Vampiros - A Máscara
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Clausura da Imortalidade (Crônica Oficial)

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Mensagem por Tristan Thorn Sáb Fev 12, 2011 1:48 pm

Clausura da Imortalidade





Nova York continuava tensa. Cidade difícil, rechaçada pelo Sabá, controlada pela Camarilla, um verdadeiro banquete para múltiplas influências regadas por sangue. A Príncipe Blair, conhecida como Dama Gélida, regia a Big Apple com punhos de aço, não dando brechas para o azar.

Em contrapartida, no coração cultural nova-iorquino, diversos problemas eclodiam. Tendo o câncer de dentro pra fora, a situação perpetuou. Letalmente complicada, politicamente instável. A Broadway, reduto outrora dos Toreadores, tinha a interferência dos Nosferatus – no subterrâneo, fato que gerou um atrito abissal entre a Primigênie Toreador, Alexis Louvain e o Primigênie Nosferatu, Barão Guttenheimer von Lionen. O motivo? Sabe-se que os Nosferatus bloquearam todas as passagem para as Galerias, essa singela atitude, no entender de Alexis, além de falta de respeito, foi uma tentativa dos Nosferatus se imporem na área. Os Toreadores acreditam que os Monstros queiram esconder algo importante. Será?

Porém, se tal problema, citado acima, fosse o protagonista do momento, as coisas seriam tão mais fáceis...

Nova York sofre com a tensão e rumores de um possível cerco do Sabá. Fora isso, a pesada presença de diversos clãs Independentes, apenas amplia as informações de que algo grande está para acontecer.

Paradoxalmente, neste meio termo, uma fagulha se transformou em chamas. As Harpias comentam que, de acordo com o Xerife, a Sociedade de São Leopoldo estaria em Nova York, seguindo o rastro de um membro local. Muitos tremeram com tal possibilidade e, para aqueles que nem sabem do que se trata, meus pêsames.

Contudo, se isso fosse o principal problema da cidade, realmente, as coisas ainda estariam num patamar singelo demais...

Mais informações em ON.






Nota ~ OFF: A ideia é uma crônica reserva, enquanto o MS não retorna.

Espero que se sintam abrigados. Não me agradou que geral ficasse sem jogar, por isso decidi ampará-los. Os acontecimentos a seguir independem dos fatos vividos em “Rastros de um Insano”, ok?

Minha proposta é algo maleável, totalmente aberto. É como se eu desafiasse vocês, tentando impor o verdadeiro nível de jogador de cada um. Afinal, muitos curtem fazer próprios passos, não tendo narrador-cabresto.

Não que eu seja preguiçoso para não pensar num enredo, longe disto. Tenho a essência de uma pequena trama aqui, que irá até o fim deste ciclo: 31 de março. Contudo, não irei prender ninguém, é isso que estou querendo dizer. Assim, caso tenham objetivos e missões próprias, mandem ver.




Jogadores Confirmados (até o momento): Arya, Steven, Iverly e Dave.

Deixo o convite aberto para todos os jogadores que estavam em “Rastros de um Insano”.


---



Cena: Arya e Steven
Horário: 00h35



A Sereia tratou de extravasar todo o ódio que nutria no coração. Com uma beleza de parar vários quarteirões, conseguiu se alimentar facilmente na Casa Noturna. Nada que um olhar não tivesse resolvido. Ficou com alguns rapazes, indo para um canto escuro e, usando o fator da mordida provocar prazer – simulou um chupão e cravou as presas. Fácil demais. Em questão de breves minutos, já estava satisfeita.

Steven, por sua vez, instruído por um dos capangas de Tristan, chegou facilmente na Boate. Ele se aproximou de Arya, tocando-lhe o ombro levemente. A Filha da Cacofonia olhava, ficando surpresa – o que ele fazia ali? Será que Thorn estaria junto?

Contudo, a Cantora notou uma expressão séria, seja lá o que o Necromante veio fazer aqui, ele não está nada contente. Algo perturbador salta da face dele. Com um olhar de pesar, hesitante e instável, Arya, graças ao profundo conhecimento na Empatia, detectou cada emoção do Giovanni, algo sério e grave aconteceu.

Nota: Lembrando que post de diálogo é ilimitado. Vocês podem postar quantas vezes precisar.



Última edição por Tristan Thorn em Seg Fev 14, 2011 7:33 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Steven Le'Blon Sáb Fev 12, 2011 4:09 pm

Não era comum o jovem Steven permanecer muito tempo sério, contudo todo o clima de Nova York estava começando a perturbar o Giovanni que havia se acostumado a pacata vida no Brasil.

Horas antes um estranho telefonema mudara o rumo do cainita naquela cidade. Ele, que já estava prestes a voltar para seu lar, teve sua mente invadida por planos e tramas que, em hipótese alguma, deixaria de lado. As pessoas são ótimas em fazer jogos de manipulação e Steven era ótimo para desvendar tais jogadas.

O Vampiro ficou um tempo inerte, tentando trilhar seu rumo, seus passos diante de tal pedido. Seria uma jogada arriscada, muito mais ainda se ele resolvesse seguir o lado oposto do que havia combinado, mas isso ele decidiria apenas no decorrer das conversas...

Steven seguiu as instruções que um subordinado de Tristan havia dado, chegando assim na Boate que se encontrava a bela senhorita Blythe. Steven não conseguia tornar sua face calma, pois muito estava começando a ser colocado na mesa, e o vampiro sabia que ele estava apenas sendo usado, uma peça totalmente descartável, caso algo saísse errado.

" É Steven, essa te pegou de jeito... Mas não importa, ir até o fim pode ser bastante lucrativo, fora o conhecimento a mais que terei em minhas mãoes..."

O Giovanni caminhou em direção a srta Blythe, observando-a se alimentar de um pobre mortal. As presas de Steven pularam discretamente para fora enquanto o doce cheiro da vitae rodeava seu nariz. Mesmo através da tentação do momento, ele se controlou, arrumando levemente seu terno em perfeito estado. O vampiro tocou o braço da moça, olhando-a diretamente nos olhos. Com um gesto praticamente imperceptível, ele convidou a moça para segui-lo para um lugar mais reservado, onde pudessem falar calmamente.¹

- Boa noite, srta Blythe Disse tentando esboçar um leve sorriso. Steven pegou seu celular, e utilizando-se do google translate escreveu o que queria dizer, dizendo em seguida.

- Vejo que estás ótima. Brincou - Desculpe incomodá-la, mas soube que estaria aqui essa noite e resolvi vim vê-la.

Steven começava a transparecer mais tranquilidade, esboçando um leve sorriso em direção a srta Arya. Era hora das coisas irem sendo reveladas.

- Ja ouviu falar em Heike Arisen? Primigênie Malkaviana. Ela me procurou... Mais uma pessoa interessada em poder, em tentar enganar alguém... mas ela tem uma proposta interessante e, queria saber se estaria interessada em se aliar a mim?

Terminou com um sorriso fino no rosto, transparecendo seu charme.²

##off: ¹) Se não houve um lugar silencioso e calmo na boate, iremos para o lado de fora, indo para meu carro (Chevy Impala SS, reformado e turbinado) para lá covnersarmos.
²) Uso de Presença nv 1 para tentar ajudar o lado do Steven##
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Mensagem por Pri Dom Fev 13, 2011 12:11 pm

Encantar humanos era tão divertido, manter seu fascínio sem nenhuma dificuldade. Murmurava palavras doces e sensuais em seus ouvindos, tocava-os e deixava-se ser tocada. Não eram como Tristan, mas serviam ao seu propósito de vingança. Teria um deles como seu bichinho, só precisava escolher qual. Observou o modo como agiam durante algus instantes. Não só com ela, mas também com todos os outros. O que se impunha e dominava o ambiente a sua volta seria sua escolha. Teria muito a ensinar a ele sobre comportamento... O pegou pelo braço num toque suave e o puxou para um lugar mais privativo da área VIP, sorrindo sugestiva enquanto o guiava para lá.

O sentou em um dos vários sofá dispostos pelo local e sentou-se em seu colo, uma perna colocada em cada parte de seu corpo -
O farei sentir os maiores prazeres de toda sua vida. - Sedutora e predadora, o beijou nos lábios com volúpia¹e, logo após, seu pescoço. Tocou sua pele com lábios para então mordê-lo e ter um pouco de sua vitae. O suficiente para sacía-la por aquela noite. Divertia-se com o prazer que ele sentia, tão sensivel a seus toques.

