Vampiros - A Máscara
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San Diego - Bem Vindos à Costa Oeste

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Mensagem por painkiller Qui Jan 23, 2014 1:54 am

Sejam bem vindos meus amigos à costa oeste norte Americana, aqui os prédios são esmagadoramente grandes e sinistros, a polícia é corrupta, os funcionários públicos também o são, os computadores superpotentes minimizam o ser humano que cada vez fica obsoleto e incapaz de pensar por si só, a multidão frenética e impessoal cria uma forte situação de solidão, que ao mesmo tempo é invadida em sua intimidade pela quantidade de celulares aqui presentes.

As corporações esmagam o homem médio que vive à sua mercê, assim como se colocam ante aos políticos, ainda assim, num lugar tão ilógico, fé pode ser encontrada, vampiros, lobisomens e outras criaturas fantásticas espreitam à sombra dessa sociedade que parece com a nossa, parece com o nosso mundo, mas não é, é mais sinistro, mais nefasto e muito mais incoerente.

Dado esse pequeno texto preliminar vamos às regras:

1 - Escreva bem, descreva o mais que poder, será um prazer para mim deleitar-me em suas ações e percepções sobre o mundo;

2 - Aproveite a jogo, não seja um jogador chorão, mas se eu errar avise-me, sou humano e passivo de erros;

3 - A regra de ouro prevalece, mas se lembre ela será uma exceção e não a regra;

4 - Metagames serão punidos da minha forma;

5- Bom jogo para todos nós

6 - se tiverem algum objetivo para seus personagens, mande mp para mim, podemos debater, ver como pode ocorrer tal crescimento




Ian Baxt

O tempo passou, Ian passara a noite num depósito de algum dos clubes sociais na região norte de San Diego, passara o dia sonhando, sonhando, revivendo a semana em que seu sangue fervera, podia sentir o gosto da vitae nutritiva dos cainitas descendo por sua goela, enquanto sentia-se mais poderoso, os gritos de êxtase e dor que houvia enquanto o pó se formava ao seu redor, assim Ian acordava assustado sobre um caixote, em um depósito completamente escuro, por sorte ele havia decorado a saída mentalmente.

Ian abria a porta lentamente e saía do almoxarifado sem chamar a atenção, a propriedade era enorme, o armazém que Ian havia escolhido para passar a noite era uma espécie de almoxarifado, então raramente funcionários iam até ali e ficavam próximo da rua, onde ele havia estacionado seu carro, só havia se preocupado em pular o muro e em arrombar a porta e em seguida escorá-la cuidadosamente para não ser pego dormindo.

Ao sair do pequeno cômodo escondido por entre árvores, Ian podia ver a suntuosa mansão que era utilizada como se fosse clube social, as luzes á noite acesas formavam um belo contraste, com o azul enegrecido de um céu iluminado por uma lua crescente.

off: está vendo esta imagem à noite
Spoiler:

Ian olhava, mas logo era interrompido por um vulto que ele conhecia bem, o arrepio que ele sentia nas costas lhe era bem peculiar, a voz que esperava ouvir era a de seu mentor, ou amigo espiritual, que lhe falava suavemente "E então Ian, cidade nova, o que pretende fazer? Não podemos nos esconder para a vida toda, é preciso enfrentar alguns problemas".

[off] pode responder e agir, se quiser ir para algum canto, o caminho do carro está desobstruído




@ Juliette Graham

"A vida é uma constante provação minha querida"

Foram essas as palavras de seu avô ao justificar a uma jovem irritada porque ela teria que sair de Viena, deixar namorado, família, tudo que mais gostava, inclusive seu curso para tratar de outros assuntos menos interessantes, a explicação inconcebível é que um dos ramos da empresa da família tem perdido muito dinheiro em San Diego.

O caso era que sua família havia investido uma fortuna para comprar uma empresa farmacêutica em San Diego, mas ironicamente ela só tem dado prejuízos ao invés de lucros, então eu avô, confiando completamente nas capacidades resolutivas e nas amplas faculdades mentais de sua neta, que apesar de não concordar se viu obrigada a ir.

A viagem de Londres a San Diego fora demorada, cerca de 8 horas de avião, tempo que teve para reformular, planejar tudo, cada detalhe do que faria ou não naquele lugar e o quanto antes voltaria para seus estudos, algo estava dando errado e ela era a solução para isso, pensava enquanto olhava a última mensagem carinhosa de seu namorado em seu celular.

Logo descia do avião, o clima ali era diferente do clima inglês era quente, mas frio, de certo modo, pois o vento era frio do mar, tornando a temperatura amena, Juliette concluía o desembarque, parava no enorme saguão, lotado de transeuntes, eram exatamente 8 horas da noite, dava para ver, pelo enorme relógio no centro do mesmo.

Spoiler:

Com seu olhar rápido e clínico anitta percebe uma mulher baixa, talvez 1,60, metida dentro de um blazer com um salto que lhe fazia parecer mais alta, erguendo uma placa com o seu nome, a mulher era branca, não pálida, ou algo mórbido, mas bem branca, sobrancelhas finas, rosto singelo e pouco expressivo, logo você a reconhece e percebe também que está acompanhada de dois brutamontes vestidos de paletó.

Spoiler:

Eles se encaminhavam a passos largos, prontamente até você, a medida que se aproximavam via que a mulher possuía uma maleta em uma de suas mãos, ela caminhava e os seguranças o seguiam, logo seus rostos estavam frente a frente:

-- Boa noite, Srta. Graham, chamo Morgana Reign, sou a executiva sénior da San Diego Pharmecticals S.A., estou incumbida de apresentar a Srta. à cidade e à companhia, bem como oferecer-lhe visa a qualquer documento. -- Ela falava sorrindo mentirosamente.

Juliette prontamente percebera pelo discurso de Morgana que ela era a chefe dali e que não cederia lugar para ela, nem poder de boa vontade, provavelmente a via como uma ameaça por um lugar que talvez ela lutara a vida toda para conseguir.
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Mensagem por JosephineRaven Qui Jan 23, 2014 1:36 pm

Juliette olhava para seu copo de vinho pensativa... Sentada em frente a lareira em sua mansão em Exeter, ela não conseguia compreender porque seu avô a tinha dado tal responsabilidade. Eles haviam discutido há algumas horas atrás sobre isso, e a jovem usou toda a sua argumentação para mostrá-lo que ela não conhecia nada, absolutamente nada do mercado farmacêutico.

A vida é uma constante provação minha querida” – foi a última coisa que ele disse antes de sair do salão das armas, deixando Juliette sentada sozinha em sua bergère Louis XV favorita, folheada a ouro.

Ela havia chegado em casa no dia anterior, ao receber uma ligação de seu avô, dizendo que deveria voltar imediatamente de Viena e que o jatinho já estava indo buscá-la. Muitas coisas se passaram pela cabeça da jovem e uma delas era a de que talvez Sir Graham estivesse doente, mas não queria lhe contar pelo telefone. Agora, Juliette se sentia aliviada pois realmente não havia nada grave com a saúde do Duque, pelo contrário, ela estava furiosa com ele por ter interrompido sua maratona de estudos na Academia Diplomática de Viena.

O voo para os Estados Unidos partia de Heatrow no dia seguinte de manhã. A jovem Graham observava as fazendas pela janela do carro, estava triste em deixar a Europa. Claro que ela gostaria de ir para o Novo Mundo, principalmente se conseguisse aquele emprego de funcionária internacional na ONU que tanto almejava. Mas nessas circunstâncias repentinas, ela não estava preparada para uma mudança tão grande. Juliette imaginara que sua mudança para Viena a garantiria uma autonomia maior com relação a Sir Graham, “engano seu minha cara, uma vez dominada pela instituição da família, não há mais saída.” Ela carregava um sobrenome, Graham, a família mais tradicional da cidade de Exeter, quiçá da região sudoeste da Inglaterra. Neste contexto, deveria honrar esse sobrenome mais do que tudo, conformando-se assim às vontades do Duque. Além disso, se resolvesse tudo rápido poderia voltar a tempo para Viena para fazer as provas finais do mestrado.

