Long Live the King - Capítulo 1: Diese Kalte Nacht

-- Londres, 01 de Janeiro de 2010
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Londres aos olhos dos Cainitas:

Após a suposta morte do antigo príncipe, o Ventrue Michael Meyers e de seu Senescal, o também Ventrue, Peter Henryk, uma crise sucessória começou, e a sociedade Cainita de Londres se viu sem um príncipe.
A forma escolhida pelos membros de alto prestígio na cidade fora a democracia, onde os membros da primigênie e seus secretários votaram para que o novo príncipe fosse escolhido.
Anne Clarke, a primigênie Toreador assumira o trono, por 4 votos a favor e 3 contra dos primogênitos e 25 a favor e 10 contra dos secretários. Com a ascensão inesperada de Anne, uma nova primigênie fora escolhida, e com isso, a Corte dos Amaldiçoados se renovou.
Apenas os membros da antiga primigênie que votaram em Anne permaneceram com seus respectivos cargos. Aqueles que se opuseram à ascensão da Toreador, foram tirados de seus postos de prestígio, voltando a ser apenas membros na cidade.
Enquanto isso, os Bandos Anarquistas, liderados por Jack "Wolf Heart", motivados pela queda do antigo príncipe e pelo ainda não consolidado novo principado, passaram a realizar investidas contra o novo principado, na tentativa de conquistar a cidade, estabelecendo um território anarquista. Com isso, Jack quebrou o acordo de convivência que existia entre a Corte dos Amaldiçoados e os Bandos Anarquistas de Forest Hill.
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Vagas: 5
Seitas: Camarilla, Mortais, Anarquistas
Tema: Conspirações, Luta pelo Poder
Início da Crônica (História) : Janeiro de 2010

Regras de Criação de Ficha:
Ficha Básica do Fórum + 30xp
Os personagens começarão com o Antecedente Status 1. O que fez o personagem se tornar um "Neófito conhecido" na sociedade cainita Londrina ficará por conta de vocês.

Fichas por MP.

Pequena correção:
Aos jogadores que quiserem utilizar suas fichas oficiais na crônica, caso queiram, podem fazer isso, neste caso, não poderá ser feita nenhuma alteração na ficha, ela deverá ser enviada pra mim por MP "intacta".

Jogadores confirmados:
- JosephineRaven
- Overslept
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[OFF] Começando a Narrativa, aqueles que quiserem jogar (ainda tem 3 vagas disponíveis...) mandem uma MP pra mim com a ficha. [OFF]

JosephineRaven
-- Londres, 05 de Janeiro de 2010. 18:35 [Horário Local]

Juliette acabara de desembarcar no Aeroporto de Heathrow. Como garantira a Primogênita Ventrue na carta que a neófita recebera na noite anterior, enquanto ainda estava em Nova York, não fora preciso passar pela Alfândega, a entrada da Ventrue já havia sido autorizada. Caroline Wennerstrom, a nova Primogênita Ventrue dissera também que haveria um motorista esperando pela cainita. Assim que a Ventrue desembarcou de seu voo, pode ver no saguão um homem que vestia um terno branco, ele segurava uma placa com o nome da Ventrue.

Spoiler:

-- Srta. Juliette? - O Homem estendia a mão, com o intuito de segurar a mão da ventrue e beija-la - Sou Oliver Crown, é um prazer conhece-la. Carolina me falou da senhorita... Parece que as duas possuem alguns contatos em comum. - O Homem estendia a mão, num gesto indicando que Juliette passasse - Por favor, venha...

Overslept
-- Londres, 05 de Janeiro de 2014. 18:35

Agnessa estava acordada desde as 5:15 da manhã, sua "noite" de sono (Se é que, ir dormir as 4:00 pode ser considerado como noite de sono) fora interrompida pelo toque do celular da jovem rebelde. Richard, um dos líderes da gangue comandada pela jovem, havia acordado-a com uma notícia que girava na cabeça da mortal. Aparentemente, uma certa representante da ONU chegaria a cidade naquela noite, e essa poderia ser uma forma de afrontar o governo Londrino. Richard dissera para Agnessa encontra-lo em um bar no distrito de Forest Hill após o anoitecer e antes de desligar passou o endereço para a chefe.
As imensas olheiras que brotaram abaixo dos olhos da mulher denunciavam sua falta de sono, embora ela tenha convencido-se de que não precisava descansar.