Com todo o cuidado, limpou qualquer resquício de vitae que sobrava em seus lábios, lambendo-o como um felino que observa sua presa. Em tal momento, sentia alguém tocar-lhe o ombro. Quem atrevia-se a interromper sua diversão? Sua expressão surpresa ao ver ali Steven distorceu-se em uma raiva preocupada, enquanto olhava ao redor procurando por Tristan. Estragaria sua noite se ele estivesse ali e, por sorte do Giovanni à sua frente ele não estava junto. Ainda no colo de seu mais novo bichinho, virou-se de rente para Steven, tentando sorrir-lhe de forma agradável - embora ele houvesse interrompido a sua brincadeira e a olhasse seriamente -
Bonsoir, monsieur Le'Blon. - cruzou as belas e bem torneadas pernas, de costas para o mortal e de frente para ele. Como iriam comunicar-se se ele não falava nenhuma de suas línguas? O imortal gesticulava para que ela o seguisse e a doce cantora desconfiava. Queria ele levá-la até Thorn? Virou-se para o homem sob seu encanto e deixou o rosto de ambos bem próximos - Mon cher... saberá quando eu precisar de você... Mantenha-se sempre atento para ouvir minha voz. - tocava seu rosto com as pontas dos dedos, os delizando. Brincou com os lábios nos dele num beijo que não deixou realizar, firmando ali seu transe e lhe deu as costas, levantando-se.

Monsieur Le'Blon.. espero que tenha modos de se fazer entender. - e seguiu com o necromante para o lugar que ele desejava ir. Um celular, era o que ele utilizava para conversar. Se fosse humana, teria dado um suspiro de desdém. Pegou o aparelho para ler o que dizia, digitando em seguida - "Diga a proposta, que lhe direi se tenho interesse." - acrescentava o desenho: ;} no final do escrito e lançava para ele uma piscadela, devolvendo o aparelho.


--------

¹Presença 3- Transe
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Mensagem por Tristan Thorn Dom Fev 13, 2011 11:22 pm

Cena: Steven e Arya
Horário 00h40



Não era nada agradável encontrar alguém da “Família”. Depois do recente trauma, Arya não estava tão predisposta em ouvir Steven. Estar com ele, de certa forma, a colocava próxima de um certo alguém. Para piorar, Le’Blon, que queria urgência, afinal, era um assunto delicado e importante, acabou por atrapalhar uma das diversões da Seria.

Era bom ser algo importante. Arya tinha planos para o brinquedinho com quem se deliciava. O pobre gado, sem nem ao mesmo saber o que se passava, já estava sob o encanto da seria. Ela sentia as emoções se esmigalharem, feito, já estava sob o Transe.

O Necromante, não desejando margem para o azar, valia-se, também, da disciplina Presença. Arya ficou tentada a ouvi-lo. Contudo, por causa do barulho, ambos se dirigiram até o veículo de Steven. Já lá dentro, ele se esforçou, arrastando um inglês carregado e errado, mas dava para compreender [interprete isso]. Arya notou que o Gado estava próximo, não estava dentro do carro, mas próximo o suficiente, totalmente servil.

Nota: Eu nem ia postar pra vocês, mas aproveitei que postaria pra Nina. De qualquer forma, lembrem-se, diálogos são posts livres, ok? Não precisam me esperar, podem ir postando até finalizar a conversa.




Cena: Iverly
Horário: 1h02



Se a não-vida não era uma bênção, talvez, também não seria uma maldição. Graças ao novo estado, finalmente conseguiu realizar alguns sonhos que, em vida, jamais teve chance. Jóias caras, por exemplo. Roubou muitas, de ouro até diamante, nem sabia ao certo a quantidade, mas foi um sonho realizado.

O problema veio depois. Tal compulsão não parava, como se fosse uma droga, necessitava roubar mais e mais, ter mais e mais jóias. A arte da trapaça, a cada ano que ficava para trás, se aprimorava.

Alexa estava em Nova York, mas, ao mesmo tempo, também não estava. Queria permanecer invisível, não tinha interesse em se apresentar para a Príncipe, muito menos envolver-se na Sociedade dos Membros. Quanto mais neutra ficasse, mais chance de sobrevivência tinha – ao menos, era tal base de pensamento que ela nutria.

Iverly estava num duplex, apartamento usufruído pelo Senhor, fruto de um belo golpe no meio imobiliário. Apesar da proximidade, Alexa notou que, ultimamente, o próprio Criador portava-se de um jeito muito estranho, parecia preocupado demais, tenso e irritantemente controlador. Sentia uma tensão solidificando o ambiente, algo estava errado, literalmente.

Sentados na sacada, ambos deslumbravam a bela vista, dava para ver parte de Manhattan perfeitamente bem. No apartamento tinha quase tudo que eles precisavam, Ivy já estava há algum tempo hospedada lá. Gostava do luxo, dos cuidados e, principalmente, dos conselhos. Contudo...

- Minha Ivy... – bebeu um gole de rum, direto da garrafa, uma mistureba insana entre a bebida alcoólica e vitae. - Fui convocado, pelo meu Senhor, a comparecer em Bucareste, Romênia. Não queria lhe deixar só, não em NY – deu uma pausa, rindo estranhamente. - Embarco daqui três horas, num vôo fretado. Estou apenas lhe comunicando, o que tem em mente no Novo Mundo? – indaga, demonstrando um olhar provocador e, ao mesmo tempo, duvidoso.

Quais as intenções dele? Por que comentou sobre isso? Poderia simplesmente sumir, como sempre fez, mas, por algum motivo que Ivy ainda tentava compreender, ele simplesmente insistir em comunicar. O que estaria guardado por trás daquela máscara de bêbado desinteressado?

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Mensagem por Nina Seg Fev 14, 2011 12:48 am

Ela se levanta, ao mesmo tempo que toma a garrafa da mão do homem, segura a mesma enquanto observa a rua e as luzes dos prédios ao redor. Depois de alguns instantes de silencio ela indaga.. - Qual é o seu problema quanto a ficar sóbrio?
Sem ao menos se preocupar com a resposta ou à responder a pergunta dele, ela levanta a garrafa na altura dos olhos de modo que dê pra ver o reflexo do homem no vidro e depois de olhar a imagem por um tempo ela arremessa a garrafa na rua, se inclina de modo que dê pra ver onde a garrafa caiu e solta a informação com um tom ainda totalmente despreocupado - É, quebrou.
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Mensagem por Tristan Thorn Seg Fev 14, 2011 1:14 am

Cena: Iverly
Horário: 1h12



Tal atitude não surpreendia o Mentor. Ficou rendido quando Alexa tomou a garrafa, colocando as mãos para cima, em protesto. Ele esboçou um sorriso poltrão e riu singelamente, fechou os olhos com força e, se pudesse, soltaria um suspiro – mas, como não respira, não é mais possível.

Levantou-se, escorando no parapeito e vislumbrando a paisagem de concreto que compunha a região. Permaneceu longos minutos em silêncio, debelando-o com uma tosse bizarra.

- Demorei décadas para formular aquela mistura – respondeu, quase dez minutos depois. - Sabe que o clã nutre raízes fortíssimas em Bucareste, já expliquei sobre, o grande problema... – dava uma pausa, fitando o céu nublado.

Curiosamente, ele não terminou a frase. Engatou outro assunto. O tom de voz era sóbrio, apesar de arrastado, graças ao efeito do álcool – sim, tal substância ainda afeta os vampiros, de uma forma bem distinta e amena, dependendo do consumo.

- Quem disse que quebrou? – retrucou.

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Mensagem por Nina Seg Fev 14, 2011 1:35 am

Ela continua olhando fixamente em direção a garrafa quebrada na rua, como se esperasse que algo acontecesse. Mais uma vez ignorou o assunto principal.
- Quem disse que quebrou?
Ela sorriu, mas logo voltou a fixar o olhar. - Ninguém, você escutou alguma coisa? Respondeu ela, enquanto se virava e dava as costas pra rua.
- Vai se atrasar.
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Mensagem por Tristan Thorn Seg Fev 14, 2011 10:40 am

Cena: Iverly
Horário: 1h14




Um clima de melancolia riscava o ambiente, como se o cortasse de dentro pra fora. O bizarro Senhor, apesar do estranho comportamento, transmitia um olhar completamente contraditório. Alexa tentava analisá-lo, mas era em vão, só conseguiu chegar numa conclusão; para ela, ele era inviolável, um labirinto de ilusões de pura inconstância. Contudo, o Mentor percebera que estava sendo observado com mais atenção, fato também notado por Iverly.

Nisso, ela desviava o olhar, enquanto o Senhor dava de ombros, ficando de costas para ela. Ele resmungou algumas coisas, num idioma que ela desconhecia. Tirou um cantil do bolso, provavelmente rum misturado com outras substâncias e temperado com sangue. Deu três goles e cinco passos para frente, aumentando a distância entre eles.

- É... Acho que estou no fim da linha – deu uma risada bisonha, guardando o cantil. - Desde quando você cresceu, Ivy? Pensei que pediria para ir comigo, como uma criança mimada, que não consegue ficar distante do papai – afirma ele, num tom tão estranho e confuso, que Iverly não conseguia entender se foi uma piada ou algo sério. - Aprenda romeno ou alemão, estamos entendidos? A não-vida é uma fonte multifacetada de escolhas, não podemos simplesmente fechar os olhos, ignorando os fatos – finaliza, dessa vez, o tom foi bem claro. As palavras foram ácidas.

Ele pegou uma mochila de alpinista e colocou nas costas. Apontou o dedo indicador para uma caixa de madeira que estava no chão. É, ele estava indo embora.

