Vampiros - A Máscara
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Seven Elders - Capítulo II

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Seven Elders - Capítulo II - Página 2 Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Padre Judas Seg Dez 09, 2019 11:03 pm

"Com o benigno te mostrarás benigno; e com o homem sincero te mostrarás sincero;
Com o puro te mostrarás puro; e com o perverso te mostrarás indomável." - Salmos 18:25,26


A reação do homem é surpreendente. O Espírito Santo é tremendo, mas de alguma forma, pareceu-me uma encenação. Inicialmente cri que seria muito mais complicado de convencê-lo de minhas boas intenções, mas meia dúzias de palavras foram o bastante para pô-lo de joelhos? Eu poderia confiar nele? Uma coisa é certa, para ganhar sua confiança, eu também precisaria ceder.

- Assim como a tua, irmão. - Levantei e me aproximei dele. - Ora, vamos... - Coloquei as mãos abaixo de seus braços e gentilmente auxiliei-o a se erguer. - Não há tempo para lamentação. Tende bom ânimo, padre, errar é da natureza do homem. O homem, em sua imperfeição, deve buscar a perfeição de Deus. Sou como a ti: homem, imperfeito e pecador. Também lhe devo desculpas, pois receio ter caído nas tramas do Diabo e liberado o mal que estava aprisionado na Catedral.

- Não me passou pela cabeça que pudesse haver um homem de Deus guardando aquele templo.
- Confessei. - Fui imprudente em pressupor coisas e tomei uma decisão precipitada.

Ao receber o convite para ir até a Catedral, gelei a espinha. Lá, estou despido de todos os dons sobrenaturais deste sangue amaldiçoado. Isso soa tão maravilhoso à primeira vista, mas se restar comprovado que o arrependimento deste homem é falso, poderia me custar a vida. Eu precisaria saber mais dele antes de aceitar me colocar nessa posição tão vulnerável.

- Não se preocupe, amigo. - Caminhei até a porta do homecar. - Deus há de ser o nosso escudo protetor, não é preciso ter pressa mas, de fato, temos muito o que conversar... - Adentro o veículo e o convido a fazer o mesmo. - Você vem?

- Me chamo Guilherme!
- Estendo-lhe a mão com um sorriso cordial. - Também sou padre, como você. Hoje vivo sob estas circunstâncias e não me orgulho disso, contudo isso me permitiu continuar contribuindo com o trabalho de Deus por muito tempo. E enquanto for de Sua vontade, permanecerei o fazendo. - Fui até a gaiola dos coelhos. - Infelizmente, a maldição que herdei faz com que eu precise me alimentar de sangue. Não é do feitio dos Cainitas, mas eu consegui me habituar a me alimentar apenas desses animaizinhos. - Catei um dos coelhos. - Eu não poderia me tornar predador da Humanidade nem mesmo se eu quisesse. - Acariciei o coelhinho por um tempo. Olhei-o nos olhos vermelhos. Apesar do tempo, isso nunca ficou mais fácil. Murmurei uma reza rápida, agradecendo pela refeição. - São eles, ou os homens. Não tem outro jeito. Eu recomendo você olhar para o outro lado. - E então finquei as presas no dorso do animal e sorvi seu sangue.

- Me conte sobre você... como devo chamá-lo? - Falei, após saciar-me. Abri uma gaveta e tirei uma pequena faca de caça, colocando o coelho na bancada da cozinha do homecar. Passei a limpá-lo aproveitando-lhe a carne. - Posso ver que há algo de muito especial em você... algo muito... "mágico".
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Mensagem por Poeta Ter Dez 31, 2019 10:43 am

Universidade Columbia, NEW YORK

Outis

O cálice era normal, como tantos outros que já havia visto em cerimônias na Capela, o líquido escarlate dentro do receptáculo lhe trazia lembranças, lembranças de uma época tão distante, que agora não pareciam mais reais... Outis lembrou do tempo de carniçal... que experimentava com frequência o doce sabor da Vitae do Bruce... Lembrou do seu filho e do fatídico abraço... E então tocando o objeto o Tremere se concentra sobrenaturalmente, tentando interpretar as impressões que continham ali. Não havia nada que se destacasse, nada que pudesse ser interpretada como perigoso, nenhuma motivação escusa, obviamente que dentro de uma Capela Tremere se alguém quisesse esconder suas reais intenções saberia como fazer, mas nada do que os seus sentidos sobrenaturais capturava o alertavam de algo perigoso.

