Episteme das Trevas

RAPHAEL VERA CRUZ


Uma semana atrás.



Raphael estava escondido em um compartimento extra da caçamba coberta de um caminhão, que transportava cocaina do México para Nova York. Sentado em um saco de pó, estava Gerard Raffin (Uncle Smelly para os íntimos), digitando em seu iBook. Era um alívio deixar o México, aquela terra infestada daqueles miseráveis do Sabbat, mas por sorte, seu clã vai além destas fronteiras. Smelly estava fazendo uma visita aos Nosferatus antitribus Mexicanos quando vocês encontramos novamente. Ele parecia bastante preocupado com o movimento dos lendários Nictukus, alegando que precisava voltar para NY em breve, avisar seus companheiros. Seus sentido para o perigo lhe avisava que algo estava errado na cidade desde o famigerado atentado, e você decide lhe dar uma carona. Na verdade, seu lacaio, o traficante Joselito Alamar tinha uma entrega para esta cidade, e vocês aproveitam a viagem.

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Na noite em que chegam na cidade, Smelly o conduz pelos enormes becos dos esgotos de Manhattan. Ele conhecia bem o local, e todos os noferatus o receberam como um herói. Raphael assiste o discurso de Smelly e sua conversa com Krid (Que pode ser visualizado logo no início da crônica). Todos os Nosferatus começam a se mobilizarem, alguns monitorando os túneis, outros instalando câmeras de vigilância, e Raphael começa a conhecer seus novos companheiros.
Os túneis eram muito maiores do que ele sequer havia imaginado, existia inclusive uma área bastante escura onde os nosferatus não se atreviam a entrar, alegando que ninguém que havia adentrado, retornara do local. Raphael dormia durante o dia em um colchão velho do refúgio comunitário, e durante a noite auxiliava seus companheiros em seu serviço, até que em certa noite, tudo mudou.

Raphael estava patrulhando um dos túneis, quando vê as cinzas de um companheiro no chão, e a câmera que ele estava instalando havia sido destruída por algo semelhante a garras afiadas, sem muito o que fazer, Raphael pega a câmera e corre de volta para seus companheiros. Krid, o primógeno do clã, os alertava que a segurança havia sido lesada, e que havia um Nictuku entre eles. Por uma noite inteira, todos isolados em uma área protegida, enquanto Krid negociava com o conselho para que os arranjassem um novo refúgio. Krid volta apenas na outra noite, avisando que o conselho os havia ignorado, mas Carter, o primógeno dos Malkavianos lhes cederia um de seus condomínios como refúgio temporário, enquanto carniçais caçariam o Nictuku nos esgotos durante o dia.

Aquilo era algo novo para eles, enfim alguém estava ligando para a existência dos ratos de esgoto, embora Raphael não era ingênuo, e sabia que deveria haver algum interesse político por trás desta repentina ajuda, e como imaginou, Carter esperava o apoio dos Nosferatus para ser o novo príncipe da cidade. O príncipe anterior havia sido um tal de Calebros, que havia renunciado há pouco tempo devido a pressão. Raphael nunca o viu, mas a opinião dos nosferatus divergia muito quanto a ele, uns diziam que Calebros era um homem sábio, outros que era um zé-ruela de primeira, já Krid e Smelly pareciam nutrir uma relação de amor e ódio por ele.

Os dias passam, e a tal reunião ocorre. Raphael permanece no apartamento junto com seus colegas de clã até saber que rumo a cidade tomaria, mas para sua decepção, Hellene havia ganhado. Krid volta cabisbaixo para o prédio, junto com uma Nosferatu estrangeira.

Jyllian Baker:

Parece que ela era alguma Nosferatu famosa vinda do outro lado do Atlântico. Raphael a cumprimenta junto com os outros, mas nem mesmo a presença da nova companheira era capaz de preencher o vazio que seus colegas sentiam com a eleição da nova príncipe (sobretudo ela sendo cria de uma antiga príncipe com fama de elitista).


OFF: Pode interagir com o cenário como preferir. Se você perceber, toda esta cena se passa dentro do espaço de uma semana, ou seja, você chegou á cidade logo no início da crônica, e ao final da cena, encontra-se na mesma noite que os outros jogadores.

