Vampiros - A Máscara
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Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette

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Mensagem por Gam Dom Fev 03, 2013 10:41 pm



Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette


Há um leve distúrbio no ar. Um cheiro de presságio, como se a mudança de destino estivesse cozinhando no fogo.

- É delicioso, Carlos. - Ela diz. Os olhos fechados, a cabeça inclinada enquanto inspira profundamente. - Meio assustador, também...
- Você sente agora, não é? - Carlos está sentado atrás dela, encaixado com uma perna de cada lado. Como amantes. Ele já apagou o incenso há muito, mas o cheiro...
- O cheiro é... O que é isso, Carlos? Ele me remete a alguma coisa, mas... - Ela ainda não abriu os olhos.
- É porque você já o sentiu antes, só não lembrava disso. É o cheiro do fim. - Ele cochicha ao pé do seu ouvido. Ela está ficando excitada, dá pra ver pela sua respiração.
- Eu tenho medo, Carlos. - E isso a excita um pouco mais. Algo no modo como sua vida foi até agora deixou seu subconsciente avariado. Ela já não é mais a criança de outrora, não tem mais aquela inocência. Se é que já teve um dia.
- Isso é bom. Mostra que você ainda não perdeu a vontade de viver. Nós vamos precisar disso, senão cairemos com muita facilidade pra elas.
- Foi aquela mulher quem fez isso com ela, não? - Ela diz, tentando lembrar se sua mãe um dia já foi diferente.
- Não, meu amor. - Ele responde com uma simplicidade desconfortante, tranquilizando-a com uma lambida que sobe pelo pescoço até atrás da orelha. Ele sabe que ela gosta disso.

Ela se vira e deita sobre ele. O cheiro já não é mais sentido pelos jovens ocupados, mas ele está lá.
E não vai sumir tão cedo.



  • Vagas: 4/4

    • Confirmadas:
      Pri
      Kurt Marshall
      Elyon Kameroth
    • Aguardando Aprovação de Ficha:
      Steven Le'Blon




Última edição por Gam em Sex Ago 01, 2014 2:57 am, editado 12 vez(es)
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Mensagem por Gam Dom Fev 03, 2013 10:48 pm

@Marie

É Dia das Crianças. Fatalmente, este dia sempre deprime a Última Rainha. Ela está perdida em pensamentos enquanto se encara no espelho da penteadeira. Quantos filhos foram, mesmo? Já faz tanto tempo... E a maioria era tão jovem. Seu marido na verdade nunca ligou muito pra eles. Não que ela tenha notado. Aquele imbecil, se ao menos ele tivesse tentado tornar a vida dela minimamente mais fácil, talvez tudo tivesse sido diferente.

Tão jovens...

Uma lágrima rubra solitária escorre por sua face. Porcaria, ela vai ter que retocar toda a maquiagem agora. E vai ter pouco tempo pra isso, porque o celular está tocando.

É Polignac a chamando para encontrá-la no Elísio Empire State. Ela parece animada, algo em seu tom de voz denota que tem algo em mente. Ela sempre pareceu tão jovial e despreocupada... Como consegue?

O Empire State Building já é conhecido para a Toreadora. O colossal edifício é um local óbvio para qualquer vampiro que queira encontrar o Príncipe Gorgonier, confortavelmente entocado no último andar, onde ele possui uma vista mais que privilegiada para o resto da cidade. Exceto, é claro, quando as nuvens ficam no caminho...
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Mensagem por Pri Ter Fev 05, 2013 11:37 pm

Spoiler:

Seus dedos corriam pelas teclas do piano agilmente, como uma amante que conhece o corpo de seu amor. Inicialmente, uma melodia entristecida era produzida por tão grandioso instrumento: um piano negro com detalhes em prata... Intrincadas filigranadas que subiam-lhe os pés e formavam o corpo.

Spoiler:

Aquela era mais uma daquelas noites em que seu passado lhe arrebatava, trazendo consigo as lembranças doloridas que devoravam sua alma imortal. Depois da tristeza, apenas aquela nostalgia melancólica tomava a doce melodia que era produzida, a dor tornando-se quase física. "Chega."

Marie Antoinette interrompia a música, deixando que notas fora de ritmo ressoassem pelo estudio de sua mansão numa profusão de sentimentos. Levantou-se impetuosamente, afastando-se do piano sem olhar para trás. Seu corpo não passava de uma cortina de seda negra e longos cabelos dourados enquanto se movimentava apressada pelos corredores luxuosos em direção aos seus aposentos. Foi quando ouviu o primeiro riso, um riso tão famíliar e amoroso que a fez interromper seu caminho."Por que sempre...?" Uma das mãos tocou os lábios, enquanto em seus olhos uma dor profunda surgia; um menininho... Seu menininho estava no final do corredor, encarando-lhe com um sorriso no rosto. Não podia ser... Ele foi o primeiro a lhe deixar, o primeiro a ir embora! No entanto, ali estava ele se balançando em seus próprios pés, esperando...

"M'aman"

Seus joelhos quase cederam diante das palavras de seu filho, Louis Joseph. Seu primeiro filho, o Delfim da França. Havia implorado a deus por sua vida, ainda vivia em luto por ele... A França havia depositado tanta esperança naquela criança de saúde frágil... Joseph era o Filho da França. O menino parado na frente do corredor sorriu para Marie e se pos a movimentar-se em direção à mãe. Gritava seu nome com toques de sorriso e com os braços estendidos para lhe abraçar as pernas, como sempre fazia ao encontrá-la no Petit Trianon durante alguma brincadeira. Mas, ao contrário do que seu coração ansiava, seu corpo não sentia o calor de seu filho... Sua imagem lhe transpassou o corpo deixando apenas a dor de uma adaga lhe perfurando o peito, capaz de lhe tirar o ar. A rainha encolheu-se dentro de si mesma, levando ambas as mãos ao peito e pressionou-o como se aquilo fosse capaz de conter a dor. Foi quando o choro tocou seus ouvidos, vindo de dentro de seu quarto trazendo-lhe o pânico; o pânico que toma uma mãe ao ouvir o sofrimento de um filho.

"Marie Sophie!"

Como se sua própria dor pela lembrança do filho perdido não importasse, correu em socorro de sua filha. Ao abrir a porta de duas folhas do grandioso quarto, seu coração parou: Marie Thérèse estava com um ser ensanguentado nas mãos, partido ao meio... Banhada em sangue. Seu sorriso sádico ao ver a mãe parada a porta: "Ela estava chorando, mamãe..." Não... Os joelhos da francesa cederam, o olhar tomado pelo horror de tudo aquilo. O que sua filhinha, a sua filha e não a da França havia feito? Lembrava-se da menininha loira que corria pelos jardins e pedia para coletar os ovos das galinhas com a ajuda da mãe. Uma menininha doce e brincalhona que tinha amor por todos os animais do Petit Trianon.

"Você nos abandonou, m'amam. Vê o que fez conosco...?" Apenas a voz de seu segundo filho lhe despertou daquela nuvem de agonia, fazendo-a olhar para o menininho de 10 anos que era Louis Charles... Trazia em suas mãos gordinhas uma faca de dois gumes que não combinava com ele, tão apaixonado por cavalos. "Você nos deixou morrer."

Marie tentou protestar, mas sua voz simplesmente não saía. Não sabia se era por não ter mais forças depois de tudo aquilo ou se por acreditar verdadeiramente naquilo. Era sua culpa seus filhos estarem mortos. Baixou a cabeça a tempo de ver sangue brotar de suas mãos e, lentamente, formar uma poça rubra ao seu redor.... Era o sangue que havia derramado todos aqueles anos, o sangue de seus filhos.

"Está na hora de nos devolver o que tomou de nós..." As vozes de seus quatro filhos saíam pelos lábios de Louis Charles enquanto ele se aproximava, a faca em riste. E, antes que a lâmina alcançasse seu pescoço, Marie sentou na cama atordoada. Apenas mais um pesadelo, anunciando a chegada de tão odiado dia.

Encolheu as pernas, deixando os joelhos dobrados enquanto encarava a parede a frente. Não havia mais nenhuma criança a qual comemorar naquele dia. Todos os seus filhos e tão jovens... Teria respirado tristemente se seu corpo ainda tivesse tal hábito, mas já faziam tantos anos desde a última vez que o ar em seus pulmões eram algum sinal de vida. Levantou-se da cama pelo lado direito, arrastando consigo a colcha de cetim negra enquanto andava pelo quarto e deixava ainda dormindo a companhia humana daquela noite. Ele rossonava tranquilo após uma noite de prazer com a Última Rainha da França... Ela o encarou por alguns instantes, notando como também era jovem. Talvez tivesse a idade de sua filha mais velha...

Esquivando seu olhar, sentou-se na poltrona de frente para sua penteadeira vitoriana, fitando a si mesma. Ainda jovem, ainda bela... E vazia. Era aquele um sentimento constante desde que havia partido para a França. Desde que havia sido deixada de lado pelo marido. Desde que havia sido obrigada a abandonar seu único e verdadeiro amor, seu amor proibido. A vida somente brotou-lhe no peito novamente após o nascimento de seus filhos, cada um deles... E, um a um, foram tomados de seus braços. Mortos ou assassinados. Malditos, todos aqueles que a culpavam, que a acusaram... Que a mataram e a seus filhos.

Como se toda a emoção fosse demais para seu velho corpo aguentar, uma lágrima... Uma única lágrima rubra deixava seus olhos e manchava sua pele de porcelana. Há quanto tempo não derramava uma pequena gota de rubi? Apoiou a cabeça nas mãos, não suportando a própria imagem da agonia a qual havia se tornado. A nostalgia masoquista e sádica que deveria ser profundamente sentida em sua totalidade. A angústia e a mágoa deviam ser sentidos para sua beleza ser mantida. Era sua punição por ainda estar viva depois de tanto tempo.

Porém, quando tornava a levantar a face, o sentimento havia sido jogando nas profundezas de seu coração. O mundo real lhe chamava mais uma vez; o enlouquecido presente, tão diferente do que era quando seu coração batia. O aparelho de telefone - celular, era este o nome da coisinha que haviam lhe dado e que deixava todas as vozes mais próximas. Uma "maravilha" da tecnologia, segundo sua mentora. A lágrima era retirada cuidadosamente com o dedo indicador e guiada até seus lábios, sugada de volta para dentro do corpo - sentimento devorado, mais uma vez. Atendeu ao celular e trocou algumas poucas palavras, tentando parecer tão animada quanto Polignac, especialmente interessada no que a cainita tinha para dizer. Com certeza mais uma diversão especial para aquela noite. Talvez uma distração fizesse bem para sua alma inquieta. Talvez houvesse um buraco na escuridão em que havia despertado.

Sua maquiagem foi impecavelmente trabalhada, deixando-lhe bela como sempre fora. Pelo menos nisso, a maldição na qual vivia havia sido útil. Sentia vontade de se sentir tão descontraída quando Pollignac, deixar para trás a nuvem depressiva em que havia despertado. Um leve vestido branco - vestido sozinha e foda-se as convenções de seus criados que adoravam brincar de Versailles. - era escolhido - um que não seguia a moda atual, mas era um de seus preferidos - algumas escovadas no cabelo e quase uma hora depois já estava na frente do imponente Empire State, deixando que o motorista lhe abrisse a porta. A razão daquele ser o ponto de encontro com Polignac é que não imaginava...

Qual será a brincadeira...? - murmurava consigo mesma enquanto subia os degraus do Elisium, erguendo as saias de seu vestido delicadamente, a face erguida de modo altivo e num andar majestoso. Sim, ainda era uma rainha, afinal de contas... Enquanto um Príncipe reinava de sua torre tão frágil. Uma vez dentro do prédio, era fácil descobrir onde estava sua amiga. Algumas mesuras foram oferecidas a uns e outros conhecidos, alguns sorrisos retribuídos, olhares trocados... Nada além de uma atividade social recomendável para alguém que desejava crescer ali dentro.
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Mensagem por Gam Qua Fev 06, 2013 4:12 am

@Marie

Louis Joseph, Marie Sophie, Marie Thérèse, Louis Charles... Então eram quatro, Antoinette? Minha nossa, e você não conseguiu salvar nenhum sequer? Que mãe terrível. Pra quem não fazia nada da vida além de continuar bonita, você não teve tempo pra cuidar de um punhado de crianças? Vergonha... Você é um desastre.

