Uma verdade, diversas mentiras! FINAL!

E todo o plano do imortal ocorreu sem nenhuma eventualidade. Um homem num canto agonizando até a morte. Bill sendo esmagado sem qualquer chance de defesa diante do reflexo do abismo. Jack partindo para o ataque que o Sabá estava a tanto tempo aguardando, talvez de certa forma o proprio Crowley teve sua participação para que isso ocorresse. Mesmo que não haja nenhum comprovação sobre isso, com o xerife fora do caminho o ataque de ambos seria um verdadeiro sucesso. Os tentáculos trazem seu premio, o imortal rodeado pelas sombras, esmagado, imóvel. A madeira perfura seu coração lentamente, sua camiseta encardida molha com o sangue que se esvai aos poucos.

- Teve o que você queria, não é mesmo?? - Ele pergunta com odio no olhar.

Aquele mesmo olhar, aquelas mesma expressão se congela no seu rosto quando finalmente a estaca chega em seu coração. Crowley se aproximava do imortal, um de seus braços sombrios se enroscam em volta da vitima, esta não se contorce, não se debate, apenas sussurra uma oração com a voz embargada pelas sombras. Os dentes do imortal se aproximam da sua vitima.

- Por... Favor... - Ele implora - Eu faço... Qualquer coisa... - Ele luta para que o som de sua voz seja ouvida - Qualquer... Coisa... AHHHH - Ele expulsa o ar de prazer quando seus caninos perfuram sua carne.

O mortal era silenciado. O sangue enchia sua boca. Era delicioso. Aquele liquido, o sabor. O imortal tem que lutar para se afastar daquele saco de sangue humano. Ahh como queria devora-lo por inteiro, se banhar em seu sangue e agonia. A besta se agita quando seus caninos se desprendem. Mas colocando a missão em primeiro lugar crowley procurava alguma coisa para que pudesse forçar aquele mortal a obedece-lo, mas não encontrava em lugar nenhum uma seringa. A noite avança, o ataque logo iria acontecer.

[STATUS] Crowley
PDS – 7/15
FDV- 3/8
VTL – 3/7 - Ferido  -1
MDF – +3 Vigor + Destreza / Colete classe 2 - Penalidade -1 destreza.

A noite avança lentamente. Por tudo que havia passado, se surpreendia por ser tão cedo ainda. Logo o carniçal do príncipe entrava pela porta, dava uma longe olhada na sala e firmava seu olhar em stwart. Era educado e aguardava o mesmo terminar a canção que estava tocando no piado para após informar que o príncipe estava aguardando-o em sua sala. Por um momento Scarlett se via sozinha, olhando com melancolia todas aquelas teclas, tocando levemente e então levantando o olhar. Ela percebi Giulio sozinho.

- Giulio, não é mesmo? - Ela pergunta com certa animação em sua voz de uma menina - Venha sente-se comigo! - Ela olhava para o lugar que Stwart desocupou. - Sabe tocar alguma musica? - Pergunta ela passando as mãos nas teclas. - Eu sempre tive vontade de aprender, mas nunca chegarei aos pés de Franz Liszt.

- Droga! Achei que tínhamos nos livrado dessa chatice - Sussurra o garoto a sua frente.

A garota solta um risinho e encosta a cabeça nos ombros dele para esconder o sorriso, conforme olhava para o garoto, ele devolvia o olhar e o firmava como uma forma de provocação e arrogância.

- Certas criaturas nunca saberão apreciar uma boa musica.

Por mais que os seculos avançavam e a roda de Samsara girava, o mundo se modificava drasticamente. Mas uma coisa persistia em continua a mesma, e isso era as pessoas. Igor erguia os ombros, mantinha a cabeça levantada. Se tinha uma coisa que ele conhecia naquele mundo era as pessoas. E aquele ali na sua frente não seria diferente. Era nítido para o imortal que ele queria algo do Ravnos, devido a seus recursos desde jovem, todos ao seu redor sempre desejavam alguma coisa dele. Era as vezes cansativo. E muitas vezes Divertido. Nada melhor do que ver elas fazendo suas vontade para ter as migalhas de seu dinheiro. O segurança permanecia a uns 3 metros deles, atento para qualquer eventualidade. O "mão" sorria alegremente.

