Vampiros - A Máscara
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Domínio de Sangue IV

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Domínio de Sangue IV - Página 3 Empty Re: Domínio de Sangue IV

Mensagem por Zed Sáb Jun 27, 2020 5:27 pm


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS:


Dezmond tornava-se uma verdadeira metralhadora de palavras. muitas delas aleatórias na esperança de desfocar a entrevistadora, e por mais descrente que ela fosse, parecia estar começando a acreditar naquilo. Ela recapitulava a historia a sua própria maneira, selecionando as partes que eram realmente relevantes a serem ditas, e ao ouvir sua própria historia por outra boca, o Caitiff não pode deixar de se mostrar perplexo enquanto calou o bico e fitou a parede. Quando a voz voltou, a animação pareceu ter deixado o corpo. - Bem... É mais ou menos isso. Mas quando você diz dessa forma acaba ficando meio ofensivo, sabia? -

Talvez justamente pelo comentário que a mulher tenha decidido passar a lamina contra o pescoço de forma a deixar o entrevistado desconfortável. - PÉRAI! PÉRAI! PÉRA LÁ! - Sua voz automaticamente subia alguns tons enquanto tentava forçar o pescoço para frente, distanciando-se da lamina.

- Eu disse que eu não sabia bem o que tava fazendo! O poder é novo! Calma lá! Deixa eu tentar desativar.... - Fez uns segundos de silencio no qual tentou concentrar-se em parar de usar seus dons. - Desligar poder!.... E ai?... Parou? - A atuação era desnecessária, mas quanto mais aquela cena se alongava, maior eram as chances dela entregar uma informação acidental, como o sotaque que ouviu por um segundo. "Ué, é a Garota Germânica? Fácil assim?... Se bem que não ta tão fácil pra falar a verdade...." Aguardaria pela próxima fala da moça, atentando-se as palavras na tentativa de discernir suas origens.

- Eu não sei de nomes diabo! Você acha que eles disseram muito mais do que você? Eles me tiraram de um cassino meio antiquado e simples lá pela parte de Las Vegas Strip, eu não dei atenção pro nome da placa, acho que começava com R, mas não tenho certeza. - O único nome que não devia ser dito, quase fez uma aparição na conversa. "Por que caralhos ele tinha que por o próprio nome no cassino!? Filho da puta!" Praguejando mentalmente, se via forçado a continuar a falando para despistá-la. - Mas eu acho que passei pelo Bellagio no caminho até lá. -

- Quando os dois caras me tiraram de lá, me levaram pra um beco e tentaram tirar informações de mim. Eu não tinha informação nenhuma, só duvidas. Pra cada resposta que eu não sabia dizer, eu tomava um soco ou uma bicuda, se eu fizesse uma pergunta, tomava outra. Tudo que eu sei é que um deles era grande, mal encarado, de poucas palavras e com um chute pesado pra porra. O outro era um engravatado mais bem educado que fazia todas as perguntas, mas tinha o péssimo habito de ficar dizendo "Chuta ele" pro amiguinho. Eu só posso imaginar que eles estavam me seguindo a um tempo ou que tem envolvimento com o cassino, mas qual dos dois é verdade eu não sei dizer. -

Terminado aquele grande discurso, era hora de mais um pouco de apelação. - Eu disse o nada que eu sabia. Agora a gente pode, por favor, ficar calmo, soltar armas e desamarrar os prisioneiros? -
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Mensagem por Fox Qua Jul 01, 2020 6:23 pm

Dezmond Green

Dezmond ainda se encontrava na sinuca de bico. E quanto mais ele falava, mais sua situação se complicava. A mulher que o interrogava pouco a pouco ia encurralando-o, talvez por isso o falatório ficava mais longo a cada minuto. O nervosismo as vezes toma conta da língua. De toda forma, o Caitiff era praticamente obrigado a recuar seus poderes, tendo que confiar na sua capacidade natural de contar mentiras, já que a verdade era comprometedora demais. Claro, uma lâmina no pescoço nunca era um bom incentivo à dissimulação, no entanto não havia muitas opções. Sua captora se mantinha calada desde suas súplicas até sua atuação mal feita sobre o controle do poder. Dezmond podia sentir os olhos cravados nele, analisando-o. Depois do fim da história, ela enfim responde ao pedido do prisioneiro.

- Hahahaha. Você invade o meu estabelecimento, não dá nenhuma informação útil e espera um tratamento gentil?! Realmente... - a voz vai de um divertimento para uma raiva contida. - Você não vale um minuto do meu tempo.

Dezmond presta atenção à voz, tentando identificar o sotaque. Seu conhecimento de línguas não era dos melhores, mas o suficiente para dizer pelo menos que não era europeu. Logo após sua conclusão, ele sente os nós nas mãos e pés apertarem, imobilizando-o ainda mais. Agora ele só conseguia mexer o pescoço com liberdade.

- Você é inútil, amanhã eu vejo que fim vou te dar.

Os passos começam a se afastar.
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Mensagem por Zed Qua Jul 01, 2020 11:30 pm


PS: 12/14
FV: 08/08
OBS: Descontei um PS do dia seguinte.


Bastante contrariado, o Caitiff tinha de desistir de seu “trunfo”. Por mais que lamentasse não poder confiar em seus dons, era ainda preferível do que a descrição bem visual dada pela captora. Ele segue com o falatório cada vez maior por conta da tensão, e o final é imaginável, uma anfitriã descontente. “Mas se ela ficou pistola, eu não devo ter realmente entregado o esquema.” E este era o único pensamento positivo que lhe ocorria.

Detectar o sotaque não pareceu tão fácil quanto achou que fosse ser, mas pelo menos ao que tudo indicava não era ela quem estava procurando. “Ótimo, seria um inferno levar essa cidadã aí contra a vontade dela.”

Embora as pernas e braços ficassem ainda mais presos, a tensão em seu pescoço aliviava conforme a mulher se distanciava. Dezmond devia sobreviver até o fim da noite, mas a perspectiva do amanhã não era nada boa. – Boa noite pra você também! – Falou antes da mulher sumir, um pouco mais alto e já bastante sorridente e relaxado. Agora que a tensão passava, sua mente poderia trabalhar melhor, mas ali havia apenas uma coisa, uma imagem bem clara que não conseguia ser apagada e apenas dificultava em esconder aquele sorriso besta.

Spoiler:

O Caitiff tentava se ajeitar da melhor forma possível uma vez que iria dormir ali mesmo naquela posição desconfortável. “Eu podia tentar fugir... Mas a essa hora imagino que vá ser perigoso, melhor arriscar amanhã...” Claro, antes de fechar seus olhos para o descanso, precisava tentar pensar em uma rota de fuga. Soltar seus braços, talvez deslocando alguma articulação e curando-se uma vez que estivesse solto, mas já imaginava que era um esforço que não renderia frutos.

Pelo menos podia agora girar a cabeça e observar com mais atenção o restante da sala, objetos próximos, a fonte do cheiro de sangue, um possível relógio ou objetos afiados próximos para tentar cortar as cordas.

Uma vez que tivesse estudado tudo que fosse possível daquele ambiente, não havia muito mais o que fazer se não esperar até a noite seguinte e ouvir a decisão da dona da boate e torcer para que os pesadelos daquela noite pudessem trazer alguma informação útil.
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Mensagem por Fox Sáb Jul 04, 2020 12:57 am

Dezmond Green

Leal até o fim, Dezmond esconde o jogo de sua captora. O difícil até então tinha sido não demonstrar que ele sabia mais do que estava contando. Por sorte ou por habilidade, arrancara um sucesso pelo menos nisso, porém as consequências desse êxito enegreciam as esperanças do jovem imortal. Sua língua ágil ainda profere uma despedida provocante antes de sua cabeça notar completamente a situação em que estava. Ele não era necessariamente um inocente. Apesar de ter se pintado na sua história como um invasor ignorante pego numa barganha sem escolha, seu crime ainda permanecia um fato e algo lhe dizia que aquela mulher não era tão piedosa quanto Riviera.

A tensão somava-se ao fato de que Dezmond tinha quase certeza de que a manhã chegava. Nada adiantava escapar se ele ia cair de sono nos minutos seguintes. As cordas que o prendiam ligavam seus braços e pernas, o que limitava bastante seus movimentos. Não era de se espantar que muitas possibilidades foram cobertas, já que a mulher sabia com o que estava lidando. Era sorte o suficiente ela não ter posto uma estaca de madeira no seu coração. Ainda tentando se manter calmo, o Caitiff começa a analisar a situação. Ao escutar o abrir e o fechar de uma porta quando sua captora saiu, ele notara que a sala tinha algum tipo de vedação, já o som vindo de fora só durou alguns instantes. Além disso, depois de um tempo o cheiro de sangue se dissipou, o que indicava que a fonte era a mulher ou algo nela. Para o seu azar, as luzes se apagaram, deixando uma leve escuridão graças aos sentidos aguçados. Procurar algo útil ao redor é difícil, mas Dezmond consegue notar alguns móveis. Em sua maioria poltronas, mas há também uma mesa de madeira pequena que sua visão periférica consegue captar. Infelizmente não era nada animador. Logo sua cabeça começa a pesar e seus olhos fecham involuntariamente. Talvez seu último sono?

_________________________________

As imagens projetadas são nítidas. Embora os pesadelos continuassem a atormentá-lo dia após dia, sua mente não conseguia defini-los com tal até que estivesse de fato desperto. Só que dessa vez as imagens eram diferentes. Geralmente envolviam rituais, seu corpo sendo mordido ou suas presas sobre o pescoço de alguém inocente. Dessa vez, porém, ele estava em um lugar confortável, aninhado nos braços de alguém. Seus olhos elevam-se até se encontrarem com os de Claire. Aquela beleza era inigualável e fazia-o esquecer de tudo. Ela fitava o jovem Caitiff, com um estranho amor no rosto. Era uma sensação reconfortante para Dezmond, que passara uma vida sem sentido e cercado de problemas. Seu rosto esfrega nos braços da vampira, até que sua visão baixa para seu próprio corpo. Mas que corpo? Não havia braços, pernas, nem mesmo um tórax que se ligasse a sua cabeça. O desespero toma conta de si até que ele avista, a alguns metros dali, a mancha de sangue que era seus membros, todos cortados e espalhados no chão. Os braços totalmente torcidos em ângulos impossíveis, as pernas destroçadas até os ossos, o tronco totalmente aberto com as costelas voltadas para fora e o coração esmagado. A falta de forças, ou para ser mais exato a inexistência dela, toma conta de Dezmond. Seu olhar eleva-se mais uma vez e encontra-se com o de Clare. Um olhar de um estranho amor.
_________________________________

DADOS:

As constantes balançadas no corpo de Dezmond são o suficiente para fazê-lo despertar, no entanto seu estado mental o dizia que ainda não anoitecera. As imagens nítidas do pesadelo ainda dilaceravam sua mente, o deixando ainda mais aturdido, porém a dor no peito que lhe acomete o faz lembrar do machucado e dos acontecimentos da noite anterior. O Caitiff tenta pôr os pensamentos no lugar até perceber que há uma mulher a sua frente cortando apressadamente as cordas que prendem os seus pés com um estilete. Ela tem pele alva e cabelos loiros, mas sua expressão é de aflição.

