O Ruir do Velho Mundo: A Preparação

Rian

Marcilius senta novamente na cadeira a frente de Rian. Ele passa algum tempo olhando fixamente para os olhos do Gangrel, sua personalidade obscura volta a aparecer e nada que o "Forasteiro" fizesse permitiria ler o que se passava na mente do cainita. Ele apoia o cotovelo esquerdo na perna esquerda e a cabeça em sua mão, posteriormente pousando o braço direito em cima da perna. Após algum tempo ele fala para Rian:

- Não se preocupe com dinheiro, isso nós possuímos. Nós também já preparamos um passaporte para você. Vou ser sincero contigo, é possível que você tenha sido escolhido exatamente por ser um recém criado... Isso permitiria ao Príncipe lhe controlar melhor... - Ele levantava novamente, seu semblante voltava a sua personalidade divertida. - Mas acho que isso é só uma possibilidade... Se você aceitar minha oferta, quem sabe o quanto você irá crescer na Sociedade!! Vamos logo, imagine passar a eternidade remoendo o fato de não estar morando em uma mansão com uma vida mais do que boa por ter deixado essa possibilidade passar....

Rian observa Marcílius sentar e se ajeitar na cadeira enquanto ele fica de pé com os braços cruzados na altura do peito olhando enquanto aguarda as respostas do cainita. Rian repara as constantes mudanças na expressão da face daquele forasteiro...

"- Não se preocupe com dinheiro, isso nós possuímos. Nós também já preparamos um passaporte para você. Vou ser sincero contigo, é possível que você tenha sido escolhido exatamente por ser um recém criado... Isso permitiria ao Príncipe lhe controlar melhor... - Ele levantava novamente, seu semblante voltava a sua personalidade divertida. - Mas acho que isso é só uma possibilidade...Se você aceitar minha oferta, quem sabe o quanto você irá crescer na Sociedade!! Vamos logo, imagine passar a eternidade remoendo o fato de não estar morando em uma mansão com uma vida mais do que boa por ter deixado essa possibilidade passar....""

A verdade é que apesar das peripécias do forasteiro, incluindo o incidente das tiras, agora que o susto tinha passado, o Gangrel até que de certa forma simpatizou com aquele homem...

- Sabe Marcílius, você tem qualidades que eu admiro e respeito. Você é um homem sincero. Em nenhum momento escondeu que serei manipulado em um jogo de poder. E também ganhou minha confiança quando, mais cedo, disse que tiraria a tira dos meus dedos quando  me sentasse e cumpriu sua palavra. Para alguém que nunca teve riquezas materiais na vida, assim como eu, a palavra se torna aquilo de mais valioso que um homem pode possuir...

Em seguida Rian pensa sobre as possibilidades que a missão poderia abrir. Realmente a situação financeira ruim era um incômodo para o cainita, que tinha deixado a vida mortal há poucos anos e ainda seguia o código de conduta das artes marciais, ainda tinha humanidade, e enriquecer de forma ilícita ainda não estava nos planos do vampiro. Ao mesmo passo a missão poderia alavancar sua vingança. Rian ainda tinha uma longa estrada a percorrer a até que estivesse em condições de realizar seu objetivo. O Gangrel descruza os braços e caminha em direção ao forasteiro, chegando alguns passos mais perto.

- Você tem razão Marcílius! Ficar aqui nesse lugar, sem dinheiro, não vai me levar a lugar algum! Confesso que já estou ansioso pra fazer essa viagem! Eu aceito o seu convite. Enquanto isso você poderia me dar mais detalhes do que eu enfrentarei pela frente. Fique a vontade também para me contar sobre esse ator que você é. Quando era mortal você atuava em teatros?

OFF: Como vocês estão vendo, estou postando com uma frequência maior. Isso está acontecendo porque estou um pouco mais livre nessa semana, então gostaria de dar uma velocidade maior nessa primeira parte da crônica.

