Kinder Dieser Stadt -- Engel der Nacht

O clique da porta travando é seguido em pouquíssimo tempo pelo clique do revólver engatilhando. Um reflexo natural do Ravnos, nada mais. Ele não diz nada e também não atira, embora esteja com o cano discretamente direcionado para a nuca do motorista durante toda a viagem. Vampiros mais velhos podem ser bastante folgados, mas isso não é motivo para descontar no motorista. Vejamos onde isso vai dar...

Staten Island.

É, Sr. Gam não está ficando maluco. Eles estavam de olho nele até agora. Só estão lhe dando mais motivos para não gostar deles, esses animais. O modelo de administração da Camarilla nunca lhe agradou.

- Obrigado. - Sem se abalar, ele desce do carro.

End of Line Club... Bastante otimista. O Ravnos pega o celular e traduz online a frase a seguir: "Vaidade, ganancia e egoísmo. São as coisas que mantém o mundo unido". Esse Barão não tem muita fé na humanidade, não é mesmo? Bom, já é algo que terão em comum.

Mala nas costas, mão no bolso, ele entra.

"Muito bem, nada de especial". Continuava ouvindo a rádio, as músicas, passando por cada rua, cada avenida que levava para fora de Downtown. No caminho, porém, recebeu os informativos da rádio.

"Que tipo de crimes sádicos se cometem neste lado do Atlântico? Quatro pessoas mortas da mesma maneira? Bom, problemas humanos. E se não forem, o almofadinha da torre fálica vai dar um jeito nisto, eu presumo. Só acho engraçado isso de deixar recados nos corpos, ahahahah. Os mortos são uma espécie de mural de carne? Garota solitária, amante da noite, dançando na luz...Vai falar mais alguma coisa Debb?.."

.Enquanto continuava escutando a programação seguia rumo ao Hotel no Brooklyn.

"Vamos ver o que Baltazar tem para mim esta noite. Espero que não esteja me enrolando. Vim para este lugar confuso e com psicopatas por causa dele."

Gam
Gam

Ao passar pela porta da boate, a impressão que o ravnos teve foi de ter entrado em algum tipo de dimensão paralela.
Qualquer esteriótipo de Vampiro Anarquista que pudesse passar pela cabeça do ravnos fora quebrado, naquele momento.
A pista de dança, iluminada por refletores móveis acoplados ao teto da casa, piscava enquanto suas cores variavam,
Do alto, uma mulher observava o grande salão. Seria óbvio, se Carlisle não tivesse dito ao vampiro o nome do barão.

Pouco tempo após entrar na boate, uma garçonete se aproximava do vampiro, oferecendo-o uma bebida.

Cruel Homem Rosa

- Muito bem, farei o possível para ajuda-la, afinal é para isso que estou aqui não é mesmo? Sou um policial! Onde esta sua irmã agora? Eles a levaram? Fale-me mais sobre ela. Você tem algum palpite sobre o porquê de eles a terem atacado? Isso parece coisa de pessoas envolvidas com coisas ocultas, talvez uma seita satanista, nunca se sabe! Sua irmã ou você tem algum envolvimento com ocultismo?

Papa tentava extrair o máximo de de suco daquela fruta verde. Se não fosse sua visão, o mais provável era que o acontecido não passara de um ato de alimentação, mas ele preferia crer que não era ao acaso!

-- N-N-Não, nós nunca nos interessamos por ocultismo. Eles a levaram, num carro preto. Não sei, eles simplesmente apareceram!

Era difícil, para a mulher, responder as perguntas do Samedi. O medo ainda fazia com que ela gaguejasse e chorasse.

Não demorava muito tempo para que Papa percebesse a aproximação de um carro preto. Parado há cerca de 100 metros do vampiro, do outro lado da rua. O vidro escuro impedia que qualquer pessoa em seu interior pudesse ser vista.

Julian Rodriguez

Vai falar mais alguma coisa Debb?