OBSERVAÇÕES:
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Mensagem por Zed Seg Jul 06, 2020 3:35 pm


PS: 10/14
FV: 08/08
OBS: Machucado (-1)


Desta vez Dezmond acordava após um tremendo pesadelo, um que diferenciava dos que costumava ter e que lhe perturbara profundamente. Qualquer um deveria se perturbar com aquelas imagens, mas o Caitiff as sentia ainda mais intensamente por ser um rosto conhecido e por que seus sonhos tinham tendências a se concretizarem no plano real. “Ela vai me matar?” Teria sido seu primeiro pensamento, mas ele nunca ocorreu devido a aparição de uma nova figura em sua frente.

“Eita porra! É a garota!” Ainda que fosse apressado presumir isso, sua mente não se convenceria do contrário. – Eu não sei como você me achou, mas obrigado por me soltar... – Não que já estivesse solto, novamente estava sendo precipitado.

“Qual a situação?” Ainda tentando aproveitar-se da carga de energia olhava em volta, procurando por presenças e barulho, teria aguçado seus sentidos se não achasse que fosse interromper o processo de cura, mas as dores no peito exigiam atenção mais imediata. (- 2 PS/Cura)Quem é você? Que horas são? Eles já sabem que você escapou? Qual seu plano? – Por hora, apenas tentaria ficar acordado por tempo o suficiente para receber as repostas e ser solto. “Eu definitivamente odeio acordar no meio do tiroteio.” A confusão de ter de acordar já dando ordens, pensando e falando apressadamente já era o completo oposto do que queria para o resto de seus dias. E isso nunca ficara tão claro quanto naquele momento.
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Mensagem por Zed Qua Jul 15, 2020 7:15 pm


PS: 08/14
FV: 08/08
OBS: Escoriado (0)/Pesadelo(-1)/Fascínio Ativo


A cena a seguir foi realizada no Whatsapp no dia 10/07/2020


Dezmond acorda em alvoroço mental. Seu corpo também não estava em ótimas condições, mas ao se dar conta da situação ele junta toda sua concentração para duas coisas. Curar-se e entender o panorama do que acontecia. Claro que não era uma tarefa fácil já que o sono imortal ainda assolava-o, por isso ele tenta ser o mais direto possível. A garota se assusta com o despertar repentino do vampiro e com a chuva de perguntas. – E-eu fugi, preciso de sua ajuda para sair daqui!

- Achei que você estivesse morto... – Antes que ela possa continuar, no entanto, o sono se torna mais forte e o Caitiff retorna ao seu estado inerte.

O despertar, dessa vez, só vem com o pôr do sol, e quando Dezmond abre os olhos, a situação está bem mais caótica. Seus membros foram soltos das amarras e ele continua na mesma cadeira, no entanto, no canto da sala, dois homens com roupas pretas brigam para conter a garota que esperneia com um estilete na mão.

O vampiro se ergue da cadeira, curando-se um pouco mais e invocando os poderes do sangue da velocidade sobrenatural. Ainda que tudo fosse confuso, o que precisava fazer era claro. Ajudar a garota, e para isso ele avança contra o mais próximo dos homens. Ele tenta agarrá-lo e mordê-lo, porém o homem consegue se libertar, mas não sem ser ferido pela garota que o arranha próximo aos olhos.

Enquanto isso, Dezmond tenta empurrar o segundo homem que agarrava a garota. Ele o leva ao chão, mas a garota cai também. Enquanto isso o primeiro deles agoniza cobrindo o rosto e não age.

O Caitiff se joga no chão, agarrando o homem caído e permitindo que a moça se levante e corra e aja como isca. Dezmond aproveita para encher o tanque de Vitae, sem causar estragos na vitima que apenas começa a deletar-se com o beijo. Devido a urgência da situação, não drenou muito mais do que o necessário, limpou a ferida, deixou a vítima no chão e voltou para ajudar sua companheira, que agora era detida pelo sujeito que havia se recuperado do arranhão.

Convocando o poder do sangue novamente, ele avança contra o sujeito, que conseguiu feri-lo com um estilete. Um golpe no peito certeiro que teria causado incomodo se não fosse sua resistência sobrenatural, e o fato de conseguir render o oponente com um mata-leão.

O Caitiff sufocou o segurança enquanto curava-se do estrago causado, quando ele finalmente parece perder a consciência, Dezmond o solta para ver a situação de perigo finalizada. A garota estava bem, recuperando o folego e com o pulso ferido, mas bem.

- Tudo bem com você? – Pergunta o Caitiff, sem direcionar o olhar a mulher e indo em direção ao homem que tinha bebido o sangue. – Não sei, acho que torci o pulso. - Diz a garota com uma voz de dor, enquanto tenta se levantar.

Próximo ao homem há um pouco de sangue respingado no chão e nas suas roupas. Ele está num estado de semi-consciencia e tenta reagir quando o Caitiff se aproxima, com movimentos lentos dos braços. Dezmond o ajuda a se levantar ao passo que manter contato visual e emite ordens. – Você se machucou amigo, mas não se preocupe, você vai ajudar a gente a sair deste lugar, pegar um transporte até uma zona segura e então aguardar por novas instruções.

Com a ajuda de Dezmond, o homem se levanta lentamente. O Caitiff usa o poder da Dominação para colocá-lo na coleira e parece surtir efeito. Porém o estado físico do sujeito deixa dúvidas em o quanto ele será útil. – Você tem um carro? Ou acesso a algum veiculo? – Pergunta, já sem esperança, mas é surpreendido quando o homem tira dos bolsos uma chave.

- O que você está fazendo? - Pergunta a garota preocupada já de pé, o encarando com seus grandes olhos azuis. Dez pega a chave todo sorridente enquanto responde para ela. – Estou dando um jeito de tirar a gente daqui. Confia em mim, afinal eu te devo por ter me soltado. – E novamente se dirigindo ao dono do veículo. – Sabe dizer o jeito de sair desse prédio? Como? -

A chave não tem alarme nem chaveiro, fazendo Dezmond imaginar que talvez o veículo seja uma motocicleta. A garota fica olhando a cena meio intrigada. O homem, por sua vez, depois da pergunta feita, balbucia algo ininteligível e desaba no chão. Apesar do efeito da Dominação, seu corpo não suportou a perda de sangue uma vez que a adrenalina passou.

Checando por qualquer outro tipo de pertence que ele ou o companheiro tenha, encontra apenas um par de carteiras com pouco dinheiro e alguns documentos. – Não podemos perder tempo aqui. Outros podem vir a qualquer momento. – Quase na saída a garota completa. – Você está bem? Se machucou muito?

- Ah, só uns arranhões, mas acho que cortei minha língua. – Usando a toca, ele limpa o sangue que tinha no rosto e veste novamente a peça, seguindo caminho com os sentidos aguçados misticamente.

Os sentidos aguçados dão uma nova perspectiva ao Caitiff conforme ele guia o caminho. Apesar disso, o lugar não é nada familiar e ele acaba seguindo a esmo. Quando ele está prestes a tomar um caminho a frente numa encruzilhada, a loira o para. – Não podemos ir por aí. Vai ter um bando de seguranças. – Ela começa a conduzi-lo pelo caminho da esquerda. – Ah, claro, esquerda é sempre o caminho certo. - Ele permite-se ser guiado pela garota. – Você conhece o lugar?

- O suficiente para saber que não há caminho seguro. Pelo menos não agora que a boate já abriu. Talvez a gente possa aproveitar a multidão pra escapar.

- Provavelmente... Uma janela podia ser uma ideia também. - Olhando em volta procurando uma rota de fuga secundária, nota não haver janelas por perto. – Mas ainda nessa sua ideia, eu posso me disfarçar como um daqueles caras e escolto você como se fosse uma cliente encrenqueira.

- Não vai dar certo. Eles me conhecem, vão saber que é armação.

- Okay, esquece o disfarce. Qual a ideia? Só tentar passar rápido e discreto? Ou sair fazendo empurra-empurra de distração?

- Eu não sei. Deve ter gente vigiando a porta. Se sair só eu e você eles vão notar. Se for um grupo maior, talvez dê certo.

- Vamos tentar nos enfiar em um grupo que esteja saindo então. Se tudo der errado eu começo a empurrar a galera e a gente corre... - Andando mais um pouco imaginou pelo pior, e então sugeriu algo aleatório. – Se a gente se separar, e alguma pessoa estranha se aproximar disser "Purê de suco de batata." sou eu disfarçado.

- O que?! – Pergunta ela, parecendo confusa. - Tá, tá, tudo bem. A propósito, como você se chama?

- Eu sou Zed, um mágico ilusionista que estava tentando a sorte por aqui, e só encontrou o azar... Depois eu conto a história. E você é? – Inventa de pronto. - Patricia. – Ela se apresenta, logo antes de uma frase inesperada. - Me dá seu moletom.

Por um momento o Dezmond congela e olhar diretamente para ela tentando ver a aura enquanto ela responde à pergunta. – Eu até empresto, mas vai devolver? Sempre que uma garota me pede roupa some e nunca volta. – Dezmond lê a aura de garota, distinguindo ela como uma mortal. Ela emana uma cor laranja. - Vamos, me dá logo. –

Suspirando profundamente ele atente ao pedido. esvaziando o bolso e colocando as carteiras e chaves na calça. – Pega. - Colocando o colete em cima da camisa branca curta ele segue caminho. Ao verificar os bolsos do moletom, o Caitiff nota que seus próprios documentos, assim como seu celular, não estão lá. “Merda!” Por meio segundo houve real preocupação e desespero, mas logo se acalmou. “Eu posso mudar de rosto, foda-se.”

A garota pega o moletom e invasivamente usa o capuz para limpar com mais cuidado o rosto de Dezmond. - É melhor eles não suspeitarem de nada. Depois ela veste-o sobre a parte de baixo do vestido. Por fim, ela pega o capuz vermelho do Caitiff e põe em sua própria cabeça, cobrindo os cabelos loiros longos. Vendo tudo isso, Dezmond apenas assovia como um elogio. – Nada mal.

Patrícia tenta desfazer o sorriso bobo enquanto segue o caminho. Conforme cruzam os corredores, a música alta começa a chegar nos ouvidos atentos do Caitiff. Ao se aproximar cada vez mais, ela começa a se tornar incômoda. Ele desativa seus sentidos aguçados e então a frente, antes de chegar ao palco principal, alguns seguranças já são avistados. – Droga! Temos que dar um jeito de passar por eles.