E com a certeza que ele, no fundo, sabia que nunca teria, ergue a taça e realizou todo o rito... No momento que a vitae tocou sua boca a janela abriu com violência, quebrando a parte de vidro ao chocar-se com a parede, e um vento gélido invadiu a sala... E a cada gole o Cainita podia sentir um arrepio transpassar sua espinha dorsal. As luzes do ambiente tremeluziam piscando macabramente, papéis voavam num turbilhão de vento e objetos eram arremessados ao chão.

Charollote abriu a porta surpresa, provavelmente se apressou ao ouvir o forte estrondo que fez a janela.

- Não pare de beber, acho que descobrimos o que está acontecendo com você!

Após o Tremere terminar de refazer seu vínculo com Círculo Interno o vento cessou e tudo pareceu voltar ao normal.

- Acho que descobri
- Charollote estaria ofegante se ainda respirasse - o objeto que você tocou era um grilhão de algum espírito poderoso e de alguma forma inexplicável você agora faz parte disso... O perigo que você representa ou representava, veremos, tem a ver com a película, você enfraquece a película de onde estiver e isso pode abrir uma perigosa porta que jamais deve ser aberta. Eu acredito que a força de nossos anciões, que agora corre novamente na sua vitae, ajude, mas de fato não será o suficiente. Mas não podemos ficar aqui, vamos... me acompanhe.
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Mensagem por Poeta Ter Dez 31, 2019 11:36 am

Nova York

Madeleine Burnier

A malkaviana acordava de seu sono sobrenatural e ainda sentada memorizava os detalhes para tentar interpretá-los assim que conseguisse estancar o sangue. Enquanto Madeleine resolvia aquilo ela lembrava-se com carinho de seus entes próximos e de como havia mudado após conhecer o Santo.

Agora com o sangue controlado ela voltava-se para o sonho que tivera tentando lembrar-se dos pequenos detalhes, ficou alguns instantes assim, tentando interpretá-lo, mas não fazia o menor sentido, era lunático. Somente a loucura lhe traria sentido naquilo tudo... e então a Malkaviana se concentrou no seu sonho enquanto ativava a sua disciplina. O seu dom fez com que ela voltasse àquele quarto, mas nada além daquilo que já tinha visto era visível, tudo parecia igual, sem sentido, então ela concentrou-se mais... o mesmo som que ouvira antes... concentrou-se mais ainda até que conseguiu distinguir bem longe um sussurrar... um sussurro baixo reverberava em todo aquele lugar, mas não dava para entender, pareciam palavras, de alguma língua desconhecida, talvez, não dava para entender nem para reproduzi-las, mas entre todo aquele som 2 palavras podiam ser ouvidas: Wyld e Wyrm.

A Cainita regressava de seu transe com aquelas palavras na cabeça e elas sempre estavam ligadas a uma coisa: Lobisomens.
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Mensagem por Poeta Ter Dez 31, 2019 12:29 pm

Catedral de São Pedro, Scraton, Pennsylvania.

Padre Judas

Transcrição das sessões por whats app


Narrador:

- Não me passou pela cabeça que pudesse haver um homem de Deus guardando aquele templo. - Confessei. - Fui imprudente em pressupor coisas e tomei uma decisão precipitada.

- Tenho certeza que o nosso inimigo articulou minunciosamente para o levar a essas suposições... Vamos para a Catedral ? Lá estaremos mais seguros.

- Não se preocupe, amigo. - Caminhei até a porta do homecar. - Deus há de ser o nosso escudo protetor, não é preciso ter pressa mas, de fato, temos muito o que conversar... - Adentro o veículo e o convido a fazer o mesmo. - Você vem?

