Vampiros - A Máscara
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Tropeços de um Início, rendendo Jorge Altobello

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Mensagem por Edgard Seg Fev 03, 2014 5:45 pm

Não era normal, mas nada tão estranho se um Membro tem uma alimentação diferente, mas ter o hábito de beber de sangue lupino é um tanto estranho. E pior, não acredito que o arcebispo seja conivente com essa situação de Kameroth, mas até aí, se tratando de um Gangrel, essa dieta não era tão preocupante, a não ser sobre sua sanidade.

— Até aí não vejo isso tão preocupante. Não é de meu costume, mas se tratando de um selvagem isso não deve ser tão estranho. Pena que isso possa por em risco a sua sanidade.  



—  Também notei que tem alguém muito poderoso mexendo com a cabeça dele. Ainda não sei ao certo quem e o que ele é, mas pretendo descobrir. apertei os olhos, não surpreso, mas indignado com a situação. Esse alguém poderoso, de repente, pode manipular suas ações?! ficava com essa indagação, se o templário não estiver com seu controle, podemos estar comprometendo o sucesso dessa tarefa.

— É, temos que ver isso com clareza. Você acha que ele não tem o controle sobre si!? será que pode ter algo com esses Tecnocratas?! ... expunha o que acabei de pensar, como se minha mente não tivesse o freio de filtrar em palavras bonitas ou mais sutil.

Ele pegou o celular e não gostou do que viu, frustrado não concordou com algum SMS que recebera. — Problemas!? O perguntei assim que ele guardou o aparelho, pensei que iria responder, mas não.
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Mensagem por No One Seg Fev 03, 2014 7:51 pm

Elyon analisa as palavras do Precursor em silêncio. Aquele Garou já estava sendo um problema. Afinal, seus refúgios não eram mais seguros. Além disso, ele afetava a segurança de Springfield também. O Gangrel sabia que tinha que eliminar logo esse lupino, se não em breve a sua vida social acabaria de vez, isso enquanto ele não tentasse eliminar verdadeiramente a sua não-vida. É claro que, pelo modo como o precursor reagira, não seria nada fácil matar o lobisomem, mas que opção ele tinha além de tentar?

-Eu não sei o quanto exatamente isso iria dificultar as coisas para você - Comenta com Fley - Mas se acredita que pode contatar essa humana mesmo com essa dificuldade extra, acho que seria melhor nos livrarmos de possíveis intrusos o quanto antes - Continua o Gangrel, aparentando, paradoxalmente, estar calmo. Ele já estava acostumado a manter aquela postura em situações difíceis, detestava demonstrar fraqueza - Caso contrário, não vejo tanto problema se adiarmos isso até obtermos o que queremos com essa mortal. Afinal, seria muito insensato realizar um ataque aqui, mesmo para um lupino. - Ele fez uma leve pausa - Creio que você saiba definir melhor o momento mais adequado.
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Mensagem por Padre Judas Ter Fev 04, 2014 6:32 pm

ㅤㅤ- Se é estranho ou não, eu não ligo. A questão é que isso pode acabar nos colocando em risco. - Pelo visto, o Tzimisce não havia compreendido o quão ruim a situação poderia ser. - Veja bem, se Kameroth se permite perder o controle até mesmo em uma guerra, imagine fora dela. Ele pode ser perigoso, principalmente para quem está do lado dele. - Dei uma rápida olhada em direção ao motorista checando se ele não estava bisbilhotando meus assuntos. - Um drogado é totalmente imprevisível, Karsh. - Me inclinei para perto do Tzimisce, e falei com preocupação. - Totalmente imprevisível. E não queremos ser surpreendidos, não é mesmo? Ainda mais na situação delicada em que estamos. - Retornei a posição ereta original. - É melhor que fiques bem atento quanto às atitudes do templário. 

ㅤㅤ- Eu não sei como isso o afeta, tampouco quem poderia fazer isto. Provavelmente sim,  mas não podemos também nos ater somente a eles. - Dei de ombros. -Talvez o culpado seja outra coisa. - Completei com casualidade.

ㅤㅤ- O loiro... - Havia pesar em minha voz. Só de pensar no tanto que eu poderia aprender sondando a mente do Giovanni... - teremos que entregá-lo. Que droga! - A última frase saiu entredentes, quase tão baixa quanto um sussurro.
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Mensagem por Gam Qua Fev 05, 2014 11:04 pm

@Karsh von Bredtch, Jorge Altobello
Quando o táxi vira a esquina da rua de Marshall, Altobello e Karsh vêem motivo para se preocupar. Há fumaça saindo de uma das janelas do segundo andar. Muita fumaça.

O taxista para em frente, apático.

- Quinze dólares. - Ele diz.





@Elyon Kameroth
- Ele não vai nos atacar aqui, acredito. - Ortheos responde. - Mas também não garanto resultados com a garota se expessar o grau do Véu. Por outro lado, se eu chamá-la antes disso, o Garou irá possivelmente escutar o que ela lhes disser. Vocês terão de fazer uma escolha.

- Deixe que escute. - Springfield é quem faz a escolha. - Estamos procurando informações sobre um inimigo em comum. Pode ser interessante que ele ouça.
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Mensagem por No One Qui Fev 06, 2014 12:22 am

Elyon escuta as palavras de Fley, mas fica em silêncio quando ele termina. Ele esperava que Springfield se manifestasse, e isso não demorou a acontecer. O Arcebispo, como sempre, mostrava-se sábio. Alguns segundos depois, Elyon mudava de assunto.

-A propósito, Fley, não sou viciado em crack. Não costumo desperdiçar meu tempo com futilidades. - Elyon comenta casualmente, como se os assuntos sérios já tivessem sido encerrados - Parece que por uma irritante coincidência, me alimentei acidentalmente de um humano sobre esse efeito. Mas isso acabou sendo útil de alguma forma, já que agora sabemos o que está realmente errado. - O Gangrel comenta calmamente.

Elyon esperava que Springfield não demonstrasse nenhuma irritação perante o seu comentário, e fez questão de observar discretamente isso. Afinal, seria bem pior se ele fosse realmente um viciado, e mesmo diante daquela circunstância ele não se manifestara. Aquele comentário, mesmo sendo feito diretamente ao precursor, tinha muito mais intenção de atingir o arcebispo. Elyon não queria que Springfield pensasse que ele era mesmo um viciado, até porque ele já tinha causado problemas demais para ele, e ter um templário viciado seria ainda mais problemático.

Alguns segundos depois, se nenhum dos dois desse continuidade aquele assunto, Elyon mudaria novamente o tema da conversa.

-Então... Aqueles dois não devem demorar tanto. - O Gangrel inicia o novo assunto - Peço-lhe que não comente nada sobre a nossa descoberta com eles, Fley. Eu mesmo pretendo contar mais tarde. - Completa Elyon. É claro que, embora a frase tivesse sido dirigida a Fley, ela também servia para Springfield, mas o Templário tinha certeza que ele não comentaria nada de qualquer maneira. Afinal, o Arcebispo sabia que eles eram membros de seu bando e que seriam uma defesa essencial naquela situação, portanto já devia imaginar que Elyon iria lhes contar da maneira que mais o favorecesse.
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Mensagem por Gam Qui Fev 06, 2014 8:12 pm

@Elyon Kameroth
- Aham. - Responde Ortheos. Não é como se ele não acreditasse, ele simplesmente não se importa.