Mas não se preocupe, eu não vou te julgar. Eu não existo, sou apenas o narrador dessa crônica. Ah não, você vai ser julgada por outras pessoas. Gente mais... inteirada da situação.

Só que não é hora disso agora. Isso mesmo, engula seus pecados, faça isso. Agora é hora de fazer o que você faz de melhor, não é mesmo? Seja bonita. Passe por seus súditos, force um sorriso. Você é uma Rainha. Talvez não da França, é verdade. Mas é Rainha de um punhado de vermes parasitários... Trocamos um castelo por uma Torre de Marfim, certo? E que diabo de Torre...

Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette 2

Antoinette vê o enorme arranha-céus. Ela vê os pássaros o rodeando à altura. Aves tolas, mal sabem o perigo que passam fazendo seus ninhos perto desses sanguessugas. Ela entra. Lhe dizem para subir, pois estão esperando-na lá em cima. Ela então se dirige ao único escritório do 102º andar do Empire State Building.

Empurrando as portas de mogno com certo esforço, e tentando se manter delicada e perfeita enquanto faz isso, ela se depara com uma sala muito bem iluminada. O teto inteiro é uma enorme fonte de luz, deixando uma claridade incômoda e criando sombras perfeitamente comportadas sob cada um e cada coisa. Os poucos móveis tem uma aparência limpa, seguindo um estilo clean branco e sem arestas. O escritório é desagradavelmente espaçoso, com uma série de janelas lacradas que dão uma impressão um tanto quanto claustrofóbica, mas ela sabe que é pela segurança. Há um único quadro à uma parede, e ele é a primeira coisa a lhe chamar atenção...

Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette Dali130+The+Invisible+Man.+1932

Marie; Fraqueza Toreadora
Autocontrole = 3 / Dif = 6
9, 4, 6 = 2 sucessos

É uma figura simples, mas perfeita à seu modo. Há algo de inspirador, uma intriga escondida no caos minuciosamente calculado... Ela se perde examinando-o por alguns instantes, e mal ouve a porta batendo atrás de si. A porta que ela deixou se fechar sozinha quando soltou-a para prestar atenção no quadro.

- Ah, olha quem chegou. - Uma voz feminina muito familiar é a primeira a notar sua presença. Seria impossível não o fazer depois da batida da porta.

- Vejo que gostou do quadro. - E agora é o Príncipe Gorgonier. - É um Dali. Se chama "O Homem Invisível". Ele pintou especialmente para mim. - E agora Marie já está em si novamente, ouvindo o que o ilustre Gorgonier tem a lhe dizer. - Sabe o que era interessante sobre Dali? Vitae lhe dava efeitos alucinógenos. Ele jamais pintava sem uma garrafa do lado, era um desses artistas excêntricos.

- Blablabla... - Polignac o interrompe de um modo que Membros geralmente não interrompem Príncipes. - Não fuja do assunto, Gorgonier. Nós estávamos falando sobre aquele bruto infeliz!

- Sim, tem razão... - Claramente desconcertado, ele leva um dedo a testa como se estivesse concentrando-se para recuperar o fio da meada.

Gorgonier é um Príncipe Toreador. Escalado como tal após a tomada da cidade há mais de 80 anos, posto complicado este que ele tem mantido bem. Bom, se um Príncipe sobrevive dominando uma cidade como Nova Iorque por tanto tempo, ele deve estar fazendo algo direito.
Mente por trás do conglomerado empresarial W&H Properties, a marca que possui o Empire State Building, e também por trás do planejamento do golpe maestral que derrubou o Sabá. Com os jogos políticos certos (e uma fatalidade estranhamente conveniente) adquiriu o cargo de Príncipe da cidade conquistada. Ele e Polignac possuem uma relação de certa intimidade que vem de muito antes disso, o que justifica o comportamento abusado que ela tem quando estão a sós.

Polignac, a terceira Toreadora da sala, Marie conhece muito bem. Sua mentora, que pessoalmente transformou-a no que ela é hoje. Uma mulher astuta, brincalhona, sádica, com poder e liberdade demais em suas mãos para o azar de quem estiver ao redor. Recentemente, há menos de uma semana ela adquiriu um posto na cidade. A mais nova Harpia. E, como Marie pode ver, ela já está usufruindo de sua influência. Ela se diverte com isso, dá pra ver em seus olhos felinos.

- Acontece, minha caríssima, - continua o Príncipe. - que o seu "bruto infeliz" é um respeitado Arconte de Washington. Nós não podemos simplesmente destratar o homem por essas razões banais.

- Razões banais...? - Ela fala a primeira vez em voz baixa, e repete a segunda em um tom mais indignado. - Razões banais!? Gorgonier, isso é mais que uma mera frescura irritante! Isso é um jogo de poder, você não vê? Ele está cutucando a gente com aquela... bengalinha pomposa que ele tem. É tão óbvio!

- Eu... Oh, Marie, querida. Me perdoe pelos modos, você não deve estar entendendo nada, não?

Mas é claro que você está, não é Marie? Você estava aqui o tempo todo, Polignac repetia de novo e de novo tudo o que acontecia nos seus ouvidos. Você é a sua confidente, sua "parceira de fofoca" pessoal.

Eles falam do Barão Tonttorberg ou, para os íntimos, o Barão Ruivo. Um gordo Brujah efusivo, que fala alto, gosta de aparecer e tem uma mania ligeiramente irritante de bater a bengala no chão o tempo inteiro enquanto faz seus monólogos infinitos. Muito respeitado, temido e inconveniente, ele gosta de causar grandes comoções por onde passa. Infelizmente, ele merece toda a atenção que recebe. Seus serviços para a Camarilla são inestimáveis, e só ele sabe quais são seus métodos para conseguir subjugar e destruir tantos inimigos.

O que acontece é que o Barão está de visita na cidade. Em uma sexta-feira com o Elísio cheio, ele fez questão de avisar em frente a todos os presentes que traria uma surpresa especial para o Príncipe, mas que para isso precisaria de uma sala com toda a segurança que ele pudesse fornecer. Provavelmente é algo valioso... Seja o que for, ele se recusa a dizer o que é até que chegue o dia. O Barão gosta de causar um impacto.

Polignac, assim como muitos outros cainitas mordidos, não gosta do jeito folgado do Barão. Ela defende que com a sua audácia ele não está abusando da boa vontade apenas do Príncipe, como também de todos os Membros da cidade. Brincando com o seu tempo como se fossem crianças inocentes. Verdade seja dita, é muito provável que o presente do Barão seja de fato valioso, e talvez o caso seja um ciúmes ardente da glória que ele irá ganhar. Mas quem pode saber, não é mesmo?
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Mensagem por Pri Qui Fev 07, 2013 10:52 pm

Seu rosto estava erguido a cada passo. Sua expressão era altiva e inacessível. Todos queriam um aceno da Rainha, em Versailles... Mas ali, ela sabia que ainda não havia conquistado a simpatia de todos e que deveria ser um pouco mais acessível. Não deveria tratar as criaturas que habitavam aquele castelo como tratou a prostituta de seu sogro. Naquela época, havia sido obrigada a falar com ela... Ali, poderia apenas acenar. Uma bonequinha de enfeite de Polignac... Que servia bem a seu propósito. Mas poucos sabiam realmente de suas intenções... Já não queria apenas ser uma boneca. Era uma rainha... E uma rainha precisava de um castelo... Ou de uma Torre de Marfim.

Só que ao invés de súditos... Teria como seguidores sanguessugas como ela e que provavelmente planejavam passar a perna um no outro tanto quanto ela desejava tornar-se mais do que era ali. Polignac já havia alcançado algum patamar e Antoinette era sua confidente... Quantos poderiam saber dos segredos de uma Harpia... E todos os outros segredos que ela carrega? Um pequeno sorriso se desenhou em seu rosto de porcelana ao imaginar o quão preciosas eram as informações que guardava por todos aqueles anos. É claro, isso também a tornava um alvo mas parecia não se importar com isso, ao dirigir-se ao elevador que a levaria ao 102º andar. Olhava a si mesma refletida no espelho daquele pequeno cubo que a transportava: ajeitava os cabelos, fazendo algumas ondulações perfeitas... Arrumava o batom que deixava seus lábios com um brilho suave e natural: nada nela lembrava que era um corpo morto, tão morto quanto suas crianças estavam há poucas centenas de anos. Sua alma, no entanto, estava mais viva do que nunca esteve: tinha tudo o que desejava em suas mãos e a liberdade de tirar de seu caminho tudo que se tornasse um empecilho. Quando as portas se abriam, seu orgulho de majestade pareciam exalar em cada passo que dava em direção as grandes portas de mogno do escritório. No final das contas, era um absurdo ela mesma ter que abrir tão pesadas portas. Talvez tivesse que treinar um pouco mais sua força física... Afinal, precisava representar alguma ameaça. Algumas noites caçando músculos em forma de humanos poderiam ser de grande valia para o que desejava.

Seus olhos se fecharam ligeiramente durante o primeiro contato com a iluminação da sala. Já havia estado naquela sala do Elisyum antes? Deu de ombros, caminhando devagar para dentro do escritório enquanto observava com alguma atenção os seus detalhes. Não era luxuoso, mas o branco dava-lhe uma sensação de pureza... Exceto pelo único quadro que existia ali. Era como uma pequena desordem em todo aquele branco e imediatamente chamava sua atenção. O pedaço de tecido vermelho, a pequena e solitária janela... Era quase como aquela sala onde estava agora: apenas um lugar para escapar de alguma prisão inócua. E, sua única saída, era fechada enquanto se aproximava do quadro, trazendo junto uma voz familiar há tantos anos.

Virou-se sem pressa, cruzando as mãos na frente do corpo de maneira graciosa e sorrindo-lhes de forma amistosa, ouvindo o Príncipe discursar sobre a obra que tanto lhe fascinou instantes atrás. - Não tive o mesmo prazer que vossa alteza. - nascida em anos que principes e reis ainda recebiam respeito, se dirigia a estes ainda da mesma forma. Mas, no entanto, não se aproximava deles, deixava que eles viessem até onde ela estava para então fazer uma mesura diante do Príncipe, abaixando o corpo delicada e respeitosamente - Mounsieur Gorgonier... - E tornou a ficar ereta, olhando-o de modo educadamente interessado - Não sabia que havia conhecido Dali. Não sou muito fã de suas obras... - todos sabiam que as obras renascentistas eram suas preferidas - Mas admito que... - O "blablabla" de Polignac lhe interrompia e a fazia sorrir de modo condescendente, já conhecendo o rude temperamento de sua antiga amiga - agora uma amiga importante naquele meio e que, pelo que podia notar da conversa dos dois ela estava montando suas teias. Havia sido desse modo também em Versailles... Ela caiu nas graças da Rainha... e agora, nas graças do Príncipe.

De fato... - Concordava com o que sua criadora havia dito, dando um tom genuíno em sua voz - Não sei do que falam... Poderiam me inteirar do assunto ou seria pedir demais? - É claro que já sabia do que estavam falando, ainda mais pelo tom grosso e rude que sua criadora se dirigia ao tal "Arconte". Era só sobre isso que ela vinha falando nos ultimos dias e em como tal Arconte lhe desagradava. Ainda não sabia se havia um plano na cabeça de Yollande... Mas se bem a conhecia, sua teia não pararia somente na influência que tinha sobre o Principe. Ela não deixaria que o Barão tomasse um posto maior do que ela... E Marie tinha alguma noção de que vários outros dentro daquela Torre tinham a mesma ideia.