Papa Paradise

- Quantos anos você tinha quando foi transformado? - Perguntava Peter a Paradise

Robert desligava o telefone após responder a Paradise que iria tentar conseguir os livros solicitados. Peter escuta em silêncio a pergunta do Samedi. Nada muda em sua face, nenhuma modificação aparente é vista em seu comportamento.

- Não tenho ninguém a servir, estou aqui somente seguindo as ordens dadas pelo Príncipe. - Eles seguem no carro por mais algum tempo até que param em frente a um hotel que parecia ser um 3 estrelas, de aparência normal. Peter segue para o estacionamento e deixa o carro na vaga delimitada. Ao sair do carro, ele avisa a Paradise que eles pegarão o elevador para chegar até o quarto em que ele está hospedado. O "Cadáver" também é avisado que cada um possui um quarto e que há um salão unindo os quartos.

- Por enquanto você ficará em meu quarto enquanto eu vejo se os outros já voltaram. - Os dois entravam no elevador.

Rian

- Conto para ti enquanto estivermos indo... Como eu falei, tenho companheiros aqui e estamos no mesmo hotel, fiquei de te convencer a ir para a Escócia e antes de viajarmos, você irá conhecer os seus futuros companheiros. - Enquanto falava, Marcilius ia em direção ao corredor de caixas. - Podemos ir?

OFF: Ah então vou aproveitar que você está livre e vou repostar o quanto antes eu puder também.

Rian dá uma última olhada no galpão, girando o corpo 360º, como alguém que se despede de um local ou observa se não está se esquecendo de nada, andando dois passos de costa, vira-se novamente e segue Marcílius.
- Claro! Então vamos! Já estou curioso pra conhecer os meus companheiros de viagem!

Rian

Ao sair do galpão, Marcilius tranca o local enquanto fala com Rian: - Toda segurança é pouco. Não entendo como tem tanta malandragem nessa área, mas quase nenhuma segurança... toda essa área é de armazéns, mas quase não tem segurança... - Ele segue em direção a um carro que estava estacionado do outro lado do galpão, ponto em que não seria visto por Rian quando chegou.

Os dois cainitas seguem por entre as ruas. Marcilius ligava o som do carro, no qual estava tocando o "Outono" de Vivaldi. - Amo este compositor... e esta é a melhor 'estação' de todas... nada se copara a beleza desses arranjos... - Fazia uma pequena pausa. - Agora sobre a sua pergunta, atuei por muitos e muitos anos em Paris, Milão e diversos outros países do mundo. Além de atuar, também já cantei em óperas para pessoas tão importantes que até as pessoas mais incultas já ouviram seus nomes. Mas e você, o que podes dizer sobre a sua vida e não-vida, fui incumbido de lhe arrastar para nosso país, mas nada sei de ti.

Papa Paradise

Peter somente escutava enquanto Paradise falava. Quando é questionado sobre seu clã e o de seus companheiros, ele responde: - Em relação aos outros eu não posso falar, mas eu sou um Tremere.

O cainita da uma gargalhada ao ouvir sobre o Príncipe, mas nada responde. - Infelizmente isso será impossível mesmo. Nós temos regras que impedem que pessoas de 'fora' possam estar presentes no nosso encontro... imagine como um grupo secreto com um aperto de mão esquisito que somente os membros sabem como é feito, é mais ou menos assim que irá acontecer... mas não será muito demorado, em alguns minutos lhe chamarei para apresentar-lhe aos outros.

Paradise e Peter chegam ao 12º andar, local onde ficam os apartamentos do grupo de cainitas. O Tremere abre a porta do quarto e convida o Samedi a entrar no mesmo. Na entrada há um sofá, uma televisão e uma mesa decorada com um arranjo de flores e com um telefone em cima; um pouco mais a frente haviam móveis de madeira do início do século passado e uma porta que, como dito por Peter, levaria até o comodo de encontro entre os membro do grupo; a cama e uma outra televisão ficavam em um terceiro ambiente, juntamente com o banheiro.

