Verdades Dolorosas ou Mentiras Confortaveis?

Allyah é uma garota simples, que cursa Ciencias da Computação na NYU, vem de uma familia batalhadora de classe media, comerciantes no interior do estado, que sempre batalhou para dar o melhor para sua filha, experando que ela fosse sempre a melhor, sendo a primeira de sua familia a de fato entrar em uma universidade. O orgulho da familia, todos esperavam grandes coisas daquela garota.

Mas Allyah sempre se sentiu pressionada por todos para ser perfeita, o que a fez odiar a si mesma, e se fechar para o mundo sendo altamente solitária. Ela mora em um apartamento alugado por sua familia, proximo da faculdade, embora Manhattan não fosse um bairro muito barato, e por ser o centro comercial da cidade, os apartamentos também não eram grandes, mas ficava perto da faculdade então estava valendo.

Essa história vai contar a vida dessa simples garota e como ela está prestes a mudar.

Em uma bela manhã de Sabado, o telefone de Allyah começava a tocar, a garota havia personalizado o alarme do despertador eletrônico para que ele tocasse uma musica da sua banda favorita, com o pensamento de acordar com algo agradável, ao invés daquele monótono toque padrão que os despertadores possuem.

Eram, ainda 8 horas da manhã, duas horas mais tarde do que a garota costuma acordar nos dias de semana, pois ela tinha aula para assistir. No entanto hoje era sábado, ela tinha o dia livre, não precisava estudar e poderia relaxar. Tudo que ela tinha marcado para aquele dia era ir no supermercado a tarde, para comprar algumas coisas que estavam faltando na geladeira. De resto, o dia era só dela.

Quando Allyah estava tomando o seu café da manhã, ouve o barulho de um caminhão, provavelmente estacionar na frente do seu prédio. O que nunca havia acontecido, inclusive era proibido passar caminhões naquela rua. O que a deixou curiosa a ponto de ir até a janela ver o que estava acontecendo.

Ela abria a janela e colocava sua cabeça para fora, para uma melhor visão da rua, quando descobre que o caminhão que havia estacionado ali, era um caminhão de mudanças. A frente dele, estava estacionando um Nissan Sentra do ano, e daquele carro descia um jovem, provavelmente da mesma idade de Allyah. A estudante nunca havia visto aquele garoto antes, mas mesmo assim ele se dirigiu até a entrada do apartamento como se fosse o dono do lugar saindo do campo de visão da garota. Enquanto isso, o motorista do caminhão dava a volta no seu veiculo e abria as portas da caçamba, dois outros homens saem de dentro e começavam os preparativos para começar a descarregar o caminhão.

Finalmente aquele dia de sábado havia chegado. Podia finalmente tirar algum tempo para fazer algumas coisa que estava postergando em fazer e podia pelo menos ficar um pouco mais na cama naquele dia.

Já era 8 horas da manhã quando acordou... 2 horas um pouco mais tarde do que o costume. Poderia ficar um pouco mais na cama, mas não conseguia, afinal tinha coisas para fazer. Levantou-se então, deu uma boa espreguiçada, uma leve ajeitada nos cabelos com as pontas dos dedos e, puxando o seu hobby que ficava ao fundo da cama para pelo menos não ficar zanzando só de pijamas, coloca sobre o pijama e parte para a cozinha preparar uma espécie de café da manhã, afina, depois precisava ir fazer compras no supermercado e repassar algumas matérias da faculdade.

Uma xícara de café quente com uma bela torrada seria o bastante para aquela manhã e quando ia finalmente morder sua torrada após um gostoso gole de café ouviu um barulho que não era muito comum para aqueles dias de sábado.  Era o barulho de um caminhão, provavelmente estacionar na frente do seu prédio. O que nunca havia acontecido, inclusive era proibido passar caminhões naquela rua.

Foi verificar o que era aquilo da janela de seu quarto, já que dava para aquele lado da rua, quase que colocando toda a cabeça para fora daquela janela. Realmente havia um caminhão de mudanças e na frente dele estava estacionando um Nissan Sentra do ano, e daquele carro descia um jovem, provavelmente da mesma idade dela.