- Atuar? - Ele diz voltando a se sentar - Belo uso da palavra. - Ele dava uma longa tragada enquanto ouvia atentamente o que o ravnos tinha a dizer - Se ter onde gastar esse dinheiro é um fardo pra você, minha proposta será de grande valia essa noite - O homem robusto tirava de dentro do casaco um isqueiro e passava ao imortal - Gosto da sua visão, na verdade percebo que podemos nos ajudar muito nesse quesito. - Ele apaga o cigarro na cadeira - Sabe, eu ocupo um cargo importante na cidade de Chicago, quero levar a era moderna até ela, mas o príncipe retrograda sempre com punhos de ferro impedem meu avanço. - Ele fica por um momento observando janela - Imagina as ruas sujas com o sangue do Brujah, ou qualquer outro que desagrade o príncipe. - Ele volta a encarar o imortal - É assim que as ruas de Chicago se encontram. Todos os dias os sumiços dos Anarquistas se tornam mais frequentes, mais claras para todo mundo. É por isso que reuni reforços, alianças feitas sob o pano, nas sombras. - Ele se aproximo do imortal, ficando lado a lado com ele  - E é por isso que eu preciso de você, preciso que nos fornece o armamento e o transporte. E depois que tudo isso passar, terá toda a segurança e conforto dentro daquela cidade, porque não seu próprio domínio? Tudo isso poderemos conversar mais pra frente.

As cartas eram postas na mesa. Sem enrolação. Sem delongas. Tudo que Igor precisava saber estava bem diante de sua face. Mão não deixava espaço para duvida. Mas valia mesmo o risco? Ele havia falado sobre as vantagens que teria caso obtivessem sucesso, mas o que o fracasso ocasionaria ? Perguntas e mais perguntas se assomam na mente do imortal.

Spoiler:

A confiança podia até mesmo brilhar em seus olhos. Não havia medo ou receio. Mesmo que ela nunca tenha aprendido a dirigir aquela caixa de metal, e como poderia? Passou boa parte da sua vida em um orfanato, sem pai ou mãe, logo depois mudou de prisão ficando encarcerada, sem o direito a ter um namorado ou mesmo uma vida normal. Mas esse era o destino dela, talvez Deus quisesse desse jeito. Seria menos doloroso, afinal não teria que deixar nada para trás para seguir seus passos. Sem nenhum arrependimento ou duvidas. O carro ligava, O motor ronca como uma fera faminta e cansada, o veicula partia rumo a cidade, mas por uma rota mais demorada e deserta. Esse era o plano.

Spoiler:

Malika seguia as instruções de sua mentora. Sabia por onde veio, agora teria que sair por outro lugar, um caminho pouco utilizado para não se deparar com "aqueles" que puniram Carmem por suas transgressões. Seja lá quem for, não poderia esperar que fossem piedosos com ela, afinal de contas, ela mesmo esteve no local, poderiam julga-la como cumprisse, ainda mais sendo ela cria de uma das cabeças ali dentro. Conforme andava as ruas se tornavam mais estreiras, quase sem iluminação nenhuma, ladeada por vegetação que invadia a estrada de terra. O carro sacudia e balançava conforme a imortal guiava por aquelas ruas esburacadas. Cerca de 20 minutos depois ela conseguia chega na auto estrada. Em segurança. Agora era só uma questão de tempo para chegar no Elisio e contar todas as novidades ao principe.