- Naturalmente. - Ele responde à próxima fala. - Não me interesso em como resolvem seus assuntos. - "desde que façam isso longe de mim", Kameroth poderia jurar que ele continuaria a frase.
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Mensagem por Padre Judas Sex Fev 07, 2014 8:41 pm

ㅤㅤAo virar a esquina da rua do Kurt, fomos surpreendidos pela fumaça que subia da janela de sua casa. O que havia acontecido? Marshall fora atacado? As armas que eu lhe entreguei não foram o bastante? Se foi mesmo um ataque, lobisomens ou magos? 

Taxista escreveu:- Quinze dólares. - Ele diz.
ㅤㅤ- Me espere aqui, sim? - Disse saindo do carro. - Isso não vai levar muito tempo. Venha, Bredtch! - Saí com a maleta prateada, apressado, sem dar chances para o homem retrucar. Se quisesse seu dinheiro, afinal, teria que me esperar. 

ㅤㅤAntes mesmo de chegar, já fui procurando entender o motivo da fumaça. Havia fogo somente no segundo andar, ou no resto do prédio? Os passos eram rápidos. - Continuemos, Bredtch. Estarei contigo, não temas. - Ofusquei-me. Oculto pelas sombras, retirei a arma da maleta e a carreguei com prata. Levei as granadas também e larguei a maleta um canto discreto. Subi pelas escadas, apreensivo. A qualquer momento, uma fera peluda poderia saltar em minha direção, assim como aconteceu no Empire State. Meu último sonho me fazia ficar mais atento e preocupado ainda. 

ㅤㅤNo segundo andar, procurei o foco do incêndio. Peguei o extintor, deixando o fuzil pendurado no meu torso pela alça e, antes de entrar, aumentei os sentidos procurando ouvir movimentações dentro da casa. Se houvesse alguém lá dentro, iria esperar, se não, desligaria os sentidos expandidos e chutaria a porta e entraria. Já esperava que o fogo atiçasse a besta, mas permaneci forte. -1FV Usaria o extintor como pudesse para acalmar o fogo e chegar até o quarto e usar o toque do espírito. Dois objetivos: O que raios acontecera ali? E o que levar para Ortheos? Um objeto com as impressões mais fortes de Marie Thèrese seria a minha escolha.
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Mensagem por Edgard Sáb Fev 08, 2014 7:13 pm

O Lasombra começava a expor os motivos para não confiar nas atitudes do templário.
— É, o mais preocupado com isso seria o arcebispo, uma vez que ele é o seu segurança particular... acho que ele já está a par disso e deve tomar as medidas necessárias. Springfield era alerta o bastante para precaver os seus contratempos, por isso que ele está vivo até hoje. Ele não deixaria de notar que seu templário estava sendo manipulado, o Jorge deve ter notado primeiro do que eu, mas nunca antes do Springfield.

O táxi dobrava a esquina e parava no local, uma casa estava fumaçando, era óbvio que era a do Kurt. O que aprisionou a sua esposa não queria que ele vivesse com a lembrança, talvez. Jorge sai em disparada e mandou o taxista ficar, nem o pagou. Esse truque talvez prenda o taxista aqui, mas eu acho improvável que fique esperando nós voltarmos. Afinal uma casa em chamas não deve ser por acidente. Havia fumaça no segundo andar, muita fumaça.

Saímos apressados, meus passos eram largos e rápidos. — O que quer que ela significava, tá custando caro hein!? a esposa do Kurt significava alguma coisa para os Tecnocratas, isso era óbvio, mas
o porque mesmo depois de "morta" ela serviria??

As palavras de Jorge não me animavam nem me reprimia, ele estava querendo mostrar que conduzia a situação de bom modo. — Continuemos, Jorge. Um Sabá não teme nem ao diabo! Exibia as presas enquanto adentrava ao prédio, notei que Jorge tentava se ofuscar e apenas o acompanhei aos olhos do Auspícios.
Ao ver Altobello carregando suas armas com munição de prata, eu pensei que pudesse envolver os Garous, então eu saquei minha larga faca de prata e o segui. Os Sentidos aguçados me guiavam onde ir, onde podia ter alguém sapateando no andar de cima.

O cheiro de fumaça me incomoda um pouco, tentei ignorar o cheiro e o calor, desativava o Auspícios quando esse incomodo realmente fosse intolerante.
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Mensagem por Gam Dom Fev 09, 2014 7:51 pm

@Kurt Marshall, Karsh von Bredtch, Jorge Altobello
Von Bredtch não é nenhum iniciante, nenhuma ferramenta à disposição para se moldar aos desígnios de qualquer um. Apesar do jogo de cintura do LaSombra, Karsh sabe imediatamente quais são suas intenções ao plantar a semente da desconfiança a respeito do Gangrel. Altobello já é bem conhecido por sua sede decontrolada por poder (Fracassado), e a última vez em que isso deu errado repercurtiu até hoje, chegando também aos ouvidos de Karsh von Bredtch.

Jorge, em sua megalomania desvairada, sibila nos ouvidos do Tzimisce até o momento em que chegam na casa. Temendo o pior, ambos apressam-se escadaria acima.

A Ofuscação de Altobello revela-se dispensável, já que não são atacados do momento em que entram até o momento em que ele a quebra, derrubando a porta sem cerimônias.

O fogo, por sua vez, já se foi. O escritório, como os ancillae virão a concluir ao examinar direito os restos queimados, é só um reflexo tostado do que foi outrora. Pedaços da parede e do teto desmancharam-se, cedendo ao fogo. O chão, de piso de tábuas, denota severas falhas causadas pelo incêndio, e a maioria dos objetos ali é irrecuperável. Marshall jaz à um canto, recostado imóvel contra a parede. Em seu torso há um enorme rasgo, e pedaços de suas tripas mortas espalham-se pelo chão ao redor em meio à sangue seco.





@Elyon Kameroth
Springfield quebra o silêncio.

- Não vamos planejar nada em voz alta enquanto soubermos que o animal nos espreita. - Ele se refere ao Garou, certamente. - Mas é claro que ele é uma ameaça a todos nós, e Kameroth nada mais é do que o foco escolhido para incubir sua vingança.

Talvez Springfield tenha notado sua apreensão. Talvez não, e ele realmente não se importe. Em todo caso, isto inevitavelmente deixa o coração do Gangrel mais leve.
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Mensagem por Dylan Dog Dom Fev 09, 2014 8:39 pm

Tudo passou tão rápido. Antes que Kurt pudesse se lembrar de algo a dor chegava a galope, logo atrás da sua consciência...

- AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!