JOHN INGE


Ao que parece, Edgardo possuía o mesmo defeito que sua senhora, talvez alguma perturbação envolvendo soberba ou narcisismo extremo. Como alguém poderia falar sobre segredos íntimos em um local como este?! Acreditaria ele que ninguém seria capaz de espiona-lo?!

Inge segue o carro de Edgardo a uma distância segura para que este não o perceba, enquanto pensa quem poderia saber sobre o histórico de membros antigos da cidade. Seus anos como detetive particular para Carter lhe dão algumas ideias, a principal delas são os Nosferatus, mas procura-los nos esgotos depois de sua visão, que pode direta ou indiretamente estar relacionada a tudo que vem acontecendo á cidade não parece um ato muito promissor.

John chega ao Lou's, a Ferrari de Edgardo já está estacionada. Alguns membros encontram-se presentes.

Logo na entrada do bar, John é cumprimentado por Heavy G, um jovem Brujah abraçado pelo próprio Theo Bell. "G" ocasionalmente atuava como "segurança" do bar.

Heavy G:

Dentro do bar, a maior parte da corja dos anarquistas estava presente, fazendo bastante barulho, jogando sinuca, fazendo disputas de braço de ferro, e desafiando uns aos outros quem teria coragem de pixar a frase "FODA-SE HELLENE, NA CIDADE QUEM MANDA SOMOS NÓS" no Empire States. Hester encontrava-se entre estes últimos... Ela parecia mais descontraída do que nas últimas noites. Edgardo ao que parece havia chegado logo antes de John e começava a se enturmar com os membros jogando sinuca.

LACROIX

O alvo estava muito distante e oculto demais para que Sebastian sequer pudesse manter contato visual. O resultado foi que além de não conseguir dominar o alvo, Lacroix ainda por cima denunciou sua posição.

O individuo que estava de vigia desaparece como que teleportado. Provavelmente estaria avisando seus colegas que haviam intrusos na área.

JYLLIAN BAKER


Jyllian sabia que Smelly estava querendo quebrar o gelo, mas a conversa sobre o amigo malkaviano seria mesmo real ou apenas uma lenda urbana?! Ela não sabia muito sobre essa tal rede de loucura malkaviana, apenas havia ouvido falar sobre ela ser uma espécie de ligação psíquica compartilhada por todos os membros do clã, como alguém seria capaz de "hackea-la"? isso é claro, supondo que ela realmente exista e não seja apenas obra das excentricidades do clã dos lunáticos!

Em seguida, Jyllian olhava para aquela lista infindável de nomes e sobrenomes. Ela nunca conseguiria convidar todo mundo, obviamente, portanto teria que pensar com mais afinco para escolher as pessoas certas.

- hmmm... – a Nosferatu pensava por alguns segundos olhando para a tela – Podemos começar com a Secretaria de Defesa, incluindo o Secretário; a Agência de Cooperação de Segurança e Defesa; a Agência de Defesa contra Ameaças; a Agência de Segurança Nuclear; e a Agência de Proteção e Força do Pentágono, mais específico da seção de desenvolvimento e pesquisa nuclear. Acha que pode me dar uns 30 nomes?

Smelly vai abrindo janelas para todos os setores que Jyllian lhe pediu, mas quando ele iria abrir a seção de segurança defesa, seu acesso foi negado.

- Ora ora, parece que temos um pequeno entrave aqui! - Smelly estala as juntas de seus dedos longos e finos como que preparando-se para um desafio - Não sei quais os motivos de uma estilista estar procurando por pessoas que trabalhem na área de segurança nuclear do pentágono e nem por que eles seriam convidados para sua festa, e francamente, não me importo, mas vou encarar isto como um desafio pessoal! - Diz Smelly sorrindo para Jyllian.

Gerard teclava rapidamente a procura de uma brecha no sistema que impedia o acesso a esta seção. Jyllian podia apenas imaginar o que ele estava fazendo. O rosto deformado de Smelly demonstrava extrema concentração.

Após alguns momentos de tensão, Smelly finalmente consegue abrir os arquivos, mas seu sorriso de vitória rapidamente dá lugar a uma expressão de susto quando ele vê o conteúdo secreto do pentágono.