Após alguns minutos dirigindo, Agnessa chagava ao tal bar em Forest Hill, a fachada do lugar não era muito diferente dos bares de motociclistas americanos, cheio de motos estacionadas na frente do lugar. Um letreiro feio em Neon brilhava com o nome do bar, "The Last Round".

  As olheiras que se estendiam pelo rosto da jovem remetiam a diversas noites de descanso retirado, porém, não era nada além do normal. Vinha seguindo esse ritmo de vida a tempos e com a ligação de Richard, não ficava nada mais do que um tanto animada. Uma diplomata da ONU pega poderia não ser só uma amostra de sua revolta contra o governo londrino, como também se tornaria um escândalo. A qualidade da segurança pública seria questionada e os imóveis guardas de chapéus peludos seriam ridicularizados diante dos patrimônios históricos que resguardavam.

Um leve sorriso se abria pelo rosto da jovem: drogas e roubos eram só o sustento. Aquilo era uma ação de verdade em nome da causa.

 Estacionando sua moto à entrada, se enchia de ânimo. Após passar por tanta arquitetura velha, residências padronizadas e capelas decrépitas, símbolos do conformismo de séculos atrás que enchia Forest Hill, aquele era seu oásis. Adentrando o local, buscava ir direto ao ponto, buscando ao redor por Richard ou algum de seus Embers. O ambiente era de seu gosto, mas havia muito tempo que não chegava uma oportunidade daquelas - e ela iria tomá-la, não importava o quê.

OFF: Pra entrar no clima:


Quando a porta se abria, uma nova música começava a tocar no bar, substituindo o silêncio do final da música anterior por um novo Riff de guitarra;

Quando a jovem rebelde entrou no recinto, todos aqueles que estavam no local pararam seus afazeres e começaram a encarar a pequena garota ruiva que entrou no bar.
Agnessa sentia o ar pesado dentro daquele lugar, o cheiro forte de charutos (misturado com o cheiro de outras substâncias que Agnessa não conseguia identificar, além de Maconha). Ainda sim, aquilo não seria um um obstáculo para a jovem, que tinha assuntos mais importantes a tratar...

Não demorava muito para que a jovem encontrasse Richard. O misterioso subordinado de Agnessa estava conversando com um grupo de pessoas, aparentemente um grupo punk.
Haviam duas mulheres no grupo, uma ruiva, com o cabelo mais ou menos na altura do ombro e uma outra, loira, com o cabelo na altura da cintura, elas pareciam discutir algo com Richard, enquanto os outros 3 homens apenas escutavam. Todos os 5 integrantes do grupo vestiam coletes, tinham piercings espalhados pelo rosto e um fato curioso era a tatuagem que os 3 homens tinham no ombro esquerdo: Uma espécie de Símbolo.
Agnessa nunca vira aquele símbolo antes, mas sabia que não era um símbolo Punk...

Símbolo:

Teste:

Não se incomodava muito com a estranheza geral. Era frequente que alguns membros da Pyre Riot se envolvessem entre as drogas, fossem no consumo ou na venda, e ainda mais frequente receber aquele tipo de olhar nestes lugares. Um dos dois, ou sua fama não se espalhara para aquele tipo de lugar de Londres, ou se espalhara bem demais. Puxando sua jaqueta sobre os ombros, seguia andando.

 Decidida, chegava diante do grupo de Richard, tentando ver se conseguia reconhecer algum dos outros cinco, mas logo voltava-se ao inglês de terno, abruptamente, à primeira pausa na conversa. Normalmente interromperia os afezeres de seus subordinados imediatamente, porém tinha de admitir que aquele homem a ajudava em vários sentidos: contatos além-submundo e influência, era um rubi queimando intensamente no meio dos outros dois Blazes.

