Vampiros - A Máscara
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Seven Elders - Capítulo II

4 participantes

Página 1 de 2 1, 2  Seguinte

Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Ter Set 03, 2019 12:12 pm

Catedral de São Pedro, Scraton, Pennsylvania.

Padre Judas

Seven Elders - Capítulo II 48612410

O horário marcado já havia passado, o Padre Judas estava ali observando fazia algum tempo e nada havia entrado naquela Catedral... Será que haveria outra entrada ? Pouco provável, ainda assim, daquela posição onde estava o Cainita, ele teria percebido alguma movimentação... Será que ele fora descoberto e cancelaram a reunião ? Igualmente pouco provável, não havia nada que pudessem ligá-lo a morte do cultista... Bom, o Padre Judas não ficaria ali inerte esperando...

Zadiel pulou facilmente uma modesta grade que separava a calçada da área da Catedral, os 10 metros de chão entre a grade e a porta principal era feito de paralelepípedos, que devido a pouca manutenção começavam a nascer gramas entre as frestas onde as pedras se encontravam. Com extrema cautela o Padre Judas se aproximou da grande porta de entrada e então com as "costas" de sua mão ele tocou a gelada maçaneta...

O Cainita distinguiu uma impressão forte que ofuscava todos os outros que haviam tocado aquela peça de metal, era recente... Era do dia em que ele havia tocado a imagem do Cálice e clarividenciado uma espécie de "masmorra" com um homem enclausurado... Mas estava fraca, afinal uma maçaneta não é um objeto que alguém segure por muito tempo, o que dificulta a identificação das impressões... Esta especificamente era de um homem, ele estava determinado, mas um pouco ansioso... ele cumpria uma ordem de alguém o qual ele "adorava", ele estava disposto a fazer qualquer coisa que o fosse ordenado, era possível sentir a sua crença em suas convicções, mas não "o que" eram essas suas convicções, mas não era algo sacro, pelo contrário era algo nefasto e ele acreditava tanto, que sua crença chegava a ser desconfortável, ele se sentia parte de algo grandioso e tinha a mais absoluta certeza de que alcançaria o objetivo de seu mestre... O Padre Judas não conseguiu extrair mais nenhuma informação sobre a fonte daquela impressão, nem mesmo se tratava-se de algum ser sobrenatural... E nenhuma outra impressão era forte o suficiente para ser lida.

O clérigo continuou explorando os terrenos da Catedral e, atravessando a grama que já havia virado mata, na lateral da construção, o Padre encontrou uma porta que possivelmente dava acesso a um pequeno anexo da construção principal, seria muito mais seguro entrar por ali, se fosse uma armadilha concentrariam esforços em surpreendê-lo na porta principal. A porta lateral estava trancada, apesar de não ter sido difícil arrombá-la Zadiel fez um pouco de barulho ao forçar a tranca que era interna.

O local tratava-se de uma sala com vários estandes de madeira, eram belas obras de artes, talhadas a mão e muito bem envernizadas, uma pena estarem totalmente cobertos por poeira, o Padre Guilherme não teve dificuldades em identificar que estava numa sala de confessionários.
Seven Elders - Capítulo II 54179712
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Qua Set 11, 2019 11:45 am

Universidade Columbia, NEW YORK

Outis

O Tremere mais uma vez viajava "a trabalho" e desta vez o seu destino seria Nova York. A Big Apple era conhecida por ser um dos pilares da Camarilla no Novo Continente e diferente da maioria das cidades ela possuia 3 Capelas Tremere. Outis conhecia a estrutura da pirâmide suficientemente bem para saber que 3 Regentes de cidades distintas brigando por um status de Pontífice já era perigoso, agora 3 Regentes dentro de uma mesma cidade... Definitivamente isso não teria como durar muito.

Durante a viagem Owen aproveitou para ler o Relatório que lhe deixaria a par dos acontecimentos... Em resumo o documento informava que:

  • Os movimentos Sabá cresciam nos arredores da cidade;


  • Haviam indícios que a Espada de Caim tramava um grande e massivo ataque;


  • Tremeres mais sensitivos destacavam uma perturbação no fluxo de magia;


  • Um grupo da Camarilla conseguiu com o apoio de um Gangrel de Denver atacar uma localidade Sabá e capturar um Bispo Malkaviano;


A última informação era o motivo da viagem do Tremere, o Bispo Sabá havia sido capturado mas até aquele momento nenhum membro havia conseguido extrair alguma informação útil da cabeça daquele lunático e já que pelos poderes do sangue ninguém havia conseguido, Owen Thoreau, especialista em interrogatório, foi chamado...

Outis ainda não havia visitado essa Capela especificamente e conhecia muito pouco sobre a sua regente, Charllotte de Brandemburgo. A Capela localizava-se na Universidade Columbia e pelas características de suas instalações, ela deveria ser totalmente voltada a pesquisas. Assim que chegou o Cainita foi levado imediatamente a Regente.

Charllote de Brandemburgo:

Charllote estava de costas quando Outis entrou na sala...

- Seja bem-vindo a nossa cidade, estamos muito fe... - quando a Regente se virou e se deparou com a visão do Tremere, ela não conseguiu esconder a surpresa - Holy fucking shit jesus crap! Rapaz você é feio ein! Já vi sobreviventes de explosões nucleares terem uma aparência melhor que a sua... Desculpe-me mas eu preciso me recuperar - Ela se dirige a um recipiente metálico que encontrava-se em cima de uma mesinha no canto da sala e despejou um líquido rubro dentro de uma taça - Servido ? Creio que você não vá gosta, é vinho... Apesar de não me agradar como agradava quando eu era mortal, é um hábito que ainda costumo ter... Onde estava ? Ah... sim... estamos realmente felizes com a sua ajuda, já tentamos de tudo mas a mente dele é um labirinto, creio que nem... - Ela novamente o encarava fixamente- Quando tivermos tempo eu adoraria saber o que aconteceu com você, deve ser... fascinante... Um pouco trágico do ponto de vista estético, confesso... mas fascinante... Como eu dizia, nem mesmo ele deve entender a sua mente doentia, sinceramente achamos que um interrogatório também não surtirá nenhum efeito, mas não podemos descartá-lo antes de esgotarmos todas as hipóteses, certo ? - Ela sorriu gentilmente, tentando quebrar o clima constrangedor que dominava o ambiente - Quando estiver pronto alguém o conduzirá até o Bispo.
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Outis Qui Set 12, 2019 9:52 am

Quem diria que, "no fim", minha aposentadoria seria tão boa. Viajando para lá e para cá, ganhando não muito bem, mas mais do que o suficiente. Logo eu, um maldito em todos os sentidos da palavra. Tive alguns contratempos, confesso, mas a balança ainda pende para o meu lado. Me pergunto como os outros vão reagir a minha mais nova e bela aparência. As Harpias certamente ficarão loucas hehehe - "Fiquem calmas, tem bacon pra todo mundo..." - será magnifico.