O La sombra segura a cabeça e se escolhe. Todo o corpo dói, mas a cabeça é de longe a pior parte. A dor era tão intensa que ele não consegue segurar as lágrimas de sangue. Ele encosta a cabeça contra o assoalho e chora, sem se importar com os seus companheiros que acabavam de chegar.
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Mensagem por No One Seg Fev 10, 2014 6:45 pm

Kameroth permanece em silêncio por algum tempo. Ele não gostava de ser tagarela, diferente de Karsh, membro mais "expressivo" de seu bando. No entanto, quando Springfield quebrara o silêncio, o Gangrel quase tomava um susto, embora não tenha deixado isso tão evidente. O Arcebispo raramente falava, e quando falava algo que não fosse realmente necessário, era sempre uma surpresa. Além de surpreso, Elyon estava muito aliviado. Primeiro por perceber que o arcebispo ignorara o acidente do crack, e depois por ver que ele não o culpava pela perseguição do lupino. Fora isso, ele ainda pronunciara a frase no plural. Será que o Arcebispo realmente estava disposto a ajudar o seu templário (quando na verdade o Gangrel era quem deveria fazer tal coisa)?

-De fato. - Concorda Elyon - Se eles armaram um plano para nos juntar à Camarilla com o intuito de nos massacrar com eles, certamente devem ter ficado muito desapontados com o resultado. E pelas experiências que já tive e ainda tenho com essas Bestas, sei que eles não desistem fácil. Logo, mesmo que eles me matassem, não demoraria para que fossem novamente um empecilho para o Sabá. - O Gangrel argumenta logicamente. O Arcebispo tinha afirmado algo parecido, mas não tinha sido tão claro, então Elyon complementou seu raciocínio.
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Mensagem por Padre Judas Qua Fev 12, 2014 11:37 pm

ㅤㅤO fogo já se apagara quando arrombei a porta do escritório de Kurt, por isso soltei o extintor de incêndio e voltei a ter o fuzil em minhas mãos. Além de ter tudo queimado, o que mais me chamou a atenção foi o aprendiz estirado e suas tripas decorando o chão em que estava deitado. O que quer que tenha feito aquilo com ele, deveria ter garras ou presas bem poderosas e afiadas. Garous. 

ㅤㅤPor um momento, pensei em expandir meus sentidos para tentar capturar a presença de algum lobisomem. Por sorte, ou azar, fui assustado pela repentina gritaria de Marshall que acabara de acordar. Em uma ação reflexo, voltei a arma em sua direção e quase disparei. Frenesi? Não, ele estava apenas... chorando? - Postura, Marshall! - Gritei. 

ㅤㅤAndei em direção ao neófito em passos pesados e o levantei. - Pegue isto, e te recomponha. - Ordenei, enquanto enfiava as tripas do advogado de volta à ferida. Lembro-me de tê-lo ensinado a usar o poder do sangue para curar os ferimentos, então por que ele não o fazia? Ao invés disso, me constrangia perante outro Sabá. Um aprendiz fraco, corroborando com a falsa impressão de fracassado que tomaram como verdade. - Honre teu sangue Lasombra, moleque! - Olhando fundo em seus olhos, o dominei. - E agora me diga o que aconteceu. - O homem mal conseguia raciocinar, quanto mais falar algo, no entanto a Dominação, se bem-sucedida, o faz ignorar todas as distrações como dor, medo e outros sentimentos e se concentrar unicamente em cumprir o que lhe foi posto.
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Mensagem por Edgard Sáb Fev 15, 2014 10:01 am

Sei das intenções do Altobello, apegado ao poder e controle ele tentava tomar a situação para ele se mostrar melhor ao posto de Ductus, eu apenas anliso isso como se não me importasse, o deixava bem a vontade, talvez ele tivesse realmente a competência de liderar o bando. Mas isso é de pouca importância agora. O fogo estava próximo.
Por nossa sorte, o fogo já havia apagado, mas fez um grande estrago na casa do Marshal, o calor e o cheiro de cinza ainda incomodava. Estranhamente eu não ouvia nenhum barulho sequer de briga ou confusão. Entramos no que era o escritório do advogado, pelo visto, foi dali que o fogo iniciou, no canto, por sorte, o não tinha sido atingido pelas chamas, mas o seu corpo estava com o peito dilacerado e suas tripas ao chão.
Pensei que ele não havia sobrevivido ao golpe, mas fomos surpreendidos por seu grito, parece que ele tinha acordado de um pesadelo, imergindo de um estado de transe, não em torpor. Se contorceu e chorava feito uma criança, algo o infligia como se o ferimento exposto não fosse a pior preocupação. Ele era fraco, e o envolvimento de sua família com os Tecnocratas lhe tornou alvo fácil. Mas porquê não o mataram?? Algum motivo tinha para isso.

Enquanto eu pensava nos porquês, o Jorge tratou de melhorar e imagem do neófito. Passava uma vista com atenção no local que estávamos, não conseguia sentir nenhuma presença sobrenatural ali, mas de alguma forma pode ser que no outro plano acontecia um turbilhão de coisas, e provavelmente era isso que torturava o Kurt. Analisava os ferimentos do jovem Lasomba e o que quer tenha feito isso nele deve ter deixado rastros.

— Primeiro o caso do Kameroth, agora o Kurt também deve estar tendo sua mente invadida. - ele se contorcia segurando e apertando a cabeça, como se a dor fosse única lá. - Tenha uma cabeça forte, Sr. Altobello, pois acho que somos os próximos. - falava meio que sussurrando, enquanto rastreava o local a fim de encontrar algum vestígio de algo que tenha feito esse estrago. Ativei meus poderes sensoriais de Auspícios, andava cautelosamente procurando algum sinal, até mesmo no corpo do Kurt eu olhava de longe.
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Mensagem por Dylan Dog Sáb Fev 15, 2014 3:01 pm

Marshall estava muito fragilizado para ao menos tentar resistir, seu olhar fica fixo em um ponto invisível e então o neófito começa seu breve relato...

- Quando retornei a casa estava estranhamente calma, quase entrei em frenesi devido as lembranças da minha família. Em um momento de distração lutando contra a besta um tecnocrata surgiu, ele me golpeou na nuca e com uma velocidade impossível mesmo para um cainita ele arrancou parte de meu tronco com o que parecia ser uma garra. Em seguida ele ateou fogo no recinto, sem utilizar nenhum objeto, percebendo a chegada dos senhores ele desapareceu daqui por uma espécie de portal aberto em pleno ar, levando consigo o fogo.

O olhar de Kurt volta ao normal, ele coça a parte de trás da cabeça e olha para baixo*, observa suas tripas dependuradas.

- Senhor Karsh, poderia me ajudar a colocar as minhas víceras nos locais corretos? Pode apenas falar onde as devo colocar, acho que vou precisar me alimentar, mas quero ao menos fechar esse ferimento para não andar de forma a chamar menos atenção.

Kurt estava visivelmente transtornado, em parte por sua incapacidade e por outro lado pela visão de seu corpo destruído. O neófito junta suas víceras com a decepção de um guerreiro derrotado.
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Mensagem por Padre Judas Ter Fev 18, 2014 10:00 am

ㅤㅤMeu olhar tempestuoso aos poucos encontram a calmaria e em seguida meu rosto se transforma em um semblante de pura preocupação. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde iriam descobrir. Só esperava que quando esse momento chegasse, eu já soubesse mais sobre eles do que eles sobre mim. Não foi o que aconteceu. Recompensei o aprendiz o devolvendo ao chão sem movimentos bruscos. Não que ele realmente pudesse desobedecer minhas ordens, afinal. 