 - Richard. - Ela chamava-lhe a atenção, enquanto observava com um certo interesse os símbolos dos três silenciosos homens - Você me chamou mais cedo. Pretende discutir sobre aquilo aqui? - Ela indagava, entreolhando o ambiente aberto.

As duas mulheres, principalmente a loira, encaravam Agnessa com um toque de arrogância no olhar. Enquanto Richard olhava para as duas.

-- Estas são Damsel - Richard apontava para a ruiva - E Velvet - O Homem olhava para a Loira, que era cerca de 15 centímetros mais alta que Agnessa.

-- ... Você quer uma alternativa, Richard? - Perguntava Damsel, aparentemente concluindo um raciocínio anterior a chegada de Agnessa. - Porque eu posso te dar uma... - A Voz de Damsel saía com rispidez, como se ela não se importasse com quem estava falando, ou como se independentemente da forma que falasse com o homem, ele acataria suas ordens.

-- Agnessa... Vá para o segundo andar... Diga ao careca na escada que eu mandei você falar com o Ninez.

Spoiler:

Bom, que seja. Desdenhando da loira com um riso sórdido, passava reto pelo grupo. Não tinha nada com eles e pouco contra, mal os conhecia além dos nomes das duas cadelas arrogantes recém-apresentadas.

- É, te vejo mais tarde então, Ric. Boa sorte no que quer que você esteja se metendo.

Chegando à escada, encarava o careca. Estava perdendo a paciência com a situação, mas ainda estava esperançosa. Não o suficiente para impedir o escárnio que cobria suas ações.

- Ninez, segundo andar... - Ela dizia, apertando um botão imaginário diante do funcionário à frente, como se o mesmo fosse um elevador.

O Homem olhava com desconfiança para a garota, mas deixava-a passar. Após subir a escada, passando por um ou dois casais se pegando, Agnessa via o novo ambiente. A atmosfera era menos carregada, e Agnessa não sentia mais o cheiro de maconha ou de charutos, em seu lugar, canela e chocolate, provenientes dos cigarros acesos.
Mesas e bancos foram substituídos por sofás de couro e uma escrivaninha, onde um homem sentado em uma poltrona apoiava ambos os pés.
O Homem vestia calças Jeans rasgadas e uma camisa social preta aberta. O cabelo negro mexia conforme o vento, proveniente de um dos ventiladores, chegava até ele. Uma pistola estava sobre a escrivaninha e ele mantinha as duas mãos atrás da cabeça, como se estivesse espreguiçando-se.

-- Ninez, tu tem visita... - Dizia uma das mulheres que estava sentada num dos sofás da sala, enquanto encarava Agnessa.

Spoiler:

    - Então, o negócio é o seguinte. - Agnessa entrava no local, partindo direto ao homem na escrivania e apoiando as mãos na mesma para chamar-lhe a atenção. - O Richard me chamou para estas bandas para discutir sobre uma tal americana que veio pescar por mais que podia levar aqui, mas parece que ele está mais ocupado com um duo que lhe agrada mais os olhos lá embaixo. Agnessa Pohl, tua visita. - Ela dizia, erguendo a mão para um aperto.

- "Ninez", não é? Quando Ric me disse quem e qual andar, eu quase me confundi um com o outro. Nome massa mesmo assim. Pois então, você pode me dizer alguma coisa sobre o assunto? Tinha alguma coisa a ver com uma Organização grande.

 Não ciente se entre aquelas pessoas sentadas na sala, como nos sofás e etc, seria o melhor lugar para discutir o assunto em todos os detalhes, mas também impaciente por ser tão rapidamente despachada por Richard antes mesmo de poder conversar com o mesmo, Agnessa partia para uma fronte reta. Fazendo-se de incerta, dava detalhes do que lhe interessava o suficiente para o homem identificar o caso, mas não rendendo informações aos que eram ignorantes à questão: que continuassem obtusos. Era um tópico complicado, como todas as insurgências, e melhor deixado oculto até sua concretização.

