Episteme das Trevas

Talvez tenha sido sorte a jogada persuasiva de John Inge para conseguir acesso dentro da fortaleza onde Carter morava. De qualquer forma, Inge precisava ser breve, pois precisava recuperar-se dos ferimentos.

Ao entrar no andar de Carter, John perguntava a si mesmo se algum dia acabaria assim, tendo acessos de psicoses e frenesi que não pudesse controlar. Clic-clic. Melhor não arriscar. Finalmente pode ver Carter, meio em transe e com uma cara de perdido.

- Carter? Você está melhor? Precisamos conversar...

Ao perceber que Carter tinha dificuldades em identificar tanto a si mesmo e a ele, Inge conversa aos poucos com seu senhor, situando-o sobre onde ele estava, quem ele era e sobre a situação delicada da cidade. Quando John percebe que Carter começa a voltar ao seu estado natural, ele relata pausadamente a mesma coisa que havia falado ao anão.

JYLLIAN BAKER


- Boa noite, creio que já conheça meu colega aqui – dizia Jyllian apontando para Smelly – quanto a mim, meu nome é Jyllian Baker do domínio de Manchester e vim falar com o primógeno Tremere. Desculpe se não marquei com antecedência, mas ele sabe quem nós somos.

A Tremere os observa atentamente, com certeza enxergando por trás de sua ofuscação.

- Uncle Smelly e Jyllian Baker, Muito prazer, me chamo Masika St.John, aprendiz de Lord Ephrain Wanwraight, o primógeno Tremere da cidade, e regente desta capela. Qual exatamente seria o motivo da visita?

Smelly cochicha ao ouvido de Jyllian discretamente quando a Tremere diz seu nome.

- É ela!- Obviamente, Smelly estava se referindo á hacker capaz de manipular máquinas através da Taumaturgia.

Adiantando.

Masika olha para os lados da rua á volta da capela e os convida a entrarem.

- Desculpem ser portadora de notícias ruins, mas é muito provável que a cidade se torne um campo de batalha entre a Camarilla e o Sabá nas próximas noites. Ephraim recebeu notícias de que a nova príncipe, Hellene foi assassinada durante a volta de sua reunião com o círculo interno na Europa, além disso, espiões em Washington alertam que uma invasão massiva está sendo planejada em no máximo duas noites!

JOHN INGE


Quando Carter se vira, ele estava irreconhecível, mesmo para sua cria que o conhecia a bastante tempo.



Assim que Carter volta á realidade, John o informa sobre tudo que estava ocorrendo na cidade. Carter se espanta com a suposição da criatura dos esgotos ser um antediluviano em pessoa, e concorda com o fato de Anatole ter se sacrificado não foi por acaso. Ele teoriza que a visão que todos os malkavianos tiveram da morte de Anatole significa que ele fez isso para servir como um "canal" para a rede de loucura malkaviana. Em outras palavras, Anatole agora faz parte da criatura, o que quer dizer que os membros com acesso á rede de loucura podem sentir os movimentos da criatura ao se conectarem com a rede, quase como um radar. A explicação é complicada e John se esforça para entende-la, mas isso fazia sentido, a criatura está em um semi-torpor, quando ela acordar totalmente, os malkavianos da cidade saberão.
Carter também se assusta com a hipótese da invasão da cidade, e concorda com a teoria de John, de que o combate deve ser levado para longe de Manhattan, pois isso poderia ser o stopping para acordar o monstro. Carter promete oferecer ajuda através de seus contatos na polícia. Isso já era o suficiente por hora, agora John também precisaria avisar aos Anarquistas sobre o confronto, e que eles deveriam proteger Staten Island.

JYLLIAN BAKER


- Isso na verdade não me espanta muito, senhorita. – mentia Jyllian. Ela ficara surpresa com a notícia da morte da Príncipe Hellene, isso realmente a deixava aterrorizada. - Eu estava em Washington com o Príncipe Vittel quando sofremos o ataque. Por falar nisso, vocês sabem onde ele está agora? Marcus me ajudou muito a minha vida ao Novo Mundo e queria retribuir esse auxílio – Jyllian tomava muito cuidado para não dizer nada que pudesse tornar a situação ainda pior.