Um texto intitulado "Manifesto da Terra Arrasada" falava sobre a população humana da terra ter ultrapassado os limites que o planeta poderia suportar, gerando guerras e conflitos por recursos, terrenos, e diversos outros motivos. Estes conflitos estavam desestabilizando o planeta e uma ação deveria ser tomada imediatamente para impedir um futuro nefasto. Esta medida era a redução drástica e imediata de 87,2% da raça humana, através de ataques nucleares em pontos estratégicos do globo. Muitos recursos naturais seriam comprometidos em meio ao ataque massivo, mas esta era uma medida necessária para impedir que o planeta inteiro perecesse.

Enquanto ambos estavam lendo o manifesto, a porta do "porão" onde ambos estavam se abre repentinamente, assustando a ambos. Porém, era apenas um dos nosferatus do prédio que estava entrando.

RAPHAEL


O nosferatu tentava se manter por dentro da política da cidade enquanto permanecia no apartamento, gastando seu tempo lendo Dom Quixote, quando o tédio toma conta dele.

OK, os nosferatus foram evacuados dos esgotos por causa dos ataques dos Nictukus. Carniçais estavam supervisionando os túneis em busca dos monstros, mas nos últimos dias nenhuma nova notícia havia sido recebida, eram apenas comentários depressivos sobre a nova príncipe, isso já estava torrando a paciência de Raphael. Ser um monstro desfigurado, incapaz de ver a luz do dia, que necessita de sangue humano para sobreviver é uma merda, mas ser um monstro desfigurado, incapaz de ver a luz do dia, que necessita de sangue humano para sobreviver E ainda por cima viver rodeado por colegas tormentosos e vitimistas é uma merda ainda maior.

Raphael decide procurar Smelly para saber se ele possuía qualquer novidade sobre os acontecimentos nos esgotos. Ao descer para o porão escuro cheirando a mofo que Smelly chama de quarto, Raphael dá de cara com Gerard e Jyllian olhando para ele como se tivessem visto um fantasma.

John Inge passa por Heavy G e cumprimenta com um típico “E aí, G? Nenhuma merda fora do normal na casa ainda?”. Heavy e Inge estavam acostumados com brigas rotineiras, desentendimentos, apostas reconciliativas e outras rudezas de forma que era difícil detectar algo ‘fora do normal’ na casa. Mas a esperança era que Boss tivesse posto G ali por este motivo.

John segue em rumo ao grupo onde Hester se encontrava. Sua vontade, estranhamente, era possessiva: chegar beijando e mostrando que ela era dele. Mas porra Inge, que diabos tá dando em você? Ele se recuperou de seus pensamentos humanos e apenas se aproximou do grupo de forma descontraída. Ao perceber que o notam, ele se apresenta ao grupo e espera que eles façam o mesmo.  Então John cumprimenta Hester, sorrindo e, por um tempo fica ouvindo a conversa e apenas rindo ou concordando com algo que fosse coerente com suas ideias.

De longe, John Inge acompanhava Edgardo. Inge se esforçava para ouvir além do barulho da conversa de onde estava e focar sua atenção na cria de Ketherine. Com quem ele falava, como se portava, o que ele realmente estaria tramando com Ecaterina. Clic-clic. Clic-clic. Assim que percebe uma pausa na conversa, Inge encara Hester:

- Preciso conversa com você sobre os negócios. Vamos ‘lá atrás’ resolver isso.

JOHN INGE



Sentimentos humanos vinham tomando conta de John desde o relacionamento com Hester. Ele não sabia se isto era um sinal bom ou ruim, mas no momento era agradável. Apesar de tudo, não pegaria bem demonstrar tais sinais neste momento, e o malkaviano apenas se aproxima do grupo onde sua amante estava. Os anarquistas já sabiam que ambos estavam tomando conta do bar na ausência de Callihan, e o cumprimentam como velhos amigos mortais fariam ao se encontrarem em um bar. Apesar de procurar esconder sua humanidade, Hester não parecia fazer tanta questão de esconder seus sentimentos humanos, literalmente se jogando nos braços de John assim que o vê, e o beijando calorosamente com seus lábios frios. Ela estava bastante feliz, e seria muito desagradável tira-la desta euforia.