Isso tem haver com o presente que o Barão Tonttorberg diz ter para nosso querido Gorgonier? - era incrivel o modo com o qual ela podia colocar um interesse e desconhecimentos genuinos em qualquer ação. Até mesmo baixou um pouco a voz para indicar a presença de um segredo. - Não vejo mal em aceitar um presente... Mas devido a grandiosa reputação do Arconte... Também não vejo mal em tomar algumas precauções. Afinal... Sabemos que a fama de nosso dignissimo Arconte o precede. - tudo era falado em um tom neutro, carregado com seu charmoso sotaque francês.
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Mensagem por Gam Ter Fev 26, 2013 7:29 pm

@Kurt
É noite de Segunda. Kurt tem um momento de descanso depois de uma semana exaustiva. Hoje durante a tarde ele representou a senhorita Martta Oliggerio, no processo sobre o abruso sexual que ela sofreu no trabalho. Foi um sucesso. Ele já tinha as provas, já estava preparado, mas a semana inteira dedicada a esse caso lhe deixou cansado.

Hoje ele ainda arranjou algum tempo para brincar com seu filho de um ano. O bebê está crescendo feliz. Suas risadas inocentes fazem tudo valer a pena. Cada noite perdida em claro, cada ameaça recebida durante o trabalho. Agora o garoto já está dormindo e Kurt sentado na poltrona lendo um livro.

Sua esposa já está de camisola. Ela vai até a cozinha e começa a preparar um achocolatado. Ela têm andado estranha o dia inteiro e Kurt não faz ideia do que está acontecendo. Talvez seja só TPM.

Repentinamente, vem da cozinha o som de um copo se quebrando seguido de um grito fino da mulher. No quarto ao fim do corredor, o bebê imediatamente acorda com o barulho e começa a chorar alto.



@Marie
- E que precauções você tem em mente, minha cara? - Pergunta Gorgonier, à um tom que deixa clara sua descrença, mas ainda lhe mantém aberto à surpresas (Empatia 3).

[Podemos fazer a cena de diálogo por Facebook quando você quiser.]



@Elyon
Olhos atentos observam o Empire State Building.
Um grande pastor alemão preto está sentado em um beco escuro, o rabo abanando lentamente de um lado a outro enquanto sua cabeça levantada encara o imponente arranha-céus.

Contrastando com o branco das nuvens, ele consegue ver claramente os pássaros que sobrevoam os arredores. Falcões urbanos, uma visão corriqueira. Não chegam a estar no topo, mas já estão altos o bastante para ter uma boa vista da cidade. Mortais e até outros Membros ingênuos devem pensar que não passam de animais que fizeram seus ninhos ali, mas ele sabe bem que não é isso, não é mesmo? São os espiões do Príncipe, pássaros disciplinados treinados pelos Algozes. Talvez um deles até mesmo esteja ali, voando entre eles. Talvez todos...

Ele está contemplativo. Há pouco tempo recebeu uma proposta estranha. Gary, o porteiro deste mesmo prédio com quem mantém contato, deixou-lhe uma mensagem de caráter estranho. Ela dizia "Olá Ulisses. Encontre-me na 43.4-F". Não parecia ter sido escrita por Gary, ele não perdeu o celular e, para todos os efeitos, age como se nunca tivesse enviado qualquer coisa. Seja lá quem for, ele quer que Elyon compareça no 43º andar, na sala especificada. E, mais estranho, ele sabe seu verdadeiro nome. Só os Sabás mais antigos sabem quem ele era... E todos eles deviam estar mortos agora. Não?

A curiosidade é forte, e deixar isso pra lá pode se provar perigoso. Essa pessoa claramente sabe de coisas que não devia saber. Por outro lado, entrar no prédio embaixo do nariz do Príncipe pode ser ainda mais perigoso...
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Mensagem por Dylan Dog Ter Fev 26, 2013 9:44 pm

Semana puxada, a Senhorita Oliggerio terá sua indenização e o canalha ainda vai pra cadeia, isso alimenta o ego do jovem advogado de sucesso ao mesmo tempo que satisfaz sua sede de justiça, de certa forma ele se empenha mais que a média no trabalho, não por fama ou dinheiro, mas por idealismo.

Mesmo cansado busca dar atenção a família, a exaustão não pode lhe impedir de ser um bom pai, mas pelo visto como marido ele anda faltando, sua esposa não está tão feliz nos últimos dias, pode ser falta de atenção ou mesmo TPM.

Pensamentos "Aaah que droga... Uma briga pra completar meu dia, ela deve ter seus motivos, acho que vou..."

Antes que ele pudesse terminar seu raciocínio ele ouve um copo se estilhaçar na cozinha. Kurt corre até lá para ver o que fez sua esposa se assustar... Nesse momento algumas das ameaças sofridas no trabalho passam por sua cabeça e a sombra do medo paira sobre seu coração.
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Mensagem por Gam Ter Fev 26, 2013 11:41 pm

@Kurt
Tamamo está de pé, com as mãos apoiadas na pia e a cabeça baixa. O copo está quebrado aos seus pés, e o leite quente esparramado pelo chão da cozinha. Um pouco respingou em sua pele, mas ela não parece se importar.

Olhando melhor, Kurt percebe que ela está chorando.


    - Amor o que houve? *olha em volta*
    *buscando o que poderia ter causado um susto ou algo do gênero*



Aparentemente não há nada de anormal ao redor. Tamamo chora baixo, mas compulsivamente. Entre um soluço e outro, ela junta fôlego para dizer algo:

- O bebê... Ele está chorando. Vamos.

De cabeça baixa, tentando enxugar as lágrimas, ela se dirige até o quarto do bebê. Chegando lá, ela não entra. Não está em estado de pegar a criança, deixando o serviço para Marshall.


    Entre consolar a esposa e cuidar do filho Kurt se sente entre a cruz e a espada, mas ele resolve não ficar inquirindo sua esposa em um momento assim.
    - Deixa eu colocar o Nero pra dormir, precisamos conversar...
    Kurt adentra o quarto



Tamamo apenas assente com a cabeça, e fica no corredor enquanto Kurt entra no quarto.
O bebê está ali, chorando alto. Kurt o pega no colo e começa a niná-lo. Em pouco tempo a criança começa a se acalmar. Foi apenas um susto.

Quando sai, ela está ali o esperando. Seu rosto ainda úmido, os olhos vermelhos, mas mais calma. Assim que Kurt fecha a porta, ela repentinamente lhe dá um abraço forte.

- Me desculpe... - Ela diz, a cabeça enfiada em seu ombro.


    Kurt retribui o abraço da esposa com força...
    - Tudo bem, vamos para o quarto conversar se não ele vai abrir o berreiro de novo
    Kurt abre um sorriso simpático buscando trazer a esposa pro mesmo estado de espírito que ele
    ele passa um braço por cima do ombro dela e a leva para o quarto e pergunta baixinho
    - E então? O
    que te faz chorar?



O sorriso é retribuído com um olhar preocupado, talvez com algum grau de pena. Tamamo vai com ele até o quarto. No caminho, lhe responde apenas.

- No quarto... Acho que é melhor você se sentar.

Uma vez no quarto, ela acende a luz e espera que Kurt se sente na cama. Ela parece muito séria.

- Eu não fui completamente sincera com você. - Agora seu choro foi trocado por um olhar decidido, como o de alguém que acabou de tomar uma decisão muito séria.


    Preocupação reina em seu coração, mas Kurt se controla pra não deixar transparecer, afinal, transmitindo calma ele vai fazer com que ela consiga falar tudo o que instiga sua curiosidade... Ele se senta na cama e com olhar curioso pergunta
    - Como assim?



- Eu... - Ela empaca no começo. Começa a andar de um lado a outro, evita contato visual. Ela esfrega as mãos, morde os lábios, começa de novo. - Eu não sei por onde começar. - E então se vira para Kurt novamente. - Parte da minha vida é uma mentira. Com exceção de alguns anos antes de te conhecer pra frente, todo o resto foi inventado.


    Kurt tenta mas é muito difícil esconder a surpresa...
    - Somos casados a 5 anos e você me diz que isso é uma mentira?
    - Por que?



Tamamo responde imediatamente:
- Não, não! - Ela o corrige. - Não é nada disso.

E então vai até ele, pega sua mão com as suas.

- Foi tudo real. Eu te amo. - Ela não costuma dizer isso, exceto em ocasiões importantes. - Nosso casamento foi exatamente o que ele foi. Mas a minha infância não foi como eu te disse. - Ela para, encosta sua testa na de Kurt por um instante, fecha os olhos. - E eu não nasci no Japão... - Ela fala devagar.


    - Ah... Como assim? Onde você nasceu?
    *Permanece a surpresa*



- Na França... - E então ela se deixa cair sentada ao seu lado. Com a cabeça baixa, quase em um sussurro, ela completa. - ... em 1788.


    *abro um sorriso de alivio*
    - O que você andou bebendo?
    *dou uma risada baixinho* rsrsrsrs



Ela continua séria. Uma lágrima escorre por seu semblante.
- Eles me mantém viva porque ele precisa de mim, Kurt. Mas agora... Eles vão mandá-lo pra morte. E não tem nada que eu possa faz... Fazer... - Ela se derrama em lágrimas novamente. Kurt está completamente perdido mas, seja o que for, não parece que ela considera uma brincadeira.


    - Morte? Me mandar pra morte? Eles quem?
    *Um semblante sério toma o rosto de Kurt*
    Se você nasceu em 1788.. como vc está viva até hoje? Se não é japonesa me explica esses olhos puxados! Meu Deus!
    - O que está acontecendo aqui?!



- Não, não você... - Ela abraça seu torso, dobrada sobre a cama. - Charle, meu irmão.

Ela fica algum tempo em silêncio ali, abraçando-o. Seja como for, Kurt ainda parece ser seu porto seguro. E então, ela se senta e endireita-se novamente.

Baixinho, em um tom de segredo, ela lhe responde:

- Eles fazem algum tipo de magia, Kurt. Eles podem fazer uma pessoa viver pra sempre se quiserem. E podem mudar o rosto dela. Eu tenho esse rosto há 15 anos. Me desculpe, eu não podia te contar.

Alguns instantes em silêncio, e então...

- Na verdade, acho que ainda não posso. Mas não importa mais.


    *Ele tenta entender o que está acontecendo*
    - Charle? Magia? Eu já vejo espíritos, vou ter que lidar com magia também?
    -Eles quem?!
    O que vc não pode fazer?
    *ainda abraçando ela*



Para Kurt a descrença é uma questão delicada. Ele já lida com o sobrenatural desde muito cedo. Pouca coisa o impressionaria, ou ao menos era isso que ele pensava até então. Saber que Tamamo tem um irmão também é uma surpresa. Ela sempre disse ser filha única. Aliás, e seus pais? Toda a sua família do Japão? Tudo mentira?

- Eu não posso te dizer o que eu tô dizendo, Kurt... Você deveria ser só parte da minha máscara... Depois que você começasse a envelhecer, eu teria que ir embora. Na verdade, Nero nem devia ter nascido... Eu não sei como eles permitiram isso.

Ela então o beija. Um beijo apaixonado, mas rápido. Ela termina o beijo e afasta seu rosto.

- O meu irmão precisa de mim. Eu preciso ir embora, Kurt. Preciso impedir isso.


    *Kurt estende os braços como se tentasse segura-la, para que ela não se afastasse*
    - Não, eu posso te ajudar... Me deixa te ajudar! Eu não sei no que mas, eu estou junto com você...
    sou seu marido...
    não importa o quão louco isso tudo pareça...
    mas me explica o que é isso de máscara
    o que ta havendo?
    que irmão é esse? amor! me explica



Tamamo para de pé, à meio caminho da porta.

- Eu acho que eu te devo uma explicação melhor, não é? - Ela fala, triste. Então volta, com calma, e se senta novamente ao lado de Kurt. - Minha mãe... Nossa, isso vai soar mais besta do que eu imaginava. - Ela respira fundo e começa de novo. - Minha mãe foi Maria Antonieta, a última rainha da França antes da Revolução Francesa. Ela foi capturada quando eu tinha 4 anos. Pegaram a mim e meus três irmãos, e...

Ela dá uma pausa, pensando no melhor jeito de encaixar as coisas.