- Bem, a última notícia que tivemos dele é que estava presente na reunião com o círculo interno, juntamente com Pieterzoon, Victoria Ash e Hellene, logo antes desta ser assassinada na volta para o país!

O grupo ouve passos na sala ao lado, e a figura de Lord Ephraim surge no corredor.

Lord Ephraim:

- A situação não é das melhores, assim como não foi durante a batalha de 1999, mas mesmo assim, conseguimos vencer, e podemos conseguir novamente! - Pelo visto, ele havia escutado toda a conversa - Toda ajuda é bem-vinda, minha cara, se vocês possuem algum conhecimento que possa ajudar em nossa luta, peço que o compartilhem, pois pode não haver um amanhã para isso!

“Porra!” Foi o pensamento de John Inge ao ver Carter totalmente mudado. A mudança não era só física, visto que ele apresentou uma certa serenidade enquanto Inge repassava suas teorias e os acontecimentos para Carter. Seria isso a verdadeira Insanidade que aflige todos Malkavianos em frenesi? John clicou algumas vezes na caneta em seu bolso, indagando se não haveria realmente uma maneira de controlar nossa Besta e, fugir desse destino autodestrutivo que parecia perseguir todo cainita.

Inge estava realmente ferido e isso significava que ele teria que se alimentar. John confere quanto de dinheiro havia com ele e, caso não tivesse o suficiente para um táxi até a Lou’s, ele pediria a Carter não sem antes explicar que havia sido seguido por um negro Setita que provavelmente teve os planos frustrados no passado graças a ele e Carter.

Conseguindo o dinheiro, Inge se ofusca mudando sua forma para um senhor de aproximadamente 60 anos, com roupa de policial aposentado, chama e espera que o táxi o busque. Assim que o taxi chega, Inge pede para que o motorista o deixe não exatamente na Lou’s, mas umas duas quadras antes, pra evitar suspeitas. Cautela e calma seriam duas coisas que não só John deveria começar a cultivar se ele quisesse se livrar dos grandes problemas que Manhattan enfrentaria.

JOHN INGE

John chega á Lou's Tavern. Hester e Heavy G estavam presentes. John lhes fala sobre seu papel na proteção da ilha. G dá a ideia dos anarquistas se dividirem em 3 grupos, para cobrir as 3 entradas para a ilha. No momento, eles precisavam de armas... e de um veículo, uma vez que a moto de John se fora. Já estava quase amanhecendo, e eles teriam de entrar em contato com o restante dos bandos na noite seguinte.

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John se alimenta, enquanto Hester e G entram em contato com as principais gangues anarquistas da ilha. Edgardo oferece seu apoio, fornecendo um enorme arsenal para os anarquistas (Sim, ele não diz aonde conseguiu isso, mas praticamente qualquer arma que você imaginar, consta em seu arsenal. Pode escolher o que quiser, mas evite armas de extremo poder destrutivo como lança-mísseis, bazoocas e tal). No restante da noite, os anarquistas passam a maior parte do tempo acertando os detalhes da possível batalha. Carter parecia ter voltado ao normal, e disse que seus homens poderiam tomar conta das docas. Hester sugere que os Midnighters protejam a ponte que liga Staten Island com o Brooklin, Heavy G e mais um punhado de anarquistas protegeriam a ponte que liga o Norte de Staten Island com o continente, enquanto ela, John, Edgardo e seus mercenários, patrulhem a ponte que liga o Sul da ilha com o continente. Muitos fatos indicavam que o ataque deveria ocorrer logo, sendo que o mais perturbador deles... era o fato de que a nova príncipe da cidade, Hellene, havia sido assassinada durante o retorno á cidade.

OFF: Pode sugerir qualquer estratégia que acreditar ser útil, bem como descrever as ações de seu personagem nesta noite, incluindo a caçada.




OFF: desculpe estar antecipando as ações de seu personagem, mas estou tentando adiantar o tempo!

Considere que seu personagem ganhou mais 3 pontos de XP ao final da noite.

JYLLIAN BAKER


Lord Ephraim se espanta com as informações sobre Vittel e o possível ataque. Smelly lhe mostra algumas cópias dos dados obtidos. Ele os observa com atenção, e por fim pergunta se poderia ficar com as cópias.