A apresentadora ouvira a pergunta do Lasombra, e, então, continuava com seu roteiro, dizendo que aquele programa estava no fim e que o próximo programa a ser exibido era um talk-show chamado "NY by Night"

Após uma pequena abertura, uma música irritante que havia sido cantada por 2 ou 3 mulheres, um apresentador cumprimentava, animado, sua platéia, e em seguida dizia as atrações que teriam naquela noite.
-- Mas, antes disso... Os telefones! - Após o apresentador dizer isso, o telefone tocava e era atendido no primeiro toque.
O apresentador, chamado Matt, tinha uma pequena conversa, com uma turista, sobre pontos turisticos e atrações noturnas da cidade.

Julian finalmente chegava ao pequeno hotel no Brooklyn. Ao chegar ao balcão para fazer o check-in, fora informado de que já havia um reserva em seu nome, e fora, então, encaminhado para seu quarto.

Já em seu quarto, via uma mensagem de seu senhor, que dizia que ele deveria passar o dia no hotel, e de lá receberia mais informações.

Lulu, Joselito
-- Pois bem... O motivo de tudo isso? Uma facada nas costas da Camarilla. Algo que os perturbará por algum tempo. E quanto aos seus alvos... Vocês serão informadas em breve, nós os designaremos assim que possível.

-- Peço que esperem por um... dia. Amanhã seus alvos lhes serão entregues. - A Mulher falava, olhando para as duas mulheres. -- A propósito... Caso não tenham onde ficar, temos dois refúgios que podem ser utilizados...

Eles já o esperam, é perda de tempo participar de joguetes agora. Do contrário, será que deixariam um cliente comum entrar na boate com uma mala desse tamanho nas costas?

- Não, obrigado. - Ele nega a bebida. - Você pode me levar até aquela moça? Vim tratar de negócios. - Ele se limita a dizer à carniçal, sabendo que a mulher também não passa de outro degrau para alcançar o Barão.

E, caso a garçonete não enrole para levá-lo até lá, ele também não perderá outro segundo sequer com o degrau.

- Vim ver o senhor Cross. - Ele é curto e direto, demonstrando que não está lá para perder tempo com porta-vozes.

Uma facada nas costas, novamente vago, por alguns segundos me perguntava se realmente nosso anfitrião sabia o que estava fazendo, a única coisa que me reconfortava, ou não, era o fato de nosso arcebispo ter me designado para isto, talvez para garantir que tudo corra bem, seja como for, aqui não passarei o dia.

-Grata pela hospitalidade, mais estou próxima daqui.Então olhava para todos como aguardando se tinham mais algo a dizer.

Hoje passaria o restante da noite no telefone, utilizaria de todos meus contatos para descobrir informações não somente sobre a camarila mais sobre meu anfitrião, vamos ver com o que estou me envolvendo.

Gam
Sr. Gam já era esperado no clube. Seria burrice pensar que a xerife não teria avisado o barão de que ele teria visitas naquela noite.

Sr. Gam fora conduzido pelo garçonete até o segundo andar do clube.
A música mudara, então, quando ele colocou os pés no último degrau da escada e ao sair dela, podia ver a mulher que observava o salão. Ela vestia um sobretudo branco e botas negras que estendiam-se até os joelhos. Se aproximando, a garçonete dizia
-- Criss. Ele quer falar com você...

A mulher se virava, então, e olhava o Ravnos de cima-a-baixo.
-- Então...? - A garçonete descia novamente as escadas, enquanto Criss olhava para Axton.

- Vim ver o senhor Cross. - Ele é curto e direto, demonstrando que não está lá para perder tempo com porta-vozes.

-- Me siga... A propósito, como devo te chamar? - A mulher seguia para uma pequena ponte de metal que ligava aquela parte do andar à uma sala do outro lado do salão.

Carótida, pupilas, tom de pele, respiração, suor. Em uma questão de uma simples olhada de cima à baixo, Gilbert faz um scan completo da mulher para descobrir se ela é um vampiro ou um mero carniçal.

- Gam. - E complementa. - Sr. Gam, por favor.

Sem qualquer receio ou precaução, ele segue a mulher. Não há motivo para desconfiar de sua recepção neste lugar, não por enquanto.

- Então você é a Criss, que vai me levar até o Cross? Algum segredo bizarro por trás dessa coincidência, ou vocês são apenas filhos de pais não muito criativos?