- Disseram que minha mãe havia morrido. Eles nos criaram em uma instituição oculta, nos ensinaram a viver em sociedade e disseram tudo o que nós não podíamos revelar. Meus irmãos, eles... Eles mudaram.
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Mensagem por Dylan Dog Qua Fev 27, 2013 12:49 pm

*Com a mesma expressão de surpresa do inicio das revelações, ele passa a mão direita no cabelo meio que arrumando, afrouxa a gravata*

- Você está me falando que é uma princesa francesa com mais de 200 anos. Eu vejo espíritos e por esse fato sou obrigado a ao menos tentar te entender, então veja... Você é imortal? Mais uma coisa... Como assim seus irmãos mudaram? Eu sei mais ou menos a história da revolução francesa e toda a hipocrisia de fraternité, liberté, égalité... Se utilizaram da mesma violência que acusavam a nobreza, para destituí-los do poder. Um banho de sangue como e qualquer conflito histórico...

Pensamento: Tudo isso que ela está me falando... ela tem mais de 200 anos mas não envelheceu, tem envolvimento com magia... o que é imortal, pertence ao mundo sobrenatural e pode lidar com magia...

*Nesse momento Kurt arregala os olhos*

- Você... é... uma bruxa... ou...

Pensamento: Quando foi a última vez que eu a vi de dia?

OFF: O conhecimento dele é meramente literário, juntar que ela é um vampiro é só pq ele admiti que existe um mundo sobrenatural, mas no caso, ele não apontou isso diretamente, mas é uma das possibilidades dele.
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Mensagem por Gam Qua Fev 27, 2013 3:45 pm

@Kurt
- Agora não vou ser mais... Depois que o meu irmão se for, eles não vão mais manter a magia.

Tamamo segura uma de suas mãos, e a coloca contra a face.

- Meus irmãos... - Ela diz, de olhos fechados, juntando a confiança que ela precisa pra dizer algo desse tipo. - Eles não são humanos, Kurt.

- Você... é... uma bruxa... ou...

- Não, não. Eu sou só uma humana comum. Eles que me fizeram diferente. Meu irmão, o Charle... Ele é muito instável. Sem mim e nossa outra irmã, eles não conseguem controlá-lo. É por isso que eles nos mantiveram vivas.

Kurt começa a imaginar que talvez tenha casado-se com uma vampira, mas o pensamento logo lhe foge da cabeça. Ele a viu de dia hoje mesmo, quando passou em casa na hora do almoço e ela estava no jardim varrendo as folhas de outono.
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Mensagem por Dylan Dog Qua Fev 27, 2013 4:56 pm

*pensativo*

- Se você é humana pq tem mais de 200 anos? Além do mais, esse seu irmão, instável e tal, tem alguma forma de resolver isso? Acho melhor você me contar tudo que sabe, se não, não poderei lhe ajudar (persuasão)(persuasão)
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Mensagem por Gam Qua Fev 27, 2013 5:10 pm

@Kurt
Teste oculto

Tamamo se mantém calada por longos instantes, seu olhar perdido por entre as fendas do chão de madeira.

- Charle... Não... Todos nós tivemos uma vida difícil. Ele foi o mais afetado pela pressão. É que ele tem uma... uma... condição. Ele é diferente. Joseph também, mas ele conseguiu escapar ainda jovem. Nós nunca mais o vimos desde então.

Então, ela o olha firme. Por alguns momentos, ela o julga.

- Você não pode fazer nada, meu amor. Talvez nem eu possa, mas eu tenho que tentar. Isso nunca foi problema seu, você não merece esse fardo... Só me prometa que vai cuidar do nosso filho. - Ela diz, mantendo o semblante sério a depeito das lágrimas que rolam profusamente por seu rosto.
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Mensagem por Dylan Dog Qua Fev 27, 2013 5:17 pm

- Vão matar seu irmão? E parar de renovar esse "feitiço" que te mantem viva?

*Uma lágrima escorre pelo canto do olho*

- Eu vou cuidar do nosso filho, mas eu vou cuidar de você, foi o que prometi quando me casei, mas preciso que vc seja sincera comigo... o que mais falta eu saber? O que é o seu irmão Charle?
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Mensagem por No One Qua Fev 27, 2013 11:46 pm

Aquela mensagem tinha realmente instigado a curiosidade de Elyon. Gary não tinha como saber de seu verdadeiro nome, praticamente ninguém tinha. Ele até poderia levantar suspeitas de que realmente havia sido o porteiro, mas o Gangrel conhecia o humano a tempo o suficiente para saber que ele não passava de uma bolsa de sangue qualquer. As únicas pessoas que sabiam daquilo eram os antigos membros de seu primeiro bando, aqueles que o haviam introduzido no Sabá e no mundo das trevas, e que tinham morrido muitos anos atrás. A mais especial entre eles, Kyria, trazia fortes emoções e lembranças para Elyon sempre que pensava no assunto. Ela tinha sido sua criadora, mãe, mentora e amante. Elyon tinha amado ela de diversas formas que um humano jamais poderia compreender. Porém, o Gangrel sabia que aquela não era hora de ficar nostálgico, a morte de Kyria ainda seria vingada com suas próprias mãos mais cedo ou mais tarde, mas no momento o foco principal era descobrir quem era a pessoa que tinha mandado a mensagem e quais as suas intenções.

Naquele momento, ele bisbilhotava os espiões do Príncipe que sobrevoarem as proximidades do Prédio onde ficava o Elysium. Camuflado na forma de Pastor Alemão, Elyon os observava sem chamar a atenção enquanto pensava em um plano para entrar no prédio sem complicações. Certamente um prédio como aquele deveria possuir câmeras, como se os espiões já não bastassem, além de outros possíveis recursos, então simplesmente entrar ofuscado seria um enorme vacilo. Com uma mente como a sua, aguçada ao longo de tantas crises durante mais de 120 anos de intrigas, tramoias e batalhas, elaborar uma solução para tal circunstância foi fácil. Seu carniçal, Hank, seria o suficiente para colocá-lo lá dentro sem problemas e ainda prevenir seu pescoço de possíveis armadilhas. Ele era um carniçal cegamente leal e era uma peça útil do tabuleiro do Gangrel, mas Elyon não se importaria em arriscar o pescoço dele. O Gangrel dirigiu-se até um local seguro da visão dos espiões do Príncipe e do gado, e usando sua ofuscação para manter-se invisível, voltou a sua forma original. Antes de tornar-se visível novamente, utilizou novamente a sua ofuscação para aparentar a imagem que tinha quando mortal para que pudesse andar entre os humanos despreocupadamente. Então sacou o seu celular e discou para seu carniçal com uma certa cautela e dificuldade devido as suas unhas afiadas.

-Hank, me encontre agora na rua Andreas 147, em Manhattan, próximo ao monumento. Coloque um sobretudo e não traga armas. Rápido! - Disse Elyon assim que o lacaio atendeu a chamada, sem sequer dar-se o trabalho de cumprimentá-lo. A tonalidade em sua voz emitia uma forte autoridade e convicção que, unidas ao laço de sangue, tinham um efeito extremamente eficaz (Líder nato).

Elyon nem esperou pela resposta de seu lacaio antes de desligar. Afinal, recusar qualquer coisa vindo dele não era uma opção. Quando Hank chegasse, Elyon andaria com ele até um local mais reservado e lhe explicaria os detalhes do plano que tinha em mente.

-Ouça atentamente, Hank. - Começou Elyon, fazendo uma leve pausa - Eu recebi uma mensagem de um desconhecido para comparecer ao Empire State hoje, mas quem irá de encontro com esse desconhecido será você. Eu me transformarei em um rato e acompanharei todo o seu desempenho aqui, no seu bolso. - Disse ele apontando o dedo indicador para o bolso no sobretudo do lacaio - Como eu não sei quem é esse indivíduo, você deve ser cauteloso para descobrir quem ele é. Mas talvez isso não seja necessário, caso ele esteja sozinho. Se suspeitar que alguém possa ser ele, você deve aproximar-se e apresentar-se com o nome de Ulisses. Esse é um codinome que criei para proteger a sua identidade, e você deve usá-lo. - Continuou Elyon, enquanto pensava "O Hank é realmente muito imbecil pra acreditar que eu me importaria mesmo com ele. Espero que não seja tão estúpido assim ao fazer o que acabei de lhe pedir". - Não se esqueça que você estará rodeado de humanos, então tome cuidado para não quebrar a máscara. Depois que você identificar o desconhecido, deixe que eu lide com a situação. Você deve encontrá-lo na 43.4-F. - Concluiu o Gangrel.

Após passar todas as instruções necessárias para seu lacaio, Elyon iniciou a sua metamorfose transformando-se em um rato. Ele subiu pela roupa de Hank e alojou-se em um de seus bolsos que ficava na parte de dentro de seu sobretudo, que estava aberto. Daquele lugar, com sua audição ainda mais aguçada que o normal, ele poderia acompanhar a situação de seu carniçal tranquilamente. Além disso, Elyon ofuscou-se para garantir ainda mais segurança (ofuscação 4). Quando chegassem até o seu destino, ele tentaria inclinar-se o suficiente para observar a situação sem sair de seu esconderijo, mas por enquanto contava apenas com a sua audição.


Última edição por Elyon Kameroth em Qui Fev 28, 2013 12:07 am, editado 3 vez(es) (Motivo da edição : detalhes)
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Mensagem por Pri Qui Fev 28, 2013 9:08 pm

Baixou o olhar alguns centímetros, o cenho se franzindo em concentração. Pelo tom de descrença na voz do Príncipe, teria que dizer algo que o surpreendesse para conseguir sua atenção de fato. Pousou as mãos calmamente na frente do vestido, erguendo seu olhar em direção à fronte do cainita à sua frente - Se é algo que requeira segurança, posso acreditar que seja um de seus inimigos pessoal, alteza... - o cenho continuava franzido, mesmo quando ela desviava seu olhar para o quadro na parede - Se tivesse algum dos seus ao lado do nosso querido Arconte, alguém que facilmente se tornasse íntimo dele... Saberíamos melhor de seus planos, não acha? - Suas palavras eram baixar e cautelosas, sem pressa de dizê-las. Marie sabia que essa não seria uma ideia que surpreenderia Gorgonier... Mas poderia fazê-lo falar um pouco mais a respeito de seus planos, provavelmente.

[Intenção é apenas manter um diálogo, até que possamos fazer por facebook ;]
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Mensagem por Gam Seg Mar 04, 2013 11:59 am

[OFF]
Todos vocês estão convidados a continuar o jogo comigo por Facebook, mesmo comigo offline (assim eu respondo quando ver). Isso deve acelerar as coisas, não queremos ficar pra trás ;x

[ON]
@Marie
- Um de meus inimigos? - Ele reflete sobre a ideia por um momento. - Não havia pensado nisso. Pelo modo como ele falava, achei que se tratava apenas de um objeto valioso.

Virado para a janela alta, ele observa a noite enquanto matuta sobre as possibilidades.

- Estamos todos do lado do Arconte, querida. - Ele diz, corrigindo-a. Mas Marie sabe perfeitamente que ele entendeu o que ela quis dizer.



@Elyon
Hank passa pela portaria, pega o elevador e sobe até o quadragésimo-terceiro andar. Parece um procedimento padrão, mas ele está nervoso.

Uma vez no andar certo, ele parece bem tranquilo. É um andar de escritórios e, apesar de haver gente trabalhando em suas salas, não há ninguém circulando no corredor agora. A sala 43.4-F parece ser no fim do corredor à direita mas, estranhamente, Hank dá de cara com uma porta lacrada com tábuas. Poeira grossa denota que ninguém passa por ali há algum tempo.

Elyon percebe que o carniçal para por um instante. Ele é inteligente, mas de cabeça fraca (Conformista / FV 3). Hank provavelmente está aguardando alguma nova diretriz de seu Senhor.



@Kurt
Tamamo se levanta, fica uns instantes de costas.
Ela respira, levanta a cabeça, ajeita o cabelo e se vira de novo. Um sorriso contagiante está em sua face.
- Hahaha, eu não acredito que você acreditou nisso. Era brincadeira, seu bobo.
Por um instante Kurt não sabe o que pensar, mas ele vê verdade em suas palavras (Percepção+Empatia 4). Tamamo se deita e espreguiça-se na cama, relaxada como nunca.
- Haha, rainha da França...

