traria uma oportunidade de vida completamente nova para o Gangrel. Se crescesse dentro da sub-seita, poderia atingir cargos de prestígio e reconhecimento pelas suas habilidades, recuperando assim a boa reputação e respeito que um dia teve. Além disso, assassinatos e espionagens eram a sua maior especialidade, e era isso que a Mão Negra exigia. Talvez ele devesse mesmo abandonar de uma vez a vida de Elyon Kameroth e recomeçar tudo. Com suas habilidades, ele sabia que não demoraria a crescer dentro da Mão. E se precisasse de algo de sua vida passada, poderia assumir temporariamente o lugar do sósia (com grande cuidado para não gerar estranhezas que chegariam aos ouvidos de Springfield).
Por fim, pensou a respeito de Gorgonier. A noite do encontro estava chegando, e ele sabia que trair a confiança do Toreador era arriscado. No entanto, o Gangrel não pensava em fazer isso. Ajudar Gorgonier tinha sido o combinado, e ele não queria irritar um ancião genial como aquele. Além do mais, se os dois realmente conseguissem pegar o verdadeiro Gorgonier, o Gangrel poderia diablerizá-lo. Uma diablerie em alguém de tal nível era algo realmente animador e um bom incentivo para o Gangrel ajudar o Toreador.
Por fim, levantou-se. Estava na hora de esquecer os erros do passado e viver o presente. Não importava se ele tinha perdido tudo, o importante era que ele tinha sobrevivido, e ele tinha toda a eternidade pela frente. O Gangrel estava determinado a recomeçar sua não-vida e dar a volta por cima.
No One- Data de inscrição : 18/03/2010
Re: Cheiro de Início, os grandes feitos da pequena Charlotte
ㅤㅤEu já sabia. E não venha me dizer que é prepotência da minha parte. Eu já ouvi isso demais nos últimos dias. Sim, eu já sabia que iria me tornar Bispo. A cada pequena conquista, eu via a satisfação através do escudo de indiferença do Arcebispo Springfield. E depois daquele tapinha nas costas, aparentemente sem importância nenhuma, no refúgio do Precursor do Ódio, eu tive certeza que seria apenas questão de tempo até que Ellioth me recompensasse. Ele agiu certo, esperou a poeira abaixar. Esperou a ameaça ser contida. Eu teria feito a mesma coisa no lugar dele.
ㅤㅤO Universo parece levar à sério a ideia de Roda da Fortuna de Maquiavel. Há algumas noites atrás, eu estive sob este mesmo solo, olhando este mesmo homem falar, sob este mesmo ângulo. No entanto, era tido como um párea. O homem que tentou ser Bispo. Aquele que falhou.
ㅤㅤSustentando olhos orgulhosos sobre o Arcebispo, esperei ansioso ele dizer meu nome. Ele não me contou que iria me nomear Bispo, ao invés disso, fez questão de me convidar pessoalmente para o seu pronunciamento e me fez prometer deixar de lado minha busca por Karsh, Jiromaru e Felícia. Springfield quis manter a surpresa, mas eu sempre soube do que se tratava. Por isso fiz questão de vestir meu traje reforçado. A armadura que trajei nas provações mais duras, é a mesma que visto hoje, no dia de minha ascensão. Já não está imundo de sangue e lama, pelo contrário, seu tecido é de um negro profundo e limpo. Digno de um Guardião. Com uma única Desert Eagle prateada presa no coldre. Mais como um adorno do que como uma arma.
ㅤㅤMeu nome é dito. O sorriso é inevitável. Os gritos da massa que ecoam meu nome é como o canto dos anjos para os meus ouvidos. Caminhei até o pequeno palanque onde estava Ellioth aproveitando cada instante. Passei por entre meus novos súditos, como um Papa passa por entre os fieis. Confesso que poderia ter me apressado mais e, com isso, economizado bastante o tempo precioso do Arcebispo, mas tenho certeza que ele compreendeu-me perfeitamente.
ㅤㅤEnfim cheguei até o lado de Springfield, onde fui recebido por um Sacerdote. Depois de entoar alguns dizeres em latim, se ajoelhou a minha frente e quando se levantou, lhe disse algo que lhe deixou, com certeza, bastante satisfeito, já que, de forma desajeitada, o indivíduo exibiu, com um olhar de quem acaba de ser compreendido como nunca foi antes, sua dentição desregular e medonha. Em seguida o próprio Arcebispo se ajoelhou à minha frente e não posso deixar de expressar a minha profunda satisfação de ter existido até poder desfrutar dessa cena. Logo, porém, em um ato de falsa modéstia, o levantei pelos braços. - Isto não é necessário, irmão. - Em seguida o abracei, lhe dizendo em seu ouvido. - Honrarei a confiança que depositaste em mim. - Soltei-o então.
ㅤㅤLogo a Priscu e todos os demais membros presentes vieram se ajoelhar perante o novo Bispo. Aproveitei a oportunidade para, lendo suas auras e suas expressões corporais, ter uma bela noção de quem poder confiar para os cargos que deveria distribuir em um próximo futuro. Um em especial me chamou atenção. Elyon Kameroth. Eu poderia traduzir seu silêncio frio como mera inveja e ciúmes, mas havia algo ainda mais estranho. O Vinculi não estava presente ali. Era como se não fosse o Kameroth. Como se fosse um sósia. Guardei minhas impressões para mim.
ㅤㅤChegou a hora do banho de sangue, enfim. Caminhei até a banheira de madeira. Desatando as amarras do colete, e deixando-o cair às minhas costas. Em seguida, retirei a parte de cima do traje, e banhei-me no sangue de meus irmãos de seita. E logo, todos haviam bebido do sangue compartilhado, como em uma Valderie.
ㅤㅤCoberto de sangue dos pés à cabeça, olhei orgulhoso para o meu novo reino, com meus novos súditos me ovacionando. Ergui os braços, deixando minha voz se juntar à deles, num repentino júbilo de vitória. Aos poucos, a multidão vai se calando, ansiosos para ouvir minhas palavras. - Irmãos! - Gritei. - Devo ser sincero convosco! Pouquíssimos aqui sabem, mas quando invadimos esta cidade, a Camarilla era a menor das nossas preocupações! Havia Lobisomens, Magos e até mesmo Demônios querendo nos expulsar! Sim, havia! Porque não existem mais! - E nessa última frase, fiz questão de gritar ainda mais forte. E assim continuei, no mesmo tom. - Nós acabamos com todos eles! E se nós pudemos acabar com tais seres, que destino aguarda a Camarilla?
ㅤㅤDeixei que respondessem por mim, e então retomei em um tom mais brando, ainda assim gritando, no entanto. - Assim como nosso Arcebispo foi comigo, serei generoso convosco! Distribuirei cargos entre vós e traremos dor, sofrimento e morte à Camarilla! Tomaremos suas cidades e haverá mais Bispos entre nós!
ㅤㅤ- O SABÁ É UM SÓ CORPO!
Padre Judas- Administrador
- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 30
Localização : Brasília - DF
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