A Mercedes SLK cruzava a cidade de Basingstoke, logo chegariam à Heatrow e Juliette começou a se sentir ansiosa. Resolveu mandar um SMS para Eric: “estou deixando Londres agora, espero que possamos nos falar em breve pelo Skype. Darei notícias quando chegar na América. Já estou com saudades.” Sua boca estava seca, pensar em Eric a deixava com borboletas no estômago, não porque amava ele, mas sim pela hipótese de manter um relacionamento a distância. Será que isso daria certo? Bem, esse seria seu destino de qualquer maneira, pois sabia que não se mudaria para a Noruega imediatamente, mesmo se continuasse na Europa. No entanto, o trecho Londres – Oslo não a deixava preocupada, era só pegar o jato e voar direito, nem precisava ir para Londres, bastava ir até o hangar do seu avô em Devon. Mas, San Diego – Oslo? Esse pensamento mais uma vez revirava seu estômago... Abriu o mini-frigobar do carro e retirou uma garrafa de San Pellegrino. Seu estômago iria melhorar com a bebida.

Para quem morava no velho mundo, 8 horas de avião era relativamente demasiado. Apesar de estar na primeira classe, onde podia se deitar, beber um bom champagne e ter toda a privacidade necessária, Juliette não conseguia descansar. Sua mente pulava de um pensamento a outro. Seu avô não lhe havia dado muitas instruções, apenas disse que o futuro da fortuna dos Graham estaria em suas mãos e que ela deveria começar a aprender a administrar as finanças da família, ao invés de administrar apenas sua mesada de 10 mil euros que recebia em Viena.

Pelo menos essa longa viagem de avião lhe permitiu pensar sobre a sua estratégia. Juliette tentou extrair tudo que se lembrava sobre o campo farmacêutico em um jantar que ocorreu na mansão de Sir Graham. Ela havia se sentado do lado de uma magnata chinês dos remédios, seu nome era Che Fengsheng e este contou muitas histórias sobre o seu trabalho. Pelo que Juliette conseguia se recordar, era virtualmente impossível uma empresa farmacêutica dar prejuízo, apesar do alto custo de elaboração e fabricação das drogas. Além do que, pelo que a Forbes lhe informara, todas as empresas chinesas, e até mesmo as europeias desse ramo, deram um lucro bilionário no ano passado. Porque que raios uma empresa americana iria na direção contrária? Repentinamente, a jovem Graham começou a enxergar o x da questão: Obamacare! A política de saúde destrutiva do presidente Obama era uma das razões, e isso ela iria descobrir assim que pisasse em solo americano. Juliette teve uma mudança radical de humor durante a viagem. Apenas cogitar a possibilidade de ter que se aventurar pela política americana já a deixava mais animada.

Eric havia respondido seu SMS enquanto ela esperava pelo embarque. Ela leu, releu e leu mais uma vez sua mensagem. Realmente já estava com saudades dele, mas ele também estava muito ocupado com as obrigações do mestrado, não tinha tanto problema assim. O que Juliette mais gostava em seu namorado era fatalmente seu caráter pacífico e submisso. Apesar de provavelmente se tornar o próximo príncipe da Noruega no futuro, ele não tinha muito senso de liderança. Talvez por isso eles raramente brigavam. Naquele relacionamento, a jovem escolhia o que fariam e ele sempre a apoiava. Dessa vez não fora diferente, Eric apoiou a sua ida aos Estados Unidos sem pestanejar e disse que seria uma boa experiência de vida. Ela percebeu que ele já estava se preparando psicologicamente para isso, pois se ela fosse mesmo trabalhar na ONU, já se mudaria para os EUA de qualquer jeito.

O avião pousava em SAN e Juliette podia ver da sua janela aquelas construções grandes, modernas e claras. Ela via muito concreto e pouca arquitetura clássica, nada que podia se comparar com a Europa. Claramente, ela já havia ido aos Estados Unidos algumas vezes de férias, mas nunca para a costa oeste. A jovem estava animada, mas sabia que teria que se adaptar um pouco com a temperatura.

Ao descer do avião, sentiu uma sensação de calor, mas que ao mesmo não era sufocante por causa da brisa marítima. O piloto havia mencionado a temperatura da cabine, mas ela não sabia se isso era muito ou pouco porque não estava acostumada com o fahrenheit. Juliette desembarcou na frente junto aos passageiros da primeira classe. No final das contas, ela demorou muito menos do que imaginava, pois suas bagagens também tinham prioridade e quando se deu conta já tinha saído pelo enorme saguão do aeroporto. O relógio marcava 8 horas da noite acima de um painel que dizia: “bem-vindos a San Diego”. Juliette pensou consigo:

Bem-vinda ao mundo real, a sua vida acadêmica acaba aqui, Lady.

Ela olhou novamente para a saída e viu seu sobrenome estampado em uma placa. Uma mulher baixinha acompanhada de dois seguranças vinham recebê-la. Enquanto eles caminhavam em sua direção, ela percebeu uma maleta preta na mão direita da senhora. Juliette pensou que ela não queria perder tempo, talvez no carro, ela iria apresentar alguns documentos sobre a empresa.

Ao se apresentar, Juliette percebeu uma certa falsidade em seu sorriso. Parecia que ela estava sendo obrigada a ser simpática com a inglesa, por motivos que a jovem ainda desconhecia. A Srta. Graham conhecia bem esse tipo de sorriso, era exatamente a mesma maneira como os diplomatas se portavam diante de uma reunião internacional com Estados párias, algo como “estamos cooperando por um bem maior mas eu ainda quero destruí-lo”.

- Prazer em conhecê-la Sra. Reign! E muito obrigada por ter vindo me buscar no aeroporto. Estou pronta para seguir a senhora, para onde vamos? – disse Juliette tentando soar o mais cortês possível.
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Mensagem por painkiller Qui Jan 23, 2014 2:00 pm

- Prazer em conhecê-la Sra. Reign! E muito obrigada por ter vindo me buscar no aeroporto. Estou pronta para seguir a senhora, para onde vamos?

-- Pretendo apresentá-la ao flat na orla que foi especialmente preparado para receber-lhe Srta. Graham, espero que goste, eu pessoalmente cuidei para que se sinta um pouco mais confortável em sua estada em San Diego.

Ela tirava uma mecha de cabelo que insistira em permanecer sobre a sua testa, ela começa a caminhar e aguardava que Juliette a seguisse, o que prontamente ocorrera, as duas avançavam caladas, a arquitetura moderna do aeroporto chamava atenção com suas linhas ousadas, e curvas eram bem diferente do estilo mais clássico da maioria das construções do velho continente.

Ao sair do aeroporto, novamente o rosto de Juliette é surpreendido pela brisa marítima, o vento era leve e suave, a avenida bem iluminada e repleta de palmeiras no meio fio, entre as duas mãos, que conferiam a avenida um ar ainda mais costeiro e convidadito, à sua frente poderia ver as luzes de algumas grandes embarcações no ancoradouro da cidade, à sua frente, o som das ondas não era ouvido, mas podia ver o mar ao longe, alguns quebra-mar que deveriam proteger o barco também.

Logo uma suntuosa limusine de cor preta como a noite, refletindo as luzes brilhantes do aeroporto aparecia e estacionava a sua frente, um dos seguranças a pilotava, enquanto o outro prontamente abria uma das portas, Juliette talvez não tenha percebido um deles terem se ausentado quando enquanto olhava para a arquitetura ambiente.