    Apesar da aparente verdade Kurt ficou preocupado, ele sabe que ela popde estar mentindo, ninguém troca de humor tão rapidamente, a não ser que ela seja psicopata.
    - Tudo bem querida, eu vou faezr minhas orações e já volto, me espere na cama...
    Kurt se retira para um pequeno comodo da casa onde há um pequeno altar com uma escrita japonesa representando Deus

    Lá eu pretendo rezar e tentar "invocar" um espírito amigo
    uma vez que sempre tem espíritos andando por ai

Marshall fecha os olhos e segue com suas rezas habituais.
Ao abrí-los, ele não precisa invocar um espírito. A mera intenção foi o bastante, ou ele já estava ali por coincidência.
Mas não é um espírito comum, na medida que ver espíritos de qualquer tipo possa ser considerado comum para ele

É um orangotango.
Um animal velho, gordo de longos braços e um olhar que envolve a sabedoria milenar dos antigos. Ele está sentado por sobre o altar, como se não pesasse uma grama

    *olhar de espanto, afinal quela cena era incomum mesmo para um médium*
    *falando baixo*
    - Olá, entidade.
    *aguarda uma resposta*

O velho ser está coçando o interior do próprio nariz enquanto se inclina e examina o altar abaixo de si. Quando a palavra lhe é dirigida, ele levanta o olhar bem lentamente, até que por fim sua vista se cruza com a de Kurt Marshall.

- Kurt Marshall - Ele diz.

    *novamente surpresa reina na expressão de Marshall, essa está sendo uma noite de novidade*
    - Sim, senhor...?

O orangotango enfia o dedo sujo na boca, e fica mastigando aquilo por algum tempo
Ele abre a boca bem devagar, e depois fecha. E o som de saliva tranquila é um tanto nauseante.
E então ele abre de novo. E depois fecha.
E, por fim, inspira fundo...
para então abrir a boca de novo. E fechar.
E então ele engole.

    *olhar de expectativa*

- Você é o pai do Pequeno Branco, não é?
E ele sempre fala bem devagar.

    - O bebÊ? Sim sou eu o pai, por que?
    *fico intrigado com o interesse em meu filho*

- Marie Thérèse está perdida... Esqueça ela.
- Mas o Pequeno Branco tem salvação. Apenas... Não esqueça ele.
- Você entendeu, Kurt Marshall? - Ele pergunta, como se duvidasse da própria dicção.

    - Então esse é o verdadeiro nome... dela. Compreendo, mas como posso salvar meu filho, será uma questão de tempo até virem atrás de nós, não é?
    *com uma expressão agora de preocupação*

- Não, Kurt Marshall.
- O tempo nunca esteve com você. Eles já estão vendo Marie Thérèse desde sempre, e estão vendo você desde que entrou na vida de Marie Thérèse. Você nunca teve tempo, Kurt Marshall.
Essa longa frase durou pelo menos 70 segundos.

    *com olhar de determinação*
    - Quem são eles?

O orangotango então desce do altar com a destreza de um macaco. Ele se aproxima de Kurt Marshall até que suas faces estão separadas por alguns centímetros apenas. Kurt não pode deixar de notar que ele parece e passa um sentimento diferente de outros espíritos. É um espírito, sem sombra de dúvida. Mas de outro tipo...

- São humanos. Como você, mas diferente.

    - Diferentes em que?

Ele "toca" o olho de Marshall, mas seu dedo é intangível.
- Aqui.

    - na visão?

- Nas pálpebras.

    - Não dormem? é isso que vc quer dizer? Eu realmente não to entendendo.

- Não é isso, Kurt Marshall. Mas é isso que você vai fazer hoje. - Ele diz, voltando ao altar e escalando com seus longos braços.

    - Dormir? Enquanto minha família corre risco de vida?

- Não dormir. Marie Thérèse irá fazer algo errado, e eles vão olhar pra ela durante todo o tempo. Vai ser a sua chance de escapar com o Pequeno Branco, mas só se você desistir dela. Mas assim você estaria quebrando uma promessa, não é?

    - Sim, quebraria uma promessa.

- Sabe o que me deixa feliz, Kurt Marshall?

    - O que te deixa feliz?

- Eu não sou você hoje. - O orangotango diz com uma seriedade perturbadora, desvanecendo em seguida.

    *expressão de tensão em sua face e um pensamento: Macaco maldito*
    me dirijo até o quarto
    olho no fundo dos olhos de Marie...
    - Então, me diga o que eles são... Marie. Pois eu tenho que tomar uma decisão e ela será tomada em cima do que vc me disser agora.

Tamamo, agora Marie, se assusta. Seus olhos se arregalam.
- Quem...? - Ela fica realmente confusa. - Eu não uso esse nome há... - E se senta na cama, esfregando a testa. - Ah, Kurt. Eu não deveria ter te dito nada.

Marie Thérèse por fim cede, olhando para Kurt.

- São os Templários, Kurt. Eles dedicam a vida à caçar vampiros. É isso que a minha mãe é, uma vampira. Mas vai ainda mais fundo que isso... É... Complicado.
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Mensagem por Dylan Dog Seg Mar 04, 2013 2:31 pm

*Mantenho o olhar fixo no dela, e o silêncio reina por alguns instantes. A expressão é de completa seriedade, como se estivesse vasculhando a mente dela, Marie Thérèse sabia que Kurt sendo um advogado competente era muito bom em tirar confissões e que aquele olhar penetrante indicava que ele queria respostas*

- Minha amada esposa - Ele fala pausadamente, sem nenhuma pressa, como se estivesse encaixando cada palavra.

- Quando se tem contato com o mundo espiritual não é difícil ter acesso a certas informações.

*Coço a cabeça, ando pelo o quarto e começo a pegar uma roupa elegante (vide descrição do personagem), vai pegando algumas roupas do bebê, utensílios como mamadeira, chupeta brinquedinhos, nesse momento volto meu olhar para Marie*

- Você não vai ajudar a pegar as coisas do seu filho? - Falo inquirindo-a.

*Começo a passar uma mensagem para Dave, meu primo investigador*

SMS: Boa noite primo. Preciso falar com você, é assunto importante, onde posso te encontrar? (Caso ele não responda logo a SMS eu vou ligar para ele e falar o conteúdo da SMS, e quando digo logo quero dizer em 5 minutos)

- Eu suponho que eu não possa lhe fazer mudar de ideia não é? - Pergunto isso enquanto troco de roupa

- Antes de você ir fazer a maior besteira da sua vida me diga algumas coisas... Onde fica a base desses caras? (vou anotar o endereço) Seu irmão também é vampiro? Você é vampira? E o mais importante, onde posso encontrar minha sogra? Afinal se você sabe que ela é uma vampira, deve ter ao menos uma ideia de como posso fazer para encontra-la. Mas uma coisa eu quero que saiba, eu me casei com você por amar você, não me importo com seu nome e nem com toda essa história, quero salvar nossa família, quero te propor fugir comigo.

Pensamento: Ok... A coisa complicou, pelo o que li de registros históricos os templários enlouqueceram com o poder, hoje em dia seria bem plausível que eles ainda operassem na surdina financiados pela Santa Igreja... Mas, o agora que estou me acalmando, espírito de Orangotango? Eu já falei alguma vez com espíritos de animais? Espíritos de animais podem se comunicar? O que diabos era aquele macaco e como ele me conhecia tão bem?
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Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette Empty Re: Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette

Mensagem por Pri Seg Mar 04, 2013 8:06 pm

[justify]"Bingo!" Ela pensava, contendo seu contentamento consigo mesma. Poderia não ser a verdade, mas era uma possibilidade na qual ela havia pensado. Mas também havia a possibilidade de ser apenas um objeto, como o Príncipe sugeria. Marie o seguiu com o olhar até a janela, baixando a cabeça em concordância - Sim... É claro, alteza. Sabemos que o Arconte age ao nosso favor. - "Mas até quando...?"

Aproximou-se do cainita com algum recato, as mãos ainda cruzadas na frente do corpo. Sua expressão era solene e tranquila, como se não falassem de nada além de tipos de chá - Que tipo de objeto precisaria de segurança máxima, Principe...? Não podemos... Deixar que corra risco, entende?

Falava cada palavra com cuidado, impondo uma pequena dose de preocupação em sua voz e em sua testa nascia uma pequena ruga de preocupação. Não intencionalmente, ainda tinha a mania de cuidar das pessoas como se fossem seus filhos... Provavelmente estava um pouco sentimental demais aquela noite, depois daquele sonho perturbador com suas crianças.[/center]
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Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette Empty Re: Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette

Mensagem por No One Ter Mar 05, 2013 3:56 pm

O início do plano não teve complicações, embora Hank parecesse nervoso. Elyon começava a cogitar a possibilidade de ter escolhido o lacaio errado para aquela missão. Hank era totalmente submisso a Elyon e faria qualquer coisa por ele, em um nível que chegava a ser ainda mais absurdo que o efeito produzido pelo laço de sangue "normal". Porém, ele era um homem inseguro e dependente, diferente de Padma, que era extrovertida e sagaz por si só. Talvez ela tivesse sido uma escolha melhor, mas Elyon não perderia mais tempo de sua noite com tal mudança sem grandes necessidades.

Quando finalmente chegaram ao andar, Hank pareceu logo se acalmar, certamente por ver que o ambiente era cheio de salas de escritórios e não parecia ser algo perigoso. Mas Elyon sabia que nem tudo era o que parecia, principalmente no mundo que ele conhecia, e não subestimou a possibilidade de que aquele ambiente se tornasse um campo de guerra a qualquer momento.

Hank dirigiu-se até a sala que procuravam, mas ela estava lacrada com tábuas. Uma sala trancada por tábuas e completamente empoeirada como aquela, em um ambiente tão social quanto aquele, era estranho. Os humanos não iam naquele lugar por algum motivo, certamente algo perigoso. Porém, Elyon não era um humano, ele não tinha as fraquezas que suas refeições tinham. Mas mesmo desprezando o rebanho, Elyon não podia ignorar que aquele era um fato curioso. Muitas criaturas sobrenaturais poderiam atravessar aquela porta, embora Elyon não conhecesse detalhadamente os meios que cada um utilizava, aquilo não era nenhuma novidade. O fato dos humanos não terem acesso e nem visibilidade daquele local o tornava perfeito para um encontro discreto entre monstros. Mas também havia a possibilidade de não ter ninguém lá dentro e tudo não passar de uma armadilha. Supondo que lá tivesse uma armadilha, também seria o local perfeito para instalá-la, pois ela não quebraria a tão protegida independente do quanto absurda fosse. De qualquer forma, o Gangrel estava curioso o suficiente para correr o risco. Afinal, alguém que sabia seu verdadeiro nome certamente tinha conhecimento demais a seu respeito para prejudicá-lo futuramente, caso essa fosse a intenção, então seria um risco deixar um oponente assim vivo.

Seu carniçal tinha parado e já não sabia mais o que fazer. Mas aquilo não seria problema, Hank não seria mais útil daquele momento em diante. Elyon pulou de seu bolso e procurou alguma entrada que o ajudasse a chegar ao outro lado da porta. Ele esperava que Hank o esperasse lá, mas do jeito que seu carniçal era dependente, ele certamente faria isso de qualquer forma. Elyon estava excitado, ele estava prestes a encontrar um aliado antigo ou um inimigo poderoso. Ou talvez, nenhum dos dois.


