Vampiros - A Máscara
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2

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Tristan Thorn
Aradia
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Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2 - Página 4 Empty Re: Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2

Mensagem por Tristan Thorn Qui Jun 02, 2016 10:59 pm

Yeva Dimitri

- Yeva Dimitri: PDS 6/15 ~ FV 0/10 ~ Vitalidade: -








Se via parada, inerte diante os próprios pensamentos reveladores. Sentia o desabrochar das pétalas neurais na medida em que o misterioso Monge lhe elucidava com a clareza. ”Como nunca pensei nisso antes?” Agora, diante tais palavras, tudo parecia tão óbvio e natural. OS Tzismice possuem um dom revelador e único, o poder da Vicissitude transforma o corpo, abre os músculos e os une, tornando a mais fraca cartilagem no mais poderoso dos ossos. Ou até mesmo a mais tênue membrana na mais delicada e resistente derme.

Foi então que se sentiu tola. Se ela, uma Ancillae, nem sequer pensou em deslocar o coração, uma ideia simplória, o que restaria aos neófitos do clã? E que tipo de alterações os Anciões Tzimisce poderiam ter? Assustador... Nessa altura, transportou a própria mente até Ian Moldovan. Não fazia sentido. Por qual motivo ele se liga nas seitas? Não encaixa. Yeva via claramente o criador, estava dentro da própria mente, em sua mais profunda imaginação, o semblante misterioso e o olhar brutal, dividindo-se em imensuráveis imagens, até que a Demônio retornasse para a realidade, já no suntuoso banho.

Num novo mundo de possibilidades, ser convidada e utilizar as roupas próprias do recinto, fatalmente, mudaria a existência de Dimitri para sempre. A Câmara circular onde a Tzimisce estava é feita de músculos jovens, corados, devidamente torcidos e retorcidos, fundidos em uníssono com tendões e placas ósseas, até formar um local claro, harmonioso e bem iluminado. A luz, gerada pela própria Catedral, uma espécie de luminescência corporal da cor branca, constante e fluída em todas as direções.  

Ainda excitada pelo banho, mal conseguia palavras para descrever a sensação. Como tudo isso é possível? A pele alva perfeita, a esponja e os líquidos e óleos devidamente produzidos pela estrutura, inodoros e eficazes na pureza e desinfecção mundana de corpos impuros, como o caso de Yeva e outros Tzimisce que aqui estão. Se perdeu, mais uma vez, nas imagens mentais que fluíam nas sete direções das ideais. Platão ficaria contente com tamanho ideal platônico que a Demônio alimentava com as chamas mais vívidas dos pensamentos. Datou a fantástica experiência e a registrou, mesmo que mentalmente falando.

- Você é abençoada pela carne e pela alma, está sob tutela de Schweinsteiger Navodlom, apenas não o desaponte, por favor, não seja a décima... – diz um dos carniceiros revenantes, quebrando o protocolo e logo se corrigindo pela insignificância que o assola. - Oh, perde-me, Sra. Dimitri, não tinha permissão para falar. Adeus – em pânico, ela logo se corrige e sai em passos rápidos, deixando Yeva sozinha...

[...]

Algum tempo depois, já sozinha diante de todo o material que nutria, começou a rascunhar o processo. Dias depois, eis que surge o esboço mental do que desejava fazer. Formulou e esquadrinhou todas as equações na própria estrutura da Catedral da Carne e, pouco a pouco, começou a moldar a carne e os ossos, para tentar realizar uma digna obra prima. O que tentava fazer é uma lendária Quimera, ser mitológico que não passava de junções de vários animais, mas o que a Tzimisce pretende fazer é operar um cérebro humano como processador central da criatura. Seria possível? Possivelmente sim, para os mais habilidosos do Clã, obviamente.




Spoiler:

Não sabe quantas noites dormiu, muito menos quantos dias se passaram, nem ao menos quanto de vitae perdeu e teve que recuperar alimentando-se na Catedral da Carne. Perdida no tempo e no espaço, Yeva Dimitri estava exausta, tanto física, quanto mentalmente. Na medida em que progredia, torturava mais e, quanto mais abusava desses prazeres, mais sentia a necessidade de insistir na tortura. Valeu-se desse método constantemente, pois, devido a gigantesca complexidade do que estava tentando criar, era normal ficar esgotada depois de um dia de trabalho.

Reclinou a face para baixo, que contrastava com o olhar morto de cansaço mental. Foi quando notou uma pequena e requintada inscrição na corda que lhe prendia a túnica: ₮₲₸₹₺₻∩∂. O que seria isso? Não conhecia o idioma. Voltou a contemplar o que criou e sentiu algo estranho dentro de si. Uma enorme satisfação da grandiosidade daquilo que lhe formava.

- Você só levou três anos – uma voz feminina surgia. - Meu nome é Omdlvona Keira, estou na sua mente, então, você não me verá fisicamente. Estava tão empolgada e excitada que Schweinsteiger Navodlom não quis aparecer – afirmou a voz, que desapareceu mentalmente na mesma velocidade em que surgiu.

Três anos? Como assim? Yeva arregala os olhos e cai de joelhos no chão, depois, escuridão... Quando reabre os olhos, se depara com a criação. Yeva já não possui nada para torturar ou maltratar, mas isso não importa. Porque quando colocou os olhos naquela quimera sem nome, sentiu-se tão maravilhosamente bem e nutrida, que, por milésimos de segundo, tudo que sentia de negativo dissipava e apenas o positivo se ergueu. Yeva tinha um sentimento de plenitude absoluta. Será que é assim que um Criador Divino se sente? Captou a aura da criatura e percebeu diversas nuances distintas interligada astralmente por “remendos astrais de energia inócua”.