O outro, que permanecera acompanhando as duas, correra na frente e abrira uma das portas laterais, primeiro Morgana, depois Juliette entraram dentro da limusine, o segurança, prontamente foi para o banco da frente, para deixar as duas conversando mais à vontade, dentro da limusine o ambiente era luxuoso, os bancos de curo, os vidros permitiam que se visse toda a paisagem, havia uma garrafa de champagne Don Perignon, dentro de um balde, taças, também havia um frigobar, petiscos caros.

Quando finalmente ambas estavam confortavelmente acomodadas no veículo, Morgana começa o diálogo:

-- Esta é a Harbor Dr norte, estamos indo para o lado leste, onde fica o nosso flat, mas quanto tempo pretende ficar entre nós? Tem alguma ideia do problema que estamos passando?
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Mensagem por JosephineRaven Qui Jan 23, 2014 8:11 pm

Aos olhos de Juliette, a Sra. Morgana não parecia ser tão bela assim, talvez pela sua baixa estatura. Mas havia algo de interessante nela, era bastante simpática e atenciosa, mas as vezes falava com um certo tom de falsidade. Na verdade a jovem Graham não sabia ainda se era falsidade ou apenas uma leve falta de etiqueta. Ela parecia um pouco uma daquelas mulheres batalhadoras que veio de uma família simples e foi subindo na vida através da meritocracia. Juliette admirava esse tipo de gente, talvez por isso a achava de alguma maneira interessante.

- Com certeza irei gostar – respondeu a inglesa tentando dar um ar de espontaneidade à conversa. Ela sempre queria parecer alguém simples quando estava ao redor de pessoas que nunca tinha visto e tampouco conhecia a origem social. Obviamente ela iria achar alguns defeitos nesse flat, mas essa não era hora de deixar aflorar seu perfeccionismo - só o fato de ser bem-recebida por vocês já me faz sentir mais confortável. – concluiu Juliette.

As duas estavam paradas na porta do desembarque e Morgana começou a caminhar esperando que Juliette a seguisse. Esta demorou alguns segundos para finalmente segui-la pois ainda estava esperando que a Sra. Reign pedisse a algum dos seguranças para carregar a sua mala. Visto que isso não ocorreria, a inglesa seguiu em frente logo atrás de Morgana.

Enquanto caminhavam caladas pelo saguão, Juliette pensava sobre essa questão. Para muitos poderia parecer trivial, mas para ela era um grave erro de etiqueta. “Por que ela está acompanhada de dois seguranças se um não serve nem para a carregar minha Louis Vuitton?” – pensou a jovem. Das duas uma, ou ela corroborava sua teoria do nouveau-riche ou isso era uma aspecto cultural americano.

Por falar em aspecto cultural americano, começou a observar aquele aeroporto por dentro. Era lindo, com janelas colossais e curvas ousadas. Muito bem iluminado e moderno, mas ainda assim, era.... vazio. Sim, vazio era a palavra que estava procurando. Muito tamanho e pouco aconchego, por que os americanos sempre precisavam ocupar tanto espaço?

Seus pensamentos foram cortados pela brisa marítima ao cruzarem a porta automática. Essa era a famosa costa oeste que ela via nos filmes, com palmeiras, embarcações luxuosas e o som do mar. Não deveria ser melhor do que Saint Tropez, mas com certeza tinha uma atmosfera bacana. A limousine aguardava as senhoritas e um dos seguranças abriu a porta de trás para que ambas pudessem entrar. “Será que agora ele vai pegar minha mala?” – se divertia silenciosamente tentando adivinhar o próximo passo daquele serviçal. O outro segurança que Juliette achava estar atrás dela, na verdade era quem estava dirigindo o veículo. Ela achou aquilo um pouco estranho: “Como ele podia estar ali? Deve ter saído e eu nem vi.

Os dois sentaram no banco da frente e Morgana prontamente subiu o vidro escurecido que dividia as duas partes da limo. Agora elas poderiam conversar de maneira privada. Assim que entrou no carro, Juliette observou minuciosamente o interior, luxuoso com bancos de couro negro extremamente confortáveis e um clássico mini-bar com vários tipos de álcool, incluindo uma garrafa de Don Pérignon, para a qual a jovem olhava curiosamente para ver o ano da safra, mas as letras estavam longe do seu alcance de visão e ela queria ser discreta.

Juliette começava a se divertir novamente ao ver mais um sinal de pessoas que não sabem como gastar dinheiro.  “Alguém precisa falar para esses americanos que Don Pérignon é a champagne mais overpriced, com relação a qualidade. É apenas uma criação fictícia da Moët et Chandon para atrair a classe noveau-riche do mundo contemporâneo”. Se a mulher desse brecha, ela iria tentar conversar sutilmente sobre o mundo da champagne e ensinar alguns costumes tradicionais dos apreciadores de Brut. Os petiscos, por outro lado, não deixavam nada a desejar, dentre eles um Camembert que ela reconheceu de longe e uma pequena bandeja de ostras frescas. Agora que ela começou a se dar conta de que estava morrendo de fome. Na maioria das vezes, nem mesmo a comida da primeira classe do avião satisfaz os clientes, apesar de dar, por algum motivo (ou substância), uma sensação de satisfação maravilhosa que repentinamente acaba quando você pousa.

Pelos vidros fumê da janela, Juliette poderia observar claramente as luzes de San Diego. Entretanto só teria uma visão total da cidade sob a luz do dia. Ao ver a jovem olhando para a paisagem, Morgana vê o momento perfeito para introduzir o assunto:

-- Esta é a Harbor Dr norte, estamos indo para o lado leste, onde fica o nosso flat, mas quanto tempo pretende ficar entre nós? Tem alguma ideia do problema que estamos passando?

- O tempo que for necessário – não tinha a mínima ideia do problema, mas quis ir direto ao ponto – Na verdade, tenho ideia sim. O problema é que a minha família dispõe de 30% das cotas dessa empresa e aparentemente o cenário político do seu Estado não tem contribuído muito para o desempenho financeiro dela.
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Mensagem por painkiller Sex Jan 24, 2014 12:30 am

- O tempo que for necessário – não tinha a mínima ideia do problema, mas quis ir direto ao ponto – Na verdade, tenho ideia sim. O problema é que a minha família dispõe de 30% das cotas dessa empresa e aparentemente o cenário político do seu Estado não tem contribuído muito para o desempenho financeiro dela.

A mulher dava um leve sorriso pelo canto da boca, notavelmente ela percebera que você não entendia tanto dos negócios quanto ela pensava, a limusine seguia pelo caminho, por fora, algumas luzes amenizados pelo fumê dos vidros da limusine vez ou outra devido ao trânsito em uma das principais via das metrópole, o carro horas parava mais do que mesmo andava, a sua visitante olhava enquanto pegava a champagne e perguntava para o Juliette:

-- Aceita? -- Ela falava enquanto enchia uma das taças com a bebida -- A medida política de Obama afetou os negócios positivamente, tivemos que vender remédios mais baratos, porém com um volume bem maior do que habitualmente para o governo, porém a empresa entrou em um declínio de produtividade porque mexeram em nossos estoques, não há nenhum registro, não comunicamos a polícia para não macular a imagem de segurança da firma, mas esses ataques tem sido comuns e nossa produção e lucro caíram bastante nos últimos 2 meses.

Ela abria a pasta, retirava um papel cheio de números e de várias outras coisas, lhe entregava a folha e seguia:

-- Esse é o estrato do balanço financeiro da empresa, irá referenciar o que acabei de dizer, dos últimos meses, já mudamos os responsáveis trocamos 90% dos nossos funcionários e não conseguimos solucionar esse problema, esperamos que uma visão de fora possa nos ajudar, ou dar-nos uma segunda opinião, a grande questão é que uma empresa concorrente, aproveitou a baixa em nossas ações e comprou 40% de nossas ações, o lado positivo foi que injetou dinheiro em nossa firma, o lado negativo dessa questão é que podemos acabar presos nas mão de uma empresa concorrente.