A musica alta, os barulhos e conversas paralelas, tornavam quase impossível ouvir o diálogo de Edgardo na mesa de bilhar, mas pelas poucas palavras que John podia captar, não passava de uma conversa amigável entre jogadores de sinuca fazendo pequenas apostas para quem ganharia a rodada. Inge puxa sua caneta e bloco de notas para anotar qualquer assunto suspeito, mas seria difícil acompanhar sua conversa sem levantar suspeitas. Ao que parece a cria de Katherine/Ecaterina apenas estava tentando se enturmar, era uma boa oportunidade para colocar alguém em sua cola!

Inge então vira-se para Hester.

- Preciso conversa com você sobre os negócios. Vamos ‘lá atrás’ resolver isso.

Hester o segue até os fundos do bar, onde o barulho não era tão insurdecedor para os sentidos de John, e havia maior privacidade.

JYLLIAN E RAPHAEL

Smelly entende a deixa de Jyllian e minimiza a janela quando o Nosferatu entra.

- Estou com alguns problemas com meus negócios. – ela se vira para Smelly – obrigada pela ajuda, depois continuamos a nossa conversa. – ela disse dando um tapinha em seu ombro, não era muito a maneira de Jyllian fazer isso, mas era um sinal para ele ficar calado - Preciso resolver algumas questões da minha empresa. Vocês poderiam me dizer onde fica o Elísio?

- Ah, sim, claro, o elísio da cidade encontra-se no Madison Square Garden, na praça Madison!

Assim que Jyllian sai, Smelly volta-se para Raphael.

- Cara, eu tava passando um chaveco nela, tu chegou bem na hora e me deu um enorme susto!- Diz o Hacker em tom irônico. - Então, qual o motivo de ter descido até aqui? se cansou de ler Dom Quixote ou também tava afim de cantar nossa nova hóspede?!

John Inge ficou um tanto surpreso em ser recebido por Hester daquele jeito. Ela sempre foi mais calorosa e impulsiva que ele, mas John achava que ela fosse deixar o ‘relacionamento’ não público. E claro, ele retribuiu.

No fundo do bar, já num lugar mais silencioso e privado, Inge, antes de começar a falar, caminha pelo local verificando com seus dons se estavam realmente sozinhos. Presunção era algo que poderia ser fatal, e Edgardo tinha mostrado isso para ele pessoalmente. Certificando-se da ‘segurança’, John então começa a conversa:

- Tem um cara... Moreno, cabelo curto, levemente enrolado. Aparência de seus quarenta e poucos... Novo em nosso meio. Edgardo. – John faz uma pausa. – Ele tem uma ‘relação indireta’ com Callihan, mas o que me preocupa mesmo, é a senhora desse cara. A chamam-na de Ketherine, você ouviu falar dela, ela que matou seus companheiros... – Antes que Hester intervisse na conversa, Inge se adianta fazendo um sinal com sua mão esquerda. – Calma. O nome real dela é Ecaterina. Parece que ela é uma ex-Sabá e muito antiga por sinal. Ela teme que algum membro da seita a reconheça. Você já ouviu algo a respeito dela? De qualquer forma, você não vai reconhecê-la. Você nunca foi do Sabá. Você é uma Ventrue não convencional, vinda de outra cidade. Arrume uma boa mentira... – John encara Hester. – Vamos. Me diga: “Eu sou uma Ventrue que não gostava dos métodos do meu antigo senhor e fugiu” Quero ver se você consegue me convencer hahahaha.

Apesar de tirar um sarro de Hester, John Inge fora enfático em suas preocupações e cuidado. Após o aviso, ele espera para saber se Hester teria algo a tratar com ele e, então,  retorna para dentro do bar. Talvez ele fosse conversa com Edgardo... Talvez.

JOHN INGE


-Tem um cara... Moreno, cabelo curto, levemente enrolado. Aparência de seus quarenta e poucos... Novo em nosso meio. Edgardo. – John faz uma pausa. – Ele tem uma ‘relação indireta’ com Callihan, mas o que me preocupa mesmo, é a senhora desse cara. A chamam-na de Ketherine, você ouviu falar dela, ela que matou seus companheiros... – Antes que Hester intervisse na conversa, Inge se adianta fazendo um sinal com sua mão esquerda. – Calma. O nome real dela é Ecaterina. Parece que ela é uma ex-Sabá e muito antiga por sinal. Ela teme que algum membro da seita a reconheça. Você já ouviu algo a respeito dela? De qualquer forma, você não vai reconhecê-la. Você nunca foi do Sabá. Você é uma Ventrue não convencional, vinda de outra cidade. Arrume uma boa mentira... – John encara Hester. – Vamos. Me diga: “Eu sou uma Ventrue que não gostava dos métodos do meu antigo senhor e fugiu” Quero ver se você consegue me convencer hahahaha.