Após mostrar o quarto para Paradise, Peter segue em direção a porta. Ele a abre e avisa à Paradise que o número da recepção está ao lado do telefone, se ele quiser pedir algo. Instantes depois o telefone toca, era o Tremere que informava ao "Cadaver" que o mesmo deveria seguir para o salão de encontro. Ao chegar, Paradise vê Peter juntamente com outro cainita, que se apresenta como Edward. Seu sotaque é bem carregado para o Alemão.

- Então parece que és o nosso primeiro triunfo nessa missão falida!

"- Toda segurança é pouco. Não entendo como tem tanta malandragem nessa área, mas quase nenhuma segurança... toda essa área é de armazéns, mas quase não tem segurança..."

-Realmente, quando eu e Scoth chegamos pensei que iríamos ter uma pequena "aventura" com essas pessoas mal encaradas aqui...

Dentro do carro Rian coloca o sinto de segurança. Raríssimas vezes Rian andou de carro depois que foi transformado, talvez isso explicasse alguns de seus hábitos mortais. Provavelmente um vampiro não teria problemas em sobreviver a um acidente de carro, mas é algo que ele fez naturalmente, já que sempre andava à pé.
"- Amo este compositor... e esta é a melhor 'estação' de todas... nada se copara a beleza desses arranjos..."

-Concordo! O som do violino é bonito. É violino não é? Ou estou errado? É que um pobretão como eu está mais acostumado a Cranberries, A-ha, Nirvana.... essas coisa que muita gente ouve em qualquer lugar.

"- Agora sobre a sua pergunta, atuei por muitos e muitos anos em Paris, Milão e diversos outros países do mundo. Além de atuar, também já cantei em óperas para pessoas tão importantes que até as pessoas mais incultas já ouviram seus nomes. Mas e você, o que podes dizer sobre a sua vida e não-vida, fui incumbido de lhe arrastar para nosso país, mas nada sei de ti."

-Sempre achei teatro interessante. Talvez você pudesse me ensinar algumas técnicas de encenação se tivermos tempo um dia. Você deve ser uma pessoa importante, ou talvez foi alguém famoso quando mortal, imagino....
Quando perguntado de si, Rian abaixa a cabeça e se destrai olhando para o lado de fora pela janela do carro enquanto pensa na sua trajetória. Talvez ele até tenha levado mais tempo nesses pensamentos do que supunha, então responde:
- Eu vi de uma família pobre e anônima. Nunca tivemos uma casa até eu e minha irmã sermos adotados por um velho mestre de Karatê japonês que morava nos EUA. O karatê é a única herança que eu tenho, então sempre que posso ensino uns truques a alguns neófitos assustados ou a alguns carniçãis de um qualquer ancião em troca de um trocado.

- Piaf pelo que sei de experiência de outras viagens, pode-se entrar ou sair da União Européia com uma soma inferior a 10.000 euros em dinheiro líquido ( ou soma equivalente em outra moeda) sem ter de declará-la às asutoridades alfandegárias, mas, de toda sorte, com as leis mudam com o passar do tempo busque se informar com a nossa alfandega por meio dos canais de contato e com casas de câmbio.-
* amadeo parte*

Ao sair de seu domicilio, Amadeo segue em direção ao caixa 24 horas para sacar o dinheiro que irá tentar usar para garantir uma conversa 'agradável'. Enquanto estava a sacar o dinheiro, alguém se aproxima do Giovanni e coloca a mão em seu ombro.

"tempo..tempo...tempo..sempre fugindo como lebre", preso em seus pensamentos o mafioso foi surpreendido por outro vampiro.

- E ai mano, está fazendo o que por aqui com esse brando de notas? - Claramente aquele que se aproximava de Amadeo era um vampiro, seu físico distorcido fazia com que qualquer um tivesse repulsa. Ele era alto, aproximadamente 1,85, usava uma roupa de rapper com uma corrente de ouro pendurada em seu pescoço e o pingente era uma letra 'R'.

- É uma vergonha, não é? As coisas que esse mundo nos obriga a fazer.-, diz  o mafioso, um sorriso abre em sua face como se tivesse contado uma piada que só ele havia entendido. A grande verdade é que apesar de ter sido pego de surpresa pelo outro membro, espiritualmente estava preparado para tudo, iclusive para uma noite de violência caso ela fosse necessária e já imaginava ele realizando sua "dança" sobre aquele pedaço de carne vampirica.  O primeiro golpe seria um soco com a direita, brutal, na boca do estomago, que faria esse mulambo balançar zonzo, depois um segundo soco no rosto, fazendo o sangue jorrar de seu nariz e boca e depois iria desferir um sem-número de golpes nas costelas, braços, no estômago e nas costas, exatamente como um pugilista às voltas de um saco de pancadas. O desejo de machucar e ferir outras pessoas só aumentará com o passar do tempo.
* Amadeo guarda o dinheiro na carteira colocada no bolso junto ao peito e abotoou o paletó.*
" manter a Mascara, lembrei dessa norma, que os príncipes cobram.", pensa o necromenta.
O mafioso franziu a testa e comenta: - O dinheiro em espécie é necessário, apesar de saber que nem todos aceitam dólares, sabe. Regas do Sistema Monetário, burocracia, Receita Federal.-
O sorriso volta lhe a face e continuar a falar: - Eu nunca perco oportunidade de fazer negócios, sempre estou disposto a tratar de espécimes de cães, gatos, ratos de esgoto e até cobras. O que me sugeriria?-
Amadeo não é um homem carismático e esta muito longe disto, porém ele é um negociador, em outras palavras, se eles passam por uma tempestade, ele é o sujeito que vende os guarda-chuvas.

OFF: Gostaria de pedir um teste de manipulação + lábia e vou usar 1 ponto de Força de Vontade

Rian

- Sim, são violinos... conheço pouco desse mundo do rock, mas sei reconhecê-lo em uma pessoa, e você é o que ouve... aprenda isso criança. - Marcilius dirigia o carro. - Quem sabe podemos conversar um pouco sobre isso, lhe ensinar teatro, mas acho que és um pouco duro de mais para isso... mas quem sabe, o talento pode nascer de qualquer lugar...

Marcilius ouve a história de Rian atentamente. Após alguns instantes a personalidade "divertida" do cainita volta a surgir. - Aula de Karate... Irmã... Ela também foi transformada?

OFF: Podes ficar a vontade para conversar com ele enquanto estão no carro

A conversa entre os cainitas seguia por mais alguns minutos até que chegam a um hotel básico (3 estrelas). Marcilius estaciona o carro e vai em direção a um elevador. - Venha comigo, você ficará no meu quarto por algum tempo, eu irei me encontrar com meus companheiros por um tempo e lhe chamarei. - Ele entra no elevador e espera por Rian. Ao chegar no andar do quarto, ele abre a porta e pede para o Gangrel sentar no sofá que estava no primeiro cômodo.

"- Sim, são violinos... conheço pouco desse mundo do rock, mas sei reconhecê-lo em uma pessoa, e você é o que ouve... aprenda isso criança. - Marcilius dirigia o carro. - Quem sabe podemos conversar um pouco sobre isso, lhe ensinar teatro, mas acho que és um pouco duro de mais para isso... mas quem sabe, o talento pode nascer de qualquer lugar..."

- Você parece ter muita experiência de vida, ou de não-vida, enfim....

"Marcilius ouve a história de Rian atentamente. Após alguns instantes a personalidade "divertida" do cainita volta a surgir. - Aula de Karate... Irmã... Ela também foi transformada?"

Instantaneamente Rian percebe que deu com a língua nos dentes. Enquanto abaixa a cabeça e desvia o olhar mais uma vez para fora da janela do carro ele relembra que não gosta de comentar da sua irmã com outros cainitas. Mas como Marcílius era um forasteiro e provavelmente não tinha nenhum interesse em Rian além da missão, ele completa o assunto:
-Não ela não foi transformada e também não sabe que eu fui. Rian dá uma pausa na conversa e depois volta a falar: -Bom, pelo menos não ainda...
Agora o Gangrel olha para o cainita que dirigia o carro e as palavras e expressões retraídas agora se tornam o inverso, expressivas. Entrava no assunto que ele mais gostava:
-Sim, isso mesmo! Karatê! Eu e minha irmã fomos adotados por um velho mestre japonês e ele me ensinou o legítimo e verdadeiro Karatê de Okinawa. Eu dava aulas em um dojo, fui professor quando ele ficou doente. Mas aí logo depois fui transformado e tive que parar com as aulas. Mas continuei treinando por anos nessas noites vazias. O saco de pancadas muitas vezes foi a minha companhia. Portanto, se algum dia alguém mexer com você, me chame que eu quebro a cara dele! Brincou o Gangrel. Mas e você? Tem muitos anos que foi transformado?

"- Venha comigo, você ficará no meu quarto por algum tempo, eu irei me encontrar com meus companheiros por um tempo e lhe chamarei."

Rian desce do carro e se dirige ao elevador. Depois, já dentro do quarto ele se joga em cima do sofá, de uma forma despojada como se fosse capaz de sentir cansaço.
-Lugar maneiro esse aqui hein? Estou começando a gostar desse negócio de ter dinheiro.

Papa Paradise

Paradise rolou 6 dados de 10 lados com dificuldade 8 para Percepção da Aura que resultou 5, 7, 1, 7, 7, 10 - Total: 0 sucessos.

A mente de Paradise estava em polvorosa, e como medida de precaução ele tenta 'ler' as emoções dos presentes na sala. Embora sua idade vampírica relativamente avançada o permitisse ter um bom conhecimento do mundo, era impossível entende o que se passava na mente e espírito dos presentes. OS sentimentos só começavam a vir a tona com os dizeres de Edward, que parece estar incomodado com a missão em si.

- Sim, eu sei quem és. Vocês são nossa missão. Só para que saibas, um outro irá entrar aqui daqui a alguns instantes. - Dizia Edward quando Peter o cortou.

- Não se preocupe com o que ele diz Sr. Paradise, ele só está "cansado", se é que posso usar esse termo. Dois de nossos companheiros ainda não voltaram com o companheiro que lhes foi designado e o próprio Edward falhou em sua missão. - Nesse momento Peter olha para o outro cainita com uma leve complacência, mas um sorriso quase imperceptível se forma em sua face. - Mas vamos lá, acalmemos os ânimos e esperemos pelo nosso mais novo companheiro. - Edward sentava-se em uma cadeira que estava em frente a uma mesa circular com oito lugares.

Amadeo Giovanni

Em um primeiro momento, a vontade de Amadeo era espancar o cainita que o abordava. Contudo, estar em uma cidade governada pela Camarilha possuía suas desvantagens e a possibilidade de quebra da Máscara 'acalmava' as mãos do Giovanni.

Amadeo rolou 6 dados de 10 lados com dificuldade 7 para Man+Lab que resultou 4, 7, 1, 10 (5), 10 (7), 1 - Total 2 Sucessos

- Então, que tipo de negócios estais interessado de fazer? Tem algo em mente ou posso lhe oferecer algo? Aqui no meu pedaço da cidade nós temos muitas informações e objetos que podem lhe interessar... - O Nosferatu se mexia muito enquanto falava e sua voz soava como se estivesse sempre a cantar. Ao longe, um par de olhos pode ser visto surgindo da escuridão. O cainita que falava com Amadeo virava para os olhos e assobiava para os mesmos, fazendo um movimento como que chamando o dono dos olhos.

Uma figura mais medonha surge. Tão alto quanto o primeiro, mas com uma boca gigantesca, suas presas mais lembravam as de um filhote de elefante. Seu rosto deformado e pele que parecia estar se soltando do corpo.

Esse ser se aproxima dos dois. Seu andar manco o impossibilitava de ser rápido, mas certamente um ataque dele poderia ser fatal.

- Este aqui é o meu amigo Francis... o que ele tem de feio, ele tem de resoluto em resolver problemas... Então, qual o seu problema?

Off: Desculpa a demora, estou me mudando de cidade, vai ficar meio tenso postar muito até arrumar tudo =/

Fuuma Monou escreveu:- O que estais fazendo Camille? Ouvi alguém me chamando... só eu escutei isso?

Enquanto falava ela fitava o chão como se estivesse com medo da reação de sua mentora, mas nunca com medo de falar a verdade para ela.

- Fui eu mesma Tia Charlly, perdão acordar a Senhora. Noite passada recebi um bilhete por baixo da porta, e assim que acordei fui ver do que se tratava e .... bom, acho melhor a senhora mesmo ver. Então ela colocava o vídeo para tocar mais uma vez, e prestava atenção caso visse algo que ela pudesse ter deixado passar na primeira vez. - Algum artefato antigo eu imagino, certo? O que será que eles querem dizer com "Cuidado com o futuro" ?

OFF: Vocês dois podem interagir agora. A partir do próximo post irei colocar as ações de vocês juntas.

Rian

- Sério? E ela não achou estranho o fato de, de repente, você não aparecer mais de dia ou sair com ela para fazer um lanchinho? - Gargalhava Marcilius enquanto dirigia o carro. - Desculpe-me se posso parecer irônico ou falar de forma errada de um enque querido, mas sua irmã é um pouco... como posso dizer... lenta, não? - Ele continuava a gargalhar. - Agora em relação ao meu tempo de transformação, digamos que sou um veterano nessas noites sombrias... - Após isso a conversa entre os dois cessava por algum tempo, já que eles chegavam em seu destino.

Dentro do quarto do hotel, Marcilius mostrava todos os cômodos para Rian. Era um quarto relativamente simples, com 3 espaços: Na entrada, onde agora está Rian, há um sofá, uma televisão e uma mesa decorada com um arranjo de flores e com um telefone em cima; um pouco mais a frente haviam móveis de madeira do início do século passado e uma porta que; a cama e uma outra televisão ficavam no terceiro ambiente, juntamente com o banheiro.

- Você dormirá aqui. Passarei por aquela porta agora e daqui a alguns instantes virei chamá-lo para lhe apresentar aos nossos companheiros de viagem. - Marcilius passava pela porta e reaparecia alguns minutos depois. - Venha comigo.

Os dois seguiam por um pequeno corredor escuro e curto. Três outros cainitas já estavam na sala. - Aquele é Edward. - Apontava para um cainita alto, loiro, aparentando ter seus 30 anos e estar em sua melhor forma. - Aquele outro é Peter. - Apontava para o outro cainita. Este era fisicamente menos vigoroso que Edward, mas também aparentava ter sido transformado por volta dos 30 anos, os cabelos eram de um amarelo quase branco e seus olhos azuis podiam ser vistos de longe. - Agora o terceiro deve ser um dos que viemos buscar...

Papa Paradise

Edward olhava para Paradise com 'sangue nos olhos', como se diz. Ele teria fulminado o Samedi se tivesse a possibilidade. Peter, vendo o que iria acontecer se aquela pergunta continuasse no ar, decide intervir. - A missão dele era um pouco mais complicada do que a dos outros. Ele não veio somente para procurar alguém, mas sim fazer algo a mais. Infelizmente o Príncipe pediu sigilo, então nem nós, seus companheiros de viajem, sabemos o que é...- Ele para por segundos e volta a falar enquanto abre um sorriso de satisfação. - Então, parece que o segundo chegou... Venha Marcilius, vamos aproveitar para apresentar nossos convidados...

Dois cainitas vinham por um corredor escura, semelhante ao que Paradise passou antes de chegar no salão. Um deles, provavelmente o Marcilius, era um cainita de estatura média, ruivo, com olhos de um azul hipnótico. Estava vestido com um terno marrom, e mostrava um belo sorriso no rosto.

- AH! Meu amigo Peter. Parece que também tivestes sucesso... quando iremos 'comer'? - Dizia Marcilius

- Estamos esperando Lamark e Robert.... o que será que aconteceu com eles? - Os dois se abraçavam e vinham andando em direção ao resto do grupo.

Camille

Charllote ficava imóvel enquanto assistia a segunda cena. - Eu conheço esse simbolo, mas já faz muito tempo que não o vejo... de onde mesmo você disse que obteve a informação para ver esse vídeo? E o que você quer dizer com
"Cuidado com o futuro"? Não vi isso em lugar algum...

Rapidamente o tablet apagava e nada conseguiria fazê-lo ligar novamente, pois de alguma maneira seus circuitos queimavam rapidamente. A Lasombra olhava para a pequena cainita esperando uma resposta quando a porta da rua abre e Garrick entra pela sala:

- O que vocês estão falando já a essa hora? ... Não tem importância, eu tenho que falar contigo agora Charllote. Já tenho a sua informação.

Charllote aponta para a porta e diz para que ele a espere lá dentro. Ela saia do quarto e fechava a porta enquanto colocava a mão no ombro de Camille e pedia para que a 'criança' contasse sua história antes que ela precisasse ir falar com Garrick.

Enquanto estava a falar, alguém bate na porta. Era Samantha que vinha com a touca que Camille havia pedido na noite anterior. Samantha percebe que pode estar atrapalhando e vai esperar a pequena cainita do lado de fora da casa enquanto ela termina de falar com a "Guardiã".

- Você me deu no que pensar agora... daqui a pouco sairei para retomarmos essa conversa. - Charllote entrava no quarto e facilmente se podia perceber que as notícias trazidas pela cria de Charllote eram pesadas. Por algum tempo só restaria a humana para fazer companhia a Camille.

Três horas depois, batem novamente na porta. Era um enviado do Arcebispo que trazia consigo todos os documentos necessários para a viagem das duas. Mais um dia e as duas cainitas estariam voltando ao Reino Unido.

-Sim, você tem razão, acho que ela é meio lenta mesmo... Rian não conseguia gargalhar da situação, mas soltava um sorriso forçado. Tinha aparentemente concordado com o forasteiro apenas para colocar um ponto final naquela história. Ele amava muito a irmã para caçoar dela ou permitir que outros o façam. Ele não tinha gostado do comentário de Marcilius e, para amenizar o desgosto, imaginou uma cena em que ele dava um soco no rosto de Marcilius, ali mesmo dentro do carro e, com o impacto do golpe, a cabeça de Marcilius voava para fora do carro pela janela. A verdade é que provavelmente a irmã de Rian já sabia de sua natureza vampírica, contudo, por algum motivo  não conhecido ela evitava falar da situação com o irmão.
Já no hotel, enquanto conhecia os aposentos, o Gangrel reparava o quanto o hotel é mais confortável e luxuoso que sua velha casa na periferia da cidade. Seria legal ter uma casa com um ambiente agradável como aquele, mas ele não tinha dinheiro para isso. Enquanto pensava nisso fora interrompido por Marcilius que o chamara para apresentá-lo aos seus companheiros. Enquanto caminhavam pelo corredor escuro ele pensava “quem será que seriam essas pessoas e como elas seriam...” O Gangrel não tinha amigos nem aliados entre cainitas. O único que passara mais próximo disso tinha sido o seu senhor, mas este estava envolvido em algum grande plano e nunca teve tempo para se dedicar de fato à sua cria, que teve que aprender muito sozinho.
Então ele vê os três cainitas.
-E aí pessoal? Meu nome é Rian, é um prazer conhecê-los. Rian diz a frase olhando para cada um dos cainitas de cada vez, em especial para o último, que seria um dos que teria sido trazido assim como ele o foi por Marcilius. Então Rian caminha em direção a ele, já que ele acreditava que os outros dois forasteiros não seriam muito diferente de Marcilius, com o qual ele não teve uma boa experiência. Talvez aquele vampiro teria conseguido alguma informação que Rian não conseguiu e o fato dele também ter sido aliciado pelos forasteiros, talvez fizesse com que estivesse mais disposto a compartilhar informações com Rian. Já mais próximo ele faz um gesto de cumprimento abaixando levemente a cabeça, como os artistas marciais o fazem.
- Olá! Tudo bem? Como você se chama? Então você também foi abordado por esses caras estranhos?

Ela contou, tudo exatamente como tinha acontecido, sem faltar ou omitir uma única palavra. Quando estava terminando de contar já estavam todos lá, Samy, Charllote e aquele detestável. Bom, o que se pode fazer não é mesmo.... Masa por sorte ela havia chego na hora certa, mas ainda faltava o resto, o que era essa tal "informação" que Garrick trazia a Charly? Hora de ouvir mais um pouco sobre tudo. ¹

Se comunicou por sinais com Samantha, fez para que entrasse e logo em seguida levando o indicador para a mão pedindo silêncio, qualquer barulho seria como um avião decolando do seu lado agora. Depois de ouvir o que precisava Camille ia com Samantha até seu quarto e trancava a porta. Agora era sua vez de segredinhos.

- Samy, sei que faz pouco tempo que somos amigas, mas eu preciso te pedir um favor. Eu e Tia Charly vamos viajar e não posso te levar junto dessa vez. Se quiser pode dormir nesse apartamento mesmo, mas eu preciso que você vigie esse bestão do Garick. Só não faça nada que te ponha em perigo ok? por fim dava um beijo na testa de Samantha e voltava para a sala de mãos dadas com ela.

Se passou muito tempo, e então outro mensageiro do Bispo chegou, Camille correu para a porta e a abriu sem cerimonia. - Chegou!! Os documentos Tia Charly, eles chegaram! Podemos ir agora!?

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¹ Auspícios 1 mais uma vez, aguçar a audição

Rian aceita o convite de Papa e se senta ao lado dele. Aquele cainita era diferente de todos os que Rian já tinha visto. Ele parecia ter muita experiência de não-vida. Ele percebe também que Papa está realizando alguma atividade invisível aos olhos do Gangrel. Habilidades que fugiam da esfera física não eram muito bem compreendidas pelo Carateca. Aparentemente aquele vampiro tinha muito mais experiência na Jyhad que o neófito Rian. As palavras de Papa ao mesmo tempo que causam medo no Gangrel, também transmitem segurança. O assunto se torna interessante. As poucas palavras e gestos de Papa foram suficientes para prender a atenção de Rian que desejava ficar ali e ouvir mais sobre o que aquele experiente vampiro sabia. O  Gangrel se aproxima um pouquinho e fala um pouco mais baixo para Papa.
- Aquele tal de Marcílius  usou um ex-aluno meu para me levar até ele. Ele é muito esquisito. Ele é um ator e vive como se a realidade fosse um drama. Ah! E pode ter certeza que ele também está participando da conversa, ele tem auspícios, embora não seja problema pra mim, porque o que vou dizer não é segredo nenhum.
-Ele me disse que um príncipe, que já esqueci o nome, está convocando vampiros para cuidar de um artefato mágico... O Gangrel interrompe a narrativa como se tivesse lembrado de algo importante.
-Falando em artefato mágico, meus dedos ficaram presos por uma tira de couro que ele colocou no dinheiro que era pra Scoth, aquele meu aluno... Achei que meus dedos iriam cair. Ele  disse que o feitiço foi feito por ele mesmo... Essas coisas mágicas, não é comigo.
Disse o Gangrel abaixando a cabeça e balançando a cabeça em um gesto que expressava negação. Em seguida ele volta a olhar para Papa, desta vez com a voz mais firme, como se não tivesse contando mais um segredo:
-Bom... então além desses problemas com artefatos mágicos, como se não bastasse, ele me disse que esse príncipe do Velho Continente está tendo problemas também com uma invasão Sabá. Muito perigoso para o meu gosto! Eu sei que sou apenas um peão nessa bagunça toda, mas sinceramente... Eu tenho algumas ambições, e talvez essa aventura possa me render alguma coisa. É como Marcílius disse, ficar aqui... eu só vou continuar sendo mais um neófito como muitos outros.