O trabalho é mais do mesmo, e as informações, com exceção de uma, também são mais do mesmo. Será que um dia serei um desses Tremere que percebem essas perturbações no fluxo de magia? O primeiro passo certamente é dominar o Auspícios, mas ainda estou longe de tal feito, bem longe. Nesse aspecto realmente não tenho a mínima chance de retirar algo do Lunático, terei que realmente ir no modo oldschool se quiser ter algum sucesso.

Pensando bem, não é preciso ser nenhum gênio para saber que essa perturbação está sendo causada pela aglomeração de Regentes e suas respectivas Capelas, sabe-se lá o que eles tramam um contra o outro. Não duvido nada que algum deles possa até mesmo estar envolvido no ataque eminente da Espada de Caim. Bom, não adianta ficar especulando, melhor eu arrancar tudo desse maldito Bispo e confirmar minhas suspeitas iniciais.

É hora de conhecer Charllote Brandemburgo, deve ser uma super intelectual louca das pesquisas mirabolantes, sua Capela indica nada menos que isso.

— Acho que é seguro dizer que sobrevivi a uma energia maior que uma explosão nuclear, então não é de se espantar que eu seja mais feio, mas você me pegou em um dia ruim, geralmente eu sou mais bonitinho. - Digo em tom descontraído. Ela ficou bem espantada, e já deve ter visto muitas coisas nesse mundão a fora, pelo visto a coisa tá feia mesmo. Será que tem concerto? — Muito obrigado, mas a última coisa que quero é sujar seu chão daqui alguns minutos. Gostava de um bom whisky antigamente, mas já fazem muitos anos, sequer recordo do sabor. Nada como uma boa e velha vitae. - Afirmo enquanto espero ela terminar o diálogo. — É uma história bem curta na verdade, envolve uma Regente, um objeto mágico e minha vontade de explorar os poderes do Auspícios. Acredito que você possa imaginar alguns resultados, mas com certeza podemos entrar em detalhes após eu concluir o trabalho. - Faço uma pausa.  — Mas me diga, acha que algo assim - aponto para meu rosto - pode ser revertido? Eu não duvido de nada nesse mundo, mas não faço ideia por onde começar a procurar por algo assim.
Outis
Outis
Administrador
Administrador

Data de inscrição : 24/04/2010
Idade : 33
Localização : Califa

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Qui Set 12, 2019 9:07 pm

Universidade Columbia, NEW YORK

Outis


Acho que é seguro dizer que sobrevivi a uma energia maior que uma explosão nuclear, então não é de se espantar que eu seja mais feio, mas você me pegou em um dia ruim, geralmente eu sou mais bonitinho.

Era perceptível a imediata anotação mental que a Tremere fazia.

Muito obrigado, mas a última coisa que quero é sujar seu chão daqui alguns minutos. Gostava de um bom whisky antigamente, mas já fazem muitos anos, sequer recordo do sabor. Nada como uma boa e velha vitae.
...
É uma história bem curta na verdade, envolve uma Regente, um objeto mágico e minha vontade de explorar os poderes do Auspícios. Acredito que você possa imaginar alguns resultados, mas com certeza podemos entrar em detalhes após eu concluir o trabalho.

- Ah, é fascinante o risco que podemos correr em busca de conhecimento e poder, concorda ? Confesso que também já passei por maus momentos.

Mas me diga, acha que algo assim pode ser revertido? Eu não duvido de nada nesse mundo, mas não faço ideia por onde começar a procurar por algo assim.

- Uma coisa que aprendemos nessa vida amaldiçoada é que não existe nada definitivo... Bem, vejamos... Você me permite ?  

Charllote pega delicadamente o dedo indicador direito daquela aberração a sua frente e com suas presas faz um pequeno furo, que não chega a incomodar o Cainita, então ela apara com a palma da mão as pequenas gotas de vitae que caíram do dedo de Outis e após esfregar o líquido rubro em sua palma a Tremere o encara fixamente, os poucos segundos que ela permaneceu desta forma causaram um certo incômodo no Cainita.

- Algo de estranho está acontecendo com você... - ela percebeu que essa informação ele já tinha - O que eu quero dizer é que não precisamos entender o que aconteceu especificamente no momento em que isso aconteceu... Afinal, sem achar o item que causou esse estrago ou quem o criou é praticamente impossível descobrirmos a fonte... O que podemos tentar descobrir é o que que está impedindo o poder de sua vitae em recuperá-lo desses ferimentos... É nesse ponto que eu digo que algo de estranho está acontecendo, eu não consigo explicar, mas parece existir um estranho vínculo da sua vitae com alguma coisa que está restringindo o seu poder... E isso é sério... É perigoso, não só para você, mas para todos nós...

Charllote agora demonstrava uma expressão séria.
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Padre Judas Ter Set 17, 2019 8:26 pm

"Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca." - Lamentações 3:25

Chega de espera. Se a montanha não vem até Moisés, Moisés vai até a montanha. Passou por uma cerquinha com facilidade, cruzou um pátio de concreto mal cuidado e leu as impressões na maçaneta da porta principal.

Sim, a criatura nefasta passou por aqui. Sabia que o que estava vendo ou sentindo era do mesmo dia que encontrou o Demônio do Cálice aqui. Talvez o caído tenha ordenado ao homem sua retirada. Talvez tenha chegado tarde demais. Talvez não. Continuou alerta e preparado a emboscadas. Judas sentia a convicção no coração do homem a fé que tinha no sucesso. Sentiu pena dele por saber o quão enganado ele estava. Nenhum mestre é tão grande quanto o Senhor. Todos que se opuserem a Ele já estão fadados ao fracasso. E é triste que ele esteja do lado errado.

Entrou por uma porta mais discreta e menos óbvia. Em um encontrão, arrombou a fechadura. Tentou abafar o som, mas é impossível fazê-lo completamente. A Ofuscação permaneceu. Identificou o lugar como sendo o confessionário da Catedral. Aguçou a visão para ver naquele ambiente de pouca iluminação. Procurou por pistas.

Sabia que havia grandes chances de encontrar informação essencial à sua caçada nas impressões das cabines do confessionário, mas pairou dúvida sobre a validade ética da estratégia. O sigilo sacramental permitiria que ele, enquanto Padre, bisbilhotasse os pecados alheios? De certo ele não poderia divulgá-los, mas poderia ele buscar conhecê-los? Quantas almas poderiam ser salvas se as informações ali contidas revelassem-se úteis? Ah, Deus sabe que suas intenções são boas! - Parce mihi domine! - E o fez.
Padre Judas
Padre Judas
Administrador
Administrador

Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 30
Localização : Brasília - DF

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Qua Set 18, 2019 9:07 pm

Catedral de São Pedro, Scraton, Pennsylvania.

