Episteme das Trevas

Nova York, 2001, cerca de um ano após expulsarem o Sabá da cidade, o atentado que derrubaria as torres gêmeas do World Trade Center ocorre.



O caos se instala na população (tanto mortal quanto imortal), quem estaria por trás disto? O Sabá revidando a derrota sofrida a um ano? Os Assamitas, que recentemente quebraram a maldição Tremere e podem novamente beber sangue cainita? Alguém da própria Camarilla querendo instalar o caos dentro da seita? Seja qual for a resposta, a culpa recai sobre o relutante príncipe Calebros, já sobrecarregado com o novo cargo, sente que precisa resolver rapidamente o mistério, ou encontrar um sucessor, caso ainda haja tempo...

Como se não bastasse, o clima de paranoia apenas vem crescendo com o aparecimento de uma estrela vermelha nos céus, além de diversos Nosferatus desaparecidos em seus túneis subterrâneos, abrindo margem para antigas lendas de filhos de Absimillard caçando seus próprios irmãos, além de boatos sobre uma estranha criatura disforme de enormes proporções vivendo nos túneis mais profundos e escuros abaixo da cidade.

Alguns dizem que a Gehenna está chegando, e o fim está próximo...



Corte Sombria

Príncipe

Calebros:

A Primogênie

Brujah:

Marlena:

Malkavian

Carter Wanderwayden:

Nosferatu

Krid:

Toreador

René Le Comté:

Tremere

Lord Ephrain:

Ventrue

Valentine:

Harpias

Mazz:

Thomas Arturo:

Hellene Panhard:

Xerife

Qadir-al Asmai:

Outras figuras importantes

Theo Bell:

Aisling Sturbridge:

Katherine Weise:

Uncle Smelly:

5 Vagas para jogadores preferencialmente da Camarilla, se quiserem usar independentes, que sejam inclinados á Camarilla.

Modelo de ficha idêntico ao do fórum, com o acréscimo de 20 XP.

Interessados me mandem as fichas por MP

Xanatos como npc Malkaviano? Gostei, adorava Gargoyles. Além de ser em 2001 como minha crônica oficial e tem 11 de Setembro no meio, se puder aceitar meu Nosferatu AT, estou dentro (um único Sabá para se fuer). Caso não role, faço meu personagem retroceder aos tempos que ainda era da Camarilla.

Valeu Killer, a crônica será baseada quase 100% do ponto de vista da Camarilla, mas algumas opções para introduzir seu personagem seriam ele ser um espião infiltrado, ou como você disse, se passar cronologicamente nos tempos que ele ainda era Camarilla!

Vou amanhã com calma dar uma ajeitada então e te mandar por mp, valeu cara.

OK, vai ser bom ter um Nosferatu na crônica, pois o clã vai ter certa importância nos acontecimentos dela. Também seria interessante pelo menos um personagem com boas habilidades sociais/politicas e contatos na alta sociedade cainita da cidade para representar o grupo em convenções da camarilla!

Dois jogadores confirmados, mais um já da pra começar!

pode me confirmar tb

Sim, era de vc que eu estava falando, rs.


Não esqueçam de me mandarem as fichas por MP!

ei seu viadão, pode jogar com as fichas daqui do fórum?

Olha, como o grupo carece de alguém com grandes habilidades sociais, dá pra fazer uma exceção, lembrando que o que acontece na crônica livre não influencia o personagem nas crônicas oficiais (Se a crônica estiver andando bem, pretendo utilizar um sistema de XP, válido apenas na crônica)

Velho, tou perguntando pq eu tenho ficha de neófito também, só que no caso eu iria de Brujah, aí eu perguntei só pra saber como ia ser o bagulho, pra entender

OK, mande a ficha de neófito com mais 20 de XP por conta da casa. Se a ficha for "usada" e tiver mais de 20 XP ganho on game, pode mandar ela como está!

mando hoje a noite

Não mandei a ficha pq tou fazendo uma de tremere boladão

nao vai rolar a cronica ???

Vai sim, falta só o Painkiller mandar logo o personagem dele!

Cobrem dele!

Eu quero jogar. Te envio a ficha hoje, rola? É modelo padrão neófito?

