Kinder Dieser Stadt -- Engel der Nacht

O DJ dançava enquanto, sobre seu pequeno palco particular, agitava a plateia e belas garotas faziam acrobacias com hastes em chamas. Os membros daquele pequeno show de horrores pareciam se divertir, movendo seus corpos ao som da batida que misturava Eletrônica com Gothic.
Quando o homem decidiu que aquele era o momento certo, ele saiu de seu observatório e seguiu, ao lado de suas duas seguidoras, por um caminho aberto no que parecia ser uma pista de dança.
Conforme o homem se aproximava, os presentes se afastavam, abrindo caminho para que ele passasse. E quando ele finalmente chegou ao palco, a música parou para que todos pudessem ouvir sua voz.
-- Você sente a força, sente a nova liberdade? – O Homem falava em alemão
-- Sim! – Todos os homens e mulheres que estavam na estranha rave falavam, em uníssono.  -- Nascida de um passado obscuro, a memória da sua antiga vida empalidece na sombra de um novo tempo!
-- Me dê a mão! Nosso mundo irá queimar. A dor e o medo vão desaparecer no fogo. – O Homem sorria dizendo aquelas palavras. – Me dê a mão! Nosso mundo está queimando. Nosso orgulho e nosso sangue ficarão unidos por toda a eternidade!
Dizendo isso, o homem sorria e bebia de um copo de prata. O Líquido, vermelho vivo, manchava seus lábios, e escorria pelo canto de sua boca.



Faz 50 anos que a Camarilla tomou o poder da cidade de Nova Iorque, e o fato de, nestas 5 décadas, o Sabá nunca ter tentado alguma retaliação para retomar o poder, fez com que a suposta ameaça de um ataque da seita inimiga deixasse as pautas da reunião do “Círculo dos 7”, como era chamado o círculo de primogênitos da cidade.
Porém, devido a conflitos internos à própria Torre de Marfim, fizeram com que a capacidade do Príncipe Ventrue Carlisle Masen de administrar uma cidade do porte de Nova Iorque passou a ser contestada.



Seitas: Camarilla e Sabá
Tema: Política Vampira

Gam
Gilbert não tivera problemas para chegar à cidade.

Por volta de 19:55, ele já havia desembarcado do avião no Aeroporto Internacional John F. Kennedy. O aeroporto estava bastante cheio com milhares de turistas que chegavam ou partiam da cidade. Os balcões das diversas companhias aéreas eram cercados por filas imensas enquanto o saguão se tornava cada vez mais barulhento.
Ao sair do saguão do Aeroporto, Axton podia ver a lua cheia, que brilhava no céu. O vento sobrava uma leve brisa que carregava, consigo, um forte cheiro de chuva.
Pouco depois de sair pelo portão principal do aeroporto, podia ver um homem de cabelos negros. Através de um ponto eletrônico semelhante ao que Gilbert usava, escondido sob sua orelha, ele falava com alguém.
-- Ele chegou. - Ele dizia ao ver o Ravnos, se aproximava, então, do vampiro e abordava-o
-- Gilbert Axton? Venha comigo por favor. - O Homem apontava para um Mercedes C200 preto, onde Gilbert podia ver uma mulher loira atrás do volante.

O Ravnos percebia que sua chegada à cidade já havia sido prevista pela Camarilla, e aparentemente o Príncipe Carlisle Masen o esperava.

Lulu
A Lasombra havia presenciado à estranha cena da noite anterior. As palavras do organizador da rave em Staten Island ainda ecoavam em sua cabeça. Mesmo que a garota não falasse Alemão, ela sabia o que ele havia dito. "Você sente a força, sente a nova liberdade?"