Padre Judas

As paredes e portas grossas, características das construções antigas, abafavam por completo o som da chuva que insistia em cair. O silêncio claustrofóbico que imperava no interior da Catedral era uma vantagem para o Padre, que buscava, agora de forma ativa, a sua presa. Ele sentia que seria capaz de ouvir uma agulha caindo no chão do outro lado da construção... O local estava um completo breu, mas utilizando-se de seu dom sensorial o Cainita fez com que a escuridão do ambiente deixasse de ser um obstáculo.

Olhando ao seu redor o Padre se deparou com diversas cabines de confessionário, um dos pilares da fé cristã, onde qualquer um poderia se arrepender de seus pecados, assumir suas fraquezas mundanas e se redimir perante a Deus. Várias pessoas se conectaram espiritualmente com aqueles objetos, com certeza teriam diversas impressões naquelas superfícies, pensou o Padre Judas e por um momento ele refletiu se fazer aquilo não seria quebrar um sigilo sacramental acordado entre os fiéis e a igreja, mas logo chegou a conclusão de que suas intenções eram boas.

Ao tocar um objeto deixamos impresso ali as nossas emoções, as nossas sensações, quanto maior o laço sentimental com o objeto mais marcado ele ficará. Os mortais limitados não eram capazes de ler e extrair essas informações, porém os Vampiros, criaturas imortais dotadas de poderes sobrenaturais, podiam. E ali estava o Padre Judas, em frente ao confessionário de madeira... e como fez anteriormente tocou o objeto com a parte oposta de sua mão, concentrou-se como sempre, buscando qualquer marca deixada naquela superfície, porém nada aconteceu. Tentou novamente em outra... nada, mais uma... nada... O problema não era a superfície em si, na verdade era a sua capacidade de lê-las, era de certo modo o seu próprio poder, algo ali o estava impedindo de usar os seu poder de forma satisfatória.

O Padre prosseguiu explorando a Catedral, o silêncio era tão profundo que ele quase conseguia ouvir seus próprios passos ofuscados. O abandono visto na parte de fora se refletia em toda aquela construção, poeira, teias de aranha, sujeira... Um sacrilégio com aquele lugar que deveria ser sagrado, porém estranhamente não havia nenhum sinal de que o local pudesse estar sendo usado por moradores de rua, certamente um lugar completamente abandonado daquele porte teria, no mínimo, fezes e mijo espalhados, mas não ali. Zadiel prosseguiu até chegar ao salão principal, onde eram celebradas as missas. Belíssimas obras sacras, esculpidas em ouro adornavam o ambiente, imagens de santos, cruzes... tudo estava ali, intacto, sujo mas intacto. Mas de tudo que ele pode ver naquele ambiente somente uma coisa chamou a sua atenção... No centro do altar, no meio do assoalho de madeira, algo chamou a atenção do Padre Guilherme, ele não sabia explicar, ele simplesmente sentia, o padrão da madeira, alguns feixes de luz, algo não estava certo... Ele então se aproximou, concentrou-se naquele ponto específico e com bastante cuidado o Padre Judas o tocou, percebendo que tratava-se de uma ilusão, no mesmo instante ela se desfez, revelando uma escada iluminada que descia até um corredor mas dali de onde estava não dava para ver mais nada além disso.

Aquilo não parecia ser uma armadilha, a ilusão era quase perfeita, se não fosse o domínio extra-sensorial do Salubri ele jamais teria percebido, pouquíssimos cainitas conseguiriam enxergar aquilo e nenhum humano com certeza... Porém se alguém estivesse esperando especificamente por ele...
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Padre Judas Qua Set 18, 2019 10:06 pm

"Um homem sozinho pode ser vencido,
mas dois conseguem defender-se.
Um cordão de três dobras
não se rompe com facilidade."
- Eclesiastes 4:12




Fora das grossas paredes da Catedral, a chuva iniciava sua sinfonia percussionista. Dentro, o som abafado das gotas pareciam um sonho distante. Nem mesmo os passos macios do Padre Guilherme eram capazes de quebrar o silência palpável do cômodo. O efeito da Ofuscação trabalhava em camadas. Zadiel passaria desapercebido por tudo e por todos, mas ainda que fosse revelado de alguma forma, a enorme espada medieval de duas mãos, pendendo em sua cintura, permaneceria oculta.

Quanta história deveria haver nos confessionários... anos e anos, décadas, talvez séculos. A impressão mais forte seria a de um dos cultistas? Haveria alguma revelação para esclarecer o caminho da caçada? Não. Por mais que tentasse, nada era revelado. Obviamente um objeto como aquele esteria impregnado de informação, mas Judas não conseguia interpretá-la. Sequer acessá-la. Era como se algo ou alguém estivesse o impedindo. Ainda assim, não conseguia sentir nenhuma presença maligna. Nunca se deparou com um demônio poderoso o bastante para ocultar-se da sua sensibilidade para o mal. As vezes era difícil sentir exatamente de onde vinha sua presença, mas agora... nada. O que via contrariava o que sentia.

Continou caminhando, adentrando a Catedral. Um local que antes fora tão belo... abandonado às aranhas e à poeira. Um verdadeiro desperdício. Quantos irmãos e irmãs poderiam estar diariamente aqui louvando ao Senhor, cultivando a sua fé e mantendo-se distante das tentações do mundo? Buscando a Salvação em Cristo. Moveu-se até o altar, examinando cada canto do templo, buscando por pistas com sua visão aguçada. E, ali, no centro do altar, encontrou algo escondido. Oculto com meios sobrenaturais, descoberto com sua Fé.

Alcançou o seu celular e digitou uma mensagem em SMS para Garret: "Encontrei atividade sobrenatural na Catedral em Scranton. Se eu não der notícias até o amanhacer, reúna os homens e venha investigar. Tenha cuidado e que Deus o abençoe." Enviou. Garret Meyer era um dos seus aprendizes mais proeminentes e capazes. Diferentemente de Max, a vida fez com que amadurecesse rápido e as Forças Armadas deram treinamento militar precioso na nossa área de atuação. O próprio Zadiel o treinou no combate de espadas e o guiou no caminho de Jesus.

O Salubri desceu pelas escadas.
Padre Judas
Padre Judas
Administrador
Administrador

Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 30
Localização : Brasília - DF

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Qui Set 19, 2019 9:48 am

Catedral de São Pedro, Scraton, Pennsylvania.

Padre Judas

"E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se
perante o Senhor, veio também Satanás entre eles.
Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens?
E Satanás respondeu ao Senhor, e disse:
De rodear a terra, e passear por ela."