John ri, mas Hester mantém uma expressão séria após ouvir o nome "Ecaterina".

- Você disse Ecaterina?! Tem certeza? Bem, não sei se pode se tratar da mesma pessoa, mas... Sim, existiu uma cainita extremamente antiga e poderosa com este nome, aqui na cidade. Ela era conhecida como "Ecaterina, a Sábia", e conta-se que ela era um dos últimos Prometeanos sobreviventes, tendo vivido em Cartago antes de sua destruição nas guerras Púnicas. Ela foi o primeiro Bispo do Sabbat na cidade, e a comandou com mão de ferro por cerca de cem anos, sendo uma das pioneiras da seita no novo mundo, até que Francisco Domingos de Polônia recebeu o título de Arcebispo, usurpando o poder de Ecaterina. Isso naturalmente criou uma rixa entre ambos, e por fim ela acabou desaparecendo. Alguns acreditam que ela foi a responsável pelo incêndio de Nova York em 1776 em uma tentativa de desestabilizar Francisco, alguns dizem que ela própria encontrou a morte final durante o ataque, outros dizem que o próprio Domingos a matou, e outros que ela simplesmente foi embora. Eu não a conheci, pois seu desaparecimento se deu séculos antes de eu sequer nascer, mas ela é um dos principais nomes mencionados pelos sacerdotes do Sabá em nossos ritos e festins, embora Francisco tenha feito uma grande campanha de propagandas na tentativa de denegrir a imagem de Ecaterina, mesmo após sua suposta morte.

JYLLIAN BAKER


Enquanto a nosferatu estava no taxi em direção ao elísio, ela recebe uma mensagem em seu celular. Tratava-se de Thomas pedindo desculpas pelo ocorrido nesta noite.



Muito barulho, luzes e intenso movimento no tráfego precediam a chegada no Elísio. O local estava lotado e vários eventos ocorreriam nesta noite, desde um jogo de basquete, até a apresentação de uma cantora desconhecida para Jyllian.

Spoiler:

Para adentrar o local, era necessário comprar um ingresso. O vendedor provavelmente era um membro ou carniçal e a reconhece assim que a vê, vendendo-lhe um ingresso "VIP" ( provavelmente a área VIP era onde os membros proeminentes da cidade se reuniam).

Madison Square Garden:

O local era enorme, mas Jyllian consegue encontrar a área VIP, separada do restante do rebanho, onde haviam cinco membros que Jyllian havia visto no Empire States durante a reunião da primogênie.

René Le Comté:

Lily:

Valentine:

Mazz:

Marlena:

John Inge tentava esconder ao máximo seu ar perturbado após ouvir o que Hester relatava. Porra! Custava acreditar no que ouvia, mas provavelmente os fatos eram inegáveis. Inge retira a caneta de seu bolso e, com as mãos abaixadas, clicava nervosamente. Aquilo era um problema grande. John encara Hester e coloca o dedo em sua cara, dizendo:

- Ventrue. Não gostava do seu antigo senhor. Decidiu recomeçar a vida. – Após enfatizar suas palavras, o malkaviano rumou em direção ao hall do bar, mas voltou pouco antes de chegar a porta.

Merda! O quão confiável seriam seus contatos? Carter estava num momento de fúria, se Inge revelasse tal informação, provavelmente o novo senescal não lidaria de forma racional e coerente com a mesma. Hellene... Ela sem dúvidas era uma marionete já nas mãos de Ecaterina. E Callihan... O que o velho filha-da-puta teria em mente?