Joselito
-- Pois bem... - Era a mulher quem falava com a pequena lasombra -- Agradeço-lhe por sua presença. Logo entregarei-lhe sua missão, cara Charlotte. E lhe garanto, serás bem recompensada.

A mulher, que até então estava entre Charlotte e o corredor que dava na saída da mansão, saía da frente da lasombra, indicando que ela poderia se dirigir ao seu refúgio.

-- Não se esqueça... Não retorne a este lugar.

Gam
Axton encontrava uma pequena dificuldade em encontrar sinais de imortalidade na bela mulher. No entanto, ao se ater à sua pequena investigação, ele encontra finalmente o que precisava: A mulher era, sim, uma vampira. Embora o ravnos não conseguisse identificar sua linhagem.

Criss ria -- Cross não é meu irmão... Mas sim, é um motivo pra eu me chamar Criss

- Que você não vai me contar, imagino. - Ele provoca, antes de mudar de assunto. - Que tipo de trato o Barão tem com o Príncipe? - Afinal, trata-se de um Anarquista com um certo respeito, para o mandarem aqui.

-- Quem sabe... - Criss se referia ao motivo de seu nome. -- Trato? É bem simples... Convivência pacífica

- Uma trégua, então. - Ele continua a conhecer seu contato. - E o Barão está satisfeito com isso? Achei que a Anarquia era contra o estilo político da Camarilla. Ou você vai me dizer que o chefia amansou?

-- E isso importa? Assuntos mais importantes batem à porta... - Criss olhava para o Ravnos. -- Mas, se quiser realmente saber... Pergunte ao Cross

- Vou perguntar... - É verdade. Papas na língua não são o forte do Ravnos. Ele se cala até encontrar o Barão.

-- Se você quer... - Havia certo sarcasmo na voz de Criss. Ela parava, então, no final da pequena ''ponte'' e abria a porta de madeira. A sala não era muito diferente dp escritório do dono de um cassino.

- Noite. - Entra o Ravnos, uma mala nas costas e uma mão no bolso.  

Cross levantava a cabeça ao ouvir a voz do Ravnos. O homem respondia, então, ao Ravnos
-- Noite... Criss, algo que eu deva saber? - Axton podia ver o Vampiro mexendo em uma gaveta de  sua escrivaninha, porém não tirava nada de seu interior.

Lulu
Annabelle se virava e, ao perceber a ausência de reação por parte de Engel ou da mulher, seguia seu caminho para fora da grande mansão. Ao chegar à porta, a lasombra percebera que ela estava destrancada, permitindo sua saída de maneira mais ágil.

A caminhada até o portão da construção, que no momento em que chegara parecia ser curta e rápida, parecera interminável e, quando finalmente chegou ao grande portão de metal, ele se destrancou com um ruído agudo.

Ao passar pelo arco de metal, que fazia com que a lasombra lembrasse do portão de um cemitério, Annabelle sentia-se, de certa forma, livre e podia ir para onde quisesse na cidade.

Passei décadas assistindo intrigas de bastidores e já tive minha cota de "amostra" de poder e parecia que não era a unica que não via a hora de ir embora, a mulher ao meu lado assim que permitida tomava o caminho da saída sem nem mesmo tentar disfarçar o desconforto que o local lhe causava, não a culpava, a inutilidade desde encontro me fez questionar o sucesso desta missão, mas faria minha parte e a parte de qualquer incompetente que não der conta, mesmo que para isso alguns tenham que morrer.

Ia em direção a porta, a instrução de não retornar a esse local certamente seria atendida, não tinha a menor intenção de voltar para cá, a passos curtos percorria lentamente o corredor que me deixara a pouco nesta sala, aproveitava para observar um pouco mais a casa, tentava identificar as nuances que o decorador tentou transparecer intencionalmente ou não, a porta estava aberta e a bela mulher já estava passando por ela, sem muita pressa também deixava a casa.

O quintal não parecia tão longo quando o caminho era a saída, no portão olhava para a jovem que a pouco estava na sala e dizia.

-Tenho uma boa noite minha cara.