Jó 1:6,7

Em outros tempos o velho Padre teria que escrever um bilhete e instruir algum animal para levá-lo até os seus irmãos de batalha, mas hoje havia aquele pequeno aparelho eletrônico. Um pouco desajeitado ele digitava instruções ao seu fiel escudeiro Garret Meyer: "Encontrei atividade sobrenatural na Catedral em Scranton. Se eu não der notícias até o amanhacer, reúna os homens e venha investigar. Tenha cuidado e que Deus o abençoe.". O eclesiástico sabia que suas instruções tinham que ser claras, seu acólito era impetuoso e poderia atrapalhar sua investida caso tentasse "o ajudar" antes do tempo. Mas daquela forma ele entenderia. Porém a mensagem era mais por uma precaução protocolar, Padre Judas acreditava em sua fé, ele sabia que ela lhe faria sentir caso houvesse algum mal naquele local... E de qualquer forma, sua inseparável espada repousava, sempre pronta, em sua cintura.

Zadiel iniciou sua decida pela escada e logo percebeu que a partir daquele ponto não havia mais a aparência de abandono que tinha no resto da Catedral, não haviam teias de aranha ou acumulo de poeira fora do normal e algumas luzes fracas iluminavam o caminho... Continuando sua descida o Salubri percebeu que além do corredor que agora se encontrava, a escada prosseguia descendo, haviam dezenas de portas e, no mínimo, mais um andar abaixo daquel, Zadiel sabia que explorar tudo aquilo levaria muito mais tempo do que ele possuia. Quando o Cainita parou para concentrar-se na sua estratégia e calcular seus próximos passos, ele pôde ouvir um ruído fraco que vinha da escada que continuava a descida, Judas seguiu o som até poder ouvi-lo minimamente bem... Tratava-se de uma fraca e agonizante respiração, parecia ser os últimos suspiros de algum mortal. Ao chegar no que seria o próximo andar, o Padre se deparou com um pequeno corredor, de no máximo 8 metros de comprimento, a escada o deixava bem no meio, no final do corredor a sua esquerda, onde se originava o som da respiração, estava uma grande porta de aço, haviam várias fechaduras espessas do lado de fora, como se o objetivo da porta fosse impedir a saída dela e não a entrada, aparentemente seria simples abri-la... No final do corredor a direita, a escada continuava a descer, porém nenhum som audível vinha daquela direção...
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Padre Judas Qui Set 19, 2019 10:00 pm

"Eu sou Deus, o Deus de seu pai", disse ele. "Não tenha medo de descer ao Egito, por­que lá farei de você uma grande nação. - Gênesis 46:3


Orou mentalmente. Seus lábios se moviam em silêncio antes de beijar a cruz em seu pescoço. Então iniciou a descida, os sentidos aguçados. Visão, para aplacar a escuridão. Olfato e audição para identificar possíveis emboscadas, agressores e vítimas.

Desceu o primeiro andar e, quando iria examinar os cômodos do corredor que se estendia, ouviu sons vindo do piso inferior. Sons de uma respiração fraca. Sons de alguém morrendo. Uma vítima ou uma armadilha? Não tinha como saber. Não sem perder tempo precioso. Por hora, ignorou o primeiro subsolo e seguiu direto para a origem dos sons.

Deu de cara com uma porta de metal, com vários ferrolhos. Quem quer que tenha o aprisionado ali dentro, não imaginou que alguém viria a seu socorro. Guilherme abriu a porta com um pouco de hesitação. Aquilo lhe parecia muito suspeito, mas não poderia negar ajuda, caso estivesse enganado.
Padre Judas
Padre Judas
Administrador
Administrador

Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 30
Localização : Brasília - DF

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Qui Set 26, 2019 10:19 am

Catedral de São Pedro, Scraton, Pennsylvania.

Padre Judas


Ao iniciar a exploração no subsolo daquela catedral o Padre se deparou com um som que parecia uma respiração de alguém prestes a sucumbir. Seus instintos lhe indicavam que aquilo poderia tratar-se de uma emboscada, mas o Padre não conseguiria conviver com a sua consciência caso ignorasse aquilo e realmente fosse uma pessoa necessitada. Então com a fé em seu Deus o Padre Judas vai em direção a porta. Os ferrolhos eram apenas para impedir alguém de sair daquele local, mas não ofereciam dificuldades a alguém que desejasse entrar.

O cainita foi abrindo um por um, até que a porta estivesse totalmente destrancada. Com a máxima cautela que poderia ter naquela situação ele abriu a pesada porta. Zadiel se deparou com uma sala escura, devido a umidade do ambiente o chão possuía uma fina película de água, não haviam janelas, a única entrada ou saída era pela porta que acabara de atravessar, aquele local não era estranho, o Padre sentia que já estivera ali... Com muito cuidado ele foi entrando e ao ver o que tinha no fundo da sala ele soube que, definitivamente, já estivera ali, não fisicamente mas num campo metafísico, era aquele lugar, as paredes, o teto alto, a umidade, agora ele se lembrava... Só não estava o cálice no centro da sala e nem o corpo pendurado no teto, mas não havia tempo para isso, as jaulas permaneciam como vira antes e o homem também estava lá, caquético, jogado no chão, a beira da morte.
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Padre Judas Qui Set 26, 2019 11:09 am

"E respondeu-lhes: Ide, e dizei àquela raposa: Eis que eu expulso demônios, e efetuo curas, hoje e amanhã, e no terceiro dia sou consumado." - Lucas 13:32

Então estava certo. O Demônio do Cálice estava aqui, mas fora retirado às pressas por seu lacaio como covarde que era. Não poderia esperar nada diferente. O danado provavelmente poderia sentir quando Zadiel o espiava com o dom dos Auspícios e então providenciaria a mudança de seu esconderijo. O Padre Judas encontraria quantas vezes fosse necessária.

Ao ver o homem estirado no chão, ferido e moribundo, o Padre Guilherme não teve outra reação a não ser correr ao seu encontro. Tomou-lhe em seus braços, suspendendo o tronco do enfermo sobre joelhos e aconchegando sua cabeça na sua mão esquerda. Com a mão livre, tocou a jugular procurando sentir seu pulso e outros sinais vitais (Valeren 1). - Ainda não é a tua hora, criança.

- Vamos, viva!
- Mordeu seu próprio pulso com os caninos afiados e deixou escorrer a vitae nos lábios do homem. Não era do seu feitio transformar os mortais em Carniçais, tampouco colocá-los sobre o jugo sobrenatural do Laço de Sangue, mas para salvar a vida do seu resgatado não pensaria duas vezes em usar o poder do sangue. - Cura as feridas deste pobre homem, Senhor! Permita que ele viva! Derrama sobre ele a água da vida!
Padre Judas
Padre Judas
Administrador
Administrador

Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 30
Localização : Brasília - DF

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Qui Set 26, 2019 11:45 am

Catedral de São Pedro, Scraton, Pennsylvania.