- Acho que é hora de correr muito. – Precipita-se em dizer, mantendo o olhar atento no amontoado de pessoas procurando uma rota de fuga. – Não, eles não nos viram ainda. Só me segue.

Os dois começam a se aproximar dos seguranças, que fazem uma espécie de perímetro da pista de dança. Subitamente Patricia agarra Dezmond pelo pescoço e enlaça-o num beijo. Sendo pego desprevenido, ele apenas sorriu bobamente. Ela continua balançando o corpo conforme a música sem soltá-lo, se movendo lentamente até a multidão. E da melhor forma que pode o Caitiff tentou seguir com a atuação. Os dois conseguem passar pelos seguranças e chegar até o público dançante. – Deu certo, agora vamos esperar. –

Alguns minutos se passam enquanto os dois fingem estar ali para dançar. Quando a espera começa a se tornar longa demais, uma briga entre uns caras estoura a alguns metros dali. Talvez uma abertura.

A briga começa a se intensificar, juntando mais gente. O alvoroço se espalha até que os seguranças começam a convergir para o local. Dezmond aproveita e ruma à saída, seguido pela mortal. Eles passam pelo grafitti da antessala, mas a poucos metros da saída uma voz vinda de trás grita: - Ei!

- Não é com a gente... Mas acelera. – Instrui o Vampiro já apertando o passo. Os dois se apressam. Ao tocar na porta, voz repete: - Ei, vocês aí! – Novamente, ignorando a voz, Dezmond abre a porta e gesticula para a mulher. – Primeiro as damas. – E seguindo logo atrás, eles disparam em corrida.

- Eles estão sem pulseiras! Atrás deles! - Os gritos ecoam enquanto Dezmond e Patrícia passam pela porta. Do lado de fora, alguns outros seguranças organizam a fila de entrada. Eles olham rapidamente para os dois que fazem sua rápida saída. Do outro lado da rua há várias motos estacionadas. Dois carros passam lentamente pela boate no momento.

No caminho apressado, Dezmond procura na carteira do que havia lhe fornecido a chave. "Se for uma moto ele deve carregar os documentos aqui, nos documentos deve dizer o modelo cor e placa." E ali era a rota de fuga que imaginava. Dezmond atravessa a rua, tentando ainda, de certa forma, manter a calma. Os documentos na carteira têm a descrição da placa do veículo, mas há cerca de 20 motos no local. O Caitiff rapidamente circula os veículos e começa a verificar as placas. Por sorte, a segunda moto é a do pobre segurança desmaiado.

Não havia capacetes, mas o Desgarrado dá partida mesmo assim. – Sobe. - Patricia sobe na garupa em um pulo e logo Dezmond acelera. A porta da boate abre com um baque para a saída de uns 5 seguranças, mas nesse momento a moto já levanta poeira, com o som do motor cortando a noite da Cidade do Pecado.

No controle da moto, Dezmond começa a guia-la pelo caminho mais curto em direção à avenida principal onde se localizam os cassinos, planejava encontrar um estacionamento qualquer para deixar a moto estacionada caso não estivesse sendo perseguido pelos seguranças da boate. – Vamos seguir a pé pra evitar suspeitas. – Sugere, desligando a moto e descendo.

“Eu tenho que levar ela ao Rivieira... Mas ainda parece cedo. Temos tempo...” Olhando em volta, procuraria por uma praça, um lugar com menos visibilidade que as ruas principais, e que tivesse um banco para sentar e conversar sem atrair olhares.

- No fim deu tudo certo, mas no meio daquela bagunça toda a gente nem conseguiu conversar direito... Eu tenho algumas perguntas, imagino que você também tenha algumas. Depois eu posso ajudar você a ir pra casa, ou sei lá.... – Começou o falatório, imaginando que não devia ser difícil extrair as respostas após todo o trabalho que teve em tirá-la de lá. Mas como medida de segurança e incentivo extra, ativava os dons da presença sobrenatural. (Fascínio/Presença 1)

- Bom, primeiramente, quanto tempo você ficou presa por lá? Você disse que os seguranças também te conheciam, então não deve ser pouco tempo. – Daria tempo para que ela respondesse, mas não que perguntasse nada ainda. Uma vez que tivesse a resposta já seguiria com a próxima pergunta. – Haviam outras pessoas presas além de você?... O que você tem de interessante para que eles te mantivessem presa?... Há alguém que pudesse querer te tirar de lá? – Uma vez que estas duvidas estivessem sanadas, daria a ela a chance de fazer suas próprias perguntas. – Pergunte o que quiser, vou tentar responder da melhor forma possível, mas sinceramente eu não sei de muita coisa.
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Mensagem por Fox Qua Jul 15, 2020 8:36 pm

Dezmond Green

Tão logo Dezmond começa a fazer desvios pela região do clube Burning Angel, nota-se que não há perseguição. Por mais teatral e chamativa que tenha sido, sua fuga fora bem sucedida, e o melhor, com o objetivo inicial cumprido. Isso, porém, não é motivo para que ele fique descuidado, portanto a dupla segue para região mais central da cidade. O Caitiff não estava muito familiarizado com o caminho, mas o design da cidade não o deixava errar a direção da Las Vegas Boulevard. As luzes fortes eram praticamente um farol na noite. O som do motor era o único som predominante durante o caminho, já que a adrenalina mantinha a tensão no ar. Quando se aproximam das ruas principais, no entanto, o clima se ameniza.

- Vamos seguir a pé pra evitar suspeitas.

- Concordo. Nessa moto, não vai demorar muito até que uma viatura nos pare.

Dezmond consegue encontrar uma pequena área com alguns veículos estacionados próxima a um bar. Discretamente, ele coloca a motocicleta lá e segue seu caminho a pé com Patricia ao lado. Ela ainda continua atenta, olhando para os lados, mas após caminhar por umas duas ruas o Caitiff a chama para uma das praças pouco movimentadas da região. Não havia muitos lugares assim em Vegas, principalmente nas regiões comerciais, e com toda a agitação da cidade era fácil de se imaginar o porquê. O lugar não parecia ter muita visita e até não parecia ser muito convidativo, com um par de árvores sem folhas e três bancos de madeira com uma pintura verde desgastada pelo tempo. Recuperando-se de todo alvoroço no clube, Dezmond resolve puxar conversa.

- No fim deu tudo certo, mas no meio daquela bagunça toda a gente nem conseguiu conversar direito... Eu tenho algumas perguntas, imagino que você também tenha algumas. Depois eu posso ajudar você a ir pra casa, ou sei lá...

A conversa segue com um ar de interrogatório e é possível ver que Patricia fica um pouco desconfortável, porém a Disciplina empregada pelo Desgarrado faz o papel, já que ela responde mesmo assim:

- Na verdade, eu não sei quanto tempo fiquei naquele lugar. Eu não via a luz do sol, então fica difícil saber. Duas semanas... um mês quem sabe. Eu sempre estive sozinha, a não ser pelos seguranças que me traziam comida. Mas eu acho que podem ter outras pessoas, não sei. Não tive realmente tempo de me preocupar com outros. Eu só fui até você porque precisava de ajuda e sabia que não conseguiria sozinha. Ainda bem que deu tudo certo. - ela esboça um singelo sorriso contido. - Olha, eu sempre estive sozinha. Pelo menos desde muito tempo atrás. A única pessoa que você realmente pode confiar é você mesmo, entende? Eu nunca tive esperança de que alguém me salvaria ou algo do tipo, por isso eu te agradeço de verdade. Eu acho que os donos daquele lugar são parte de algum tipo de organização mafiosa. Sabe? Tráfico de pessoas, tráfico de órgãos, esse tipo de coisa. No começo eu sei que eles fizeram um monte de perguntas sem sentido, mas está tudo embaçado na minha cabeça.

- Você deve ter sido pego no mesmo esquema que eu. Há quanto tempo você está lá? Você tem algum lugar em Vegas? No momento eu não tenho pra onde ir, então...
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Domínio de Sangue IV - Página 3 Empty Re: Domínio de Sangue IV

Mensagem por Zed Qua Jul 15, 2020 11:05 pm


PS: 07/14
FV: 08/08
OBS: Pesadelo(-1)


Ainda que a saída do clube fosse barulhenta e espalhafatosa, a dupla se afastava das proximidades do bar e seguia em segurança até um local tranquilo para deixar a moto e seguir a pé. Nenhum perseguidor parecia estar atrás do rastro, então pareceu seguro fazer uma pausa em uma praça de aspecto decadente para conversar e entender melhor toda a situação que havia acidentalmente se envolvido.

Patricia parecia elevar a guarda uma vez que interrogada, mas os dons sobrenaturais ajudavam a manter a situação sob controle. Infelizmente não era possível extrair muita informação daquela fonte, toda a sagacidade e conhecimento que ela aparentou ter durante a fuga sumiam, o que deixava o Caitiff imaginando se ela estaria mentindo ou tentando esconder alguma coisa. Dezmond tinha experiencia em identificar sinais ocultos, e analisava silenciosamente as reações dela enquanto tirava suas próprias conclusões.

- Hoje é dia... – Contextualizaria para a garota o atual dia, mês e ano. Tentando ajudar a desfazer sua confusão, e também respondendo a pequenas perguntas como essa, que o tempo em cativeiro pudessem ter confundido. – Não se preocupe, as memorias voltarão em seu devido tempo... Ou talvez seja melhor que você não se lembre. – Tentava reconfortá-la, mesmo que pouco, ganhar sua confiança dizendo o que ela gostaria de ouvir de certa forma. Mas não sem deixar bem registrado a menção das estranhas perguntas.

- Eu tive sorte, imagino que tenha sido pego ontem à noite na boate. Eu estava desprevenido e eles me levaram para interrogatório, eu não sabia o que eles queriam, falaram algumas coisas estranhas sobre invasão, sugadores, e outras palavras que não faziam muito sentido pra mim. Eles iriam decidir o que fazer comigo hoje, mas você me salvou antes que o pior acontecesse. – E uma vez que suas histórias pareciam ter algo em comum, parecia valido perguntar. – Que tipo de coisas estranhas eles perguntaram? Consegue lembrar de alguma coisa? Quanto mais bizarro e anormal a pergunta parecer, melhor. – E também servia de gancho para checar o embaçamento de sua memória.

- Você acha que eles usaram alguma coisa em você também? Tipo drogas, ou outras coisas bizarras pra tentar extrair respostas ou sacanear com nossa memória? – E com uma pausa dramática, tentaria simular total incredibilidade enquanto observava o nada. Uma vergonha, insegurança ou apenas a impressão de que estava agora falando algo completamente ridículo. – Eu podia jurar que aquela mulher que veio me interrogar fazia magica ou alguma coisa do tipo... Eu não sei como explicar.