Última edição por Elyon Kameroth em Ter Mar 05, 2013 11:25 pm, editado 5 vez(es) (Motivo da edição : detalhes)
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Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette Empty Re: Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette

Mensagem por Gam Sáb Mar 09, 2013 9:23 pm

@Marie
- Sim, é claro... - Ele fala baixo, meio que automaticamente. E então ele se vira para Marie, voltando à órbita. - Quando ele disse que o presente precisava de segurança, eu imaginei tratar-se de segurança para não ser roubado, entende? Mas agora que tocou no assunto, é melhor eu confirmar a informação. Todo o esquema de segurança estava planejado "para" o presente, e não "contra" ele. - E então, pegando um celular do bolso. - Me dêem um segundo.
- Vamos, Marie. - Diz Polignac.
- Não, não. Podem ficar. - O Príncipe diz quando as toreadoras já estão na porta. - Alô? Barão Tonttorberg. Sim, aqui é Gorgonier. Exatamente. Isso. Ora, não é nada disso... Haha. Barão, liguei para fazer uma pergunta crucial a respeito do seu... presente. Quando disse sobre segurança máxima, se referia à proteger o presente ou... Impedir que ele fuja? Sim, sim. Perfeitamente. Era só isso, obrigado. Claro, tudo está em ordem. Até amanhã, Barão.
Muito educado, ele desliga.
- Perspicaz, Marie. Aparentemente o meu presente realmente se trata de um prisioneiro. Terei que mudar todo o esquema de segurança.

    O modo automático com o qual o ouvira falar a fez pensar onde os pensamentos do cainita estavam. Será que não acreditava em sua disposição em ajudá-lo... Ou era algo mais profundo? Sua atenção tornava-se mais atenta ao homem a sua frente, concordando com um leve aceno as palavras e parecia que ia dizer algo mais, quando Polignac lhe chamava. Olhou para sua mestra com algum respeito e, mais uma vez, acenava obedientemente em concordância, fazendo uma reverencia em seguida para o Príncipe e se afastando com alguma leveza.
    Caminhou ao lado de Polignac até a porta, evitando olhar para ela quando Gorgonier dizia que a presença das duas toreador não lhe incomodova. "Bom... Muito bom." Ela sorria em seus pensamentos, virando-se para ficar frente a ele mas ainda com alguma distância. Agradecia com um sorriso um elogio, só então tornando a se aproximar do toreador - Fico feliz que meu palpite estivesse certo e aliviada que a segurança se adapte a nova informação que tem, senhor. - seu olhar foi direcionado a janela, da qual ela mesma se aproximava e observava a rua... Pequenas formiguinhas andando em suas carruagens de ferro. - Acho que alguém da realeza sempre tem muitos inimigos, alteza. Estive na mesma posição uma vez, há muitos anos atrás. Então acho que podemos tentar ficar mais um passo à frente para evitar surpresas desagradáveis...
    Como Príncipe, deve ter muitos informantes acerca de seus inimigos, o que torna fácil mantê-los sob monitoramento... Sabe se algum deles desapareceu ultimamente? - seus olhos faiscaram por um breve momento, o olhar perdido de quem está a maquinar algo em sua mente.

- Eu vou verificar. - Ele diz, sem revelar nada. Mas em seus olhos há aprovação.
- Perfeitamente. - Diz Polignac, notando a deixa para partirem de verdade. - Agora, se nos der licença.
- Mas é claro. E... Polignac. - Ele a chama uma última vez, enquanto ela segura a porta. - Se quiserem ver em primeira mão o local onde vou guardar o tal presente, passem no andar 43, sala 43.4-F. Lauren já está indo para lá, eu posso mandá-la esperar por vocês em frente ao elevador.
- Será um prazer, querido. - Ela diz, soltando a porta e deixando-a fechar-se sozinha, separando as mulheres do Príncipe.
- Mas essa porta precisa ser tão pesada? - Ela desabafa por fim, endireitando-se e começando a andar. No meio do corredor, ainda dá uma cotovelada de leve em Marie. - Menina, você arrasou. Pensando a frente do tempo, prevendo as ações do Barão, ganhando uns pontiiinhos... - Um sorriso cúmplice e o jeito descontraído de quem não liga pra nada. Mas é só o jeito, Marie sabe muito bem.
No meio do corredor, uma única janela aberta. Uma brisa fria entra por ali. Em frente à janela, está um homem de aspecto europeu usando paletó e óculos escuros. É Per, o Algoz. Ele está ajeitando as luvas de couro preto enquanto observa os pássaros passando. E então ele as nota.
- Madames. - E faz um leve meneio de cabeça, fechando a janela. - Perdão por isso. Procedimento padrão.
- Não foi nada, Per. - Diz Polignac, e continua andando. Na entrada do elevador, ainda comenta.
- Mas ele é um amor, não é? Uma pena não ser um humano. Eu adoraria levar um desses pra mim. Deixaria ele vivo pela semana inteira. Talvez até tornasse um carniçal, hihi...
No andar 43, há uma mulher esperando conforme combinado. Lauren é uma LaSombra antitribu que, estranhamente, possui bastante confiança do Príncipe. O bastante para ser sua Senescal. Polignac, naturalmente, nunca gostou dela. Em parte por desconfiança, em parte por inveja.
- Lauren. - Ela diz, assim que a porta do elevador se abre.
- Sempre um prazer revê-la, Polignac. - Responde Lauren, com um sarcasmo que beira a indiferença. - E uma boa noite para a madame, senhorita Antoinette. - Contra Marie ela não tem nada, ao menos não ainda.
A garota está sempre de vestidos justos ao corpo, bem apessoada e chique. Seu cabelo preso é pintado com um leve tom azulado, que só se percebe sob a luz. Irônico, tratando-se de uma Lasombra.
- Gorgonier disse que eu devia mostrar o que pretendemos fazer com a sala do presente. Não sei quando foi que ele me rebaixou à guia turístico, mas vou fazer o possível pra que seja indolor para todas nós.

    Deu um sorriso torto olhando para o Príncipe com o canto dos olhos. Pois bem... Mais um passo em direção à sua fixação naquele Elisyum havia sido dado. Fez uma reverência calma, colocando uma das mãos na frente do corpo e abaixou-se ligeiramente - uma reverência típica de Versailles - afastando-se em seguida para perto de Polignac, olhando-a de um modo significativo - talvez com um toque de triunfo - ao certificar-se de que o Principe já havia ficado para trás.
    Ajudou-a a empurrar a porta e riu da raiva de sua antiga amiga direcionada as mesmas, um riso pequeno de concordância - Talvez seja hora de arrumarmos alguns brutamontes gostosos para abrí-las para nós, minha querida. - respondia com uma piscadela, endireitando o vestido no corpo e o cabelo acima do ombro. Ao levar o cutucão enquanto andavam, Marie pegou a amiga pelo braço para andarem juntas como sempre costumavam fazer - E não foi? Podemos dizer que fui um sucesso. - ergueu o queixo de modo orgulhoso e altivo com ares de superioridade, para em seguida voltar a rir frivolamente. Quando estavam juntas, sentia que podia ter um pouco de sua velha Versailles ainda presente em sua vida. E a sensação não lhe abandonava nem mesmo quando cruzavam com o Algoz, a quem ela direcionou um pequeno sorriso tímido, mas repleto de sugestões por trás do olhar.
    Olá, Per. - Ainda olhou para trás por alguns instantes enquanto cmainhavam em direção ao elevador. Sabia que não deveria brincar com todos ali e tomar cuidado com a maioria. Mas que importava? Todos sabiam que ela e Polignac não se importavam com nada! - Poderíamos dividí-lo, o que você acha? Garanto que ele adora francesas... Podemos dançar para ele, garanto que ficará... Deliciado com nossos dotes. - Murmurou no ouvido de sua mestra, sorrindo sugestivamente, voltando sua atenção à mulher que as aguardava no elevador.
    Acenou-lhe com um movimento leve com a cabeça, soltando Polignac ao chegarem no elevador - Boa noite, Lauren. - ao contrário do clima que existia entre sua senhora e a LaSombra, Marie tratava a segunda com gentileza. Sua mãe sempre lhe ensinou a tratar todos bem, afinal... Nunca se sabia quando iria precisar deles. - Não se veja como guia, Lauren... Se o Príncipe lhe pediu para realizar esse trabalho, é porque confia em você para saber a respeito da sala por completo. - Falava como se realmente acreditasse naquilo, talvez já sabendo que não era daquele modo que a outra visse e sabendo que a acharia uma tola. Mas talvez funcionasse.

Lauren à cumprimenta. Aparentemente sem nenhum rancor subliminar.

- Sim, tem razão. Têm sido uma noite estressante, é isso... - Ela inventa uma desculpa qualquer para a grosseria que, obviamente, estava diretamente relacionada à Polignac. - Venham por aqui, por favor.

O andar parece ser de escritórios. Humanos trabalham em relativo silêncio em suas salas. Um deles está no corredor tomando café, chega até a cumprimentar as mulheres sem qualquer desconfiança no olhar. Lauren vira no fim do corredor e se dirige até o ponto final, onde há um rapaz jovem e forte utilizando um sobretudo. A LaSombra pede licença, ele passa e sai como se já estivesse de saída. A princípio Marie pensou tratar-se de um carniçal, mas algo no jeito como Lauren o vigiou indo embora a deixou preocupada (Percepção+Empatia 6).

A sala à que se dirigiam está lacrada com tábuas, e parece não ser usada desde... desde sempre. Lauren começa a retirar os pregos, demonstrando mais força do que aparenta. No meio do processo, ela encosta o ouvido na porta e, com a mão, às manda se afastar. Talvez haja algo errado.



@Elyon
Elyon passa por baixo da porta com facilidade. Roedores se espremem por frestas minúsculas de maneira surpreendente. Lá dentro, ele utiliza seus Olhos da Besta e observa o recinto. É um salão amplo, retangular, sem janelas e sem móveis. Poeira tomou conta dali, e não parece haver ninguém nem nada de interessante.

Ele ouve uma comoção lá fora. Passos leves se aproximam pelo corredor. Uma voz feminina pede licença, seu carniçal vai embora. Os pregos começam a ser retirados, um à um. Eles vão entrar.



@Elyon e Marie
Rapidamente, o pequeno rato se enfia em uma brecha da quina do rodapé e, dentro da madeira oca, se atenta no que acontece.

Lauren entra na frente, acende a luz e fica longos segundos parada na entrada. Quando ela aparentemente decide que a preocupação foi em vão, ela entra e chama as outras duas para acompanhá-la. Entram mais duas mulheres. As três são bem vestidas e de postura impecável.

Elyon; Discernir Vampirismo
Percepção+Ocultismo = 3 / Dif = 6
2, 3, 8 = 1 sucesso

Definitivamente há algo de inumano nelas. Podem ser cainitas, mas também podem ser carniçais. Ou talvez a da frente seja uma carniçal de uma das outras duas... Uma delas, em especial, tem um olhar diferente... Algo nobre, diferencial. (Presença 3)
A primeira mulher começa a explicar algo sobre a sala:

- Como podem ver, o salão é reservado para ocasiões especiais. Amplo, sem janelas, sem chamar atenção. Eu pretendia deixar o tal presente aqui mas, agora que me avisaram que é um prisioneiro, já não tenho mais certeza... Essa não daria uma boa prisão, existem lugares mais seguros pra isso. Digo, é alto o bastante pra um mortal não se jogar da janela, caso ele escape da sala. E nós podemos instalar uma grade antes da porta. - Ela vai analisando tudo com um olhar analítico. - Mas fica muito complicado se o Barão não nos diz logo quem é o tal prisioneiro. Dependendo do cainita, se for um, essa sala não o seguraria. Um Garou, então, nem se fala.



@Kurt
- Eu... Sim, claro. - Perdida pela súbita posição decidida de Kurt, Thérèse ainda leva alguns instantes para se recompor e levantar, ajudando-o a pegar o essencial para a criança. Fraldas descartáveis, fraldas de pano, mamadeira, etc.

"Acabei de chegar em casa, pode vir. o que aconteceu?" - Dave, seu primo, responde quase que imediatamente.

    - Antes de você ir fazer a maior besteira da sua vida me diga algumas coisas... Onde fica a base desses caras? (vou anotar o endereço) Seu irmão também é vampiro? Você é vampira? E o mais importante, onde posso encontrar minha sogra? Afinal se você sabe que ela é uma vampira, deve ter ao menos uma ideia de como posso fazer para encontra-la. Mas uma coisa eu quero que saiba, eu me casei com você por amar você, não me importo com seu nome e nem com toda essa história, quero salvar nossa família, quero te propor fugir comigo.