Mais uma observação para o estudo de aura. Já descobriu que, aos poucos, o formato da aura se altera, apesar de depender muito da personalidade e natureza da pessoa. Quando acuada, a aura se encolhe, quando agressivo, se expande. A tristeza faz a aura se deformar para baixo, como gotículas de água, já a alegria faz a aura simplesmente transpassar a barreira física do corpo e ficar como uma nuvem. Contudo, essa conexão de aura remetia numa única, fato que demonstrava o sucesso de Yeva. E agora?
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Mensagem por Tristan Thorn Qui Jun 02, 2016 11:08 pm

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



Enquanto falava, a Sra. Cummins exalava indignação e revolta. Contudo, o Investigador a acerta com palavras diretas, fato que a deixou perplexa e um pouco em “pane mental”. Segundos se passaram até que ela se recompôs, balançando a face em negação e abrindo um sorriso sarcástico para Dylan.

- Você é louco? Se a mídia armasse contra sua pessoa ou um ente querido você ficaria tranquilo? É claro que não! Não tem relação em parecer ou não parecer, não me importo com você e seus julgamentos. E outra, falar com o meu filho por qual motivo? – indagou, furiosa. Contudo, quando Dylan finalizou a frase completa, a Sra. Cummins se acalmou, pois, devida a conexão das palavras, o Detetive amenizava o que fora dito anteriormente. - Falar com o meu filho? Você possui conhecimento para conversar com um autista, meu caro Dylan? Um consultor? Como seria essa consultoria? Conte-me mais detalhes sobre seu plano, parece promissor para um retorno triunfal do Vidente das Multidões!!!

Certo. Ela mordeu a isca. O Investigador sentiu que ela está se abrindo, o que é ótimo. Qual seria o mistério que ronda a família Cummins? Possivelmente estava prestes a ser descoberto.

Spoiler:


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Mensagem por Dylan Dog Sex Jun 03, 2016 8:36 am

A exaltação já era esperada, mas a calmaria era igualmente esperada após de completar o raciocínio.

Dylan então abre um sorriso ameno e inclina levemente a cabeça em consentimento com as perguntas.

- Ora Senhora Cummins, uma de minhas muitas facetas é que sou estudante de psicologia, isso será um aprendizado pra mim, uma forma de colocar em prática o que aprendo na faculdade - Ele então se inclina levemente para frente para dar mais ênfase a próxima parte - Além do mais, essa é uma excelente chance de recuperarem sua credibilidade. Como eu já lhe falei sou um investigador particular e também sou advogado, mesmo que eu não atue mais como um. Se seu filho puder me indicar a direção nas investigações, mesmo que eu não possa usar um depoimento dele como prova eu posso através das previsões dele encontrar as provas, evidentemente eu não lhe roubaria o credito. É uma chance de contribuírem para um mundo melhor e alcançarem a fama que querem. O que me diz? - Dylan entrelaça os dedos e se apoia com os cotovelos na mesa enquanto olha a Sra. Cummins nos olhos passando o máximo de segurança possível.
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Mensagem por MEZENGA Sex Jun 03, 2016 3:16 pm

*Consegue se teleportar por poucos centímetros, mas talvez fossem centímetros o suficientes para sair se estivesse colado a parede. Não via falhas na selada fornalha, mas as leis da físicas não se aplicavam a umbra, paredes eram apenas simbolismos do plano material.

Recarregava as energias para se posicionar colado a parede e posteriormente se projetaria para o outro lado, seja lá onde isso fosse o leva, tentava com todas as forças ir para o mais longe possível, alguns centímetros seriam o suficiente para atravessar a parede.

Tentava agora utilizando-se de toda sua energia acumulada.

Se seu plano não desse certo, ele tentaria destruir parte da estrutura na força bruta, recarregará toda sua energia de novo, aumentará sua força e golpeará a parede usando tudo que tem*
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Mensagem por Tristan Thorn Sáb Jun 04, 2016 4:55 pm

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



- Eu não vou deixar mais ninguém explorar ou humilhar meu filho. Ele é um Vidente do Novo Mundo!!! Pronto para ser o mais novo Messias! Se você quer que ele te ajude, já aviso que ele deverá ser a Estrela desse show e não você – ela fez uma pausa, olhando ao redor. - Teremos um contrato, devidamente registrado onde você terá que cumprir algumas coisas, mas, antes de tudo, então deseja vê-lo? Eu não sei o quão confiável é você. Tenho minhas ressalvas, o que pode fazer para provar sua lealdade ao Vidente?
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Mensagem por Tristan Thorn Sáb Jun 04, 2016 5:00 pm

Ian Baxt

- Ian Baxt: PDS ?/15 ~ FV ?/10 ~ Projeção Astral ~ Sentidos Aguçados ~ Ofuscado ~ Cordão de Prata: Rompido ~ Energia: 1/10 ~ Vitalidade: ?


Quando concentrou e liberou toda a Energia que continha dentro de si, sentiu todo o desânimo ir embora numa velocidade absurda. Parecia um morto-bêbado sendo ressuscitado com 100 litros de reb bull. Baxt sentia todo o poder fluindo diante do próprio corpo, além da leveza e suavidade de estar na Umbra.

Com uma clareza acima do normal, concentrou mais uma vez, desapareceu e, como se alguma coisa desse errado, sentiu o fluxo de transporte exatamente como quando entrou com Aviv, contudo, incompleto, fato que arremessou o Ravnos de volta ao tempo-espaço inicial com uma força impactante.