Aquela visão fez com que franzisse o cenho, ainda mais porque era co para aquele muvuca sendo causada, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, o rapaz logo entrou, como se que
e lugar todo fosse dele.

"Mauricinhos cheios de dinheiro... espero que não venha causar aqui... odeio gente assim..."

Por mais alguns segundos, ela viu o caminhão ser aberto e começarem a retirar o que parecia ser a mudança do rapaz. Ela não ficar olhando a cena pela janela então meio irritada, chegou a janela e resolveu voltar à sua torrada e café, que tinham ficado esfriando deixados na cozinha.

- Vou ter q esquentar o cafe e a torrada de novo... bela for de começar o dia...

Resmungou sozinha na cozinha...

Allyah estava com raiva, ao constatar que aquele mauricinho mimado provavelmente iria se mudar para o seu prédio, ela resmungava enquanto partia para esquentar o seu café da manhã que a essa altura já havia esfriado. Aquele rapaz mal havia chegado e já havia estragado o seu café da manhã, sem nem dizer uma única palavra.

Ela finalmente se sentava novamente em sua mesa, sua comida e café novamente fumaçando de tão quente que estavam, poderiam queimar a língua da estudante, mas era assim que ela gostava da sua comida. Então tudo estava perfeito novamente.

Ela então morde sua torrada duas vezes, saboreando-a com bastante prazer e tratava de pegar a xicara de café e levar a sua boca. Mas ela não consegue nem mesmo encostar a xicara na sua boca, pois escuta um barulho vindo do corredor, um barulho alto, provavelmente alguém da mudança havia derrubado alguma coisa ao subir as escadas.

Foi então que Allyah teve um estalo, graças ao descuido do trabalhador, o único apartamento daquele prédio que estava disponível, seja para venda ou para aluguel, era o apartamento 202, ou seja, se aquele garoto estava realmente se mudando para aquele prédio, e tudo indicava que estava. Ele seria o seu mais novo vizinho de porta. Allyah morava no 201.

Depois de finalmente voltar à cozinha e esquentar seu café e sua torrada de novo poderia finalmente tomar seu café da manhã em paz e silêncio, como gostava. Essa paz infelizmente não durou muito, pois o pessoal da mudança começava a fazer barulho derrubando coisas.

- Eu mereço... Justo hoje...

Respira fundo e termina finalmente de comer sua torrada e de beber o seu café.

- Não preciso aguentar isso... principalmente no apartamento ao lado do meu...

Retorna então ao seu quarto e se arruma para ir ao mercado, afinal se ficasse algumas horas lá poderia dar tempo de a mudança terminar e ter um pouco de silêncio e sossego quando retornasse. Pegou então um jeans e uma blusinha para se vestir.

Depois de vestida, cabelos e dentes escovados, pegou suas chaves e foi saindo do apartamento rumo ao mercado...

Allyah ficava de saco cheio pelo barulho que estava acontecendo no corredor, e decidia sair de casa, torcendo para que quando voltasse pelo menos a mudança já houvesse terminado, ou menos a parte mais barulhenta daquele processo.

Ela tomava um bom banho, colocava uma rouba bonita, pegava sua bolsa e se dirigia para a porta e a abria, distraída a estudante acabava esbarrando em um homem que estava de costas, exatamente na frente da sua porta.

O homem dava um baque para frente, quase perdendo o equilíbrio e se virava com um pouco de raiva para a garota. – Vai me atropelar garota? – Ele dizia, cortante para a garota, era aquele mesmo garoto que ela havia visto la em baixo, que parecia ser dono do lugar.

Ele cruzava os braços e ficava encarando a menina, esperando uma reação da parte dela, enquanto mantinha sua expressão fechada.

Ela não havia visto o rapaz quando abriu a porta, que havia alguém alí em frente.

- Se for continuar na frente da porta do meu apartamento sempre que eu for sair eu vou te atropelar sim, senhor mau educado.