Com uma leve mexida na cabeça fazia um gesto cortes e seguia meu caminho até meu hotel, observava o gado em sua rotina certos de que estavam no topo da cadeia alimentar, uma ideia que realmente não entendia, mesmo animais selvagens era mais eficientes que eles, entretanto sempre passavam por mim prepotentes, muitos nem mesmo olhava, alguns desprezavam mais no geral sempre cheios de si, pobres infelizes, para sorte deles, precisava de escravos.

Fechava a porta atras de mim, como de costume aguçava meu sentido e aguardava por alguns poucos minutos para me certificar de ninguém estava atras de mim, então respirava fundo pegava meu celular e começa a fazer minhas ligações.

El Escuro e até mesmo irma Claudine aquela salubri estranha, tentaria extrair informações de todos, com meus contatos veria o que poderia descobrir dos poderes locais, algo que pudesse usar para diminuir a influência da camarila, e claro Thompson me manteria informado sobre o que se passa nas ruas, apos verificar as informações avaliaria meus próximos passos.

Joselito
Quando chegou ao seu quarto no hotel, a primeira ação da pequena Lasombra fora verificar se havia sido seguida. Não foi muito difícil constatar que não havia ninguém seguindo seus rastros, ela estava sozinha.

Dado o primeiro passo, ela tenta obter informações sobre o poder local através de seus contatos.
El Escuro fora o primeiro a atender o celular. Ian não aparentava estar surpreso com a ligação da Lasombra.

-- Imaginei que ligaria... Qual é o problema?

Cruel Homem Rosa

A mulher tentava, fazendo o melhor que podia, olhar discretamente para o carro do outro lado da rua.
-- N-nnão... Não é aquele. - A mulher parava, aos poucos, de gaguejar, conforme ia se acalmando. O que seria de grande ajuda para o Samedi, já que desta forma, a mulher poderia voltar a raciocinar normalmente, cooperando com o ''Policial''

-- Fooi um Mercedes...

Julian Rodriguez

O Lasombra acordara, após um dia de sono. Levou algum tempo para que estivesse pronto para sair e, quando se aproximou da porta do quarto, viu um envelope branco que, na noite anterior não estava lá.
Aparentemente ele fora empurrado para dentro do quarto pela parte de baixo da porta de madeira.

-Sempre perspicaz meu amigo, mas não há problemas, estou mais curiosa.Dizia eu com um leve sorriso na voz.-Meu trabalho meu afastou um pouco da politica, e busco me colocar a par da sociedade imortal aqui em NY nos últimos 50 anos e acredito que tenha alguma informação que possa me colocar um passo a frente, e não apenas da torre.El é um excelente estrategista e como tal precisa sempre estar bem informado, era com isso que contava pelo menos.

Ouvia sua resposta atentamente, deixando transparecer claramente meu interesse e ao fim dela.

-Obrigada meu caro, sempre que precisar já tem meu numero.

Assim que desligava com El já ligava os próximos contatos, gostaria de contar com toda informação possível, não só de nossos inimigos.

Joselito
-- Hm... Longa história. Ta com tempo pra ouvir? - Charlotte sabia que a pergunta fora retórica. Ele contou a história, frisando alguns pontos como a conquista da Camarilla e os desertores de ambos os lados. Um ponto da história chamou a atenção da Lasombra: O antigo bispo, que foi destronado pela Camarilla. Até hoje, não se sabe qual foi o seu fim, tampouco sabe-se seu paradeiro.
-- É isso.

-Obrigada meu caro, sempre que precisar já tem meu numero.

-- Certo. Boa sorte, você vai precisar...

Antes que Charlotte pudesse falar alguma coisa, El desligou o telefone.

A lasombra faria mais algumas jogadas antes do final daquela noite. E sua próxima era ligar para mais um de seus contatos: Irmã Claudine

Charlotte tentou contatar a salubri, porém não conseguiu. Em todas as tentativas, o resultado fora o mesmo: Telefone sem sinal.
Aparentemente, só restava contatar Thompson, agora.

Cruel Homem Rosa
-- Minha irmã é advogada. Mas não trabalhou em nenhum caso sério nos últimos meses... Não poderia ter sido este o motivo, poderia? O Carro não tinha placa, era um mercedes c18 ou 200... Eu não sei direito. Eu queria tanto poder ajudar! Mas não pude ver muita coisa.