ㅤㅤAgora o jogo havia realmente começado. Assim como no xadrez, eu teria que meditar mais sobre os meus movimentos. Considerar que eu não estou sozinho no tabuleiro, e que há uma força se opondo a mim. Um grupo que irá, com certeza, defender o seu rei e as demais peças, ao mesmo tempo que tentará pegar as minhas. Uma organização perigosa, que pensará tantas jogadas a frente. E que se eu me permitir não fazer o mesmo, já estarei derrotado. Então a pergunta que não quer calar é: Eles sabem sobre Marie Thèrese? 

ㅤㅤOras! Se estavam aqui, ou estavam atrás de Marie, ou estavam atrás de Kurt. - Bredtch, lide com Marshall. Eu irei dar uma volta na casa e ver se consigo descobrir mais alguma coisa. - O Tzimisce saberia que, na verdade, essa era uma boa deixa para segurar o neófito ali enquanto eu procurava por um talismã adequado para trazer Marie de volta. 

ㅤㅤProcurei pelo quarto do casal, e deixei que as impressões de Marie falassem por si mesmas.
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Mensagem por No One Sex Fev 21, 2014 5:06 pm

Passaram-se mais alguns minutos. Era desconfortável quando se prestava atenção no profundo silêncio. Elyon resolveu quebrar aquela situação incomoda, bem como aproveitar a ausência de seus companheiros de bando para tratar dos assuntos relacionados aos lupinos.

-Então, Fley, sobre o encurtamento do véu... - Ele apresentava o tema - Como exatamente fará isso? Seria algo discreto, que não se perceba visivelmente, ou necessitaria de algo parecido com o que fará para Marie?
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Mensagem por Edgard Seg Fev 24, 2014 3:26 pm

Cuide de suas pontas para que não sigam o seu rastro, apague suas pontas e pague por sua conta... Mas tratar isso de modo individual parece ser tão egoísta. De alguma forma eu já me sinto envolvido nos problemas dos irmãos de bando, até porque temos um inimigo em comum, ou até por falta do foco do meu objetivo...

Num estalo de consciência, me dou conta de que podia usar essa conexão com o mundo espiritual para aprender mais sobre a reencarnação desses espíritos num corpo trabalhado e construído por mim.
Olhava para o Kurt, agora relutava para se sustentar em pé. Caminhei em sua direção atendendo ao seu pedido — Você acaba de pressionar o seu rim contra o fígado... ele deve se encaixar e não pressionar. Assim todo movimento brusco que você fizer vai ficar incomodando, é até ruim pra lutar... tentava prender a atenção do neófito enquanto ele não se incomoda do Jorge vasculhar o seu quarto.
Ao ver que ele notou pra onde o Jorge havia ido, eu o coloco para baixo num movimento rápido, porém sutil, não fazendo nenhum dano no seu corpo, e mais para ele ficar em uma posição melhor para minha visão analítica de seu ferimento.

Removia as imperfeições de sua barriga, recolocando cada órgão no seu devido lugar, os tecidos atrofiados pela própria morte, eu reconstruía o seu abdômen como era anteriormente. Podia melhorar a sua postura.. se ao menos merecesse... por enquanto você vai ser o mesmo de sempre. olhava de canto do olho, para averiguar se o Jorge estaria voltando, faltava juntar a pele, o que lhe atacou deixou um estrago grande e refazer aquilo era dificil por que boa parte da pele foi dilacerada, então pra isso eu esticava o tecido restante. Permaneço na mesma posição, agora encaro o neófito e dentro dos seus olhos eu busco ver o que se passou. Telepaticamente eu quero ver o que ele viu, quero saber o porque sua esposa seria alvo dos Tecnocratas, o que ela em vida que importava para eles, e para onde os agressores seguiram.
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Mensagem por Gam Ter Fev 25, 2014 5:30 pm

@Jorge Altobello, Kurt Marshall, Karsh von Bredtch
Enquanto Altobello trata com Marshall, Karsh von Bredtch dá uma boa olhada na sala ao redor.

Karsh; Investigar
Percepção+Investigação+1(Auspícios) = 4 / Dif = 6
8, 9, 5, 1(x) = 1 sucesso

Ele não vê nada de mais. Bom, nada que já não houvesse visto. O fogo só afetou o escritório, não chegou a empestear qualquer outro cômodo da casa. Marshall não foi pego por pouco, e seu ferimento obviamente foi causado por alguma espécie de garra.

Karsh; Diagnóstico
Percepção+Medicina = 7 / Dif = 8
7, 2, 2, 3, 3, 2, 8 = 1 sucesso

O Tzimisce atende ao pedido do neófito e o ajuda a reposicionar seus orgãos. Há muito trabalho a ser feito, e nem todos os pedaços estão em estado minimamente aceitável. Enquanto o ajuda e observa bem de perto o ferimento, ele não pode deixar de notar a eficiência do golpe. Se esta estranha ferramenta Tecnocrata fez este estrago, foi porque ela só conseguiu pegar essa parte. Seja lá o que for, é capaz de cortar carne como se fosse papel. O jovem Lasombra escapou por pouco, e o Tzimisce não gosta de pensar no que teriam encontrado se demorassem mais um segundo.

Karsh von Bredtch; -1 FV
Karsh; Telepatia
Inteligência+Lábia = 6 / Dif = 5(FV do alvo)
9, 4, 3, 6, 6, 5 = 4 sucessos

Karsh invade, investiga. Ele nota que as lembranças de quando Marshall ainda vivia com sua esposa já estão muito distantes. Não necessariamente pela ação do tempo, mas por tudo o que se passou desde então. Na mente do neófito, sua antiga vida já está há uma eternidade atrás. Foi uma mudança muito brusca, muito dinâmica e violenta para ele. Ele sabe que eles eram felizes, e tinham uma vida tranquila com seu filho infanto, e a lembrança disso é como uma pequena jóia perdida em meio à confusão dos pensamentos de Marshall. Um diamante que é como um oásis que, sozinho, sustenta todo o resto do funcionamento de sua psiquê.

Tropeços de um Início, rendendo Jorge Altobello - Página 2 Tecnoman

No mais, ele consegue ver claramente o ataque tecnocrata recente. Tudo bate com a descrição que o neófito deu ao seu Senhor. O tecnocrata é um homem branco de camisa social, óculos escuros e um sobretudo que, naquele momento, estava em sua cintura. Ele vê que ele possui um braço biônico, e pode vê-lo quando modifica-se em uma terrível garra  de centenas de pequenas unhas. Ele também nota seu temível poder de criar fogo a partir do nada, com apenas um movimento de mão. E, de fato, quando os ouve se aproximando, o homem desaparece em um bizarro portal aberto em pleno ar.
Karsh termina seu transe com um quê de preocupação. É um inimigo poderoso demais, como se a própria realidade se dobrasse à seu favor. E este era apenas um...