Padre Judas

O velho Padre pegou o homem e o repousou confortavelmente em seu braço, ele tateia o pescoço do moribundo tentando sentir alguma pulsação enquanto foca no seu poder, a pulsação era fraca mas existia porém o fluxo de força da vida daquele homem ele não conseguiu sentir, tentou mais algumas vezes, concentrado-se mais, mas todas tentativas foram fracassadas, algo naquele lugar estava limitando os seus dons.

- Ainda não é a tua hora, criança.

- Vamos, viva!

O cainita tentou usar a força de seu próprio sangue para prorrogar a vida daquele mortal, porém assim que sua vitae saia de seu corpo transformava-se imediatamente em pó, era como se o seu sangue perdesse os "poderes sobrenaturais" ao sair de seu corpo.

Nenhuma de suas tentativas estavam funcionando, enquanto isso o sopro de vida que sustentava aquele homem ia se esvaindo.
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Padre Judas Qui Set 26, 2019 12:55 pm


Quando o Toque do Espírito não mostrou as impressões contidas no confessionário, Zadiel ficou alerta mas não imaginava que todas ferramentas do sangue seriam simplesmente anuladas. Sempre se perguntou se elas são uma benção ou uma maldição. Independente do que seja, precisava delas agora. A vida de um homem dependia criticamente disso. Mas o diabo é ardiloso e muito mais antigo do que o Padre Judas. A herança de Saulot falhou em socorrê-lo no momento de dificuldades e até o seu sangue puro tornou-se pó ao deixar suas veias.

Se o lugar está profanado a esse ponto, precisava tirá-lo daqui o mais rápido possível. Assim, erguei o homem sob o ombro e colocou-se a caminho da saída. - O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. - Entoava ao passo que se dirigia o mais rápido possível em direção à porta e, após, subindo as escadas. - Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome... - Colocaria tudo de si na missão de salvar aquela pobre criatura.
Padre Judas
Padre Judas
Administrador
Administrador

Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 30
Localização : Brasília - DF

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Sex Set 27, 2019 11:07 am

Catedral de São Pedro, Scraton, Pennsylvania.

Padre Judas

A tentativa de usar seus poderes fracassaram, o Padre responsabilizava o local, que segundo ele deveria ser profano ao ponto de limitar os seus dons. A melhor solução seria sair dali o mais rápido possível... Então com o homem em seus braços, Zadiel colocou-se, o mais rápido que pode, a caminho da saída.

- O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. - Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome...

O Padre cruzaria a porta na qual entrou e então tentaria usar seus poderes novamente, certamente fora daquele local profano ele teria sucesso novamente. Porém ao cruzar a porta da Catedral o Padre foi surpreendido pelo moribundo que estava em seus braços... Misticamente o homem recuperou-se totalmente... o que antes era um corpo caquético de repente tornou-se um homem saudável e antes que o Cainita entendesse o que estava acontecendo o homem desvencilhou-se dos braços do Padre e saiu correndo, numa velocidade sobrenatural, em direção a rua.

Agora com seus poderes recuperado Zadiel usa a força de seu sangue para aumentar a sua velocidade sobrenaturalmente e começa a perseguir o homem que estava um pouco a sua frente. Ao atravessar o pequeno muro e chegar na rua o Padre Guilherme pode perceber um homem de terno preto e óculos escuro do outro lado da avenida, no momento em que ele toca o seu relógio o tempo desacelera e tudo fica em câmera lenta, somente os movimentos do homem permanecem na velocidade normal, então ele olha para o Padre Guilherme e fala:

- Obrigado meu amigo, jamais conseguiríamos resgatá-lo! Você pode continuar a nos perseguir ou salva esta senhora que será atropelada.  - O homem aponta para a rua e uma senhora de idade está prestes a ser atropelada. - Você decide!

No momento em que o tempo volta a velocidade normal o Padre calcula que poderia usar sua rapidez para salvar a idosa ou alcançar o homem que perseguia, mas não as duas coisas.

Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Outis Qua Out 09, 2019 11:04 am

— Realmente, alguns são capazes de tudo em troca de poder. As vezes vale a pena, outras não... Não obtive absolutamente nada em troca dessa queimadura, mas sendo sincero isso talvez seja culpa minha.

A regente parece intrigada com minha história, será que devo dar um voto de confiança? Tenho muito a perder, mas comparando-a com a Felícia deve ser um passeio no parque. Após sua solicitação, permito que ela faça o que pretende. Confesso que não esperava por isso, imaginei que fosse utilizar Auspícios ou algo do tipo. Mas agora é tarde para recuar, vou até o fim disso.

— Algo está restringindo meu poder? Realmente isso é extremamente estranho e perigoso para mim, mas porque isso pode ser perigoso para todos nós? - Aguardo sua resposta, então decido contar os detalhes da experiência.

— Durante o ocorrido tive visões de um deserto. Nesse deserto, eu era cercado por uma tempestade de areia que dilacerava todo meu corpo, meu sangue se unira a essa tormenta, deixando-a rubra. No olho da tempestade pude avistar duas pessoas, um estava em pé e o outro caído. O algoz que estava em pé possuía olhos vermelhos tomados pelo ódio e ira. Pude ouvir também uma terceira voz feminina que parecia vir de fora da tormenta. - Fazia uma pequena pausa para a Regente absorver as informações, então continuava- — O mais estranho de tudo isso é que o Algoz parecia notar minha presença na tormenta e num ato final de fúria arrancou o braço do corpo que estava no chão. Nesse momento a conexão acabou e voltei a si, quase morto. Segundo a regente foi um feito em tanto ter voltado vivo de toda essa experiência. Ela e muitos outros já haviam tentado extrair algo daquele artefato, mas eu fui o que foi mais além, e paguei o preço por isso.
Outis
Outis
Administrador
Administrador

Data de inscrição : 24/04/2010
Idade : 33
Localização : Califa

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Padre Judas Qua Out 09, 2019 2:01 pm

Ao cruzar a porta o homem se transformou. O fraco moribundo instantaneamente tornou-se vigoroso e colocou-se a correr. E seu receio provou-se legítimo, pois no exato momento em que sentiu o homem recuperando sua força, soube que havia caído em um armadilha. Libertou algo que não deveria ter sido libertado. Mas qual seria a gravidade de sua ação? O quão maligno e perigoso era aquele homem? Qual a sua função nos planos do inimigo?