Gam
-- Só um novato que veio se apresentar, Cross... - Criss andava até a escrivaninha do vampiro e pegava um pequeno quadrado de papel preto, onde escrevera algo que Axton não conseguira ler.
-- Certo... Então, quem é você, companheiro? - Cross falava como um presidente de Moto-Club

- Sr. Gam. - "...mas creio que você já sabe disso", ele pensa. - Sou Algoz em Vegas, estou por aqui a mando do Príncipe com a tarefa de localizar e investigar o Sabá. - Ele vai direto ao ponto, como de costume. - Me disseram para falar com você primeiro, você tem algo útil pra mim?

Criss olhava, aparentemente surpresa, para o Ravnos, e então sussurrava, como se estivesse falando sozinha, embora Axton pudesse ouvi-la - O agente do Carlisle... Inacreditável

-- Interessante. Bom... Na verdade temos sim... Acredito que as informações que temos não lhe serão tão úteis, mas isso talvez ajude... - Cross jogava para o Ravnos um pequeno PenDrive preto

-- Obrigado. - Ele o pega no ar. E então muda de assunto, sem se preocupar em fingir não ter ouvido a mulher. - Estranho... Eu esperava que vocês já soubessem da minha vinda. Carlisle parece um cara bastante metódico, pra não dizer invasivo.

Cross dava uma pequena risada -- Carlisle é metódico... - E então Criss completava a frase do barão -- Mas eu esperava outra pessoa a mando dele...

Mas... será possível? Ambos pensam com a mesma mente? É cada uma que aparece.

- Entendo. - Não é o momento de perguntar quem seria, o Ravnos conclui. - Ele costuma vigiar tudo o que você faz também? - Ele deixa claro que Carlisle não o deixou em paz por nem um instante.

- Carlisle, Você nunca soube ser sutil... - Criss falava sozinha, novamente. -- Com o tempo ele te esquece, vai por mim - Criss sorria
-- Então... Temos negócios à tratar. - Dizia Cross, olhando para Criss. Esta, por sua vez, trancava a porta do escritório do Anarquista e então se sentava, numa poltrona e puxava seu celular do bolso -- Criss, chame-os, por favor...
Criss voltava sua atenção para o celular e, cerca de 5 minutos depois, duas mulheres batiam na porta e depois que ela foi aberta, entravam na sala.
-- Sr. Gam, estas são Anne e Nataly. Serão suas ''parceiras'' na pequena missão.
-- Alguma pergunta? - Cross dizia, olhando para o Ravnos

- Sim. - Ele responde, tranquilo. - O que elas sabem fazer? - Pergunta olhando para as garotas, como se fossem uma espécie de equipamento que acabou de receber.

-- Elas são sua passagem pro interior do ninho dos vermes - Dizia Cross

- Estou ouvindo. - O Ravnos achou que já tinha deixado claro não ter tempo pra meias respostas.

-- Nós vamos fazer com que você seja... Bom, aceito no ninho dos vermes. E te guiaremos lá dentro. - Era uma das mulheres que falava com o ravnos. Das duas, esta era a mais pálida, seu cabelo era loiro e ia até a altura do ombro. Embora um dos olhos estivesse coberto pelo cabelo, e o ravnos não conseguisse diferenciar a pupila e a íris do outro olho (Ambos tinham coloração preta) ele podia perceber que ela estava olhando para ele e a sensação que seguia esta informação não era confortável para o vampiro

- Fantástico. - Ele poderia fazer isso sozinho, mas não custa ter um facilitador. Seja como for, essas mulheres não vão entrar na cabeça dele de jeito nenhum. - Quando começamos?

-- Isso quem diz é você... - A loira respondia. -- Assim que estiver pronto

- Pode ser hoje mesmo. - Ele então ajeita a mala nas costas. - Eu só preciso passar no hotel pra me preparar.

Esticando a mão, o Ravnos cumprimenta o Barão e Criss antes de sair.