Inge sentou-se no chão de pernas cruzadas. Ele tentava visualizar a imagem e os riscos como um todo. Por um momento, meditou tentando acessar a rede Malkaviana. Talvez algum outro irmão estivesse transmitindo um pensamento a respeito da situação em NY. Porra, John! Você é um profissional! Ele inspirou profundamente o ar, relaxando. Não que ele precisasse disto, mas aquilo o deu um conforto para que ele ordenasse as ideias. Alguém precisaria peitar Ecaterina pessoalmente, em termos de força. Theo Bell talvez. Mas e se ele estivesse envolvido no esquema dela?

A quem seria prudente revelar tal informação? Após um instante de silêncio mental, Inge concebe o estranho pensamento de que seria prudente revelar a informação para alguém poderoso, mas desvinculado a intrigas de corte. Distante do Sabá... Um Tremere? John nunca se envolvera com um Tremere até então, exceto em casos ‘sociais’...

John Inge precisava de alguém para ajuda-lo a raciocinar e a planejar melhor seus próximos movimentos. Hester, infelizmente, deveria ficar de fora. Inge não sabia se por segurança dos Membros, ou se por egoísmo e proteção... Aquilo o incomodava. De qualquer forma, ele teria que monitorar Edgardo. Pessoalmente. Mas talvez não nesta noite.

O malkaviano finalmente parecia agir como um. John se levanta de súbito, gesticulando com as mãos como se estivesse falando consigo e repassando suas ideias de uma forma não verbal. Ele se dirige a Hester, agarra-a pela cintura e a beija.  Encarando-a ele se despede:

- Não morra. Cuide das coisas por aqui, precisarei ficar fora por esta noite e talvez por mais uma. E você nunca falou disso com ninguém. Nunca. Esqueça o que perguntei e o que você falou Hester.

E então sai do bar calmamente. Sobe em sua moto e vai para a capela mais confiável de NY: Five Bourughs.

JYLLIAN BAKER


A nosferatu segue em direção á primógena Toreador, que estava sentada ao lado de sua cria, Lily.

- Boa noite, sou Jyllian Baker do domínio de Manchester – com uma leve reverência, ela continua – nos vimos na noite da reunião do Empire State.

Com um sorriso, René retribui a reverência.

- Muito prazer, Jyllian, há algum tempo tenho acompanhado a trajetória da Baker's Beauty e posso dizer que você vem fazendo um ótimo trabalho! Gostaria de sentar-se conosco para assistir a próxima apresentação?! Eu ficaria encantada!

Baker sentia que as duas iriam começar um longo e monótono diálogo sobre moda, e provavelmente aproveitaria muito mais este momento se a situação fosse outra, mas possuía assuntos mais urgentes para discutir e esta seria uma ótima oportunidade.






JOHN INGE


Era impossível não se sentir perturbado com o que ouvia, mas John se esforça para manter seu semblante. Ecaterina viveu em Cártago antes da tomada de Roma?! A primeira bispo de Nova York?! Se seus cálculos estiverem certos, Ecaterina deveria ter mais de 2 mil anos, o que a torna uma matusalém das mais antigas a pisarem no novo mundo.

- Ventrue. Não gostava do seu antigo senhor. Decidiu recomeçar a vida. – Após enfatizar suas palavras, o malkaviano rumou em direção ao hall do bar, mas voltou pouco antes de chegar a porta.

Sem dúvidas esta era uma tarefa impossível para Inge lidar sozinho, mas uma matusalém tão antiga provavelmente já vinha abrindo caminho na cidade desde sua chegada. Quais contatos seriam confiáveis? Carter no momento estava incomunicável, Hellene provavelmente seria uma marionete sua, assim como Callihan.

John senta-se no chão, tentando acessar a rede de loucura Malkaviana em busca de respostas. Ele não era muito adepto desta prática, mas talvez por força da ocasião, ele se sentia mais ligado á rede do que nunca. Os sons á sua volta começam lentamente a cessarem e dão lugar a estranhos ruídos, semelhante a milhares de vozes á sua volta.


OFF: Imagine a cena do professor Xavier usando o cérebro para localizar mutantes em X Men 2

A maioria dos sons eram irreconhecíveis, ironicamente era como se John estivesse trancado em uma sala gigantesca cercado de loucos gritando, esperneando, gemendo e chorando por todos os lados. Com o tempo, Inge se concentra, procurando retirar algum significado de todo este barulho. Era como se todos os Malkavianos estivessem tentando tocar a mesma música, mas cada um com um instrumento diferente, gerando uma sinfonia bizarra e sem sentido... Exceto para alguém do próprio clã. Subitamente John sentia-se parte da sinfonia, ela falava com ele como um eco gerado por todos os outros sons acumulados. A própria essência da rede de loucura Malkaviana falava com ele através das vozes dos membros presentes.