Não costumava ser mau educada com ninguém mas se ele estava agindo daquela forma, não iria turar gentilezas, ainda mais porque a culpa era da mudança dele todo aquele barulho bem chato e incômodo.

Deu uma jogada dos seus cabelos para trás quando colocou a bolsa no ombro e também cruzou os braços e o olhava com profundo desdém e indiferença, o encarando esperando o que ia falar daquela vez antes de deixar ela passar, já que estava em sua frente.

"E meu dia está apenas começando... "

Ele abria sua boca, consternado com a audacia daquela garota, seus labios tremiam um pouco de raiva, talvez uma veia fosse estourar a qualquer momento em sua testa também. - Mau educado? Pois saiba, garotinha, que eu tive a melhor educação que o dinheiro poderia pagar! Eu não saio por ai atropelando pessoas que estavam paradas! - Ele olhava Allyah dos pés a cabeça. - Como certas pessoas.

Ele cruzava os braços, agora com raiva da garota. - Peça desculpas garota, você me deve isso. - Ele começava a dar leves pisadas no chão, de forma ritmada, esperando uma resposta

Não estava nem um pouco preocupada com a reação exagerada dele, tanto que não moveu uma sobrancelha e nem descruzou os braços. Poderia ter dado com a bolsa que usava na cara dele no instante que ele a mediu de cima a baixo, mas não ia se dar ao trabalho de fazer isso, afinal sabia que era bonita então ia simplesmente ignorar, daquela vez.

A reação estourada do rapaz não significava nada para ela a não ser de uma pessoa que não conhecia o que era o "não" e nem poderia ser contrariado.

- Esse tipo de educação vem de casa e não vou pedir desculpas depois da forma como começou a falar comigo. Se tivesse sido menos arrogante eu até pediria, mas agora me dê licença. Tenho mais o que fazer....Tenha um bom dia...

E simplesmente virou-se de costas, trancou a porta do apartamento, já que não tinha feito isso antes e saiu da frente do rapaz. Ajeitou a bolsa no ombro e foi descendo as escadas para a rua. Não queria ficar alí discutindo com o mimadinho.

"hnf... mimado..."

Gente assim só cultivava a distância dela.

O rapaz a sua frente então dava uma gargalhada, descruzando os braços e apontando para si mesmo. - Arrogante? Eu? Garota se enxergue. Quem precisava ser melhor educada em casa, é você e não eu! Seus pais estão em casa? Quero dar uma palavrinha com eles. - No entanto, a garota o deixava falando sozinho, pois já ia se virando e trancando a porta atras de si.

Ela dava a volta no rapaz, que não fazia nada para impedi-la e ia descer as escadas, em direção da rua.

Horas mais tarde, Allyah retornava ao seu predio, carregando varias sacolas pesadas de mantimentos, a garota conseguia carrega-las tranquilamente, mas uma ajuda seria bem vinda, ainda mais por que seu predio não possuia elevador.

Ao voltar pra casa, o caminhão de mudanças já havia ido embora, então de fato a garota havia conseguido evitar aquela barulheira toda, agora só precisava entrar na sua casa e esquecer aquele garoto mimado.

Mas Allyah estava sem sorte, quando ela estava mais ou menos no primeiro andar, encontrava o rapaz descendo as escadas com roupa de academia, trazia consigo uma garrafa de agua cheia. Aquelas roupas permitiam que Allyah visse seu corpo musculoso e definido, que não era possivel ver com as roupas elegantes que ele utilizava mais cedo.

O garoto abria um sorriso ao ver a jovem cheia de sacolas e não hesitou em perguntar. - Quer ajuda ai? - Ele perguntava solicito.

Depois de passar algumas horas fazendo compras, estava mais calma e tranquila após aquele incidente. Talvez em algum outro momento ela peça desculpas ao rapaz explicando o porquê deu aquela resposta, mas por enquanto não queria pensar nisso.