- Foi um prazer. - Ele diz. E então, para as duas. - Senhoras, onde podemos nos encontrar? - E, dependendo do local, ele marca um horário que consiga estar lá.

Combinado então, ele caminha para fora. Uma vez com a mão na porta, contudo, se detém. - Não me sigam, não me vigiem. Prezo meu espaço pessoal. - Diz, bastante sério, e sai.

Nenhum dos vampiros presentes na sala respondeu à frase do Ravnos, que em poucos instantes estava fora da boate. Novamente, um taxi esperava por ele, embora não fosse o mesmo motorista.

Direto ao ponto, El não era muito de papo, o que de fato era muito bom, caminhava lentamente ate a poltrona na sala, deslisava meus dedos por sobre seu braço sentido o couro macio antes de me sentar, recostava preguiçosamente até me ajeitar nas costa, minhas pernas ficavam praticamente inteiras sobre poltrona, minha mente viajava em suas ultimas palavras "Boa sorte", era curioso ouvir isso de alguém tão racional, talvez tenha sido irônico? Não...isso nunca fora seu forte, seja como for tinha que continuar, saia de meus devaneios e discava para o próximo número, meus pequenos e ágeis dedos percorriam os números com facilidade, irma Claudine, mas esta não atendia, respirava fundo frustada.

A noite estava quase no fim, mais ainda tinha uma pessoa que poderia me ajudar, não mais com informações, não as importantes pelo menos, mais algumas coisas poderiam ser proveitosas, Thompison, um policial com muitos contatos que certamente poderia conseguir algumas armas e nos deixar um passo a frente sobre o movimento dos mortais em um eventual ataque, aguardaria chegar então.

-Thompison, meu caro, me coloque a par de quem é quem nesta cidade entre os mortais, desde os pequenos até os grandes e corruptos.Isso poderia me ajudar a saber quem eliminar para enfraquecer a torre, não era um grande golpe, mais de certa forma poderia evitar da SWAT invadir meu refugio em plena luz do dia.

"Inacreditável. Eu acabei de dizer claramente que não quero ser vigiado e esses imbecis me mandam um lacaio de novo." - Ele pensa, assim que vê o táxi.

O táxi, contudo, pode lhe ser útil. Talvez o melhor método de escapar da vista da Camarilla seja fazê-los acreditar que ele ainda está na vista deles. Só assim não o estarão vigiando por aí. Agindo naturalmente, o Ravnos caminha até o táxi. Ele para com a mão na maçaneta da porta de trás e simplesmente começa a mexer no celular. Um táxi comum poderia irritar-se com esse passageiro lento, mas ele bem sabe que este taxista lacaio não ousaria dar um piu.

A enrolação com o celular tem um propósito simples. Esperar por alguns segundos apenas, até o momento exato em que nenhum pedestre esteja olhando na direção traseira do carro. Ele precisa desse lado da calçada livre de testemunhas. Mesmo que haja alguém vindo, um momento de distração apenas já é o bastante para ele. Quando este momento se apresenta, o Ravnos abre a porta do carro e se abaixa para entrar.  O motorista está na frente, do lado esquerdo. Ele, entrando pela porta de trás, do lado direito. Quando se abaixa, uma fração de segundo perfeita em que ele está fora do campo de visão do homem ocorre neste momento. O Ravnos desaparece (Desaparecimento do Olho da Mente), substituindo-se por uma cópia exata (Fata Morgana, Aparição; 1 FV, 2 pds). A cópia senta-se confortavelmente e fecha a porta (na verdade empurrada pelo Gilbert real ofuscado).

- Manhattan, por favor. - Ele diz, lhe passando o endereço daquele motel onde se hospedou esta noite. Gilbert, na realidade, jamais colocará os pés lá novamente.

O Ravnos fica ali de pé na calçada com a mala nas costas e a mão no bolso enquanto o carro parte. Os passantes o ignoram subconscientemente. Mesmo uma visão sobrenatural só o veria ali se estivesse procurando por ele, mas o truque foi realizado de maneira que ninguém desconfie de nada. Ele sabe, porque ele também tem experiência nesses assuntos. Ele se mantém de olho no carro até que ele suma de vista, concentrando-se para manter a ilusão funcionando até onde conseguir.