Ela se lembrava de cada palavra dita pelo sujeito, assim como cada palavra do brado recitado por aqueles que, assim como ela, estavam na Rave.
"Sim! Nascida de um passado obscuro, a memória da sua antiga vida empalidece na sombra de um novo tempo! "

Ainda não fazia sentido para a neófita o que ele queria dizer com aquilo, mas desde a noite anterior estas palavras não param de ecoar em sua mente. "Me dê a mão, nosso mundo irá queimar. A dor e o medo desaparecerão com o fogo! Me dê a mão, nosso mundo está queimando. Nosso orgulho e nosso sangue ficarão unidos pela eternidade"

A cainita sabia que, naquele momento, sua missão era mais importante do que suas dúvidas. Seu criador mandou que ela fosse à Rave, e na noite seguinte se apresentasse a um cara conhecido apenas como "Engel".

A lasombra não tinha informações. Seu criador apenas dissera "Vá para a ilha. Lá você saberá o que fazer." Pelo jeito, Stanten Island seria seu destino.

Ah, Nova Iorque! Como é bom voltar pra terrinha de vez em quando. O cheiro de fumaça, mijo e perfume fajuto. As buzinas, balas perdidas e palavrões gritados a plenos pulmões. Deus, como ele ama essa cidade. Por que havia saído daqui, mesmo?

-- Ele chegou. - Ele dizia ao ver o Ravnos, se aproximava, então, do vampiro e abordava-o
-- Gilbert Axton? Venha comigo por favor. - O Homem apontava para um Mercedes C200 preto, onde Gilbert podia ver uma mulher loira atrás do volante.

Ah, claro. Por isso.

- Naturalmente. - O Ravnos firma a mala em suas costas e, com a mão livre, dá uma alisada na camiseta.

Ele age como se ser esperado já fosse esperado, fingindo ter total controle da situação. Não é a primeira vez que ele simplesmente é recebido pelo nome que nunca usa e direcionado para vampiros que nunca quis ver assim que pisa em algum lugar. É como se o mundo simplesmente o proibisse de ter um descanso. Qual era mesmo o nome do babaca que comandava por aqui? Alguma coisa Mason, certo?

Ele chega até o veículo e aguarda pacientemente até que abram a porta para que entre. É engraçado como esses caras da Camarilla são condicionados a lamber ovos. Basta fingir que os seus são grandes o bastante.

Cruel Homem Rosa

A Cena era um tanto inusitada. Um casal andava na direção do Samedi e o homem cantava uma música, mas o vampiro não conseguia compreender as palavras.

-- Wir sind d...e Engel dr Nakt. Wir sind die Kind...r die...er S..dt

O Samedi não compreendia totalmente o que o homem dizia, tampouco conseguia absorver todas as palavras perfeitamente. A cada passo o casal, que andava em perfeita sincronia, se aproximava mais do Samedi, que por algum motivo, não se movia.

O Casal ria enquanto parava de andar por alguns instantes e olhava ao redor. Papa Paradise conhecia aquele local, ele sabia onde estava: Staten Island.
Quando finalmente voltavam à lenta caminhada, o casal dava cerca de 4 passos e então passava através do corpo do Samedi, que instantaneamente acordava.

Subitamente, o Cainita se levantava de sua cama. Tudo não passara de um sonho, um sonho estranho.

Gam

- Naturalmente. - O Ravnos firma a mala em suas costas e, com a mão livre, dá uma alisada na camiseta.

O Homem guiava o ravnos até o carro, sem proferir uma palavra sequer.
O Silêncio, naqueles segundos de caminhada era perturbador para o cainita, que não encontrava um motivo óbvio para isso. Ele conhecia a Camarilla, sabia como ela agia mas, ainda sim, aquilo o perturbava por algum motivo.

Ele chega até o veículo e aguarda pacientemente até que abram a porta para que entre. É engraçado como esses caras da Camarilla são condicionados a lamber ovos. Basta fingir que os seus são grandes o bastante.

O Homem abria a porta da Mercedes e, educadamente, fazia um gesto para que Gilbert entrasse no carro. Em seguida, o homem entrava e sentava-se no banco ao lado da motorista.