Última edição por painkiller em Sex Jan 24, 2014 2:48 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por JosephineRaven Sex Jan 24, 2014 6:22 am

Juliette aguardava a resposta da senhora. Ela não entendia nada de negócios ou finanças, mas aprendeu durante a sua educação diplomática que a elocução “não sei” não poderia fazer parte do seu vocabulário. Morgana apenas deu um leve sorriso pelo canto da boca e a inglesa não gostara disso. Fora um sorriso arrogante e provavelmente seria seguido de um comentário sarcástico.

Nesse momento, Juliette xingava mentalmente seu avô. Ele sabia que ela não estaria 100% preparada para essa viagem, mas provavelmente Sir William fez isso de propósito. A jovem tinha sido tutorada em política e oratória, mas era ignorante no que dizia respeito a administração. Entretanto, apesar de os Graham serem considerados como uma típica família aristocrática decadente da Grã-Bretanha, eles ainda possuíam um patrimônio muito grande. “Patrimônio esse que um dia será meu, ou melhor, meu e dos meus irmãos, mas eles são muito incompetentes para liderar alguma coisa, então no fim das contas eu deverei fazer tudo mesmo.” Novamente a inquietação tomava conta dela, sentia a responsabilidade, o peso do sobrenome e acima de tudo, o medo de falhar.

Juliette pensava nessas coisas enquanto olhava a paisagem de dentro da limousine, queria evitar o sorriso arrogante de Morgana e era mais fácil se olhasse para o lado. O veículo parava demais, não pelos semáforos, mas principalmente por causa do fluxo de carros que a essa hora ainda faziam diferença na circulação da cidade. Ela não gostava disso, preferia a Áustria nesse sentido. Se tivesse que ir para o interior, nunca tinha trânsito e na cidade grande, andava sempre a pé pois tudo era extremamente perto. Seus pensamentos foram interrompidos pela taça de champagne sendo estendida em sua direção:

-Aceita?

A jovem pegou o copo e agradeceu, preferiu não fazer nenhum comentário sobre a champagne. Talvez depois que conhecesse um pouco melhor Morgana, daria a sua opinião sobre a marca. Juliette esperou que ela também lhe oferecesse algo para comer. As ostras eram muito convidativas e com seu estômago ronquejante, se a inglesa não tomasse cuidado, o álcool subiria muito rápido a cabeça.

- A medida política de Obama afetou os negócios positivamente, tivemos que vender remédios mais baratos, porém com um volume bem maior do que habitualmente para o governo. – finalmente respondeu a senhora.

Juliette a interrompeu sutilmente entre uma frase e outra: - Pode ser, mas comparando com a administração republicana, a indústria farmacêutica americana estava bem melhor. Os democratas só cederam ano passado por causa da pressão no Congresso – quando não se sabe sobre um assunto, é melhor trazer a audiência de volta para a sua área de expertise, e era isso que Juliette estava tentando fazer. – Além disso, a minha família também possui algumas cotas de uma empresa farmacêutica francesa e diga-se de passagem, foi um dos negócios mais lucrativos que fizemos nos últimos anos – mentiu Juliette – Então, qual é o grande problema?

Se não era um problema político, então era um problema administrativo, talvez a própria Morgana fosse incompetente demais para liderar esse gigante. A Sra. Reign continuou:

- A empresa entrou em um declínio de produtividade porque mexeram em nossos estoques, não há nenhum registro, não comunicamos a polícia para não macular a imagem de segurança da firma, mas esses ataques tem sido comuns e nossa produção e lucro caíram bastante nos últimos 2 meses.

A inglesa sabia que havia documentos importantes naquela pasta quando a encontrou pela primeira vez no aeroporto, mas agora que Morgana abria a mesma, ela subitamente não tinha mais vontade de ver esses documentos.

-- Esse é o estrato do balanço financeiro da empresa, irá referenciar o que acabei de dizer, dos últimos meses, já mudamos os responsáveis trocamos 90% dos nossos funcionários e não conseguimos solucionar esse problema, esperamos que uma visão de fora possa nos ajudar, ou dar-nos uma segunda opinião, a grande questão é que uma empresa concorrente, aproveitou a baixa em nossas ações e comprou 40% de nossas ações, o lado positivo foi que injetou dinheiro em nossa firma, o lado negativo dessa questão é que podemos acabar presos nas mão de uma empresa concorrente.

Juliette olhou o balanço, que parecia chinês para ela. Como seu avô bem tinha sarcasticamente mencionado, ela só sabia administrar sua mesada, não sabia ler um balanço financeiro. Se concentrou no documento por alguns segundos, tentando decifrar aqueles números hieroglíficos e finalmente respondeu:

- Mas como assim mexeram nos estoques? A senhora poderia me detalhar mais sobre isso? Acho que a senhora está com um problema administrativo muito sério!


Última edição por JosephineRaven em Sex Jan 24, 2014 7:02 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por painkiller Sex Jan 24, 2014 2:48 pm

@ James Leminsky

James acordava em seu aposento de costume, esfregava a pálida e feia face, levantava-se, passava pelo salão empoeirado do velho, mas ainda funcional cinema, em que morava, na cidade de San Diego, seu cinema ficava numa área menos habitada, mas não chegava se comparar com o subúrbio, era um velho prédio no meio vários outros jovens, em Banker Hills, talvez um dos últimos refúgios de cainitas, na ida até Banker Hills, os demais cainitas evitavam ir muito próximo do enorme parque de história natural ali presente, que se opunha à enorme estrutura do Balboa Stadium, desde o dia em que um grupo de neófitos fora cruelmente mortos lá.

James caminha para a entrada de seu estabelecimento, para ver com está a movimentação da noite, quando olhava para a rua, nenhum ser morto ou vivo caminhava, apenas o vento levava alguns panfletos pelo meio da rua, à exceção de um homem parado, fitando-lhe, desde a hora que pusera sua cara feia de fora Alfredo parado na calçada, com sua bengala de praxe olhando para James, ou onde ele supunha que James estava, tão discreto era a pequena espiada do Nosferatu, Alfredo sempre gostou de parecer-se com um homem austero, de mais de 40 anos, animado e de boa converso, o que dava motivos para que James acreditasse que ele se via assim.

-- Boa noite flor -- pigarro, falava com bom humor -- pensei que iria dormir até o dia em que os primeiros se levantassem, temos negócios a tratar "Não é nada pessoal, são apenas negócios"

Ele dizia com um sorriso na cara, esperava um convite para entrar, James sabia e percebera pelo ar dele que seria alguma expedição noturna, dessas que exigiriam muito de seu frágil corpo
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Mensagem por Joaoampg Sex Jan 24, 2014 5:38 pm

"Olhos abertos novamente. Não morri enquanto descansava..." pensava James enquanto se dava conta de seu estado desperto. Olhou para o lado e vislumbrou a única fonte de luz do recinto, um rádio relógio que perpetuamente
marcava a hora em led vermelho. Sentou-se na cama e enquanto sentia o chão com seus pés ele disse ainda fitando o relógio: "Horas rubras... é o que me espera daqui até a eternidade..." Calçou seus sapatos e se ergueu.
Alcançou o interruptor e enquanto se encaminhava para o corredor que levava ao salão principal pegou seu chapéu e encaixou em seu crânio ossudo antes de sair do aposento. Parou do lado de um poster solitário
no corredor. Um artigo de colecionador do Sr. Leminsky. Um poster original de Rocky 1, autografado por Burgess Meredith, o ator que fez o papel do instrutor do Rocky. Deslizou os dedos sobre o vidro protetor e
disse. "O senhor me ajudou tanto... gostaria de tê-lo aqui ainda... Alfredo com certeza gostaria de conversar com o senhor..." fitou o poster dando um passo pra trás e lembrou da história de Balboa e pensou
que de certa forma sua história até aqui era parecida. Enfrentando diversas provações e ainda assim persistindo. Sacudiu a cabeça de repente lembrando que havia acordado mais tarde do que o comum e decidiu continuar
seu caminho até o salão principal.