Quando o motorista perceber que não há mais qualquer passageiro no banco de trás, Sr. Gam já estará muito longe. Quando repassar a história para seus superiores, pensarão que o Ravnos apenas ofuscou-se. Irão procurá-lo naquela direção, quando na verdade ele foi para outra. Ou ao menos este é o plano. Enquanto isso o verdadeiro, sob a aparência de outra pessoa completamente aleatória, pega um ônibus a duas quadras dali e desce no Central Park.

... Finalmente, o lar.


O branco incomoda os olhos de quem é desacostumado, esconde uma série de alçapões escondidos e apetrechos de segurança ocultos sob camadas e mais camadas de ilusões perpétuas, além de disfarçar muito bem os pelos que o cachorro solta.

- Maya! - Ele recebe o monstro deformado com um afago apertado. A criatura, um cachorro doméstico imortal sobrenaturalmente modificado, é um eterno bebê esperando seu dono. - Como vai meu meninão? Olha que coisa mais gostosa! Você se comportou, se comportou? - Ele faz uma voz absolutamente ridícula para um vampiro bicentenário, brincando com o rosto do cachorro e balançando suas bochechas que pingam baba por toda a parte.

É muito fácil cuidar de um cão carniçal quando se pode comunicar ativamente com ele. O cachorro é capaz de racionar por dias os vários quilos de ração deixados pelo seu dono e cumprir suas necessidades no local adequado. Coisa que, pelo cheiro, o Ravnos assume que ele têm feito há algum tempo. Sem contar que é a segurança mais confiável que ele poderia ter em seu refúgio, além de...

- Maya, busque. - Ele diz, sério, parando com a brincadeira.

... rastrear qualquer ser vivo ou não-vivo em um raio de centenas de metros.

Só quando tem a garantia do cão de que realmente estão sozinhos ali, o Ravnos se permite relaxar. Com a porta devidamente trancada, ele abre mão da ofuscação deixando sua verdadeira aparência retornar, larga a mala a um canto, se joga no sofá e pensa um pouco na vida.

Então cá está ele, novamente em sua terra natal, e lhe parece que chegou bem na hora. A Camarilla, que ele se permite acreditar que dessa vez finalmente conseguiu despistar, o têm como um soldado descartável. Eles claramente confiam em sua habilidade, mas podem se dar ao luxo de arriscá-lo lançando-o no covil Sabá. Até então foram uns completos filhos da puta e, honestamente, a única recompensa que ofereceram não lhe é muito atrativa. O dinheiro é irrelevante. A autorização para diablerie é fútil. Veja bem, ele nunca precisou da autorização de ninguém para fazer o que bem entender, quanto mais uma diablerie.

Talvez, contudo, ele tenha uma oportunidade interessante no Sabá. Já existe uma escuta oculta na sala do Príncipe, o que lhe daria uma vantagem imensa se, hipoteticamente falando, ele decidisse utilizar seu direito divino de diablerie contra a própria Torre de Marfim. Os "vermes" estão pensando em atacar, não é? Se o Ravnos puder tornar as coisas um pouco mais fáceis, o elemento surpresa estaria do lado deles. A chance do amaranto, a única recompensa que realmente lhe seria vantajosa nessa história toda, lhe parece mais palpável assim.

Mas isso tudo são só divagações. Ele irá conhecer os punks primeiro, depois tomará sua decisão. Agente duplo? Não. Sr. Gam simplesmente trabalha para si mesmo, desde o início.

Levantando-se, ele confere se ainda há algo aproveitável na geladeira. Já faz um bom tempo desde que esteve aqui da última vez, e a única coisa mais ou menos razoável acaba sendo uma barra de chocolate branco com a validade vencida há dois dias.