Durante todo o percurso, que durou cerca de 35 minutos, a motorista não disse uma única palavra. Gilbert podia ouvir, esporadicamente, o murmurar do homem, como se estivesse falando com alguém através do ponto eletrônico em sua orelha.
Quando finalmente chegaram ao destino, Axton estranhara o grande prédio, a fachada refletia, quase perfeitamente, a rua à sua frente. Um letreiro, na marquise da construção dizia "Corporação Masen".

Olhando atentamente, Gilbert podia notar que a "barra" usada para separar as Letras "M" e "C" no logotipo da corporação era, na verdade, um cetro que tinha certa semelhança com o símbolo do clã Ventrue.

Spoiler:

Ao entrar no prédio, um vigia noturno cumprimentava o homem e a mulher que seguiam Gilbert e chamava o elevador para o trio. Ao chegar ao 105º andar do prédio, Gilbert ouvia a voz da motorista do carro que o trouxera até ali.
-- Bem vindo à Torre de Cristal... - A mulher então ria, enquanto a porta do elevador se abria.

O salão que o Ravnos via parecia ter sido decorado por um toreador. Rosas vermelhas e brancas em vasos de cristal decoravam o lugar. Ao final daquela sala, uma porta dupla de madeira negra estava fechada e, vindo do outro lado, uma música instrumental podia ver ouvida.


Quando o trio se aproximava da porta, ela se abria, e uma sala com aproximadamente o dobro da anterior se revelava. A parede da sala era uma imensa janela, onde um homem de cabelos negros olhava para a cidade.
A altura do prédio, que era o mais alto da cidade ultrapassando a freedom tower por 1 andar, permitia que toda a cidade fosse vista.

Spoiler:

Quando o homem se virou, Gilbert o reconheceu, mas só fez a ligação após perceber que os outros dois que com ele estavam, reverenciaram o homem.

Julian Rodriguez
Julian acabara de chegar à Nova Iorque. Na última vez que falara com seu mentor, Rodriguez foi instruído a ir para a cidade. Baltazar mencionara algo sobre uma missão que o Lasombra deveria cumprir.
Seu trabalho a mando de seu senhor deveria ser realizado o quanto antes, mas as tradições falavam mais alto.
Julian era um recém-chegado e o prestígio de seu senhor de nada serviria se ele não obtivesse, primeiro, a autorização do Príncipe Carlisle. Aquele seria, então, o primeiro passo de Julian.

O Lasombra, em seu carro, seguia para Manhattan, onde se localizava o Elísio.

A Torre de Marfim era um imponente prédio localizado no centro da cidade. De frente para o segundo maior da cidade, a Freedom Tower. A Torre de Cristal - Como era chamada a construção de 105 andares, sede da Corporação Masen - era um imenso totem de aço e vidro. Refletia com detalhes a rua à sua frente e era cercada por seguranças.

Julian se aproximava da torre quando foi abordado pelo homem que, no centro do saguão, estava sentado no interior de um grande balcão, cercado por alguns monitores. Ao ver o lasombra se aproximando o homem tinha total convicção da natureza de Julian, era impossível para ele manter as aparências naquele lugar, cercado por espelhos e câmeras de segurança.

-- Pare. O Sr. Masen está em reunião, terá de esperar para vê-lo.

Não que Angus tivesse algum dia sido do tipo papai mas, francamente, isso estava ficando estranho. Andara confiando demais nela e, a julgar pelas missões de aparência não muito agradáveis, isso não parecia muito bom.

Ao chegar na cidade que o mentor a havia mandado, encaminhou-se diretamente ao ponto e motivo de sua viagem: uma festa. Basicamente o habitat natural de Anna. Ok, não era de todo mal. Talvez até pudesse se divertir um pouco.

Ouviu a aconchegante batida de longe mas, ao entrar no local de fato, deparou-se com uma cena tão bizarra que seus planos e expectativas afundaram no chão.
Mas que m...?

Uma espécie bem diferente de crentes se encontrava ali. Entoavam um coro de frases muito loucas e a garota quase deu meia volta quando o que parecia ser o pastor ergueu uma taça no ar e levou aos lábios, babando a boca de... vinho?

Ora, era nova nessa vida, afinal. Não vira muitas coisas do seu próprio mundo novo, mas seu instinto dizia que era o lugar certo. Bom, ela estava no endereço correto e aquela esquisitisse não podia ser à toa.

Tomando cuidado para ouvir o ritual até o final, foi embora naquela madrugada a procura de um motel próximo, onde dormiu com a cabeça confusa.

Na noite seguinte, acordou pronta para voltar ao local da festa. Ela deveria falar com um tal de Engel e não fazia ideia de como achar esse cara. Confiando mais uma vez nas direções de Angus, fechou a conta do quarto e voltou até o local da rave.

Masen. Que bom que ele escreve o próprio nome na porta de entrada, ou Gil teria cometido uma gafe. E, com uma olhada mais atenta, ele consegue notar inclusive o clã do animal. Claro, tinha que ser um Ventrue. Mais chamativo e esdrúxulo que isso, só se ele nomeasse o lugar como "Torre de Cristal" ou algo parecido.

Tranquilamente, ele sobe com as crianças. Na Camarilla as coisas funcionam assim: Os adultos mandam, as crianças obedecem. Esses dois inúteis estão bem perto do Príncipe, então talvez sejam - sei lá - pré-adolescentes. Gil aproveita a proximidade no elevador para reparar bem nos seus dois colegas. Cor-de-pele? Respiram? A jugular, pulsa? A partir de sua experiência, ele tenta diferenciar se um ou ambos são carniçais.

O elevador se abre. O motorista apresenta o lugar, e Gilbert quase cai na gargalhada junto com a moça histérica. Torre de Cristal? Você só pode estar de sacanagem. O motorista, até então, agiu como um completo capacho, portanto não deve ser muito importante. A mulher, por sua vez, tem a ousadia de gargalhar na porta de entrada. Se ela não for importante, ao menos pensa que é.


E então, hei que todo o drama é finalizado. Surge o Príncipe Don Masen De la Frutê, Cria de Miss Universo Blablabla, sobrinho de Mister Pompa, etc. Gilbert nota os dois reverenciando-o. Ele, por sua vez, o cumprimenta a seu próprio modo.

- Boa noite, Masen. - Não há reverência, mas também não há grosseria. É como se ele falasse com um vizinho de porta enquanto sai de casa com um roupão pra pegar o jornal. - Você poderia ter simplesmente me ligado, se precisava de alguma coisa.

Um neófito seria assassinado por tamanha ousadia. Gilbert, não. Ele não representa qualquer ameaça para o Príncipe, muito pelo contrário. Se o Sangue Azul fez tanta questão de pesquisar seu passado (Gil já foi membro da Camarilla nesta cidade, então já imagina onde ele encontrou seu nome) e fazer com que ele fosse trago até aqui, ele precisa de alguma coisa. No mais, ao menos por enquanto, o Ravnos não é qualquer Independente sem pai nem mãe. Ele é - ou melhor dizendo, está - um funcionário da Torre de Las Vegas. Masen não pode simplesmente ameaçá-lo, seria uma afronta aos seus pretensos patrões.

Cruel Homem Rosa

Ele concentra-se um pouco tentando visualizar detalhes do local onde o casal dançava, talvez conseguisse lembrar de algo que lhe desse uma direção, um local mais especifico, detalhes!

Papa demorava um pouco para conseguir captar em sua mente os detalhes do sonho profético. A cena ainda estava embaçada, mas com o tempo sua mente clareava.

O homem andava, em passos ritmados e em perfeita sincronia com a mulher ao seu lado. Ele cantava uma estranha canção, embora o Samedi não entendesse os versos, conseguia captar as palavras ditas por ele.
-- Wir sind die Engel der Nacht. Wir sind die Kinder dieser Stadt

Olhando ao redor, antes que o casal atravessasse o corpo do Samedi, ele podia ver com detalhes o local onde estava.
Aparentemente era uma espécie de bairro "industrial" de Stanten Island. Ambos os lados da rua eram preenchidos por galpões, todos protegidos por grades e muros altos. O Samedi estava parado em frente à entrada para um desses galpões e ela estava aberta. Havia luz saindo do interior da construção, e uma estranha batida de música eletrônica. Quando se deu conta disso, o Samedi despertara, no exato momento em que o casal 'atravessaria' seu corpo, como se ele não passasse de um fantasma.

Então fora isso, Papa não conseguia se lembrar, com mais detalhes, da cena profética.

Ele então lembra-se de olhar o celular, objeto muito rejeitado por ele por algum tempo, mas percebeu que podia ser uma ferramenta de informação bem útil! certamente esperava por algumas mensagens de Robert, detalhando novidades, ou menos comum alguém da primigenie, sua lista de contatos não era grande!

Não haviam novas mensagens para o Samedi. Aparentemente ele estava sozinho com seus pensamentos.

Lulu

Na noite seguinte, acordou pronta para voltar ao local da festa. Ela deveria falar com um tal de Engel e não fazia ideia de como achar esse cara. Confiando mais uma vez nas direções de Angus, fechou a conta do quarto e voltou até o local da rave.

Annabelle chegou, sem problemas, ao galpão onde ocorrera a Rave na noite anterior. Quando chegou ao local, se deparou com o portão de ferro do galpão, trancado. A construção parecia abandonada, e não havia o menor sinal de 'vida' naquele lugar.

Após alguns minutos esperando, a Lasombra percebia a presença de uma mulher. Oculta nas sombras, ela observava a cainita com olhar atento. A lasombra conseguia se lembrar de seu rosto, ela o vira na noite anterior... Ao lado do homem que 'discursara'.

Gam

Tranquilamente, ele sobe com as crianças. Na Camarilla as coisas funcionam assim: Os adultos mandam, as crianças obedecem. Esses dois inúteis estão bem perto do Príncipe, então talvez sejam - sei lá - pré-adolescentes. Gil aproveita a proximidade no elevador para reparar bem nos seus dois colegas. Cor-de-pele? Respiram? A jugular, pulsa? A partir de sua experiência, ele tenta diferenciar se um ou ambos são carniçais.

Olhando com antenção o homem que o abordara no aeroporto, Axton podia perceber certos detalhes de sua aparência. Em comparação à loira, o homem tinha a pele menos pálida, assim como parecia respirar. Já a mulher, sua pele era de um tom pálido e sua jugular não se movia. Seu peito não aparentava movimentos tampouco o Ravnos conseguia ouvir sons de respiração.

- Boa noite, Masen. - Não há reverência, mas também não há grosseria. É como se ele falasse com um vizinho de porta enquanto sai de casa com um roupão pra pegar o jornal.

A Música parava no exato momento em que o Ravnos saudasse o Príncipe. Ele, então, se virava. O Homem e a mulher se levantavam novamente. O homem, aparentemente um carniçal, se retirava da sala enquanto a mulher sentava-se em um dos sofás próximos à escrivaninha do Ventrue.

- Você poderia ter simplesmente me ligado, se precisava de alguma coisa.

-- Detalhes... Meu caro, Detalhes... - Masen sentava-se em sua poltrona, e com um gesto pedia que o Ravnos fizesse o mesmo. -- A propósito... Chame-me de Carlisle.

-- Bom, dispensemos as apresentações... Eu te chamei aqui por algum motivo, isso é evidente. Preciso de você pra um trabalho um tanto... Delicado. - O Príncipe olhava para a mulher. -- Bom, você será muito bem recompensado por isso, é claro.

O Ravnos puxa uma poltrona e se senta, colocando a mala ao seu lado e tomando o cuidado de manter a alça enroscada em seu braço. O homem, Carlisle, parece querer ir direto ao ponto. Algo atípico na Camarilla, o que já é um ponto positivo por si só.

- Uhum... - Com a mão livre coçando a barba, ele expressa estar todo ouvidos.

Gilbert está especialmente curioso sobre o papel da mulher em tudo isso. Ele sabe qual o papel do Príncipe, sabe qual o papel do carniçal, tem uma vaga ideia de qual é o seu papel (fazer o serviço sujo de Carlisle, provavelmente), mas ainda não entendeu onde entra a histérica. Ele espera que essa parte se esclareça em breve.

Gam

- Uhum... - Com a mão livre coçando a barba, ele expressa estar todo ouvidos.

-- Seria praticamente impossível ir direto ao ponto... Acredito que parte da história você conheça, mas o que está por trás... Desde a conquista da cidade, 50 anos atrás, nunca fomos alvo de um ataque... - Carlisle não conseguia terminar sua frase, pois era interrompido pela loira.

-- Até o mês passado. Em 50 anos a paz se manteve, até que eu encontrei um espião.

-- Não sabemos quais informações foram passadas, nem o que eles sabem sobre nós. Precisamos de olhos, ouvidos... Alguém neutro. - Carlisle olhava para o Ravnos. A mensagem implícita no olhar era óbvia, Carlisle queria que ele fizesse o trabalho sujo.

- Quem era o espião? Há quanto tempo ele estava entre vocês? - Ele não vai se espantar se a resposta for "50 anos". - Vamos, não poupem detalhes.

Cruel Homem Rosa

Papa veste seu sobretudo, pega sua velha bolsa tiracolo seu bastão e segue vagarosamente entre os túmulos em direção a residencia e necropsia do lugar. Pediria a Robert que o levasse de carro para dar uma volta no bairro "industrial" de Stanten Island.

Papa não encontrara Robert em sua residência. Ao entrar no local o Samedi não via nada de estranho, tudo estava em seu devido lugar, exceto um bilhete em cima da mesa de centro da sala, o papel estava preso sob o celular de Robert.

Robert escreveu:
Celular sem-sinal.
Tive de me ausentar por algumas horas, assim que possível retornarei.
-- Robert.

Parece que o Samedi estaria sem seu motorista por algum tempo. Seja lá o que for que obrigou Robert a sair sem avisar seu mestre, deveria ser sério.

Papa não tinha muito o que fazer. Alguns minutos após ele entrar na residência de Robert, ouvia a porta se abrindo.
Robert, o embalsamador do cemitério estava com uma sacola de papel nas mãos e se mostrava surpreso ao ver o Samedi alí.

-- Desculpe por não ter voltado antes, Mestre. Eu aproveitei que estava fora e trouxe alguns pêssegos, acredito que o senhor esteja com sede...

Cruel Homem Rosa

- Achei que o encontraria mais atarefado por aqui.
- Oh muito gentil de sua parte! Como tem passado? Acho que dormi por 4 dias!

-- Foram 4 ou 5 dias... Tenho andado um pouco atarefado, alguns acidentes têm ocorrido na cidade. Parece que temos mais 1 hóspede novo... - Robert dizia, com pouca emoção.

- No exato momento não estou com tanta sede, mas certamente daqui a algumas horas, após você ter comido esses pêssegos e seu sangue repleto do açúcar deles, eu estarei!
- No momento, já que pelo que vejo, não houve um surto de gripe em nenhum asilo, gostaria que me conduzisse para um passeio no bairro industrial.

-- Certo. O Senhor deseja ir para onde? Se me permite perguntar, algum motivo específico para este passeio noturno? - Enquanto pegava as chaves do carro, Robert guardava os pêssegos em uma tigela, deixando-os na pia da cozinha.

Encostado na porta da residência, Robert esperava pelo Samedi, com as chaves na mão.

Julian Rodriguez

-Está bem senhor. Esperarei aqui por um tempo. Diga que Julian Rodriguez está aqui e que vim tratar de um assunto relevante para nossa sociedade. A propósito, muitas pessoas importantes nessa reunião? Talvez eu devesse estar nela...

O segurança ria, de maneira sarcástica, enquanto digitava algo no computador à sua frente.
Pouco tempo depois, Julian podia ver um elevador se abrindo.
-- Pode ir... - A voz do homem era um tanto rude.

Quando o Lasombra se aproximava do elevador, podia ver um homem saindo dele. Ele carregava uma mala e esbarrava no Lasombra ao sair do elevador

Gam

- Quem era o espião? Há quanto tempo ele estava entre vocês? - Ele não vai se espantar se a resposta for "50 anos". - Vamos, não poupem detalhes.

-- O Espião era um Ventrue AT. O encontramos em uma das reuniões do clã, na Freedom Tower. O Interrogatório não obteve os resultados esperados, mas, descobrimos que ele vem passando informações para o sabá há 10 anos - A Loira respondia ao Ravnos

Gam escreveu:- E você seria...? - Ele pergunta para a mulher de uma vez por todas.

-- Caroline Klein, Xerife de Nova York. - Não havia emoção na voz da Loira. Aparentemente, precisar dizer sua posição na hierarquia não era algo interessante para ela.

Gam escreveu:- Uhum. - Anotado. - O que mais vocês tem?

-- Sabemos a possível localização do ninho dos vermes. Mas não fazemos ideia do que encontraremos lá. Parece que o agente deles não sabia de muita coisa. - A Mulher falava enquanto olhava para as unhas da mão direita -- Ah, ele disse algo sobre um tal de Engel

Gam escreveu:- Por vermes você se refere ao Sabá ou Ventures antitribu apenas? - Gil entende que Ventrues são bem burocráticos, não seria de estranhar que possuíssem um ponto de encontro. - E quanto a outras frentes, como estão lidando? Anarquistas, independentes, etc.

-- Me refiro ao Sabá. Quanto aos Independentes e aos Anarquistas, temos um acordo de "Convivência". Assim como com os Garous. - A Xerife falava, ainda olhando para as unhas.

Gam escreveu:-Um acordo de convivência com Garous? Esses caras devem ser ótimos negociantes.

-- "O Inimigo do meu inimigo é meu amigo... - Carlisle Ria. -- Ah, tome cuidado quando for ao Central Park... Sabe como é, não são gangreis que andam por ali...

Gam escreveu:- É tudo? Não há nada comprometedor que eu deva saber e que faria total diferença na minha noite? - Ele pergunta olhando para Carlisle.

-- Stanten Island é um território relativamente perigoso. E é pra lá que você vai... Atualmente o único território ''restrito'' para nós é o Central Park. Quanto a Staten, sugiro que se apresente ao barão local...

Gam escreveu:- Uhum... - Ele pega o celular. - Como ele se chama e onde o encontro? - O Ravnos faz anotações em hindi arcaico em um arquivo na nuvem protegido por senha.

-- Alexander Cross. Quando chegar a Staten Island ligue para esse número. - Carlisle entregava um cartão de papel para o ravnos.

Gam escreveu:- Ok. - Ele guarda o papel e procede com as anotações. - E o covil do Sabá?

-- Num bairro industrial de Staten Island. Tome cuidado com qualquer local cercado por galpões...

Gam escreveu:- Pode deixar. Vocês têm um número para eu contatar?

-- No verso do cartão... - Carlisle olhava pela parede/janela do escritório. - A propósito... Depois que chegar à Ilha, não volte ao Elísio.

Gam escreveu:- Sem problemas. - Gil está de pleno acordo com o Príncipe nesse quesito.
Ele então aconchega-se na poltrona. - Agora, quanto a recompensa que citou..

-- Em dinheiro são 1,000,000 Dólares. Quanto a ''Medalhas de guerra" Pode ficar com quem conseguir capturar - Caroline era quem falava com o Ravnos, desta vez.-- Ah, 1 milhão adiantado... mais 1 quando terminar

Gam escreveu:O dinheiro não impressiona, mas é sempre bem vindo. O Ravnos sorri, contudo, quando a loira cita as "medalhas de guerra". - Isso é tudo. - Diz, levantando-se.
Na porta, porém, ele faz mais uma pergunta. - A geração do espião, vocês sabem?

-- 11ª Geração. Não chega a ser um "Brutamontes" mas também não era alguém com muito conhecimento. Provavelmente foi abraçado só pra isso.

Gam escreveu:- Entendo. - Ele coloca a mão no bolso, provavelmente para pegar o celular e anotar isto também. Seu braço, contudo, acaba enroscando na alça da mala e o aparelho vai ao chão. - Ora, raios... - Ele abaixa para pegá-lo, ágil e discretamente deixando camuflado no rodapé da sala um minúsculo ponto eletrônico (Ignus Fatus, Permanência). Uma precaução, nada mais.
- Até mais, senhores. - Por fim, o Ravnos parte anotando algo em seu telefone.

O Ravnos passava pela ante-sala e chegava ao elevador. Ao entrar, podia ouvir o barulho da porta do escritório de Carlisle se fechando e alguns segundos depois ouvia a voz do Príncipe através do Ponto Eletrônico

Ponto Eletrônico escreveu: -- Certifique-se de que ele apenas colete informações. Diga a Cross que deixe-o longe dos galpões por enquanto... Até que tenhamos certeza da localização.

Quando o ravnos saía do elevador, ele podia ver um homem se aproximando. Ao passar por ele, Axton esbarrava em seu ombro, o que fazia sua mala cair de suas mãos e manter-se presa apenas pela alça enrolada no braço de Gilbert.

Então o Príncipe pretende jogar com cuidado. Tudo bem, nada estranho aí. Mas Gil não joga pelas regras dos outros. Ele foi contratado justamente por sua capacidade de voar fora dos limites do campo.

Quando desce do elevador, o Ravnos perde o sinal do ponto eletrônico. Mas poderá ouvir a conversa novamente quando precisar, seu microfone escondido ainda é um trunfo muito útil pro futuro. Divagando sobre suas próximas jogadas, Gil acaba esbarrando em um rapaz na saída do elevador.

- Opa. Perdão, chefe. - Ele diz casualmente, colocando a mala de volta no ombro e indo embora. Está mais que na hora de arranjar um lugar pra guardar essa tralha.

Uma vez na rua, o Ravnos começa a imaginar um meio de despistar a Camarilla para conseguir trabalhar em paz. Klein já deve ter enviado alguém atrás dele, se eles ainda trabalham como ele pensa que trabalham. Ele entra num táxi.

- Boa noite, amigo. - Diz para o taxista, aconchegando-se no banco de trás. - Conhece algum lugar bastante movimentado a essa hora? Talvez Broadway, Hell's Kitchen, não sei. O que acha?

Seu plano é bem básico. Enfiar-se no meio de uma aglomeração de pessoas, ofuscar-se ali, sair do outro lado com uma aparência completamente diferente e pegar outro táxi até um motel discreto em Manhattan.

Observando o sarcasmo do guarda a sua frente: " Os servos neste lado do Mundo são um tanto petulantes".
   Julian não pode deixar de sentir a aprazível sensação ao ouvir o "Pode ir" do cara a sua frente, de não ter que esperar e permanecer mais tempo no saguão.

   - Obrigado senhor. Disse em tom seco. Depois se dirigiu até o elevador, arrumando a lapela de seu terno, afinal, queria causar uma boa impressão, mostrar os bons modos aprendidos de seu senhor Baltazar. Julian confiava muito na orientação de seu mentor.

     Quando ia apertar o botão do elevador foi interrompido pela segunda vez na noite, tomando um esbarrão de um estranho:
    -Ok, sem problem...
   Mal terminou de falar o estranho já estava recolhendo a bolsa e indo embora. Julian não pode deixar de notar a pressa e a preocupação com a bolsa. "Deve ter umas coisas bem legais nesta mala", pensou. Já dentro do elevador, percebeu que realmente tinha começado a noite com o pé esquerdo. "E agora, o que diabos passava em minha cabeça para não ter perguntado o andar para aquele cara de bosta lá do balcão?Bom,algo me diz que deve ser a cobertura", enquanto apertava o botão.