No momento não havia nenhum Justicar presente na cidade, mas Ephraim sugeria fortemente mostrar os dados para Theo Bell, para que este entrasse em contato com seu Justicar, e o grupo pudesse receber maior apoio.

O anão diz que não será fácil provar que o príncipe Vittel seja um traidor, mas as atuais circunstâncias fazem com que a hipótese não pareça tão absurda. Ephraim conhece rituais que podem revelar a identidade de um cainita, mas para isso seria necessário que o próprio Vittel esteja presente, ou pelo menos algum objeto usado por ele. Isso seria muito difícil de se conseguir no momento, mas se os dados forem revelados a alguém de influência na seita, a situação pode ser facilitada.

John Inge chegou desgastado na Lou’s. Encontrando seus, se é que ele poderia chamar assim, companheiros e algumas outras pessoas que fizeram questão de ouvir a conversa, Inge explicou detalhadamente a situação da cidade(omitindo somente as suspeitas sobre Katherine e sobre a coisa no esgoto ser, realmente, O Tzimice), os boatos envolvendo uma possível invasão do Sabá e os problemas que a primigênie poderia estar passando devido à seus interesses pessoais em NY. John relata como havia fugido de um negro que tentou dar um jeito nele, motivo pelo qual ele estava um tanto acabado e com fome, se preocupando apenas em dormir e planejar o restante das coisas para a próxima noite.

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[Assumi que Hester passou a noite comigo]

Inge acorda no dia seguinte em um motel confiável sugerido por Hester. Ela, como de costume, ainda dormia mais que ele. John estava faminto, resolveu apenas deixar um bilhete falando que iria cuidar disto e que em breve encontraria Hester no local combinado. Comunicação e telefones seriam coisas essenciais e Inge enfatizou isso no bilhete.

Ao andar pelos arredores de West Village, ofuscado totalmente, John Inge espreitava por vítimas em potencial. O malkaviano se controlou o máximo possível enquanto seguia algumas pessoas por locais onde ele simplesmente poderia puxá-las para um beco e se alimentar. Ele não gostaria de fazer aquilo, de forma que quando teve uma oportunidade, ao arrastar sua vitima ele simplesmente sussurrou em seu ouvido para ela não se preocupar que nada de ruim aconteceria com ela. Que na verdade, ela até iria gostar.

Inge crava os dentes na vítima, se sentindo perturbado com as reações de medo e desespero das mesmas. Provavelmente ela pensava que ou morreria ou seria estuprada, ou os dois. Mas após alimentar-se somente o suficiente(vou tentar sugar 4 pontos pra deixar a vítima atordoada) ele faz um carinho na cabeça da mesma, como um pai cumprimentando uma criança e simplesmente desaparece novamente.

Seguindo conforme o planejado, Inge liga para Hester por precaução e para se notificar das ações que eles estavam tomando. A notícia mais chocante era que Hellene havia sido morta. Parecia praticamente obvio que Boss e Katherine tinham algo a ver com isso e, que essa movimentação toda, muito provavelmente teria a ver com os rancores que Katherine guardava em seu corpo antigo. John não gostava daquilo. Nenhum pouco. Era evidente que o fato de Edgardo ter se metido no assunto, se comprometendo a  ajudar, reforçava ainda mais a suposição de John.

Finalmente, o malkaviano se decide: ele se encontraria com Hester, pegaria apenas algumas armas leves e um carro do comboio que Edgardo dizia que conseguiria, daria ordens estratégias para o restante que realmente gostava da ideia de se meter nessa guerra e, simplesmente sairia dali. Ele se justificaria com Hester, eles não deveriam tomar a retaguarda. Deveriam coordenar as tropas - Inge usou realmente esse adjetivo - de uma distância segura enquanto planejavam aquela ideia que Hester dera há algumas noites atrás. De fugir, evitar este conflito. Se ela realmente não estivesse disposta a simplesmente abandonar os outros, os amigos, os companheiros que ela tanto gostava, ela e Inge fariam apenas um papel de assistência e observação. Afinal, era provável que o inimigo estivesse planejando distrações para os personagens principais atuarem em locais específicos. Inge propõe a Hester deles vagarem na busca de suspeitos e destes lugares.

Aquele seria o plano. Simplesmente coordenar os peões e observar ações que se destacariam além de um clima de guerrilha.