E ao fim de tudo isso. – Bom, eu tenho alguém a quem pedir ajuda aqui em Las Vegas... Eu não sei se ele vai estar muito disposto a emprestar dinheiro, identidades e veículos, mas eu posso tentar algum tipo de ajuda com ele. Ou pelo menos um quarto pra ficar por algumas noites. O que acha? Vamos? – No fim era inevitável que teria de leva-la ao Riviera. Com sorte podia ter certeza de que não estaria entregando e ela a alguém pior do que o pessoal do Burning Angel, mas até então o contratante tinha sido bem evasivo quanto a respostas.

Antes de partir, iria checar tanto o estado de ambas as aparências. Limpar quaisquer resquícios de sangue que pudesse ter na pele ou nas roupas. Uma torneira publica ao ar livre ou em um banheiro seria o bastante. Também iria curar a aparência surrada e garantir que sua presença magnética estivesse inativa. (1 PS/Cura)

Conseguindo chegar ao Cassino iria circular pelo local procurando por rostos familiares entre os seguranças, mas imaginava que contanto que ficasse exposto as câmeras, logo devia ser chamado. Mas caso isso não acontecesse, abordaria algum membro da equipe de guardas sem que Patricia conseguisse ouvir. – Eu gostaria de falar com o Chefe, ele sabe quem sou e do que se trata.

Como a ordem tinha sido manter sigilo de qualquer conexão, era preferível evitar dizer qualquer coisa que pudesse significar algo a alguém. Principalmente mencionar o nome Rivieira próximo a Patricia, ou o fato de que ele queria que ela fosse resgatada e trazida a ele, quer ela soubesse ou não quem fosse o indivíduo.
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Mensagem por BenXIII Qui Jul 16, 2020 6:52 pm

Hyan notava que se tratava de um fundo falso atrás do porta-retrato. Assim que desmontava o fundo, caia um pingente com uma pedra negra no centro.

“Gente ... aposto que é falsa”

Batia a mão no ar para espalhar o cheiro da ferrugem.

Ao pegar o pingente, Hyan sentia um calor muito estranho vindo da pedra, que parecia que ela havia sido colocada em algum fogo.

“Eita eita ... que pedra estranha ... será que elas acendiam cigarro nisso aqui?”

Com o olhar arregalado, ele aproximaria a pedra para verificar se tinha algo a mais.

Se nada mais fosse encontrado, Hyan colocaria o pingente na bolsa e continuaria a procura com afinco, a fim de encontrar algum outro sinal que o levasse a uma conclusão do que havia acontecido com as três dançarinas.

Hyan entraria em todos os quartos apontando a arma primeiro, depois vasculharia procurando por pistas, no estilo "Três Espiãs Demais!", mas sozinha.
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Mensagem por Fox Ter Jul 21, 2020 12:34 pm

Dezmond Green

Sentados na pequena praça, Patricia e Dezmond seguem o seu diálogo. O Caitiff usa sua sagacidade para extrair o máximo possível da garota, tentando entender o que ela tinha de importante ou o que ela sabia. Com o pouco que ele conhecia do seu alvo, não era uma tarefa fácil, fazendo sua cabeça se tornar um emaranhado de suposições e teorias.

- Não lembro. - a garota balança a cabeça em resposta à primeira sequência de perguntas. - Na verdade, eu acho que me drogaram sim. Algo na bebida ou coisa do tipo. Acho que foi assim que conseguiram me pegar. Por isso eu não consigo lembrar bem dos primeiros dias, eu acho. Mas não me lembro de nenhuma mulher lá, muito menos uma que fazia mágica.

Ao falar essa última frase, Patricia esboça um sorriso contido de deboche. Não como se ela estivesse desdenhando do próprio Dezmond, mas como se a história fosse impossível. De repente, seu sorriso se abre mais, mostrando presas ameaçadoras. O corpo do Caitiff começa a formigar e num piscar de olhos, a imagem da garota loira dá lugar ao de Claire esboçando o sorriso mais assustador e estranhamente convidativo que ele já tinha visto. A sensação de não ter um corpo, de não ter suas forças, experimentada no pesadelo, volta à tona, fazendo o jovem Vampiro estremecer. E num novo piscar de olhos, Patricia está lá de volta, contemplando a rua. O Desgarrado esfrega os olhos, percebendo que talvez sua mente estivesse brincando com seus sentidos, então ele tenta se recompor.

Ao final das perguntas, Dezmond fica com a sensação de que a garota ainda escondia algo. Podia ser o resquício do pesadelo atrapalhando o seu julgamento, afinal essa última visão lhe deixou uma impressão muito forte, mas por que Riviera o mandaria buscá-la se ela não tivesse nada de útil? A não ser que ela em si fosse importante para ele. Uma parente mortal talvez. Eram tantas possibilidades, que se tornava impossível cobrir todas elas. Então sem ter chegado a uma conclusão, o Caitiff completa:

- Bom, eu tenho alguém a quem pedir ajuda aqui em Las Vegas... Eu não sei se ele vai estar muito disposto a emprestar dinheiro, identidades e veículos, mas eu posso tentar algum tipo de ajuda com ele. Ou pelo menos um quarto pra ficar por algumas noites. O que acha? Vamos?

- Eu não preciso de tanta coisa, apenas um lugar pra ficar por um tempo e talvez uma parte do dinheiro que você pegou daqueles seguranças. Depois eu me viro.

Os dois se levantam e continuam seguindo pelas ruas de Vegas. Não podia-se dizer que estavam em um estado bom de aparência. Apesar de bonita, Patricia era uma jovem um pouco suja, usando um gorro ensanguentado, um vestido desgastado e um moletom surrado amarrado à cintura. Dezmond, por outro lado, também não estava com uma aparência muito melhor. Porém, para sua sorte, um quarteirão à frente, o Caitiff avista uma casa com uma torneira no jardim da frente. Rapidamente, ele entra no terreno sem cerca para lavar a si e suas roupas entregues pela mortal, aproveitando o tempo para curar seu ferimento restante do embate com os seguranças. No entanto, na volta, ele a vê vomitando no meio fio. Ao se aproximar, ela se recompõe um pouco colocando a mão espalmada para sua direção.

- Não é nada, só estou me sentindo um pouco mal. Também não como há um tempo. Não se preocupe. - ela também vai até a torneira e lava seu rosto e braços, voltando rapidamente. - Vamos.
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Mensagem por Zed Ter Jul 21, 2020 4:08 pm


PS: 07/14
FV: 08/08
OBS: Pesadelo(-1)


Alguma coisa de muito estranha ocorreu por um instante, podia ser apenas uma alucinação, podia ser uma previsão. O que quer que fosse, não fazia sentido. Patricia com presas e então se tornando Claire, aquilo era desconfortável e não colaborava com as milhares de teorias que o Desgarrado tentava formular, deixou aquilo passar sem um comentário para evitar entregar qualquer informação indesejada por impulso.

Ignorando o desconforto e agindo normalmente, Dezmond puxava uma das carteiras do bolso. Aquela do homem que havia lhe esfaqueado e que agora ele retirava os documentos e colocava na segunda carteira. O dinheiro e possíveis cartões de credito seriam mantidos. – Toma. – Estenderia para a garota o objeto.

Antes de ir ao cassino, uma pausa era feita para melhor cuidar da aparência. Quanto menos chamativos negativamente estivessem, mais tranquilo seria a ida ao Rivieira. Ele recuperava suas roupas e tão logo lavava o gorro já voltava a coloca-lo na cabeça. “Muito mais confortável.” Pouco depois, voltou com o moletom em mãos. – Ainda vai precisar disso? – A resposta não era tão importante quanto o fato dela estar subitamente vomitando. Ela claramente diria que tudo estava bem, justificava com uma desculpa simples. “Os guardas não te alimentaram hoje? Ta vomitando o que?” A suspeita voltava a crescer, mas não exteriorizava isso.

Sua atenção foi diretamente ao vomito. Queria certificar-se de que não havia sangue por ali, ou qualquer outra substancia suspeita. “Ela é uma vampira?... A aura é bem colorida....” Não satisfeito, aguçaria por um momento tanto a audição quanto o olfato, procurando por odores suspeitos próximo a ela e ao vomito, ou mesmo uma fragrância familiar. Por fim, identificar sons de sua respiração e batimentos cardíacos. Independente do que descobrisse, desativaria os sentidos logo mais e voltaria ao seu caminho. “Eu não vou conseguir nada dela sem foder com minha credibilidade, melhor perguntar direto pra fonte mesmo.” Gostasse ou não, Riviera tinha algumas perguntas a responder.

- Antes de entrarmos... – Tentaria atrair o olhar da garota antes de chegar à fronte do prédio. – Não se afaste de mim até que eu diga que deve. (Hipnotizar/Dominação 2) – Invocando os poderes do sangue procuraria um meio de garantir que ela não fugisse ao notar um lugar familiar e desagradável ou que simplesmente não despistasse o Caitiff na primeira oportunidade.

Ao adentrar o cassino, esperava que não iria demorar até ser chamado pelo anfitrião. – Quer jogar alguma coisa? Não deve demorar muito pra que eu consiga falar com meu contato. Só não perde tudo. – Tentaria distrai-la da espera, deixando que ela se divertisse. Como bem sabia, não devia jogar, mas imaginava que só ficar por perto da garota enquanto ela jogava não era passível de punição. E ao mesmo tempo era um ótimo meio de ficar a amostra junto com o objetivo do resgate em segurança e ser visto.
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Mensagem por Fox Qua Jul 22, 2020 1:38 am

Hyan Riquelme

Além dos detalhes observados a princípio, Hyan não notava nada mais no pingente. O material do contorno era obviamente metálico, mas a pedra era desconhecida. Poderia ser ônix ou obsidiana, já que as duas eram normalmente usadas em adornos como esse, porém o calor certamente era algo anormal para uma jóia comum. Vendo que não havia muito mais o que encontrar ali, o Toreador decide seguir sua investigação nos cômodos seguintes do apartamento, deixando suas conjecturas para depois. Ele guarda o estranho objeto e segue com a arma em punho. Sua próxima parada é um corredor longo e escuro. Alguns quadros simples colorem as paredes laterais com paisagens atraentes. Passo a passo, Hyan percorre seu caminho até a primeira porta e a abre lentamente.

O interruptor do lado liga a luz e revela um banheiro simples. Banheira, pia, toilet, tudo que um cômodo do tipo teria, porém o chão está repleto de objetos. O pequeno armário debaixo da pia está escancarado, assim como o compartimento do espelho, dando a imaginar que as coisas tenham sido retiradas de dentro deles. Em sua maioria, produtos de beleza como cremes e produtos para cabelo, além de algumas toalhas de rosto. O lugar dava a impressão de ter sido revirado apressadamente. Temendo pela existência de algum intruso ainda na casa, Hyan opta por verificar o restante do apartamento antes de começar a esmiuçar os detalhes. Porta a porta, ele vai abrindo e encontrando cenas semelhantes. Além dos cômodos já encontrados, há uma suíte, um quarto e uma segunda sala. Os três possuem móveis revirados com roupas, itens pessoais e outros objetos jogados no chão. Pela distribuição das coisas a suíte parecia ser dividida por duas das dançarinas, enquanto uma tinha o quarto só para si. A segunda sala tinha um grande espelho, alguns objetos para exercícios e uma pequena estante que provavelmente comportava livros e objetos genéricos, todos agora espalhados pelo lugar. Para seu alívio, ninguém além de si parecia estar na casa no momento.