Em seguida, gastou toda a Energia para ficar ainda mais forte, depois, acertou um tremendo golpe na parede, que a destruiu quase por completo. Para a surpresa do Ancillae, a parede se regenerou instantaneamente. Baxt voltava a concentrar-se, nutrindo da preciosa e misteriosa energia outra vez. O desânimo sobrenatural retornava. E agora?

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Mensagem por Dylan Dog Dom Jun 05, 2016 10:58 am

Dylan levanta a sobrancelha esquerda como estranhando o "piti"/estrelismo da Sra. Cummins. Suspira profundamente - Senhora Cummins, com todo o respeito, não sou um agenciador de estrelas do show "bis", sou um investigador e não faço questão de fama, meus casos muitas vezes podem exigir sigilo, mas no meu ramo o exito é bem remunerado - Ele então se levanta e saca um cartão do bolso - Me ligue quando quiser que eu veja seu filho. Não tenho objeções quanto a contratos, mas não irei assinar nada sem antes saber previamente se as habilidades do seu filho podem ser úteis ou não. Lembre-se, eu é quem estou lhe apresentando uma chance e não o contrário. Tenha uma boa noite.

E assim Dylan se retira. Ele espera que ela o chame mas se não baixar a cabeça ele também não o fará, na verdade ela só comprova que é uma farsa imensa mesmo.

Ainda havia a questão o imóvel "mal assombrado" de Samantha Rak. Precisava visitar o local. Como era de noite não custava passar na rua para verificar in loco se algo estranho acontecia.
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Mensagem por Tristan Thorn Ter Jun 07, 2016 8:04 am

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



No fim do diálogo, Dylan e Sr. Cummins se finalizam, a mulher, ainda cheia de vaidade e cuidados com o filho, simplesmente não aceita abaixar a cabeça para o investigador. Interpretando tudo como fraude, o mortal deixa o restaurante e decide aproveitar o tempo para visitar a residência de Samantha Rak. Um local normal, num bairro bem frequentado, segundo andar – 203:

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Estacionou na esquina e observou a casa. E agora?

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Mensagem por Dylan Dog Ter Jun 07, 2016 9:54 am

As luzes dos postes iluminavam o rosto de Dylan dentro do carro enquanto dirigia pela cidade. Ele suspirava um tanto decepcionado com a conversa com a velha Cummins que provavelmente não entrará em contato com ele novamente. Sobrava só o apartamento de Samantha Rak. Coincidência ou não ela tinha o mesmo nome de sua mãe.

Estacionado na esquina Dylan riscava os Cummins da sua lista de casos. Ele coloca seu bastão retrátil na cintura ficando ocultado pelo casaco e segue para o apartamento. Ele tentará entrar tranquilamente no prédio com a desculpa de que foi lá visitar o imóvel se colar ótimo, se não colar terá que marcar com a imobiliária para fazer uma visita.

Não custaria tentar também, caso não conseguisse visitar o imóvel, voltar ao carro e tentar a meditação que usará em Londres. Ele havia conseguido uma projeção astral, talvez pudesse tentar de novo pra visitar o apartamento por dentro.

Pensando naquilo tudo ele se dava conta de como sua vida havia sido maculada pelos acontecimentos de Londres.

Um momento de nostalgia tomava o rapaz que pensava em entrar em contato com sua ex-noiva, mas logo ele desiste. Não valia a pena. Ele sabia que tinha que seguir em frente e o havia feito depois desses anos, mas algo havia mudado brutalmente. Sentia que ela havia levado o que havia de melhor dentro dele. Dylan era agora só um ser vazio. Sentia como se tivesse perdido a capacidade de amar.

Ele desce do carro e caminha até a porta do prédio. Ele observa as janelas de fora no caminho até a porta.
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Mensagem por Tristan Thorn Ter Jun 07, 2016 10:05 pm

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



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Seria a Sr. Cummins mais uma nova charlatã do novo mundo? Possivelmente, sim. Mas não tinha 100% da certeza, seria vital falar com o “vidente”, para certificar-se sobre tais habilidades sobrenaturais. No entanto, tendo uma mãe como “empresária-cultista”, acabou por dificultar as coisas para o investigador.

Enquanto dirigia, passando pelos bolsões de escuridão formada pelas luzes dos postes, imensuráveis pensamentos fluíam em todas as direções na mente do mortal. Ana, sua ex-noiva, ainda figurava em seus sonhos, suas emoções – ou ausência dela e, diretamente, no pobre e destroçado coração do detetive. Já estacionado, pegou o celular, ainda com uma mensagem via whats, de um ano atrás: “dy... tá tudo bem?”.

Essa mensagem foi enviada assim que terminou os preparativos para tudo que começou. Voltou para os EUA com 28 anos, recebeu a mensagem já com 29 anos. Atualmente com 30, lutando a cada dia em propósitos vazios e passatempos exóticos, Dylan Petterson tinha a perseverança para seguir em frente.

Samantha Rak, o segundo caso em sua lista, tinha grandes chances de apresentar alguma verdade. Ela não fez alarde na mídia, muito pelo contrário, a evitou a todo custo, não queria aparecer de jeito nenhum. O plano de adentrar no imóvel não funcionou, afinal, o horário não era nada propício. Tentou meditar, acreditando que possuía algum poder de “projeção astral”. Mas nada aconteceu. Será que essa tal “projeção” realmente existiu em Londres? Seria um delírio? Não, não era... Ou era? Não importava. O plano falhou. Olhou no relógio, tarde da noite. Tinha aula no próximo dia. E agora?
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Mensagem por Dylan Dog Qua Jun 08, 2016 8:21 am

Nada. Já era esperado, ao menos conhecera a vizinhança.
Voltava pra casa e descansava pra seguir com sua rotina no dia seguinte. Iria marcar uma visita no imóvel como se fosse um comprador interessado, apenas pra olhar de perto e verificar sinais do sobrenatural no no imóvel.