Um dos homens sentado no sofá a direita da mesa de Ninez ria da situação e falava com a mulher a seu lado. Agnessa conseguia escutar parte da fala
- Uau! Será .... Garras?

Ninez olhava para a garota, a expressão em seu rosto era de divertimento.
-- Er... Agnessa, certo? Acho que já ouvi falar de você, em algum lugar... Mas então, tu ta falando da garota da ONU né? O plano ja ta feito, não faço a menor ideia do porquê o Richard mandou você aqui... - Ninez entrelaçava os dedos da mão direita no cabelo que caía sobre o pescoço. - Se quiser esperar ele subir...

- ... - Com aquilo, a anarquista sem paciência se aquietava. O plano já estava pronto? Então para que diabos realmente Ric a havia trazido ali? Olhando ao redor e mantendo os ouvidos abertos, se largava no sofá desocupado mais próximo das janelas. Aquilo era um tanto suspeito, ainda mais com as tatuagens estranhas e os sussurros desconexos que ouvia, mas pelo menos, o lugar tinha cheiro de canela, fosse de charutos ou não, tornando as coisas mais agradáveis.

- É, fazer o quê, o resto é esperar o homem subir e explicar por ele mesmo. - Ela se recostava, soltando o ar de uma vez. Por curiosidade, procurava pelo símbolo diferente que vira nos outros homens entre aquelas pessoas do segundo andar.

JosephineRaven

- Certamente, meu senhor, o Arquiduque Petrucchi, é um importante associado da Sra. Wennestrom.

-- Certo... Seu motorista o aguarda, Lady Graham...  

O Homem guiava Juliette até a saída do aeroporto. Ao atravessar a porta, Juliette via um Mercedes-Benz S Class branco, uma mulher de cabelos castanhos estava parada encostada no carro, ela sorria ao ver Oliver saindo do aeroporto, e ia na direção do homem.
-- Oliver, muito obrigado por ter feito isso por mim... - A Mulher sorria enquanto dizia aquilo. A mulher olhava para Juliette, e então dizia -- Lady Juliette Graham, Caroline Wennerstrom. É um prazer conhece-la pessoalmente. Teremos muito à conversar...

-- Minha bela Carolina... Devemos ir logo, não convém ficar aqui... - Oliver dizia isso olhando ao redor, com desconfiança. -- Certo, vamos... - Respondera Carolina

Carolina abria a porta e gesticulava para que Juliette entrasse. Ao entrar, a Ventrue podia ver um homem vestindo um sobretudo vermelho e preto com traços bestiais em seu rosto, sentado no banco ao lado do motorista.
Os dois cainitas, Carolina e Oliver entravam, sentando também no banco de trás, e o motorista dera, então, a partida no carro.

-- Drag. Eles estão lá fora, certo? - Dissera Carolina, se dirigindo ao homem de sobretudo.
-- Sim, Caroline... À sua esquerda - O Homem apontava para uma moto preta que andava acompanhando o carro em que Juliette estava. -- E à sua direita... - O Homem apontava para uma outra moto.


Chegando ao Elísio, o Her Majesty's Theatre, Oliver e os demais entravam no local, dispensando o motorista e os motociclistas que escoltavam o carro.

Ao entrar no Elísio, sendo guiada por Oliver, Juliette chegara ao palco, onde via um homem loiro cantando uma música.

-- Belíssima, Pade. É uma bela composição... -- Dissera Carolina, seguindo até um dos acentos da primeira fila, sentando ao lado de uma mulher. - Jennifer, diga a Anne que ela está aqui.

Poucos minutos depois, a mulher voltava, conversando com outras 3 mulheres.