Ficou feliz em quando chegou com suas sacolas não ouvir mais aquele barulho de mudança então quando parou colocando suas sacolas no chão para poer pegar sua chave na bolsa, ouviu o pedido. Não olhou inicialmente para quem era, já que tentava achar suas chaves no meio das coisas da bolsa, apenas respondeu gentilmente:

- Obrigada, mas eu acho que consigo. Não estão tão pesadas... Eu agradeço!

E quando achou, levantou a cabeça par ver quem era e viu que era o mauricinho. Por mais que pudesse ver que o corpo do rapaz era bem bonito, não costumava dar muita bola para coisas do tipo. Chegou a ficar com vergonha de encontrar ele pois não sabia o que dizer, então se limitou a se abaixar, pegar suas sacolas de volta e simplesmente dizer:

- Boa tarde...

E foi subindo as escadas...

O rapaz via aquela cena, da menina procurando as chavas, e negando ajuda sem nem mesmo ver quem estava oferecendo, e abria um sorriso de canto de boca, um sorriso divertido. - Tem certeza? Parecem pesadas. - Ele insistia.

Quando Allyah juntava as sacolas para subir as escadas o rapaz abria espaço para passar. - Vai ficar com dor no corpo carregando todo esse peso de uma vez. - Ele parecia genuinamente preocupado naquele momento.

Ela pára de subir e olhando para ele diz ligeiramente incrédula com aquilo:

- Você quer mesmo me ajudar? Está mesmo preocupado se vour ficar com dor no corpo se carregar tudo sozinha?

Era um pouco difícil de acreditar naquilo. Parecia que estava ou que queria muito zombar dela, ainda mais porque sorria de um jeito suspeito.

Ele ficava confuso com aquela resposta, virava a cabeça para o lado tentando entender aquela desconfiança toda. - Claro... por que não estaria? - Ele dizia desconfiado agora.

Mas mesmo assim já se avançava para tirar alguns pacotes das mãos da garota, deixando ela com menos peso do que ele proprio estava carregando, embora para ele aquele peso fosse de boa. - Então, podemos subir? - Ele dizia com um sorriso colgate no rosto.

- Não sei... me diga você...

Não podia negar que por mais que rapaz falasse que não, tinha lá suas desconfianças. Apesar disso, resolveu dar uma chance à ele, uma vez que no início não havia dado, então como ele já estava meio que pegando as sacolas de suas mãos, não ofereceu resistência e deixou que pegasse quase todas.

"Que desconfortável isso..."

Com apenas duas sacolas agora, era a hora de subir ao seu apartamento e o pior, ele teria que entrar em seu apartamento e só de pensar nisso, começava a ficar inquieta.

- Vamos... e obrigada pela ajuda...

Allyah ainda estava receosa com a subita oferta de ajuda daquele garoto mimado, estava ainda mais receosa pois ele teria agora que entrar no apartamento dela. Mas já era tarde demais, ela não podia dar para trás agora. O garoto que ela nem mesmo sabia o nome, mas já antipatizava já estava carregando quase todas as compras da garota e subia as escadas na frente.

Quando Allyah chegava na frente da sua porta, o garoto já havia chegado e estava de pé ao lado da porta tranquilamente esperando que a garota abrisse a porta, o que ela fazia, já que a chave ja estava em sua mão. Abrindo espaço para que o garoto entrasse primeiro com a maior parte das compras. - Onde eu posso deixar isso? - Ele perguntava educadamente, sem sair invadindo o apartamento, ficando basicamente proximo da porta, dando espaço suficiente para que a estudante pudesse entrar e fechar a porta atras de si.

Após Allyah informar onde poderia deixar as comprar o jovem rapaz a segue até o local determinado e deposita as sacolas, fazendo um breve alongamento após se livrar do peso. - Você sempre carrega tudo isso sozinha? - Ele dizia em um misto de repreensão porém amigavel.

Parada à porta do seu apartamento, ainda estava se sentindo desconfortável com a situação, mas não podia continuar assim. Procurava manter seu apartamento sempre arrumado então lá não haveria nada que pudesse lhe causar mais e mais desconforto. Respira fundo e abre então a porta do apartamento.