O Padre percebeu o desconforto nas palavras daquele homem.

- Eu entendo a sua desconfiança e apesar de concordar que você tenha os seus motivos, posso afirmar que não há razão para tê-los. Mas como preferir, acho que por enquanto estamos seguros aqui.

- Me chamo Guilherme! - Estendo-lhe a mão com um sorriso cordial. - Também sou padre, como você. Hoje vivo sob estas circunstâncias e não me orgulho disso, contudo isso me permitiu continuar contribuindo com o trabalho de Deus por muito tempo. E enquanto for de Sua vontade, permanecerei o fazendo.

- Eu imaginei...

Ambos entram no homecar e o homem de batina reconforta-se em qualquer cadeira que lhe fosse oferecida.

... - Antes de qualquer coisa, você teria café ? Imagino que não mas vale a pergunta, café é um dos únicos vícios que me permito ter.

[...]

- Como eu dizia, eu imaginei que você fosse o Padre Guilherme... - o Homem puxa algo da memória - acho que também é conhecido pela alcunha de Padre Judas, estou certo ? [...] Eu fui um Caçador, há muito tempo atrás, e cruzei com o seu nome algumas vezes em pesquisas dentro da Igreja, mas devido a sua reputação isso não deve surpreendê-lo, certo ?

- Me conte sobre você... como devo chamá-lo?
- Me chamo Joseph, mas pode me chamar de Joe, todos me conhecem como Padre Joe...

- Posso ver que há algo de muito especial em você... algo muito... "mágico".
- Sim de fato... Você pelo visto tem o dom da sensitividade... Mas sim sou um desperto... mais conhecido como "mago". Mas eu realmente preciso saber como que você veio parar aqui ?

Roiran:

Tendo sido o Padre desconhecido tolerante às minhas desconfianças iniciais, me tornei mais à vontade em me abrir com ele. Ao invés de confirmar ou negar que estava receoso de encontrá-lo na Catedral, apenas ofereci que se sentasse em algum lugar.

- Café? - Deus sabe que não me é permitido saborear as comidas dos mortais, mas isso não quer dizer que eu não as tenha em minha casa. Quando não estou em missão, é comum que eu saia pelas ruas oferecendo comida aos mendigos e com exceção de um belo ensopado de coelho, nada é melhor para espantar o frio do que um bom café quentinho. - Bem, claro... Vejamos... - Coloquei a água para esquentar, enquanto procurava uma garrafa térmica, filtro de papel, xícara e etc. Enfim, preparei o café, oferecendo açúcar, colocando o potinho com um colher ao lado da xícara. - Aqui está! - Sorri.

- É, de certa forma, surpreendente, na verdade. - Admito. - Pensei que depois de todos esses anos essa alcunha já teria sido dissociada da minha pessoa. Mesmo outros caçadores não costumam fazer essa ligação automaticamente. A bem da verdade, o Padre Judas está ficando cada vem menos conhecido. - Dei de ombros. - Não é como se eu tivesse pedido por esse apelido.

- Padre Joe... - Repeti, como quem tenta fixar um nome na memória. - É um prazer conhecê-lo Padre Joe. - Apertei sua mão, com um sorriso caloroso. - Então você é mesmo um Mago? Interessante, nunca tive oportunidade de conhecer um de vocês. Como é mesmo que O chamam? Uno?

[...]

- Isso explica o porquê de eu não conseguir usar os Dons de Caim na Catedral. Imagino que tenha usado sua magia para prevenir o uso de qualquer poder maligno. - Me dói admitir que eu me valho do sangue amaldiçoado, mesmo que seja para o trabalho de Deus.


Narrador:

Padre Joe rejeita a adição de açucar e retira de um bolso um pequeno frasco que aparentava ser um adoçante, o qual deixa 2 pequenas gotas cairem no líquido preto.

- Não é como se eu tivesse pedido por esse apelido.
- Mas confesso que melhor não poderia ser.

O homem leva a xícara aos lábios e deleita-se com um gole de sua bebida e imediatamente pareceu revigorado novamente.

_- Padre Joe... É um prazer conhecê-lo Padre Joe. _
O homem retribui o cumprimento tão calorosamente quanto o Cainita.

- Então você é mesmo um Mago? Interessante, nunca tive oportunidade de conhecer um de vocês. Como é mesmo que O chamam? Uno?
O Corista mostra-se surpreso com o conhecimento do Salubri.

- Sim, de fato... Para quem nunca teve oportunidade de conhecer um de "nós", você está bem familiarizado até. Mas sim, o Uno e Primordial, a origem da canção que provê a centelha que reside em cada um de nós, sua criação.

- Isso explica o porquê de eu não conseguir usar os Dons de Caim na Catedral. Imagino que tenha usado sua magia para prevenir o uso de qualquer poder maligno.
- Exatamente! Impressionante o seu raciocínio confesso, mas então, como você veio parar aqui na Catedral de São Pedro ?

Roiran:

"Mas sim, o Uno e Primordial, a origem da canção que provê a centelha que reside em cada um de nós, sua criação."

Acenei com a cabeça, concordando. A nomenclatura pode ser diferente, mas a essência é a mesma, veja! - No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Tudo foi feito por ele; e nada do que tem sido feito, foi feito sem ele. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. - João 1:1-4. Deus é tão imenso e pode ser visto por tantas perspectivas diferentes. Espero ter a oportunidade de conversar por mais tempo com o Padre Joe. Seria muito edificante.

"- Exatamente! Impressionante o seu raciocínio confesso, mas então, como você veio parar aqui na Catedral de São Pedro?"

- Ah, claro... - Sentei-me. - Na verdade, foram eles que me acharam dessa vez. Um de seus lacaios tentou se infiltrar na Ordem a qual faço parte. Não demorou para que eu descobrisse a verdade. Eu, inclusive, acho que ele queria ser descoberto. - Senti um nó na garganta, conforme o destino cruel do homem se aproximava em minha narrativa, mas me esforcei para continuar a história sem deixar a voz embargar. - Eu tentei conversar com ele, mas você deve saber como é. Seu coração já estava tão corrompido pelo Demônio, que ele preferiu se envenenar. - Minha expressão era pesar. Suspirei mesmo sem precisar e esfreguei o rosto com as palmas das mãos.

- Bem, eu encontrei uma foto de um Cálice. - Levantei-me, procurando a ilustração. - Onde foi mesmo eu que deixei. Ah, sim! - Alcancei-a em uma gaveta e a entreguei para o Padre Joe. - Aqui está. Encontrei isso nos pertences dele. Veja atrás. Tudo apontava para a Catedral. Por isso vim.

- E o que exatamente era aquele homem que eu libertei? Como o prendeu? - O que quer que eu tenha soltado não era humano. E duvido muito que era algo bom. Mas precisava de mais detalhes do que isso. - Havia outro também. Um com um relógio capaz de parar o tempo.


Narrador:

Conforme o Salubri contava-lhe os detalhes do primeiro contato que teve com aquela situação, o Padre Joe também ia compadecendo do mesmo sentimento do Cainita.

- Eu tentei conversar com ele, mas você deve saber como é. Seu coração já estava tão corrompido pelo Demônio, que ele preferiu se envenenar.
- Que desfecho trágico para um filho de Deus... Tendes misericórdia desta alma atormentada, Senhor. - Sua face expressava um verdadeiro pesar.

- Aqui está. Encontrei isso nos pertences dele. Veja atrás. Tudo apontava para a Catedral. Por isso vim.
- Você já deve ter percebido que cada detalhe foi disposto minunciosamente dentro de um plano maior e mais complexo. - O mortal pega a imagem e a olha com cuidado - Imagino que você saiba o que é esse Cálice, certo ? - Então ele vira a imagem e lê a frase - Mas isso aqui não é uma passag... Isso é uma mensagem cifrada! - Após ler a verdadeira mensagem o homem devolve a imagem para o Padre Judas - Somente alguém que conhece a bíblia conseguiria perceber que isso trata-se de uma mensagem criptografada. O plano dele foi meticuloso, porém ele subestimou um detalhe que eu tenho certeza que o levará a queda, ele nos uniu, irmão.

- E o que exatamente era aquele homem que eu libertei? Como o prendeu?
- O meu lado racional diz que eu não deveria revelar nenhuma informação para você aqui, fora da Catedral, longe das minhas principais defesas, porém minha intuição me tranquiliza... Por onde começo ? - Falou consigo mesmo enquanto se levantava e contemplava um horizonte através da janela do homecar - Bom, como você bem sabe esse "cálice" não é um simples item de decoração, é uma relíquia, ou seja, esse objeto foi possuído por um Demônio. Ele se chama Ifrit, bom, deve ser um dos nomes que ele usa, mas é assim que eu o conheço. - Ele se vira para o Padre Guilherme - Eu venho tentando caçar esse monstro há muito tempo, há décadas! Mas ele sempre está um passo a minha frente, tenho certeza que ele possui algum poder premonitório. Mas até a noite passada eu estive um passo na frente dele. - O homem fica pensativo procurando achar as melhores palavras. - Há alguns anos atrás eu descobri que ele estava procurando um novo recipiente para residir e que desta vez ele queria possuir um ser vivo, porém ele é um Demônio muito poderoso e eu acabei descobrindo que o seu poder é tão grande que um humano comum não suportaria ser usado como recipiente. - Ele pega a xícara e volta a encarar a rua do lado de fora, enquanto bebia o seu café. - Então qual criatura ele poderia possuir, pensei, cheguei a conclusão que talvez um Mago seria a sua melhor opção... Então apostei tudo e direcionei as minhas investigações nessa linha e descobri que ele estava preparando um Vazio para recebê-lo - O Mago percebe a indagação no rosto do Cainita - Vazio é o nome que damos aos despertos, magos, que não fazem parte de nenhuma das nossas Tradições, um errante... Arquitetei um plano e consegui sequestrar esse Vazio... Eu o tranquei no lugar que  eu considerava mais seguro, a Catedral. Lancei diversas magias e rituais protetores, alguns para criar uma área que bloqueia a maioria dos poderes sobrenaturais, outros para  afastar qualquer pessoa que não possua fé... O local era minuciosamente cuidado para ter o aspecto de abandono e não atrair a visita de nenhum humano e mesmo que algum entrasse desprevenidamente não encontraria a passagem para os andares de baixo... - Ele novamente se vira para o Salubri - Até que você  apareceu... e quantos seres existem nos EUA, que possuem, além da Fé, um poder capaz de atravessar as minhas magias de proteção ? Não havia como se prevenir disso - Pensou ele em voz alta.

- Havia outro também. Um com um relógio capaz de parar o tempo.
- Deve ter sido um membro da Tecnocracia e se ele realmente parou o tempo deve ser um bem poderoso... e desesperado ao ponto de usar uma magia dessas em via pública.

Roiran:

- "Imagino que você saiba o que é esse Cálice, certo ?"

- Eu tenho uma boa ideia do que seja. - Algo maligno. Algo que precisa ser parado. Algo que será mandado de volta para o Inferno. - Eu cheguei a me encontrar com isso no passado. Testemunhei parte de seu poder profano. A criatura que reside dentro do Cálice tirou de mim a vida, mas Cristo a devolveu.

- "Vazio é o nome que damos aos despertos, magos, que não fazem parte de nenhuma das nossas Tradições, um errante... Arquitetei um plano e consegui sequestrar esse Vazio... Eu o tranquei no lugar que  eu considerava mais seguro, a Catedral."

- Esse Vazio... Conte-me mais sobre ele. Como você soube que ele era o melhor candidato à possessão? Ele era voluntário à entrada do demônio? Não havia nenhuma possibilidade de abrir seus olhos? Trazê-lo para o nosso lado? Armar uma armadilha para o demônio? - Se o Padre Joe foi capaz de fazer tudo isso com esse "Vazio", claramente é mais poderoso que o desgraçado, mas ter um aliado, independente de seu poder, e ainda salvar uma alma, seria sem preço. - Ou, seu coração também já estava tão endurecido a ponto de ser impossível convencê-lo sobre a bondade de Deus?