Passando pelo salão principal ele liga apenas as luzes indiretas que saem debaixo de um rodapé clássico. O ar fica bem soturno mas elegante. O lugar está bem empoeirado e isso faz James se sentir em casa.
Tem vontade de dar uma olhada no movimento e se encaminha para a portinhola que há algum tempo abrira uma "vida" nova em seu horizonte. Ao apreciar a face semi-morta de Banker Hills, ele vislumbra seu senhor, mentor
e amigo Alfredo.


-- Boa noite flor -- pigarro, falava com bom humor -- pensei que iria dormir até o dia em que os primeiros se levantassem, temos negócios a tratar "Não é nada pessoal, são apenas negócios"

- Ora Alfredo... citando Poderoso Chefão? Acho que está noite não será chata como as últimas... Disse essa última sentença enquanto abria a porta maior para que Alfredo entrasse...
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Mensagem por painkiller Sex Jan 24, 2014 6:33 pm

@ Juliette Grahan

off: foi o sono kkkkk

- Mas como assim mexeram nos estoques? A senhora poderia me detalhar mais sobre isso? Acho que a senhora está com um problema administrativo muito sério!

- Então, já não acreditamos que tenha sido algum de nossos funcionários, o problema é que os reagentes simplesmente não tem funcionado como deveriam, depois de uma série de testes, um dos nossos químicos descobriu que a concentração molar das substâncias estava errada, não que eu possa explicar-lhe exatamente o que signifique, mas didaticamente ele me explicou que é a concentração molar.

A limusine parava, por uma última vez, logo um dos seguranças abria a porta enquanto o outro ia buscar a sua bagagem, ao descer da limusine, Juliette pôde contemplar um dos mais belos e imponentes hotéis da cidade o Hilton San Diego Bayfront, com uma belíssima vista, da beira-mar e da cidadezinha de Coronado, que fica numa ilha rodeada de San Diego por todos os lados.

Spoiler:

Morgana descia da limusine com bastante elegância e naturalidade, provavelmente já estivera ali uma centena de outras vezes, o hotel abria mão das linhas retas e imponentes das grandes construções europeias, porém ganhava curvas espelhadas e iluminadas que conferiam-lhe um glamour enorme.

-- Reservamos um quarto na cobertura, espero que seja de seu agrado Srta. Grahan
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Mensagem por MEZENGA Sex Jan 24, 2014 8:17 pm

*Vagando... andando... pesadelos... a muito que Edgar Rodrigues estava morto e Baxt assumia como ator principal em um novo corpo. Eles haviam o traído, eles haviam matado seu povo mortal e imortal... eles mereciam sentir o sangue drenado se seus corpos mortos-vivos. Flashes de uma outra vida repaginadas nos dias atuais...
 A semana dos pesadelos foi apenas o último capítulo mais cruel, mas a existência de um Ravnos é composta de lutar eternamente pelo prazer de ver os outros dizendo que você é um malandro, um mentiroso, trapaceiro, que deve ir embora ou sentir a morte final. Não que isso não seja verdade, mas ser taxado por isso é algo que todo Ravnos logo aprende a conviver.
 Após a semana dos pesadelos, restabelecer contatos, pontos de poder e achar novas formas de se vingar e sobreviver. Pequenas cidades mostraram-se infrutíferas, Nova york deu seu carniçal, um rico mortal que estava com câncer e temporariamente é carniçal de Ian Baxt e o patrocina até que ele tenha uma maneira mais permanente de sobreviver. As últimas tempestades do mundo espiritual em Nova york fez com que Baxt resolvesse se mudar de cidade. Lá sem mostrou um lugar difícil de se estabelecer por muito tempo e nada como ir para a Costa Oeste, hablar con los hermanos del sabá e fazer com que eles matem seus amigos da Camarilla. A algum tempo não recebia qualquer mensagem de seu aliado e contato Gilbert axton, não havia mandado mensagens de texto e nem mesmo e-mail. Para Baxt era um alívio, ter um aliado Ravnos ainda vivo era bom, mas Axton parecia ser um estorvo as vezes e uns tempos por conta própria era algo que Baxt apreciava.

O ar de San Diego, uma cidade cheia de oportunidades*



*O pensamento de Ian Baxt paira por toda sua história e isso faz com que ele dê um breve suspiro, sinta o ar entrando em seus pulmões e isso não é reconfortante. Mas seus pensamentos são. Olha para o horizonte e diz para Panush, seu mentor e companheiro.*

- Pretendo ficar aqui por uns tempos dessa vez. Acho que já corremos demais, está na hora de tentar socializar e descobrir um pouco mais sobre estas terras.
*abre um leve sorriso e continua dizendo*
- Tenho a breve impressão de que dessa vez podemos nos estabelecer por mais tempo. Vou começar ai pela frente, se puder me dizer o que descobre sobre o mundo imortal dessa cidade, acho que seria muito útil.
*Com um tom jocoso diz:*
- Espero que não se meta em nenhuma encrenca, ter que lidar com Giovannis de novo pra conseguir te salvar não vai ser uma boa opção.

*Os pensamentos de Ian Baxt diziam que a oportunidade de encontrar qualquer tipo de membro eram grandes e que isso lhe traria vantagem. Muitas oportunidades de negócios... mas primeiro, ele teria que saber quem encontrar. Sabá? Camarilla? Outros clãs independentes... que a sorte decidisse.

Assim, Baxt primeiro caminha ofuscado até a mansão, precisava saber que tipo de clube era esse. Talvez lá estivesse o caminho de seu destino. Enquanto caminha, manda uma mensagem de texto para seu carniçal pedindo que lhe transfira mais uma quantia para seu cartão e começa a observar o quão fácil é entrar neste clube. Embora animado, Baxt sempre teve uma tendência para a paranóia, principalmente depois da semana dos pesadelos... Ronda o local e tenta ver a melhor forma de enrolar parecendo ser um sócio. usar máscara das mil faces era uma opção para parecer mais bonito e mais bem arrumado. Baxt sabia que uma boa aparência ajudaria em sua lábia. Talvez novos carniçais e novos negócios estivessem bem a frente e a ansiedade por descobrir o excitava um pouco dando uma leve sede de sangue.*
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Mensagem por JosephineRaven Sex Jan 24, 2014 8:20 pm


Juliette prestava atenção na explicação de Morgana mas aquilo parecia mais chinês do que o balanço de pagamentos. Composição molecular? Tinha ido da política para a química em menos de um minuto, e a jovem inglesa entendia cada vez menos como poderia ajuda-los

Dessa vez não tinha nada para responder, apenas balançou a cabeça afirmativamente como alguém que estava seguindo a conversa:

- hmmm... entendi. Mas se a senhora disse que outra empresa comprou 40% das ações, talvez isso não poderia ter sido uma atitude bem pensada da parte do concorrente? Um boicote na produção das nossas drogas sem que ninguém soubesse seria uma hipótese plausível, visto que vocês não avisaram a polícia e nenhuma investigação foi feita a respeito.

Morgana ia começar a falar quando fora interrompida porque haviam chegado ao destino. Juliette se sentiu aliviada, não queria ficar mais ali dentro daquela limousine, a segunda taça de champagne havia acabado de terminar e sentia o cansaço abater a sua cabeça mais do que nunca. Ela estivera viajando o dia inteiro, duas horas de carro de Exeter até Londres, oito horas de avião e de quebra mais um trecho terrestre em uma cidade engarrafada! Sem contar, que na cabeça dela já eram nove horas a mais por causa do fuso horário. Precisava urgentemente descansar! Em segundo lugar, também queria sair dali pois as apetitosas ostras vieram olhando para a moça durante toda a viagem e ela não pudera comer nenhuma. Em teoria podia sim, mas ela não quisera ser mal-educada, afinal, segundo a tradição, é sempre o anfitrião quem serve as visitas. Será que essa distinta senhora não havia percebido isso?