A primeira coisa que vem à cabeça de Hyan é que alguém esteve ali procurando algo. Estava com pressa o suficiente para não se importar em esconder as evidências, muito menos em fazer uma busca mais delicada. A princípio não havia pista de há quanto tempo aquilo tinha sido feito, muito menos de algo sobre seu efetuador, mas o caos do lugar dava a impressão de que algo poderia ser descoberto dependendo da forma que se procurasse. A noite estava apenas começando para o Toreador, porém as surpresas não tardavam em aparecer. E mais ainda estavam no aguardo.
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Mensagem por Fox Qui Jul 23, 2020 11:06 pm

Dezmond Green

Levado por uma leve paranoia, Dezmond fica desconfiado ao ver a garota vomitando no meio fio. Talvez por ele mesmo fazer aquilo quando ingeria comida, a dúvida retornava à sua mente. Entretanto, não parecia haver nada de anormal naquilo. Quando ela se afasta para a torneira, ele vê que a substância tinha uma coloração amarelada e uma consistência entre o pastoso e o líquido. Apesar de incômodo, o Caitiff também aguça seus sentidos por alguns instantes para certificar-se de que não havia nada fora do comum ali. O odor obviamente não era nada agradável, fazendo-o logo ter que se afastar, mas foi possível perceber que ali não havia sangue nem substâncias muito fortes. Aproximando-se de Patricia, notava-se o calor de seu corpo, e, concentrando-se um pouco mais, sua audição aumentava captava as batidas do coração dela. Claro, um Membro podia, até certo ponto, emular tais características humanas, mas talvez essas evidências fossem o suficiente para aplacar a desconfiança do Desgarrado. Por fim, Dezmond focava-se no odor da garota: suor e sangue, provavelmente das suas próprias roupas que ela usara por um bom tempo.

Deixando as perguntas que se acumulavam na sua cabeça para quando chegasse no cassino, o jovem Membro continua seguindo seu caminho a pé. Patricia o segue um pouco abatida. Logo eles chegam até a Las Vegas Strip, onde ele perambulara sem rumo na noite anterior. Agora, no entanto, tinha seu objetivo bem claro, apesar de várias coisas relacionadas a ele ainda permanecerem sombrias. As luzes fortes dos prédios são uma boa mudança de ambiente e em meio ao movimento pesado de pessoas, sentia-se uma certa segurança, mesmo que eles não estivessem sendo perseguidos. Logo a fachada vintage do Riviera se colocava à sua frente novamente. Antes de entrar, porém, Dezmond punha a garota sobre sua hipnose. Era um comando simples, para o qual ela balança a cabeça lentamente, com os olhos sem foco. Provavelmente tinha surtido efeito.

Os dois adentravam o Riviera como visitantes comum, mas não demora muito até Dezmond perceber que os seguranças do local estavam de olho neles. Patricia os direciona para a área dos caça-níqueis, mas antes mesmo dela começar a jogar alguma coisa, um homem de terno interrompe.

- Poderiam me acompanhar, por favor.

Patricia olha para Dezmond sem saber exatamente o que estava acontecendo. O Vampiro, por sua vez, sabia que aquilo estava nos padrões, dada a sua última visita. O segurança educadamente escolta os dois até uma área privada, uma espécie de sala de reunião com poltronas e mesas.

- Aguardem aqui, por favor. - diz o segurança, deixando-os as sós logo após.

- Esse seu "contato" é importante pelo visto.
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Mensagem por Zed Qui Jul 23, 2020 11:44 pm


PS: 07/14
FV: 08/08
OBS: Pesadelo(-1)


Após uma minuciosa análise, a conclusão era que para qualquer observação Patricia estava viva e Dezmond apenas sendo paranoico a respeito. Não havia nada de errado com ela, apenas ausência de informação quanto ao mundo exterior. Era seguro ir até o cassino, e como não notou maiores reações com o nome e o local, imaginou algumas hipóteses. “Ou ela não conhece o Riviera, ou esse não é o nome verdadeiro dele.”

Não tardou para que os seguranças os tentassem escolta-los para um local reservado, parte do procedimento do qual ela não parecia ainda acostumada. – Está tudo bem. – Simulando uma mortalidade que não tinha, tentaria aquecer o corpo, estender a mão e puxá-la pelo caminho gentilmente.

Dezmond se via logo mais naquela mesma sala, desta vez não esperava sozinho pelo dono daquele domínio. – Para padrões normais, sim, bem importante... Eu não sei dizer o quanto... – A última parte saiu mais como um murmuro angustiado. Era irritante ser usado como um peão, principalmente quando nem mesmo sabia sobre o mandante, novamente a paranoia o fazia pensar que tudo aquilo podia ser uma armadilha. Riviera sequer pertencia a Camarilla e toda aquela expedição tinha sido uma manobra para prejudicar os tais feiticeiros vampiros que tinha ouvido falar.

Queria evitar entregar antecipadamente qualquer informação. – Ele provavelmente vai saber responder quando chegar. – Enrolaria caso fosse pressionado a falar, olhando para a porta mantendo uma expressão tão vazia e calma quanto possível.

- Boa noite Chefe. – Cumprimentaria Rivieira tão logo ele entrasse na sala. – Eu trouxe uma amiga em problemas, ela precisa de ajuda. – Com isso tentaria passar a ideia de que ela ainda não sabia do motivo de ter sido trazia para aquele lugar em especifico. Daquele ponto, deixaria que ele tomasse a dianteira em explicar a situação, e também como planejava proceder com a mortal. Claro, ainda havia muita suspeita de que poderia ser algo terrível que faria com que se arrependesse de ter tirado ela daquele lugar, mas queria ocultar esse lado e não fazer suposições apressadas.
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Mensagem por Fox Sáb Jul 25, 2020 12:31 am

Dezmond Green

Dezmond lidava bem com a situação, já que via que Patricia demonstrava certa confusão sobre o que se sucedia. Não era como se houvesse real perigo, mas ele faz de tudo para manter a Mortal calma. Mesmo com a garantia do gatilho da hipnose, não havia porque causar alardes. Em instantes, ele começava a simular as funções corporais normais, adquirindo mais cor e principalmente gerando calor, podendo interagir fisicamente sem levantar suspeitas. Era uma boa estratégia que usava com certa constância, principalmente na hora da caça. Sabia que alguns Membros mais velhos não tinham a mesma facilidade que ele para fazer isso e atribuía isso provavelmente à idade. De toda forma, a garota aceita o gentil toque e logo os dois se dirigem à sala reservada.

No local, no entanto, o clima continuava pesado. Mesmo sem perceber, a atitude de Dezmond mudara e até suas poucas palavras saem meio monótonas. Talvez um pico de nervosismo por não saber todos os detalhes do que realmente estava fazendo. Perdido em seus próprios pensamentos, o silêncio logo se instala no ambiente, tornando a espera mais longa do que deveria ser. Patricia também reflete esse comportamento, ficando um pouco apreensiva. A tensão só quebra com o abrir da porta. O Caitiff instintivamente se levanta para cumprimentar seu anfitrião, mas ao invés de Riviera, ele se depara com o membro da staff do cassino que o abordara noite passada. O homem loiro entra com um sorriso educado e tão logo ele e Dezmond trocam cumprimentos e as poucas palavras, seus olhos se iluminam de entendimento.

- Ah claro. O chefe não está no prédio, no momento, mas me instruiu a levá-lo até ele se você precisasse de alguma coisa. O carro está sendo aprontado. - ele se dirige à garota. - Boa noite minha jovem, me chamo Graham. Posso lhe conseguir algo antes de partirmos?

- Me chamo Patricia. Bem, eu não como há algum tempo... - ela responde meio sem jeito.

- Não se preocupe, irei lhe conseguir algo. Alguma coisa senhor Dezmond?

Graham interpretava o seu papel de acordo. Ele provavelmente não sabia tanto quanto seu empregador, mas o suficiente para cogitar que a situação podia ser delicada, então deixava a iniciativa com Dezmond para que ele levasse a conversa como melhor julgava.
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Mensagem por Zed Sáb Jul 25, 2020 2:01 am


PS: 07/14
FV: 08/08
OBS: Pesadelo(-1), Pele Ruborizada e Respirando.


Dezmond estava naquela sala, mas sua mente em outro lugar. Ele se dava por si, novamente naquele cômodo, com uma moça apreensiva e um silencio desconcertante. “E mais essa agora... Merda...” Antes de sequer tentar corrigir-se, se via de pé cumprimentando a pessoa errada. O sangue começava a subir a cabeça, não no sentido da raiva, mas na mais pura ruborização do rosto em vergonha. – Foi mal... Achei que fosse ele... – Desconcertado e embaraçado, o Caitiff voltaria a se acomodar na poltrona, um pouco mais relaxado na presença de um rosto familiar que não parecia intimidador. – Mas sim, eu precisava falar com ele... Sobre muita coisa na verdade. -

Enquanto Graham distraia a garota, o vampiro aproveitava para checar os bolsos mais uma vez. “Eles roubaram até meus cigarros?” Caso confirmasse estar seus pertences menos relevantes, aproveitaria a deixa do empregado. – Se não for muito incomodo, um isqueiro e um maço de Carlton ou um Malboro. – O que eram marcas um pouco mais caras do que a que estava habituado a consumir.

- Você pode ter notado que eu normalmente sou meio falante, desculpe. Essas situações mais formais me deixam um pouco desconfortável. Mesmo conhecendo esse pessoal, é obvio que eu não pertenço a esse estilo de vida. – Uma pequena parte dentro dele gritava. “Você já fez o que devia, ela está segura, vaza daqui e vai se divertir.” Mas ainda tinha um pouco de bom senso para ignorar a sugestão, e enquanto a comida não chegasse e ela enchia o estomago com comida comum, continuaria falando, mesmo que sem prestar muita atenção em si mesmo. Apenas para passar o tempo de forma menos desconfortável.

- E antes de toda aquela merda. Fazia o que? Estudava? Trabalhava? – Casualmente daria corda a história, pedindo informações adicionais irrelevantes ou apenas concordando em um tom ensaiado, qualquer coisa, contanto que ela continuasse falando. Era algo que vinha praticando desde que entrara na faculdade, e que muitas pessoas podiam achar irritante a longo prazo.