- Não irei me atrasar – ria. - Fique com o apartamento, é seguro. Abra a caixa quando estiver preparada para encarar a verdade e cuide do cachorro – acenou com a mão, de costas, era a despedida dele.

Cachorro, literalmente, é o nome do cão que ele tinha. Ivy sabe que é um cachorro carniçal, pena não ter Animalismo, um dos legados do Clã, para conversar com o bicho igual o Senhor fazia. O Mentor finalmente saía, fechando a porta. E agora, Iverly?

Nota: Como conhece muito mais sobre o teu Mentor, pode escolher a raça do cachorro.




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Mensagem por Nina Seg Fev 14, 2011 2:32 pm

Ela observava cada movimento e escutava cada palavra que ele dizia em silencio, tentava ao máximo não mostrar preocupação ou qualquer tipo de fraqueza mesmo que isso fosse obvio. Se falasse muito acabaria mostrando isso com mais clareza, talvez. - Você podia ter colocado um nome decente nele.
Se manteve alí parada, do mesmo jeito, até que ele passasse pela porta. Olhou pra caixa, e se virou novamente pra olhar a rua.

Já esperava que isso acontecesse, é bem do feitio dele e as coisas não seriam fáceis agora que estaria sozinha. Um mutirão de pensamentos invadia sua mente, e enquanto olhava pra rua tentava se organizar.
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Mensagem por Tristan Thorn Seg Fev 14, 2011 3:01 pm

Cena: Iverly
Horário: 1h30




Se pudéssemos colorir o mundo que nos cerca, certamente, toda a atmosfera em torno da enigmática Iverly Alexa, catastroficamente, seria monocromática. Rodeada pelo cinza, a Ravnos contemplou a despedida do Senhor, deixando-o ir de maneira singela. Era um até logo, dolorido demais, ao contrário de todas as outras vezes que ele sumiu.

Por quê? Ele nunca deu satisfações. Poderia simplesmente viajar para o Leste Europeu e pronto, mas não, por algum motivo desconhecido – ao menos pra ela, não conseguia compreender. Qual o motivo desse aviso? Por que ele avisou que recebeu um chamado do próprio Senhor, convocando-o para Bucareste? As coisas não se encaixavam. Motivo para avisar ele tinha, mas qual? Seria uma convocação formal do Clã? Seria um problema grave com o Mentor dele? Seria o quê? Ivy entrava em parafuso por alguns minutos.

Levou quase um quarto de hora para se acalmar. Fitando a rua, os borrões de cores passando, os sons expandindo-se. Lembrou que o Maldito, ontem mesmo, tinha roubado um banco de sangue, devidamente conservado em local apropriado. Ou seja, não tinha necessidade de caçar – a não ser que queira emoções. Olhou para o telefone, a secretária eletrônica, o celular que Ele deixou, a caixa de madeira, as armas de estimação, o cachorro e alguns dólares no armário. Calma aí, por que ele deixou o celular?

Sozinha na cidade mais importante da Camarilla – tratando-se da América do Norte, obviamente, os conflitos saltavam. Era evidente a falta de amparo, não contava mais com a presença física Dele. Já estava mais calma. Porém, o que lhe restava? O que fazer em Nova York? Viver ou Sobreviver? Eis a questão.

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Mensagem por Nina Seg Fev 14, 2011 5:40 pm

Ele sempre foi e voltou, sem explicações e sem avisos prévios, era como uma rotina. Dessa vez não, ele quis avisar, porque? Talvez tivesse uma contradição alí, foi isso que incomodou Ivy imensamente e a impulsionou a ignorar as explicações de modo que não quebrasse a rotina inconsequente dele. Agora a curiosidade e a preocupação se juntavam intensificando uma a outra.
Ela foi pra parte de dentro do apartamento e pegou a caixa, mas não abriu. Mexeu nas coisas, como se estivesse procurando algo pra fazer, passou os olhos pelo celular dele, mas não se mancou de cara. Olhou pro cachorro cinza inquieto e resmungou - Cachorro... você não deve gostar dessa falta de identidade. Não é? - Seria bom poder conversar com ele.
Enquanto olhava pra caixa se decidindo se abria por curiosidade ou esperava, ela se tocou.. Ele deixou o celular? - Ele deixou o celular.. - Disse ela, franzindo a testa e em seguida pegando o aparelho.
De inicio hesita em olhar, quase coloca o aparelho no lugar onde pegou... mas teve que olhar, precisava fazer isso. Olhou os registros de chamadas, a caixa de mensagens, a agenda. Tudo. Até que não tivesse mesmo, mais nada pra ver.
Ele não era o tipo de cara "distraido". Provavelmente não tinha esquecido o celular, e sim, deixado propositalmente.

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[Obs.: Esqueci de falar sobre o cachorro, é da raça Thai Ridgeback, cinza, macho.]
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Mensagem por Tristan Thorn Seg Fev 14, 2011 7:23 pm

Cena: Iverly
Horário: 1h41



Os padrões comportamentais não batiam, era evidente que o Mentor deixou o celular de propósito. Ivy começou a vasculhar, item por item.

Agenda: Vazia.
Chamadas Feitas: Vazia.
Chamadas Recebidas: Três números (um telefone fixo de NY; duas chamadas do mesmo número, de um celular com DDI da Romênia)
Caixa de Entrada: Cinco sms:

1. (Número da Romênia, celular): [Duas linhas de msg. Idioma desconhecido por Ivy]
2. (Número da Romênia, celular): [Três linhas de msg. Idioma desconhecido por Ivy]
3. (Número da Romênia, celular): [Quatro linhas de msg. Idioma desconhecido por Ivy]
4. (Número da Romênia, celular): [Duas linhas de msg. Idioma desconhecido por Ivy]
5. (Número da Romênia, celular): [Uma linha de msg. Idioma desconhecido por Ivy]

Caixa de Saída: Vazia.


Logo após terminar de olhar, um sinal irrita a Ravnos. O celular apita, bateria fraca. Rapidamente, Alexa procura pelo carregador, vasculha armários, gavetas, tudo que veio em mente, mas não acha nada. Cachorro se aproxima, permanecendo um pouco distante. Ele olha para Iverly e deita.

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Mensagem por Nina Seg Fev 14, 2011 8:32 pm

Ivy se deita no sofá enquanto mexe no celular, na medida que ia olhando, Ivy se mostrava desanimada por não achar nada.. Agenda vazia.. Sem chamadas realizadas. Mas opa! Ele recebeu ligações. Quando viu os números, na mesma hora se levantou. E começou a tagarelar sozinha - Três chamadas.. uma é daqui, essas outras duas são de lá...
Ela continuou olhando, pra ver se tinha algo mais até chegar nas mensagens. E tinha! Abriu cada uma delas, e não entendeu bulhufas do que estava ali. Fazia mais sentido agora, ele ter mandado ela aprender aqueles idiomas e ter deixado o celular. Tem alguma coisa que ele quer que ela leia naquelas mensagens. Enquanto olhava o visor do celular com um monte de palavras que não faziam o mínimo de sentido pra ela, o aparelho apitou e uma mensagem apareceu "Bateria fraca".
Depois de procurar o carregador pelas proximidades ela coloca a mão na testa e reclama - AAAH! Não é possível! Cadê esse troço? Tem que estar aqui em algum lugar!
Olha pro cachorro deitado e sem intenção de ter uma resposta, já que ela não consegue falar com animais, ela pergunta - Cadê esse negocio Cachorro? Onde raios ele colocou?
Ela procura mais um pouco, e se o telefone apitar denovo, antes que ele desligue ela vai pegar uma caneta e um papel e anotar os números que estão na lista de chamadas recebidas.
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Mensagem por Tristan Thorn Seg Fev 14, 2011 11:20 pm

Cena: Iverly
Horário: 1h49




Por algum motivo, ainda não compreendido por Ivy, as mensagens ainda estavam lá. Qual seria o real propósito? Eis a questão. Pela segunda vez, procurou pelo carregador, virando o apartamento de cabeça pra baixo, mas foi em vão. Frustrada, ainda teve que ouvir a maldição do celular apitar novamente.

A Ravnos pegou um bloco de papel e anotou tudo que conseguiu. Primeiramente, os números. Depois, transcreveu a primeira mensagem e, quando começava a copiar a segunda, o celular finalmente desligou. Estava sem bateria.

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Mensagem por Nina Ter Fev 15, 2011 5:18 pm

Depois de ter cansado de procurar o carregador e de mais uma vez ter ouvido o barulho de aviso, não tinha muito o que fazer por hora.. rapidamente pegou qualquer coisa que riscasse e anotou o que conseguiu no papel. Mas como o esperado, o aparelho desligou - Ah não.. agora não. Liga, liga, liga - Ela gritava com o celular enquanto pressionava o botão de ligar/desligar do celular.