OK, é ficha de neófito, com 20 de XP grátis, pode me mandar por MP, valeu!

Três fichas confirmadas, esse fim de semana mesmo já pretendo começar, se mais alguém quiser participar ainda tem duas vagas, e Painkiller, seu cuzão, não vai participar?

JOHN INGE - STORYTELLER

19:00, Bronx.


John acorda em um motel de beira de estrada, com o corpo nu de uma vampira enroscada no seu, os cabelos loiros dela espalhados pela cama revirada. no chão, diversas roupas, uma algema e diversos outros objetos.

John acorda antes da Lasombra, e veste suas roupas enquanto ela cochila. Ela era uma vampira jovem, e como tal, ainda possuía um certo apetite sexual. Mas John não estava aqui para se divertir, estava em uma missão, esta vampira é Hester Reed, mais conhecida como "Rage" entre os chegados.

Há um ano o Sabá fora expulso da cidade, e os membros sobreviventes foram caçados, Inge passou o último ano rastreando possíveis membros escondidos na cidade até que se deparou com ela. Disfarçada de anarquista, ela observava o território á espera de uma chance de contra-atacar. Não foi muito difícil seduzi-la, com o tempo ela foi largando seus segredos para Inge pensando que ele também fosse um anarquista, segundo ela, era uma Ductus passando informações a Francisco Domingo de Polonia, rs, tá bom, se isso for mesmo verdade, o Sabá anda muito decadente, uma Neófita em uma posição de influência?!

A recompensa por Sabás é grande, mas ela é um peixe pequeno que pode levar John até os alvos maiores, por isso ele prefere não entrega-la por hora.

- Já acordou, tigrão?!- Pergunta ela, olhando John se vestir com uma expressão voraz no rosto - Aonde vai?

Só o que faltava, agora John tinha uma Sabá pegando no seu pé?!

- Sabe, esta cidade me enoja, desde que fomos expulsos e aqueles burocratas nojentos da Camarilla tomaram o poder, esse lugar virou uma foça escrota. Eu permaneci na esperança de recuperarmos o poder, mas se você viesse comigo, eu não me importaria de fugir para outra cidade. Alguma cidade livre de qualquer membro desses vermes, talvez para o México, passar a não-vida ao lado de nossos irmãos, ou podemos morar em uma pequena cidade sem vampiros, seriamos como reis lá, e poderíamos ter nossas próprias crias, iniciar nossa própria seita, você viria comigo?- Diz ela, ainda nua, deitada na cama, olhando para o teto, como se estivesse sonhando acordada.

Hester Reed (Vestida):

[STATUS]
PDS: 04/13    
FDV: 5/5
Dano: -
Modificações: -
Equipamento: -

KILLER INSTINCT - MARK

19:30, subterrâneo de Manhattan.


A primeira coisa que Mark sente antes de abrir os olhos é o cheiro nojento de fezes molhadas, urina envelhecida, mofo, e outa coisa que ele não é capaz de discernir. Sim, ele estava dormindo em um colchão velho em meio a um escuro e nojento esgoto. Sim, ele havia se tornado uma criatura da noite que necessita se alimentar de sangue diariamente e nunca mais poderia ver a luz do dia. Não, isso não era um pesadelo, era tão real quanto o colchão velho e fedorento em que ele havia dormido durante o dia.

Ao se levantar, se depara com uma enorme poça de água parada. entre larvas de mosquito ele podia visualizar seu reflexo distorcido. Como o destino podia ter sido tão filho da puta com ele afinal?!

- Mark, estávamos te procurando, é ele, Uncle Smelly está aqui, e está fazendo um discurso a todos os Nosferatus, venha!- Diz um companheiro de clã no final do túnel bastante empolgado.

Uncle Smelly era praticamente uma lenda entre os ratos de esgoto, sendo o criador da Schrecknet, ele vivia viajando de um continente a outro procurando fortalecer todo o clã, mas o que isso importava?!

Sem muito o que fazer, Mark segue seus companheiros até uma grande ramificação de túneis, onde dezenas de Nosferatus ouviam um companheiro discursando.