Enquanto isso, Jorge invade a santa privacidade do casal à procura de algo marcante. Ele vasculha roupas no armário, tralhas em gavetas, jóias, perfumes... Tudo isso poderia servir simplesmente por já ter pertencido à "falecida", mas ele acredita que conseguirá achar algo mais precioso para ela.

Tropeços de um Início, rendendo Jorge Altobello - Página 2 Queen

Mas é claro.
No fundo da penteadeira, humildemente ajeitada por entre cosméticos diversos. Uma boneca de porcelana, delicadamente pintada. Como Kurt nunca desconfiou? Um brinquedo deveras antigo e específico para uma mulher japonesa, e ainda assim guardado com tamanho carinho, onde ela o veria todos os dias quando fosse se arrumar.

Altobello não se atreve à ler as impressões ali. Só Caim saberia dizer quanto tempo um objeto desses o deixaria em transe. Há relatos de vampiros que nunca mais saíram do transe ao ler as impressões de objetos por demais importantes, e ele é experiente demais para correr este risco. Ele guarda a boneca no bolso, por sob suas roupas ofuscadas.

Por fim, então, os três já não tem nada que os prenda à casa. Marshall, principalmente. A última despedida foi amarga, e lhe lembrou que o caminho em que está agora não tem mais volta. O passado morreu junto com ele.

    Jorge
    - Vá se alimentar, Kurt. Não está em condições de fazer nada neste estado. Bredtch, já não há motivos para estamos aqui. Não é bom que andemos a sós agora. Estou indo me encontrar com Kameroth e Springfield, seria interessante que ficasse com Marshall. Impediria que os Tecnocratas o pegassem de novo.

    Karsh
    Ouvia e nao deixava de transparecer um olhar irônico para o Lasombra - Isso, ele não está em condições, e nao serei eu que ficará guiando a sua caça. Nao acho seguro caçar agora. Iremos todos para lá!

    Sabia o que ele queria, sabia dos motivos que ele tinha para não levar o
    Kurt. Queria ter os créditos e não correr risco - Veja a lei do retorno lucrativo, meu caro. Você que o lucro e não quer assumir os riscos? - dava
    uma breve olhada para o inocente neófito e voltava a falar - Se a sua cria corre perigo, nada mais prudente que o seu progenitor tome conta. Deixemos
    o egoísmo de lado e vamos todos para lá, não vejo o motivo para abandonar a sua cria aqui, ferido como ele está. E mais com um Tecnocrata a sua
    espreita. Você acaba de ganhar uma peça, mas está disperdiçando outra.

    Jorge
    Sorri perante a afronta do Tzimisce. - Se não quer ajudar, Demônio, ao menos não atrapalhe. - Que miserável! Sabia dos meus motivos, e mesmo assim ameaçava revelar meus planos. - Tu tens algum problema com a maneira com que crio meu aprendiz, Karsh?
    - Ele fará, aquilo que eu disser. E eu digo: Vá caçar, Marshall. - Olhei para o aprendiz. - Há granadas na maleta lá embaixo. Leve-as com você.

    Karsh
    Numa expressao irônica e de deboche eu espalmava as maos e balançava a cabeça num sinal negativo - nenhum problema, meu caro. Aliás, gosto quando me chama de demônio, mas prefetia "anjo da morte". - as palavras do Lasombra nao me intimidaram nenhum pouco. Como o mais prudente eu não jogaria minha cria assim quando um Tecnocrata tinha acabado de atacá-lo.
    E quando o neófito ja tinha ido procurar as bombas eu emendava num tom baixo: - Sinceramente acho que sua cria vai se fuder! - falava como se tivesse nem aí pra isso. - você quer algo mais valioso para Therese do que o seu próprio marido. Pensei que fosse mais esperto... nao há motivos para que pensemos em poupá-lo da verdade, a sua própria morte foi o maior fardo que carregou até aqui, e no pior das hipóteses nós contemos qualquer contratempos, aliás, você!


Narrador
E é assim que, separando-se novamente, o Bando sai da residência.





@Jorge Altobello, Karsh von Bredtch e Elyon Kameroth
- Engrossamento. - Ortheos Fley o corrige. - Será discreto, para vocês. Na realidade estarei estuprando a realidade com a minha vontade, mas não creio que seus olhos consigam ver o estrago.

Ele termina de responder Kameroth quando ouvem a aproximação dos que retornam.

- Trouxeram o objeto?

    Jorge
    A mulher vai chegar totalmente acabada, mas antes que isso aconteça, tratarei com Springfield. O convencerei de que o melhor é não assustá-la. Dominação é eficiente a curto prazo, mas a longo apenas deixaríamos a mulher ainda mais desconfortável. Por isso, vou me passar por Kurt quando for fazer minhas perguntas à ela.

    Falarei publicamente. E pedirei para ter uma oportunidade a sós com Marie. Salientando os motivos que lhe disse outro dia.


Narrador
Altobello entrega a boneca para Fley e, em frente à todos, explica seu plano à Springfield, que concorda. Logo, Altobello tem a aparência de sua Cria.

Tudo decidido, Kameroth sai e sequestra uma nova vítima. É um homem, um bêbado errante que agora jamais chegará em casa. Fley manda colocar-lhe sentado e lhe dá um tiro na testa também.

Ortheos Fley; Invocar o Espírito
Percepção+Ocultismo = 9 ; Dif = 7-2(objeto de valor) = 5
9, 6, 3, 2, 10(5), 6, 1(x), 2, 9 = 5 sucessos

Ortheos Fley; Possessão Demoníaca
Sem teste

Fley segura a imagem da pequena rainha de porcelana em uma mão, fecha os olhos e, com a outra mão, parece clamar por alguém. Primeiro ele chama, depois ele puxa. Para von Bredtch e Kameroth, é um procedimento silencioso. Mas Altobello ouve os gritos de sofrimento de alguém que se aproxima, sem saber o que está acontecendo. Eles também ouvem quando ela para de gritar, subitamente, como quem se assustou com alguma visão.

Fley não perde tempo. Ele coloca a mão livre sobre a testa manchada de sangue do homem. Seus olhos abrem, as tenebrosas pupilas viradas para trás. Algo acontece, o corpo inerte começa a chacoalhar e Jorge pode ouvir um penúltimo grito.

- NÃO! - Thérèse parece muito assustada.

Tropeços de um Início, rendendo Jorge Altobello - Página 2 Anger_Rage_Photo_11

Spoiler:

Contra todas as expectativas, o humano acorda rugindo como um trovão. O barulho ecoa na pequena sala e penetra nos corações de cada cainita ali como uma faca afiada, pois a criatura que o soltou nasceu para ser o predador de presas como eles. Cada fibra de seu corpo é uma arma feita para aniquilar os vermes vampiros que assolam a Terra, e quando ela ruge furiosa seus espíritos se encolhem em vergonha e pavor.

Elyon Kameroth, um soldado velho, consegue se controlar antes que o pior aconteça. Mas o mesmo não pode ser dito para Jorge Altobello e Karsh von Bredtch. Os dois ancillae guincham conforme seus olhos ganham um tom vermelho escarlate, e suas fracas mentes assustadas não são mais capazes de ter controle sobre seus corpos.