Juliette começara a pensar sobre o que pediria no serviço de quarto daquela noite, quando o segurança abriu a porta da limousine. As duas mulheres saíram do veículo e a jovem imediatamente olhou a construção até em cima. Ela tinha que virar totalmente o pescoço pra trás para conseguir enxergar o topo do prédio, e mesmo assim não conseguira. Novamente se deparara com uma construção imponente naquele país. Ela conseguiu apenas ver que fazia parte da cadeia Hilton. E assim como a maioria dos hotéis desta cadeira, este era realmente deslumbrante, com vidros espelhados, que refletiam a iluminação urbana e palmeiras na entrada, dando um toque costeiro a luxuosidade. Além disso, a paisagem ao redor ajudava a complementar a vista, dava para ver quase toda a baía de San Diego e uma ilhazinha charmosa ao longe. Juliette estava ansiosa para ver a vista lá de cima.

Morgana descia da limousine e olhava para ela com um certo ar de desdém. Ao sentir estar sendo observada pela sua companhia, Juliette abaixa novamente seu pescoço antes que ela fizesse algum comentário sarcástico, mas ela apenas disse:

-- Reservamos um quarto na cobertura, espero que seja de seu agrado Srta. Graham


- Não posso ver daqui, mas apenas a palavra cobertura já me agrada – comentou Juliette com um sorriso sincero.
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Mensagem por painkiller Sex Jan 24, 2014 9:51 pm

James Leminski

- Ora Alfredo... citando Poderoso Chefão? Acho que está noite não será chata como as últimas..

Ao ver o seu pupilo destrancando a porta e prontamente a abrindo, Alfredo solta uma leve risada, apoiando-se com os dois braços na bela bengala de carvalho com ponta prateada que ele carregava para todos os lugares.

-- Não James, hoje não vou entrar no seu pardieiro sujo, hoje temos outros assuntos a resolver -- pigarro --  "O mundo não está nos seus livros e mapas. O mundo está lá fora!" -- pigarro -- talvez essa você não conheça, mas hoje temos um pequeno negócio a tratar, queira sair daí, não há ninguém na rua a essa hora e ninguém vai se assustar em ver o seu traseiro feio andando por aí a essa hora.

Ele dizia em tom convidativo e sorridente, James não percebera, mas quando ele saísse veria um belíssimo carro negro como a noite, com vidros igualmente escuros, provavelmente para que Alfredo se sentisse mais à vontade, expectando o mundo sem poder ter sua verdadeira face sendo reconhecida de dentro do escuro vidro. Quando James sai do cinema Alfredo prontamente fala.

Spoiler:

-- Bonito né essa belezinha? Que acha de darmos uma volta pela cidade -- pigarro, ele comicamente elevava as mãos à altura do ombro e fazia um gesto como se tivesse envolvendo um volante -- Pegar umas safadinhas, que acha?
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Mensagem por painkiller Sex Jan 24, 2014 10:16 pm

Ian baxt

- Tenho a breve impressão de que dessa vez podemos nos estabelecer por mais tempo. Vou começar ai pela frente, se puder me dizer o que descobre sobre o mundo imortal dessa cidade, acho que seria muito útil.

-- Meu senhor, essa cidade pertence à Torre de Marfim, enquanto dormia durante o dia eu tomei a liberdade de pesquisar, mas os necromantes daqui são em um bom número e ontem vi uma coisa que jamais encarei durante todos esses anos de existência, não sei bem o que era aquilo, mas tentou me agarrar e comer literalmente um pedaço de mim.

A narrativa de Panush era esquisita, mas cheia de verdade em suas palavras, ele não mentiria, não sobre aquilo, algo que os espíritos realmente temem são os necromantes, mas nunca Ian ouvira falar de um necromante que mordia e comia espíritos, deve ter sido alguma confusão de Panush. Após enviar a mensagem para Murray, Ian penetrava nas sombras e começava uma caminhada furtiva.

Aos poucos as luzes aumentavam, e junto com quantidade de iluminação variava também, Ian estava um tanto quanto longe da casa, mas podia sentir um cheiro de flores, realmente haviam enormes arranjos de flores e rosas brancas, amarelas e vermelhas sendo dispostos por sobre as mesas que ali eram colocadas, de longe, ninguém incomodava o cigano que seguia caminhando, até que se depara com uma pedra, provavelmente especialmente comprada e estrategicamente colocada naquele lugar especificando o nome do club.

Spoiler:

"SantaLuz", provavelmente um clube social ou um dos famosos campos de poker de San Diego, logo Ian percebera que estava parado próximo da estrada e que mais a sua esquerda havia um grande portão de ferro automatizado e uma estrada repleta de paralelepípedos, Ian resolve se aproximar para conferir o lugar, quanto mais ele se aproxima, maior é a iluminação, até que ele aproxima-se o suficiente para ver o que estava acontecendo.

Havia cerca de trinta funcionários, todos vestidos com blusa social e colete, passando para lá e para cá, com fitas de seda, flores, arrumando cadeiras, bancos enormes eram colocados mais a frente danificando um pouco o gramado, logo mais dois homens saíam de dentro com um pequeno palanque, pelo que Ian rapidamente pôde perceber estava havendo uma solenidade social ali, provavelmente um casamento.


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Mensagem por MEZENGA Sáb Jan 25, 2014 4:54 am

*O sorriso de Baxt desaparece por alguns instantes e um ar de preocupação se passa. Mas logo volta ao normal e diz:*
- O mundo espiritual não muda muito do material, sempre cheio de perigos e com criaturas que querem nos devorar. Sei que você consegue se meter fora de encrenca...
- Torre de marfim? Humm... Eles são mais fáceis de lidar. Mas primeiro preciso achar um local seguro pra me estabelecer. Vamos ver o que consigo tirar desse ricos... Uma casa sempre me parece mais segura do que hoteis.
- Panush, se descobrir onde algum dos membros da Camarilla anda, avise-me que vou prestar uma visita social *abre um leve sorriso*

*Se encaminha observando o local e vendo que provavelmente haverá um casamento, depois de já estar do lado de dentro, vai até o banheiro e saí como um convidado arrumado de acordo com os padrões da festa*



*O destino o trouxe até aqui e Baxt gostaria de fazer seu papel e entender melhor sobre o casamento, que tipo de casal seriam esses e que segredos esconderiam, qual seria o svadharma?
Observa as auras do local para ver se tem algo diferente. Telepaticamente já sabia o nome dos noivos e até o pensamento de algumas pessoas. Baxt se aproxima de alguma mulher sozinha ou alguma que esteja sobrando em um grupo e cumprimenta já lendo seus pensamentos para não falhar nas palavras certas. Entreter mortais era algo tão simples para ele quanto caminhar em um jardim, mulheres, sempre vaidosas e observadoras.*

- Boa noite, acho que eu já te vi antes, você é amiga do noivo ou da noiva?

*Algo simples, apenas para puxar assunto. A noite terminaria provavelmente na cama da bela mulher, enquanto ela exausta e anêmica dormiria todo o dia seguinte. Assim, baxt já teria onde ficar e um ponto de partida.*
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Mensagem por Joaoampg Seg Jan 27, 2014 10:51 am

“The best I’ve seen, ma’am. Hardly any rats!” É realmente bonito... James estava realmente empolgado em entrar em um daqueles carrões estilo Hollywood. Certamente nunca viveria uma experiência dessas em sua vida normal.
Sabia que Alfredo tinha muitos recursos e sempre desfrutava disso aqui ou ali.