-- Lady Juliette, estas são Jennifer Harten, Meri e Anna Murphy. As três Harpias. - Disse uma das três mulheres que chegara ao local. -- Eu sou Anne Clarke. - Juliette sabia da mudança do principado, mas não sabia quem era o novo príncipe. -- Príncipe de Londres.

Mercedes:

Carolina:

Drag. :

As Harpias:

Anne Clarke:

Overslept
Após cerca de 15 minutos, Richard aparecia no segundo andar do bar. Ao chegar, cumprimentava Ninez, que sorria e cumprimentava-o com a cabeça. -- Richard. Essa aqui é pra você. - O Anarquista então jogava uma caixa vermelha para o aliado de Agnessa.

-- Certo. Agora, tratemos de negócios... - Richard olhava para Agnessa, sorrindo. -- Bom, Ninez, essa é Agnessa, claro que você já sabe disso. - Richard dava uma pausa antes de continuar falando. -- O Esquema ja ta pronto, pegaremos a garota no Elísio. Agnessa pode ajudar a gente. Como eu disse, ela tem soldados, e soldados podem ser substituídos caso aconteça alguma merda. Então, você coloca ela no jogo.

-- "Ela tem soldados"... Ela tem gado, você quer dizer. Tu sabe o que a gente vai fazer, não sabe Rich? Não precisamos de gado, precisamos de soldados de verdade. -- Agnessa não fazia ideia do que os anarquistas diziam... Primeiro tatuagens com símbolos estranhos, depois "Elísio", agora essa de rebanho e soldados de verdade... -- Anda logo Rich, me dá algo com o que eu possa trabalhar... Se eu precisasse de gado, eu não precisaria te chamar... Tem umas 80 cabeças lá embaixo.

"Vou precisar ter um papo reto com o Richard depois disso... Mas por enquanto, mãos à obra."

- Olha, não sei com que tipo de fazendeira você está me confundindo, mas se for para ferrar com o governo londrino, conte comigo. Já passei por uns grandes apertos nas mãos desses caras e, por mim, é melhor acabar com o problema. - Ela dizia, virando-se para Ninez - Não me importa que tipo de grupo, seita, ou sei lá que vocês sejam: a Pyre Riot pode muito bem acabar com esse tal de "élisio". Só dizer onde, e quando.

- Se quiserem me explicar alguma merda do que vocês estavam falando, também ajuda. Coloque seu dinheiro naqueles que lutaram várias vezes e sobreviveram - Melhor do que tentar diferenciar alguém por uma patente. Tenente, soldado, "gado"... O que quer que isso queira dizer.

JosephineRaven

Não havia nenhuma mensagem nova na caixa de entrada do e-mail de Juliette

- Boa noite Nobre Majestade, sou Lady Juliette Graham, progênie de Johan Petruccci, progênie de Jan Pieterzoon, progênie de Hardestadt o jovem, progênie de Hardestadt, o ancião, progênie de Veddartha, progênie de Ventrue. De acordo com a quinta tradição da Camarilla, estou aqui para rogar por sua aceitação neste domínio.

Anne sorria, ainda não estava acostumada com reverências... -- Juliette... Gosto do seu nome, forte, nobre... Combina com uma Sangue Azul. Minha cara, sua permanência em meu domínio fora aceita antes mesmo de sua chegada.

Uma garota que aparentava ter cerca de 16 anos se aproximava de Anne.
-- Senhora, a lista do evento de amanhã. Ainda não conseguimos a confirmação do último convidado.
-- Nikolle... Não se preocupe, ele virá... A Propósito, inclua mais um membro à lista... - Anne escrevia o nome do convidado na prancheta da garota.
-- Sim senhora... - A Garota se retirava, indo me direção à entrada do teatro.

-- Desculpe... Estamos um pouco atarefados... Anna está organizando um baile. - Dissera Anne -- Amanhã a noite. Venha, Carolina pediu que eu a convidasse. - a Príncipe entregava um envelope vermelho vivo, fechado por um selo de cera com o símbolo do clã Ventrue, para Juliette -- Não posso me esquecer de uma coisa... Eu e Carolina temos negócios a tratar com você, Lady Juliette. Foi por isso que a chamamos aqui.