- Contenha-os! - Grita Springfield para Kameroth, notando um desastre iminente.


Última edição por Gam em Sex maio 23, 2014 2:45 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por No One Qui Fev 27, 2014 11:07 pm

Elyon não tem muito mais tempo para conversar com o Precursor. Os seus companheiros de bando logo chegam, e Altobello explica seu plano para Springfield. Seja lá o que fosse da humana, Kurt era importante para ela, e a ideia do Lasombra era inteligente. O Gangrel observou enquanto Fley invocava a mortal catalisando seu poder através de uma velha boneca, tudo lhe pareceu muito calmo, mas ele sabia que a realidade era muito mais do que ele podia ver.

Quando o Precursor parecia terminar a invocação, o humano despertou de uma maneira totalmente inesperada. Um rugido ensurdecedor e intimidante era emitido, fazendo todos os cainitas do recinto sentirem calafrios. Além disso, eles sentiam vergonhas de si mesmos, como se fossem criaturas completamente miseráveis. O susto e os sentimentos repulsivos não duraram tanto em Kameroth, no entanto, o contrário acontecera com seus aliados. Altobello e Karsh tinham sido completamente dominados por suas Bestas, perdendo o controle de seus corpos devido ao grande susto. Springfield previu o desastre que aquilo poderia causar caso eles fugissem de tal forma e alertou o seu Templário para impedi-los.

Kameroth, prontamente ativo, moveu-se quase instantaneamente para frente dos dois (-1 PDS para rapidez). O Gangrel agarrou os dois pelo pescoço, utilizando uma mão para cada um, aproveitando-se da proximidade que eles estavam um do outro. Elyon sentia a força bestial de cada um deles... Altobello não ofereceu praticamente nenhum trabalho, ele era claramente um vampiro mais voltado para os aspectos mentais e sociais, muito distante de ser um guerreiro; Karsh, por outro lado, tinha uma força monstruosa, oferecendo uma considerável resistência, mas não o suficiente para escapar de Elyon, que já havia se prevenido para evitar tal possível contratempo (-2 PDS em força).

-Controlem-se! - Exclamou o Gangrel. Seu tom exibia uma clara autoridade (líder nato, carisma 5). Os seus companheiros podiam sentir as unhas afiadas do Gangrel pressionando seus pescoços, embora Kameroth estivesse apenas os segurando (característica animalesca).

Quando percebesse que seus companheiros haviam retomado o controle de seus corpos, largaria os seus pescoços e caminharia até Fley. Olharia friamente para o corpo do humano falecido.

-Podemos continuar? - A tranquilidade de sua pergunta era contrastante. Sequer parecia que todos haviam acabado de tomar um susto.
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Mensagem por Padre Judas Dom Mar 02, 2014 1:57 pm

ㅤㅤO ritual tem, enfim, seu início. Não externei, porém por dentro estava ansioso por aquele momento. Quando finalmente conseguiria colocar minhas garras em Marie. Fazê-la me revelar segredos sujos dos Tecnocratas. Segredos estes que seriam decisivos nesta guerra. No entanto, o pensamento de que, talvez, os magos já soubessem de meus planos era constante. Estava apreensivo.

ㅤㅤPude ouvir os gritos desesperados de Marie vindos do outro plano. - Já posso a sentir. - Falei baixinho, como se não quisesse atrapalhar o Precursor. Os berros se aproximavam mais e mais, torcia para que ao chegar neste mundo, seu sofrimento se amenizasse e se mostrasse em condições de me ser útil. Talvez a mera visão de seu marido lhe trouxesse paz. Talvez.

ㅤㅤEla chegara. Posta no corpo do morto. Um último grito. Devastador. De repente, o mundo ficou vermelho e não consegui me controlar mais. Foi só por alguns segundos, mas pareceu quase uma eternidade. Minha única vontade inexplicável era a de me afastar daquele perigo, de me proteger. O Abismo agiu através do meu medo em uma tentativa animalesca de me esquivar dali o mais rápido possível. Logo tudo enegreceu, me dando a oportunidade de sair dali.

ㅤㅤMas o que diabos estava fazendo? Fugindo daquilo que eu procurei com tanto vigor nesses últimos tempos. Apresentando fraqueza, assim como Kurt fizera mais cedo. Não! Jamais! Volte, Altobello! Volte, seu fracassado! [-1FV] A nuvem de negrume se desfez, e lá estava eu. No mesmo lugar de sempre. Assumindo o papel de Kurt Marshall, o advogado. 

ㅤㅤ- Ma-Marie? - Era hora do show. - É-é você? - Meus olhos começavam a marejar à altura que eu permitia me levar pela interpretação, logo uma lágrima de sangue corria por meu rosto. - Eu pensei que tinha perdido você! - Pulei em sua direção e lhe abracei com vontade. Outra lágrima escorreu até pousar nas vestes do novo corpo de Thèrese.
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Mensagem por Dylan Dog Ter Mar 04, 2014 7:45 pm

Marshall não tem muita moral pra se opor a qualquer decisão no momento, afinal, se não bastasse ser um neófito acabava de perder uma luta. É claro que nenhum de seus colegas tivessem chances se estivessem em seu lugar. Aquele cara estava longe de ser humano.

- Sim senhor. Vou ficar aqui e trocar de roupa (de novo), não acredito que irei sofrer outro ataque, afinal, pra eles eu estou morto já. - Kurt só assente com a cabeça, leva seu mentor e seu companheiro de bando até a porta e se despede. Ele resolve enfim fazer o que havia planejado fazer quando chegou na casa. Tomar banho e trocar de roupa. Agora era possível usar uma roupa mais elegante e ficar inteiro, afinal seus órgãos estavam dentro do seu corpo, só faltava lavar o sangue.

Alguns minutos se passam e Kurt termina seu banho e escolhe mais um terno para ser destruído. O advogado se permite uns minutos a mais para conseguir se arrumar bem. Afinal, é noite de caça.


Spoiler:

Kurt se olha no espelho e se imagina.

É, ficou bom. - Marshall termina de arrumar a gravata. Era mais simples ficar com uma boa aparência com roupas elegantes já que ele se vestia assim pra trabalhar. Algumas borrifadas de perfume, Azzaro é claro, e o Guardião estava pronto.




As coisas na casa não o abalavam mais. Era hora de sair e deixar tudo aquilo para trás. Ele passa uma última vez pelos cômodos da casa. As lembranças são quase palpáveis, mas são só lembranças...

No banheiro ele vê a banheirinha onde dava banho no Nero, seus olhos se apertam e ele dá as costas, passando pelo quarto do casal onde teve diversas noites de amor, desde os mais singelos beijos até as mais ardentes transas. Marshall dá as costas e passa pelo altar o lugar onde tudo começara e onde tudo termina agora. Ele chuta o resto do altar que desaba.

Deus está morto. Já dizia Nietzsche. Norma? Orangotango? - Ele pergunta esperando uma resposta antes de sair. Era hora de deixar a casa, para  sempre.