Olhava a caixa de correio quando chegava em casa.

Vamos lá John... Desistiu de mim?
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Mensagem por MEZENGA Qua Jun 08, 2016 12:52 pm



*Decepção... Suas opções diminuiam, seu transporte não surtira efeito, sua destruição da parede não abriu espaço o suficiente e ela se regenerou quase que instantaneamente, estava preso, não eram os grilhões no braço ou a antiga lâmina em seu peito que o prendiam, mas aparentemente o local. Algum poder místico o mantinha e certamente absorveria suas emoções.

Mesmo com toda seu foco e concentração, baxt por alguns instantes estava decepcionado,  sabia que não poderia ficar assim, que precisava pensar, que precisava sair.*

"Como sair daqui?"

*O tempo passava, passava? Qualquer passagem na umbra poderia durar um tempo infinito ou alguns segundos, não importava mais.

Ele tinha algemas nos pulsos, uma lâmina nas mãos e paredes que pareciam pedras maciças em todo o seu redor.

Se alguém podia ajuda-lo, não estava presente ou próximo. Dependia apenas de suas próprias ideias e mais uma vez forçou-se a meditar*

"De que tipo de material essas correntes são feitas?"

*Pensava enquanto imaginava ainda sua respiração meditativa*

"fornalha, matéria prima, combustível, será possível moldar algo aqui dentro? Será que algo criado aqui dentro, consegue se desfazer e sair?"

*Recarregava mais uma vez as energias, a prática o facilitava cada vez mais a cada nova tentativa. Uma vez carregado, arrancava de seus pulsos os grilhões, carregando forças o suficiente, criava uma picareta com seu quimerismo (fata morgana) ele sabia que não era mediante sua vontade que aquilo era feito, era mediante as energias que conseguia desviar do lugar*

"Talvez essa ferramenta não desapareça, talvez o que eu crie, fique preso aqui comigo e isso pode me ajudar..."

*Concentrava-se mais uma vez*
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Mensagem por Tristan Thorn Qui Jun 09, 2016 7:38 am

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



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Sem cartas. No dia seguinte, Dylan se preparou para a visita, devidamente protocolada. Ligou na imobiliária, agendou um horário e se encontrou com um corretor do sexo masculino. Um homem negro, alto, com a cabeça raspada e trajando um terno caro. Com um relógio de ouro no pulso esquerdo, ele elucidava diversas vantagens do imóvel.

Localização privilegiada. Perto do metrô. E todo o blá-blá-blá de corretagem. O Detetive desejaria sentir o sobrenatural, não que Dylan fosse um sensitivo, mesmo se quisesse, não nutria tais habilidades. Porém, como um Ocultista de grande estirpe, ao menos, poderia, aliado com teoria e prática, fazer uma análise crítica de acordo com os próprios conhecimentos.

Aparentemente, nada de relevante. Parecia um imóvel normal. Claro, isso não prova nada. Já o preço, 30% abaixo do normal, deixava claro que existia algo errado. Estava há dois anos para ser vendido e, mesmo com o valor promocional, ninguém chegou perto de comprar. Existiria um mistério real sobre a propriedade de Samantha Rak?

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Mensagem por Tristan Thorn Qui Jun 09, 2016 7:45 am

Ian Baxt

- Ian Baxt: PDS ?/15 ~ FV ?/10 ~ Projeção Astral ~ Sentidos Aguçados ~ Ofuscado ~ Cordão de Prata: Rompido ~ Energia: 10/10 ~ Vitalidade: ?


Nada. Nada. Nada. Por mais que tentasse, tudo que almejava em executar falhava. O que faltava para dar certo? O Ladino não sabia. Baxt se via sem emoções, com a fornalha furtada e condensado e ser um escravo de emoções nessa prisão imaterial em Ínfeto. Qualquer cainita normal, não suportaria tamanha pressão. Mas a Força de Vontade do Ravnos insistia em impulsioná-lo para frente.

Quando voltou a concentrar, materializou uma ilusão. Como seria o Quimerismo nesse estranho lugar? Sem os grilhões no pulso e com a espada jogada longe, Ian Baxt concentrou-se mais uma vez, ficando em processo meditativo. Energizou tudo para criar uma ilusão perfeita moldada com a Energia lociana que fluía por todas as direções, a mesma que Aviv o ensinou a controlar...

Com a Picareta em mãos, meditou mais uma vez, ficando totalmente satisfeito com a Energia armazenada. Ao menos, Aviv tinha ensinado uma grande lição para o Ravnos. Possivelmente haviam outras dentre os imensuráveis destinos facetados que esses dois passaram desde quando se conheceram naquela obra do acaso. Acaso? Ian não acreditava nisso. Afinal, esse pessoal conhece Panush.

Quando abriu os olhos, saindo da meditação, a surpresa foi imediata. A Picareta ainda estava em suas mãos, sabia que já era para a ilusão ter dissipado, mas, nesse Reino Umbral distante, a ilusão não parecia ilusão. E agora?