- Eu... - Ela então para, como se estivesse tentando lembrar de algo. - Eu não sei. - E o olhar um pouco assustada. - Acho que eu nunca soube.
- Não, não... Meu irmão não é um vampiro. Nem eu. Eu não menti nessa parte. Minha mãe... Ela deve estar no Empire State Building. É pra onde vão levar meu irmão amanhã.
- Kurt... - Ela então o abraça novamente, e com força. [O resto das palavras dela será enviado por MP. Não responde por aqui.]

Kurt nunca viu um espírito de animal antes. E, mesmo que aceite a existência deles, ele não vê sentido em um espírito animal que aprenda a falar depois de morrer. É tudo muito novo pra ele nesse sentido. O orangotango definitivamente é incomum, pra não dizer absurdo.
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Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette Empty Re: Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette

Mensagem por Dylan Dog Sáb Mar 09, 2013 10:41 pm

  • Spoiler:


*Abraça-a forte, após alguns minutos de conversa abraçados Kurt "resolve começar mais uma vez seu plano santo"*

- Eu realmente não sei o que você pode fazer sobre assunto, acho melhor você pensar bem no que vai fazer, afinal, seu filho precisa de você.

*escrevendo uma mensagem para Dave*

Mensagem: To com uma encrenca pra resolver... é coisa grande, vou passar na sua casa daqui a pouco, fique esperto no movimento. Te explico quando chegar ai.

*Kurt retira o chapéu e se dirige ao altar mais uma vez naquela noite, pouco antes de passar pela porta ele diz a sua esposa*

- Espere mais um pouco... vou fazer uma coisa, ao menos tentar...

*Vou até o altar, me ajoelho perante ele, fecho os olhos... medito por uns instantes, concentração é muito importante agora*

- Aos espíritos amigos, aos de bom coração, aos que necessitam de ajuda, aos que buscam a luz do Deus criador...
Eu, Kurt Marshall rogo por auxílio em momento de necessitade...


*Abro os braços afastando as laterais do blazer*

- Espírito necessitado de luz, espírito necessitado de um caminho...
Eu lhe ofereço ajuda, eu lhe ofereço o balsamo para suas feridas...


*Estendo as mãos para frente como quem recebe alguém*

- Me ajude e eu lhe ajudarei...
Mostre-se, espírito amigo!


*Abro os olhos e espero encontrar um espírito ali*
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Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette Empty Re: Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette

Mensagem por Gam Dom Mar 10, 2013 2:43 am

@Kurt

Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette Ghost_of_christmas_future_by_shuangwen-d34wppr

Kurt toma um susto ao abrir os olhos. A pouquíssimos centímetros de seu rosto, está a figura cadavérica da vingança. Um fantasma esfarrapado, cuja forma original já foi há muito perdida junto com o resto de sua esperança.

- Olá, humano. - Sua voz é grave e cadavérica.

    *Assustado*

    - olá... senhor? Como posso lhe chamar?

- Me chame de Fim.

    * Expressão de medo*

    - Ok... Fim... Preciso de ajuda e suponho que você também, certo?
    Pensamento: "Preciso ser firme... não posso recuar"

    *Expressão de seriedade, as sobrancelhas franzem*

- Gosto de quem vai direto ao ponto. - Fim flutua. Seu corpo envolto por um manto de farrapos.

- Mas saiba que você não é o primeiro nem o último humano a brincar com essas forças. Quer saber o que acontece com quem não cumpre sua parte do trato?

    - Morre? Sofre eternamente? Acredite, posso ser advogado mas não sou dos que descumprem os acordos... Deve saber que eu preciso de auxílio imediato, sendo assim, pagarei assim que tiver concluído meus objetivos, tudo certo? Por fim, se depois de meu aviso ainda quiser fazer negócio comigo, vamos ao seu preço... Fim.

Fim ri. Uma risada rouca, asmática, baixa.
- Eu fiz muitas coisas ruins durante a vida, Advogado. Agora só aceito trabalhos justos. - E chega mais perto. - Você sabe, pra não sujar ainda mais a ficha.

Ele se inclina por sobre a testa de Kurt, e ele sente um desconforto gelado quando isso acontece.

- O que te aflige, mortal?

    - Preciso de alguém que possa espionar para mim, conseguir algumas informações, e se necessário lutar? Acha que consegue?

    *Eu ergo uma das sobrancelhas como que duvidando das capacidades do espectro - Teste de manipulação - To tentando fazer ele mostrar o que pode fazer de verdade*
    (acho que é manipulação + lábia, só pra fazer ele me provar ou explicar melhor as habilidades dele)

Kurt sente um cheiro de queimado.

    *olha ao redor*

- É bonita a decoração aqui. Aposto que você já recebeu vários outros espíritos.

Kurt vê conforme um emblema japonês da palavra "Deus" que tem na base do altar queima e derrete lentamente. O fogo aos poucos começa a tomar o pilar, e subir lentamente pelas fibras mais antigas e inflamáveis.

    *Kurt faz força pra não surtar com o espectro, aquilo é sagrado pra ele, mas Kurt sabe que não adianta brigar agora, até pq o inimigo parece ser realmente muito poderoso... e útil*

    - Ok, entendi, me ajuda a apagar isso, era só pra vc falar "sim eu posso colocar fogo nas coisas" e não sair colocando fogo na minha casa... a pergunta é, quanto isso vai custar, se bem que no seu caso...

    *Enquanto tento apagar o fogo de forma meio aborrecida, paro por um momento e olho o espectro fixamente ao inquiri-lo sobre o que ele vai querer em troca*

Uma risada rouca é tudo que Kurt Marshall consegue escutar enquanto usa um cobertor para conter o projeto de incêndio.

- Se eu apenas dissesse você não teria como ter certeza, não é mesmo? - Ele claramente se diverte com o que causou. - Você só vai precisar resolver alguns assuntos que deixei pela metade. Vai ser fácil pra você, é claro.

- Agora... - E ele roda pela sala. É impossível acompanhá-lo, até porque se Kurt olhar em sua direção, ele imediatamente surge do outro lado. A voz parece vir de todas as direções, e ao mesmo tempo de dentro de sua cabeça. O espírito parece estar testando a resistência de Marshall.

E então a confusão termina repentinamente. Kurt toma um susto com a voz atrás de sua orelha:

- Se o seu problema for realmente grande, eu posso trazer outros. Mas não posso garantir nada sobre o preço deles.

    - Que assuntos pendentes são esses Fim?

Fim fica claramente desconfortável. Ele recua, até murcha um pouco.

- Eu... Não gosto de falar sobre isso. - E seu tom é muito mais soturno. - Só posso te prometer que você não terá que fazer nada de ruim. É uma causa justa.

    - Terei que matar alguém? Roubar alguém? Fazer sexo com alguém?
    * na última pergunta Kurt abre um sorriso meio que querendo quebrar o gelo com um trocadilho*

Fim não ri.

- A princípio, não.

    - Ah... Sei... A principio vou ter que acreditar na sua palavra de que é uma causa justa... pois bem, o preço que os do seu nível, de poder, exigem deve ser alto, creio que só poderei pagar por você, e além do mais, acho que você vai me ajudar muito. Isso vai levar umas duas noites ou um pouco mais... está bem pra você?

    *expressão de expectativa*

- Há uma diferença entre nós e vocês, mortais. Vocês podem interagir com esse mundo, enquanto nós estamos presos à ele sem poder tocá-lo. O que é um preço alto para nós pode ser tão simples quanto quebrar um copo pra vocês.

Quando perguntado sobre duas noites:
- Hahaha... Se você soubesse há quanto tempo eu estou preso nesse mundo...

    - Então temos um acordo

    *Kurt estende a mão mas se lembra que o espectro não poderá toca-lo*
    - já que mencionou... pode trazer um amigo seu?
    -Acho que vou precisar de um pra me proteger e um pra espionar

Surpreendentemente, o espectro estende a mão para apertar a de Kurt.
De fato ele não sente o toque dos dedos esqueléticos, mas sua palma queima e arde. O espectro lhe deixou uma marca, algo para lembrá-lo de seu pacto. Dá para notar claramente as marcas queimadas onde a mão do espectro "tocou".

Ao fim do toque, ele lhe responde:

- Amigo... Esse é um termo muito infantil para o lado de cá, Advogado. Mas eu posso lhe trazer alguém útil. Te encontro em alguns minutos.

    - É nóis!

    *Kurt sai da sala do altar pasmo com o que acabou de fazer, pede perdão mental a Deus, mas ele não tem muitas alternativas para proteger sua família*
    *Kurt vai até Marie*

    - Amor... o que você vai fazer? Tem ideia de onde está seu irmão?

As experiências na sala do altar são sempre envolventes. Enquanto está ali dentro, Kurt se esquece do mundo real, é como se fosse uma dimensão paralela só dele e de sua espiritualidade.
Quando sai, ele nota o início do choro de seu filho. A criança começa com alguns sons tímidos, que logo aumentam para um berreiro. Ele corre até a sala, para se deparar com algo perturbador.

Sua mulher está de frente para a janela, com a criança em seu colo. O bebê chora sozinho, completamente ignorado por ela. Marie Thérèse encara um homem que está do lado de fora, com a mão espalmada contra o vidro. Os olhos dele brilham uma luz branca intensa que ilumina a sala toda, e isso parece estar deixando-a em uma espécie de transe.

    * Kurt se espanta com a cena... mas ele se lembra do seu contrato, ele fecha as palmas e solta um brado*

    - FIM!!! Eu rogo pela sua ajuda, destrua o homem da janela!!!

    *Corre para tirar a criança dos braços dela*

Kurt corre para tirar as crianças do braço de sua esposa em transe. Ao lado dela a luz do olhar do homem é muito mais forte. Repentinamente, ela se apaga. Kurt olha naquela direção e vê Fim envolvendo a cabeça do homem com seus braços cadavéricos, tapando-lhe os olhos. Fim é invisível para os outros, é verdade, mas ele definitivamente fez... algo.

- Não se preocupe, eu já vi esse. - Ele sibila entre dentes.

O homem então, tomado pelo choque e pela dor, cai para trás e começa a se debater. Só Deus sabe que tipo de coisas horrendas estão acontecendo com ele, e Kurt não vai parar para descobrir agora.

    *Balanço Marie tentando tira-la do transe enquanto seguro o bebê... começo a puxa-la*

    - Vamos sair daqui logo... seja lá o que forem... eles estão atrás de nós agora!
    * Kurt tenta desesperadamente pegar as coisas do filho e puxando sua esposa, ele quer fugir dalí para a casa do seu primo Dave*

Marie Thérèse saiu do transe imediatamente no momento em que o homem foi derrubado. Assutada, ela segue Kurt até o carro. Na pressa, eles pegam a bolsa do bebê e mais nada.

A família entra no carro e Kurt sai cantando pneu. Enquanto sai, ele não pode deixar de notar um carro preto estacionado na frente de sua casa. Será que aquele homem veio sozinho?
O homem, por sua vez, agora não passa de um cadáver caído no meio de seu jardim. Olhos atentos podem notar que ainda há um pouco de fumaça saindo dele.

Enquanto Kurt dirige, Marie Thérèse parece estar tentando se acalmar. Ela respira fundo, mal lembra de piscar, sua frio. Ela nina quase que automaticamente o bebê em seu colo, que só agora começa a se acalmar também.

- Eles podem ver tudo o que a gente faz, Kurt. Não há como escapar. - Ela fala com uma voz distante.

    *estende o Celular para Marie*

    - Liga pro Dave... o Nero vai ficar com ele...

    *Kurt treme ao volante, o nervosismo tomou conta de seu corpo, aquilo tudo está sendo de mais para ele*

    - O que era aquele cara na janela? Um templário?! Eu preciso achar sua mãe... ><''

Marie Thérèse pega o celular, mas não chega a iniciar a ligação.