Uncle Smelly:

- Irmãos e irmãs, como eu dizia anteriormente, meu maior erro foi ter apoiado Calebros como novo príncipe da cidade, entendam que fiz isso com as melhores intenções, pois pensava que um Nosferatu no comando da cidade iria quebrar a hegemonia Ventrue-Tremere-Toreador que está no poder há séculos, e nos traria benefícios. Nós, os espiões, os informantes, continuamos sendo tratados como lixo por nossos "irmãos" bonitinhos da superfície, que apenas nos procuram por necessidade, mas se negam a nos oferecer melhores condições, e Calebros acabou se tornando apenas mais um fantoche nas mãos da gentalha do círculo interno. Venho a vocês dizer que estou aliviado com a possível renúncia dele, e assim que ouvi a notícia do atentado ás torres, vim imediatamente á cidade saber como vocês estavam! Sinto porém dizer que nosso clã já tem seus próprios problemas para se preocupar, uma vez que tive notícias... "deles" se movendo próximo a cidade!

Mark sabia quem "eles" significavam, e os outros Nosferatus com certeza também. Os Nictuko, uma linhagem antiga de filhos de nosso antediluviano que devotavam suas não-vidas a caçarem todos os Nosferatus.

- E como portador de todas estas más notícias, sinto que precisamos nos unir mais do que nunca!- Continua Smelly - Como todos sabem, estive muito ocupado nos últimos anos para participar da política da seita, mas não gosto dos rumos que as coisas vem tomando...

-Nenhum de nós gostamos - Diz uma voz no fundo de um dos túneis.

Todas as cabeças se viram para verem Krid, o primogênio do clã.

Krid:

Ele caminha lentamente em direção a Smelly, todos os Nosferatos abrindo espaço para ele. Apesar de extremamente feio, Krid não parecia ter sido tão afetado pela maldição do clã quanto a maioria dos outros ratos de esgoto, podendo se passar por um ser humano normal com poucas dificuldades, isso fez com que se tornasse o porta-voz do clã em assuntos da seita. Krid e Smelly se abraçam.

- Meu amigo, está finalmente pronto para ser nosso príncipe?

- Desculpe, mas não tenho tempo necessário para isso, e não entendo nada de política, mas gostaria de saber como andam as coisas!

- Bom, os principais candidatos são Hellene do clã Ventrue, o Xerife Qadir, Lord Ephrain do clã tremere, e Carter Wanderwayden, dos Malkavianos!

- Hunf, como imaginei, os conservadores querem manter a hegemonia Ventrue-Tremere-Toreador a todo custo. Quanto ao tal Carter, o que sabe dele?

-Não parece ter nenhuma simpatia em especial para nós, mas talvez se recebesse nosso apoio, ele poderia se tornar nosso aliado!

- Muito bem, quero que entre em contato com ele imediatamente, quanto ao problema dos Nictuko, preciso que instale câmeras por todos os túneis, precisamos saber realmente com o que estamos lidando. A Camailla que lide com seus problemas, que nós lidamos com os nossos!

- Ah... claro, mas existem outros assuntos que preciso falar com você... em particular!

Smelly e Krid se despedem dos Nosferatus e saem por um túnel.

OFF: Pode interagir com a cena da forma que quiser, opinar durante a discussão, falar com os outros companheiros de clã, etc...

[STATUS]
PDS: 02/13    
FDV: 5/5
Dano: -
Modificações: -
Equipamento: Faca e pistola

LACROIX

19:30, Manhattan.


Sebastian era bom em sentir as oportunidades quando elas passavam por ele, e uma boa oportunidade ocorreu em 2000, quando a cidade de NY havia sido quase devastada pela guerra entre as seitas da Camarilla e Sabbath. A Camarilla havia vencido, mas estava fraca, e precisava de membros poderosos, e foi aí onde Sebastian entrou, instalando-se no bairro judeu em Manhattan, criando um novo cassino aos moldes de sua amada Las Vegas. O atual primogênito do clã, Eugenie entrou em contato com ele, onde ambos formaram um negócio, onde ambos utilizariam seus recursos para localizarem obras ocultistas antigas muito importantes.
Tudo muda após o atentado das torres gêmeas, onde Eugenie é morto e a tensão na cidade ameaça explodir. Logo no dia seguinte ao atentado, Sebastian recebe uma visita um tanto quanto inesperada.