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Mensagem por Dylan Dog Qui Jun 09, 2016 10:03 am

Nada de mais novamente. Chegava a ser triste. Dylan pergunta ao corretor sobre o motivo do preço estar tão abaixo e que tipo de coisas estranhas ocorreram para a antiga moradora sair. Ele questiona sobre possíveis homicídios no local.

Com todos os seus casos sem muito sucesso Dylan resolve fazer novas buscas. Casos nos arredores de New York para serem investigados na férias e claro... John. Dylan resolve investigar quem é o dono da caixa postal de John. Ir lá e descobrir, ou ao menos saber se fica em New York também.
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Mensagem por Aradia Qui Jun 09, 2016 6:04 pm


Uma lágrima de sangue escorria pela face branca da Demônio. ”Três anos” Tinha ultrapassado o limite de esgotamento mental. Procurando perfeição em cada detalhe acabou completamente imersa naquela concepção. Ficou na escuridão tomada pela emoção de ter concluído aquilo. As expectativas que foram geradas naquele lugar, levaram sua satisfação ao estremo. Fechava os olhos, quando a dúvida perfurava a mente. Em situação tão estressante e alucinante, poderia ter sua mente forjado tal voz? Seria apenas um delírio. Atônita levantou. Na mente ecoava as palavras da cariçal serva que revelou o nome do seu mentor. “Não seja a décima” Tal pensamento martelava incessantemente em sua cabeça. Procurava a criatura pela minúscula sala. Quando olhando para baixo, analisou as escrituras na corda que prendia a vestimenta coberta por sangue coagulado. ”Três anos...” Trabalhava em partes centralizadas da criação. Não tinha analisado o conjunto. De joelhos, mais lágrimas tomavam a face até que simplesmente adormeceu em um sono profundo.

Ao acordar não conseguia abrir os olhos, a vitae pútrida, gerada pela forte emoção que sentia na noite anterior coagulava unindo os cíclios. Levou as mãos até os olhos e removeu os grânulos que a empedia de ver. Com embaço natural na visão, via apenas uma silhueta debruçada sobre si. Levantou com grãos de sangue e tufos de cílios nas mãos. Massageava o glóbulo ocular, e quando olhou para trás pode ver nitidamente sua criação. Completa. Levantou e de longe, circundou a obra de arte. A visão de Yeva expandia para uma análise física e astral. Parou de frente com aquela “quimera” e sentiu seu respirar. – Você consegue falar? Lembrou que além de criar, treinou com conhecimento e tortura a alva criatura. Penetrou a mente para avaliar pensamentos e atividade cerebral.

Analisou tudo. Cada nervo, articulação, sistema. Fez testes físicos aprimorando o que percebeu que podia otimizar ou corrigindo qualquer imperfeição. Com a analise queria definir o grau de perfeição da criatura em parâmetros que já conhecia. Torturou também, mas cuidou para criar laços com a criatura. Laços sociais, de sangue, de escravização mental.

Anotou tudo, além de fazer uma descrição física detalhada do ser albino. Também descreveu de que formas poderia usar a “quimera”.
Refletia sobre o nome ainda, no entanto.

O que seria do seu mentor? Se perguntava por onde andaria, por que não a inspecionava? Quem mais a estaria observando? O que estaria compartilhando? Tinha o máximo de cuidado com isso.

A tentação de explorar os livros do cômodo, mas evitou com esforço. Não saiu do local em todo o tempo. Por educação, esperava a visita do monge.
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Mensagem por Tristan Thorn Dom Jun 12, 2016 12:12 pm

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



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O corretor explica que o valor do imóvel está reduzido devido urgência de mudança, que a Srta. Samantha deseja muito sair de NYC, assim, deseja fazer um negócio rápido e vantajoso para ambos. Ele insiste com a lábia habitual de um bom corretor, mas o investigador não tem interesse no apartamento e sim na história por trás.

Com o passar do tempo e alguns casos pendentes, como a assombração do apartamento, Dylan resolve adentrar em novas possibilidades. Com diversas investigações engatilhadas, recebe um sms com um arquivo em anexo. Sms? Que arcaico. O número da mensagem é: +00000.


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Mensagem por Tristan Thorn Dom Jun 12, 2016 12:48 pm

Yeva Dimitri

- Yeva Dimitri: PDS 6/15 ~ FV 0/10 ~ Vitalidade: -




Yeva passava por uma branda transformação nesses anos. Por mais que pudesse suportar as vicissitudes da própria alma, ainda sucumbia aos talentos inócuos das próprias mãos. Uma trinca de ano se foi e, nem ao menos, conseguiu uma obra-prima com a Quimera. Faltava muito para ela ser perfeita, vislumbrou os detalhes das juntas, as funções e fusões musculares, sim, de fato, não estava ruim, estava bom. Contudo, longe da perfeição. ”Um começo?”, uma voz feminina coou na mente da Demônio. Talvez sim, talvez não.

Diante indagação, a Quimera balançou a face em negação. Com um semblante triste, multifacetado de seres e emoções, escorreu uma lágrima de angústia. Quando a aberração abriu a boca, um som amargurado e rouco saiu, mas nada parecido com fala humana. Porém, ao balançar a face em negativa, certamente demonstrou que compreendia o idioma de Yeva, ou seja, nutria inteligência humana. A pergunta é, até que ponto é essa inteligência? Eis a questão.

- O que lhe falta em talento, lhe sobra em perseverança. Desajeitada, porém, esforçada. Qual será nosso próximo passo, Yeva Dimitri? – a voz do monge brotava na mente da Tzimisce.

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Mensagem por Dylan Dog Seg Jun 13, 2016 11:17 am

Dylan organizava a papelada de algumas investigações.
Destruía uma ou outra folha desnecessária. Estava frio em New York e o investigador já se sentia um tanto sem rumo. Ele pensava em rever suas anotações sobre ocultismo quando seu celular vibrava.
Um SMS com uma imagem fofinha. Um número misterioso. Seria John? O caranguejo indicava que sim.

Conectava o celular ao laptop e jogava a imagem na área de trabalho. Então a abria como bloco de notas (isso revela o código de programação que constituí a imagem). Mesmo sem ser um Ás da informática não era difícil saber disso depois do caso da Cicada 3301 onde esse método para esconder as mensagens criptografadas foi tão utilizado.

Claro, poria conter desde algo simples como um link como linguagem de programação que iria além das capacidades computacionais do mortal.
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Mensagem por Tristan Thorn Ter Jun 14, 2016 8:21 am

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -




Dylan reanalisou tudo que tinha, desde anotações simplórias de casos, até mesmo o vasto material de ocultismo que nutria, principalmente em anotações e livros antigos. No mais, a imagem que supostamente John enviou, naturalmente, poderia acompanhar com algum código? Possivelmente sim.

Começou a tentar. Estava longe de ser um gênio da informática, muito pelo contrário, mais parecia o típico “tiozão” de cinquenta anos utilizando um computador. Após análises, constatou que se tratava de apenas uma imagem. Que pena.

E, mais uma vez, a rotina o assolou como o grande inverno das eras. Meses se passaram e nada de John. Dylan vislumbrava, em lembranças, toda a saga que viveu até chegar no misterioso interlocutor “1984”. As memórias vinham das pesquisas dos jornais dos anos 2000, caderno de horóscopo, esportes, política, tudo nutria uma mensagem de ocultismo de John, que o fez chegar no livro 1984, que, além de enigmas de ocultismo, também existia mensagens criptografadas.

Entretanto, alguma coisa aconteceu. Ou John perdeu o interesse no mortal. Ou Dylan não conseguiu se conectar aos caminhos que John deixava no ar. Porém, tudo isso fazia o investigador sofrer. Uma vida vazia. As lembranças da ex-noiva ainda o martelava por dentro, assim como o desejo de entrar em contato com ela. Melancólico, afundado na segunda garrafa de vinho, às 04h33 da manhã, eis que o interfone toca três vezes seguidas. Quando o mortal vai olhar, apenas uma caixa de pizza na porta. Olhou para os dois lados da rua e não tinha sinal de ninguém. E agora?

Spoiler:

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Mensagem por Dylan Dog Ter Jun 14, 2016 8:51 am

Dylan cambaleava de um lado pro outro. Ele força a vista pra tentar encontrar seja lá quem tenha deixado a pizza que mataria sua larica de álcool.

"Espero que seja mussarela..."

Ele se abaixa com cuidado pra não cair de cara na calçada. Ao levar a "pizza" pra cima Dylan pensa que no fim tudo não passara de uma pequena aventura. Talvez um dia devesse escrever um livro sobre sua vida.

Deixava a garrafa de vinho de lado e abria espaço na mesa para sua refeição. Talvez alguém errou a entrega.

"Não, calma. E se algum marido está tentando me matar com uma bomba?"

Mesmo sendo um suicida em em potencial o rapaz ainda nutria um certo sentimento de autopreservação. Ele observa a caixa e o peso dela. De qual pizzaria era se havia algum som saindo da caixa. Tomadas as devidas precauções, Dylan usa um alfinete para transpassar a ponta da caixa e com um barbante na outra ponta ele usa para puxar de longe e abrir a tampa da caixa, em seguida se joga no chão morrendo de medo de explodir.

Se nada acontece ele então finalmente resolve olhar o conteúdo da caixa.
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Mensagem por Tristan Thorn Ter Jun 14, 2016 7:12 pm

Dylan

- Dylan: FV 6/6 ~ Vitalidade: -



Bêbado, acabou por tentar ser precavido, com a devida sorte, nada aconteceu. Vislumbrou uma legítima pizza de calabresa. Mas estava fodido demais, chapado no vinho e nada mais o mantinha em pé. Acabou por vomitar, cagar violentamente e dormir no próprio vômito. Quando acordou, já com a pizza fria, notou que dormiu por quase um dia. Com uma forte dor de cabeça, tomou duas aspirinas, lavou o rosto e logo depois um longo banho quente.

Já recuperado, olhou a pizza fria, todas as calabresas formavam um padrão criptografado, que Dylan, treinado, logo reconheceu: ”Releia todas as suas anotações, de todos os seus casos e, se achar algo incomum, escreva para a mesma Caixa Postal. Caso não achar nada, por favor, siga sua vida”
.
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Mensagem por Outis Ter Jun 14, 2016 7:26 pm

Dia anterior…

— Eu sei que foi difícil pra caralho conseguirmos algum controle no aeroporto, Miles… Mas você tem que concordar comigo que nosso negócio é o mar, não é mesmo? Eu não acho que eles vão dar muita atenção no porto quando podem ter o aeroporto.

— Isso se eles não quiserem tudo, e aí o que a gente faz nesse caso?

— Nesse caso a gente sobrevive, irmão. A gente já fez muita coisa durante muito tempo sem se envolver com eles, não vai ser agora que vamos ter trabalho com isso. Mas lhe garanto que vamos ficar bem tranquilos por aqui. - Damien faz uma pausa. — Eu quero dar uma chance à eles. Esse mundo humano já não me satisfaz mais, cara. Você não sente algo de te puxando pra isso tudo?

— Talvez, D, talvez… Mas eu sei muito bem meu final nessa história, e ainda não aceitei ele. Deixa eu cuidar dos negócios pra você, talvez após você se firmar na seita eu pense no assunto.

— Combinado! Talvez demore um pouco, eles estão diferentes, organizados, objetivos…

— Assustadores, eu diria.

— Com certeza. Mas no final das contas, não é isso que realmente somos? Assustadores...

Atualmente...

“Uau, que aura... humana! Vi pouquíssimos vampiros com auras que escondem sua verdadeira natureza. A minha é em partes parecida, mas tem sentido visto que sou um com a minha ‘loucura’. Como os outros podem ser tão cegos?”

— Nada mais justo, eu faria o mesmo se estivesse do outro lado da mesa.

Damien não tem com o que se preocupar, no final das contas é bem melhor que desconfiem muito dele. Vão se esforçar para descobrir algo, mas vão apenas procurar chifre em cabeça de cavalo. Após estarem satisfeitos o reconhecimento será bem maior, afinal terão certeza de que Damien quer fazer parte do todo.

— Certo, negócios primeiro. - Damien se levanta e a acompanha conforme saem do edifício. Assim que adentram o carro, o Lunático continua. — Na verdade é tudo bem simples. - Damien afirma com sinceridade no rosto. — Nós temos muitos funcionários lá dentro, desde a mão de obra barata até a administração. É uma tática antiga e eficaz usada por muitas organizações criminosas. Você recruta membros e os coloca dentro de onde você quer controlar. - Ele faz uma pausa. — Claro que para nós é ainda mais fácil, basta 3 gotas de vitae e temos a total cooperação de qualquer humano. Levou algum tempo, mas hoje em dia temos um sistema que facilita tudo. Usamos marcações que alertam nossos peões a ignorarem a segurança e facilitarem a entrada seja la do que for, uma pessoa, um contêiner, uma mala, etc…

“A simplicidade chega a ser genial algumas vezes. Como que será que ela planeja usar o aeroporto? Coisa pequena não deve ser... Só espero que ela não estrague tudo.”

— Quanto a supervisão do Sabá, serão mais que bem-vindos, contanto que sejam discretos. Não queremos perder o controle desses lugares não é mesmo? Sinta-se livre para me fazer qualquer pergunta.
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Mensagem por Dylan Dog Ter Jun 14, 2016 10:14 pm




Dylan observa aquela cena. Talvez fosse a hora de encarar isso como um divisor de águas. Ele resolve tirar uma semana de "folga" para revisar tudo. Os próximos dias e noites se misturaram.

O escritório virava com o passar das horas quase um santuário. Era possível ver cartolinas com pentagramas das anotações dos livros, anotações e mais anotações, não antigas, mas novas. O pequeno bloco clássico ficava em uma mão e na outra uma caneca de café ou outro livro de ocultismo. O almoço e o café da manhã eram suas pausas diárias além do banheiro e dos banhos demorados que serviam como momentos reflexivos a mais.
Por mais de uma noite Dylan desmaiou sobre os papéis...

"Krabba... Era um sobrenome incomum além de fazer leve mensão sonora à Crab... Caranguejo" - Dylan pesquiva o que podia sobre o sobrenome.

Eis que retomando o depoimento inicial Dylan quase caia da cadeira... "Samantha Rak... Krabba" - Era uma das filhas dos Krabba. O mortal sentia o cheiro de algo - Ah, o café ficou pronto - Ele pegava mais uma caneca quando retomava a atenção ele cospia o café pro lado - Como assim finada?! Susy Cua... - A respiração lhe faltava. Se não tivesse tratado como mais um caso talvez teria economizado muito tempo.

Ele volta a observar o depoimento da senhora Krabba e fazia novas anotações.

Ela tem 37 anos e o marido 45, mas a filha, Samantha Rak é uma especialista em medicina forense. A não ser que ela seja um gênio a a senhora e o senhor Krabba tenham tido ela muito cedo, o que não é compátivel com o padrão de vida, já que aparentam ser pessoas conservadoras e que pensam em cada passo da vida. Não teriam uma filha tão cedo.

Dylan olha o telefone que conseguiu para tentar entrar em contato com os pais de Susy Cua e compara com o número dos Krabba.

Tinha algo muito errado com os Krabba. Uma nova investigação se inicia, mas essa por conta própria. Antes de começar tudo Dylan escreve uma carta para John, totalmente criptográfada, mas algo que o John reconhece.

"Os Krabba são peculiares.

A rotina é algo nocivo mesmo, fiquei cego com ela.
Susy Cua está morta (segundo a senhora Krabba), mas a reação do pai foi como se ela estivesse viva. Ele não me disse pra respeitar a memória da filha.
Samantha Rak é uma especialista e a idade dela está fora do padrão pra ser filha dos Krabba, a não ser que a senhora Krabba tenha dado a luz à Samantha com 12 anos.
Ambas as filhas desapareceram do mapa. Ninguém consegue fazer contato com Susy ou com Samantha.

Vou começar a investigar os Krabba mais a fundo, mas tenho receio do que esteja realmente acontecendo, se tem mais alguma dica para minha segurança eu aceito.

Vou começar pelo manicômio onde Susy supostamente ficou internada. Quero saber se realmente existiu essa paciente.
Vou pesquisar sobre a outra filha, Patríca Gaforre Krabba.

PS: Foi você quem mandou a imagem no meu celular? Se sim, pode se comunicar comigo por lá se precisar falar algo urgente.
Se não foi você que me mandou uma imagem fofinha de caranguejo, então alguém sabe das nossas comunicações. Este é meu núemro de celular xx-xxxxx-xxxx.