- Espere um segundo, já que vamos tratar de uns "pequenos negócios", deixa eu me preparar. James vai até seus aposentos e pega a Betsy (.38) carregada, a lanterna, canivete e o celular. Esconde tudo embaixo do
sobretudo e volta para a porta, como se fosse o rambo prestes a encarar mil vietcongs. Ficava apreensivo por sair assim pela noite mas... ficava ainda mais entusiasmado com a possibilidade de ação.

Chega na porta e dispara com os braços segurando as laterais da porta "Heeeeres Jhony!"

Após algumas risadas rápidas ele pergunta:

- Mas me diz Alfredo... é você quem vai pilotar esse avião? Fala isso enquanto vai trancando o cinema.
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Mensagem por painkiller Seg Jan 27, 2014 5:17 pm

Pessoal, vou atrasar os posts um pouco, não se desesperem, mas na madrugada de hoje uma pessoa muito importante para mim faleceu, acabei de sair do velório, estou esgotado física, mentalmente e emocionalmente, darei um tempo de alguns dias, não vou fixar prazo, mas voltarei, em algum pouco tempo.

Desculpa a todos, mas é uma circunstância que não esperava, o pesar que carrego é grande demais pra que pense em algo diferente nesse instante, obrigado a quem compreender.
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Mensagem por Joaoampg Seg Jan 27, 2014 5:25 pm

Tome seu tempo cara... meus sentimentos mas nessa hora não tem muito o que dizer mesmo. vlw.
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Mensagem por JosephineRaven Seg Jan 27, 2014 5:43 pm

MP Smile
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Mensagem por MEZENGA Ter Jan 28, 2014 8:22 am

Tranquilo cara... força, Pra você e todos que eram próximos...
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Mensagem por painkiller Seg Fev 03, 2014 8:53 pm

@ Juliette Graham

-- Não posso ver daqui, mas apenas a palavra cobertura já me agrada –

-- Creio que sim Srta. Graham, é um belíssimo lugar, acredito que gostará bastante.

A recepção do hotel era enorme, o piso do chão possuía um brilho fosco azulado, que se assemelhava a caminhar no paraíso como no céu, haviam poucas pessoas na recepção, todas estas muito bem vestidas, elegantes e educadas, ao descer do carro, Morgana foi rapidamente até o balcão de mármore vermelho escuro, que refletia a luz do teto e das luzes no chão, logo ela retornava, os seguranças permaneciam ao seu lado com suas malas em mãos, quando Morgana já caminhava de volta.

-- Srta. Graham, vamos até o quarto, o elevador está ali em frente.

Todos caminham, entram no elevador enorme, gelado do ar condicionado, era muito grande, mas apenas os quatro e um velho, acompanhado de duas mulheres bem vestidas, mas que pareciam prostitutas estava no elevador, ele comia Juliette com os olhos, quando parava em seu andar e saía, com medo do olhar que os seguranças fizeram para eles, tal como um cão encara outro que invade seu território.

Juliette vai até a cobertura, havia apenas um apartamento lá, o lugar era enorme, de muito bom gosto, parece que fora arrumado para realmente não sentir falta da Europa.

(próximo post, faz você indo dormir)
(ilustrações de alguns dos ambientes)
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Mensagem por painkiller Seg Fev 03, 2014 9:24 pm

Ian baxt

- Panush, se descobrir onde algum dos membros da Camarilla anda, avise-me que vou prestar uma visita social

-- Sinto muito, mas não me atreverei a sair de novo essa noite, aquela coisa tentou me comer, não vou lá fora de modo algum, lhe  acompanharei como sempre.

Respondia com a voz um tanto quanto agitada e trêmula, realmente Panush deveria ter sido ameaçado por algo que tentou mordê-lo. Semd ar muita bola, Ian caminhava escondido colhendo informações de um e de outro humano que passava descuidado, logo descobrira que os jovem John stevens, dono de uma loja de roupas e Adriana Mia, sua gerente estavam se casando.

Ian encontrava-se vestido de forma casual e não de forma social, como a ocasião pedia, logo percebia que dificilmente conseguiria se misturar com os outros convidados, ou roubaria uma roupa, ou deveria sair dali, pois do contrário seria complicado para o mesmo adentrar o recinto, as flores, os adornos, todos estavam organizados de forma primorosa.

Haviam mesas, para talvez trezentos convidados, um número razoável, os garçons utilizavam um uniforme social mas não pareciam ternos, camisa de botão, com uma cor de calça social que os indicava de longe como sendo funcionários do lugar, a música tocada era clássica e agradável, parecia relaxá-lo, logo luzes se acendiam ao centro do salão, os convidados seguem chegando e aos poucos as cadeiras e mesas vão se enchendo de pessoas.
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Mensagem por painkiller Seg Fev 03, 2014 9:42 pm

James Leminsky

- Mas me diz Alfredo... é você quem vai pilotar esse avião?

-- Claro que sim, seu inútil, aprece-se, ande, "O tempo não espera por nenhum homem." -- Ele falava e ia abrindo a porta do carro, James prontamente entrava dentro do veículo no banco do passageiro.

-- Vê, vidros fumê, assim quem está lá fora não vê nossas caras feias -- falava o Nosferatu no banco do motorista revelando sua verdadeira face, de forma risonha, Alfredo parecia uma espécie de sapo, com dentes saltando da boca e enormes verrugas na face, seus dedos assombrosamente distorcidos, possuíam uma anatomia única, do contrário jamais se dobrariam para que ele segurasse o volante -- Essa noite você tem sorte, vai andar numa das belezinhas do "Escamoso".

Escamoso era como era conhecido Jonas Glim entre os nosferatu local, ele era o membro mais proeminente e poderoso do clã, sua propriedade principal e lago era o Fantástico Mundo Aquático de San Diego, ele comprou a franquia com a ajuda de laranjas e tem ganho bastante dinheiro e mais que isso, carniçais animais , ali ele pode reproduzir jacarés, crocodilos, orcas, tubarões, o que ele quiser praticamente. Malditas licenças.

-- Hoje vamos dar uma busca num depósito de armas, o negócio pode "feder", dá conta do recado James? -- dizia enquanto arrancava fazendo os pneus do carro assobiarem na pista e a traseira do mesmo patinar.

(interior do carro)
Spoiler:

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Mensagem por JosephineRaven Ter Fev 04, 2014 10:31 am

Os quatro adentraram o hotel e enquanto Morgana se ocupava do check-in, Juliette apenas observava o saguão do mesmo. Sem mais surpresas, a jovem admirava a grandeza do lobby. O mármore dava um toque de requinte ao recinto, mas ao mesmo tempo, como não havia muitos hóspedes vagando pelo espaço naquela hora, o mármore tornava o lugar desacolhedor. De repente ela sentira um calafrio, talvez fosse pelo ar-condicionado.

- Srta. Graham, vamos até o quarto, o elevador está ali em frente.

Ao entrar no espaçoso elevador, Juliette sentira mais uma vez um leve calafrio, dessa vez porque a climatização do ascensor estava mais forte do que no saguão. Ela esperava não ficar doente, esse choque térmico não faria nada bem para a sua saúde. Enquanto subiam até a cobertura, Juliette se perguntava porque os seguranças também vieram junto a elas no elevador. O hotel já tinha seus próprios funcionários para carregar as malas. Isso a deixava um pouco desconfortável, proteção demasiada a rendia figurativamente sufocada. Será que isso fora ordens do Duque? Juliette até podia imaginar seu avô falando “e não a deixem sozinha em hipótese alguma.” A sua preocupação chegava a ser exagerada e ela não gostava disso, afinal já estava bem grandinha.