- Ele não vai ficar seguro com o Dave, Kurt. Na verdade, nós só vamos colocá-lo em perigo também. É melhor não envolvê-lo nisso. - E então ela o responde. - Sim, era Clinton. Ele sempre... foi... gentil? - Ela chacoalha a cabeça. - Me desculpe, eu... Estou confusa. Clinton mexia com a cabeça de todos nós. Ele faz eu não confiar em mim mesma. O que houve com ele?
- O que você quer com a minha mãe, Kurt? Ela é a causa de tudo isso, não a solução. Ela fugiu na época da Revolução e nunca mais olhou pra trás, não é agora que é um monstro que ela vai se preocupar com os filhos.

O trânsito está tranquilo a essa hora da noite, e para
todos os efeitos parece que Kurt não está sendo seguido.

    *olho pro lado*

    - Fim me de cobertura por favor...

    * olhando para o trânsito ainda*

    - Marie... sua mãe é uma vampira... vampiros não gostam de clérigos, e no mais, você não acha que a igreja possa ter manipulado vocês esses anos todos? Algumas vez vcs ouviram da mãe de vocês que ela não se importa? O caos entre vampiros e caçadores vai ser nossa passagem pra sairmos livres disso...

Um crânio de boca escancarada surge no retrovisor do carro. Kurt não deixa de se sentir levemente desconfortável contando com esse tipo de ajuda. Ele sente que talvez possa estar "se sujando" com isso. Mas agora é tarde demais.

- Não, eu nunca mais tive contato com ela. Mas vampiros não têm sentimentos, eles são criaturas demoníacas e... ao menos é isso que eles me disseram. Eu não sei, Kurt. Estou confusa. Desculpe... - Ela fecha os olhos, se inclina um pouco. Uma lágrima pinga sobre a testa do bebê. - Eu não sei. Talvez a gente simplesmente tenha o sangue todo drenado, mas não acho que tenhamos outra escolha.

    * Voz de GPS - Mudança de rota... Empire State Building*

    - É lá que você disse que ela está, não é?

    *olhando para o retrovisor*

    - Fim, me ajude, faça tudo que você puder, e mesmo que eu não esteja confortável com isso, mas se meu filho ficar em segurança... e puder viver em paz depois, eu te ajudo seja lá com o que vc precisar, mas me ajude a proteger minha família.... por favor.

    *Uma lágrima corre pelo rosto de Kurt, o chapéu faz sombra nos olhos*

Marie Thérèse ouve em silêncio Kurt falando "sozinho". Ela imagina do que se trata, já vive com ele há tempo o bastante.

- O que você fez, Kurt... - Ela comenta em uma voz sumida. Não é exatamente uma pergunta, nem uma reprimenda.

Kurt é capaz de jurar que ouve uma risada rouca e asmática ecoando baixo pela noite. Marie prossegue em silêncio pelo resto da viagem.

O Empire State Building é enorme. Pássaros ousados sobrevoam os andares mais altos. Vários andares estão de luzes acesas, o prédio comercial parece estar a todo vapor.

A família cansada adentra o hall. O bebê no colo de Marie Thérèse, a bolsa nas costas de Kurt Marshall. O porteiro levanta o olhar, mas só isso.
Gam
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Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette Empty Re: Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette

Mensagem por Dylan Dog Dom Mar 10, 2013 2:55 am

- Eu faço tudo pela nossa família, nem que pra isso eu tenha que me sacrificar, mas vocês, ao menos o nosso filho, EU VOU SALVAR...

*Kurt estaciona o carro sem se preocupar com multas, afinal... depois dessa noite, se ele puder receber uma multa ele estará no lucro. Caminha a passos rápidos e firmes para dentro do edifício seguido pela esposa com o filho no colo. Marshall olha para o lado esquerdo onde supostamente deve aparecer "Fim"*

- Fim, tire ele do nosso caminho, precisamos chegar na mãe da minha esposa... que deve estar nesse prédio, talvez você conheça Maria Antonietta... enfim, faça o que achar melhor.

*O olhar de Kurt para o guarda é de determinação, ele marcha como um rolo compressor prédio adentro*
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Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette Empty Re: Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette

Mensagem por Pri Dom Mar 10, 2013 12:00 pm

Não se preocupe, Lauren. Nós entendemos tudo isso. - a antiga rainha responde calmamente, como se verdadeiramente entendesse a LaSombra. Sabia que ambas, Polignac e Lauren, tinha suas diferenças. Mas a razão ainda lhe escapava... Seria por causa do Príncipe? Franziu o cenho por alguns instantes, analisando as duas mulheres. Sabia que era importante as favores da realeza para cumprir seus objetivos particulares... Sabia melhor ainda que para conseguir o que queriam, puxariam os tapetes de qualquer um afinal, isso era a monarquia. Restava saber o quão longe as mulheres que lhe acompanhavam agora, iriam também.

Sua caminhada através do escritório humano foi silenciosa, sem dedicar muita atenção em seus rostos. Apenas achava estranho que algo perigoso fosse guardado num andar como aquele, aparentemente nulo em qualquer tipo de segurança sobrenatural. Não se preocupavam com os humanos que estavam ali? Seria um bom desperdício de comida se a coisa escapasse do controle. O final do corredor era alcançado, onde havia um jovem em pé como se estivesse esperando algo e não trabalhando como todos os outros. Semicerrou os olhos, analisando o rapaz dos pés à cabeça com uma expressão divertida - talvez um flerte - quando na verdade, tentava lembrar-se se já o havia visto antes. Ou então... Pelo modo como Lauren o observou afastar-se, poderia julgar que era mais do que isso... - O conhece, Lauren? - Deu um pequeno passo de aproximação, murmurando próxima do ouvido da cainita. Sabia que aquilo não agradaria sua senhora, mas algo que perturba a chefe de segurança precisa ser levado em consideração.

Após a resposta, prosseguiam para a sala que serviria de cárcere para o presente. Aguardou pacientemente, já de volta ao lado de Polignac e deixando que a LaSombra fizesse seu trabalho. O jovem que estava "guardando" a sala ainda lhe deixava ligeiramente preocupada - ainda mais pela aparente precaução de Lauren - mas tentava não deixar que isso surgisse em sua expressão. Uma vez dentro da sala, permaneceu andando ao redor, analisando-a e sentindo-a em sua completude - Os sons daqui de dentro chegam lá fora? - fechou os olhos por alguns instantes, concentrando-se em seus sentidos*. Como o presente é um prisioneiro, seria interessante que nada dali de dentro fosse ouvido lá fora; então Marie realiza um pequeno teste do quanto o som de fora pode ser ouvido ali dentro. Se fosse muito, os de fora também poderiam ouvir o que estaria se passando ali.

Para pedir por alta alta segurança, já sabemos que não é um mortal. - Reabriu os olhos, fitando a LaSombra. Marie era alguém que poderiam julgar ser fútil na maior parte do tempo... Mas quando se tratava de "negócios", a seriedade tomava conta de cada parte de seu corpo e alma - se tivesse uma. - Não acho que aqui seja muito seguro, de forma alguma... Poderemos melhorar, reforçar as paredes e tudo o mais... Mas muitos tem acesso a esse andar, Lauren... Qualquer um poderia chegar até a porta facilmente, precisamos de local mais seguro para o prédio todo. Melhor pecar pelo excesso do que pela falta... - completava com um sorriso que se estendia por um dos cantos dos lábios, condescendente.



*Auspícios 1
Pri
Pri

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Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette Empty Re: Cheiro de Fim, um conto sobre Marie Antoinette

Mensagem por No One Dom Mar 10, 2013 11:36 pm

Após entrar na sala, o Gangrel deu uma bela observada com seus olhos sobrenaturalmente adaptados a escuridão do ambiente. Não era nada do que ele esperava, não tinha motivo algum para qualquer humano temer aquele local. Deduziu então que aquela porta velha e empoeirada era apenas uma máscara para que o gado pensasse exatamente o que ele pensou, e assim permanecesse longe. Elyon também refletiu sobre a possibilidade de alguém estar ofuscado no local, por isso aguçou seu olfato para sentir qualquer cheiro que identificasse a presença de mais alguém no ambiente, embora nem sempre tal método fosse eficaz, afinal ele sabia bem o quanto a ofuscação era uma disciplina poderosa quando bem aprimorada. Quando percebeu a chegada de um grupo na porta da sala, alojou-se em uma brecha que havia observado premeditadamente para garantir que não fosse visto. Hank foi embora na medida em que elas retiravam os pregos para abrir a porta. Elyon reconheceu que aquela tinha sido uma atitude sensata por parte de seu lacaio, ele não era tão estúpido quanto o Gangrel costumava julgar. Afinal, ele era seu carniçal a 50 anos, não teria sobrevivido tanto tempo se fosse burro. Porém, o menosprezo que Elyon lhe dava costumava ofuscar esse fato de sua mente e enxergar o carniçal como um brinquedo sem mente própria, embora Hank ainda fosse menos desprezado por Elyon do que os demais humanos eram.

Quando o grupo entrou na sala, Elyon deu-lhe uma boa bisbilhotada. Eram três mulheres, todas muito bem vestidas e de posturas impecáveis. Tais posturas eram tão impecáveis, que chegavam a ser desumanas. Elas tinham alguma coisa de sobrenatural, embora Elyon não soubesse o que, ele tinha certeza que não eram meras mortais. Uma delas em especial, chamava-lhe a atenção mais do que as outras. Ela era bela, ainda mais sofisticada que as demais e sua postura era tão nobre e delicada que ela parecia agir como uma verdadeira rainha ou princesa. O Gangrel não chegou a sentir atração física, aquilo era distante demais de sua natureza morta-viva, mas reconhecia que aquelas mulheres conquistariam o coração de qualquer humano. No lugar da atração, ele mantinha um olhar perspicaz em relação as mulheres, como um predador espreitava suas presas antes de um abate. Ouvindo atentamente todo o diálogo entre as mulheres, ele racionou rapidamente o que se passava. Alguém que elas chamavam de barão (talvez algum termo usado para referir-se ao Príncipe, mas Elyon não sabia de fato) havia pedido para uma delas um local para deixar alguém, mas apenas depois disse-lhe que se tratava de um prisioneiro, ainda sem revelar a identidade do mesmo. Logo depois o nome de uma delas foi revelado... Lauren. O Gangrel nunca tinha ouvido falar, o que significava que certamente não tratava-se de nenhum Camarilla de grande Status na cidade (afinal, estes eram conhecidos até mesmo dentro do Sabá). Por fim, uma delas chegou a conclusão óbvia de que não tratava-se de um humano. Afinal, que cainita de respeito daria-se ao trabalho de preparar uma prisão especial pra uma simples bolsa de sangue? Não que os "vampiros" da Camarilla fossem considerados vampiros de respeito, mas nem mesmo eles deveriam ser tão estúpidos. E no final das contas, decidiram que aquele local não era seguro.

Elyon deduziu que, seja lá quem fosse que o tivesse chamado até aquele local, certamente tinha algum objetivo que ele ainda não tinha compreendido totalmente, mas com certeza tinha algum tipo de relação com aquele prisioneiro. Talvez o tal prisioneiro pudesse ser útil ao Sabá, e consequentemente se Elyon pudesse capturá-lo ou obter alguma informação útil para seita, ele poderia obter algo de valor em retorno da sua ajuda. Por mais que Elyon fosse leal ao Sabá, ele nunca pensava em ajudar a seita por devoção, mas sim por interesses próprios. Afinal, todos os cainitas faziam isso, eles apenas não admitiam, e Elyon sabia bem disso. Elyon decidiu que seguiria aquelas mulheres, caso elas desistissem daquele local de fato. Não importava se o elevador tinha câmeras, ele sabia que só poderia ser notado pelas filmagens se elas fossem observadas posteriormente, isso se os responsáveis tivessem motivos para olhar as filmagens aparentemente comuns e conseguissem notar a presença de um minúsculo rato. De qualquer forma, ele não poderia ser reconhecido em sua verdadeira forma posteriormente, mesmo se os cainitas do Elysium chegassem a ver a filmagem depois. O Gangrel ativou a sua ofuscação ocultando a sua presença e ficou atento às mulheres.
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