Assim que o carro estivesse pronto e Patricia terminasse seus afazeres mortais, pediria para que fossem levados logo até Rivieira. Aquela sensação de paranoia e armadilha já parecia ter ido embora. Uma vez que o cenário tinha sido mentalmente preparado, o Caitiff já imaginava-se pronto para o cenário o suficiente para reagir a ele na remota hipótese, mas agora via que tudo estava tranquilo e ele apenas iria entregar uma moça até alguém que deveria cuidar dela. “Tudo tranquilo.... Por que daria errado? Não tem por que dar errado. Vai dar tudo Certo!” Ainda que fosse ficar mais calado, tentaria manter uma falsa animação e confiança para manter a garota tranquila a todo momento. Não se importaria em ir no banco de trás desta vez, mas julgaria silenciosamente o motorista em cada frenagem ou aceleração brusca e desnecessária. Obviamente, continuaria a manter a fachada de humano cheio de cor, ar nos pulmões e possivelmente ansioso para usar o banheiro.

Se encontrasse com o homem que procurava, faria o ritual de endireitar a postura e a boa educação que não tinha. Esperando a permissão para falar. Principalmente caso houvesse mais alguém acompanhando o Vampiro. Também manteria o olhar atento para qualquer mudança naquela fria camada inexpressiva, era um tanto quanto invasivo, mas tentaria ser discreto ao procurar por qualquer mudança na aura de Rivieira na presença de Patricia. (Percepção da Aura/Auspícios 2)
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Mensagem por Fox Ter Jul 28, 2020 7:24 pm

Dezmond Green

Graham respondia a tudo com um sorriso caloroso no rosto. Por alguns momentos, podia-se confundir com um sorriso de desdenho, porém a atitude solícita do subordinado fazia qualquer pessoa pensar duas vezes sobre essa observação. Dezmond, verificando os bolsos mais uma vez, confirma que nada que ele carregava consigo antes estava ali. Mesmo os objetos mais irrelevantes haviam sido retirados. Como uma distração ou até uma forma de passar o tempo com um hábito antigo, ele pede um maço de cigarros.

- Volto em breve! - ele faz um sinal positivo em resposta a Dezmond e se retira.

No curto período de espera, o agora mais calmo Caitiff troca algumas palavras com Patricia.
- Você pode ter notado que eu normalmente sou meio falante, desculpe. Essas situações mais formais me deixam um pouco desconfortável. Mesmo conhecendo esse pessoal, é óbvio que eu não pertenço a esse estilo de vida.

- Não se preocupe, eu também não. - dessa vez a garota responde com poucas palavras.

Em questão de minutos, outro segurança entra na sala segurando uma pequena caixa de papelão do tipo que usam para levar comida. Ele entrega a Patricia, que logo abre, fazendo subir o cheiro de panquecas frescas. Ela imediatamente começa a comer, só parando para oferecer a Dezmond, que provavelmente não aceitaria. Antes de sair, o segurança tira do bolso um maço de cigarros da marca pedida e entrega ao vampiro junto de um isqueiro estampado com a logo do cassino. Mais uma vez, os dois ficam as sós na sala privada. Temendo por ter que esperar em meio ao silêncio, o Caitiff continua fazendo perguntas. A Mortal, por outro lado, está mais interessada na comida, porém para entre uma garfada e outra para uma resposta rápida.

- Nem um, nem outro. Ganho a vida com jobs.

Antes mesmo que a refeição termine por completo ou que a conversa possa se desenrolar mais, Graham retorna chamando os dois para o estacionamento. O homem de cabelo loiro bem penteado escolta os dois até o estacionamento, onde um Renegade preto espaçoso está a espera deles. O carro já tem um motorista, então o segurança entra no banco da frente, deixando os bancos traseiros para os convidados. O grupo parte do Cassino Riviera, seguindo pela avenida movimentada. A noite estava apenas começando e Vegas já brilhava em seu esplendor. Infelizmente, a situação não permitia que Dezmond aproveitasse a vista da viagem. Na noite anterior, ele era apenas um visitante com olhos ávidos e surpresos, agora ele já tinha se metido em problemas o suficiente para estar atento a todo momento e pronto para agir. Era uma pena, já que em NY ele imaginava a estadia na Cidade do Pecado de um jeito totalmente diferente.

A viagem segue saindo das vias principais em direção a uma zona mais residencial. Apesar de tentar parecer calmo, a remanescente desconfiança do Caitiff o deixa na beira do acento, e sua aparência mais humanizada parece fazer seu nervosismo transparecer mais ainda. Contrariando as expectativas, no entanto, o motorista dirige tranquilamente por todo o percurso. Logo, as luzes fortes do centro dão lugar aos postes de intensidade menor e os prédios monumentais são substituídos pelas casas de dois pisos. As ruas nessa região são vazias em sua maioria, poucos carros e muito menos pessoas, mas não era como se o lugar fosse deserto. As residências de boa qualidade exibiam luzes internas, dando a entender que essa era uma região onde as pessoas preferiam se afastar um pouco da agitação noturna.

Após poucos minutos rodando pelo bairro, o motorista se aproxima de uma bonita casa de dois andares. Ela era de uma cor neutra, como era costume na cidade, com uma distância pequena entre a frente e e calçada. Apesar do notável nível do lugar, não era, de longe, o que se esperaria da residência de um proprietário de um grande cassino, então Dezmond só pode imaginar o porquê dele estar ali.

- Chegamos. - anuncia Graham.

O segurança desce do carro e abre a porta para os convidados. Ao saírem, o motorista redireciona para colocar o veículo na garagem. O trecho do quarteirão é composto de casas no mesmo estilo. Algumas com as luzes internas ligadas, outras com carros ainda do lado de fora. Ao chegarem à entrada principal, Graham bate a porta duas vezes e abre para que ambos entrem. O lado de dentro é aconchegante, com cômodos espaçosos mas bem preenchidos com móveis de extremo bom gosto. Mesmo não sendo o cassino, Dezmond não tem como ainda não se sentir deslocado. Ao serem conduzidos à sala de estar, eles se deparam com Riviera aguardando cordialmente de pé apoiado em sua bengala. Seu rosto, como sempre, é impassível, porém sua aura consegue ser lida pelo Caitiff. Ela destaca-se em uma cor pálida escarlate, e é possível ver lampejos de verde e azul claro, talvez proveniente sentimentos mais contidos.

Domínio de Sangue IV - Página 3 With-blog-decoracao-sala-estar-iluminacao-noite

- Boa noite Dezmond. É bom revê-lo. Senhorita.
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Mensagem por Zed Ter Jul 28, 2020 11:05 pm


PS: 07/14
FV: 08/08
OBS: Pesadelo(-1), Pele Ruborizada e Respirando.


Graham era para os padrões de Dezmond uma pessoa muito agradável de se ter por perto, alguém que conseguia lidar com naturalidade, o que não era tão comum visto a tendência do Caitiff em desconfiança. A comida ajudava a tornar Patricia menos propensa ao nervosismo e conversa. – Tudo bem então, fique com seus segredinhos. – Mantinha um tom brincalhão enquanto se aconchegava na cadeira e esperava a chegada do veículo, aproveitava a pausa para fumar um cigarro. – Eu não gosto de comer enquanto fumo. – Respondeu à tentativa de oferecer comida.

Distraidamente observava a fumaça e o isqueiro com o logotipo do cassino. “Eles deviam ter dado isso? E o papo de nada que me identificasse ao chefe?” Não que fosse muito relevante no momento, por isso só guardou os objetos no bolso na barriga do moletom. O cigarro durou mais ou menos o tempo que levaram para aprontar o Jeep.

“Que porcaria é essa?” Não conseguindo esconder a expressão de desgosto e confusão, quis dar uma analisada no veículo. Muito breve, apenas parou de relance para ver a traseira quadrada, suspirou e gemeu com as suspensões altas e balançou a cabeça negativamente antes de subir. O motorista ao menos era bem capacitado. – Sem ofensas, você gosta desse carro? Eu entendo, okay, espaçoso, robusto pra eventuais colisões.... Mas esse visual externo? A aerodinâmica? – Ele não queria dizer, imaginava que talvez fosse soar arrogante, mas não segurou o comentário. – Tipo... Até meu 86 dá um pau nessa geladeira. – Chegando ao destino, Dezmond daria um tapinha no ombro do motorista. – Valeu pela carona man, nada mal. – Não precisava esperar pela resposta, era apenas um elogio educado e merecido.

O ambiente não era exatamente o que esperava, mas era igualmente luxuoso. “Claro, nenhuma armadura antiga ou estatuas de mármore... Mas o lugar é maneiro.” Por meio segundo olhou distraidamente em aprovação para o local, até deparar-se com o Vampiro da bengala logo em sua frente.

- Senhor... – Cumprimentou meneando a cabeça como uma reverencia muitíssimo discreta. – Patricia, você pode sentar e relaxar por um momento, estamos seguros aqui. – Imaginou que por mais que estivesse tomando liberdades que não tinha, o fato seria ignorando naquele momento. Os tons que tinha visto lhe davam a entender isso. O azul tímido, mas muito comum em outras circunstâncias, aquele escarlate não era tão rotineiro, mas sabia que não era preocupante. Já o verde lhe causava uma estranha sensação, já tinha visto tons parecidos em indivíduos mais vivos, e normalmente não eram o melhor dos sinais.

- Nós acabamos nos... encontrando sob circunstancias peculiares. Esperava ter entrando em contato com o senhor na noite passada, mas a dona do estabelecimento foi bem insistente no convite para passar a noite e o dia inteiro ali... – Desviando o olhar para Patricia seguiria a discursar. – Ela torceu o pulso, nenhum outro ferimento aparente, mas precisa de ajuda. Um lugar para ficar... E o eu mais? – Embora ela tivesse mencionado outras coisas, não lembrava de tudo no momento, logo achou melhor dar a ela aa permissão de nomear suas demandas. Também aproveitar para uma rápida checagem em como ela estava reagindo a tudo isso, em especial se havia alguma mudança muito brusca ao ver aquele lugar ou aquele homem.

Contato que ela não estivesse em estado de choque ou algo semelhante, daria maior atenção a Rivieira, voltando a tentar analisá-lo da melhor forma que pudesse. Queria ver como ele planejava proceder com a situação, quais eram seus planos para a garota, o que ele diria a ela e identificar suas mentiras no processo.

Dezmond ainda estava sendo cuidadoso quanto ao que mencionava uma vez que havia uma mortal por perto. Também não mencionava ainda o arranjo feito entre eles, talvez fosse seguro falar, talvez não fosse, na duvida preferia manter a boca fechada.
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Mensagem por Fox Sex Jul 31, 2020 4:20 pm

Dezmond Green

Dos quatro presentes naquela sala de estar, Riviera era o que mais se destacava. Não por sua forma chique de se vestir ou pela incomum bengala que apoiava parte do peso do seu corpo, mas sim por sua aparência atípica. Para alguém acostumado aos Membros, não era de se espantar a pele pálida e a falta dos movimentos mínimos que os humanos faziam de forma automática no dia a dia, mas para alguém ignorante a esse fato, aquele ar frio e olhos vidrados eram o suficiente para produzir um calafrio na espinha. Talvez por estar no grupo dos primeiros, e também pelo fato de conseguir ler as emoções do seu anfitrião, Dezmond se sente tranquilo, até certo ponto, perto daquele predador em corpo de homem. O mesmo não se podia dizer de Patricia, que mesmo com as palavras tranquilizadoras do Caitiff, continua alerta e faz uma recusa silenciosa a relaxar.