Spoiler:

Malika finalmente chegava até o centro da cidade. As ruas se fechavam ao seu redor. buzinas. Gritos. Palavrões. Os humanos apressado com suas vidas vazias e futeis. Vidas tão breves. Talvez seja por isso que os tornava tão apressados. Malika deixava o carro com o manobrista que lançava um olhar assustado ao ver o veiculo. Estava finalmente no Elisio principal da cidade, aquele que nunca se encontrava fechado e que recebia mais atenção do principe. O teatro originalmente conhecido como Balaban and Katz, construído em 1921. Existia muito outros teatros pela cidade, e aquele ali estava longe de ser um dos melhores, talvez o mais antigo. Provavelmente muitos membros daquela cidade tinha historia com aquele teatro, com sua arquitetura neoclássica, foi considerado marco histórico de Chicago em 83 e decretado como um dos Elísios da cidade. Mantendo assim as mãos sujas dos membros ambiciosos longe daquele Edifício.

A cainita suja e desleixada logo ganha passagem livre para dentro do teatro. Os corredores são escuros. Alguns peças já estavam no seu termino no interior das salas. Caminhando mais um pouco chegava numa ante sala. Com alguns sofás e poltronas. Malika sabia que numa daquelas salas ficava o gabinete do Príncipe. Lugar onde entrevistava novos membros e se reunia com a primigenie. O Elísio estava vazio aquela noite. E ainda não havia chegado ao grande salão onde os membros se reuniam.

- Em que posso ajudar, senhora.

A voz vinha de sua retaguarda. Era um dos carniçais do príncipe que servia os membros ali dentro e também garantia a segurança de todos. Ele era negro, tinha 1,85 de altura. Braços fortes em baixo de uma blusa social larga. Sem cabelo nenhum no couro liso como o mármore em cima de sua cabeça. Ele olhava com submissão. Mantendo o olhar baixo e os ombros caídos.

[STATUS] Malika
PDS – 6/13
FDV- 3/6
VTL – 7/7 (Saúde perfeita)
MDF – +1 Destreza -

Antony zomba do anarquista sem se importar com o dialogo que ele tentava em vão começar, se achava que Crowley faria um monologo como nos filmes, estava enganado, infelizmente tinha uma missão a cumprir e o tempo estava correndo. MERDA! O ataque já havia começado, Lucy e todo o bando necessitavam das informações, precisavam deixa-los a par dos ultimos acontecimentos para que assim começasse o verdadeiro show. Por isso comandou suas sombras para longe do galpão, uma brecha para que pudesse conversar sem problemas com Lucy. O telefone tocava algumas vezes e logo era atendido por seu lacaio. Smith. O infeliz fazia todos os tipos de sujeira para Lucy, até mesmo atender os telefones, coisa que ela mesmo detestava. Alguma coisa nessas tecnologia modernas a deixavam incomodados e de temperamento irritado.

- Sinto muito, mas Lucy não esta no momento - Crowley percebia uma certa hesitação dele.

Talvez fosse medo. Transmitir noticias ruins não era agradável para ninguém, ainda mais para um membro do sabá. Após falar alguma coisa com Smith, Crowley retornava até sua mortalha sombria e retirava o mortal dali de dentro com o auxilio de seus braços extras. E então surgia das sombras. Toda aquela cena parece apavorar ainda mais o mortal que ofegava no meio dos tentáculos. Incrédulo. Vulnerável. Parecia uma daquelas vitimas que eram salvas de afogamento. Mas não estava muito longe disso, bastava trocar água por sombras. Bastava trocar luz por trevas.

- Qualquer coisa senhor - Ele diz fraco e mal conseguia abrir os olhos. - Isso será fácil senhor, eles estão indo ao Teatro de Chicago no centro. Eles pretendem explodir tudo antes de começar o ataque. As bombas já estão cronometradas para explodir as 3 horas da manha.

Olhando no relogio eram 5 pras 2 da manha. Teria pouco tempo até estarem preparados para o ataque. Pessimo momento para que lucy ficasse longe do telefone. Percebendo o olhar irritado do vampiro, o mortal começava a balbuciar alguma coisa, somente se aproximando conseguia entender o que dizia.