- Por favor... aqui.. sobre a mesa da cozinha...

E ela seguiu para a cozinha para que ele soubesse onde ficava. O apartamento parecia um local simples porém bem arrumado e decorado.

Não costumava receber ninguém no apartamento, mas ele estava alí e como não sabia muito o que fazer limitou-se a começar arrumar as compras assim que largou as sacolas sob a pia e respondeu ao comentário.

- Sim... carrego tudo sozinha afinal não são muitas escadas. Posso te servir um chá ou café?

Era ideal oferecer alguma coisa para não parecer mais ainda mal educada o quanto já parecia para ele.

O garoto caminhava atrás de Allyah até a cozinha e depositava as sacolas de compras na bancada, proxima da pia. Feito isso, ele espriguiçava os braços tranquilamente enquanto a mulher comçava a guardar as compras normalmente. - Uma agua já está bom. - Ele respondia educadamente a oferta.

Allyah então tratava de servir um copo de agua gelada para o seu visitante que tomava tudo em dois goles, para então devolver o copo. - Muito obrigado. Mas falando serio, você deveria parar de fazer isso, faça duas viagens de escada, ou chame alguém para ajuda-la, sua coluna vai agradecer. Eu vi a forma que você tava subindo as escadas, Se você fizer isso toda semana, em alguns anos, vai estar toda engembrada... isso se já não estiver sentindo os sintomas agora. O que neste caso. - Ele então colocava a mão no bolso e sacava a sua carteira, buscando ali dentro um cartão e entregando para a jovem. - Meu pai é ortopedista, o melhor se eu poder dizer... Ligue pra ele, diga que fui eu que indiquei.

Dr. Oswald Shanks Merlot - Orpotedista
Telefone:
Whats App:
Clinica:

Pegou o copo de água que ele havia devolvido e colocou na pia para ser levado.
Não sabia como reagir ao cartão e as coisas que ele havia falado. Não precisava de ortopedista e pior ainda, de saber que o pai do rapaz era o tal ortopedista em questão. Olha o cartão e o guarda no bolso da calça jeans e diz:

- Ah.. Obrigada... mas estou bem...

Estava realmente envergonhada com a situação então procura terminar de guardar as compras rapidamente para não ter que fazer contato visual com o rapaz.

- Não precisa se preocupar. Vou arrumar uma bolsa com rodinhas, assim se puxar consigo subir as escadas com ela...

Tentava suavizar o clima da bronca indireta e do convite para conhecer o pai dele que acabara de receber, até que acabou de guardar as compras então não teve mais o que fazer a não ser encarar o rapaz nos olhos.

- Gostaria de se sentar, comer alguma coisa?

O rapaz parecia ficar satisfeito com a resposta que Allyah estava lhe dando, pois um sorriso amigavel surgia em sua boca. - Otimo, uma bolsa de rodinhas definitivamente ajudaria bastante, aliviaria as suas costas fortemente. - Ele então observava a reação meio envergonhada da moça, enquanto ela evitava contato visual, e dava uma breve risadinha, imperceptivel para que quem não estivesse olhando.

- Não obrigado, comi um pré-treino antes de sair de casa. Estava indo para a academia, parei apenas para ajuda-la com a compras. Preciso ir agora. Obrigado pela água. - Ele então dava um tchauzinho para a garota e ia em direção da porta, sendo acompanhado pela moça, para que ela tranque a porta após ele passar.

Quando Allyah retorna para a cozinha, ela percebia que a garrafa do garoto havia ficado no balcão da cozinha, ele provavelmente havia esquecido ali.

Ela observava as atitudes do rapaz e ouvia atentamente suas palavras, mas então ele teve que ir, felizmente ou não...

- Por nada... eu que agradeço.

Então o acompanhou até a porta e assim que ele saiu a trancou. De alguma forma poderia respirar aliviada agora, mas quando voltou para a cozinha, viu que o rapaz havia esquecido a garrafa que carregava.

"Ó não... ele esqueceu.."