Lord Ephrain:

O anão, Lord Ephrain Wanwright parecia bastante nervoso, ele insistiu que precisava dar uma olhada no acervo de obras que Sebastian e Eugenie guardavam. O pequeno vampiro não aceitou um não como resposta, e disse que o destino da cidade dependia disso. Ao entrar na biblioteca, o anão nota que o volume que ele estava procurando (Os Nove Portais, um livro escrito por supostos infernalistas no séc XVII, instruindo os adeptos sobre diversos rituais satânicos que poderiam liberar poderosos lordes infernais do submundo) estava faltando. Sebastian fica surpreso, pois foi instruído por Eugenie a ser extremamente cuidadoso com quem tem acesso aos livros, e não tinha ideia de como ele poderia ter sumido. Teria sido o próprio Eugenie que retirou o livro? mas sendo assim, por que ele não o teria avisado?

Lord Ephrain pergunta se existem câmeras na sala, a resposta obviamente era sim, e ambos foram procurar por alguma pista. Após horas observando os vídeos gravados pelas câmeras, eles percebem que um individuo aparentemente ofuscado entrou furtivamente na sala, passou pela segurança, roubou a obra e partiu sem deixar nenhum sinal de sua chegada. O fato ocorrera a aproximadamente duas semanas antes do atentado ás torres gêmeas. Sebastian não sabia qual relação uma coisa tinha com outra, e Ephrain disse que pela sua própria segurança, era melhor não saber. Após isso, o anão faz uma cópia dos vídeos e os leva.

Alguns dias se passam, e Lord Ephrain retorna, e pede que ambos falem em um local privado.

- Eu creio ter descoberto a identidade do individuo que roubou o livro!- Diz Wainwright enquanto puxava uma foto guardada em seu bolso e lhe mostrava.

Sun Yang:

- Seu nome é Sun Yang, "The Wise Frog", um Assamita que atualmente reside nos guetos chineses de Chinatown. Eu preciso que você o traga "vivo" para ser interrogado. Entenda que esta é uma missão extremamente sigilosa, seja lá para quem ele esteja trabalhando, ele ou eles não podem saber que sabemos sobre ele/s. Eu posso lhe enviar um pequeno reforço para localizar e captura-lo, o que você me diz?

[STATUS]
PDS: 05/13    
FDV: 6/6
Dano: -
Modificações: -
Equipamento: -

Off: 1° : mandei uma última mensagem, ontem. Seria bom que vc lesse e considerasse, pq eu tive que redistribuir pts, na ficha; ela tava com pontuação errada. Só acrescentei um ponto em ocultismo, no final das contas.

2° : eu, como "amigo" do clã, pude participar dessa reunião dos Nosferatus?

Ele acorda se espreguiçando largado na cama. Apesar de ser um membro, Inge ainda carregava encenações mortais, muito provavelmente pelo fato dele ser um Malkaviano. Ou talvez devido a sua vontade de entender as coisas um pouco mais. A Lasombra estava ali, do seu lado, eternizada com beleza, ilusões, ambição e A Fome. Fome... John também sentia fome após o despertar e aquilo o inquietava.

Sempre profissional e, se aproveitando do fato de sempre levantar antes de Ester(era assim que ele a chamava. Queria se diferenciar dos outros que a chamavam de Rage, e preferia ter algo único além do nome dela, mesmo não sabendo se ela gostava ou não disso) John foi ‘observar’ melhor os objetos que ela havia trazido essa noite.( Auspícios 3, toque do espírito.)

Após o ritual de análise dos objetos e uma boa olhada ao redor, ele começa a vestir suas roupas amarrotadas de um modo que lembrava uma criança desajeitada.

- Já acordou Tigrão? – Era Ester querendo quebrar o silêncio de John e trazê-lo para seu mundo de monstruosidade.

Ainda de costas para a Lasombra, Inge vira levemente o rosto, para um mínimo de contato visual e para apreciar o corpo de Ester. Ele da um sorriso vago e, quando John pensa em responder, ela interrompe seus pensamentos e começa a divagar.