- Por favor.. Me leve com vocês ou eles me mataram - Ele dizia já perdendo as ultimas forças.

O mortal parecia com medo, medo demais para perceber a escolha que estava fazendo. O infeliz não sabia que com isso estava praticamente vendendo a alma para o demônio. E os Anarquistas não eram nada se comparado ao lasombra e ao sabá que estava por trás dele.  As vezes se paga um preço alto demais pela inocência.

Off: Ela só tem um numero de celular, vai mandar sms pro Smith mesmo?

O guardião não tinha outra alternativa se não deixar o recado com Smith. Contava a ele sobre o xerife destruído, informava sobre o ataque e sobre a Van que utilizariam. Talvez eles tivessem algum meio para poder localizar tal veiculo. Mas seria muito improvável, a influencia deles na cidade era quase zero. divagava sobre a miséria de sua não-vida. As surras. facadas. Tiros. Porra, estava totalmente fodido aquela noite. Por onde ia, alguém tinha o prazer de lhe ferir. Merda! Porque as coisas tinham de ser daquele jeito. Se tivesse se banhado no sangue de todos aqueles infelizes não teria que passar por aquilo. Na desavidão de Lucy existia beleza. Sua mentora ainda tinha muito a lhe ensinar.  

Com as novas informações, Crowley percebe a importância de passar as informações ao bando. Essa era sua missão, seu dever. Tentava se lembrar de outro numero de telefone mas não conhecia ninguém do bando, somente sua mentora era sua ligação com aqueles caras tenebrosos. Se lembrando de onde estavam percebia que estava mais próximo a eles do que eles do Centro. Seria mais fácil ir até eles e contar tudo.

Crowley retornava até o mortal agonizando. Sabia que ele não duraria muito sem cuidados médicos. Mas Bill iria onde quer que o guardião o levasse, estava totalmente a mercê de sua vontade. Imóvel. Indefeso.

- Todas as bombas que serão utilizadas. - Ele sussurra. - Eu as preparei - Mesmo fraco e totalmente sem forças, podia notar um pequeno sorriso em seus lábios, até mesmo um toque de orgulho em sua voz - As 3 horas da manha você verá do que sou capaz. - Ele fecha os olhos. Estava fraco demais para dialogar. Cada palavra. Cada silaba era necessário um esforço tremendo. - Sobreviver. Não peço muito dessa vida miserável. - Ele diz se entregando ao cansaço e sono que batia em sua mente.

Spoiler:

Rosemberg se aproximava em passos lentos de sua primigenie. Passava os dedos pelas teclas frias. Se lembrava de tantas musicas. Tantas historias. Quantas noite solitarias passou ouvindo aquelas musicas com a companhia de seu pincel. Mas qual deveria tocar tocar. Qual seria digna de Scarlett. Por mais que tivesse outros compromissos, se desfazer de sua primigenie era praticamente um suicidio social. Ou talvez ainda pior. Por isso deveria trata-la como sua rainha. Somente alguém com poder absoluto poderia não se importa com o Status quo. Scarlett sorria quando se referia a Stwart.  

- Não seja modesto. - Ela dizia antes de ouvir as palavras do imortal sobre a musica - ora, vejam só! Um amante da musica clássica.

A anciã de deixava levar pela musica. Ficava ali parada, apenas escutando os dedos de Giulio deslizando pelo teclado. Por mais que não tivesse pratica naquele instrumento, reproduzi-lo apenas de ouvido se tornara algo mais facil do que imaginara.

- fez uma exelente escolha - Dizia ela saindo de seu transe - Beethoven compôs essa musica para a donzela que propôs em casamento. Foi apenas uma escolha aleatoria ou devo imaginar algo a mais? - Ela dizia sorrindo, brincando com o coração do jovem.