Carolina, que estava conversando com as três Harpias se aproximava de Juliette e de Anne
-- Anne... Podemos conversar em sua sala? Elizabeth pediu que eu chamasse você e Juliette... Acho que não deveríamos esperar muito, sabe que precisamos poupar tempo. - Anne fizera um gesto com a cabeça, concordando com Carolina. Esta, então, dizia - Lady Graham... Venha conosco.

Carolina e Anne guiavam Juliette até uma sala um andar acima do palco. A Sala, com vista para o palco e para o saguão do teatro, era ampla, com 2 sofás (um em cada lateral), alguns quadros e fotografias, uma escrivaninha de madeira, uma cadeira executiva atrás da mesa, e 3 cadeiras menores a frente. No meio da sala, uma Harpa de madeira fora colocada.

-- Lady Graham, esta é Lisbeth, minha secretária - Carolina dizia, apontando para uma mulher que usava um notebook, sentada em uma das cadeiras em frente a escrivaninha.

Lisbeth:

Overslept
-- Se você acha que é capaz... Siga em frente, então. -- Ninez ria, como se sua frase fosse uma piada. -- Richard, você sabe quando será o ataque. Prepare sua pequena garotinha pra luta. Dragan não vai deixar a gente entrar facilmente...

-- Certo Ninez... Você tem outro jeito de entrar, é bem a sua cara... - Richard parecia entediado naquele lugar. -- Era só isso? To indo embora. Agnessa, amanhã, as 20:00. Esteja lá. - Richard entregava um papel dobrado à Agnessa, com um endereço escrito.

Lady Juliette era bem recebida na Corte, mas vindo do clã da Rosa, isso era mais do que se esperar. A Ventrue estava só esperando a hora de começarem as bajulações que seriam seguidas de algum pedido ou troca de favores. Juliette não sabia porque todos sempre falavam tão mal do seu clã, os Toreador conseguiam ser muito piores.

“Baile...” - por que tudo sempre tinha que girar ao redor de um baile para eles? De qualquer maneira, Juliette agiria da maneira como sempre fazia, sorrir, fingir e aproveitar a situação para manipular as pessoas ao seu favor.

- Não se preocupe, estou a disposição da senhora. - dizia com um sorriso pegando o envelope da mão da Príncipe.

- Aparentemente, também não desejo perder muito tempo pois tenho outros assuntos para tratar aqui em Londres. Eu as acompanho. - dizia a inglesa indo atrás das mulheres.

Tirando a harpa no centro da sala, todo o resto parecia bastante simples mas ainda assim sofisticado. Lady Graham cumprimentava a secretária com um aceno de cabeça e esperava que fosse convidada para se sentar.

AlexanderA.S.F escreveu:-- Se você acha que é capaz... Siga em frente, então. -- Ninez ria, como se sua frase fosse uma piada. -- Richard, você sabe quando será o ataque. Prepare sua pequena garotinha pra luta. Dragan não vai deixar a gente entrar facilmente...

 O sarcasmo do homem já estava desafiando sua paciência, mas Agnes forçou-se a se acalmar, respirando fundo. Ainda sabia de muito pouco, e aquilo lhe intrigava. Porém, tinha uma sensação que não tiraria muito daquele homem que acabara de conhecer, então decidiu esperar um pouco, calada. Até que Richard começava a deixar o local, e Agnes seguia-o, descendo as escadas.

AlexanderA.S.F escreveu: -- Agnessa, amanhã, as 20:00. Esteja lá. - Richard entregava um papel dobrado à Agnessa, com um endereço escrito.