- Nós acabamos nos... encontrando sob circunstancias peculiares. Esperava ter entrando em contato com o senhor na noite passada, mas a dona do estabelecimento foi bem insistente no convite para passar a noite e o dia inteiro ali... Ela torceu o pulso, nenhum outro ferimento aparente, mas precisa de ajuda. Um lugar para ficar... E o eu mais?

Riviera levanta uma sobrancelha ao ouvir as primeiras frases. É possível ver em seus olhos que ele está intrigado, o que já era esperado, porém ele segue o diálogo normalmente, esperando que seus convidados deem as explicações. Ao que parece, ele também estava sendo cuidadoso de certa maneira.

- Eu só preciso de um lugar pra ficar por umas noites, só isso.

- Certamente. Algo simples de ser arranjado para um amigo do meu amigo. - Dezmond podia sentir a falsidade no ar. - Graham, gostaria de conversar outros detalhes com o Sr. Green aqui. Poderia servir alguma bebida para nossa convidada?

- Claro, senhor. Por aqui, senhorita.


Graham tenta dirigir Patricia para outro cômodo da casa, mas a mesma trava ao lado de Dezmond. Ela não tinha saído de seu lado desde que o Comando foi dado.
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Mensagem por Zed Sex Jul 31, 2020 5:25 pm


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Ainda que Riviera fosse a única pessoa a chamar atenção pela sua aparência peculiar. Patricia era a única a demonstrar qualquer tipo de desconforto. Ela ainda permanecia comportada o suficiente para não desagradar o anfitrião, mas Dezmond já começava a formular um jeito discreto de tirá-la do cômodo para uma conversa particular, antes que pudesse por o plano em pratica, Riveira já arranjava um jeito de fazê-lo, mas os comandos hipnóticos demonstravam ainda estar funcionando. - Acompanhe Graham, seja educada. (Hipnotizar/Dominação 2) Eu volto a falar com você logo que possível. - Substituiria o antigo comando por um novo imaginando que isso permitiria que ela se retirasse da sala.

Permaneceria com o ar amigável e sorridente enquanto a moça estivesse presente. observando enquanto ela era retirada da sala antes de voltar a dar atenção ao Vampiro. - Eu consegui trazê-la voluntariamente, ainda que ela não saiba exatamente o por que de vir aqui. Imaginei que mesmo ela não deveria saber de nossa conexão previamente. -

Inspirando profundamente, procurou relaxar o corpo e sentar em um assento caso não fosse demonstrado nenhum sinal de objeção, mas preferia ser convidado a fazê-lo. - Como eu disse, eu passei o dia na Boate. Uma mulher me interrogou noite passada, eu não vi o rosto dela, mas ela não conseguiu informação nenhuma. - A idéia aqui não era de fato revelar o que tinha descoberto, mas atiçar a curiosidade dele. O trabalho requeria apenas trazer a prisioneira, informações eram apenas extras, não haviam sido requisitadas e não parecia que Riviera tinha interesse em deixar o Caitiff bem informado. Dezmond não planejava entregar tudo totalmente gratuito, ele não planejava realmente LUCRAR com aquela troca de informações, mas queria ao menos ganhar algumas respostas que imaginava serem fundamentais.

- Acredito que é seguro dizer que minha parte no acordo foi cumprida. Não duvido nem por um momento que você vai cumprir com a sua... Eu posso falar tranquilidamente sobre o que eu vi por lá, mas há algumas coisas que gostaria de saber. Mas sinta-se livre para ignorar as perguntas caso esteja sendo invasivo. - Escolhendo as palavras certas, de forma a não fazer acusações ou teorias absurdas ele quis saber: - O que acontecerá com Patricia? Eu não preciso saber de tudo, eu só quero ter certeza de que ela ficará bem... Eu não gostaria de ter na minha consciência o peso de levar ela a um lugar pior do que o Burning Angel. - Esta última parte saia como um comentário baixo para si mesmo. Seus olhos permaneciam atentos à Riviera uma vez que queria entender as motivações que o levaram a tal pedido. Empatia(Motivações)

- Quanto à Boate, há alguma coisa mais urgente que queria saber antes que eu o aborreça com os relatos? Eu não posso informar exatamente o que foi feito comigo ou com ela, me falta o conhecimento, mas eu posso descrever exatamente o que eu vi, ouvi e senti. Acho que é melhor deixar a interpretação para alguém mais experiente do que eu. - Enquanto dizia isso, sua mente tentava reviver as lembranças da noite passada da melhor forma que podia. Logo de cara as primeiras coisas que saltavam em sua mente eram o enorme clarão de luz que o desacordou e a voz daquela o que o interrogara.
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Mensagem por Fox Seg Ago 03, 2020 2:44 pm

Dezmond Green

Capaz de ler bem a situação, Dezmond dá um novo comando para Patricia para que acompanhasse o segurança. A ordem anterior era pra que ela não saísse de seu lado até ser permitida, então, sobrenatural ou não, a segunda ordem é seguida. Graham gentilmente põe a mão nas costas da garota, conduzindo-a para fora da sala. Sem olhar para trás, os dois entram por uma porta que revela uma grande mesa de jantar e depois seguem para fora da visão do Caitiff, deixando-o as sós com o anfitrião.

Eu consegui trazê-la voluntariamente, ainda que ela não saiba exatamente o por que de vir aqui. Imaginei que mesmo ela não deveria saber de nossa conexão previamente.

- Fez bem. Quanto menos ela saber da situação como um todo melhor. Sente-se, por favor.

Riviera recosta-se no sofá enquanto aponta o acento à sua frente para Dezmond. Este, por sua vez, também se senta, deixando os dois a poucos metros um do outro. A TV, ligada em algum programa de talk show, faz um barulho mínimo, abaixo do diálogo, e as janelas, fechadas e cobertas com cortinas, vedam praticamente todo o som do lado de fora. O Caitiff começa o relato da noite anterior, mas retém-se por um momento. Ele também queria respostas e talvez essa fosse a oportunidade perfeita para tê-las. Seu coração ainda pesava por tratar Patricia como uma moeda de troca e ele queria ter sua consciência limpa antes de declarar o trabalho feito.

- Você fez mais do que cumprir com sua parte. Sr. Green, você superou as expectativas. Levou apenas uma noite para completar o que foi pedido. - Riviera demonstra um raro sinal de apreço. - Agora quanto à garota, quero que você compreenda uma coisa. Ela não é uma mortal comum. Sua própria existência tem um propósito. A pessoa que a manteve presa sabia disso e iria usá-la para fins nefastos. Essa garota provavelmente esteve enclausurada pelo tempo que esteve lá. Confinada e desolada sem nem mesmo saber o porquê. Mas agora que você a tirou de lá, ela pode ter uma vida decente. Entretanto, o propósito dela não irá mudar. O fim dela chegará de uma maneira ou de outra, mas pelo menos até lá eu posso proporcionar a ela uma vida que ela provavelmente nunca teve nem nunca teria.

- Você e eu, por outro lado, podemos continuar nossa aliança. A partir de agora, não me deve mais nada, mas pode continuar trabalhando para mim e eu te recompensarei de acordo. Inclusive, posso lhe dar essa casa como um adiantamento e um voto de boa fé pelo trabalho bem feito.


As palavras de Riviera, apesar de meticulosamente escolhidas, não eram vãs. Dezmond avaliava pela linguagem corporal, que o Imortal falava a verdade. No entanto, ainda havia algo de obscuro naquilo tudo. O Caitiff tinha tirado a vida de Patricia das mãos de uma pessoa simplesmente para entregar de bandeja nas mãos de outra. Claro, era seu trabalho, provavelmente sua vida que estava em jogo, porém isso não deixava as coisas mais fáceis de aceitar.
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Mensagem por Zed Seg Ago 03, 2020 4:01 pm


PS: 07/14
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A dupla de mortais se retirava e a dupla de Vampiros era deixada a sós para suas conspirações noturnas. Aquele era um momento incomum para Dezmond, que estava sendo bem tratado, elogiado e talvez até mesmo respeitado por um de sua espécie. A vida da mortal era realmente entregue de mãos a outra como se não fosse um grande caso, membros mais humanizados poderiam ser contra aquilo, mas na visão do Desgarrado, sua obrigação com ela tinha terminado no momento em que estavam fora daquele clube. Ou ao menos assim ele tentava racionalizar.

- Eu imaginei algo do tipo, mas não consegui detectar nada de especial na garota. – E como havia tentado encontrar, durante todo o trajeto ele imaginou as possiblidades do que poderia ser, mas nenhum sinal tinha ficado realmente evidente. Mas decidiu tomar aquilo como uma verdade, de qualquer forma, não queria pensar muito mais no assunto. “Ela vai ter uma vida melhor do que tinha, é o que importa.”

Quanto a aliança, parceria ou qualquer que fosse o nome que os membros chamasse, Dezmond era receoso a aceita-la, como via de regra tendia a se manter fora dos assuntos dos membros, mas os últimos eventos tinham lhe dado muitas coisas a pensar, entre elas a obtenção de recursos, proteção, influencia e tantas outras coisas que antes lhe pareciam pouco importantes. “Quando eu só planejava viver até uns 40 ou 50 anos, não importava muito... Mas como em teoria eu não morro, acaba necessitando de planos...”

Dezmond olhava o cômodo com uma expressão de “nada mal” antes de decidir. – Okay... Talvez eu estivesse mirando mais baixo, mas não vou reclamar. – Recuperando-se do choque inicial, voltava a focar nos ocorridos da boate. Haveria mais tempo para checar a casa depois.

- Então... Logo que seu funcionário me deixou no local eu entrei sem dificuldade ou suspeita. A segurança não parecia preocupada com Membros entrando no lugar, não tinham câmeras que eu pudesse ver, e o número de seguranças não era necessariamente impressionante. – Evitou detalhar demais a história, focando apenas nos pontos que achava mais importante. – Eu cheguei até a zona restrita e tive de arrombar uma porta, do outro lado tinha só um depósito, por isso achei suspeito, investiguei e encontrei uma passagem atrás de um armário... É onde a historia fica esquisita.