Kurt pega todo o dinheiro que tem escondido na casa, ajeita as pistolas de forma a se esconderem no terno, passa na sala, pega as granadas indicadas por Altobello e as guarda em seus bolsos. Uma em cada bolso. Marshall agora do lado de fora tranca a porta e esconde a chave embaixo do carpete onde está escrito "Welcome". Ele arruma o chapéu e o cachecol.

Era o fim do antigo Kurt Marshall. Seu último combate mostrou que se quiser salvar seu filho terá que fazer coisas terríveis, mas ele está pronto pra isso. Salvar seu filho é mais um débito com a humanidade e com o bebê do que qualquer outra coisa. Seus sentimentos quanto ao seu filho se arrefeceram junto com sua alma que mergulhava em trevas. É o início da pós-vida de Kurt e nada nem ninguém ficará no caminho entre ele e Nero. A luz dos postes oscila como se o abismo confirmasse o que se profetizava naquele instante. Marshall não era mais um pai preocupado atrás de seu filho. Era uma máquina de matar em busca de um objetivo, mas será que as duas coisas não são a mesma coisa?

Próximo passo, pegar um táxi e ir ao centro da cidade, contratar alguma prostituta e então se alimentar (Caso eu possa usar o meu carro, que eu acredito que tenho, ou o carro do Altobello, que eu não sei se levou o carro).
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Mensagem por Edgard Qui Mar 06, 2014 3:02 pm

Off: Tu não tem Reflexo, Marshal kkkkk'

O Jorge entrega o objeto pessoal de Marie para o Percursor​. A mulher do Marshal devia ser um tanto delicada.  Olhava para o Altobello e enxergava por trás da máscara do advogado, talvez a sua morte deveria ser mais aconchegante à sua família, que agora estavam todos mortos, mas um faltava ser desencarnado. Talvez a essa hora ele já deve ter sido enviado para o inferno.
O Percursor terminava o ritual colocando a mão sobre a testa do corpo.
- Já posso a sentir. - falava Jorge, como se pressentisse isso. Poucos segundos depois, estranhamente o corpo chacoalha num aparente ataque epilético. O silêncio dava um tenso ao local, todos ansiosos e concentrados para o despertar do corpo... e de repente um rugido devastador destrói o silêncio, a ansiedade e a Besta da maioria. O urro foi totalmente ameaçador, quando ouvi meu interior tremia como se o rugido era um trovão que afetava a cada minha célula morta, as frações de segundos pareciam horas, e o rugido ia ​estremecendo por dentro de cima a baixo, e quando senti meus pé tremendo tudo enegreceu.​ Novamente as sombras do Abismo, mas agora era muito mais confortável do que antes.​  
Encolhi meu rosto nos meus ombros e expus as presas​. Minha Besta se recolhia sobre a presença de um predador nato.​ ​S​aí correndo em direção à saída, quando de repente trombei em alguma coisa​ que tentava m​e impedir. A princípio tentei relutar contra isso, era alguém da sala que não queria que eu fugisse, pois produzia um som estranho, incapaz de ouvir, mas pelo menos não me atacou de primeira. Aquilo continuou tentando me segurar, então eu desfiz da matéria corporal e dissolvi imediatamente em sangue, atravessando o corpo a caminho da saída.
Quando eu começava a recordar dos motivos da minha fuga, por alguns segundos eu não tinha o controle sobre mim, mas a Mortalha me fez sentir um pouco mais seguro e o som foi abafado graças a massa densa de trevas. E de repente houve luz e não houve mais som.

Deslisava cautelosamente para de onde parti em disparada e ali ficava até me acostumar novamente com a segurança.

Sabia que era aquela criatura que rondava pelo plano astral, agora mais do que nunca sei que ele está nos seguindo, e pode, realmente, acabar conosco. Mas como fazer que a caça pegue o caçador?
Nós vampiros temos a natureza predatória, mas perto daquela criatura espiritual parece que nós somos, de fato, a caça.
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Mensagem por Gam Dom Mar 16, 2014 3:24 pm

@Jorge Altobello, Karsh von Bredtch, Elyon Kameroth
A Besta não passa de um animal. Ela usa suas ferramentas para conquistar seus simplórios objetivos: Matar ou correr.

O problema de vampiros experientes é que certas disciplinas já lhes são tão naturais que, para todos os efeitos, funcionam como um membro natural do usuário. Uma Besta centenária tão próxima do Abismo, então...

Um animal é como uma criança, "se eu não posso te ouvir, você não pode me ouvir". O rugido não chega a ser finalizado, pois é prontamente abafado pela reação-reflexo de um Altobello apavorado. A sala é dominada pelas trevas. O Lasombra e o Tzimisce aproveitam a oportunidade para correr como se suas vidas dependessem disso, mas...

Kameroth; Agir no Escuro
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Mãos firmes os interceptam, segurando-os pelo pescoço. Kameroth não consegue se comunicar no sufoco da Mortalha, mas os contém para que não escapem e exponham o Refúgio... ou tenta. Ele não entende o que está acontecendo, mas Karsh von Bredtch dissolve por seus dedos como água, tornando impossível segurá-lo ou mesmo acompanhá-lo no escuro.

Ao fim de alguns segundos, a Mortalha se dissolve. Altobello, já melhor controlado, pode ser liberado. Não há sinal de von Bredtch, contudo.

- Podemos continuar? - Pergunta o Gangrel.

Fley não responde de cara. Ele está encarando o humano, que ofega como um animal.

- Ma-Marie? - Altobello começa. - É-é você?

Mas, quando ele vai se aproximar, Fley o freia com uma mão em seu peito.

- Não. Não é. - Ele fala, sem tirar os olhos do humano sentado.

Faz-se um silêncio cruel, onde todos esperam algum sinal da criatura. Ele, por sua vez, nada diz. Apenas encara Kameroth, olhando fundo em seus olhos. Um calafrio de morte percorre-lhe a espinha, e o Gangrel ainda teme por sua vida quando o humano por fim desmonta.

Fley aproxima-se cautelosamente do corpo e toca sua testa novamente. Um novo ataque epilético, e seus olhos se abrem. Agora não mais bestiais, mas sim o olhar de uma criança perdida e confusa.

- ... - Ela olha longamente para cada um, até se prender em Altobello. - ... Kurt?

(Karsh, à este ponto, já está escorrendo pelas paredes externas do prédio, e finalmente o susto passa quando ele nota que não está sendo perseguido)





@Kurt Marshall

O Mentor veio de táxi. Marshall usa seu próprio carro, chega ao centro e facilmente encontra uma prostituta aparentemente limpa para se alimentar. Dentro do carro, ela acredita estar tendo o melhor de seus orgasmos enquanto ele lhe sulga a quantidade limite de sangue para não matá-la. (4 pds, carga cheia)

- Thérèse está presa deste lado. - Norma o instrui enquanto ele usa a prostituta, indiferente de seus atos apesar da imagem infantil à que está presa. - Você vai precisar trazer ela para o mundo dos vivos antes de mandá-la de volta pra cá definitivamente.

Mas seus machucados ainda lhe doem muito, apesar de não serem aparentes. Ele vai precisar de mais se quiser recuperar-se completamente.