A única companhia além do grupo naquele elevador era outro senhor acompanhado de duas moças bem mais jovens do que ele. Ambas estavam bem arrumadas, assim como ele, mas definitivamente, não eram netas daquele homem idoso. Juliette sentiu-se um pouco constrangida pela situação. As meretrizes deviam ter a sua idade, senão mais novas e aquele distinto senhor assemelhava-se a seu avô. Esse era sempre o tipo de situação que deixava a inglesa desconfortável, ela era muito tradicional para aceitar a naturalidade com a qual as pessoas tratavam o mercado do sexo. Ao sair do elevador, o senhor a fitava de maneira incisiva, como se ela também fosse uma profissional daquele ramo. Juliette desviara o olhar para o espelho, fingindo arrumar o seu cabelo, enquanto ele saía. No entanto, não deixara de notar pelo canto do seu campo de visão que um dos seguranças o lançara um olhar ameaçador. A jovem mudou rapidamente de opinião, até que aquela salvaguarda por aqui vinha a calhar.

A cobertura era composta por apenas um apartamento, o seu. Juliette estava curiosa para ver a decoração por dentro. Esperava algo no mesmo estilo americano, grandioso e frio. Contudo, ficou surpresa ao ver que o flat reservado para ela imitava o estilo vitoriano do século XIX. O apartamento era um mistura de duas tendências que surpreendentemente combinavam, o clássico vitoriano da aristocracia com o estilo rústico dos cottages britânicos. A primeira vista parecia um pouco anacrônico, mas a jovem gostava dessa mistura na decoração. Aparentemente não tinha do que reclamar.

Morgana e os outros seguranças a haviam deixado sozinha no apartamento e Juliette saiu para a varanda, queria ver a vista desde que haviam saído da limousine e se deparou com uma grande e elegante piscina bem iluminada. Ela se dirigiu até o balcão e de lá poderia ver toda a baía de San Diego além de uma ilha a sua frente. Ela não sabia se a ilha fazia parte de San Diego, mas parecia ser um lugar muito bonito. A jovem virou-se novamente em direção ao apartamento e admirou a piscina. Dependendo da hora em que ela fosse para o escritório amanhã, daria tempo de usufruir um pouco do terraço e quem sabe do SPA. “Definitivamente eu estou muito branca com relação aos moradores da Califórnia. Um banho de sol até que não seria tão mal para disfarçar o contraste.” – se divertiu nos seus pensamentos.

Como não havia comido no carro, além de ter se alimentado mal no avião, Juliette decidiu pedir seu tão esperado serviço de quarto. Enquanto tocava para o ramal que estava na lista, a inglesa escolhia o que iria comer e simultaneamente  pensava consigo se a qualidade da comida seria realmente boa, afinal, os EUA eram tão gastronomicamente medíocres quanto a Inglaterra. Seria uma surpresa:

- Boa noite, eu gostaria de um carpaccio de coquilles Saint-Jacques, um bife à Bearnaise com aspargos brancos e ... – pediria sobremesa ou não? Acreditava que aquilo já era uma quantidade considerável de comida – e um creme brulée, por favor. – não conseguiu resistir pois a fome era muita – para beber, somente uma San Pellegrino.

Enquanto sua comida chegava, a jovem desfizera suas malas e pendurara seus vestidos um a um no grande closet ao lado do banheiro. Ela se perguntava se havia trazido muita coisa, achava que sim, mas de qualquer maneira, era preferível estar segura de todas as ocasiões que poderiam surgir. Mais uma vez, não tinha a mínima ideia do que iria acontecer, mas queria ter as vestimentas certas para causar uma boa impressão. Em seguida guardara suas joias no cofre e assim que inserira a nova senha, a comida estava a sua porta.

Juliette agradeceu ao jovem, que colocou a bandeja na saleta de jantar adjacente ao hall, e lhe deu 50 dólares de gorjeta. Seu jantar foi silencioso, não tinha companhia, mas a comida estava ótima. Quando se está com fome, qualquer coisa parece ser uma delícia. Colocou a bandeja de volta no corredor e foi se deitar, queria tomar um banho e mandar um e-mail para Eric, mas sentia-se imensamente cansada por causa do fuso horário, não tinha forças para mais nada. Antes de adormecer na sua enorme e confortável king, pegou seu celular e adicionou algumas notas sobre o dia seguinte, dentre elas, pedir para seu namorado todas as atividades do mestrado que estavam pendentes. Ela precisava terminar a Academia, não poderia falhar ou melhor, nunca poderia falhar.
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Mensagem por painkiller Ter Fev 04, 2014 12:20 pm

Juliette Grahan

Juliette dorme, apagada em sua cama, a viagem, o fuso são deveras devastadores, o sono era tranquilo, tivera um sonho belo e profundo, dormira, sentira a presença de seu namorado, sonhara com seu avô, com a ONU, com o mestrado, sonhava se formando, sendo uma princesa da Noruega, resolvendo problemas e conflitos mundiais para seu país, quando é interrompida pelo barulho do toque do seu aparelho celular e pelas vibrações dele na mesinha.

A jovem levanta-se, era um número que ela não conhecia, normalmente não atendia esse tipo de ligações, mas como estava em uma cidade nova, provavelmente são contatos profissionais, então suavemente desliza a mão sobre a tela, recebendo a ligação, onde logo pôde reconhecer a voz de Morgana.

-- Srta. Grahan, é Morgana quem fala, estou ligando para avisar que nossa visita à fábrica ocorrerá às 17 horas, exatamente daqui a uma hora, desculpe se lhe acordei, um carro estará indo lhe buscar, o motorista é o mesmo de ontem e estará lhe esperando na recepção. -- A voz dela estava bem humorada.

Após desligar o telefone, Juliette percebe que dormir realmente demais e que o fuso tinha deveras acabado consigo, eram exatamente 15h 30 min, tempo suficiente apenas para tomar um banho e comer algo, a princípio estranhara a situação, afinal esse horário de visitas era praticamente o de fechamento da empresa, mas pode ser algum costume americano, ou a intenção de Morgana seja preparar um ambiente mais calmo para um primeiro encontro com a Corpdrougs.

(em seu próximo post, pode ir até o saguão da recepção, o resto deixa por minha conta What a Face)
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Mensagem por Joaoampg Ter Fev 04, 2014 5:04 pm

"It's not how you stand by your car," James começa a entrar no carro... it's how you race your car Fala essas últimas palavras já ajeitando o cinto de segurança. Por um segundo pensou ser idiotice, visto que já estava morto mesmo mas... levando em consideração a personalidade de Alfredo pensou que talvez nao fosse tão desnecessário assim.

Painkiller escreveu:-- Essa noite você tem sorte, vai andar numa das belezinhas do "Escamoso".

Já havia escutado algo sobre o Escamoso, mas nao sabia muito. Sabia apenas que ele seria de grande ajuda na sua trajetória ao topo da Camarilla. Ora, prestar serviços com Alfredo era emocionante... legal mas... Escamoso seria capaz de recompensa-lo muito melhor. Provaria a todos sua capacidade.

Sentiu o couro do veículo e se sentiu um pouco triste por nunca ter aprendido a dirigir. Algo irônico para um enteado de vendedor de pneus... mas foi assim que escolheu e agora teria de arrumar seus próprios choferes.

Não pôde deixar de achar graça no fato de dois nosferatus horrendos estarem se locomovendo a bordo de uma máquina linda daquelas. E disparou:

Painkiller escreveu:-- Hoje vamos dar uma busca num depósito de armas, o negócio pode "feder", dá conta do recado James?

- Se são nos menores frascos que se encontram os melhores perfumes meu querido Alfredo... nós nessa nave espacial somos os mais indicados para cuidar dos casos mais fedidos da Costa Oeste! Pé na tábua!!!

Depois de alguns "uhuuul" os ânimos de James se acalmaram e ele pediu para que Alfredo falasse um pouco mais a respeito da missão.
Joaoampg
Joaoampg

Data de inscrição : 14/01/2014

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