Vampiros - A Máscara
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Domínio de Sangue III

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Mensagem por Fox Sáb Jan 11, 2020 10:20 pm

Domínio de Sangue III

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É chegada a era do pecado, o tempo do desprezo, a nova idade das trevas. Assim como as noites nunca foram tão iluminadas, assim a alma humana nunca foi tão sombria. As criaturas que espreitam nas sombras só são um reflexo dessa verdade, um lembrete cruel da mácula deixada pelo pecado original. Sintam, pois, o peso da mão divina e o temor que seus antepassados experimentaram um a um em seus julgamentos. Pois um dia houve arrependimento e perdão, mas agora esse tempo já se foi, deixando para trás dor e desespero. O legado eterno também cai, pedaço por pedaço, enquanto aqueles que não aceitaram esse inevitável fim lutam para juntar os fragmentos. Inútil. Tudo vem do pó e tudo volta ao pó. A porta, uma vez fechada, não tornará a se abrir, pois o coração corrompido também deteriora a força. Para os vis, a única saída restante é entregar-se à danação e esperar pela piedade que pode nunca surgir. Um destino terrível, mas justo. Assim diz a Palavra.
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Mensagem por Fox Dom Jan 12, 2020 5:28 pm

Capítulo III - Velhos Hábitos

"Desta noite em diante, os Assamitas devem não mais cometer diablerie sobre membros de outros clãs. Os Assamitas devem comprometer-se a esta aceitação através de uma marca de garantia posta sobre eles na forma de uma limitação taumatúrgica. Todos os membros dos Assamitas devem tornar-se incapazes de beber livremente do vitae de outros Membros até a eternidade." - Tratado de Tiro

TRILHA SONORA:

______________________________

Dezmond Green

Las Vegas, Nevada

O jogo de poker continua. Cerca de meia hora já tinha se passado e a tensão começava a aumentar. Parecia que, mesmo naquela pequena mesa de amadores, ninguém queria sair por baixo. Dezmond havia decidido partir para o contra-ataque. Tinha começado a analisar as jogadas do Big Stack e desenvolvera um perfil para ele. E, para sua sorte, isso não havia lhe custado nada de suas fichas, uma vez que o Desgarrado havia conseguido uma boa sequência de jogos, que o manteve vivo. Agora o plano era apostar tudo em uma só mão, usando a linguagem corporal do adversário para desvendar o blefe.

As coisas parecem estar a seu favor. O nervosismo do final da partida parece ter deixado o rapaz de óculos descuidado, pois seus blefes começam a se tornar previsíveis. Tudo se acerta quando Dezmond recebe do Dealer um par de ases pretos e o sujeito já aumenta antes do Flop. Embora a senhora tenha saído de cara, ainda era a chance de ouro. Ele monta a armadilha e paga a aposta. O Flop é virado: 3 de ouro, 7 de espadas e valete de copas. O sujeito aumenta novamente, claramente esperando que o Caitiff desistisse. Mas, contrariando as expectativas ele paga. O Turn: um ás de copas. O jovem aumenta. Realmente não podia ser melhor. O vampiro reúne todas as suas fichas e declara o all in. Tinha a certeza que seu adversário não tinha nada que superasse sua trinca de ases e uma desistência nesse momento seria uma flechada no seu ego. Ele pensa por alguns segundos e paga. Quando Dezmond está prestes a virar suas cartas, mostrando a vantagem que tinha na mesa, algo lhe toca o ombro.

Uma mão pesada pousa sobre seu casaco parecendo um tijolo de tão grande. O Desgarrado olha para trás, confuso, e se depara com um homem grande, vestindo um terno preto bem cortado, óculos escuros e um ponto eletrônico na orelha. Sua pele é morena e seu corpo largo. Ele intensifica o aperto e outro homem, esse menor e trajado de forma similar, quebra o silêncio.

- Com licença senhor, poderia nos acompanhar por favor?

- Ei! O que é isso? Estamos no meio de uma partida aqui. - o jogador de óculos escuros interrompe do outro lado da mesa.

- Mil perdões senhor. O cavalheiro aqui possui um compromisso ao qual não pode se atrasar. A casa pede perdão pelo inconveniente e cobrirá o valor das fichas em jogo para toda a mesa individualmente.


Todos os jogadores parecem se satisfazer com a situação. O homem que se dirigiu à mesa, possui cabelos curtos e loiros, além de um ar apaziguador. Ele olha novamente para Dezmond de forma inquisitiva e espera sua resposta.
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Mensagem por Zed Seg Jan 13, 2020 5:57 pm


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS:


Sentindo que estava tendo uma melhor leitura do sujeito de óculos. Em certo ponto sentiu-se confiante em uma ótima mão que apenas melhorava conforme as cartas eram reveladas. Bem como os mortais, Dezmond não podia deixar de se sentir ansioso, mas gostava daquela sensação que acabava se tornando tão rara nos últimos tempos.

Estava prestes e baixar suas cartas voltadas para cima quando um estrondo e um puxão o trouxeram de volta ao que acontecia em sua volta. Fitou a dupla de sujeitos bem vestidos com certa desconfiança. E não pareceu melhorar quando subitamente requisitaram sua companhia. “Mas eu não fiz nada...” Ponderou antes de decidir averiguar a aura daqueles dois. (Auspícios 2)

Independentemente do que visse, por hora o melhor a fazer era concordar com a cena proposta. – Bom... Senhores, infelizmente devo me retirar. Seguimos a partida qualquer dia. – Disse em especial ao sujeito de quem quase tomara tudo. Deixando suas cartas voltadas para baixo, mas temendo por um breve momento. “Flush?... Nãh....” Descartou de imediato o pensamento se voltando a dupla a quem estava acompanhando.

- E quem requisita minha presença exatamente? – Perguntou a ninguém especifico já os acompanhando. “Obviamente não vão me dizer muita coisa, mas ao menos isso...” Sua mente se calou por um momento. “Mas eu não fiz nada! O que esse pessoal tá querendo?” Tentava tirar por analise de qualquer símbolo de identificação que pudesse denunciar seu objetivo. “Seguranças do cassino?” Devia ser a opção mais óbvia, mas novamente. “Eu não fiz nada!” Então sentiu que deveria ser algo mais. E um súbito pressentimento lhe ocorreu. “Algum vampiro bolado que eu invadi o território?”

Não fazia tanto sentido especular. O mais importante era manter os olhos e ouvidos atentos a qualquer detalhe. A princípio, queria pressupor que estava seguro em acompanha-los. Mas sua mente paranoica começava a maquinar pensamentos de se ocultar e fugir antes que eles o lavassem para um canto para uma surra, bem como os filmes de Hollywood sugeriam que estava para acontecer.
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Mensagem por Fox Qua Jan 15, 2020 10:23 am

Dezmond Green

Dezmond, ainda que sem saber exatamente o que estava acontecendo, faz seu papel no teatro montado. Os jogadores da mesa parecem engolir as desculpas dadas, ou pelos menos fingem. Não que fizesse tanta diferença para o Caitiff, mas era bom manter a postura. Ele se vira para os dois homens, tentando manter um ar respeitoso, e invoca o Poder do Sangue para perfurar a camada invisível dos seus respectivos espíritos. Sua percepção vampírica lê cada um individualmente, no entanto ambos possuem auras de um azul claro e límpido, sem traços sobrenaturais. Seja lá quem fossem exatamente, ou não tinham intenções maldosas ou conseguiam esconder muito bem seus reais objetivos.

- E quem requisita minha presença exatamente?

- O senhor saberá quando chegarmos. - o homem loiro responde sem olhar para o lado, esboçando um sorriso que, apesar da expectativa contrária, era bem cortês.

Dezmond é acompanhado pelos homens através do salão de jogos. Por suas roupas e seus aparatos, comparando com outras pessoas do local que se vestem de forma similar, eles parecem ser simples seguranças do cassino. Claro que isso era uma leitura simples e ele sabia que na maioria das vezes havia uma carta escondida debaixo da manga. De qualquer forma, não adiantava se desesperar naquele momento. O grupo continua, passando por mesas e caça-níqueis. Os sons do dinheiro circulando fazem o Caitiff pensar na quantidade que ele acabara de perder na mesa de poker. Azar no jogo, sorte no amor, é o que dizem. Eles enfim saem do salão principal, entrando por uma porta dupla metálica com acesso por cartão eletrônico. O cheiro de fichas e whiskey é deixado para trás e substituído pelo odor forte de material de limpeza. O caminho segue por um corredor largo com portas laterais distantes uma das outras e eventuais carregadores de pallet encostados nas laterais das paredes acinzentadas. Os seguranças o levam por mais duas portas, passando por salas de recepção e mais corredores desertos até finalmente chegarem ao destino final. Um cômodo que mais parece um cubículo, com três cadeiras de alumínio e uma mesa de centro.

- Aguarde um instante por favor.

Os dois homens se retiram, o menor deles com o elegante sorriso. Alguns minutos de espera até que a porta se abre novamente, passando por ela um homem de estatura baixa. Ele parece ter algum tipo de condição física debilitada, pois, além do seu corpo pequeno, suas pernas parecem fracas e ele usa uma bengala para se locomover. Porém sua postura denota algum tipo de importância e isso é notório. Ele usa um blazer preto sobre uma camisa de seda vinho e tem cabelos negros penteados para o lado. Ele sorri, se aproxima e senta em uma das cadeiras, pondo a bengala sobre seu colo.

- Boa noite. - ele deixa o silêncio prevalecer por alguns instantes após o cumprimento - Imagino que esteja em dúvida do porque foi chamado aqui e eu vou responder suas perguntas, em breve. Mas antes preciso me certificar de uma coisa. Há quanto tempo você se encontra em Vegas?
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Mensagem por Zed Qua Jan 15, 2020 8:58 pm


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS:


Dez notava que não adiantaria fazer muitas perguntas, então manteve-se em silencio pelo restante do caminho. Com os olhares atentos a qualquer tipo de ameaça, que embora sentisse que viria a qualquer momento, não veio. Não indo muito longe, a preocupação ia aos poucos começando a diminuir. “Não tão me levando pra fora pra me bater. Já é uma vitória...” Mas ainda não se sentia em plena segurança. Ao fim do pequeno tour, fora deixado sozinho em uma pequena sala por alguns minutos. Andou a esmos pelo cômodo, imaginando o que estava por vir. Tateando nervosamente os bolsos a procura de um cigarro e isqueiro para tentar aliviar a tensão.

Quando as portas tornavam a se abrir, Dezmond estreitou os olhos parar mirar a figura, ele não parecia necessariamente perigoso, mas passava um ar de importância que o incentivava a manter a boa educação e instigava sua curiosidade. Tentou vislumbrar da Aura que tal figura podia emitir, mas já imaginado uma tonalidade mais pálida do que o normal. (Auspícios 2)

Ao ser questionado, expressou claramente sua confusão. Começando a contar nos dedos enquanto forçava a memória. – Umas... 3 ou 4 noites? – Respondeu, mas com um tom de como quem perguntava.

- Não tive a oportunidade de conhecer muita gente por aqui. Eu sou Dezmond... Dezmond Green, e você é?... – Deixou a lacuna para que o anfitrião lhe respondesse enquanto deixava a mão estendida para um aperto e uma introdução formal.

- Afinal, por que eu fui chamado? – Mantinha um tom sereno e humilde enquanto falava. – Fiz alguma coisa de errada? – novamente batendo nos bolsos, procuraria pela carteira de cigarros e oferecia ao sujeito. – Aceita? – Em caso de recusa, voltando a guardar o objeto.
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Mensagem por Fox Dom Jan 19, 2020 7:44 pm

Dezmond Green

- Dezmond Green...

O senhor repete as palavras consigo mesmo com um olhar pensativo e aéreo, ignorando a pergunta e a mão estendida. Dezmond tinha razão em sua expectativa. A aura daquele homem era pálida como a pintura desbotada de um apartamento velho. Ele também consegue perceber as cores que a contornam, o que inclui azul claro, verde, escarlate e magenta. É uma mistura bem heterogênea, de forma que nenhuma se destaca muito das outras. A interpretação das emoções em relação ao que o homem queria naquele momento era um desafio que ainda permanecia ao Caitiff, no entanto, ao lidar com Membros, nada era tão simples.

- Ah sim. - diz ele, voltando a si depois de Dezmond questioná-lo mais uma vez - Você está aqui pelo seu descuido ou, como posso perceber melhor agora, pelo seu desconhecimento. - ele estende a palma de uma das mãos em negação ao cigarro - Serei direto, já que estamos entre iguais aqui, pelo menos a nível de espécie. Nossa sociedade tem regras estritas, como você já deve saber, no entanto, quando as circunstâncias exigem, novas podem ser criadas. Las Vegas é um território que se encaixa nessa situação. Os superiores podem não ter tido a decência de lhe deixar a par, e eu imagino o que tenha deixado eles desleixados assim, mas a lei não deixa de existir por desconhecimento. E já que meu Domínio é ameaçado quando ocorre essa violação, eu me sinto na obrigação de cobrar o débito. - ele faz mais uma pausa, passando a bengala de uma mão para outra enquanto cruza as pernas. As palavras seguintes são bem pontuadas - Membros não jogam poker nessa cidade. Sei que na sua breve mente deve ter surgido a brilhante ideia de ganhar dinheiro fácil, quem sabe usar algum de seus dons e sair com uns dólares a mais na carteira, no entanto aqui, onde as cartas e as fichas são tão visadas, isso é um risco à nossa existência... Veja, eu não tenho a intenção de te levar à corte, mas os anos me ensinaram que a punição é a melhor forma de ensinamento, principalmente para as crianças. Imagino até a possibilidade da falta de informação ser intencional, uma forma simples e justificada da Torre se livrar de visitas indesejadas. Mas por sorte, estou precisando de alguém para uma tarefa, algo adequado para um sujeito como você. Sendo assim, você escolhe ter uma dívida comigo ou deixa que a Camarilla decida seu destino.
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Mensagem por Zed Ter Jan 21, 2020 11:35 pm


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS:


Por um breve instante, a dupla de vampiros se olhava distraidamente. Dezmond focando sua atenção nas cores bruxuleantes de tons tão distintos que se misturavam de forma caótica, porém bela. Seu transe apenas terminava ao ouvir novamente aquela voz ecoar tranquilamente, como um adulto ensinando algo óbvio a uma criança. Ainda que fosse desagradável ser tratado como um ignorante, sentia e sabia que não podia contestar o que lhe era explicado de tão boa vontade.

Não conseguiu, ou não quis, esconder a surpresa quando descobriu a ilegalidade nos jogos. Porém passado o choque, conseguia compreender o motivo. Ainda que não deixasse de ser um tanto quanto cômico. “Humanos proíbem os jogos de azar em quase todo o país, liberam em uma zona especifica, e nelas os vampiros são proibidos... Foda-se a lógica.” Quis rir, mas se conteve.

Por habito pigarreou antes de falar, enquanto aproveitava para endireitar a postura, tentando passar um ar de seriedade e polidez que não lhe eram típicos. – Obrigado por não tornar isso um problema maior do que o necessário. – Referiu-se sutilmente a evitar uma corte. Mas ao mesmo tempo a divida e o trabalho eminente o preocupavam. – Ficarei feliz em ajudar, se assim puder. – O que não era bem uma verdade, principalmente pela menção de “Sujeito como você”.

- Mas antes de falarmos disso. Há mais alguma lei ou tradição local que possa estar desacostumado? O ultimo de meus interesses é em sair por aí quebrando regras, principalmente quando não as conheço. – Esperava que aquele não fosse um abuso da boa vontade do anfitrião, por qualquer que fosse o motivo, sentia que qualquer palavra dita que fosse mal interpretada poderia causar sua morte.

Obtivesse ou não a resposta, poderia seguir com os assuntos mais urgentes. – E o que o senhor...? – Mirou o sujeito, com a boca entreaberta com uma pausa breve, esperando que ele tivesse a gentileza de se identificar. – ...Deseja que eu faça? – Esperou então pelos detalhes de seu trabalho.
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Mensagem por Fox Sex Jan 24, 2020 11:54 am

Dezmond Green

O homem solta uma leve sorriso ao ver Dezmond colocando pompa em seu discurso. A reação cessa em um instante, além de ser difícil discernir o que ela realmente significou. Talvez deboche, talvez surpresa. De toda forma, ele retorna à sua seriedade, escutando atentamente às palavras do Caitiff. Quando as leis são citadas, ele endireita-se na cadeira, como se isso fosse uma ação penosa e cansativa.

- Pelo seu discurso, imagino que esteja ciente das Seis Tradições. Não vou me dar ao trabalho de relembrá-las caso não esteja. Além destas, há mais duas, e eu sugiro fortemente que você não viole a primeira, já que a segunda está além de suas capacidades. - ele olha-o de cima a baixo - Primeira, nós não nos alimentamos de donos de cassino. Segunda, há um limite de gasto em jogos de azar no valor de dez milhões de dólares por noite.

Dez milhões de dólares. O valor citado tão levianamente é como um soco no rosto de Dezmond. Isso o faz lembrar que ele está em Vegas, onde o dinheiro corre como água em um rio largo. Aqui, o poder aquisitivo dos magnatas era tremendo e notas de 100 eram como centavos para eles. E imagine a capacidade dos Membros com acesso a tanta grana. Sua inferioridade, mediante tudo isso, ficava estampada.

- Refira-se a mim como Senhor Riviera. Ou Chefe Riviera, como você preferir. - diz o homem, fazendo uma alusão clara ao cassino em que estavam - O que proponho é simples. Há uma boate low profile na periferia da cidade. Burning Angel. Má frequentada, eu diria. Jovens sem propósito e o restante de ralé que vê entretenimento naquele lugar sujo. A anfitriã do lugar é uma asiática mestiça. Tina Angel, é como a chamam. Se ela é um Membro ou não, isso ainda está para ser respondido, porém é fato que ela tem conhecimento privilegiado. Minhas fontes garantem que ela mantém uma pessoa presa na boate, uma mulher loira de traços finos e origem germânica. Meu pedido é que localize a prisioneira e a resgate, trazendo-a até mim. Não preciso dizer que suas ações não devem se ligar a mim em hipótese alguma, então ficarei muito ressentido caso o faça. - ele dá uma pausa para enfatizar a frase anterior - Dito isso, você pode usar os meios que achar melhor, embora eu indique a cautela, já que falta informações sobre aquela que se põe a frente de nosso objetivo. Caso obtenha sucesso, esqueceremos seu pequeno deslize e, caso se mostre útil, quem sabe isso não pode se tornar uma associação.

- Caso não tenha mais dúvidas, seu dinheiro do cassino será devolvido. Um de meus empregados poderá lhe levar até o endereço do local ainda esta noite, se assim quiser.
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Mensagem por Fox Sáb Jan 25, 2020 11:40 am

Abigail

Las Vegas Airport, Las Vegas, Nevada

O jato particular viajava à noite, guiado por dois pilotos particulares contratados em New York. A capital do mundo havia sido deixada para trás, decisão influenciada por anseios de status e poder. Abigail tinha novos planos para sua não-vida, o que incluía a escalada na Torre de Marfim, o que por si só não era tarefa fácil. Entretanto já era hora da Tremere mostrar ao seu clã que seu valor era maior do que os tradicionalistas pensavam e que seu Senhor não havia escolhido-a por acaso. As luzes de Las Vegas já começam a brilhar, colorindo o céu noturno. A cidade do pecado tinha sido o destino escolhido. Um lugar onde o dinheiro imperava e as oportunidades brotavam. Claro que o jogo de poder nunca era simples, mas era facilitado quando o território permitia Abigail usufruir de seus pontos fortes. Bloqueios financeiros, chantagens e traições, tudo estava ao seu alcance, e ela não hesitaria em usá-los para se favorecer.

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Um contraponto para todas essas maquinações era a garota no princípio da adolescência sentada no banco ao lado, dormindo confortavelmente. Seus olhos fechados lhe davam um toque a mais de inocência e Abigail não consegue deixar de pensar no que significaria aquilo tudo para ela. Magnólia abre os olhos e, instantaneamente, se encanta com o que vê pela janela do jato. As luzes, os prédios, os monumentos, era tudo diferente, e lindo. Seu rosto maravilha-se, preenchido de excitação.

- Uau!

Em pouco tempo, o veículo pousa no Las Vegas Airport. O aeroporto internacional estava lotado de voos, podia-se notar. Como uma cidade turística, pessoas iam e vinham a todo momento, o que podia ser dito também dos vampiros, por isso a indústria de transporte estava sempre atarefada. O piloto manobra até a área remota, onde há o desembarque. O copiloto, de sobrenome McDowal, ajuda as senhoritas retirarem as poucas bagagens que trouxeram. Elas seguem por uma rota particular da zona de desembarque, deixando os pilotos cuidando das questões burocráticas da aeronave. Uma funcionária local checa os passaportes e, logo, mãe e filha estão na zona comum do aeroporto. Aqui, várias partes são tematizadas, como a esteira de bagagens (com os números e cores da roleta), os bancos (pintados com as cartas do baralho) e as placas de identificação (com símbolos dos caça-níqueis). Magnólia, surpresa, solta um comentário, rindo.

- Que cafona! - ela olha para Abigail - E então, pra onde vamos?
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Mensagem por Abigail Sáb Jan 25, 2020 8:08 pm

Vejo Magnólia sentada na poltrona ao meu lado. Como um anjinho ela havia dormido a viagem toda e agora a depressão do vôo de aproximação da pista a fazia acordar. Então percebo que um singelo sorriso havia se formado em meu rosto enquanto eu a admirava. Ver ela maravilhada com as luzes da cidade me trazia algum tipo de contentamento, não sei porque... mas eu olho para essa menina e sinto um desejo de vê-la bem, de protegê-la e desejo a sua felicidade... Alguns em meu mundo de trevas dizem que isso é uma fraqueza. Mas eu discordo. Ela é uma âncora que me mantém firme em meus propósitos e me protege de um mau maior que habita dentro de mim mesma. A Besta... Sim, Magnólia é um motivo pelo qual eu luto noite a noite para evitar a perdição, a queda vertiginosa na escalada da humanidade que seria facilmente embalada ladeira abaixo se eu desejasse usar todas as cartas disponíveis para alcançar o que eu quero... de fato, às vezes é bom ter um limite em nossas ações, mesmo que seja devido às consequências que elas podem trazer às pessoas com quem nos importamos...

Embebida com esses pensamentos eu nem havia percebido que o trem de pouso do jato tocava a pista, as turbinas a jato iniciavam o fluxo reverso para ajudar na frenagem e pousávamos em segurança. Mangólia empolgada com a cidade nova e eu também. Poderíamos dizer que éramos duas adolescentes chegando em Vegas... sim! Vegas!

Agradecia ao piloto pela ajuda, já que ele não tinha sido pago por aquilo e, mesmo que tivesse, ainda assim eu o faria. Nâo sou uma milhonária mal educada... Então, lá estávamos no saguão do aeroporto. Magnólia fazia um comentário e eu era obrigada a concordar com ela:

- Que cafona! - ela olha para Abigail - E então, pra onde vamos?

- Concordo plenamente! Mas parece que somos as únicas a discordar, pois a maioria dos turistas parecem estar gostando...
Respondia sorrindo para minha filha. Então desfazendo o sorriso dizia: - Vamos para um apartamento que aluguei. Tenho certeza que você vai gostar! Fica perto de tudo! É bem localizado.

Eu contratei uma cegonha para trazer o meu carro, então enquanto ele não chega terei que usar aplicativo de carona ou táxi... Será que Uber opera aqui? Ah sim! Deixe-me aproveitar e olhar  as horas no celular para certificar-me de quanto tempo ainda disponho nessa noite...

- Vamos para o estacionamento? Dizia chamando a garota para tomarem o carro.
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Mensagem por Fox Seg Jan 27, 2020 8:36 pm

Abigail

Abigail estava certa em suas palavras. De fato, todos gostavam do ambiente. Apesar de aeroportos, em sua maioria, serem tediosos e sinônimo de estresse, este em particular parecia ter uma aura única, algo que fazia todos ao redor ficarem maravilhados. O contentamento coletivo podia até lembrar um dos artifícios vampíricos, o qual a Tremere ainda não possuía domínio. Outra sensação que o lugar dava, era a de aperto. A cada minuto, pessoas iam e vinham como uma manada, e não seria estranho se perguntar se aquele prédio não possuía limite de pessoas. Um pequeno acidente ali podia gerar um problema muito maior se o pânico se alastrasse. De qualquer forma, as coisas pareciam tranquilas e, para as duas recém chegadas, os pensamentos, por ora, eram positivos.

Mãe e filha cortam a multidão. Magnólia leva uma mala de viagem rosa e uma bolsa de couro, no maior estilo patricinha rica. A idade e o conforto da vida abastada lhe davam esse aspecto, embora Abigail soubesse que ela era muito mais que isso. Leva alguns minutos até que ambas consigam sair do prédio labiríntico. Na verdade, em um dia comum, seria fácil se localizar e encontrar um caminho até o destino desejado, no entanto, hoje, a superlotação deixava os percursos mais longos. Enfim no estacionamento, a fila de táxis com suas clássicas pinturas amarelas se estende por vários metros. Meio de transporte não era um problema. A hora no celular indicava que a viagem de jato somada ao tempo no aeroporto havia tomado pouco mais que a metade da noite. Levando em conta o caminho até o apartamento, sobraria cerca de 4 horas até o pôr do sol.

- Nossa, não esperava ter tanta gente assim. É sempre assim aqui?
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Mensagem por Abigail Seg Jan 27, 2020 10:48 pm

- Metade da noite, hein... Pelo visto a apresentação vai ficar para amanhã, até porque preciso checar um dos refúgios com algum horário de folga antes do amanhecer...

- Nossa, não esperava ter tanta gente assim. É sempre assim aqui?
A pergunta dela me pegava justamente pensando nesse ponto. -Eu escolhi vir para Vegas pensando no fato de que fosse menos visada que Nova Iorque. A quantidade de turistas é realmente surpreendente. Uma deixa de que minha escalada aqui não vai ser nada fácil e nem tão rápido. Mas para quem já esperou 200 anos...

- Confesso que eu também não estava esperando por tanto movimento. Até parece que o mundo inteiro resolveu visitar Vegas. Vamos ver como nos saímos nesta cidade, Mag!
Procuro um táxi para sair logo daquele formigueiro de pessoas. Assim que encontrar um carro no jeito coloco as minhas bagagens e de Mag no porta malas. Diferente da mala rosa dela, a minha é preta. Ela diz que eu tinha que ser um pouco menos careta. Vê se pode isso?! Às vezes eu até cedo aos caprichos dela e uso alguma coisa que ela insiste. Reconheço que minha filha é um ótimo sensor de moda. Através dela eu economizo tempo de pesquisa na internet para saber o que está na moda e, assim, me passar por uma mortal com mais facilidade.

Após guardar as nossas malas entrarei no banco de trás junto de Mag e informarei ao motorista o endereço do nosso destino.

- Aproveitarei o tempo de viagem no táxi para checar a localização e o tempo de deslocamento até a minha mansão, o elísio e a capela Tremere em Vegas.
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Mensagem por Zed Ter Jan 28, 2020 11:10 pm


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS:


Dezmond ouvia em silencio até seus olhos berrarem de espanto à menção do valor que parecia- tão insignificante quando dito naquela voz, mas que o Desgarrado sequer sabia medir em espaço físico. – Então certamente não haverão novos incidentes. – Comentou brevemente ao fim do assunto e tornou a se calar para ouvir sobre a empreitada logo adiante.

- Hmm... – O trabalho não era de todo ruim. Claro que não se atrevia a imaginar que seria um passeio no parque. Mas a ideia por detrás de tudo lhe parecia atrativa. “Salvar a menina em perigo dos sequestradores”, podia até pensar que estava fazendo algo nobre, se não soubesse mais sobre sua própria espécie. – Essa garota, qual o interesse nela? Alguém a mantêm prisioneira, o senhor se dispondo a mandar alguém ao resgate, ela tem ou deve saber de algo atrativo... – Tentou obter algum tipo de reação (Empatia/Motivações), e ao mesmo tempo se atreveu a uma suposição simples. – Ou isso é, para o senhor, apenas pelas informações sobre a tal Tina Angel? – Fez questão de repetir para manter bem gravado o nome.

Independente do que visse ou ouvisse, Dezmond continuava a ver-se como adequado para a missão. “Tirar uma moça da boate em um nível elevado” Tentou pensar de forma positiva. – Certo, vou checar o local. Alguma foto da garota que estou procurando? Para evitar qualquer engano inconveniente. – Ou qualquer tipo de forma única e garantida de distingui-la de outras possíveis prisioneiras com traços semelhantes. “Quantas prisioneiras vão ter lá?” Se pegou imaginando por um momento, mas sem deixar as duvidas exteriorizarem. Considerando todas as circunstâncias, qualquer ausência de informação certamente podia ser parte do grande experimento de Riviera ou apenas clara falta de confiança, então não se prestou a fazer perguntas bestas que não teriam respostas.

Despedindo-se do vampiro, se encaminharia até o empregado em questão e aguardaria que fosse feita a parte dele do acordo. Durante o trajeto, aproveitaria para criar um disfarce. Uma precaução extra para caso tudo desse errado na boate. (Ofuscação 3)

Disfarce:

Pediria para estacionar com certa distancia do local. – Quero ver a segurança e o prédio por fora antes de entrar... – Explicou pressuroso antes de ameaçar descer do carro, mas resolvendo tentar um pequeno pedido voltou-se sorridente ao condutor. – Não tem chance de emprestar esse carro por essa noite, tem? Eu levo de volta com a garota logo, logo. – Não fazia mal tentar.

De qualquer forma, o que realmente precisava fazer era andar um pouco pela rua da boate, observando a construção, procurando por entradas e saídas extras. Uma janela aberta para uma fuga de emergência, ou uma porta dos fundos por exemplo. Também checar o numero de seguranças, bem como o nível de equipamento e preparo. Querendo evitar chamar qualquer atenção enquanto observasse o horizonte abobalhado, se aproximaria das paredes escuras e desertas para se ocultar nas sombras. (Ofuscação 2)
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Mensagem por Fox Qua Jan 29, 2020 3:24 pm

Abigail

O primeiro táxi que Abigail se depara é de um senhor negro, careca e de bigode vasto que já perde a cor. Ele está sentado casualmente no capô de um dos modelos clássicos e se oferece gentilmente para colocar as bagagens no porta malas assim que as moças o abordam. Todos entram no carro e logo estão rodando pelas ruas fora do aeroporto. Em poucos minutos, já se pode notar algumas semelhança entre a metrópole deixada pela Tremere e a recém chegada. Ambas tem um aspecto vivo, mesmo à noite, no entanto a Cidade do Pecado dá a impressão de que todas suas ruas são assim, diferente de New York, que se divide entre os bairros de prestígio e os decadentes. A impressão que se tem ali é que tudo faz parte de um grande centro urbano, mas, apesar do que se acha, Las Vegas não é tão grande assim. A cidade divide a área urbana com regiões censitárias e outras cidades do Condado de Clark, portanto sua área se torna pequena se comparada a outros centros de igual importância.

Enquanto o táxi roda, Abigail aproveita para verificar algumas informações online para planejar suas próximas noites. Como suspeitava, a maioria dos pontos de interesse ficavam próximos uns dos outros, com exceção da Capela Tremere, que se localizava em um ponto mais afastado e discreto ao norte da cidade. Típico dos Feiticeiros. Com um trânsito pesado, era possível ir da mansão até o The Mirage em 40 minutos, dobrando esse tempo se substituísse o cassino sede do Elísio pela Capela. O planejamento tinha sido bom apesar de tudo. Enquanto isso, Magnólia tagarela sobre coisas simples. Fala sobre as amigas que não quer deixar de falar, as coisas que esqueceu de trazer de NY e o que planeja fazer com o tempo livre. Ouvindo aquilo tudo, era quase como se a Tremere fosse uma pessoa comum. Uma mulher com seus negócios, família e preocupações humanas. Entretanto esses sentimentos não costumam durar na vida imortal.

Quase como de súbito, Abigail nota algo na sua visão periférica. A princípio é só uma sensação, mas, passado algum tempo, percebe-se que um veículo específico parece estar sempre na sombra do táxi. Ele está distante e os faróis ligados dificultam a visão para identificar o motorista, mas o modelo e a placa dão forte indícios de que este carro está os seguindo. Magnólia, assim como o senhor ao volante, parecem ignorantes à situação, uma vez que a persecução é feita com maestria.
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Mensagem por Abigail Qui Jan 30, 2020 11:58 pm

Não demora e eu noto a semelhança entre Vegas e Nova Iorque.
- Essa cidade... é mesmo muito movimentada... que coisa impressionante! Deve comportar um bom número de membros pela quantidade de turistas e pessoas ativas mesmo durante o período noturno...

Enquanto checo as localizações da capela e do Elísio chego à seguinte conclusão: - Pode ser que dê tempo de ir à Capela ainda hoje... O elísio ficará para amanhã... Enquanto isso percebo que Magnólia, naquela noite, estava bem tagarelinha... - Por Cain! Como essa menina conversa! Nem me lembrava como era ser adolescente! Se bem que... pff! Na minha época... Meus pensamentos voltavam quase 200 anos no tempo. Reconhecia que era bem melhor ser uma garota adolescente nos dias atuais do que em minha época. - Engraçado... e pensar que todo mundo daquela época já morreu... Mas não trocaria minha experiência de vida por uma vida de uma garota comum como Magnólia. Por outro lado... apenas torço que ela tenha uma vida normal.... só não sei como eu e ela vamos lidar com o fato de quando olharmos uma para outra e o rosto dela estiver enrugado e o meu não... Enquanto pensava nessas coisas retirava um pequeno espelho de dentro da bolsa, checava o batom na cor rosa escuro e dialogava com Magnólia. - Essas mudanças são uma ótima oportunidade para você descobrir quem realmente são as suas amigas... as falsas amizades não irão resistir ao tempo e à distância. Além disso, você terá oportunidade de fazer novas amigas.... e o que estiver ficado em Nova Iorque, talvez você busque outro dia, se for importante... Podemos voltar para lá...

Ainda antes de guardar o espelho o seguro firme à minha mão enquanto noto algo errado. Não demoro para perceber que estávamos sendo seguidas.
- Mas que diabos é isso? Colocaram detector de calor no aeroporto e ainda me acharam no meio daquele alvoroço todo? Mas detectores de calor são tão... raros, pra não dizer outra coisa! Ou seria por outro motivo?
Olho para Magnólia e o motorista e vejo como suas atenções estão dispersas com coisas alheias ao carro que nos segue. Apanho o notebook como quem queria checar algo rápido e importante no momento enquanto digo ao motorista:
- Moço, será que o senhor pode desviar a rota e dar uma passadinha nas avenidas mais movimentadas da cidade? Estamos empolgadas e queremos ver o que ainda funciona a essa hora e o quanto de pessoas e carros há nas ruas...
- Vamos ver... será que o sistema de controle de tráfego de Vegas pode ser acessado? Um sorriso muito discreto, quase imperceptível surge em meu rosto.- Se o controle de tráfego puder ser acessado online irei fechar o semáforo atrás de nós em uma esquina movimentada com a intenção de provocar um acidente nesse carro que nos segue ou apenas impedir sua travessia enquanto abro caminho para o nosso táxi e desaparecemos cidade a dentro...
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Mensagem por Fox Qui Fev 06, 2020 11:48 am

Dezmond Green

Dezmond era esperto o suficiente para saber que atos de heroísmo sempre ocultam segundas intenções. Claro que estas podiam ser de qualquer origem, boa ou má, por isso sua curiosidade era externada ao seu novo "empregador", tentando fazer parecer uma dúvida casual. Riviera, no entanto, não parece tomar a pergunta com a sutileza com que ela foi feita, embora ele ainda mantenha a compostura.

- Sugiro que se concentre no que você tem que fazer. Na sua posição, eu não me daria ao luxo de ficar fazendo suposições.

Apesar do tom levemente ameaçador, o rosto de Riviera é impassível. O Caitiff só consegue extrair as conclusões que ele já tinha feito anteriormente. A moça sabe de algo útil ou ela em si é importante. Um ou outro, o que Dezmond tinha que fazer não mudava, pelo menos por enquanto. Para ele estava de bom tamanho seguir com o plano de boa ação enquanto isso fosse a verdade que ele soubesse.

- A descrição é a única coisa que posso fornecer. Repito. Uma mulher loira de traços finos e origem germânica. Magra de olhos azuis claros. Não haverá engano. Agora vá. Meus funcionários lhe orientarão daqui pra frente. Boa sorte.

Riviera permanece sentado na sala, pensativo, enquanto Dezmond sai. Do lado de fora, os mesmos homens que o escoltaram, o aguardam à porta. O homem loiro, esboçando um sorriso, entrega-o um envelope contendo a quantidade exata de dinheiro que ele havia convertido em fichas no cassino. Não houve vitória nem derrota no jogo essa noite. E nem haveria nas seguintes, pelo menos nas mesas de póker de Vegas. Apesar do fato de estar indo fazer o trabalho de outra pessoa, o Caitiff se sentia aliviado por sair dali ileso. Quer queira quer não, sua linhagem era renegada, e injustiça era algo que já se era esperado em sua direção. Por isso, mesmo tendo sido jogado no jogo sujo dos Membros, era raro ser tratado com benevolência.

Os três caminham pelos labirínticos corredores internos do Hotel e Cassino Riviera até chegarem a uma área reservada do estacionamento. Desse local, apenas o homem moreno de corpo largo acompanha o vampiro. Ele o leva até uma discreta mini van que mal comporta seu corpanzil. Dezmond se acomoda e ambos partem de volta para a noite de Vegas. O sujeito mantém seus óculos escuros e não conversa durante a viagem. Na verdade ele nem olha para o Caitiff, de forma que nem percebe (ou finge não perceber) quando o manto da Ofuscação toma seu corpo e muda suas feições. O veículo roda por vários minutos, passando por prédios, ruas e estabelecimentos de diversos tipos. Aos poucos o ambiente começa a mudar. As luzes começam a perder o brilho e a intensidade, e, embora ainda se reconheça a identidade visual da Cidade do Pecado, nota-se que o glamour nessa região é bem menor. "Estamos chegando!", a voz grave anuncia. Dezmond pede para que o segurança estacione um pouco distante e ele assim o faz, no entanto ele rejeita o pedido para emprestar a van.

- É melhor você não ter nada que o ligue ao chefe. Boa sorte.

O Desgarrado estava sozinho afinal. Não era muito diferente das noites normais. Estava sempre rodeado de amigos, mas quanto deles eram realmente próximos? Nenhum. Era só um tipo de solidão diferente. De qualquer forma, ele se concentra no que veio fazer aqui. O manto de sombra o encobre e ele começa a se aproximar da boate para averiguar o movimento. Era um lugar de pouco requinte. Não fosse o letreiro em neon roxo, as palavras Burning Angel com asas em chamas nas laterais, e o aglomerado de pessoas na frente, podia-se imaginar que esse lugar fosse um galpão comum. Porém o lugar tinha um charme rústico, algo que atraía o coração jovem do neófito. Ele observa atentamente. O térreo possuía duas entradas: a principal, de portas duplas negras guardadas pelo leão de chácara; e a lateral, de porta simples com uma placa superior indicando a permissão apenas para funcionários. Não havia saída de incêndio, contrariando todo protocolo de segurança. O único segurança a vista era o da entrada, com visual descolado e um walkie talkie preso ao cinto, mas era fácil imaginar que existissem mais dentro. Também era possível supor que ele portava alguma arma de mão escondida sob a jaqueta ou algo do tipo. O andar de cima não era acessível, mas possuía vários janelões fumê, pelos quais era possível notar o jogo de luz interno. O beco que dava acesso à entrada de funcionários acabava numa parede, de forma que os fundos da boate não era acessível por lá.
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Mensagem por Zed Qui Fev 06, 2020 5:43 pm


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS:


Riviera não tinha intenção de revelar qualquer que fosse seu interesse na moça. E a ameaça discreta foi mais do que suficiente para fazer com que o Caitiff acenasse a cabeça em concordância e fechasse a boca para evitar qualquer comentário que pudesse ter um tom desagradável. Saiu da sala com apenas uma reverencia discreta e enfim relaxou quando deixou a presença do vampiro. Literalmente se via capaz de respirar naquele momento, ainda que de uma forma forçada.

O momento se tornou ainda mais agradável ao receber o dinheiro de volta. – Valeu colega. – Disse ao retribuir o sorriso do loiro. Caminhou com a dupla enquanto se ocupou de guardar o dinheiro na carteira, amassar o envelope vazio e procurar uma lixeira para jogá-lo.

Não muito depois já se via próximo do clube naquela zona de aspecto mais precário. E embora achasse que o pedido pudesse ser mal interpretado, se viu surpreso com a sagacidade do brutamontes. – Não tinha pensado nisso, bem observado... Bom, boa viagem, até qualquer hora. – E então saiu para averiguar a segurança externa. “Não parece excessivamente seguro. Ao menos não do lado de fora, entrar não deve ser um problema...” Imaginando isso foi em direção a entrada do clube, entrando na fila e se mantendo exposto, ainda que disfarçado.

Pretendia esperar pacientemente, checando o horário no celular e se certificando que havia tempo para cumprir a missão e entregar a garota antes do sol nascer. “Também é bom começar a procurar um refúgio permanente. Ficar no trailer ou em hotéis baratos toda noite não é lá muito seguro....”

Chegando sua vez de entrar, Dezmond não se oporia a qualquer revista ou checagem de documentos e usaria do tempo para dar uma boa olhada no segurança da portaria, pensando que poderia vir a usar sua aparência posteriormente. Tinha uma identidade muito bem verdadeira de origem irlandesa, mas com uma foto de quando tinha 16 anos. As alterações podiam ser facilmente justificadas com o passar do tempo e maior atenção com a aparência. E a data de nascimento lhe daria passagem legal a qualquer clube americano.

Uma vez dentro do local, iria perscrutar o interior a procura de novos seguranças, da moça germânica, ou da própria asiática dona do clube. Não iria se manter parado em um único local, podia atrair suspeitas, andaria pelo clube, como qualquer mortal tentando aproveitar a noite. Apreciar a música e balançar sutilmente o corpo no ritmo da batida. Ir para a fila do bar e esperar sua vez, pedir um drinque complexo que pudesse requerer tempo era um ótimo jeito de manter as aparências enquanto procurava seus interesses, e também por portas e escadarias, fossem para um andar superior ou um subsolo. “Se ela for uma prisioneira, não deve estar aqui exposta... A menos que esteja sob dominação.... Ou que não seja bem uma prisioneira...” Tentava não deixar o pensamento correr muito solto, se não logo estaria bolando teorias de conspiração muito complexas. Por um momento sentiu certa saudade daqueles sonhos premonitórios desastrosos. Imaginou que se pudesse forçar as visões, agora seria um ótimo momento para acontecer.
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Mensagem por Fox Sex Fev 07, 2020 9:51 pm

Yassemine Queen

Las Vegas, Nevada

Era engraçado pensar em como as coisas haviam se desenrolado. Há centenas de anos, o pecado do Clã havia sido o motivo por trás da maldição lançada sobre eles e, hoje, Yassemine se encontrava na Cidade do Pecado buscando reverter isso. Era quase como se a própria história gostasse da sutileza no jogo de palavras. A Assamita fazia parte daqueles que não foram afetados pela quebra da Maldição de Sangue por ur-Shulgi, por isso se podia dizer que seus motivos ali eram egoístas. No entanto essa era uma verdade que apenas ela podia confirmar. Fato era que o cargo de Xerife era apenas uma forma dela buscar espaço na Torre e, quem sabe, ter acesso ao Clã que originou todo esse problema.

As coisas, no entanto, não estavam tão suaves para a Magus. O trânsito de Membros era maior do que qualquer lugar no qual ela já tinha vivido, as fronteiras estavam difíceis de monitorar e a chegada de um Arconte criava uma comoção no alto escalão da Camarilla. Na verdade, muito dessa situação era o motivo por trás da admissão da Assamita no cargo, uma vez que o antigo Xerife agora desempenhava o papel de Senescal em tempo integral. Porém, de uma forma ou de outra, isso se encaixava nos planos de Yassemine, mesmo que os problemas a se lidar se acumulassem a cada noite.

Todavia, essa noite em especial começava de uma forma singular. Yassemine não havia experienciado um sonho em muitos anos e, durante seu sono, as imagens estranhas se formam em sua mente. Havia muitas histórias sobre Membros que tinham sonhos e pesadelos, alguns deles corriqueiros, mas estes, diziam os entusiastas, eram a exceção. Tudo começa em um deserto. O vento forte carrega a areia das dunas, que se movem num balé hipnótico. Os olhos percorrem a vastidão até perceberem algo fincado no próprio corpo da Assamita. Uma espada adornada, de uma lâmina que emite um leve azul brilhante, atravessa seu peito. Suas mãos tentam em vão remover o objeto que, apesar da força empregada, continua preso à carne.

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Uma sensação angustiante começa a tomar conta de Yassemine até que ela avista uma rocha erguida sobre a areia. Suas pernas correm até o altar de pedra e nele repousa um livro de capa de couro com desenhos que embaralham o olhar. Quanto mais ela fita o livro, mais sua mente turva, até o momento que se torna impossível não desviar o olhar. Quando isso acontece, uma tempestade toma conta do ambiente, fazendo os grãos de areia em movimento começarem a se chocar e arranhar a pele negra. Uma figura ameaçadora surge por detrás do turbilhão. Não é possível distinguir sua face, mas seu olhar é mortal. Ele empunha um arco e aponta para a Assamita, que instintivamente agarra o livro, colocando-o à sua frente. A seta é disparada, atravessando o grimório e atingindo a lâmina antes de chegar ao seu peito. A espada se desfaz em mil pedaços, numa explosão cegante. E enfim a rainha desperta de seu sono em seus aposentos.
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Mensagem por Fox Dom Fev 09, 2020 4:23 pm

Abigail

A Anciã se perdia em pensamentos mundanos quando um iminente perigo lhe traz de volta à realidade. Na verdade, perigo era uma palavra forte, uma vez que não havia indícios que definisse seu perseguidor (ou perseguidores) como tal. No entanto Abigail não queria apostar contra as chances e, discretamente, começa a tomar uma atitude para despistar o veículo. O motorista abre um largo sorriso, respondendo ao seu pedido, em seguida, enquanto segue a nova rota indicada: "Claro senhorita". Magnolia ainda parece aérea, observando as luzes e monumentos que as circundam. Talvez fosse bom que ela não tivesse ideia do que ocorria.

O notebook da bolsa de Abigail é um ótimo aparato para a situação. Sua experiência com sistemas de segurança lhe permite acessar remotamente o sistema de controle de tráfego urbano. Não é uma tarefa trivial, mas seu conhecimento lhe permite fazer isso em alguns minutos. O código é quebrado e ela toma, momentaneamente, controle do algoritmo, porém, quando ela se dá por si, eles estão cercados de carros em uma das avenidas mais movimentadas de Vegas. Aparentemente, a rota que eles estavam tomando inicialmente era próxima à indicada posteriormente, portanto chegaram antes que a invasão fosse completamente concluída. Com o dispositivo no colo, a Feiticeira olha ao redor, procurando o veículo que estava em sua cola, mas a quantidade enorme de carros, limusines, vans e caminhões torna a busca infrutífera. O trânsito se torna um pouco mais lento, à medida que o som característico começa a se sobressair.

- Espero não ter que passar por esse trânsito todo dia. - Magnolia comenta, confirmando a total ignorância.
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Mensagem por Yassemine Queen Qui Fev 13, 2020 5:34 pm




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Sonhar era algo atormentador para Yassemine, ela não sabia se isso ocorria com outros vampiros ou mesmo se a sensação disso para eles era tão assustadora quanto para ela. Sonhar é um traço humano muito peculiar, o cérebro guia um trem de imaginação por trilhos de conexões complexas e aleatórias. Às vezes é possível perceber e talvez escolher o trilho a seguir, mas não era o caso naquele momento. Definitivamente, aquilo era muito mais do que um sonho repleto de retalhos de caminhos já trilhados por ela como maquinista. Yassemine abre os olhos em seu quarto luxuoso na cobertura do cassino. Ela permanece por alguns minutos, ainda mastigando para tentar engolir os significados daquele sonho. Ela pensa que talvez não seja um sonho. Talvez, aquilo tenha sido um pressagio, uma iluminação, fruto de seu auspícios avançado, uma conexão com algo do além conhecido, sim conhecido. No sonho havia uma arma cravada em seu peito. Algo belo, mortal, talhado e trabalhado com esmero. Embora ela tenha se assustado, aquilo parecia não delimitar suas ações, afinal ela foi capaz de ver, aproximar-se e utilizar um símbolo de magia universal para tentar defender-se de um ataque. O ataque transpassa o símbolo magico e a liberta de um flagelo anterior. A simbologia por detrás desta visão é imensa.

Primeiro ela relaciona as cores da espada em seu peito. Azul era cor de uma aura relacionada a paixão e brilhante era algo raro visto em metamorfose, mas isso se considerasse apenas as auras. Para os humanos o azul representa tranquilidade, serenidade. È a cor dos céus mas também das águas. Yassemine para esse pensamento e volta a focar no mais próximo, percebe que seria muito aleatório viajar nesse sentido. Talvez fosse algo mais simples. E então seus olhos brilham. Talvez aquilo fosse uma chave para seus longos anos de procura por respostas. A magia a protegeu ou a protegeria de algo que certamente poderia lhe ajudar a quebrar um flagelo antigo, ou seja, sua maldição. De qualquer forma era preciso ter cuidado com as hipóteses, mas aquilo foi uma injeção de ânimo após décadas sem novidades.

Ela levanta-se, coloca uma roupa condizente com seu humor naquele inicio de noite, um bom humor, em seguida envia uma mensagem de voz para seu lacaio:

- Amadeus, alguma novidade sobre nossas ações após a queda de ontem? Estou com pressentimento de que devemos evitar qualquer coisa relacionada a cor azul para investir. Qualquer coisa me avise.

Maravilhosamente pronta ela desce para o Elisum, certamente alguma novidade apareceria.
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Mensagem por Fox Qui Mar 19, 2020 8:47 pm

Dezmond Green

Dezmond mantinha-se calmo e atento. Seu objetivo ali era claro e ele não queria pisar na bola. A fila tinha várias pessoas, na maioria jovens em grupos, esperando sua vez de entrar. O segurança, em alguns momentos, seleciona um grupo de mulheres e coloca-as na frente da fila, uma forma de manter o clima do lado de dentro mais interessante. O relógio do Caitiff mostra que já passara mais de uma hora da meia noite quando sua vez chega. Devido a sua condição sobrenatural, o tempo era chave, no entanto Riviera não falou explicitamente que o resgate tinha que ser feito nessa mesma noite. O leão de chácara, um homem negro de cabelo ralo, não faz muita cerimônia. Ele verifica a identidade e recebe o pagamentos da entrada, alguns poucos dólares que não fariam falta de qualquer forma. Sem nenhum questionamento adicional, Dezmond se vê passando pelas portas duplas e adentrando no Burning Angel.

A música alta de estilo techno já esbarra nos ouvidos quando o primeiro passo é dado para dentro da boate. O primeiro cômodo se trata de uma antessala. Na lateral direita, há um grafite em cores vermelha, cinza e branca de um anjo de traços femininos com as asas em chamas. O anjo chora lágrimas vermelhas e tem cabelos castanhos esvoaçantes. Algumas pessoas usam a pintura como background para fotografias. Além disso, membros da staff da boate distribuem uma espécie de pulseira antes do salão principal. Dezmond recebe a sua e logo passa até a pista de dança. Como era de se imaginar, há diversas pessoas inundando o ambiente. Os corpos se movem incessantemente à batida da música e o cheiro de suor e bebida se destacam imediatamente. Não há muitos lugares para se sentar, a não ser o bar, o que facilita qualquer perambulação discreta pelo lugar. É impossível não esbarrar em pessoas enquanto se faz o caminho pela pista de dança e claro que ninguém está nem aí pra isso. Os mortais estão mais preocupados em extravasar suas preocupações através da dança e se envolver na realização dos seus desejos carnais.

O Caitiff, até não muito tempo, estava naquele mesmo momento da vida. Antes do sangue, aquilo talvez fosse um paraíso, porém, para sua insatisfação, agora só era uma missão. No entanto, sua experiência servia para lhe deixar incógnito. Se misturar não é nada difícil, o que lhe permite vislumbrar os pontos de interesse. Obviamente, havia outros seguranças dentro do estabelecimento, todos eles vestidos e agindo com o intuito de não aparecerem para o público. Era fácil presumir que existia mais do que os olhos podiam perceber. No palco principal, o DJ faz seu som acompanhado de duas mulheres, provavelmente dançarinas contratadas, que dão o clima da dança. Além da entrada do palco, havia mais duas portas para funcionários, estas distantes da aglomeração, mas ainda próximas o suficiente para se aproxima sem levantar suspeitas. Nenhuma delas parece estar guardada. Também há uma escadaria ao fundo que leva a um andar superior, no entanto um segurança guarda a subida. O bar também possui uma porta que leva a outra área, além de ser possível imaginar que houvesse mais passagens em locais menos acessíveis da boate, no entanto, Dezmond teria de levantar suspeita se quisesse investigar tais lugares.
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Mensagem por Fox Sex Mar 27, 2020 4:49 pm

Yassemine Queen

As civilizações antigas tinham significados diferentes para os sonhos. Na Mesopotâmia, acreditava-se que a alma deixava o corpo durante o sono, permitindo ao sonhador viajar entre os mundos e experienciar o que cada um tinha a oferecer. Para os hindus, o sonho era um reflexo de sua estadia no mundo terreno e uma forma de demonstrar a conexão entre o corpo e a mente. Já os egípcios criam que os deuses enviavam presságios durante o sono para aqueles que eram dignos de recebê-los. Para os Membros, no decorrer das eras, os raros sonhos nunca foram interpretados de uma maneira unânime e a existência amaldiçoada costumava ignorar tais acontecimentos. Porém, para Yassemine, uma sensitiva feiticeira dos Filhos de Haqim, esse singular acontecimento não devia ser ignorado. Sua mente percorre as imagens ainda frescas na memória, tentando encontrar um significado oculto e criando hipóteses à medida que as possibilidades surgem. Conforme as interpretações são feitas, as esperanças da Assamita se elevam, crendo que esse presságio poderia significar o fim de uma busca de séculos.

Yassemine se prepara para mais uma noite agitada em Vegas, no entanto com os ânimos restaurados. Amadeus logo retorna a mensagem, quando ela já se preparava para se retirar de seus aposentos.

- As perdas foram mínimas, madame. Nada com o que se preocupar. Daqui em diante, farei como a senhora desejar.

Amadeus era um lacaio muito útil. Claro, havia sido escolhido a dedo. Suas finanças e seu conhecimento no ramo davam a Yassemine a segurança financeira que ela precisava para se focar em seus assuntos mais particulares. A posse do Excalibur Hotel e Cassino era uma prova disso. O local era uma fortaleza e podia contar com os mais variados tipos de luxo. Nada como os prazeres da alta sociedade da cidade do pecado.

Yassemine utiliza o elevador particular e logo se encontra no estacionamento do cassino. Uma limousine preta com dois seguranças e motorista já está a sua espera. Um deles abre a porta, revelando o interior ostensivo equipado com sofá de veludo, sistema audiovisual, minibar e vários outros requintes que a garota do norte africano jamais sonharia em ter. O motorista espera a ordem pelo interfone sobre qual local se dirigir.

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Mensagem por Yassemine Queen Sex Abr 03, 2020 5:46 pm

Yassemine nasceu em uma noite de tempestade chuvosa no mês agosto em sua tribo na Etiopia. Seu signo seria leão. Se acreditasse em destino e que a posição dos astros influenciaria a personalidade de alguém você poderia descreve-la como alguém fiel ao signo.  A nobreza de caráter é bem presente em quem tem um acúmulo de planetas neste signo, que são pessoas incapazes de ter comportamentos mesquinhos. O sol como regente de Leão, destaca a tendência natural do signo ser o centro das atenções. Leão tem energia de sobra e costuma ser a alma da festa e dança a noite inteira sem maiores esforços. Por outro lado, o signo de Leão pode sinalizar certo autoritarismo e prepotência. Leoninas e leoninos precisam tomar cuidado para que o ego ferido não desencadeie comportamentos arrogantes e um tanto quanto explosivos. Yassemine era fogo. Uma chama que ardia a 600 anos.

Aceitar o cargo como xerife em Las Vegas significava ter um novo combustível. Lenha de carvalho secada no início do verão. Dentro de alguns dias Yassemine deveria apresentar um plano de ação para o principado. Contudo era necessário que ela conhecesse melhor a situação local. Esse fato certamente foi um ponto negativo para sua aceitação, mas ela tinha poder suficiente para conseguir contornar rapidamente esse problema, uma coisa de cada vez. Para a anciã, o problema da Camarila, ou o problema de todos os humanos modernos, era a falta de cooperativismo. Ceder algo para o bem geral era quase um pecado. Mas ela preferia não gastar seu tempo tentando ensinar o obvio a quem não quer enxergar. Ela dançava conforme a música.

No momento ela precisava juntar as pontas fortes daquela tenda. A princípio problema era um descontrole populacional de vampiros, e isso poderia ser resolvido de 2 formas. Yassemine pensa em sugerir uma mini gerena em LA, onde os excedentes seriam exterminados, mas isso acarretaria muitas baixas, baixas de bons peões aliás, ou uma segunda opção, onde estrategicamente escolheríamos quem poderia ficar em troca de algo, afinal todos tem um preço. De qualquer forma para ambos os planos seria necessário conhecimento dos alvos. È impossível lutar contra o desconhecido. Yassemine havia solicitado ao príncipe um procuração que a autorizasse convocar ajuda de qualquer membro local em nome do Príncipe afim de conhecer o problema e definir estratégias. O primeiro passo dependeria do Príncipe.

- Siga para o The Mirage! Ela responde ao motorista.
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Mensagem por Zed Sex Abr 03, 2020 8:24 pm


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS: Mascará de mil faces ativa.


Dezmond utilizava de um disfarce enquanto esperava pacientemente na fila. Checava o horário de tempos em tempos enquanto sua mente tentava planejar o cronograma da noite. “Até umas cinco da manha eu devo estar tranquilo.” Tentando ter certeza, utilizaria do celular para checar o nascer do sol previsto pelo aplicativo de tempo. Se o céu estivesse nublado na manha seguinte, podia-lhe render alguns minutos a mais, mas não se sentia disposto a cometer um risco destes uma vez que considerava o pior cenário, mas o pensamento logo lhe fugiu da mente. – Mas que merda é essa? – Deixou escapar, extremamente baixo, olhando com indignação quando as moças ganhavam prioridade na entrada. “Eu devia ter utilizado um disfarce como aquele... Não essa porcaria...” Ainda que arrependido, servia-lhe como aprendizado. Mulheres possuíam vantagens em algumas coisas, e posteriormente lembraria disso antes de assumir qualquer nova aparência aleatória.

Quando finalmente chegou sua vez de entrar, o Caitiff não pode deixar de se sentir bem. Não por se livrar da imensa fila, e sim pelo ambiente interno daquela boate. Era realmente uma lembrança de seus dias como humano – Não que isso fizesse muito tempo – Mas ainda assim era agradável, mesmo quando as circunstâncias não lhe permitiam desfrutar por completo da experiencia.

Como normalmente faria em uma noite qualquer, passou pelo amontoado de pessoas que se esbarravam, balançava o corpo discretamente ao ritmo da música e por uma ou duas vezes se viu perdido, apenas aproveitando o momento e esquecendo de seu real objetivo, chegar ao bar e resgatar a donzela.

Dez pediu uma bebida qualquer e observou a segurança e rotas que tinha a sua disposição. Imaginou que não devia ser difícil passar despercebido pelos seguranças se fosse rápido, discreto e usasse o disfarce certo. Mas preocupou-se um pouco mais em checar pela presença de câmeras. Caso houvessem muitas por perto já teria de ser mais cuidadoso ao invadir as partes restritas, uma vez que deveriam ter ainda mais segurança.

“Bom, não muda muita coisa.” Ainda podia esperar uma noite ou duas, frequentando o local, e imaginava que teria de fazê-lo se conseguisse escapar de um eventual desastre nesta noite. Mas julgou que era melhor agir logo, uma vez que havia pouca informação sobre o estado da refém.

Tomando a bebida e voltando a se deslocar pela massa de humanos, o Caitiff traçaria seu caminho até o banheiro masculino. Se isolaria no box uma vez que tivesse checado o nível de frequentadores do local. E aguardando um tempo seguro sairia do box – após terminar de expelir qualquer substancia indesejada do estomago – com um novo disfarce. O mesmo rosto e vestimenta do Leão de Chácara que havia lhe dado passagem a pouco. (Ofuscação 3)

“Agora é ir só no sapatinho...” E esperando que tudo desse certo. Voltaria ao centro da festa, novamente cruzando o ambiente, mas indo em direção a uma das portas fechadas e restritas. Uma das duas que não estivesse guardada, fosse simples de entrar sem levantar suspeitas. E durante o caminho, faria uma nova análise rápida na aparência de pelo menos mais dois seguranças. Para trocar rapidamente o disfarce caso o primeiro fosse desmascarado.

Uma vez atravessando a porta, iria cobrir-se com um manto de sombras, e andar pelos cantos das paredes. (Ofuscação 2) Mesmo com um rosto familiar, era melhor não ser visto. E caso fosse descoberto ainda assim, tentaria rapidamente desconversar e seguir com seu caminho, se possível apenas acenando com a cabeça em um comprimento discreto e sem falar nada que pudesse parecer atípico do personagem que estava representando.

A principio só andaria a esmos pelos corredores, olhando discretamente salas que pudessem surgir sem chamar a atenção de quem estivesse em seu interior. Primeiro aguçando a audição e encostando o ouvido na porta para checar se era seguro invadir. (Auspícios 1), e caso ouvisse algo de interessante, ou não pudesse entender o que fosse dito, abriria a porta com grande lerdeza e evitando ao máximo causar sons. A ideia era apenas fazer um reconhecimento do prédio da melhor forma que o pouco tempo permitisse, e ir eliminando os locais onde a refém não estaria.
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Mensagem por Abigail Ter Abr 07, 2020 11:25 am

- Espero não ter que passar por esse trânsito todo dia.
"Ela está completamente imersa na novidade que a cidade apresenta. Nem ela nem o motorista perceberam o que está acontecendo. Melhor assim."
- Não precisaremos passar por aqui todos os dias, apenas queria ver como era Vegas nos lugares mais movimentados. Eu também não iria querer isto para nós duas todos os dias.
Olho à minha volta e percebo que o carro havia "sumido" entre os muitos outros.
" Mas que droga, perdi eles!"
Ficava chateada com aquilo. Eu não gostava de perder, tratava tudo como uma competição e ganhar para mim era importante (Competidor).
Concentrava-me novamente na tela do computador enquanto pensava executava os próximos passos:
"Vou abrir caminho para nós segurando o semáforo aberto em nossa rota por mais tempo até sairmos dessa bagunça e fechando os sinais atrás de nós. Assim que pegarmos ruas mais tranquilas avalio a situação novamente. Se estiverem atrás de nós ou não após isto... de qualquer forma vamos seguindo em direção ao hotel..."
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