 -- Ei, espera aí, seu croquete. - Ela parava-o, após voltarem ao primeiro andar. -- Explica que merda foi essa. Como se não fosse o suficiente vocês só falarem em códigos, o palhaço lá em cima tomou a liberdade de tirar sarro de mim sempre que eu abria a boca. Que tatuagem eram aquelas? O quê vocês querem dizer com "rebanho"? Quê tipo de grupo é esse? Se você vai querer colocar todos no esquema, vai ter que colocar as cartas na mesa. - Ela dizia, dando uma bisbilhotada no conteúdo do papel dobrado.

JosephineRaven
Anne passava por Juliette, e sentava-se na cadeira atrás da mesa. -- Sentem-se, por favor... - A Toreador, que até alguns instantes atrás estava sorrindo, agora mantinha um semblante sério, enquanto olhava para Carolina. -- Srta. Wennerstrom, você tem a palavra.

Carolina aparentava estar surpresa com aquilo, provavelmente imaginava que Anne falasse primeiro. -- Certo,acredito que, nesse momento, seja melhor jogar limpo... Srta. Graham, houve um motivo para que eu pedisse a Anne para permitir sua entrada em Londres. Estamos passando por certos problemas após a - Carolina parava, como se estivesse pensando no que dizer. -- Morte, inesperada, de Michael. E a ascensão de Anne foi um acontecimento que causou certas retaliações por parte de alguns cainitas da cidade. Perdemos alguns membros importantes da base de apoio da corte, principalmente do clã Ventrue. Então, após ter deliberado sobre, e após ter estudado minhas opções. Creio que devemos restabelecer essa base. - Carolina olhava para Anne. Não era possível detectar alguma emoção no semblante de Anne, seu rosto era como uma máscara, olhando fixamente para Juliette. -- E foi por isso que a chamei aqui. Você é minha escolha para restabelecer essa base de apoio. Dentro da sociedade inglesa, você foi a cainita mais próxima do que eu preciso.

Overslept
-- Você não vai querer saber que tatuagens eram aquelas. E quanto aos "códigos", se quer realmente saber... Ele simplesmente disse que seus homens são alvos fáceis para aqueles que vamos atacar. -- Richard não apresentava nenhuma emoção em seu rosto. -- Amanhã, as 8 da noite. Esteja lá.

Richard então saía, ao tirar o casaco de lã que vestia, Agnessa podia ver uma tatuagem em sua clavícula: Um tipo de coroa.

Spoiler:

Spoiler:

 -- Londres, Forest Hill, The Last Round - 05 de Janeiro de 2014, 20:00.

 Estresse. Tensão. Ansiedade e apreensão. Agnessa desafiava seu próprio vocabulário ao listar todos os receios que sentia percorrerem-lhe o corpo: aquilo não era normal. Um mal pressentimento vinha à superfície, enquanto Rich saía do bar, de rosto impávido. A lua a muito já se erguia ao céu, e embora ela não chegasse a considerar muito a necessidade pelo sono, sabia que o mesmo não era válido para seus conhecidos: tinha de agir logo. Afinal, as músicas do local já estavam começando a se repetir e o cheiro, a se tornar nauseante.

 Trovejava para fora do bar, agitada. Subindo em sua motocicleta, atravessava novamente Forest Hill, por suas vias rodeadas por árvores de ambos os lados, e relativamente elevada em comparação com o resto de Londres, fornecendo a ela uma visão quase panorâmica da cidade em alguns pontos. Ligava para os seus dois outros Blazes, Josh e Muhammed, instruindo para que a encontrassem daqui a três horas, no terreno abandonado atrás do antigo museu de Sherlock Homes, o qual foi substituído a alguns anos por seu equivalente em Baker Street. Tinha que informá-los sobre o assunto, deixando óbvio que era algo grande e importante. Também sugeria que eles não trouxessem todos seus Embers: um grupo tão grande chamaria a atenção, estando ou não naquele terreno isolado. Mas que espalhassem a notícia para todos.