Ela precisava das mensagens, e pra isso.. precisava do celular ligado. Ela não estava afim de ir em nenhuma loja e ficar procurando carregador, muito trabalho. Olhou pra sua 'agenda' e pensou: Aquele cara.. como era o nome dele? Fe... sei lá das contas. Ele talvez possa agilizar isso de alguma forma.. Pegou a agenda e ligou pro contrabandista que fazia negócios com ela. - F... Feio. Tá aqui, é esse. Sabia que era algo com F.
- Alô? É o... [Pausa pra olhar o nome anotado denovo porque ela sempre esquece o nome dele.] o feio! É o feio? Preciso que consiga uma coisa pra mim. Sabe de algum tipo de carregador de bateria de celular que pode ser usado em qualquer um? Tipo.. um carregador universal?
Independente da resposta ela completa. [Lábia] - Eu sei que tem lojas que podem me informar, mas você vai facilitar essa pra mim, não vai? Eu te garanto que eu não vou dever essa, você vai ser recompensado. (Talvez)

Depois de desligar o telefone, ela guardará o papel com o que conseguiu anotar do celular em um lugar alto e bem guardado.
Pegará a caixa que havia hesitado em abrir, e finalmente.. abrirá ela.
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Mensagem por Tristan Thorn Ter Fev 15, 2011 6:20 pm

Cena: Iverly
Horário: 1h56



Não era o momento de perder o controle. Ainda restava uma fagulha de esperança, regada por lógica e ações coerentes, só era necessário enxergar. Seria Iverly, capaz de ver todo o jogo armado pelo Senhor? Ou tudo não passava de coincidências dos fatos? Pela Inteligência que tinha, a Ravnos sabia que não, e ainda lembrou uma afirmação do Mentor: “No Mundo das Trevas, onde todos os horrores das fábulas podem ser reais, não existe acaso, lembre-se disso”. É, quando ele queria ser sóbrio, era gritante a diferença de atitude. Contudo, lembrou o que ele disse em seguida: “Droga, perdi minha mistura de ervas! Droga!”. É, também, algumas coisas não mudavam. O momento nostálgico era debelado pela forte curiosidade e tensão que riscava a mente de Ivy no momento.

Pegou a agenda. Buscou por ele, Feio. Ele atente. Demora um pouco para ligar as coisas, parecia confuso em saber quem era. Era intrigante, por que não olhar no identificador de chamadas? Bom, enfim, quando Feio descobriu quem era, soltou uma gargalhada idiota.

- Olha só! Quanto tempo, gatinha! – ria por breves minutos. - E eu lá tenho cara de empregadinho particular, menina? Não vou servir de entregador, muito menos pra comprar uma porra de ca... – nesse momento, Feio era interrompido por Alexa. Ela conseguiu envolvê-lo com um joguete de lábia. Feio se calou, respirou fundo, fungou, tossiu e, finalmente, voltou a falar. - Ora, ora... Acho bom a tira aí, acho realmente bão, que você faça isso aí, belê? Tá na chapa, gata! Onde entrego? – finaliza, rindo. Era possível ouvir um forte som, provavelmente estava em alguma rave, fazendo exatamente o que suspeitaria dele.

Spoiler:

Enganar. Passar pra trás. Meter a lábia. Convencer. Persuadir. Etc... O Mentor sempre teve a razão, dizia que tal ato, definitivamente, seria viciante para Iverly, como uma droga. Não era comparável a compulsão pelas jóias, mesmo assim, um prazer formidável.

Satisfeita por conseguir o carregador, decidia abrir a caixa. Estava trancada com um cadeado, básico. Pegou uma haste fina de metal, introduzindo ali. Fácil demais, o cadeado era aberto em poucos segundos. Eita, mas calma aí, o que era isso? Dentro da caixa de madeira havia uma caixa de metal, com um sensor digital no centro, mais parecia um cofre. Encontrar a senha disso, definitivamente, não seria fácil. Esticou os dedos, estalando-os, era o momento.

Spoiler:

Começava freneticamente, analisando o perfil do Mentor e as prováveis combinações que ele usaria. No começo, parecia difícil, porém, mostrando-se boa nesse ramo, Iverly, em poucos minutos, conseguia abrir o cofre.

Quando ela abre o cofre, percebia uma bomba lá dentro, toda enrolada com fita isolante, alguns fios circulares e um display no centro. Quando olhou, o tal display apagou e, em seguida, voltou a funcionar, com os seguintes escritos: - d 3m. (!).

E, por fim, apagava. Entendendo mais ou menos disso, Ivy sabia que a bomba estava ligada ao código do cofre, não apresentava mais perigo.

Ah, para! Um Criptex? Ele só poderia estar zuando com a cara da Alexa. Quando a Ravnos abriu a caixa-cofre, além de bomba, viu um criptex. Como Ivy é estudada, com curso superior e etc, sabia muito bem o que era um criptex. Fudeu. Não dava para simplesmente quebrar, teria que achar a palavra - e isso seria absurdamente complicado.

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Mensagem por Nina Ter Fev 15, 2011 9:56 pm

Ela já sabia que conseguiria convencer o contrabandista. Dizem que todo mundo tem um preço, e com esse tipo qualquer preço é preço. O foco deles é a recompensa. Sempre a recompensa. Só precisava tocar nisso.

- Ótimo, sabia que não ia me decepcionar. Pra te poupar o esforço de tocar o interfone, eu vou dar um passeio com o cachorro aqui na rua e vou te esperar na frente do prédio, pelas 22hrs. [Ela vai passar um endereço proximo dali, mas não o dela. Vai sair de casa mais cedo, pra andar com o Cachorro mesmo e esperará ele na frente do prédio endereçado. Não acha ele confiavel o suficiente, mas não quer de jeito nenhum que ele pense isso.]
---
Finalmente ela abre a caixa e.. uma espécie de mini cofre... por um momento se assusta com a bomba, mas percebeu que ela fora desativada logo assim quando abriu o cofre. Quando viu o Criptex começou a resmungar - E essa agora? Ou o que tem aí é muito importante, ou ele tá me testando. Talvez os dois.. - Que seja, agora ela de alguma forma precisaria de pistas pra conseguir abrir aquela coisa. Mas onde procurar? Ou melhor, o que exatamente, procurar? Ela resolve se livrar do minicofre com a bomba, guardar o criptex dentro da caixa de madeira, fechar novamente e guardar no mesmo lugar que guardou o bloco de notas, se fosse importante mesmo não seria bom deixar tudo aberto a deus dará e a vista. Mas a sede por tentar entender aquilo tudo, a curiosidade, não deixava ela em paz. Pegou o bloco de notas e decidiu verificar os numeros. Primeiro telefonou pro numero local, se atenderem ela vai esperar a pessoa falar primeiro e depois: - Alô? Me desculpe, é que eu recebi uma ligação desse número. Quem tá falando?

Independe de conseguir um nome ou não, depois que acabar a ligação ela passará o resto da noite pesquisando sobre Bucareste, acontecimentos, possiveis ligações com o mundo vampirico, qualquer coisa.
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Mensagem por Tristan Thorn Qua Fev 16, 2011 4:00 pm

Cena: Iverly
Horário: 22h05 [“dia” seguinte]



Depois de combinar as coisas com Feio, decidia ligar no número local. Onde seria? Logo após uma moça atender, Iverly engatou um papo torno, mas foi fácil. Ela descobriu que era uma empresa de Táxi Aéreo. Lembrou que o Mentor comentou que viajaria de vôo fretado. Na mosca. Já sabia o nome da companhia “VEX”, aproveitou e pegou localização e afins. Feito.

Guardou o criptex , juntamente com o bloco, dentro da caixa de madeira. Guardou o cofre (e a bomba?) num lugar qualquer. Sentou no sofá e começou a pensar. Pegou alguns livros, leu sobre a Romênia e a sua capital, Bucareste (também conhecida como “Paris do Leste Europeu”).

Informações Básicas:


Spoiler:


Ficava claro o punhado de influência que estas terras tinham no mundo vampírico. Era evidente. Não era um local agradável de ir, mas, sabia que muitos Ravnos nutriam raízes fortíssimas de lá. Muitos Rom [Ciganos] são protegidos pelo Clã e, para a raiz ortodoxa dos Enganadores, apenas descendentes dos Romani [Ciganos] podem ser abraçados.

Então tinha algo para acontecer em Bucareste. Nessa altura, o maldito já estaria lá. Agora a curiosidade já começava a rasgar a mente de Iverly, mas não tinha muito tempo para remoer isso – afinal, o Sol estava para nascer. Alexa fechou tudo, tratando de vedar todas as janelas, qualquer feixe solar que passasse, já causaria problemas demais. Por fim, dormia.

Já desperta, rascunhou tudo que estudou. Manteve o hábito de tomar banho e o fez, trocou as vestes e desceu, já próximo das 22h. Simulando passear com o Cachorro, permaneceu em outra rua, não queria que Feio descobrisse a localização dela. Depois de alguns minutos, ele aparecia por lá, num conversível dos anos 90, som alto e com uma mulher no carro – possivelmente uma prostituta, analisando o vestuário e gestos. Sem descer do veículo, ele ria.

- Virou dondoca? – ria desconcertadamente. - Nem acredito que me fez de palhaço! Entregar uma merda de carregador pra madame que passeia com o cão? Vai se fuder, porra! – ele joga uma sacola para Ivy. - Lembre-se, ta me devendo uma, gata. E eu vou cobrar caro por essa exploração – afirmou, seco. Logo após falar, saiu cantando pneu.