O perfume dela ela enebriante. sua aproximação aflorava o libido adormecido do imortal. seus olhos penetrantes. Seus lábios simétricos. Tudo nela gritava a perfeição. Poderia passar horas em seu atelie reproduzindo até os menores detalhes de sua beleza. Aquela beleza exótica e moderna. suas roupas escuras. Ou quem sabe sem nenhum daqueles tecido. Totalmente nua. Podia imaginar cada curva de seu corpo. Giulio percebia que estava começando a se deixar levar pelos seus vícios.

- Sei que já é tarde e que provavelmente tem seus compromissos para essa noite. Mas será que posso rouba-lo por um minuto? - Percebendo a indecisão do imortal ela continua - Vamos. Levará apenas um minuto. - Ela dizia um pouco mais seria agora como se fosse uma ordem - Prometo que não vamos criar nenhum escândalo como nossos compositores prediletos - Ela sorria agora graciosamente

Ela então se levanta e se dirige a saida. Parecia que ela queria leva-lo para outro lugar.

Igor Saldanha, o Cigano da Lanterna Dourada

Em algum canto sujo de Chicago me aventuro para ouvir o que o Mão tem a dizer. Ele é bom, profissional das ruas ao que parece, o segurança ali me trucidaria rapidamente... isso se eu não virasse um corvo e saísse voando pela janela antes.
Agradeço o isqueiro e dou atenção a amargura do sujeito a minha frente.

o Mão escreveu:[...] mas o príncipe retrogrado sempre com punhos de ferro impedem meu avanço [...] sumiços dos Anarquistas se tornam mais frequentes [...] preciso de você [...] poderemos conversar mais pra frente. [...]

"Puxa, sujeito direto, há de ser considerado mesmo..." - enquanto ouço concordo com a cabeça, anotando mentalmente alguns trechos. -"...oras, eles só precisam de umas armas e uma carona... hahaha"
-Entendo. - dou um longo trago em meu cigarro de cravo enquanto o encaro dramaticamente. -Eu posso conseguir armas, sim, vem de NY, estariam aqui em alguns dias. Carros para fuga? Posso até pilotar para você. Com a quantia certa, podemos armar uma pequena milícia que deixaria os africanos com muita inveja!!!
Tento não olhar para o segurança, não tive a intenção de ofendê-lo, mas constantemente faço isso com minhas piadas.
-É só isso que precisa para derrubar o príncipe da sua cidade? Tem certeza que já encontrou o forasteiro idiota pra assumir a culpa caso tudo dê errado? Esse é um papel muito importante numa tomada de um reino, Mr. Hand!
Sorrio gentilmente observando sua reação.

Teste de Empatia para sentir emoções e motivações do senhor Mão:

-Se permite mais uma pergunta, o senhor quem assumiria o Principado de Chicago após o golpe, ou se tornariam Independentes?

Estava na hora. Já havia perdido tempo suficiente ali dentro daquele galpão desde que Bill tentara interroga-lo. Imbecil. Agora ele estava sendo arrastado como um saco de coco pesado. Com o mortal ele tinha um pouco mais de cuidado, deixava uma brecha para o mesmo pudesse respirar. Tinha planos para seu futuro, e se conseguisse aguentar as bizarrices dos sabas, poderia muito bem vir a calhar. Com aquele temperamento submisso dele, talvez pudesse ficar vivo até se tornar útil de alguma forma. Mas deveria ter cuidado, bombas eram uma coisa perigosa e nem todos os vampiros ficariam confortáveis em ter que lidar com explosivos.

Spoiler:

Saindo do galpão, crowley carregava novamente seus novos espólios de guerra. No meio do caminho, suas sombras buscavam sua katana, quanto, não muito longe dali, cerca de uns 9 metros, percebia uma cabeça lhe observando atrás de um tanque velho de metal. Não espere... Não estava somente observando. Pelo objeto preto em suas mãos ficava claro. Ele estava mirando. Era tarde demais. Os disparos silvar por todos os lados. Criando faíscas no chão de concreto e zumbindo ao seu redor. Mas nenhum bala conseguia acertar o imortal. O infeliz não conseguia segurar o recuo da arma. Que lastima. Ele largava a arma no chão e começava a correr.

