Nova Iorque está me matando - Parte Um

PS: 06/14
FV: 08/08
OBS:

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O visor mostrava um nome, não era bem o que Dezmond esperava ver em uma situação daquelas, mas ainda assim atendeu a mulher que não parecia tão doce quanto o nome sugeriu. Falava pouco e em um tom autoritário, sem nem mencionar os xingamentos e desligar subitamente. – Sweet.... Tá mais pra Bitter Hellen. – Por fim, a ligação acabava por ser inútil, apenas acabou por entregar informações sem receber nada em retorno, ainda não sabia exatamente com quem ou com o que estava lidando, mas talvez pudesse ter suas respostas do recém desperto Ringo, que por sinal era o nome real. “Eu jurei que era um nome falso...”

E o coroa não era o único a acordar, o policial também emitia um som denunciando-se. – Ah, que bom, ambos acordaram ao mesmo tempo.... Ótimo.... – Dizia com escárnio para o nada. – Eu já explico pra você as coisas, por favor só não comece a agir por impulso, eu não pretendo machucar ninguém. Principalmente você, afinal eu não te amarrei. – Direcionava-se ao policial, enquanto tentava passar tal impressão. O que na sua cabeça era totalmente verdade.

Agora, ao voltar o olhar para o sujeito amarrado, o tom mudava um pouco. – Você está em um lugar relativamente salvo.... A vizinhança não é das melhores, e tem o fato de você estar amarrado por que deu alguns tiros em mim.... Quantos foram mesmo? Três? Quatro?... Eu até iria entender um tiro de aviso na perna, mas você mirou na minha cabeça, vacilão, se fosse qualquer outro você nem ia acordar. Te amarrar é o mínimo que eu posso fazer pra garantir que você não vai sair por ai tentando me matar de novo. – Respirando fundo, com os pulmões em plena atividade, como normalmente costumava manter forçadamente, o Caitiff apanhava a droga pega no apartamento de seu fornecedor e começava a preparar o baseado. – Depois eu penso com o que fazer com você... Ah sim, a Hellen ligou, eu disse que você estava dormindo, ela não parecia de bom humor, mas conversamos sobre isso assim que eu acabar com meu outro amigo aqui. –

Novamente, o Neófito direcionava o olhar e as palavras a sua cria acidental. – Primeiramente, desculpe, você deve estar bem confuso. E novamente, desculpe, eu não pretendia que as coisas tivessem tomado esse rumo, eu só tentei ajudar e aparentemente eu fiz merda... Pois bem.... Pergunte o que tiver em mente, explicarei da melhor forma que puder, só peço que fique calmo, parece que nada mais está fazendo sentido, mas logo tudo vai ficar bem. – Tentava usar da empatia para me aproximar do policial, mesmo que não soubesse explicar todos os mistérios da não vida, podia ao menos dar algumas dicas básicas de sobrevivência para os primeiros dias. E também poderia se assegurar de que os danos que ele viesse a causar na sociedade fossem minimizados. Afinal ser responsável por um assassino em série sedento por sangue não parecia à melhor das rotas a se seguir se o plano fosse manter-se vivo.

- Eu não sei o quanto você lembra dessa noite. Mas você tem sorte de estar.... “Vivo” – Gesticulava as aspas no ar. – Você sofreu dois acidentes essa noite, atropelado violentamente duas vezes.... Uma delas por esse cara. – Apontaria ao Ringo que deveria ainda estar amarrado. – Mas até ai tudo bem, só que depois que ele atirou em mim a queima roupa eu achei que era perigoso deixar ele solto por ai.... – O que não era necessariamente uma mentira. Os fatos acabaram decorrendo de forma que aquela situação chegasse aquele ponto, mas não era mentira o fato de achar perigoso deixar um atirador maluco solto por ai. O próximo alvo poderia não ser capaz de se curar tão facilmente.

Neste momento, Dez esperava ter parcial controle da situação e a confiança de sua nova cria, uma vez que apontasse o maior culpado da situação e explicado suas ações que pareciam exageradas mas não eram tanto se parar para analisar pelo ponto de vista correto. – Meu nome é Dezmond.... Eu acho que sou o que chamam de “Seu Senhor” agora.... Mas esse tipo de formalidade não é muito a minha cara.... E você? Ainda não tivemos a chance de conversar, você passou o tempo todo correndo por ai ou ficando inconsciente. – Ainda que tentasse manter o clima descontraído, começava a sentir o peso de suas ações, as consequência de sua escolha. A vida a quem tinha condenado ao que para muitos podia ser visto como uma maldição, ainda que não fosse sua visão. – Você está familiarizado com o termo “Vampiros”, certo? – Perguntava esperando que até este ponto ele já tivesse conectado os pontos.

Uma vez que tivesse conseguido conquistar parte da confiança de sua cria, ou ao menos o suficiente para que ele permanecesse tranqüilo durante o restante do interrogatório, tentaria voltar a focar no real refém. – Okay Ringo.... Vamos logo ao ponto.... Por que caralhos Ringo? Seus pais eram fãs dos Beatles? Se sim, por que não Paul ou John, logo o Ringo?... – Se permitindo a divagar em pensamentos aleatórios, possivelmente pelo baseado, aos poucos ia retomando o foco. – Ah, e quanto ao tiroteio, que porra foi aquela? Sério que você não pensou em nenhuma outra forma de lidar com a situação? Se tivesse pedido pra mim descer eu descia de boa. Eu só queria ficar longe dos policiais naquela hora que você atropelou o meu amigo aqui. – Meneava a cabeça em direção ao negro. – E qual é a dessa arma? Tem porte pra isso? É ilegal? E quem diabos é a tal Hellen? Eu não quero ter que tomar medidas extremas aqui parceiro, só me diga que você é um cara bonzinho e que tudo é um grande mal-entendido, você não conta pra ninguém dessa porra toda e talvez você sai dessa tranquilo. – Infelizmente, tinha de lidar com aquele grande problema, o maldito sujeito amarrado que sabia sua identidade. O que fazer com ele? Testando o limite de seus poderes, tentava usar uma sugestão mental ao manter contato visual com Ringo. – Toda vez que você mentir para mim, você vai começar a se sacudir como uma lagarta. – (Dominação 2)

PS: 06(-02?)/14
FV: 08/08
OBS:

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A ligação servia de pouca coisa, mas era o suficiente para fazer Ringo tremer nas bases. Era um tanto quanto engraçado quando Dezmond se via naquela situação. Ele era, em sua concepção, inofensivo, mas seu senso de humor muitas vezes o levava a provocar esse tipo de sensação.

Ainda todo sorridente e distraído, o Caitiff se preparava para começar seu longo discurso, quando o policial resolvia ignorar tudo que havia sido dito e simplesmente ir fazer uma refeição com a pessoa que precisava responder ainda muitas perguntas. – Que porra é essa? – Perguntava ainda atordoado ao se levantar e notar a cena macabra em sua frente. – AH VEI! TA SUJANDO TUDO! – E também matando o prisioneiro...

Dezmond correria até o policial que estava concentrado em sua refeição e tentaria puxar a cabeça para longe do pescoço do mortal, ao mesmo tempo, enfiar seu braço livre no meio do caminho e deixando-se ser mordido por sua cria. – Calma aí, vai devagar! – Ainda tentando manter o vampiro contido, Dez tentaria controlar o fluxo de sangue cedido. (-2PS)

- Já deu! – Novamente, puxando a cabeça para trás e afastando o braço, empurraria o policial esperando que agora ele estivesse um tanto mais calmo. Naquele momento ninguém tinha muito sangue disponível, o mortal já havia alimentado Dezmond, que por sua vez estava com o estomago vazio. – Essa é a minha casa! Enquanto estiver aqui, mantenha o controle! – Erguendo a voz, o jovem comandava à cria. (Dominação 2)

Uma vez que aquilo tivesse sido resolvido, poderia enfim respirar um pouco, puxar um cigarro e calmamente checar a situação de Ringo com a única esperança de que ele ainda estivesse... “bem”?... Vivo por hora já seria o bastante. Iria se certificar de fechar a ferida no pescoço da vitima para que ela não sangrasse ainda mais, e então sentaria em uma cadeira para aproveitar o cigarro esperando que agora as coisas pudessem seguir um ritmo mais tranquilo.

- O que eu ia perguntar mesmo?... Ah sim, a Sweet Hellen, começamos por ela. – Tentaria ir lembrando e fazendo os questionamentos que viessem a mente.

PS: 03/14
FV: 08(-02?)/08
OBS:

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Ao ver sua cria indo ferozmente em busca de sangue do já debilitado mortal amarrado. Dezmond não via alternativa se não intervir, não queria que o novo vampiro já tivesse uma morte registrada em sua primeira noite, e principalmente não queria que a morte fosse efetuada em sua residência. Porém, ele ainda que por mais bem-intencionado fosse, era fraco, muito mais fraco do que o policial que havia abraçado por acidente.

A disputa de força terminava com sua derrota e ele se via no chão, porém o mortal não era mais o alvo. Felizmente isso. Em contraponto, Dezmond tinha se tornado o novo alvo, o novo saco cheio de sangue. “Oh fuck!” Não havia pensamento mais adequado. O sangue dentro dele já começava a bombear insanamente para todos os lados. Era como uma grande dose de adrenalina sendo injetada diretamente na veia. (-2 PS/Rapidez 1, + 1 Destreza)

Já de pé, o homem em sua frente se via prestes a atacar. Um tanto quanto em pânico, o jovem Caitiff já aguçava seus sentidos e se preparava para tentar desviar da ofensiva. (1 FV se possível)

Logo em seguida*, considerando que tivesse êxito em escapar do agarrão, Dezmond não podia se dar ao luxo de diminuir a velocidade, principalmente considerando sua inaptidão para o combate. Novamente uma descarga de sangue e adrenalina seria disparada. (-1PS/Rapidez)

Esperando que conseguisse agir mais rápido do que o policial, começaria a atacar da melhor forma que pudesse, tinha que ser sagaz, principalmente considerando o quão inapto era, portando começaria com uma rasteira na esperança de que ele ficasse no chão por alguns segundos. (1 FV se possível) Caso ele permanecesse no chão, já tentaria de imediato montar no corpo e socar o rosto o mais forte que seus fracos braços eram capazes.

Na hipótese de ele conseguir se levantar, usaria sua ação extra para esquivar de possíveis ataques, ou caso nenhum viesse, continuar a sua tentativa de esmurrá-lo, mesmo de pé.