Correu até a janela da sala de seu apartamento na esperança de vê-lo para avisar da garrafa. Caso o visse correndo por alí, iria chama-lo para pegar o objeto, caso contrario guardaria e ficaria de olho para assim que voltasse pudesse devolver.

Allyah assim que percebia que o seu novo vizinho havia esquecido a garrada d'agua no apartamento, corria para a janela que dava para a rua na esperança de vê-lo saindo do predio.

Mas ao chegar lá, ela não tinha o menor sinal do rapaz, e parecia que ele não tinha se dado conta de que estava sem a garrafa. Portanto ela decide guardar a garrafa até a proxima vez que o visse.

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Allyah passa as proximas 1:30 resolvendo suas coisas de rotina da casa, o céu já havia começado a ficar laranja, indicando que logo logo seria noite, e que seu sabado estava chegando ao fim.

A garota escuta a sua campainha tocar uma vez. Ela para o que estava fazendo e ia até a porta olhar quem era pelo olho magico. Era o seu mais novo vizinho, ele estava com o cabelo molhado, ainda vestindo as roupas de antes, estava completamente suado, mas de um jeito que lhe atribuia um certo charme.

Como não conseguiu correr atrás do rapaz, acabou passando a tarde com os afazeres enquanto esperava o vizinho voltar. Acabou colocando todo de seu apartamento em dia e em ordem e nada do tal rapaz voltar, mas cansada ela precisava agora era descansar um pouco, para quem sabe poder estudar um pouco depois.

A tarde já estava quase no fim quando ela decidiu se deitar um pouco no quarto e ver um pouco de TV. Quando o céu começava a ficar cada vez mais vivo, sua campainha tocou. Já estava quase que dormindo quando aquilo a acordou de repente com o barulho. Se levantou da cama, passou a mão pelos cabelos para dar uma leve ajeitada neles e foi ate a porta espiar pelo olho mágico quem deveria ser.

Passando pela sala, deu uma leve olhada pelo relógio para ver que horas eram naquele momento.

"Preciso comer jantar..."

E quando espiou pelo olho mágico viu o tal rapaz. Parecia molhado de suor, com os cabelos grudados no seu rosto, o que até lhe dava certo charme.

"Dessa vez eu sei o que ele veio fazer aqui..."

Então abre a porta e já vai logo falando:

- Oi... tentei ir atrás de você para avisar que esqueceu sua garrafa, mas não consegui... espere que vou pegar...

E então virou-se de costas para ir para a cozinha pegar a garrafa.

Quando aliyah se virou para buscar a garrafa o rapaz não esperou coisa nenhuma e caminho para dentro da casa, calmamente. Ele estava pingando de suor e algumas gotas acabavam encontrando o chão.

O cheiro do rapaz também não estava dos melhores, o que não era de se estranhar visto que ele estava malhando e naquele momento estava pingando de suor.

- Não tem problema, eu acabei esquecendo mesmo. Acontece. - Ele dizia um pouco ofegante, enquanto respirava pela boca.

A garota então ao chegar na cozinha, pegava a garrafa e ao se virar encontrava o rapaz deitado no chão da cozinha, com os braços abertos e de olhos fechados, seu peito se movia para cima e para baixo apressadamente, puxando bastante ar em cada respirada.

Não havia percebido que o rapaz havia entrado em seu apartamento atrás de sí, mesmo pingando de suor até que se virou na cozinha e o viu deitado no chão e pior ainda, deitado no chão da cozinha.

"Mas o que ele está fazendo? Eu pedí para esperar lá fora..."

- Ei... você está bem!? O Que houve!? Não deite aí.. é frio...

Perguntava enquanto ainda estava com aquela garrafa em mãos. Chegou a se abaixar também para ver como ele estava.

Não estava entendendo bem o que estava acontecendo, mas aquele rapaz estava meio que sujando o seu apartamento e isso não estava sendo nada legal da parte dele e agora aquilo de estar deitado no chão da cozinha. Não sabia bem como reagir àquela situação, o que fazer e o que dizer. Era só esperar para ver se ele dizia alguma coisa...