Reserva de Sangue: -2




Cena: David
Horário: 00h10



Um novo dia surgia no principado nova-iorquino, não, definitivamente, os Tremere não ligavam pra isso. Estavam mais interessados na Capela, o clã realmente importa, já a seita, bem... Deixemos isso para outro momento.

Organização. Disciplina. Rigidez. Força. Poder. A estrutura do clã Tremere é quase perfeita, invejada por muitos e, apesar de ser a Casa Vampírica com mais inimigos, ainda sobrevive. Por quê? Os Anciões responderiam essa fácil: “Porque somos poderosos e organizados”. Ponto.

As noites na Capela eram tensas, cansativas e, geralmente, estressantes. Existia competição lá dentro, isso é óbvio. Quem não quer o melhor Ritual? Todos querem. Quem não quer ter autorização para aprender outras Linhas? Quem não quer ajudar a Regente na criação de novos Ritos? Ah, a Regente... História complicada. Hermione nunca foi unanimidade, muito pelo contrário. A pouca idade, aliada com falta de perspicácia, gerou muitos tormentos para o clã, mas isso mudou.

Ozuma, recém chegado da China, destituiu Hermione no mesmo ato, derrotando-a num duelo de lógica, que durou pouco mais de dois minutos. Sabe-se que esse Tremere veio do Oriente e que serviu o Justicar do Clã por mais de 100 anos, atuando como uma espécie de Chanceler e Espião, na China! Mas... E os Kuei-jin? Não é por menos que Ozuma, ninguém sabe o sobrenome dele, ficou conhecido como “Fulgor Draconiano”. Ele assumiu a Regência da Capela, expulsando Hermione de Nova York.

O Dragão assumiu faz quatro dias. Carismático com todos, mostra uma paciência oriental cativante. Liberou diversos Ritos para os Aprendizes, o que deixou David bem satisfeito, já que contava com quatro rituais aprendidos.

Contudo, algo chamou a atenção dos Aprendizes. Ozuma fixou um cartaz pedindo auxílio. O Regente precisa de dois voluntários para uma missão em nome da Capela. Além disso, ele também abriu vagas para um Grupo de Estudo de Ritos Secundários. Por fim, pelo menos uma vez por dia, Ozuma fala pessoalmente com todos, nem que seja um “boa noite”.

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Mensagem por Dave Qua Fev 16, 2011 6:28 pm

Os tempos eram outros, e os cainitas seguiam a mudança... Tinha despertado a pouco de meu sono e em questão de dias a Regente já deu lugar a outro Regente.... Por algum motivo eu não gostava muito de Hermione, tinha muito pouco tempo de vida e pouca experiência para ser nomeada com um cargo desses, mas Ozuma parecia ser um homem centrado, mas havia alguma coisa de errado nele. Permitir que qualquer um aprendesse os Ritos?? De fato isso era bom para todos nós Tremeres, mas não era uma atitude muito comum a um Regente. Talvez fosse mais uma das atitudes que eu não conseguia entender desses tempos modernos.

Em uma das noites após a tomada de poder de Ozuma ele deixava um pequeno cartaz com um tipo de missão, precisava de dois aprendizes, eu tinha que ser um deles, tinha que mostrar que era o mesmo depois de 100 anos, mostrar a Ozuma que eu era muito mais útil que a maioria dos aprendizes.

Tendo isso em mente eu iria até seu escritório, iria me candidatar a missão e aproveitaria para conversar com ele. Andava tranqüilo, sem olhar muito para os lados e bateria à porta.

-Senhor? Gostaria de lhe dizer.
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Mensagem por Pri Qua Fev 16, 2011 9:45 pm

Impaciência era o que dominava a sereia, sentada dentro do carro de Steven enquanto ouvia sua proposta. Estar simplesmente na presença do Giovanni parecia lhe irritar, devido aos problemas recentes com seu aliado. O amava, ou algum sentimento assim, mas não queria estar com ele ou com nada que lhe fosse relacionado. E ali estava ela, com um membro de sua família ouvindo uma proposta que não lhe interessava. Não conhecia os nomes que ele lhe falava, e poder como ele e Tristan desejavam não era o seu desejo.

Via com os cantos dos olhos que sua diversão lhe aguardava do lado de fora do carro. Poderia estar fazendo tantas coisas divertidas com ele... Deliciosas, também. Sua existência era amaldiçoada, era um fato. Sua existencia dependia do sofrimento de pessoas como aquela que lhe aguardava fora do carro. Alguém que agora lhe nutria sentimentos que a imortal nunca poderia retribuir. Não era capaz, por mais que desejasse. Sua consciência não nutria sentimentos... a não ser para ele. Alguém que lhe esnobava e pisava, mas que também demonstrava, em raros momentos, algum carinho.

Seus pensamentos se distraíam daquilo que Steven falava, quase não dedicando nenhuma atenção. Em raros momentos que se tornavam bons e inesquecíveis e ela sempre os buscava com afinco. Mas no final, o desdém imperava nas atitudes de Tristan. Talvez ele lhe ferisse para lhe ensinar sobre o sofrimento, lhe deixar forte. Desde que fora adotada por sua senhora Arya acreditava que sua existência era maldita, fadada a dor - a causá-la ou a recebê-la. Seu pequeno preço a pagar por sua não-vida.

Se o cainita lhe estivesse observando, veria-a mordendo os lábios e com o olhar baixo. Suas mãos estavam cerradas em seu colo, segurando na barra de seu vestido. Deveria pagar o preço por algo que não havia sido seu desejo...? Deveria agora deixá-lo para trás e seguir seu próprio caminho? Deixar seu passado devanescer no tempo... Conseguiria ela abandoná-lo?


"Et je ne sais plus à quoi penser..." - Steven poderia ouví-la murmurar em seu devaneio, seus lábios moviam-se lentamente, como se sua doce voz demorasse a tomar forma - "ne suffit pas de rêver..." - era ritmado, como numa melodia de ninar. Uma triste canção de seu país, talvez. O Giovanni poderia sentir-se irritado com tamanha distração vinda daquela que ele oferecia uma aliança. Alguma falta de consideração, também.

"Et je ne sais plus à qui penser, c'est fini..."- Levantou os olhos, fitando o cainita à sua frente. Sorriu complacente e, num gesto carinhoso, tocou seu rosto com as pontas dos dedos. - Désolé, Monsieur Le'Blon. Não tenho interesse em investigações de poder. Thorn pode agradar-se mais com seu pedido do que eu.- Falava em tom neutro, desinteressado. Retirou a mão do rosto do Giovanni e desceu do carro, caminhando diretamente até seu gado. O beijou nos lábios ardentemente, virando-se em seguida para Steven - Meus dias de aliança com os Giovanni estão terminados, Monsieur Le'Blon.- dando-lhe as costas, a jovem cainita saiu de mãos dadas com seu brinquedo da noite, dirigindo-se para um local mais privativo. Talvez seu quarto de Hotel.

Spoiler:
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Mensagem por Tristan Thorn Sex Fev 18, 2011 10:10 am

Cena: David
Horário: 00h23



Básico. Como qualquer outro Feiticeiro ambicioso, Blank decidia trilhar pelo caminho mais obscuro e complicado. Ficar estático, apenas estudando, definitivamente, era atitude dos Tremeres mais jovens, medrosos demais para deixarem os muros fortificados da Capela. Cainitas assim não tinham o total respeito dos Regentes mais severos.

Mas como avaliar Ozuma? Ele liberava os Ritos básicos, mesmo assim, tal atitude não era compreendida. Pense, pense. David se lembrava de Roma. Notou o eficaz “Pão e Circo”, tão usado pelos antigos Imperadores. Sua inteligência afiada não ficaria inerte por tanto tempo. Apesar de não conseguir aprofundar uma análise mais coerente, era evidente que o Dragão planejava algo, afinal, nenhuma caridade perpetua na Capela – mais cedo ou mais tarde, ele cobraria a conta.

Porém, tais julgamentos analíticos eram debelados. Notou a presença de mais três companheiros, logo na entrada do escritório do Regente. Totalizou quatro Aprendizes, mas só tinha duas vagas.

A Capela fica no subterrâneo de uma antiga Catedral nova-iorquina, que, até então, está lacrada há dois anos, alvo de restauração. Nisso, o gigantesco mausoléu, construído pelos Tremere no início do século XVIII, encontra-se seguramente ocultado do rebanho e da maioria dos membros – apenas o Clã sabe a localização. Contudo, a entrada não se dá pela Catedral, seria óbvio demais. Diversos túneis foram criados, circundando a Capela, não se sabe quantas passagens dessas existem, já que os Regentes trocam de tempos em tempos. Existe toda uma paranóia por trás, desde uma vigilância prévia, usando a disciplina Auspícios, até uma ronda constante, usando carniçais e, segundo rumores, Gárgulas.

O interior da Capela é gótico, mais parece uma sinuosa Igreja nos moldes do século XVIII, com abóbodas, altares, cinco bibliotecas, afrescos, esculturas, quadros, diversas salas e etc. Os Aprendizes não possuem total acesso, conhecem apenas 50% do espaço físico da Capela.

Logo na entrada do escritório de Ozuma, os quatro são recebidos por uma mulher. Mais parecia uma criança de 15 anos, oriental, cabelo preto e curto. O olhar era ameaçador, mais parecia um animal selvagem sedento de sangue, porém, o semblante dela, era meigo. Ela acompanhou os Aprendizes para outro local – exato, vocês não entraram na sala do Regente. Foram levados para uma espécie de auditório, que mais parecia uma ala principal de uma Igreja. Os bancos corridos de madeira, o altar do Padre, a decoração tipicamente católica, imagens de santos e afins.

Todos sentaram. Lá, no altar, estava Mia Brookner. Com o exílio de Hermione, Mia voltou a figurar bastante pelos escuros corredores mofados da Capela. Ela esperou todos se acomodarem e, ostentando um sorriso cínico na face, olhou cada um dos quatro Aprendizes com desdém. Contudo, ninguém ali tinha coragem de olhar torto para ela [Prestígio no Clã 3 / Status 3].

Spoiler:


Mia, a bela e letal Feiticeira, arrumou o cabelo e sorriu docemente. Como era agradável vê-la sorrir, mais parecia um sol envolto por trevas, pulsando poder por onde passava. Mas a atração que ela exercia não estava em pauta, todos suspeitavam o que estava próximo a acontecer.

- Ah, Aprendizes – finalmente falava, irônica ao extremo. - Boa noite e sejam bem-vindos. Como notaram, transferimos a Capela para o Mausoléu da Catedral. Não sei se sabem, mas tivemos problemas demais na Manhattan Municipal Building. Não cabe explicar com detalhes, mas a ausência de segurança de lá, irritou profundamente o Regente Ozuma, por isso retomamos a antiga Capela, que estava há mais de 57 anos abandonada – ela olhou para os quatro, como se conseguisse penetrá-los facilmente, no âmbito mental. - A Capela agirá de forma autônoma, sabem o que é isso? Repito, nossa Capela agirá de forma autônoma. Nosso Regente deseja algo e, esse algo, será uma moeda valiosa para o Clã, num futuro próximo. Só os dois aprovados no teste saberão do que se trata – decreta Mia, tão gelada nas próprias palavras, que os Aprendizes sentiram um calafrio na espinha. O pavor que essa Feiticeira exala é quase sobrenatural, ela impunha mais medo do que respeito, apesar de ser bem respeitada pelo Clã.

Certo. Algumas coisas estavam no ar. Mas cabe aos Quatro julgarem. Então teria uma competição, a distinção entre fruta boa e podre, algo comum na Casa dos Feiticeiros, já começou cedo. A superioridade sempre foi adotada nas Capelas, sempre tinha o melhor, o protegido, o preferido, o gênio, o talentoso, o criador perfeito de ritos e, lamentavelmente, também existiam os fracassados, os encostados...

Os Aprendizes estavam tensos. Apenas dois restariam. Brookner voltou a falar. Ela ficou em silêncio por quase um minuto, tempo necessário para todos processarem. Ela fez questão de enfatizar sobre o assunto ser autônomo da Capela. Seria um teste de confiança? Se a informação chega aos ouvidos da Príncipe, certamente, algo interessante aconteceria.

- Separem-se em duplas. Um para a extrema direita, o outro pra extrema esquerda. Rápido.

E assim ia. Duplas formadas. Cada dupla num lado da sala. David formou dueto com Angelina Reppton – uma mulher que beirava os 35 anos de idade aparente. Trajava jeans, botas, blusa social e um casaco de couro por cima. Ruiva, cabelo longo, liso, estava preso num coque. Olhos azuis, sardinhas no rosto e lábios sedutores. O olhar dela sempre foi ferino, constante e intenso. Dave a respeita, mas sabia muito bem que, já conhecendo os costumes do Clã, Angelina seria adversária. A outra dupla foi formada por Peterson Smith e Julian Owen.

Nota Importante: Muitos Tremeres vieram de cidades vizinhas quando souberam da queda de Hermione, aumentando o número do Clã em 25%.


A carniçal chinesa aparece novamente. Ela explica que cada dupla irá se desafiar e, no final, sobrará um vencedor de cada dupla, totalizando dois vencedores. Esses dois serão escolhidos para ajudar a Capela. Ela explica que o duelo acontecerá em etapas.

• 1ª Etapa: Desafio de Xadrez.
• 2ª Etapa: Prova oral com Mia [tema: ocultismo geral].
• 3ª Etapa: Execução de Rito [quem realizar o ritual com mais qualidade vence].
• 4ª Etapa: Duelo de Prata.


Os tabuleiros estavam prontos. David nota que as peças são feitas de ossos, num trabalho impecável. Inteligente e culto acabou lembrando-se Dele, daquele Tzimisce. Cada Rei tinha o rosto do jogador. Tal lembrança poderia descontrolá-lo, fato que resultaria em sérias dificuldades, afinal, não poderia entrar na disputa sem o total controle emocional. David se supera, controlando a própria raiva.

Spoiler:

- Comecem.

Quem diria? Um jogo de xadrez abria o desafio Tremere. Cada etapa seria mortal, Blank sabia muito bem o que Mia desejava testar colocando os Aprendizes num desafio de xadrez. Contudo, o que preocupava o Feiticeiro era a última etapa.





Cena: Arya e Steven
Horário: 0h50



Basta. Sem delongas com essa maldita família de mafiosos, quanto mais se envolvesse com eles, mais difíceis seriam as coisas. Arya demonstrava não ter interesse na proposta de Steven, fato que frustrava o Necromante. A Sereia saía do veículo, sendo amparada pelo mortal que a esperava no lado de fora.

O sujeito abraça a Cantora, começando a andar para longe dali, virando a esquina. Como o local é bem movimentado, o fluxo de táxis, mesmo com o horário elevado, também é grande. Arya esperou breves minutos, encontrou um táxi disponível e foi embora dali, juntamente com o gado.

Já Steven, por sua vez, ficava inerte. Foi vexatória tal situação, sentia a ira lhe corroer por dentro. Quem essa Sereia pensa que é? Negar o pedido de um Giovanni, sem nem ao menos dar chance de explicação? Steven estava com raiva, a Besta começava a urrar por dentro. Agora, infelizmente, estava sozinho, num país onde não entendia o idioma. Situação complicada.





Cena Arya
Horário: 1h45



Nova York se tornava chata. Só de saber que a Camarilla tinha notícias de Meredith Beauchene, alarmava as idéias de Arya. Afinal, como a Torre de Marfim sabia da ligação das duas? Estaria a Seria sendo espionada pela Seita? Será que Tristan passou informações, no ímpeto de pegá-la? Pense, pense... Como? As peças ainda não se encaixavam, mas Blair disse o nome da vadia muito bem; Beauchene... A tranqüilidade era ausente no peito oco da Filha da Cacofonia.

Arya e o mortal já estavam dentro do táxi. A Seria estava deitada no banco, no colo do rapaz, pensativa. Sob efeito de Transe, o pobre gado mal tinha emoções, mais parecia um zumbi-devoto. Depois de uns 45 minutos, aproximadamente, ambos chegam ao New York Palace Hotel, situado ali mesmo, na ilha de Manhattan.

Spoiler:


Arya paga o taxista, liberando-o. Ainda na entrada, a Sereia pede para o gado acertar as coisas, diária para dois dias, pelo menos. Ele acerta tudo, pega as chaves e ambos sobem para o quarto. É notável que o sujeito esteja fraco, foi drenado por Arya, não é mais recomendável sugá-lo.

Ambos vão pro banho. A Cantora provoca o gado, até então, totalmente sem vontade. Ele sequer tenta reagir, está totalmente controlado e vencido pela disciplina Presença. Depois de alguns prazeres naquela banheira gigante, eles se retiram do banho. Estão usando o roupão do Hotel, já que não trouxeram mais roupas.


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Clausura da Imortalidade (Crônica Oficial) Empty Re: Clausura da Imortalidade (Crônica Oficial)

Mensagem por Pri Sáb Fev 19, 2011 2:08 pm

A sereia permitiu que o jovem gado lhe cercasse com os braços enquanto caminhavam pela rua, desaparecendo das vistas do Giovanni. Mantinha um semblante sério e distante, os passos firmes de quem sabe seu destino. Sua decisão estava tomada e nada lhe faria voltar atrás, a distância deveria ser imposta e sentida em toda sua agonia e dor. Aquilo só lhe faria crescer... Não era isso que ele desejava? Lhe ensinar a seus próprios meios, tal qual sua senhora havia feito, lhe retirando a vida e sua honra; a inocência perdida para sempre. Nada sabia a sereia sobre aquele mundo, exceto o que havia sentido e presenciado. Um pequeno perigo que aproveitava a liberdade em uma cidade onde a Camarilla reinava soberana.