PS2: Te mando outra carta quando souber de mais coisa.

Ass: Crab"



Os próximos dias foram de pesquisa sobre a família Krabba. Antecedentes criminais dos membros da família. Campanas para saber da Senhora Krabba e do Senhor Krabba. Onde moram? O que fazem? Quem é a filha Patrícia?
Uma visita ao manicômio onde a menina supostamente fora internada. Existe? Com a desculpa de ser um mero estudante de psicologia, Dylan procura saber sobre pacientes antigos da instituição, casualmente tenta achar a ficha de Susy Cua.
Dylan resolve comprar uma calibre 12 de cano serrado. Seria mais fácil de ocultar no casaco.

Dylan se preocupava com várias coisas. O que teria acontecido com as filhas dos Krabba? Por qual motivo John queria que ele investigasse? Seria John um dos Krabba? Seja lá quais forem as respostas para essas perguntas, Dylan com certeza estava começando um caminho sem volta.


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Mensagem por Aradia Qui Jun 16, 2016 7:26 am

Em todo o tempo de existência sobrenatural, Yeva, vislumbrava o manuseio de espécies diferentes para a criação de um só ser. Entretanto, todas as implicação de tal projeto a desencorajava, afinal, seu maior objetivo viria com o conhecimento da existência da Lira abandonada por anjos ainda no processo fundição do planeta.

Quantas coisas não abandonou por isso? E agora, estava frustrada. Com o desaparecimento e possível morte de seu revenante. Frustrada e impotente viu ali naquela Catedral a chance de um recomeço. Uma Cainitatriunfaria do próprio fundo de poço que cavou. Não será a primeira, e certamente, a última vez que terá que se refazer. Compreendia que os desafios, a tornaria forte e sobretudo, perfeita.

Perfeição. “...o mais alto nível numa escala de valores.” Pensava a Demônio enquanto analisava ponta a ponto, dando notas em sua própria escala de perfeição. ”...excelência no mais alto grau

Via nos olhos, expressão e pensamentos de sua criatura a dor e o sofrimento. A angústia de quem se sente limitado, acorrentado, preso dentro de si. Conseguia se enxergar ali, como Mirela, Cassandra e, até mesmo; como Yeva. Agrilhoada dentro de seus próprios conceitos filosóficos. Sentiu seu coração monstruoso se compadecer, a primeira vez em séculos de existência amaldiçoada. Virou de costas para a quimera, não queria demonstrar sua fraqueza. Uma lágrima de sangue rolou pela face suja, tingindo o chão de escarlate. – Você venceu. Sua alma engoliu as almas mais fracas, tornando você uma forma absoluta de várias. Você ressuscitou engolindo o próprio rabo. Transcendeu com a minha ajuda. Mas, é claro, não consegue enxergar. A ignorância é uma dádiva. No entanto, eventualmente, pode ser libertadora. E, para você, o será. Limpava a lágrima e voltava a encarar o indivíduo, apreciando a aura única e modificada que seu dom conseguira atingir.

– Não imaginava que uma aura poderia se fundir dessa forma. Eu posso ver que você não é mesma a mesma. E eis o seu nome de ressureição: Ouroboros, aquela que devora a própria calda. Agora escute o silêncio e me mostre como acha que poderia se tornar mais perfeita.

”A perfeição é relativa. Posso aprender novos padrões de perfeição e tentar fundir ao meu, até enfim, alcançar a minha libertação.” Esse projeto só se tornou concreto e real, porque agora, a Metamorfista, tinha tempo e motivo para se dedicar a algo. Voltava em cada parte com pontuação baixa em sua tabela de perfeição (de níveis técnicos aplicáveis), para refazer de forma satisfatória.

Enquanto trabalhava, comunicava-se com seu mentor. ”Já avaliei todas as estruturas. E já estou começando a lapidar a pedra bruta que criei. Chegou a melhor parte, acabamentos. Mas, em alguns casos terei que refazer. Meu principal desafio é conseguir dar voz a criatura. Estou com problema para conciliar o pescoço longo com as cordas vocais, elas não vibram o suficiente para estender-se por toda a extensão do garganta. Assim que conseguir as soluções para os grandes e pequenos problemas chegará a hora que terei que suprir de conhecimento o Ouroboros. Conseguiu ver aura dela? Como isso pode acontecer? A vicissitude não atinge camadas espirituais, atinge?”

Enquanto evoluía suas percepções sobre a perfeição que tanto almeja... ”...a aparência perfeita...” ...começava a entender porque a Vicissitude era considera como uma doença por alguns. As idéias, os projetos, ascomplexibilidades; absolutamente tudo aumentava. Nunca era suficiente. Alastrava por todos os cantos de sua mente e ser.

Depois de pouco mais de três anos, sua aparência era deplorável. Os cabelos, duros, ensebados. O sangue encrustado por todos os cantos. A sala parecia um cenário de carnificina. Restos de músculos, cartilagem, ossos e membranas apodreciam por todos os lados. Não percebia mais o cheiro pútrido, o olfato, apesar de aguçado gradualmente se acostumou. Tudo aquilo começava a incomodar a Imortal, que precisava de organização em seu processo criativo. ”Preciso de um banho, e de uma limpeza nessa sala. A minha obra precisa ser devidamente limpa também, aquele banho deve ser oportuno para ela também. Com sua concessão...” Apelava com decoro ao Monge. Claro que pensava em todas as propriedades daquela água intrigante.
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