Inge podia captar palavras-chave em meio aos delírios.

VINGANÇA... (É claro, Ecaterina buscava vingança, talvez contra Francisco Domingos de Polônia, ou talvez contra o próprio Sabbat em si...)

ATAQUE... (Hester mencionou algo sobre Domingos estar armando um ataque eminente para retomar a cidade...)

AJUDA... (Obviamente John precisaria de ajuda, mas o que isso queria dizer?! Ele deveria procurar ajuda contra Ecaterina, ou procurar ela própria em busca de ajuda contra o ataque?!...)

CUIDADO... (Essa palavra nem mesmo precisava ter sido captada, John já sabia que todo cuidado era pouco neste momento...)

Inge retorna subitamente ao mundo real, e começava a raciocinar. Ele precisaria de ajuda para dar conta disso. Hester deveria ficar de fora, tomando conta do local, e se possível, vigiando Edgardo. Alguém mais antigo e sábio que Inge poderia ajuda-lo neste momento, mas quem?! Certamente alguém distante do Sabbat... Um Tremere provavelmente, Lord Ephraim, regente da capela de Five Boroughs era um aliado de Carter, assim como o Tremere mais antigo da cidade atualmente. Apenas sabedoria não daria conta da missão, seria necessário também força bruta, Theo Bell talvez?! Bom, o que interessava agora era não perder tempo.

John se levanta, anota tudo o que descobriu e pensou em seu bloco de notas rapidamente, vira-se para hester, agarra-a pela cintura e a beija.

- Não morra. Cuide das coisas por aqui, precisarei ficar fora por esta noite e talvez por mais uma. E você nunca falou disso com ninguém. Nunca. Esqueça o que perguntei e o que você falou Hester.

- Ãh... OK!

Então Inge caminha calmamente para fora do bar, sobe em sua moto e ruma para a capela de Lord Ephraim.

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Enquanto dirigia, Inge tinha a leve sensação de estar sendo seguido. Poderia ser apenas uma paranóia, mas ao olhar no espelho da moto, ele via um cadillac negro o seguindo há alguns metros de distância. Não era o carro de Edgardo, mas teria ele algo a ver com isso?! Os vidros eram escuros, mas era possível notar as pessoas dentro do carro, o homem logo ao lado do motorista lhe parecia estranhamente familiar... negro, acima do peso, mas John ainda não se lembrava exatamente de quem era. Inge dirigia com cautela, ao mesmo tempo que tentava evitar que percebessem que ele os havia notado. De repente o Malkaviano sente um calafrio em sua espinha, e se lembra de alguém com a mesma aparência do indivíduo no carro.

Steven Clark:

Há algumas décadas, John havia feito diversos serviços para Carter após ser abraçado, em um de seus serviços, precisou investigar um Filho de Set que alegava estar trabalhando para a camarilla. No fim Inge descobre que o Setita era um agente duplo, e os homens de Carter se encarregam de destruí-lo, ou assim era o que eles pensavam...
A capela não estava muito longe, no máximo duas ou três quadras de distância.

Para John Inge as poucas palavras captadas na rede de loucura malkaviana foram, estranhamente, confortantes. Inge deixava sua ansiosidade de lado para organizar as ideias e buscar entender melhor a situação. Ecaterina, mesmo sendo uma anciã com antigos laços no Sabá, poderia estar planejando coisas além da guerra cliché entre as seitas. E o obvio era agir cuidadosamente.

No caminho para a Capela, John confirma que o desconforto que vinha atrás dele era realmente alguém o seguindo. Um caso passado mal resolvido pelo jeito e, provavelmente, furioso. Havia a possibilidade do filho de Set estar envolvido com os planos de Katherine, mas... Isso seria um tanto estranho. De qualquer forma, Inge tentou despistar o cara se aproveitando de estar numa moto e poder passar mais facilmente pelos carros. Não que ele estivesse sendo negligente, mas o quão ousado ou idiota seria Steven de tentar algo não somente em público, mas em frente à Capela?!

JOHN INGE


John tenta despistar o perseguidor enquanto seguia para a capela. O carro de Steven parece ter ficado para trás, e John chega ileso á capela.



Inge estaciona sua moto e caminha até a entrada. A porta parecia antiga e haviam muitos símbolos nela, mas nenhuma campaínha aparente...



A única coisa que lhe vem á mente no momento é bater na porta e esperar. Após alguns instantes sem nenhum sinal de vida, uma mulher o atende.

Masika St. John:

Ela olha rapidamente para Inge da cabeça aos pés como que o avaliando.

- Boa noite, o que deseja?!

JYLLIAN BAKER


Jyllian parecia estar tendo mais sorte com a primógena Toreador, e ambas iniciam uma longa conversa sobre negócios e moda, até que Jyllian decide aproveitar a brecha conseguida.

- Pois então, o meu evento que teria lugar em Washington teve de ser transferido para cá. O fato é que por causa da mudança repentina, pelas razões que você conhece, eu ainda não consegui nenhum lugar para fazer meu desfile. Você tem alguma ideia? Talvez você poderia me auxiliar a organizar o evento e chamar alguns convidados se quiser, lhe darei todos os créditos – dizia Jyllian essa última parte com um tom de brincadeira, mas no fundo sabendo que encheria o ego da Toreador a sua frente.

Apesar do tom de brincadeira, René parece ter apreciado sua ideia, lhe oferecendo um de seus salões em Long Island e dizendo que sua cria, Lily poderia lhe ajudar na organização do evento. Neste momento, a Nosferatu recebe uma mensagem de que Thomas Arturo estaria chegando logo ao Madison Square Garden para continuar a discussão que deveriam ter tido antes da situação embaraçosa envolvendo Adelaide.

John Inge estava um tanto despreocupado com o cara que o seguia. O detetive andava sentindo uma sensação estranha e bastante pensativo, de modo que demorou uns bons minutos para responder a menina que o atendera na Capela.

Inge finalmente conseguia enxergar o todo! A visão do malkaviano que foi ingerido pela criatura no esgoto, as conversas de Carter com outros Membros em sua mansão... Anatole... A criatura alada que fora avistada e se tornou capa do New York Times, Katherine e seu antigo laço com o Sabá e, principalmente, as informações desconexas que Hester passara aos poucos, como seu antigo companheiro Tzimice e seu estranho ‘chamado’ durante o sono. Tudo fazia sentido. Polônia ter se refugiado com Vykos, NY estar um caos, Katherine querer atrai a atenção de algum inimigo seu, neste exato momento... Isso tudo TEM uma ligação.

John Inge raciocinava rapidamente e ficou espantado com sua epifania. Se Polônia viesse para NY... Não, provavelmente Polônia e sua força de elite já estavam infiltrados na cidade. Katherine fora com Boss resolver algo... Uma estratégia e reforços para uma luta que se seguiria? Mas esta seria, de longe, a menor luta... A criatura no esgoto talvez tivesse algo a ver com a outra criatura alada. Certamente Anatole não se sacrificaria em vão. Não após tantos feitos, tantas profecias sobre as noites finais... Ele jamais se entregaria a um Tzimice de merda. Aquilo fora necessário. As noites finais já estão acontecendo. Mesmo sendo um louco, o movimento de Anatole provavelmente possibilitaria a Camarilla... Não, foda-se a Camarilla. Anatole fez isso para que alguém percebesse. Ele nos deu uma vantagem para lutarmos contra essa criatura, com certeza. Inge só precisava de um pouco mais de informações, conhecimento e poder... Nenhum Tremere se recusaria de ajuda-lo. Afinal, esse conhecimento que despertara em Inge era único e crucial para livrar todos de um prejuízo apocalíptico.

Saindo de seu estado mental e desconexo, Inge se volta a menina que tinha aberto a porta, que provavelmente ficou encarando-o com uma cara de dúvida. John agarra a menina pelo braço e a encara com um olhar de convicção e preocupação.

- Eu preciso falar com o Regente. A informação que julgo ter poderá salvar a vida de todos. – John fala com ironia a palavra vida e ainda continua agarrando o braço da menina com certa força, esperando que ela o deixe entrar.