[STATUS] Crowley
PDS – 7/15
FDV- 3/8
VTL – 3/7 - Ferido  -1
MDF – +3 Vigor + Destreza / Colete classe 3 - Penalidade -2  destreza

- Me siga. Não tenha medo- Ela diz se encaminhando até o corredor.

Ambos os imortais atravessam o saguão e sobem as escadas. O movimento do Teatro já estava quase no fim, eram 10 pras 2 da manha. Em meio aos corredores podia notar alguns membros que estavam no local. Não os conhecia muito bem, mas já os tinha visto em outras ocasiões. Mortais por outro lado só restava os funcionários normais do teatro e os carniças do principe. Até mesmo o zelador estava lá. Grag Back. Um malkaviano excêntrico que o príncipe confiava. Subindo ainda mais as escadas, Giulio chegava até o terraço.

- Venho aqui as vezes espairecer sobre algumas coisas que me incomodam. - Diz ela se aproximando da beirada.

A paisagem era linda. O céu negro manchado pelas nuvens cinzentas. Os prédios apagados até aonde sua visão alcançava. O transito se fazendo presente até mesmo aquela hora da noite. A brisa gelada lhe trás sensação de liberdade. Frescor.

- Fiquei sabendo que esteve em minha boate, em companhia de Madilda. - Ela diz, como se jogasse conversa fora, mas o imortal sabia que ela queria chegar em algum lugar com aquilo - A tensão com os anarquistas vem mudando. A insatisfação com o príncipe vem aumentando. Os membros estão divididos nessas ultimas noites. Não confiam mais em Richard - Ela diz olhando a paisagem. Richard era o atual príncipe. - Por anos ele nos manteve segura. Os sabás longe. A população de membros estaveis. Agora todos se voltam contra ele. Sei que esses sumiços dos Anarquista não tem nada haver com o príncipe. Como Matilda muitas vezes fez parece - Ela agora olhava nos olhos do imortal. - Confia nela ? - Ela perguntava  realmente parecendo estar intrigada.

Em algum canto sujo de Nova Iorque. Dois imortal barganhavam acordos escuros sobre uma possível guerra civil em Chicago. Ambos tinham muito a ganhar naquela aliança, mas ambos escondiam segredos sujos. Saldanha não chegou na América sendo um tolo. E nem mesmo sobreviveu por tantos anos sendo estupido, ainda mais sendo herdeiro de um império, com tantos abutres de olho. A proposta do homem que se denominava mão era boa demais para ser verdade. Ele podia estar escondendo alguma coisa. Mas no final, quem não escondia não é mesmo?

Spoiler:

- Só isso?? - Ele ri alto - É claro que não. Mas de você, eu vou esperar somente isso. As outras peças já estão sendo organizadas e estaremos prontos no devido tempo.

Por mais que aquele homem tenha seus segredos e suas ambições. Ele parecia naquele momento dizer a verdade. E ligar Igor até as armas não seria uma tarefa facil, a menos que ele deixasse isso facil para os demais.

- A guerra contra os anarquista me deu brecha para duvidar da competência do príncipe. Eu seria o mais novo príncipe de Chicago. - Ele diz sorrido

- E então, temos um acordo? - Ele pergunta estendendo a mão.

Pela graça do Divino eu me safava uma vez mais, estive diante do perigo, diante da verdade e Deus me guiava para fora do caos como a única messias viva dentre todos os perdidos nos próprios caminhos. Transbordava dúvidas, anseios e meias verdades, havia chegado ao ponto máximo de minha jovial Jyhad, tempos onde não podíamos confiar em mais ninguém, porém, dentre todas minhas imponderações, Carmem ainda de fato se importava comigo, me expurgava daquele recinto me direcionando para buscar a paz, um elo empático que talvez pudesse me revelar uma centelha de humanidade perdida dentro de sua rígida e perturbada alma.