Tão logo percebeu seu erro, colocou-se a persegui-lo. Zadiel é muito mais rápido mesmo considerando a velocidade sobrenatural do fujão. Mesmo assim, no momento que iria capturá-lo, era como se o tempo parasse. Não para o perseguido, mas para todo o resto. Um segundo homem, bem vestido, com terno e gravata se revela, agradecendo pela gafe do Padre. Armou-lhe uma sinuca de bico que Guilherme não precisaria nem pensar para fazer sua jogada. Ainda que sacrificasse uma bola, não deixaria uma inocente morrer para estar um passo mais perto de sua caçada.

O sangue ferveu em suas veias, permitindo que acelerasse e salvasse a vida de uma idosa do atropelamento certo. - Deus me colocou ao seu lado hoje, senhora. - Disse sorrindo. - Ore e agradeça a Ele.

Agora precisaria saber como faria para encontrar os dois homens. Poderia tentar seguir seu rastro com os sentidos aguçados, mas seria eficaz? Ou talvez voltar até a Catedral e buscar por mais pistas. Considerando a habilidade de pausar o tempo do homem de terno, eles provavelmente já estariam bem longe, de modo que o melhor seria voltar até a Catedral. Foi o que fez. Explorar os demais cômodos em busca de respostas.
Padre Judas
Padre Judas
Administrador
Administrador

Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 30
Localização : Brasília - DF

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Sex Nov 01, 2019 10:21 am

Nova York

Madeleine Burnier

Aquela carta mudara definitivamente a não-vida de Madeleine Burnier. Além das mudanças físicas, cravadas em seu corpo, o episódio mudou também a sua sanidade mental. A Malkaviana, agora, via a presença de um Santo, que surgia eventualmente para lhe pedir favores e tentar lhe tirar do caminho das trevas. Porém há alguns dias Madame Burnier começou a enxergar uma aura ao redor das pessoas... Algumas possuíam uma aura escura, outras possuíam uma aura clara e na grande maioria das pessoas a Malkaviana não enxergava aura alguma, ela chegou a conclusão que pessoas más eram envoltas com a aura escura e pessoas boas com a clara.

Como vinha acontecendo nas últimas "noites", a Malkaviana novamente sonhou com o nascimento de um bebê... Tudo, naquilo que parecia ser um quarto de hospital, era um grande borrão branco e iluminado, somente o bebê era distinguível, enrolado em uma toalha branca ele era entregue ao que aparentemente seriam seus pais, mas dessa vez o sonho continuou, como uma cena onde a câmera se afastava ampliando o campo de visão, Madame Burnier agora via de cima, o pequeno quarto onde o bebê nascera era rodeado pelas trevas, uma escuridão tão profunda e tão densa que sugava a luz que irradiava do bebê, era como se uma espécie de batalha estivesse sendo travada ali na fronteira entra a luz e as trevas... Pela primeira vez a Malkaviana pode ouvir algum som, era uma espécie de grunhido agudo, insuportável, como o som que davam aos alienígenas feridos em filmes sci-fi.

Ao despertar de seu sono sobrenatural Madame Burnier percebe que as marcas em suas mãos estavam sangrando, agora acordada ela tem a sensação de que seu sonho, estranhamente, parecia real.
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por R.Gato Seg Nov 11, 2019 12:39 pm

O sono amaldiçoado de Madeleine mostrava-se cada vez mais perturbado desde que conhecera o santo, sua mente que, devido o enorme impeto de controle da personalidade da Cainita, até pouco tempo mostrava estar sob  parcial controle, mostrava-se finalmente ceder a maldição de Malkavian.

Com a sanidade escorrendo entre os dedos Madeleine tentava encontrar sentido em seus delírios, abraçou as visões como missões entregues por seres superiores aos quais guiavam-na à redenção. A recuperação de sua memória e o resgate de sua filha foram a prova que ela precisava para acreditar nisso.

Entre a sensação desagradável de estar perdendo o controle e gratidão pelos milagres que abriram seus olhos para o que realmente estava acontecendo ela se senta na cama e olha paras as chagas por algum tempo, hipnotizada por aquele fenômeno a senhora agradece de forma silenciosa enquanto mirava o fio de sangue escorrendo por sua mão.

"Não posso acreditar que até pouco tempo atrás eu queria destruir minha filha e meu amado Charles, finalmente começo a perceber a maldição que paira sobre mim. Preciso retribuir essa redenção que o divino está me proporcionando. Esse bebê ou seja lá o que ele representa precisa de minha ajuda."

A senhora se limpa no banheiro e amarra bandagens nas mão e coloca elegantes luvas. Tentando entender o que era aquele sonho enquanto se arrumava, instintivamente usa os olhos do caos para tentar interpreta-los de alguma maneira, ou até mesmo receber alguma pista.

Olhos do Caos:
R.Gato
R.Gato

Data de inscrição : 08/07/2015
Idade : 33
Localização : Belo Horizonte

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Sex Nov 22, 2019 10:57 am

Catedral de São Pedro, Scraton, Pennsylvania.

Padre Judas

Enquanto perseguia o homem que acabara de libertar, Padre Judas foi obrigado a tomar uma decisão... Talvez para outros pudesse ser uma escolha mais difícil... Como no "Dilema do Bonde" de Philippa Foot, de um lado ele tinha um cultista, que de maneira subjetiva, livre nas ruas, poderia representar a morte de vários inocentes e do outro ele tinha de fato uma inocente prestes a ser atropelada, porém o Padre sequer cogitou uma outra opção, ali estava um ser inocente que ele poderia salvar e isso bastava.

- Deus me colocou ao seu lado hoje, senhora.

- Muito obrigada, meu Deus... muito obrigada! - Disse a senhora agradecendo ao Padre.

- Ore e agradeça a Ele.

Enquanto a senhora se recuperava Zadiel percebeu que o homem de terno retirou uma chave de dentro do seu paletó, colocou numa fechadura da porta de um prédio que existia ali e quando ele girou a chave um forte clarão branco irradiou pelas frestas e assim que eles passaram pela porta a luz se apagou, voltando tudo ao normal. O Padre chegou a investigar a porta que os homens entraram, mas não existia nenhum vestígio deles por ali, absolutamente nada, o que quer que eles tenham feitam, ali eles não estavam mais.

Zadiel já tinha caminhado muito para voltar a estaca zero e ali, naquela igreja, tinha que ter alguma coisa que lhe desse uma pista para encontrar aqueles homens, ele jamais deixaria se abater por um percalço. Ele então resolveu vasculhar cada cômodo até encontrar algo que lhe fosse útil. Porém agora ele se deu conta que o dia estava prestes a raiar, o tempo que ele tinha era o suficiente para voltar ao seu refúgio móvel e estabelecer suas seguranças ou iniciar uma busca e usar a própria Catedral como abrigo.
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Sex Nov 22, 2019 11:26 am

Universidade Columbia, NEW YORK

Outis

— Realmente, alguns são capazes de tudo em troca de poder. As vezes vale a pena, outras não... Não obtive absolutamente nada em troca dessa queimadura, mas sendo sincero isso talvez seja culpa minha.