Ele sai sem levar muita coisa. Um revólver dentro da calça, uns trocados para o metrô (ele já está de saco cheio dos taxistas dessa cidade), uma escuta escondida perto do ouvido, outra na cueca e uma de suas muitas identidades falsas. Afagando o cachorro, o Ravnos se martiriza por ter de deixá-lo preso nesse lugar por tanto tempo. Já faz anos desde a última vez que esse animal viu o ar livre. Mas, desde que aquele velho Tzimisce modificou sua aparência, ele não pode se dar ao luxo de caminhar por aí com ele. O Ravnos concentra-se para tentar alterar a aparência do cão como faz com si mesmo e até com todos os objetos inanimados que o rodeiam, mas é inútil. Ele ainda não possui esse domínio tão preciso da maya (não por coincidência, é como os ciganos chamam a trama da realidade).

- Um dia, amigão... - Ele promete. - Hoje não. - E levanta-se, saindo novamente. - Cuide da casa até eu voltar, ok? Lembre-se, na jugular primeiro. - Ele aponta o próprio pescoço, relembrando o cão o que o ensinou sobre arrancar a cabeça de invasores. Um exercício bobo, é claro que ele se lembra.

Ofuscado sob a aparência de um outro civil qualquer, comendo seu chocolate, ele sai de casa e pega um metrô a duas estações dali. O Ravnos está mais que confiante de que não há como ninguém o estar seguindo agora. A família Sacchetti Romas tem cara de humano, cheiro de humano, aura de humano. Eles enganam até mesmo o mundo dos espíritos. O único jeito de saberem quem ele é seria se estivessem seguindo-no desde sempre, mas aquele truque na porta do táxi deve ter sido mais que o bastante para desviar-lhes a atenção. Não, nem um Nosferatu conseguiria acompanhá-lo. Ele sabe, já conhece alguns... Ou talvez seja apenas o que diz para si mesmo várias e várias vezes enquanto viaja no metrô.

O Ravnos aparece no local que marcou com as mulheres, seja qual for, sob sua aparência normal. Ele as aguarda ali casualmente, como se nada tivesse acontecido desde que se viram da última vez.

Lulu


Não demorou muito para que Annabelle chegasse ao hotel e se visse sozinha em seu quarto.
Passaram-se segundos até que ela adormecesse e estes segundos se transformassem em minutos e estes, por sua vez, em horas.

Talvez a Lasombra permaneceria em seu estado de repouso letárgico se não fossem as batidas em sua porta. O som fora de dois toques e, ao se aproximar da porta, Anna podia ver um envelope que havia sido empurrado através do espaço entre a porta e o chão.

Joselito
-- Bom. - Thompson se calava. Alguns minutos de silêncio foram seguidas pelo som de um lápis sendo arrastado em uma folha de papel, aparentemente Thompson começou a escrever algo.
-- Vejamos... Algumas informações podem não ser totalmente precisas, mas creio que elas vão ser úteis.

Novamente Charlotte ouvia o som do lápis sendo arrastado contra a folha de papel. Thompson deve ter passado o telefone para o viva-voz.

-- Atualmente, os Ventrues são os responsáveis por toda Wall Street. Praticamente todas as empresas da cidade estão sob o controle da Torre de Marfim. - Mais frases eram escritas no papel.

-- A Polícia, os delegados e investigadores, todos se reportam à Vianna, a Xerife. - Mais anotações

-- As gangues, todos nas ruas são soldados recrutados pelos Brujah ou Gangrel. As guerras internas à Torre refletem nas ruas, e sempre há algum soldado que é morto em algum dos lados. - Mais anotações

-- O Crime organizado e o Colarinho Branco: Os Toreadores e Ventrues, qualquer um que faça parte do crime organizado se reporta à alguém que está no bolso de alguém destes dois clãs. - E mais anotações.

-- Bom, é disso que eu sei. Vou procurar mais informações e, assim que eu conseguir, entro em contato com você. - Antes que Charlotte pudesse responder, Thompson desligara o telefone.

Após pensar sobre as informações que Thompson e El lhe passaram, Charlotte decidira encerrar a noite.

Não demorou muito tempo para que ela entrasse no estado de sono profundo, enquanto os minutos passavam até que se transformavam em horas.

Na noite seguinte, se não fosse pelas batidas em sua porta, Charlotte talvez permanecesse desacordada por mais algum tempo. Quando se aproximou da porta, pode ver um envelope pardo que fora empurrado pela parte de baixo da porta, e ainda estava preso na mesma por um de seus cantos.