Meus passos apressados ecoavam pelos corredores escuros, meu estado deplorável revelava que minha noite havia sido conturbada , as roupas carregando as sujeiras e manchas do beco, os cabelos ainda úmidos revelavam-se desgraçados  devido a forte pancada que eu havia recebido no encontro com Katrina, os olhos negros e profundos brilhavam de medo ao lembrar da execução do Nosferatu, e a mente perturbada ainda revisitava a tortura que o Primógeno sofria... Apenas pressa, dor e desespero habitavam meus movimentos, meu cenho maculado pela Jyhad transbordava as verdades da minha sina e talvez a minha alma ainda revelaria-se sentenciada pela maldição de Katrina.

-Preciso falar com o Príncipe... -Preciso falar com o Príncipe... -Preciso falar com o Príncipe... -Preciso falar com o Príncipe... -Balbuciava repetidamente para mim mesma enquanto os passos apressados e o olhar perdido procurava pela presença do Príncipe, as mãos vez ou outra eram direcionadas nas paredes dos corredores servindo como uma freio para cessar os passos vigorosos e desesperados, um dos caniçais do Príncipe não entendia minha urgência, parecia letárgico e descompromissado com real urgência que eu precisava, e suas formalidades não se enquadrava naquele momento de extrema urgência.

-SENHOR GODMAN... SENHOR GODMAN... Berrava com o desespero da minha urgência ao passo que violava a privacidade que cada porta revelava dentro de sua sala, quando indagada pelo negro, eu o olhava com espanto, lembrava de Boo por alguns segundos e lembrava daquele porrete me acertando agudamente, meu olhos cerravam-se e meus braços se levantavam para me proteger, e dessa ultima vez a fala saía melindrosa e tremula. - Preciso falar com  Richard Godman, um ataque se aproxima...

Spoiler:

Estaria os deuses mais presentes agora? Nenhum dos disparos chegava a acertar seu corpo, passam longe disso. O sujeito começava sua corrida, mas como correr das sombras? A mortalha negra e densa era invocada mais uma vez aquela noite, para assim subjugar seus inimigos. O homem se apavorava diante das trevas, com isso acaba tropeçando nos próprios pés. Seu corpo tombava para frente e caia desajeitadamente. As sombras encurralavam o homem e o deixa desesperado por salvação. Era degradante ter de parar para assistir aquela cena. O imortal seguia seu caminho, tinha compromisso, buscava sua bengala e corria até o carro. Em uma ultima olhada para o mortal, mesmo desesperado e sufocando, ele persistia para fora da mortalha e para dentro dos galpões abandonados. Crowley tentava alterar o rumo das trevas dentro do Galpão que conjurou a pouco, mas era inútil. Ele continuava sua corrida alucinada e as sombras se movimentavam de maneira lenta.

Spoiler:

Colocando ambos no porta malas, um fio de sombra segurava ambos ali dentro. Os tentáculos dos remendos de sombras de suas vestes se fundem novamente ao seu corpo lhe dando proteção. Dessa vez, a ligação caia na caixa postal.

[STATUS] Crowley
PDS – 6/15
FDV- 3/8
VTL – 3/7 - Ferido  -1
MDF – Colete classe 5 - Penalidade -3 destreza.

Igor Saldanha, o Cigano da Lanterna Dourada

Enquanto aquele homem fala, presto atenção em seus movimentos, seus trejeitos. Sempre com meu belo sorriso no rosto.

o Mão escreveu:-A guerra contra os anarquista... Eu seria o mais novo príncipe...

Concordo com a cabeça, lançando um olhar confiante. Admirado, talvez.
"E sempre! É tudo sobre poder..."

o Mão escreveu:- E então, temos um acordo?