— Algo está restringindo meu poder? Realmente isso é extremamente estranho e perigoso para mim, mas porque isso pode ser perigoso para todos nós?

- Eu sinto que você esta prestes a perder o controle de si mesmo e se tornar algo... - ela faz uma pausa tentando buscar a palavra certa - abominável, é como se uma força estivesse tentando controlar a sua própria besta... E isso poderia ser catastrófico... Mas eu preciso de mais detalhes...

— Durante o ocorrido tive visões de um deserto. Nesse deserto, eu era cercado por uma tempestade de areia que dilacerava todo meu corpo, meu sangue se unira a essa tormenta, deixando-a rubra. No olho da tempestade pude avistar duas pessoas, um estava em pé e o outro caído. O algoz que estava em pé possuía olhos vermelhos tomados pelo ódio e ira. Pude ouvir também uma terceira voz feminina que parecia vir de fora da tormenta.
[...]
— O mais estranho de tudo isso é que o Algoz parecia notar minha presença na tormenta e num ato final de fúria arrancou o braço do corpo que estava no chão. Nesse momento a conexão acabou e voltei a si, quase morto. Segundo a regente foi um feito em tanto ter voltado vivo de toda essa experiência. Ela e muitos outros já haviam tentado extrair algo daquele artefato, mas eu fui o que foi mais além, e paguei o preço por isso.

- Artefatos são algo poderosíssimos que atraem a ganância por poderes extraordinários, mas geralmente cobram um preço muito alto por isso. Desculpe-me, mas do jeito que você está não posso lhe abrigar aqui na sede principal da Capela, temos uma área segura aqui mesmo nas dependências da Universidade. Mas antes de tudo temos que restabelecer o seu Laço com a Pirâmide, você precisa do sangue do Círculo Interno isso é muito mais importante para nós Tremeres do que os jovens neófitos julgam saber. Espere aqui mesmo, já volto com o cálice.

Após cerca de 1 hora Charllote volta com o cálice e põe em cima da mesa.

- Você sabe como funciona, voltarei em breve para levá-lo a outra instalação. - Charllote se retira da sala, deixando o Tremere sozinho com o Cálice.
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Padre Judas Ter Nov 26, 2019 10:57 pm

É correto sacrificar uma vida para salvar muitas outras? Há muitas variações do Dilema do Bonde, mas todas elas consideram o valor de uma ou mais vidas e ação ou omissão daquele que se propõe a responder o dilema. Para o Padre Guilherme, é uma bobeira tentar responder essa questão, uma vez que ela ignora um elemento básico e primordial de toda existência: Deus. Zadiel não se conforma em sacrificar vidas humanas e tenta salvar todas elas. Ainda que falhe, tem plena consciência que o Senhor estará por trás das cortinas puxando Suas cordas para que tudo aconteça como deve acontecer. A vontade dEle é soberana, afinal.

Ver a velhinha agradecendo com tanto fervor aqueceu o coração do Padre, o que apenas reforçou sua certeza sobre ter tomado a decisão correta. Uma filhinha de Deus no caminho da salvação.

Ao voltar a sua atenção aos cultistas, viu o homem de terno utilizar o que parecia ser uma chave mágica para abrir uma porta qualquer que irradiou um forte clarão, entrando ambos pelo portal que se fechou logo depois da passagem dos homens. Ao analisar a porta, não foi possível encontrar nada de extraordinário ou que ao menos remetesse à travessia dos cultistas por ali.

Um caçador normal sentiria-se frustrado de ter tido tanto trabalho para não concretizar a captura ou, pior ainda, ter libertado um mal sem ter sequer ideia do tamanho da ameaça. Padre Judas não se esmoreceu na certeza de que traria punição ao Diabo e seus filhos nem por um instante. Sua fé na vontade do Santíssimo é mais forte do que tudo e ele sabe que a justiça divina tarda, mas não falha. "Para quem não desiste, o sucesso é só uma questão de tempo."

Com o Sol prestes a raiar, tinha duas alternativas: voltar até o trailer e armar suas seguranças ou procurar por um lugar para passar o dia dentro da Catedral, aproveitando o tempo da viagem até o trailer para investigar o local. O Salubri poderia até ter falhado hoje, mas isso não o deixaria menos cuidaso. A astúcia e a diligência foram os motivos pelos quais o Ciclope vivera por tanto tempo nessa profissão insalubre. Dormir em terreno desconhecido é praticamente suicídio e suicídio é um dos piores pecados conhecidos pelo homem.

Voltou para o trailer. Negociou com os animais das redondezas para a proteção do refúgio, oferecendo comida em retorno. Além disso, ocultou o veículo com o Dom da Ofuscação e orou pedindo proteção e discernimento até cair no sono. Ao acordar no outro dia, após a rotina de estudo e orações, alimentou-se e partiu para a Catedral, onde buscaria pelas respostas de seus questionamentos.
Padre Judas
Padre Judas
Administrador
Administrador

Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 30
Localização : Brasília - DF

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Qui Nov 28, 2019 12:56 pm

Catedral de São Pedro, Scraton, Pennsylvania.

Padre Judas



O velho padre era experiente o suficiente para saber que aquela derrota não significava nada, com paciência e fé ele tinha certeza de que teria a sua chance de levar aquelas criaturas a justiça divina. Não havia necessidade de atitudes precipitadas, com a iminência do raiar do sol, o Salubri decidiu ir repousar na segurança do seu refúgio.

Zadiel já era acostumado a acordar aos primeiros sinais da noite, porém desta vez, o cainita foi despertado um pouco antes por uma voz que vinha do lado de fora de seu veículo, uma bela canção era entoada.

Amazing grace how sweet the sound
That saved a wretch like me
I once was lost but now I'm found
Was blind but now I see

'T was grace that taught my heart to fear
And grace my fears relieved
How precious did that grace appear
The hour I first believed


A voz era suave e penentrante, sua frequência parecia ressonar diretamente em suas células, ela podia ser sentida e quase podia ser tocada.

My chains are gone, I'v been set free
My God, My Savior, has ransom me
And Like of flood, His mercy rains
Unending love
Amazing Grace

The Lord has promised good to me
His word my hope secures
He will my shield, my portion be
As long as life endures


O "coração" do cainita era tomado de uma sensação de paz única, que poucas vezes havia experimentado durante a sua existência.