 Desligando a chamada, entretato, seguia para outra direção... Mentalmente, retomava o que havia ocorrido desde que chegara no bar. Fosse uma maneira de acalmar-lhe os nervos ou de ver a situação de maneira diferente, Agnes tinha certeza que aquilo era importante. Forest Hill, o Last Round, as afetadas Dansel e Velvet, Richard e Ninez... Este segundo subestimava seus aliados, mesmo nunca tendo os visto antes. Poucas perguntas foram respondidas e, em especial, a que foi mais descaradamente evitada: os dois símbolos que ainda relampejavam por sua mente, atiçando-lhe a curiosidade.

 -- Londres, Kilburn, Apartamento Alugado - 05 de Janeiro de 2014, 20:37.

 O bairro de irlandeses reclusos não era de grande importância no momento: a rebelde afligia-se com seu próprio esmero. Deixando a motocicleta no estacionamento, como costumava fazer, não tinha a tolerância necessária para esperar pelo elevador. Morava no segundo andar, e portanto, adentrou após subir impetuosamente pelas escadas. Destrancava e trancava a porta ao entrar, brigando com as chaves no processo. Entre um cômodo de entrada um tanto desordenado para o puro caos no interno, posicionava-se, após tirar uma lasanha instantânea do microondas, diante da brilhante tela.

Spoiler:

 Corria seus dedos por sobre o teclado, buscando e buscando... Aqueles dois símbolos, a "cruz com a ponta substituída por um círculo" e a "coroa branca sobre um fundo negro" não passariam sem serem averiguados. Diferente de como todo bom internauta amador é ensinado, Agnes tinha plena noção de que nem todas as respostas de tudo no mundo poderiam ser encontradas no Google, o que esperava que fosse ao seu auxílio naquela hora de necessidade.(Computador 2)

 Ainda assim, não havia concluído o que pretendia buscar ainda. Pesquisava ainda por Ninez, incluíndo suas características físicas e, mais à fundo do que já sabia, averiguava Richard Newmann, seu poderoso aliado que havia a pouco tornado-se tão misterioso. Por fim, buscava pelo termo "rebanho" e "elísio". Dentre aquelas buscas, supunha, alguma deveria dar resultados úteis.

 Planejava mentalmente o que iria discutir com seus subordinados: tinha de deixar claro o que iriam fazer. Muhammed e seus Embers eram conhecidos por não somente serem peludos, discriminatórios e do Oriente Médio, como também conseguiam manusear bombas. Como último recurso, explodir o tal "Elísio" talvez não fosse uma má ideia. Enquanto isso, o australiano Josh e os seus controlavam o armamento daquela parte do submundo londrino. Seriam extremamente úteis no ataque e, Agnessa pensou, poderiam vir a calhar distrubíndo armas mais potentes, já que aquele, de acordo com Rich e Ninez, seria um confronto difícil.

 Passava o tempo que ainda tinha arrumando um pouco as suas coisas, rabiscando os dois símbolos que vira em folhas avulsas, deixando-as perto do computador, deixando o celular para carregar e descansando. Ver um pouco de TV, terminar a lasanha instantânea e praticar arremesso com a lata de refrigerante vazia eram lazeres insignificantes, mas às vezes as coisas pequenas eram as que mais contavam. Agnessa até permitiu-se dormir um pouco, com um alarme que demarcava o horário: 23:00. Sairia então para encontrar-se com os membros da Pyre Riot.

Spoiler:

 -- Londres, Dulwich Leste, Atrás do Museu Abandonado de Sherlock Homes - 05 de Janeiro de 2014, 23:21.

 Chegava ao local um pouco mais tarde do que o combinado, mas era um atraso esperado. Em quase todos seus encontros, aquilo ocorria, adiando o próprio compromisso para até meia hora além do horário. Retirando de sua jaqueta um maço pequeno, olhava ao redor entre os presentes. Organizaria-os para algo a mais, não só simples roubos e negócios pequenos. Todos tinham seus motivos diferentes um dos outros, mas dividiam o rancor contra o sistema britânico.

 Por outro lado, algumas coisas eram fundamentalmente mais importantes.

 -- Algum de vocês tem um isqueiro? - Agnessa indagava, sacudindo o cigarro.