- Tecnocracia? - Essa é uma palavra nova pra mim. - É outra de suas "Tradições"? - Aparentemente, eles também tem regras quanto a não revelação aos mortais. Teria algo a ver com o tal Paradoxo? - Imagino que ele realmente seja poderoso. Eu jamais teria imaginado a atuação de Magos nessa guerra. Só me ocorreu que o demônio teria cedido esse tipo de poder ao homem. O foco do poder parecia ser um relógio de bolso. - Após alguns instantes considerando que tipo de plano eu precisaria formular para derrotar alguém com esse poder, me veio a inevitável pergunta. - Tenho uma pergunta que pode parecer bastante incisiva, mas espero que compreenda que eu tenho a melhor das intenções, me parece quase impossível derrotar alguém com capacidade de parar o tempo, mas o senhor também parece ter poderes além da minha imaginação. Que tipo de coisa é capaz de fazer? Meus mentores diziam que o poder de um Mago só encontra limite em sua imaginação, mas não sei até onde isso é verdade.


Narrador:

- Esse Vazio... Conte-me mais sobre ele. Como você soube que ele era o melhor candidato à possessão? Ele era voluntário à entrada do demônio? Não havia nenhuma possibilidade de abrir seus olhos? Trazê-lo para o nosso lado? Armar uma armadilha para o demônio?Ou, seu coração também já estava tão endurecido a ponto de ser impossível convencê-lo sobre a bondade de Deus?

- Mas era justamente o que eu estava tentando fazer, perceba que ele estava vivo, a péssima aparência dele era causada pelo bloqueio mágico ao avatar dele, provavelmente no momento em que ele saiu da proteção da Catedral ele deve ter se recuperado, imagino. Mas vamos, vamos para a Catedral que lá eu posso lhe mostrar melhor o que tenho sobre ele.

O Padre Joe levanta-se e caminha em direção a porta.

- Tecnocracia?...  É outra de suas "Tradições"?
- Eles são um perigo... a todos os seres sobrenaturais, independentes das intenções...

- Aparentemente, eles também tem regras quanto a não revelação aos mortais. Teria algo a ver com o tal Paradoxo? - Imagino que ele realmente seja poderoso. Eu jamais teria imaginado a atuação de Magos nessa guerra. Só me ocorreu que o demônio teria cedido esse tipo de poder ao homem. O foco do poder parecia ser um relógio de bolso. - Tenho uma pergunta que pode parecer bastante incisiva, mas espero que compreenda que eu tenho a melhor das intenções, me parece quase impossível derrotar alguém com capacidade de parar o tempo, mas o senhor também parece ter poderes além da minha imaginação. Que tipo de coisa é capaz de fazer? Meus mentores diziam que o poder de um Mago só encontra limite em sua imaginação, mas não sei até onde isso é verdade.

Roiran:

- Os Tecnocratas dizem não usar magia, mas sim ciência, eles desenvolvem aparatos tecnológicos com tais capacidades, mas de fato parar o tempo é algo muito poderoso, ele parou o tempo realmente ou ele desacelerou ? Perceba que a realidade é moldada pelo pensamento coletivo e isso é determinante para o sucesso ou fracasso da Magia de um modo geral... Mas já devo estar divagando, esse assunto é muito complexo para um cafézinho. Vamos para a Catedral que eu tento explicar melhor.

"- Mas vamos, vamos para a Catedral que lá eu posso lhe mostrar melhor o que tenho sobre ele."

- Acho que já está na hora, não é mesmo? - Acho que não tenho mais motivos para temer entrar na Catedral, já que estou na presença de um aliado. - Não precisa se levantar. Na verdade, sente-se. Acomode-se bem. - Ocupei o banco do motorista e rumei para a Catedral.
Poeta
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