Os táxis iam e vinham na rua movimentada e não demorou até que ela e seu acompanhante conseguiam um. Deitada em seu colo, Arya permanecia reflexiva, pensando em todos os acontecimentos daquela noite. Como Blair tinha informações de sua senhora? Perderiam realmente tempo investigando alguém deturpado de terras distantes...? Ou teriam alguma ligação com ela, se fosse o caso, por qual razão? Eram várias as suas perguntas, mas nenhuma delas tinha uma resposta completa ou que lhe fizesse sentido. Poderia também ter sido uma traição de Tristan. Ele gostava de impressionar. Não lhe espantaria se nesse momento ele estivesse na cama com aquela vadia ventrue, lhe seduzindo para lhe roubar o poder. Seus olhos direcionariam-se ao jovem que lhe acompanhava, sem nenhuma emoção. Não queria um zumbi andando ao seu lado, queria alguém... "vivo". Como o maldito. –
Tenho grandes planos para nós, mon cher. - lhe tocava o rosto com as pontas dos dedos, usando um pouco mais de força que o normal para um gesto carinhoso, inclinando o corpo para cima para beijá-lo nos lábios. Quente e lento, o beijo inapropriado para um local onde com certeza aquele que dirigia lhes observava. Ao terminar, voltou seu olhar para o taxista, a língua tocando os lábios carnudos. Permanecia com aquele olhar indecifrável, o observando. Uma predadora à caça, felina em seus gestos. Talvez mais um lanche não fizesse mal algum.

Mas suas forças deveriam ser guardadas para o zumbi que havia guardado. Ele deveria estar fraco e provavelmente sugar mais o mataria. Tinha algum problema nisso...? Esboçou um sorriso sádico, imaginando o que poderia fazer e, quase imediatamente seu corpo reagia com repulsa. Até quando a incapacidade de ver alguém sofrer lhe atingiria? Não tinha sentido, por ser quem ela era, ter tais sentimentos a seres inferiores que serviam apenas para lhe satisfazer. Aquilo também deveria ser deixado para trás, junto com aquele Giovanni. Uma nova vida finalmente lhe aguardava de portas abertas.


O táxi depois de algum tempo estacionava na frente do hotel. Seu frágil brinquedo descia do carro, numa ordem de alugar o quarto pelas próximas duas noites para os dois. – “Peça para nãos nos incomodarem.” – era sua ordem máxima. Se ele tinha dinheiro para isso não lhe interessava. Ela pagou o táxi e logo ambos estavam no quarto. Não tão luxuoso, mas serviria para seus propósitos. A banheira era grande o suficiente para os dois realizarem seus desejos de luxúria, embora o jovem agisse apenas levado pelo seu encanto. Era frustrante para ela. Tanto pela ausência de prazer, quanto o uso de sua presença. O êxtase de uma mordida era incomparável...

Spoiler:


E, dentro da banheira, seus dentes roçavam a pele de seu alimento inofensivo, embebido no prazer que ela e seu corpo lhe davam –
Nada sobre sua vida, nada do que fez até hoje me importa. – Arya murmurava em uma mordida leve e outra, utilizando-se de toda sua força de vontade para ainda não ir além. Seu corpo movia-se conforme os gemidos do homem lhe indicavam o caminho para enlouquecê-lo – Tenho algo melhor a lhe oferecer, será meu pela eternidade. – suas unhas lhe roçavam as costas, com força suficiente para fazer com que algumas gotas de sangue lhe brotassem e manchassem a água, para desaparecerem em seguida. O cheiro finalmente lhe enlouqueceu... A ira que sentia pela rejeição de Tristan, o rancor que guardava de Beauchene, o homem que agora estava preso em suas garras. A imortal mordeu-lhe o peito, sugando grande parte de seu sangue. Aproveitava-se do êxtase do Beijo, do transe que ela o mantinha... A discrição sequer passava em sua mente.

Mordia, arranhava, lhe humilhava... Parecia realmente desejar que o mortal se perdesse nas asas do prazer carnal, vingando-se de tudo o que havia sofrido em alguém que sequer sabia o nome, deixando-se levar pela insanidade de seus próprios desejos. O único que lhe preenchia a mente era seu aliado ingrato, e depositava naquele corpo jovem tudo o que desejava causar a ele. Nada parecia ser o bastante até vê-lo quase morto naquela banheira, agora com a água em um tom carmesim. Toda sua frustração era liberada em cada ato cometido, cada gesto e cada palavra. Permaneceu horas ali, excitando-o e destruindo-o na mesma medida, observando-o implorar por mais já quase sem consciência. Destruía também a sua mente, e ria-se com isso. Murmurava doces juras de amor para atá-lo ainda mais ao seu encanto e finalizava, ao deixa-lo à beira da morte –
Você me pertence. Beba de mim, e viva para sempre em seus mais doces sonhos de volúpia. – num gesto lento e de modo que ele podia ver o que ela fazia, passou a unha no meio de seu peito, cortando a pele e fazendo seu sangue escorrer por seu corpo nu, elevado sobre a água. Pegou a cabeça de sua futura cria e o puxou para seu peito, ordenando – Beba meu sangue, não o desperdice. – e assim, a sereia fazia sua primeira cria. Por solidão ou raiva, não lhe importava. Era alguém o qual ela poderia dominar e controlar como desejasse.

Mas o que tudo aquilo lhe causaria quando seu mergulho insano se acabasse...?
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Mensagem por Dave Sáb Fev 19, 2011 3:59 pm

Assim que cheguei a sala do Regente, como era de se esperar, eu não estava sozinho ali, haviam mais 3 membros, mais 3 voluntários para a tal missão... 4 membros, 2 vagas, logo já imaginei que o Regente faria algum tipo de desafio para escolher os melhores. Enquanto esperávamos eu me mantinha calmo, concentrado, até a hora em que uma garota nos veio receber, seu olhar era feroz e até um pouco intimidador para os jovens, mas não para mim. Ela nos conduziu a um lugar diferente, não ao Regente como eu esperava que faria, mas sim a um tipo de mausoléu ... Reconheci o lugar quase de imediato. A antiga Capela, a mesma que eu ajudei a erguer no início, que eu freqüentei anteriormente, antes de meu torpor, a ultima coisa antes de acordar no mundo moderno de hoje. De pé onde o Regente costumava discursar antigamente estava Mia, que tinha assumido um cargo de muito prestigio depois que a Regente Hermione foi afastada do cargo ... Cada vez mais autoritária e perigosa, mas de uma beleza fora do comum, Mia era uma espécie de porta-voz do Regente agora. Nos ordenou que separássemos em duplas, eu logo me juntei com a única que conhecia entre os outros 3, Angelina Reppton, bela de fato, mas seria a minha adversária. A pequena menininha oriental nos explicou como seriam as disputas, e de fato, eu estava certo, seria uma disputa entre os grupos para mostrar quais eram os melhores, e eu tinha que ser um deles. Mas uma coisa que a pequena caniçal falou me perturbava, a ultima etapa do desafio, o tal "Duelo de Prata" ... "Melhor se preocupar com isso depois Dave.. concentre-se." ... E foi o que eu fiz, até que vi aquele tabuleiro de ossos, tudo muito bem esculpido, parecia mais .... Uma ‘obra’ de Vicissitude, malditos Tzimisces .... "Deixe a raiva de lado Dave, você tem q vencer o desafio e mostrar seu valor".

Mia escreveu:- Comecem.

Por coincidência ou não... Talvez um capricho do destino, as peças brancas já vieram voltadas em minha direção, eu começava como sempre fazia quando jogava com Victoria antes.

-Boa sorte a Nós dois... Só falei por educação, meu ambito era vencer rápido, sem chances de qualquer surpresa.

Movia o Peão a frente do Rei (casa E-2) duas casas a frente, assim a Rainha e o Bispo já ficariam livres para se mover e começar um ataque, seria um jogo rápido se tudo corre-se como o que eu planejava dentro de minha mente.
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Mensagem por Tristan Thorn Sáb Fev 19, 2011 10:12 pm

Cena: Arya
Horário: 02h10



Tendo as veias astrais entupidas com o oriundo veneno do desprezo, apenas ódio eclodia dentro do coração escuro da Sereia. Ser rejeitada, pisada, humilhada, menosprezada e ignorada... Quanto mais ele a faria provar dos próprios ideais? A Trilha de Lilith é o sentido da não-vida de Arya, contudo, qual impacto a Trilha exercia nas convicções dela?

Oca, a Filha da Cacofonia entrou num dilema de ideal. Para qual rumo trilhar? A resposta estaria nos dogmas da Mãe Negra? Ódio e tristeza, sentimentos mundanos, todo esse conflito destroçavam a mente de Arya. Sozinha no próprio âmago sentimental, entre dor e prazer, tudo estava monocromático e sem vida.

Acabou por transformar um sujeito que nem sabia o nome em vampiro. Ela tomou todo o sangue dele, deixando escorrer o restante no ralo da banheira. Finalizando o rito do abraço, a Cantora cortou o seio, fazendo-o beber o precioso néctar. Estava feito, o até então sem-nome é um cainita, um Filho da Cacofonia.

Quando ele terminou de beber, arregalou os olhos, segurando Arya à força, domada pelo homem, a Sereia se via presa, enquanto o sem-nome a drenava mais e mais [totalizando +5 pontos de sangue, num total de 6 pontos de sangue]. Do nada, ele volta a si, ficando assustado. Porém, graças ao Transe, as emoções do novo vampiro ficavam reprimidas. O olhar de susto é cessado, voltando ao outrora olhar de devoção. Ele permanece em silêncio, inerte.






Cena: David
Horário: 02h47



A partida começou com truculência. Nenhum dos dois nutria paciência para um jogo mais tático – ou nenhum deles sabiam jogar com maestria. De qualquer forma, o troca-troca de peças se iniciava. E não é que o jogo reservava surpresas? Quando o primeiro peão foi perdido, David sentiu um estigma brotar no próprio corpo, um corte, como se tivesse feito por uma faca muito afiada. Cada peça perdida, mais danos no corpo. Perder o cavalo provocou dores fortíssimas na cabeça, perder o bispo provocou suor de sangue. Quando as torres se foram, o antebraço parecia ferver por dentro.

Spoiler:

Tensão cobria todo o salão paroquial. O cheiro de mofo, contrastado com o suor de sangue dos quatro participantes, definitivamente, dava um aspecto bizarro naquilo tudo. Dave e Angelina estavam sujos de sangue, cortados por forças invisíveis e com fortes dores na cabeça. Depois de duas horas de jogo, eis o xeque-mate de Angelina, num erro de cobertura por parte do bispo de David, o primeiro teste chegava ao fim.

Spoiler:

Exaustão mental era sentida por ambos. Angelina estava esgotada, assim como David. A bela ruiva ostentava um tímido sorriso na face, sabia muito bem que abrir com uma vitória foi importante, mas não poderia se gabar. As provas continuariam num tom severo.

Não tinham tempo para pensar. Como David perdeu, ele acabou sendo chamado primeiro por Mia. Era a prova oral, estava na hora de saber o quão intelectuais eram os aprendizes. Mia inundou Dave de perguntas, história dos clãs, história dos cainitas em geral, lupinos, magos, etc...

Spoiler:


Com o término da prova oral, Mia analisava as respostas. Ficou pensativa por alguns minutos, olhando para Angelina e acenando positivamente com a face. Mais uma derrota para David.

- Penúltima etapa, execução de ritos. Existe um círculo taumatúrgico no chão. Vocês precisam jogar o próprio vitae no núcleo do círculo e, por fim, tentarem executar um rito básico qualquer. Se o Ritual ficar perfeito o símbolo do clã Tremere brilhará em azul, quanto mais próximo do azul, mais requintado foi a execução – explica Mia.

David Blank treme por dentro, é tudo ou nada. Caso perder a terceira prova, já era. Os dois círculos brancos estavam lado a lado. Angelina estava pronta.

- Provem que são Tremeres de verdade!

Tristan Thorn
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Mensagem por Pri Dom Fev 20, 2011 10:44 am

Sozinha e sentada nua no meio da cama, os cabelos ensopados e pingando um misto de água e sangue no lençol cor de creme, abraçada às próprias pernas com o rosto inexpressivo apoiado nos joelhos dobrados. Fitava a si mesma pelo espelho, colocado por ela na beirada da cama, após ter arrastado a penteadeira. Sua cabeça, seu corpo e seu coração morto gritavam cada um deles uma atitude diferente. Quem afinal era aquela que havia surgido na banheira, cruel e onipotente com uma criatura indefesa e que lhe olhava, abaixado ao lado da cama como um cachorro acuado por seu dono.

A sereia buscava em seus próprios olhos as repostas para o que lhe fazia sofrer. Os últimos acontecimentos lhe torturavam... Sequer era adepta de beber sangue, sua existência era maldita naquele mundo e agora ela havia estendido sua maldição à outro que sequer sabia o que era agora. Arya era como sua senhora...? Tão cruel e vil quanto ela, capaz de ferir os outros para deliciar-se, aprazer-se do choro e dos gritos de piedade iguais ao que ela, Arya, havia feito em sua prisão escura e de ar pútrido. La Dulce Virge... Lembrava-se com clareza do momento de seu abraço, todas aquelas pessoas assistindo como se estivessem em um show de horrores. E agora conseguia se lembrar com clareza da força com que ele havia lhe segurado após beber de seu sangue e a repulsa que lhe invadiu, o forte sentimento de empurrá-lo para longe. Como se atrevia a fazer algo que ela não havia ordenado?!

Porém ele parecia ter já a força de um cainita e ela nada conseguia fazer para libertar. Tão rápido quanto havia lhe prendido, ele lhe soltava num olhar assustado, provavelmente sem entender o que lhe acontecia. Aquele olhar foi o suficiente para fazê-la recobrar a sanidade e ampará-lo. Tal qual uma mãe que castiga um filho e depois o acaricia, ela fazia agora, envolvendo o jovem em seus braços. A mesma mãe que castiga é a mãe que ama, toda dor que ela lhe aplica era para lhe ensinar a ser melhor. A seguir o caminho da iluminação. Era aquilo que sua senhora havia lhe ensinado e agora ela entendia. Lutar contra a Mãe seria lutar contra aquilo que ela era. Mas agir conforme a Mãe ordenava, matava aquilo que ainda mantinha parte dela humana.

A parte que ela deveria esquecer. A parte que Tristan havia salvo e que ela tanto odiava... Aquilo também precisava ser deixado para trás. A sereia soltou o recém-criado e ficou em pé na banheira, seus cabelos rosados lhe cobrindo parcialmente os seios e o corpo nu. Sem dedicar-lhe nenhum outro olhar, ela seguiu para o quarto deixando um rastro de água e algumas gotas de sangue. Gritava por dentro, brigava e matava. Ali, ela começou a arrastar os moveis, a jogar almofadas, bagunçar lençóis e os jogar para outro lugar. Era como morrer novamente, era como suicidar-se. Precisava sufocar todo aquele sentimento de pena e aceitar quem ela era, aceitar que tudo aquilo que passava era necessário para alcançar sua Mãe, a mãe de todos. Só assim poderia ensinar à sua assustada cria toda a beleza de ser um imortal.

E, encolhida na cama, ela sentia a inocente e bela cantora morrer. Uma nova consciência nascia, banhada em sangue e sofrimento. Devagar, a cainita inclinou o corpo para o lado, apoiando os joelhos na cama –
Venha, mon coeur, venha. – Murmurava entre os dentes, estendendo a mão para sua cria – Venha para mim. – O tocou no rosto, enquanto ele subia na cama para junto dela. Deitou a cabeça de sua criança no colo, um sorriso doce e malicioso nos lábios – Você agora é como eu. Somos cainitas, o que você deveria conhecer como vampiro, em sua vida. Seremos belos e imortais para sempre, predadores da noite. – suas palavras eram quase cantadas, enquanto brincava com os cabelos do jovem em seu colo – Beberemos o sangue dos apaixonados, e ensinaremos para eles que a dor é o único caminho do amor. – Insano, era o que poderia ser dito sobre seu olhar.

Diga-me, mon petit... Qual é o seu nome? Ou como deseja ser chamado, a partir de agora? – O tirou de seu colo e o deitou na cama, passando uma de suas pernas por cima de seu novo brinquedo e ficando em cima dele. O beijava no peito nu, no pescoço, rosto, lábios... – Sente sede...? Fome? Seu alimento agora é sangue... Deve aprender a encantar, a manipular sua comida para obtê-lo. Não é tão difícil... – E o deixou na cama. Procurou no quarto sua bolsa com o celular e ligou para Richard. Ainda poderia fazer algum uso daquele carniçal naquela noite... E ele poderia contar as boas novas para Tristan. Que finalmente estavam livres um do outro. Quando o lacaio atendeu o celular, pedia que lhe trouxesse algo para se alimentar. Uma jovem garota ou garoto, um adulto jovem seria provavelmente melhor para retirar algumas suspeitas. Deu-lhe o endereço do hotel e aguardaria sua presa junto com sua cria, lembrando-o também para trazer algumas roupas limpas para ela e para um homem. Caso o lacaio negasse sua ordem ou não atendesse sua ligação, nada faria. Não precisava dele realmente, poderia conseguir facilmente uma presa e roupas. Antes, tinha coisas mais importantes para resolver.

Desligou o aparelho e enrolou-se em um dos roupões cedidos pelo hotel. Era a desvantagem de ter deixado tudo no quarto e carro alugado pelo Giovanni detestável, mas em breve voltaria para seu clube, não tinha intenções de continuar naquela cidade. Guardou o aparelho de volta em sua bolsa e voltou para a cama, sentando-se ao lado da criança da noite -
Muito bem... Vamos conhece-lo melhor. Qual seu trabalho, mon coeur? Tem família...? Fale-me um pouco mais de você, para que possamos resolver sua nova vida. – Seria um problema tê-lo como desaparecido e policiais em seu rastro. Agora percebia a comodidade que era capturar órfãos... ninguém para dar satisfações.
Pri
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