Demorando-se um pouco para encontrar as palavras certas, Dezmond recomeçou. – Logo que eu toquei na porta desta passagem, fui ferido de alguma forma e arremessado do outro lado da sala... Eu vi uma luz fraca desse armário. Não imagino que fosse tecnologia... Eu suspeito que seja magica de alguma forma. -

- Quando eu acordei, tinha sido feito prisioneiro. Uma mulher tentou me interrogar. Eu estava amarrado em uma cadeira e ela ficou nas minhas costas o tempo inteiro. Ela, ou algo que ela carregava, tinha um cheiro de sangue pungente... Eu também senti um aroma peculiar quando ela esfregou o braço em mim, mas fiquei atordoado por uma dor no peito... Como eu disse, não consigo encontrar termo melhor além de mágica. – Novamente morreu em um silencio momentâneo, enquanto relembrava do incidente.

- Ela era familiar com alguns de nossos termos. Ela disse “Vocês Membros” enquanto se referia a mim, o que me faz pensar que talvez não seja uma de nós... Bom, no fim do interrogatório, ela não conseguiu nenhuma informação, apenas perdeu a paciência e disse que decidiria o que fazer hoje a noite, mas durante o dia nossa Mortal não-comum aconteceu de aparecer para cortar as cordas. Eu a ajudei a se livrar dos seguranças que perseguiam ela, e conseguimos escapar até nos encontrarmos com o senhor... Esse foi o resumo da noite passada... Alguma dúvida? – Por um momento se viu em uma sala de aula, mas desta vez na visão de professor. A ideia lhe pareceu engraçada, ao mesmo tempo que nostálgica, fazia um tempo que estava sumido do campus universitário.

Daria total liberdade de Rivieira levantar suas dúvidas, ao mesmo tempo que se esforçava para pensar nas respostas e tentar lembrar de possíveis detalhes importantes que poderia ter deixado de mencionar.

Terminados os tópicos referentes a boate. Achou melhor certificar-se do que havia concordado minutos atrás. – Sobre essa Aliança que eu concordei. O que exatamente você precisaria que eu fizesse? Tenho que seguir algum tipo de horário ou serei chamado apenas quando houver necessidade?... Só pra organizar minha agenda. – Perto do fim aquele ar de seriedade e educação ia sumindo e deixava a impressão de um adolescente em sua primeira entrevista de emprego meio-período. – Sobre a casa, preciso me preocupar com a documentação? Quando eu fui interrogado eles aparentemente roubaram meus documentos, eu não sei se isso gera um problema...?

- As contas vão ser mandadas pra cá? Ou pro seu prédio?... – O que era a forma dele de perguntar se ele precisaria pagar o aluguel e as contas. – O que me faz pensar... Eu tenho dinheiro pra bancar essa casa? – Múltiplos pensamentos começavam a surgir na mente do Desgarrado, muito dos quais não estava habituado, planos, documentos, dividas, contas. “Eu preciso relaxar... Eu preciso de um beck...”
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Mensagem por Yassemine Queen Ter Ago 04, 2020 11:22 am

"- Sim, esta é uma boa ideia. - Disse o Nosferarus. -  Me repasse os nomes das pessoas que você julgar competentes e eu farei o restante. Mas tome cuidado a quem designa a tarefa. Essa situação é muito delicada para se espalhar por aí."

- Ainda estou desenvolvendo minha lista de contatos Senescal, devo sondar com as harpias quem são os investigadores disponíveis, a partir de então selecionar alguém. Contudo, se você tiver uma orientação mais confiável, até mesmo de alguém do seu clã, eu particularmente preferiria, mas sei que não é tão simples, seria bom poder usar seu nome com cartão de visitas.

Yassemine não podia simplesmente assumir todos os riscos, principalmente se tratando de algo que ela ainda não conhecia. Incomodava o fato de ela ainda não ter muitos contatos no local. Mas ela tinha uma carta na maga, embora fosse complicado, ela sabia que certamente alguém da policia saberia os principais responsáveis pelo trafico ou as areas mais importantes nesse sentido dentro da cidade. Seria seu próximo passo, mas ela decide manter isso para si por enquanto. Seria importante para sua visibilidade se ela conseguisse algo assim.

"- Mande uma mensagem para esse número quando precisa me encontrar. Eu retornarei com horário e lugar."

- Ah sim, claro! Obrigada! Irei trabalhar neste sentido imediatamente.

"- Infelizmente os nomes da minha lista estão comprometidos em outras situações. Meus irmãos em especial estão ocupados com uma tarefa importante."

- Entendo! Não se preocupe logo conseguirei alguém a altura!

Montrose faz um aceno em respeito e agradecimento e começa a reunir os itens recebidos. Neste momento, o verme já havia sumido completamente.

Yassemine se aproxima.

- Havia apenas um verme no pacote? Posso ter uma amostra?

- Sim. - Ele balança a cabeça e faz um gesto convidativo para o pacote de droga.

- Se precisar de um pacote... habitado. Eu posso tentar conseguir um e lhe enviar. Mas como eu disse, eles se desintegram após saírem.

- Muito interessante, acredito que necessitarei de um sim. Quando puder pode me enviar um. Mais alguma coisa Senescal?

- Não. Me informe o endereço para onde enviarei. No mais, ficaremos em contato. Conto com sua competência.

- Pretendo eu mesma recolher. Quando tivermos um disponível, eu prefiro vir recolher. Tempo que usarei para pesquisar melhor sobre. Acho que nos entendemos, por enquanto. Obrigada pela confiança Senescal.

Yassemine sairá com a permissão do Senescal e irá procurar a Harpia do Elisum. Enquanto isso ela discava o numero de seu contato na policia, o delegado Thompson.

* Caso ele atenda:

- Delegado Thompson, preciso vê-lo com urgência, você sabe que temos uma conexão profunda e hoje tive uma visão sobre seu futuro, você pode estar correndo perigo, encontre-me nesta localização o mais rápido possível.

A anciã o convida para encontra-la em um local publico próximo ao hotel.

Yassemine Queen
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Mensagem por Fox Sex Ago 07, 2020 2:07 pm

Yassemine Queen

Yassemine termina a conversa com o Senescal e ambos trocam saudações de despedida. A teia de mistérios começava a se revelar sobre a Cidade do Pecado e não deixava de se pôr no caminho da Assamita. Se isso era um problema ou uma oportunidade, cabia a ela decidir. Ela prossegue pelo Elísio enquanto faz uma ligação para um de seus contatos, o delegado Thompson. Há algum tempo, ele já comia na mão da vidente e sempre devia-lhe favores.

- Delegado Thompson, preciso vê-lo com urgência, você sabe que temos uma conexão profunda e hoje tive uma visão sobre seu futuro, você pode estar correndo perigo, encontre-me nesta localização o mais rápido possível.

- Sério?! Meu Deus. Estou de serviço, mas... porra! Estarei aí em 10 minutos.

A isca era mordida pelo delegado. Ele era a fonte perfeita para deixar Yassemine a par de assuntos relacionados ao mundo do crime e ela só precisava jogar as cartas da maneira certa. Mas antes, a Harpia era seu objetivo primário. Harpia não era um cargo de nomeação oficial em Las Vegas, porém a Xerife sabia quem tinha o prestígio da posição, Kyle Jersey. Ele era um compositor famoso tanto entre os Mortais quanto entre os Imortais, e além disso era bem informado e experiente no xadrez social da Camarilla. Um Toreador, claro. Porém, Yassemine logo é informada que ele não estava presente no Elísio no momento, mas que ela poderia encontrá-lo em poucas horas no local.

Rumo à saída, a Xerife passa pelo salão principal. Ela havia dito para que Joe a esperasse lá, fazendo uma proposta tanto tentadora como ameaçadora. Mas ela logo vê que o sujeito não se encontrava no local. Antes dela perder seu tempo, pensando em algo a respeito, um dos seguranças se aproxima.

- Madame, um sujeito pediu para que lhe entregasse isso.

O item entregue é um cartão pequeno. Nele está escrito: "Não pude esperar muito mais. Recebo visitas". No verso, que no caso seria a frente do cartão, há uma logo e uma identificação.

"West Street Cars.
Loja mecânica.

W Desert 53. Las Vegas."

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Mensagem por Fox Sex Ago 07, 2020 7:57 pm

Dezmond Green

DADOS:

Riviera conseguia convencer Dezmond de que aquele plano tinha uma parte nobre por trás. O próprio Caitiff, internamente, tentava tirar o peso de seus próprios ombros, justificando aquilo como parte de seu trabalho. Porém ele, de certa forma, não conseguia deixar de se sentir, em parte, responsável por aquela Mortal. Mesmo assim, a garantia de que ela teria uma vida melhor pelo tempo que lhe restasse convencia-o de que sua decisão tinha sido certa. Com isso posto de lado, o diálogo seu volta para a noite anterior. Ponto a ponto, Dezmond conta a seu "contratante" os detalhes sobre os acontecimentos da noite passada. Riviera escuta com atenção, guardando os comentários para si mesmo até o final do relato. Ele parece não se surpreender com a citação de "magia" e nem comenta sobre o fato, o que leva a crer que ele já tinha suspeitas ou teorias sobre isso.

- Me parece que você teve um encontro com a proprietária daquele buraco. O que me preocupa é o fato dela saber da sua natureza e ter te mantido vivo por tanto tempo. Você foi seguido?

Dezmond havia se preocupado com essa possibilidade e sabia que era muito improvável alguém tê-los seguido sem que percebesse. Ao saber disso, Riviera fica pensativo por uns instantes.

- Sendo assim, tenho que fazer alguns preparativos. Já que eles sabem quem você é, não posso arriscar meu envolvimento. Conseguirei um método de contato mais seguro. Por enquanto, fique fora do radar até que eu precise de você.

Com isso, o Caitiff retorna ao assunto da parceria. Falava como um verdadeiro novato, deixando estampada sua inexperiência. Talvez pelo fato da oferta ter tido um forte impacto em suas baixas expectativas. Riviera parece ignorar o deslize no momento.

- Considere-se como um agente meu. Quando precisar, eu o chamarei. Quanto à casa, pode pôr em um nome laranja se achar melhor. O dinheiro não será problema se continuar trabalhando para mim.

Riviera fazia questão de enfatizar a última frase. Era uma forma dele dizer quem era o chefe daquela relação. Apesar de um da mesma espécie, não havia uma real igualdade ali. Porém, para o Caitiff, isso era mais do que tivera em todos os anos como Imortal. Se jogasse as cartas certas, poderia melhorar seu prestígio em Las Vegas até um ponto onde fosse um pouco mais que uma ralé qualquer.

- Agora eu preciso...

A voz do Membro é interrompida por um forte som de freios no asfalto do lado de fora. Antes de terem qualquer reação, disparos voam pelas janelas da sala de estar, estilhaçando vidros por todos os lados e acertando móveis, paredes e os presentes ali. Riviera é acertado nas costas e é derrubado sobre a pequena mesa de centro, enquanto Dezmond mergulha para conseguir alguma cobertura, sendo atingido na região do abdômen (Escoriado). Em meio ao caos de balas, um estrondo alto de um carro se chocando contra algo irrompe na rua.

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