-Claro! Quem não gostaria de contribuir para uma baguncinha em Chicago? E concordo, sobre o tal príncipe ser incompetente... afinal és tu que me tem ao seu lado.
Estendo a mão, peço a lista de equipamentos que ele precisa, se tiver, e saio dali.

Meu primeiro ato após essa noite será tentar descobrir algo sobre o Príncipe de Chicago.
"Hmmmm será que é o mesmo da época do incidente com o Sabá?!"

Urgência. Passos rápidos. Portas fechadas revelando salas e banheiros vazios. Precisava encontra-lo. Precisava tirar do peito aquela informação. Um ataque iminente era prevista, talvez aquela noite, talvez no dia seguinte. Não-vidas amaldiçoadas estavam nas mãos de Malika naquele momento. O segurança se aproximava tentando entender o que estava acontecendo, quando a vampira se protegeu assustada, o enorme segurança preferiu manter uma certa distancia. Não chegava a estar assustado, mas receoso.  Malika já o conhecia de longa horas que passava pela Elísio. Ele nunca lhe fez mal, nunca lhe olhou estranho, mesmo agora, toda imunda e eufórica, ele não lançava nenhum olhar de desdem ou pouco caso de seu desespero. Apenas mantinha uma distancia de 2 metros entre eles, talvez por sua própria segurança.

- A senhora esta bem - Ele diz polidamente e preocupado - Eu preciso que se acalme. - agora se aproxima. - Venha comigo.

Ele segue pelo o longo corredor. Passa pelo salão onde os membros costumam se encontrar. E desce dois lances de escadas. Ele tira um molho de chaves do bolso e abre uma porta de ferro. O local parecia a area de serviço, com vassouras e outros objetos de limpeza, estantes com vidros com detergentes e água sanitária. Mais ao fundo tinha um tanque. As paredes tinham mofo e o teto infiltrações.

- Lá em cima não é seguro, vou chamar o príncipe para a senhora.  Me espere aqui.

Os imortais apertam as mãos para selar o acordo. Alianças secretas. intrigas na calada da noite. No final a América seria um lugar interessante para Igor. Que no momento que solicitava uma lista do que deveria comprar, o homem sorrir.

- Boo, a pasta por favor - 'Mão pede ao segurança.

O homem negro retirava de dentro da jaqueta uma pasta fina de couro e entregava nas mão do anfitrião.

- Esta tudo aqui. Vou precisar dessa artilharia em 5 dias. Tudo bem pra você ? - Ele pergunta sorrindo.

Igor deixava o local e ganhava as ruas decadentes de Nova Iorque. As tramas do jogo ainda estavam nebulosos em sua mente. Quem seria o atual príncipe? Ele e o Mão já tiveram uma historia juntos? O imortal desconhecia de muitos fatos, precisava procurar mais informações. Na pasta existia diversas lista, desde matérias para a fabricação de explosivos a armas de calibre pesado, como M-17 e K47. Armas de difícil acesso.

off: Me diz onde vai.

A vampira, bela e sedutora, permanecia com suas expressões inalteradas após Giulio confirmar que esteve em sua boate, era um fato que ela já tinha conhecimento. Ela observava a paisagem, olhava ao longe. Ela se abraçava tentando fugir da ventania gelada, lhe dando uma aparência frágil e vulnerável. Mas ambos ali em cima não sentiam mais frio.

- O Sabá? - Ele diz assustada olhando nos olhos do imortal - Porque diz isso? - Pergunta verdadeiramente intrigada - Matilda...? - Ela solta uma pequena risada. - Conheço ela a décadas suficiente para saber que ela usara você para galgar alguma posição. A ambição dela não tem limite. Sempre manipuladora e traiçoeira.

Ela dava um passo para trás, caminhava pelo terraço sujo de cascalho.

- Me diga Sr. Rosemberg, o que esta acontecendo.