- Sabe, esta cidade me enoja, desde que fomos expulsos e aqueles burocratas nojentos da Camarilla tomaram o poder, esse lugar virou uma foça escrota. Eu permaneci na esperança de recuperarmos o poder, mas se você viesse comigo, eu não me importaria de fugir para outra cidade. Alguma cidade livre de qualquer membro desses vermes, talvez para o México, passar a não-vida ao lado de nossos irmãos, ou podemos morar em uma pequena cidade sem vampiros, seriamos como reis lá, e poderíamos ter nossas próprias crias, iniciar nossa própria seita, você viria comigo?

Inge veste a calça em seu corpo nu diretamente. Ainda calado, observando a menina se perder entre seus sonhos de recém-abraçada. Mas aquilo poderia ser só uma encenação. Algo para envolvê-lo, seja em algum esquema paranoico do Sabá ou na vida da própria cainita. Ele teria pena dela se ambos não estivessem desgraçadamente mortos e, ao mesmo tempo, vivos. Um sorriso quase inocente esboçou em sua face e John bangunçou os próprios cabelos tentando se arrumar.

Ele caminha em direção à cama novamente, e no percurso, pega seus blocos e canetas que estavam jogados ao chão. Aquilo era importante. Algo insubstituível e imprescindível no processo de catarse investigativa de Inge. Custavam vidas, literalmente.

Inge senta-se ao lado de Ester e acaricia, da coxa da Lasombra até a relva de sua pelvis, suavemente enquanto fala.

- Ester, minha bela, acredito que você já tenha percebido que nossa existência, invariavelmente, torna-se monótona. Temos tempo demais e, se estivermos sobre a égide da Camarilla, também temos regras demais para frustrarem nossos aprazeres. Inclusive, esse discurso existencialista levou muitos de nós a encontrar a morte final devido a inquietude. Mas isso é uma conversa filosófica, para uma outra hora. Precisamos ser pacientes e cuidadosos em nossas peculiaridades. Por isso a gente incita a mudança. Você, eu. Olhe para si, você é uma expressão física e ‘viva’ dela. Algo que me agrada. Eu adoraria simplesmente fugir disto tudo: da paranoia, dos anciões, das guerras, das brigas, do sangue... Mas é impossível, não podemos fugir de nós mesmos e, acredite, cedo ou tarde, nos tornamos tudo isso que sequenciei para você. - Inge fala pausadamente, como se estivesse educando uma criança. Conforme fala, John revesava entre acariciar o corpo da Lasombra e olhá-la algumas vezes nos olhos. Porém sua vista sempre se volta ao redor: o quarto, o ambiente, os sons, os cheiros. Ele sempre divaga encarando o vazio, como se tentasse ver através da realidade que os aprisionavam. E então retoma: - Compreende?

- E você, como Priscus... – Ele hesita um pouco, e volta a olhá-la diretamente nos olhos. – Priscus? Você deveria procurar saber se não estão te envolvendo numa trama maior e perigosa quando lhe concederam esse título. Para mim, tal responsabilidade acarreta muitos prejuízos nas mãos de uma criança. Mas enfim, você precisa cumprir suas obrigações, ou fingi-las para agarrar o momento certo de escapar desse jogo de xadrez se você pretende ir a outro lugar. Infelizmente, eu ainda preciso ficar aqui. Em prol da mudança. Afinal, essa cidade anda muito estranha, não acha? O atentado às Torres, o silêncio, os poucos membros que quase não se movimentam na noite... Não lhe parece que há um fio – cainita, diga-se de passagem – conduzindo esse estranho cenário?

Inge, então, deita-se levemente por cima dela e beija-a no seio. Depois na testa. Humanamente apaixonado. Mas ele não era humano. Assim, John se levanta e começa a caminhar em direção a porta. No caminho ele tira do bolso uma caneta e começa a apertar irritantemente o botão da ponta retrátil. O Malkaviano vasculha todos seus bolsos mais uma vez e se dirige a Ester, novamente de costas:

- Hoje temos compromissos não? Se quiser me informar sobre seus afazeres, tem meu número. Cuidado. Lembre-se de nunca me procurar para não comprometer sua segurança. Eu a encontro. – Ele abre a porta. – Mas antes... Tenho um compromisso importantíssimo com nosso caloroso e vermelho graal. Até mais, minha Ester.

E então Inge sai.