My chains are gone, I'v been set free
My God, My Savior, has ransomed me
And like of flood, His mercy rains
Unending love
Amazing Grace

The earth shall soon dissolve like snow
The sun forbear to shine
But God, Who called me here below
Will be forever mine
Will be forever mine
You are forever mine


O homem encerrava a canção e deixava em Zadiel a sensação de que estava mais próximo do Divino.

Mas a voz "angelical" transformou-se em uma voz ríspida:

- Revele-se criatura das trevas, eu posso sentir a sua presença! Saia das sombras descendente de Caim, venha para a luz e me enfrente.

Para surpresa do Salubri, ao lado de fora do homecar, olhando para todas as direções, estava um Padre, com um terço nas mãos mãos, que visivelmente não enxergava através de sua Ofuscação.

Apesar de cedo, já era seguro sair do refúgio.

Seven Elders - Capítulo II D1b2q610
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Padre Judas Seg Dez 02, 2019 4:32 pm

Acordar aos embalos de tão bela melodia é, realmente, uma dádiva do Senhor. O clássico hino de John Newton muito bem conhecido e espantosamente bem executado encheu meu coração de ânimo do Espirito Santo, de modo que tornei-me revigorado para uma nova noite de obras. O canto deste Levita, como gostam de chamar os irmãos protestantes, sem dúvida era um dom de Deus.

Então a voz suave se fez ríspida e o destinatário da ralha não era outro senão eu. Espantei-me. Ele podia sentir minha presença, assim como eu posso sentir as criaturas malignas, o que demonstra algum grau de Fé Verdadeira e tem conhecimento não apenas sobre a existência dos vampiros, como sabe sobre Caim e sua descendência.

Cuidadosamente e sem fazer ruído, abri a porta do homecar, que permanecia sobre o manto do Ocultamento. Sua Fé não era tão poderosa a ponto de atravessar a Ofuscação, o que de forma alguma o desmerecia em qualquer sentido. O simples fato de poder senti-lo já é por deveras notável, mas também ofensivo para mim. Ainda que amaldiçoado, não pensei que a minha presença pudesse ser sentida com adjetivos tão vis como estes.

O que fazer? Não seria justo com o homem enfrentá-lo em combate. Nem Deus e nem eu nos agradaríamos disso. Devo ficar aqui e esperar que vá embora? Tampouco acho que este homem desistiria tão fácil. Parece diligente, como eu. Compreenderia as nuances de minha biografia? Não posso apostar cegamente que sim. Se estiver errado posso me ver forçado a duelar.

Sua aura é de um glorioso dourado brilhante repleto de faíscas. O ouro em seu espectro já era esperado, mas essas faíscas denotam o uso de magia. Seria o homem um Mago? Se eu, Cainita, posso ser temente a Deus, o que me fez pensar que o Mago também não poderia o ser?

- "E que benefício haveria para dois filhos de Deus batalhando entre si?" - Projetei minha voz em sua mente. - "Embainhe a tua espada, irmão, antes que fira alguém. Não sou como os outros Cainitas que conheceu. Se estou vivendo a segunda vida é porque esta é a Vontade do Senhor. Sua graça me mantém de pé para que eu obre em Seu nome. Essa é a minha dádiva e a minha cruz." - Sentei me nos degraus do homecar, enquanto observava sua reação. - Não somos inimigos, mas aliados. - Revelei-me, a voz pacífica sendo lançada aos ventos.
Padre Judas
Padre Judas
Administrador
Administrador

Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 30
Localização : Brasília - DF

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Poeta Sáb Dez 07, 2019 12:31 pm

Catedral de São Pedro, Scraton, Pennsylvania.

Padre Judas

- E que benefício haveria para dois filhos de Deus batalhando entre si? Embainhe a tua espada, irmão, antes que fira alguém. Não sou como os outros Cainitas que conheceu.

O homem a sua frente desaba sobre seus joelhos e apoiado com as duas mãos no chão põe-se a chorar.

Se estou vivendo a segunda vida é porque esta é a Vontade do Senhor. Sua graça me mantém de pé para que eu obre em Seu nome. Essa é a minha dádiva e a minha cruz. [...] Não somos inimigos, mas aliados.

O Salubri emergia das sombras diante do Padre que tentava recobrar suas forças.

- Eu sei irmão, eu sei, preferiria que você fosse igual aos outros, mas eu sei... Apesar de sentir o uso dos dons das trevas aqui, a sua presença é pura luz e por isso, por esse meu erro, o Inimigo do Senhor está mais forte agora. - o homem se levantava agora, limpando sua batina - Temos bastante assunto para conversar meu irmão, seremos mais fortes compartilhando o que sabemos. Vamos para a Catedral ? Lá estaremos mais seguros.
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Outis Sáb Dez 07, 2019 1:52 pm

— Prestes a perder o controle? Eu não perco o controle tão facilmente, se estivesse prestes a perdê-lo eu teria notado algo, não é possível... - Meu tom é de incredulidade e decepção comigo mesmo. - "Perder o controle é algo que me tira do sério. É uma falha gravíssima, algo que eu não tolerava em nenhum soldado e muito menos vindo de mim." - Me recomponho, então continuo. — Mas se o que diz é verdade, você terá minha total colaboração para entendermos e corrigirmos isso. - "Eu sou um homem de palavra afinal e jurei minha lealdade para o clã Tremere, apesar de ser bom não estar preso ao circulo interno, se o preço disso for perder o controle, eu não quero." - Apenas escuto as palavras da Regente e concordo com a cabeça. Apesar de não ser um maldito perfeccionista e maníaco do controle, o que mais me incomoda é essa força abominável do qual ela fala, como não notei nada disso? Eu preciso me livrar disso o quanto antes.

Enquanto Charllote vai em busca do cálice, fico pensativo, lembrando de todos acontecimentos dos últimos anos e chego a conclusão que essas malditas Regentes só me foderam ao longo do tempo... - "Será que Charllote é mais uma? Preciso ter certeza de que esse maldito cálice realmente tenha o sangue do conselho, não vai adiantar nada trocar uma abominação por outra." - Uma hora se passou até que Charllote voltasse, tempo suficiente para decidir minhas ações. Algo me diz que ela quer mesmo me ajudar, mas não custa nada verificar.

Assim que ela entra me levanto e a comprimento. — Bem-vinda de volta. - Após sua fala, respondo. — Ok, não irei demorar. - Após Charllote se retirar da sala, vou até o cálice e coloco minhas mãos nele, tento visualizar algo utilizando Auspícios¹. Caso não veja nada suspeito, irei tomar a vitae do cálice.

------------------------
¹ - Auspícios 3
Outis
Outis
Administrador
Administrador

Data de inscrição : 24/04/2010
Idade : 33
Localização : Califa

Ir para o topo Ir para baixo

Seven Elders - Capítulo II Empty Re: Seven Elders - Capítulo II

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 1 de 2 1, 2  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos