Vampiros - A Máscara
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ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II

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ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II - Página 2 Empty Re: ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II

Mensagem por Fox Seg Dez 02, 2019 10:30 pm

A invasão fora um sucesso. A experiência de Miles evidenciava-se com os passos precisos e silenciosos, assim como na escolha da rota mais adequada. A igreja vazia agora poderia ser explorada sem interrupções. No entanto, ao começar a se movimentar pelo templo, ele logo vê algo que responde uma pergunta que vinha crescendo em sua mente. Apesar da alienação, possibilitada pelas condições do pequeno vilarejo, havia grandes chances de haver alguém que não compactuasse com as crenças bizarras da maioria, e os corpos enforcados a sua frente lhe davam uma boa pista do que aconteceria com essas pessoas. "É uma surpresa não ter visto isso antes", pensa ele com um sorriso no rosto, imaginando quantos morreram renegando os deuses animais.

O Lasombra continua sua ronda, ignorando por ora os recintos com portas trancadas. Logo ele encontra a biblioteca no primeiro andar e começa a vasculhar os livros em busca de algo de relevante. Os livros e evangelhos em nada são úteis. Página após página, eles contam sobre os deuses e sobre a profecia, informações as quais Miles já havia retirado de suas vítimas. Mas antes de terminar a leitura, algo chama a atenção. Um termo usado ao citar sobre a chegada dos deuses, as "joias sagradas". Ao observar os adoradores, o Cainita havia notado estátuas e outros tipos de oferendas, mas nada que se caracterizasse como joia sagrada. Se tudo isso fosse realmente parte de um ritual, talvez esses itens tivessem papéis importantes, por isso era bom ficar atento para identificá-los.

Voltando pela escada, Miles olha pela janela, fitando a iluminação vermelha. Ele ainda estava cético sobre aquela situação. Cria que tudo não passava de fanatismo religioso e que não haveria chegada de deus nenhum. No entanto, aquele céu escarlate o incomodava, como se fosse a prova escondida de que sua expectativa estava errada. Talvez fosse melhor seguir os adoradores e ver o que eles planejavam exatamente, mas ainda havia uma sala não explorada na igreja e era melhor não deixar passar nada. O Guardião, por fim, se dirige até a sala à direita do altar e arromba a tranca, seja com perícia ou à força.
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ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II - Página 2 Empty Re: ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II

Mensagem por Yassemine Queen Qui Dez 05, 2019 8:58 am

Damaru
FV 7/10/ pds 8/20 (Projeção astral)

Dados:

Damaru novamente tenta usar seus poderes auspiciosos para visualizar as verdadeiras intenções de Amus e falha. Não houve possibilidade de entender o que houve exatamente, mas houve uma linha transversal dentro do auspícios que misturava o erro da leitura com um alerta de perigo inespecífico. O alerta não parecia ser algo com o próprio Amus, talvez o momento errado ou a influência de algo externo não permitiram ler a aura, mas de onde vinha possível perigo?  

Analisando a coleira, ele percebe ser um mecanismo fabuloso. Definitivamente não seria possível algo daquela forma no mundo mortal, as peças apesar de parecerem engrenagens denteadas, normais como em um relógio ou algo assim, haviam partes e peças que tinham consistência fisicamente diferentes.

" - Naturalmente, para meu próprio conforto durante o processo, peço que deixe a chave comigo."

Damaru faz uma jogada astuta, onde mesmo sem leitura de aura, dependendo da resposta, seria possível raciocinar sobre as reais intenções daquele ser.

- Naturalmente! - Amus responde com uma pitada sarcástica a sugestão de Damaru.

- Não ache que eu espere que você confie em mim! Mas veja, eu também não tenho garantias de que você, desconhecido, extra planar, poderoso cumpra com sua promessa. Eu posso seguir meu caminho e deixa-lo preso aqui a sua própria sorte. Porém, a chance de ter a ampulheta não pode ser perdida. Tome!

Amus joga a chave para Damaru que recebe e analisa o funcionamento da abertura e fechadura da coleira, tudo normal. Obviamente que normal dentro do que se espera da relação entre um mecanismo chave fechadura.

Vamos, devemos seguir por ali! Ele aponta uma estrada ao longe era possível ver que havia uma multidão aglomerando-se próximo ao que seria uma grande entrada, mas que por algum motivo não permitia passagem tão facilmente.
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Mensagem por Yassemine Queen Qui Dez 05, 2019 7:13 pm

Miles Keystone
PS 9/13; FV 7/7

A arquitetura da igreja tinha uma alta cúpula onde os corpos estavam pendurados, era impossível a visualização  dos corpos da parte de fora do prédio.

Dados:



Miles decide vasculhar a sala fechada antes de seguir o cortejo apocalíptico. O vampiro não tinha muitas habilidades relacionadas à segurança, mas era uma fechadura do tipo chave grande antiga, daquelas que os monges carregam na cintura presas em uma argola nos filmes de época. Miles sacode um pouco a porta e percebe que o mecanismo do trinco estava bem desgastado não foi difícil arrancar aquilo e liberar a porta utilizando um pouco de força. A sala era um escritório, nada tão melhor que a biblioteca na parte de cima, mas parecia o lugar onde alguém mantinha um serviço de escritório. Um computador desligado, uma estante com livro e um banheiro que mais parecia uma despensa de produtos de limpeza. Miles leva algum tempo vasculhando até que percebe que em certo local o som do piso parecia diferente. Por debaixo do carpete havia uma passagem. Tudo estava muito escuro e pelas condições das estruturas, certamente não era explorado a muito tempo.  Até onde a luz da sala permitia visualizar, aquilo era um túnel construído sob igreja.
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ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II - Página 2 Empty Re: ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II

Mensagem por Poeta Sex Dez 06, 2019 12:44 pm

Andrew sente um misto de surpresa e alívio quando vê o seu poder funcionando, nessa altura já desconfiava que o homem pudesse estar imune por algum motivo escuso. Mas sem muita demora o Tremere retira o cinto de sua calça e amarra o homem com os braços para trás.

- Vamos, alguém dirija esse ônibus para essa maldita cidade! Precisamos entregá-lo para as autoridades!

O Feiticeiro revista o homem amarrado para ver se encontra alguma informação útil que lhe ajudasse a entender o que estava acontecendo. Logo após ele verifica a mensagem recebida em seu celular e, sem muita esperança, checa se a vítima do psicopata estava realmente morta.
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ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II - Página 2 Empty Re: ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II

Mensagem por Yassemine Queen Sex Dez 06, 2019 5:38 pm

Andrew Kingler
pds: 8/15 fv: 8/8 ( Vigor -6 Destreza 5)

"- Vamos, alguém dirija esse ônibus para essa maldita cidade! Precisamos entregá-lo para as autoridades!"

Mary acomoda a criança em um dos bancos e passa por Andrew em direção a cabine do veículo...

- Acho que consigo dirigir um ônibus, já dirigi o caminhão do meu pai na fazenda, não deve ser tão diferente. Precisamos chegar logo na cidade.

Andrew amarra e vasculha o homem hipnotizado, mas encontra apenas documentos e pertences normais de um motorista comum. Uma carteira com documentos, algumas balas de menta e alguns remédios prescrevidos.  Do lado, o corpo baleado estava realmente morto.

"Mensagem"

"Minha querida Belle, pesquise em minha biblioteca algum livro sobre "lendas ocultas" do Alaska, o que eu preciso me preocupar aqui em minha viagem, principalmente qualquer coisa relacionada a crianças, há alguma força oculta aqui, que lhe confesso me causa pavor."

Srº Kingler

Após extensa procura verifiquei que existem inúmeras lendas envolvendo crianças no Alaska mas nada dentro do considerado oculto. Cruzando informações com a região em que você está, verifiquei que  existem estruturas arqueológicas e sendo estudadas por uma pesquisadora de nome Mary Allen Woods. Pelo resumo, as ruinas de uma civilização antiga ,sem data e específica,  está sendo estudada. Existe ainda informações de que o financiamento é proveniente do vaticano.
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ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II - Página 2 Empty Re: ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II

Mensagem por Fox Sáb Dez 07, 2019 12:39 am

Miles não estava nem há um dia em Nuiqsut e os eventos estranhos já se empilhavam na sua conta. Um motorista que transportava um arsenal, um Caitiff ladrão, moradores enfurecidos adoradores de deuses animais e o céu escarlate. Não seria surpresa que algo mais de estranho ocorresse dali pra frente, mas por enquanto, sua investigação se tornava o mais normal que as condições atuais permitiam. A porta que o separava da última sala inexplorada tinha uma fechadura antiga, o que facilitava as coisas. Um pouco de jeito e força são suficientes para que a entrada do cômodo esteja liberada. Lá dentro, uma estranha normalidade. O Lasombra esperava algo mais rústico, visto as condições da porta e a natureza do local, no entanto o computador dava um ar moderno a uma seita religiosa que não parecia ter esse avanço.

Fechando a porta do escritório, Miles faz o procedimento padrão de investigação e, quando se preparava para ligar o computador, algo o interrompe. Seu coturno emite um som oco ao bater num local específico do piso. O Cainita sorri, sabendo que havia encontrado algo escondido. O carpete revela uma passagem subterrânea, algo que não era incomum em templos antigos, mas este não parecia ser tão velho assim. Algumas hipóteses passam por sua cabeça. Uma reforma na igreja teria ocultado sua real idade, ou a passagem era nova mas fora feita para ter uma aparência velha. O caminho dava impressão de não uso, o que o fazia pensar que poderia ser uma rota de fuga que não havia servido ao seu propósito. No entanto não se negava a possibilidade de que levasse a uma sala secreta ou a algo que se ligasse com aquela mitologia pagã.

As possibilidades era muitas, mas todas elas exigiam que Miles seguisse pelo lugar. Ele retira a lanterna das suas coisas e ilumina o caminho. A escuridão, apesar de andarem lado a lado, era inoportuna no momento. Ela seria melhor aproveitada depois. Um passo após o outro, o Guardião começa a descender, atento ao piso e às laterais da parede, pois sabia que podiam existir armadilhas. Ele seguiria até onde o caminho o levasse, mas tomando cuidado para não deixar rastros claros de sua presença ali.
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ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II - Página 2 Empty Re: ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II

Mensagem por Poeta Sáb Dez 07, 2019 12:02 pm

Andrew inclinava o corpo dando espaço para Mary passar em direção a frente do ônibus.

- Acho que consigo dirigir um ônibus, já dirigi o caminhão do meu pai na fazenda, não deve ser tão diferente. Precisamos chegar logo na cidade.

- Enfim uma boa notícia, vamos Mary nos tire daqui.

Ao olhar para o corpo inerte ficava claro que não restava o menor sinal de vida naquele homem. O Tremere ficou triste pensando naquele sangue esvaindo pelo chão do ônibus que agora começava a coagular... Fome... Em breve o Cainita precisaria se preocupar com isso, mas não agora.

Finalmente Andrew conseguira um tempo para ler as notícias enviadas por Anabelle:

"Após extensa procura verifiquei que existem inúmeras lendas envolvendo crianças no Alaska - o Tremere olhava para a pequena menina que permanecia desmaiada - mas nada dentro do considerado oculto. Cruzando informações com a região em que você está, verifiquei que  existem estruturas arqueológicas e sendo estudadas por uma pesquisadora de nome Mary Allen Woods. Pelo resumo, as ruinas de uma civilização antiga ,sem data e específica,  está sendo estudada. Existe ainda informações de que o financiamento é proveniente do vaticano."

Andrew olhava por cima do ombro a mulher que agora dirigia aquele ônibus... "Toda aquela conversa no avião e ela mesma era financiada pela Igreja, apesar de que talvez ela realmente nem soubesse a origem do financiamento de sua expedição, enfim, isso era irrelevante agora". O Tremere levanta-se, anda até a cabine na parte da frente do ônibus e senta-se ao lado de Mary.

- Mary, não temos mais tempo para joguinhos, você acha que algum desses fatos ocorridos, transe, mortes, céu rubro, etc... está relacionado com a sua pesquisa arqueológica ? Deveríamos ir para essas ruínas subterrâneas, das quais você possui os mapas, investigar ? Eu sei que a sua expedição é financiada pelo próprio Vaticano, estamos no mesmo barco, Mary.
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ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II - Página 2 Empty Re: ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II

Mensagem por Yassemine Queen Seg Dez 09, 2019 9:36 pm

Miles Keystone
PS 9/13; FV 7/7

Milles decide apostar no novo caminho que se abria, deixando momentaneamente para trás toda a festividade que se desenrolava sob o céu vermelho. Usando sua lanterna ele observa o local. Era um porão bem construído, antigo mas bem construído. Não era um buraco escavado por presidiários para fuga de uma prisão, o piso, teto e paredes foram feitos com pedra. Traços modernos indicavam que aquilo sofreu uma reforma. Apesar de existirem estruturas remanescentes de antigas lanternas á óleo dispostas nas paredes, haviam também fiações elétricas ,lampadas e encanamento. Não demorou muito até ele encontrar um interruptor, mas este infelizmente não estava funcionando, pelo menos não ao clique. Seguindo pelo corredor utilizando sua lanterna, ele encontra portas laterais que revelam-se através de portas metálicas.Era uma masmorra. Salas com correntes, algumas com estrutura para tortura, uma mini prisão. No total haviam 10 saldas dispostas lado a lado. No final do corredor uma grande porta de metal cravada nas paredes de pedra indicava o fim do caminho.
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ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II - Página 2 Empty Re: ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II

Mensagem por Yassemine Queen Seg Dez 09, 2019 10:11 pm

Andrew Kingler
pds: 8/15 fv: 8/8 ( Vigor -6 Destreza 5)

Mary havia conseguido dirigir o ônibus finalmente, alguma dificuldade no inicio mas agora eles estavam indo em direção a vila e ao céu rubro relampejante.

"- Mary, não temos mais tempo para joguinhos, você acha que algum desses fatos ocorridos, transe, mortes, céu rubro, etc... está relacionado com a sua pesquisa arqueológica ? Deveríamos ir para essas ruínas subterrâneas, das quais você possui os mapas, investigar ? Eu sei que a sua expedição é financiada pelo próprio Vaticano, estamos no mesmo barco, Mary."

A mulher fica em silencio por alguns minutos...

- Sei que agora já não ha mais espaço para esconder informações e eu não pretendo fazer isso. Mas acredite, eu não sei de nada. Eu estou tentando usar meus últimos resquícios de sanidade para não entrar em crise de panico. Se não fosse por você eu nem estaria aqui, ou melhor, é isso mesmo! Eu realmente não estaria aqui, desse jeito. - Nesse momento a voz de Mary já estava nitidamente nervosa.
- Eu deveria ter voltado do aeroporto, a droga da avalanche era um sinal. Eu já havia sido avisada que todos aqueles que  tentaram vir aqui e tocar nesse assunto, acabaram morrendo de alguma forma! Sim, minha pesquisa é extremamente controversa porque contraria toda uma parte histórica de civilizações já descritas e eu estou desenvolvendo uma tese para decifrar as inscrições encontradas nas ruínas. A igreja guarda este lugar muito antes da era cristã. Quer dizer, havia uma sociedade, que foi incorporada a igreja, que se dizia protetora contra um mal antigo, que estava trancado nas ruínas . Havia sempre um padre a serviço da igreja na vila, mas a religião Cristã nunca conseguiu se fixar, e eles sempre morriam ou enlouqueciam. A igreja recebeu uma carta do ultimo padre que disse ter sido expulso pelos fieis pagãos mas que não podia retornar porque teria que guardar a prisão desse tal mal antigo. A igreja já enviou comitivas mas nada batia com os relatos e o padre acabou sendo diagnosticado com esquizofrenia.Tudo foi arquivado, e tem muita coisa para se estudar e entender, eu estou indo fazer uma vistoria, ou seja, não tenho respostas para um céu cor de sangue, e pessoas loucas que raptam crianças e se tornam assassinas de uma hora pra outra.




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ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II - Página 2 Empty Re: ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II

Mensagem por Fox Qui Dez 12, 2019 2:04 pm

A lanterna clareava paredes e escadas, até chegar ao chão de pedra. Olhando em todas as direções, Miles confirma uma de suas hipóteses: alguns aspectos do local pareciam ser recentes, o que indicava uma reforma. Apesar da aparência rústica, existiam traços modernos como fios de eletricidade e encanamento. "Isso aqui foi bem planejado", pensava ele enquanto seus passos calmos percorriam o corredor único. Estava atento e observador, verificava a poeira no chão como um indicativo do uso ou a falta dele, até encontrar um interruptor. Um clique e nada acontece. A cidade tinha suas luzes acesas, então provavelmente não era um blecaute. Talvez o sistema elétrico desse lugar estivesse desligado por uma chave geral o algo do tipo. Bem, ele podia lidar com isso.

Mais à frente, finalmente se revela algo que indicava onde o Lasombra realmente estava. Portas metálicas que escondiam salas de tortura e encarceramento. Miles entrava uma a uma, analisando os aparelhos usados. A primeira coisa que vinha à sua cabeça era a família enforcada na cúpula acima dele, mas por que tantas salas? Ele observava mais atentamente, tentando descobrir quais delas tinham sido usadas recentemente. A poeira sempre era um bom indicador, mas o cheiro também podia lhe contar muito. De repente, ele tem uma revelação. Os livros encontrados na biblioteca continham passagens sobre a morte dos infiéis, mas em nenhum lugar ele vira nada sobre tortura. Isso levantava mais perguntas. Alguns renegados não justificariam a construção de uma masmorra. Então quem teria sido mantido ali?

Miles sabia que tinha que continuar. Ao fim daquele porão, certamente ele encontraria respostas. No entanto algo barrava seu caminho, a única porta cerrada dentre aquelas pelas quais ele passou. Ele observa-a, notando a fechadura reforçada, trancada. Ele ri brevemente, sabendo que não seria tão fácil arromba-la como a porta do escritório. Mesmo com sua força sobrenatural, seria complicado, além do barulho que ele faria no processo. Além disso, se houvesse algum tipo de alarme, seria acionado na hora. Ele pondera as opções, sabendo que, para sua missão, seguir adiante valeria a pena. Por fim, a decisão é feita. O Guardião guarda a lanterna e começa a invocar o poder fruto de sua linhagem. Em volta dele, tudo era escuridão, a escuridão era tudo, e ele era escuridão. Seu corpo se torna negro com as sombras que engolem e, em instantes, a metamorfose está completa (Tenebrosidade 5 - Corpo de Sombras). Agora, mesmo naquela negritude, ele via tudo com perfeição. Seu braço é esticado até a junção da porta e o solo, começando a percorrer esse espaço como se seu corpo não tivesse massa. Seguiria até o outro lado, e depois até o fim do calabouço, torcendo para que alguém entrasse em seu caminho só para contemplar a visão aterradora.
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ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II - Página 2 Empty Re: ET INNOCENTIAE LABEN - OCCULTATUM II

Mensagem por Yassemine Queen Qui Dez 12, 2019 5:00 pm

Miles Keystone
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Analisando melhor o local ele pode perceber que aquilo na verdade estava fechado a muito tempo. A poeira e as teias de aranha indicavam que qualquer interferência humana ali tinha sido realizada a muito tempo. Olhando novamente em direção a abertura pela qual ele havia entrado, era possível perceber que havia um desenho de uma  cruz com algumas escrituras em uma língua desconhecida para Miles, mas em alfabeto romano: "Resistite autem diabolo, et fugiet a vobis". O desenho foi feito pela parte de dentro do recinto e parecia marcado por fogo, como se tivessem usado um metal ardente em madeira.

O vampiro usa o corpo de sombras transpassando facilmente a porta. Do outro lado a escuridão reinava e qualquer visualização era impossível a olhos nus. A mesma inscrição encontrada na entrada do porão podia ser vista por dentro da porta de ferro que ele acabava de ultrapassar. Seguindo alguns metros à frente  se podia perceber que o túnel continuava, mas não haviam salas próximas, e assim se estendia por alguns quilômetros até que uma nova barreira era encontrada. Um amontoado de pedras, pequenas e grandes colocadas de forma proposital pela disposição, impedia a passagem adiante. Em todas as pedras, haviam cruzes desenhadas de várias formas e com vários materiais.
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Mensagem por Poeta Qui Dez 12, 2019 6:08 pm

- Sei que agora já não ha mais espaço para esconder informações e eu não pretendo fazer isso. Mas acredite, eu não sei de nada. Eu estou tentando usar meus últimos resquícios de sanidade para não entrar em crise de panico. Se não fosse por você eu nem estaria aqui, ou melhor, é isso mesmo! Eu realmente não estaria aqui, desse jeito.

- Mary.


- Eu deveria ter voltado do aeroporto, a droga da avalanche era um sinal.

- Mary.

Eu já havia sido avisada que todos aqueles que  tentaram vir aqui e tocar nesse assunto

-Mary! - A mulher estava prestes a colapsar.

acabaram morrendo de alguma forma!...


- MARY! - Andrew chacoalharia a moça se ela não estivesse dirigindo aquele ônibus - Recomponha-se mulher! Desespero não nos ajudará em nada, foque novamente e lembre-se do porquê você está aqui.

-Sim, minha pesquisa é extremamente controversa porque contraria toda uma parte histórica de civilizações já descritas e eu estou desenvolvendo uma tese para decifrar as inscrições encontradas nas ruínas. A igreja guarda este lugar muito antes da era cristã. Quer dizer, havia uma sociedade, que foi incorporada a igreja, que se dizia protetora contra um mal antigo, que estava trancado nas ruínas . Havia sempre um padre a serviço da igreja na vila, mas a religião Cristã nunca conseguiu se fixar, e eles sempre morriam ou enlouqueciam. A igreja recebeu uma carta do ultimo padre que disse ter sido expulso pelos fieis pagãos mas que não podia retornar porque teria que guardar a prisão desse tal mal antigo. A igreja já enviou comitivas mas nada batia com os relatos e o padre acabou sendo diagnosticado com esquizofrenia.Tudo foi arquivado, e tem muita coisa para se estudar e entender, eu estou indo fazer uma vistoria, ou seja, não tenho respostas para um céu cor de sangue, e pessoas loucas que raptam crianças e se tornam assassinas de uma hora pra outra.

- Mary, observando todos esses acontecimentos estranhos, você acredita no sobrenatural ? Em eventos que transcendem as explicações científicas ?

[...]

- Eu acho que deveríamos deixar nossas coisas no hotel, tomar um banho, recuperar a sanidade mental e partir para a próxima expedição, mas acho que deveríamos antes de qualquer coisa falar com esse padre primeiro e avaliarmos, pessoalmente, se ele realmente está doente ou se há algum sentido em suas palavras... Você tem essa carta que ele enviou ?
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Mensagem por Yassemine Queen Qui Dez 12, 2019 6:39 pm

Andrew Kingler
pds: 8/15 fv: 8/8 ( Vigor -6 Destreza 5)



"- Mary, observando todos esses acontecimentos estranhos, você acredita no sobrenatural ? Em eventos que transcendem as explicações científicas ?"

Mary respira em movimentos espaçados tentando recuperar o controle das emoções e não perder o da direção.

- Andrew, eu acredito que tudo ocorre por alguma razão e ela não é necessariamente divina. - Ela respira novamente.

- È apenas um daqueles momentos em que as coisas dão errado porque não foram planejadas; e um grande assim cria outro e outro e outro e uma cascata de eventos. Pessoas traumatizam-se e desequilibram-se sem as informações necessárias em situações assim. Isso explica o surto do motorista e do homem com a criança, certo? Aliás, temos que encontrar alguém para cuidar dessa menina, deve ter desmaiado de fome ou certamente está doente. Imagina ficar andando nesse frio assim, perdida? - Mais uma pausa para respirar.

- Sabemos que estamos no meio de um fenômeno da natureza em que o sol não aparece, mas deve estar sobre essas nuvens, e isso pode explicar o céu vermelho. Não temos com o que nos preocupar.

"- Eu acho que deveríamos deixar nossas coisas no hotel, tomar um banho, recuperar a sanidade mental e partir para a próxima expedição, mas acho que deveríamos antes de qualquer coisa falar com esse padre primeiro e avaliarmos, pessoalmente, se ele realmente está doente ou se há algum sentido em suas palavras... Você tem essa carta que ele enviou ?"

- Sim , claro! Você tem toda razão.

- Bem, eu acho que posso conseguir o tal bilhete com meu acesso aos arquivos do vaticano sobre o caso, mas para isso necessito de um computador com internet.

Como estão os nossos convidados, o homem baleado morreu? Conseguiu descobrir algo sobre ele?
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Mensagem por Gam Qui Dez 12, 2019 7:19 pm

Em certos momentos da vida, não há alternativa senão a aposta. Entre a cruz e a espada, Damaru vê-se sem outra escolha senão trabalhar com sua intuição. Valer-se de seus dons quiméricos nesta estranha dimensão lhe forçaria a abrir mão da ampulheta, seu único trunfo diante de Amus. Sem conhecer as peculiaridades da barreira, ele também vê que afastar-se de seu pretenso guia pode custar muito caro. No mais, sua crua sinceridade parece bastar.

Sua Besta, lá dentro, goza com as emoções da negociação.  Seu indiano cansado, aqui fora, suspira.

Ele testa a chave mais duas, três vezes. Então passa a coleira em seu braço, apenas para entender a sensação. Conferir seus efeitos sobre a "pele". Conferir se ela ainda abre normalmente. Só então, a contragosto, Damaru enfim laça-se no que talvez seja o maior erro de sua existência.

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"Oh, as coisas que nos submetemos..."
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Mensagem por Yassemine Queen Qui Dez 12, 2019 7:56 pm



Damaru
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Damaru testa a coleira e sua chave de várias formas, abre fecha, fecha abre. Tudo parecia normal.

Ele então decide confiar em sua intuição, na forma natural de conhecimento direta, clara e imediata, capaz de investigar objetos pertencentes ao âmbito intelectual, a uma dimensão metafísica ou à realidade concreta. Ele então se deixa ser laçado. O clique da coleira em seu pescoço vem juntamente com um leve sorriso no rosto de Amus.  

O guerreiro balança a corrente, reolha seus braços e mostra agora uma expressão de confusão.

- Bem, acho que não conseguiremos entrar desta forma.

- Talvez devido sua natureza extraplanar, o objeto não funciona, eu deveria sentir a ativação quando você o vestisse. Tire-o não nos servirá.

Neste momento Damaru sente que algo toca em sua linha de prata.

- Vejam só, temos coisas novas por aqui!

Uma nova figura surge no cenário. Emergindo da terra, uma criatura humanoide que parecia feita de lava vulcânica segura o fio de prata de Damaru e ele sente a agressividade.

-  Vejam esta linha peculiar, vamos descobrir como usa-la, não é mesmo? - Faíscas de lama emanavam quanto a criatura falava.

- Cuidado Damaru é um caçador de almas perigoso. - Disse Amus.

( Declarar ações para rolagem de iniciativa.)
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Mensagem por Gam Qui Dez 12, 2019 8:47 pm

Damaru não sabe se sente-se frustrado ou aliviado diante da falha da coleira. Mas, seja como for, ele não tem muito tempo para decidir-se sobre isso.

Seu fio de prata foi descoberto. O Ravnos não tem nenhuma dificuldade em acreditar que seres experientes podem ter maneiras de detectá-lo. Era só uma questão de tempo. A coisa, seja lá o que for, logo demonstra ter algo mais inflamado do que o seu corpo: o ego. O Ancião, dadas as circunstâncias, não vê outra alternativa senão entrar em combate. Ele então prepara sua arma mais poderosa... a língua.


Pleased to meet you, hope you guess my name...

- Muita cautela, meu caro. - Ele fala devagar, caminhando em direção ao homem enquanto olha fundo em seus olhos.

O próprio corpo de Damaru toma a forma de chamas semi-etéreas. Conforme as regras deste mundo, a coleira física ao redor do seu pescoço cai ao chão quando sua dobra quimérica o torna intangível aos materiais daqui. (ele faz um esforço para manter a ampulheta segura em sua mão, contudo). Mantendo o porte, o Ancião ignora qualquer assombro que possa ter causado e continua caminhando até o ser de lava.

- Meu nome é Damaru, como o tambor da destruição. Eu estive presente em todas as grandes guerras registradas na História do homem. Assisti impérios erguerem-se e caírem, estive eu mesmo por trás dos últimos dois. - A esse ponto, seu rosto já está a um palmo do ser inflamado. - Pisei em milhares de vidas inocentes para chegar até aqui, dobrei o próprio tempo e espaço em um rastro de morte e oblívio e desapontei dois Demônios diferentes só essa semana. Desde que entrei neste mundo de morte ainda não me mostraram algo que eu não pudesse fazer pior, e Shiva sabe que não é isso que procuro. Então muita cautela, meu caro... - e agora, ele de fato cochicha. - Este fio é a única coisa que me conecta ao mundo que deixei para trás. Se danificá-lo, eu estarei preso aqui com você. E acredite, você não quer isso.

...and what's puzzling you is just the nature of my game.

Diziam na Índia antiga que o momento mais perigoso de se estar por perto de um Ravnos é quando ele não está blefando.

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Olha aqui e vê se eu tô mentindo. Nem pisquei, mané

- Agora, ao invés de perdermos tempo e energia comparando títulos, por que não fazemos algo mais produtivo? Vê, eu vim de muito longe para ler um livro dentro daquela cidade. - Ele aponta por sobre o ombro. - e agora estou com um impasse para entrar. Se puder me ajudar a passar pelos portões sem alarde, tenho certeza de que há algo que eu possa fazer para valer seu tempo.
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Mensagem por Yassemine Queen Seg Dez 16, 2019 5:30 pm


Damaru
FV 7/10/ pds 8/20 (Projeção astral)

Damaru poderia ser facilmente enquadrado na lista das criaturas mais convincentes, vivas no mundo real terrestre. Sua capacidade de manipulação era elevadíssima. Contudo, talvez fosse necessário entender que fora da do mundo que o compunha seu plano natural, palavras podem ter significados diferentes considerando-se os fatos e condições em que o alvo se encontra. Afinal as referências factuais e históricas quem vive no mundo dos mortos difere completamente daquelas do mundo vivo.

O ser de lava espera que ele chegue bem próximo, certamente curioso com a ousadia, para em seguida atacar.

- Hahahahahah, você fala demais!


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Uma lança de lava foi projetada do braço do inimigo que ataca diretamente o corpo de Damaru. O golpe transpassa a forma etérea do vampiro, que nada sofre,  desequilibrando o ser de lava e fazendo-o quase cair, só então ele se dá conta de que Damaru  não era algo comum e ele certamente subestimou seu oponente.

Ao assumir a forma etérea Damaru fica intangível e, portanto, imune aos ataques físicos, a não ser que ataquem diretamente seu cordão de prata. Ao fazer isso ele também abre mão de segurar qualquer objeto que possa existir naquele plano. Assim tanto a coleira quanto a sacola em que estava ampulheta caem enquanto ele ia em direção ao seu inimigo.

A terceira ação exigia que Amus decidisse como prosseguir. Enquanto Damaru dirigia-se em seu discurso ele recolhe a coleira e a sacola. Apesar de ser uma chance única de fugir com o prêmio, ele decide não o fazer. Percebendo que o caçador de almas havia deixado uma brecha ao atacar Damaru, ele então decide fazer uma investida, certamente tinha seus motivos. O guerreiro corre e salta sobre o oponente sem hesitar. Transpassando Damaru, seu poderoso machado acerta em cheio o flanco do caçador de almas, que grita sentindo o peso da arma.

( Declarar ações para próxima iniciativa)
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Mensagem por Gam Seg Dez 16, 2019 6:01 pm

- ... você ouve de menos.

Damaru pergunta-se se, de alguma meneira, o aspecto inflamado da criatura de fato reflete sua personalidade. Se, neste mundo, sua forma física reflete seu interior. A alma, afinal, revelar-se-ia da maneira mais pura. Faria sentido, não é mesmo? Ele próprio, por exemplo, é intangível. Passageiro. Bom, seja qual for o caso, ele imagina qual seria o jeito mais efetivo de subjulgá-lo... Atingir mais do que seu corpo, atingir seu cerne. Encontrar as dores mais óbvias de sua mente.

(-2 FV para Cruel Realidade)

O corpo do caçador de almas esfria rapidamente. Os veios incandescentes que correm sua pele perdem seu brilho, param de correr. Seu aspecto gela conforme todo seu calor é transferido para Damaru. Sua essência, em forma de chamas, deixa o ser por todos os seus orifícios e junta-se ao fogo do Ancião alimentando seu corpo flamejante e intangível. Ao caçador, só resta a dor do frio imperdoável.


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O próprio chão ao redor da criatura torna-se frio. Tudo o que a representa, sua personalidade chamativa e dinâmica, minguando. A lava que antes borbulhava, agora é argila fria desmanchando-se ao menor movimento.


Damaru, impassível, prossegue de pé ao seu lado. Ele olha a patética criatura de cima, desapontado com o jeito que as coisas se resolveram. Ele sinceramente preferia não ter de gastar sua energia. Mas fica, por outro lado, satisfeito com as ações de Amus. Ele detestaria perder tempo o caçando.
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Mensagem por Fox Seg Dez 16, 2019 8:56 pm

Antes de atravessar a porta de metal, Miles olhava para trás. A mensagem contida na passagem lhe chama a atenção. Era uma língua que ele não conhecia, mas a semelhança com certas palavras de suas línguas mãe o remete à expressão: "résister au diable". Ele repete consigo mesmo as palavras. Resistir ao diabo. A língua francesa tem origens do latim e dado o local em que se encontrava, ele imagina que o idioma usado naquela inscrição era esse. Mas o que queria dizer? Era difícil dizer sem conhecer o significado do restante da frase, por isso, o Guardião se vira e faz a passagem.

Do outro lado da porta, a mesma inscrição adorna a parte de trás. Isso já o faz ficar desconfiado. Seu ceticismo começa a se quebrar aos poucos enquanto ele se questiona o porquê da frase estar cravada voltada para dentro e não para fora. Resistir ao diabo. Droga! A escuridão ainda o cobre enquanto se movimenta. Aqueles malditos evangelhos não diziam nada sobre nenhum diabo. Suas dúvidas crescem conforme o caminho se alonga e se intensificam quando o fim dele é encontrado. Não havia nada. Nem salas, nem portas, nem objetos, apenas um túnel que se estendia até chegar num amontoado de pedras. Não havia um motivo lógico para aquilo existir. Quer Miles aceitasse ou não, ele iria ter de colocar um pouco a lógica fria de lado se quisesse começar a entender de verdade alguma coisa.

Sua mão, ainda em forma de sombras, se estende o toca uma das rochas. Elas estavam marcadas com cruzes, por isso era possível ter certeza que haviam sido colocadas ali propositalmente. Assim como a porta, seu chute era que o objetivo delas era impedir que algo saísse e não que algo entrasse. Mas o que? O diabo? Ou algo que aqueles mortais de mente fraca achavam ser ele? Não haviam pistas para isso. Para descobrir ele precisava passar aquela barreira e ver o outro lado. Era uma atitude um pouco displicente, mas o sentimento de dever e uma parte de teimosia o davam certa confiança. Então, assim como fez na porta, o Lasombra usa a habilidade de seu corpo atual para se esgueirar por entre as fendas das rochas até chegar ao outro lado.
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Mensagem por Poeta Ter Dez 17, 2019 2:10 pm

- Bem, eu acho que posso conseguir o tal bilhete com meu acesso aos arquivos do vaticano sobre o caso, mas para isso necessito de um computador com internet.

- Facilmente, quando chegarmos, vá para o seu quarto, tome um banho para revigorar e me encontre dentro de uma hora no meu quarto, providenciarei um computador para você.

Após chegar o Tremere preparará o seu ritual "Travessia Incorpórea" e conectará seu notebook a internet de seu celular satelital.

Como estão os nossos convidados, o homem baleado morreu? Conseguiu descobrir algo sobre ele?

- Infelizmente está morto, que tragédia, que crueldade. Nada além de documentos pessoais.
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Mensagem por Yassemine Queen Ter Dez 17, 2019 3:52 pm

Andrew Kingler
pds: 8/15 fv: 8/8


Andrew estava impaciente com a viagem, realmente era um caminho longo, principalmente após todos os acontecimentos e contratempos. Andrew sugere os próximos passos, esperançoso de que tudo estivesse em harmonia quando chegassem a vila. Ele talvez não tenha entendido o pedido de Mary, pois não havia revistado o corpo baleado, apenas o motorista, e respondeu que não havia informações. Talvez não estivesse mais aguentando ter que lidar com aquele sangue e estava apenas cansado da viagem estressante.

Mary responde:

- Espero que toda essa loucura fique para trás assim como essa estrada. Se eles tivessem um serviço de voo aqui eu não pensarei duas vezes em contratar, não importa o valor. Não que eu seja supersticiosa, mas depois desse trauma prefiro não reviver esses momentos.

Finalmente eles alcançam a entrada da vila. A cor do ambiente todo vermelho pelo reflexo do céu deixava tudo com um misticismo pesado e tenebroso entre o negro e o escarlate. A entrada da vila tinha um pequeno arco com escrituras de boas-vindas. Uma rua central com algumas casas com bastante espaço entre uma e outra compunham o início do local. Assim que foi possível visualizar a primeira rua que cruzava a principal, Mary desacelera e eles conseguem enxergar , do lado direito ao longe, um aglomerado de pessoas ajoelhadas ao pé uma estátua em formato de Aranha. Alguém entre os ajoelhados percebes e levanta-se acompanhando com a cabeça o passar o veículo.
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Mensagem por Yassemine Queen Qua Dez 18, 2019 11:37 am


Miles Keystone
PS 6/13; FV 7/7

O corpo de sombras do vampiro esgueira-se através das fendas deixadas entre o amontoado de pedras bentas. Era quantidade considerável, seria muito trabalhoso para retirar tudo aquilo manualmente. Quem quer que tenha feito teve muita ajuda, tinha uma convicção muito alta do que estava fazendo ou estava louco.

Do outro lado, algo realmente curioso revela-se a Milles. Uma grande quantidade de teias de aranha de vários tamanhos decoravam o espaço. Uma escadaria dava acesso a um amplo salão construído da mesma forma que o túnel, em pedras muito bem colocadas e esculpidas. Logo foi possível perceber objetos peculiares espalhados pelo salão. Alguns caixões de pedra estavam espalhados pelo local. A maioria estava aberto ou quebrado alguns de pé outros deitados. O salão tinha o teto em altura incrivelmente elevada com arcos e pilares sustentando-o algo realmente magnifico. SO salão se estende por uma grande extensão com uma escadaria nova escadaria no final.


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Mensagem por Fox Qua Dez 18, 2019 3:11 pm

Enquanto passava pelos interstícios rochosos, Miles pondera sobre o autor daquilo. Seriam os habitantes do vilarejo ou pessoas que estiveram ali antes deles? Quando ele se depara com o outro lado, mais uma surpresa. Um salão adornado digno de um filme de exploração de tumbas. As teias de aranha indicavam que o lugar não era visitado há tempos, mas quanto exatamente? Difícil saber sem ser um especialista, o que retornava à questão do construtor. Para isso, por ora, não havia resposta. O Cainita começa a caminha pelo lugar, observando cada detalhe. Parecia que quanto mais fundo ele ia, mais mistérios colocavam-se à sua frente. Os caixões de pedra eram o que chamava mais atenção no ambiente, criando um ar de catacumba. O Lasombra passa por cada um, olhando seu interior. Com o pouco que sabia até então, não era fácil criar uma teoria que explicasse tudo ou mesmo parte do que via. Não era apenas um mausoléu, ou não estaria escondido tão fundo e tão bem protegido. Tampouco era um lugar de adoração, pois parecia diferente de tudo que assemelhava-se a um templo religioso. Ele não sabia porquê, mas tinha a sensação de que aquilo era uma prisão.

Miles verificava também o estado da rocha das tumbas, tentando entender o causou as rachaduras o que elas guardavam. Ele leva algum tempo estudando esses detalhes, até olhar para o final do salão e ver que há outra escada. Esse não era o final do caminho. Porém o lugar que estava parecia guardar mais coisas, por isso ele decide não seguir pelas escadas até vasculhar tudo. O Lasombra aproveita-se de seu estado atual e imerge seu corpo em um dos pilares, serpenteando acima sua forma tenebrosa. Ao fazer isso, ele olha ao redor, procurando algo que não pudesse ser visto lá de baixo.
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Mensagem por Yassemine Queen Qua Dez 18, 2019 5:58 pm

Miles Keystone
PS 6/13; FV 7/7


Miles vasculha o gigantesco salão, seu corpo de sombras era indetectável naquela escuridão. Ele segue pacientemente analisando o cenário, o uso da disciplina permitia que ele visse perfeitamente naquela escuridão.  Os caixões na verdade pareciam ter sido colocados ali por algum motivo, mas definitivamente não fariam parte do projeto original. O material dos caixões  era diferente e rústico,  a composição da pedra polida que compunha todo o resto, diferia em muito deles e certamente não foram feitas para o mesmo destino. Haviam traços de luta. Era possível encontrar ossos humanos espalhados dentro e fora de alguns caixões. Os ossos estavam cortados e quebrados.  Os caixões, em sua maioria vazios. Além dos ossos, era possível encontrar vestígios de armas e restos de roupas de diferentes épocas.  Dentro de todo local dois caixões chamavam a atenção. Um estava de pé, amarrado por correntes. O outro deitado, também amarrado por correntes, mas sobre este havia um machado trabalhado em ornamentos.


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Subindo em um dos pilares ele verifica que algo interessante. As teias de aranha espalhadas pelo local não significavam apenas que aquilo estava fechado a muito tempo. Em um dos cantos do salão, havia no alto de uma das cúpulas, um aracnídeo enorme esperava paciente em sua teia, que era imensamente proporcional.


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Mensagem por Yassemine Queen Qui Dez 19, 2019 4:50 pm

Damaru
FV 5/10/ pds 8/20 (Projeção astral)

A batalha é iniciada. O inimigo havia feito a primeira jogada de ataque, apesar de frustrada ele não desistiria. O golpe aplicado por Amus havia feito um bom estrago, mas lava é pedra derretida e talvez aquele ser fosse mais vigoroso do que aparentava. A posição de Amus após atacar corpo a corpo deu uma vantagem ao caçador de almas. Percebendo que Damaru não podia ser ferido fisicamente e que o machado naquele momento era um ameaça mais importante, Ele rapidamente projeta de suas costas uma nova lança inflamada que perfura o tórax de Amus erguendo-o em um golpe súbito e inesperado.

Não há dúvidas de que o poder do quimerismo é um motivo justo para justificar o temor, a inveja, a desconfiança e caça daqueles que o possuem. O ancião Ravnos usa a cruel realidade para obliterar completamente todo e qualquer plano traçado pelo caçador. Não havia chances de ele imaginar de aquele ser cheio de palavras confusas e megalomaníacas  poderia ter tal poder. Damarú sabia usar a ilusão como poucos em muitos mundos. Ele dilacera, não somente o corpo, como toda  mente daquele ser ao submete-lo a uma ilusão de extinção de chamas. Danificando sua estrutura mental e física à medida que o resfriamento tomava o corpo . O desespero ilusório faz com que ele retraia a lança que estava cravada em Amus e este não hesita. A coleira inócua que ele havia recolhido ao cair de Damaru não teria o mesmo efeito nulo naquele ser. Amus salta sobre o caçador de almas colocando a coleira e finalizando o que talvez lhe rendesse um bônus.

O ser de lava cai imediatamente ao ser encoleirado. Talvez os efeitos do quimerismo ainda continuem em sua mente, mas naquele momento algo capturou os movimentos do seu corpo.

Amus também sente os efeitos da lança flamejante que o transpassou. Foi um golpe potencialmente danoso e ele cai apoiando-se em seu machado, olhando para Damaru com um meio sorriso.

- Conseguimos!
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