Vitalidade -5; Gravemente Ferido, -2 dados

- Ou... - Ela prossegue, dando outra alternativa. - Vir pra cá pessoalmente.

This ain't no place for no hero...
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Mensagem por Padre Judas Dom Mar 16, 2014 5:17 pm

ㅤㅤO Abismo esconde muitos mistérios. Enigmas que prenderiam vampiros curiosos como eu por milênios e milênios a fio. E mesmo após tanta dedicação, ainda haveria uma profundeza infinita a ser desbravada por baixo da superfície de um mar de sombras interminável. Segredos esses que um dia ainda hei de compreender, um dia. No entanto, ainda há uma longa estrada a ser percorrida até que eu possa me declarar digno para reclamar um título de sábio do Abismo. Ainda sou uma simples criança. Uma criança que procura abrigo nos braços de sua mãe quando enfrenta um desafio maior do que si próprio. Uma criança que, apesar de não admitir e jamais perder a compostura, não passa de uma criança.

ㅤㅤA mortalha preencheu a sala com um negrume palpável. Mão pesadas bloquearam minha saída desesperada, apertando meu pescoço. Meus pés já não tocavam o chão, penso ter ouvido qualquer som distorcido pelas sombras, mas não me importei com isso. Estava fora de mim mesmo. 

ㅤㅤA mão que afaga é a mesma que castiga. A escuridão é fria, molhada e sufocante para aqueles que não a compreendem como eu. Para mim é como um útero. Acolhedor e materno. Não me entenda mal, o Abismo não é bom. É uma entidade grande demais para se dar ao luxo da bondade. Por minha fraqueza, agora eu experimentaria o outro lado da mesma moeda. Senti as sombras começando a girar até atingir o poder de um redemoinho voraz a milhares de quilômetros por hora. Por mais que soubesse que meu corpo não necessitava de oxigênio, me senti sufocar. Era como se eu estivesse dentro de um furacão de vento frio, cortante como navalha. Meu corpo morto esguichava sangue como um chafariz, até ser totalmente destruído em um espetáculo rubro-negro. 

ㅤㅤDe repente as sombras foram embora, e meu olhar opaco encarava Kameroth que, compreendendo minha calma repentina, me soltava no chão. Minha arrogância não me permitiu compreender que sempre fui apenas uma marionete nas mãos de algo maior. Uma entidade superior à Jyhad e aos anciões mais poderosos. Lobisomens ou Magos não poderiam ferir o Abismo. E se por acaso o meu momento neste plano chegar, finalmente me juntarei ao oceano sombrio mais uma vez, cumprindo Sua vontade. Porém, não deveria oferecer nada mais do que o meu máximo, caso contrário, fui alertado do que poderia acontecer com uma criança desobediente.

ㅤㅤCompreendi o recado.

ㅤㅤ- Ma-Marie? - Comecei. - É-é você? - A mão decomposta de Fley impediu que me aproximasse. O encarei confuso, me colocando atrás do Precursor de forma que ele ficasse entre o morto e eu. Seria o que um neófito inexperiente faria. Tomei aqueles poucos segundos para tentar entender o que estava acontecendo. Pensei ter sido claro com Ortheos. Marie Thèrese, filha de Marie Antoinette. Trouxe até a boneca da dita cuja. O ritual falhara. Ou melhor, algo ou alguém se aproveitara da brecha de Fley para forçar sua entrada em nossa pequena reunião. Seu espírito se resumia em fúria e selvageria, pudi sentir isso. Apenas uma criatura seria capaz de emitir tal sentimento de forma tão aflorada. Garous. A maneira com que ele encarava Kameroth, era como se entrasse em sua alma e o ameaçasse de morte. Ele queria fazê-lo, mas não o fez. Talvez porque sabia que não poderia fazer muito naquele corpo frágil. Poderia ser ele o culpado pelo que eu notei horas antes? O Garou seria o responsável por rondar Elyon? Isso corroboraria com o sonho de lobos e morte de hoje. 

ㅤㅤDado o seu recado, o Garou se foi. Fley tocou o morto e o espírito da esposa de Kurt emergiu. Chamou pelo nome de seu marido, o que me fez cair de joelhos ao seu lado e a abraçar. Meu rosto era afagado por seu colo e o sangue que escorria dos meus olhos se misturavam ao seu próprio do tiro que havia tomado na testa. - Eu pensei que tinha perdido você. - Finalmente depois de um longo e apertado abraço, afastei meu rosto dela e tomei uma de suas mãos, enquanto enxugava as lágrimas rubras com a outra. - E-eu te amo tanto. - Funguei e olhei em seu olhos. - Vo-você precisa me dizer... onde está o Nero? - Aos soluços perguntei o que Kurt teria perguntado primeiro. Para só então seguir com a parte que mais me interessava. - Amor, essas pessoas me salvaram da morte e agora elas lhe trouxeram de volta também. Só com a ajuda deles nós vamos conseguir o Nero de volta. Aquelas pessoas que manipularam você e os seus irmãos... elas são más! Elas querem nos matar, e matar os meus amigos também! - Olhei fundo nos olhos de Marie. - Eu sei que isso pode ser difícil pra você... mas, por favor... não tem outro jeito! Se você não os ajudar, nós nunca veremos o Nero. Nos conte tudo o que sabe sobre eles... - Repousei minha mão sob o seu rosto a acariciando com um toque frígido.


Última edição por Paul Gibson em Qua Mar 19, 2014 12:04 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Dylan Dog Dom Mar 16, 2014 7:44 pm

Kurt termina de sugar a prostituta, ele o fez dentro do carro mesmo, não queria perder tempo, pois provavelmente teria que arrumar outra vítima. Ele aproveita os instantes que sucedem o êxtase da jovem para apagar a memória e modifica-la para que a jovem ache que já foi paga e saia sem problemas...

- Eu te paguei quando chegamos... [Dominação lvl 3 ]

Ele espera o efeito da Dominação e por fim ordena que ela vá embora.

- Vá embora.  [Dominação lvl 1 ]

Ele aguarda que a moça vá embora, caso falhe, ele a paga e faz cálculos para saber se seria possível pagar outra. Após a resolução da questão da prostituta, Marshall sai com o carro e olhando para o retrovisor dá mais atenção para a menina. Ele começa a usar o sangue para se curar, as feridas, agora internas se fecham aos poucos, mas ainda sobram algumas e ele vai precisar de outra vítima se quiser ficar inteiro.

- Thérèse está presa deste lado.  Você vai precisar trazer ela para o mundo dos vivos antes de mandá-la de volta pra cá definitivamente.  Ou...   Vir pra cá pessoalmente.

No retrovisor ele vê a garota sentada no banco de trás, Kurt ergue levemente a cabeça.

- E tem como eu ir para o outro lado e voltar? Antes eu não teria que liberta-la da prisão deste lado? A propósito, quem aprendeu? - Eram muitas perguntas, Marshall tentava se situar um pouco em sua nova "forma". Ele havia mudado, mas ainda gostava de ver todas as peças.

O carro negro dobra a esquina enquanto o La sombra busca mais uma vítima.
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