Os Lampejos da Jyhad: A Ordem Oculta - Parte 2

Sim (:

"Niles? Ah, claro. Niles. Sou eu. Isso."

Por um momento, perdido em divagações, ele havia baixado a guarda. Nada sério, é claro.

- É um prazer, senhor Cross. - Ele sorri e aperta sua mão.

Gil não precisa ter o receio recorrente a outros vampiros em reconhecerem seu toque morto. O dele é vivo. O fato de ser mais humano que os outros é o que o levou a essa busca? Será que ele já estava propenso a isso desde o início? Ou não passa de uma pele de cordeiro que acabou enganando o próprio enganador?

Bom, isso não importa. Já estamos aqui, não é mesmo? Agora é ver aonde chegamos.

- Eu não quero te dar uma resposta imediata, ainda estou conhecendo as minhas próprias terras e tomando algumas decisões. Se você me passar o seu contato, te dou uma resposta melhor em alguns dias. Pode ser? - E, após ele lhe passar seu contato. - Mas já aviso que provavelmente você ficará feliz, haha

A documentação não deve ter mudado muito desde os tempos em NY, não é mesmo? Essas coisas rurais são tão estagnadas. E contratar um advogado seria absurdamente inconveniente. Não apenas inconveniente, mas muito chato. Nada que a internet não possa resolver.

Todos esses fazendeiros são interessantes por si só. Cada um, uma pequena pedra bruta esperando para ser descoberta. Em todos esses anos, Gilbert já ia se esquecendo a complexidade que uma curta vida humana pode ter. Mas, entre todo o luxo e as luzes, os seus pensamentos estão em outro lugar.

A caverna. Os desenhos antigos. Que tipo de mistério aquilo o reserva? Dentre toda essa normalidade, é natural que o Ravnos ficasse curioso com o que lhe pareceu mais exótico. Aquela caverna, onde ela ficava? Gil não quer arrendar aquela parte. E aquele coelho... O bote fatal de Maya. O sangue escorrendo pelo chão. Não, espera. Ele está se perdendo de novo.

Sábio, Gilbert decide beber mais cerveja.

*Baxt imagina-se em um sonho e tudo que ele quer é acordar. Se sua consciência está perdida, cabe somente a ele recobrar seu sentidos.*

OFF:
Gasto FDV pra tentar despertar para o que ele entenda ser ele. (voltar a consciência pra alma e corpo).
Ativo sentidos aguçados e alerta para o todo.

*libera a própria besta em um urro para tentar acordar.*

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*. Apelido dos Brujah AT
¹. Auspícios 1: Sentidos Aguçados
². Demência 2: Assombrar a Alma (-1PDS)
³. Auspícios 2: Percepção da Aura
**. Destreza +2 (-2PDS)

King não teve dificuldades em conseguir todo o material para o combate-ritual. Com um colete por baixo, colocou vestes reforçadas para garantir uma maior proteção nesse duelo. Com uma AK-47 nas costas e uma Desert na cintura, partiu para encontrar Linda no local combinado. Com os ouvidos e olhos vedados, partiu no banco de trás de um veículo comum. Algo próximo de uma hora de carro e, finalmente, saíram. Aparentemente entraram em algum lugar, pegaram dois elevadores.

Quando lhe retiraram tudo, se viu num grande cômodo. No centro, uma arena circular, sem limitações, sem grades, apenas um tatame circular para fixar um ponto físico. Nas laterais, quatro estações de trabalho, com sete notebook em cada estação, todos ocupados, com pessoas trabalhando. Esse recinto está lotado de câmeras. As janelas, que não possuem mecanismos para serem abertas, são apenas de vidro. Janelas gigantes, possivelmente blindadas, pelo estilo de vidro.

- Ah, esqueci de falar, seu adversário não é um Neófito Brujah AT. E sim um Ancillae Brujah AT – a Bispo sorria de canto, enquanto encarava Damien com intensidade.

Mas, até o momento, não tinha como o Malkavian focar na Demência, enquanto não tiver um alvo, a disciplina é inútil. Linda não mostrava o desafiante e permanecia encarando o Lunático, divertindo-se com a situação.

- Está preparado, Damien King? – indaga ela, dando três tapinhas no ombro direito de King.

"Nunca quis que a polícia fosse tão eficiente" - Pensava Rak.

Então o Arcano escuta um barulho metálico e uma fumaça começa a subir - "Sério?! Eles mandaram um assassino de aluguel ou um esquadrão da swat?!" - Rak gritava em seus pensamentos. Tossindo e com os olhos irritados, sem falar na alergia que atacava.

- ATCHIN!!! - Espirrava Logan que já sentia a coriza descer pelo nariz.

Logan tenta chutar a "latinha" na direção do corredor de novo.

"Toma de volta seu presente"

"sem corpo físico, sem corpo astral. O que eu sou além de um conjunto de sentidos e uma consciência em uma dimensão alienígena"

*Essência de sua própria alma, um ser sem idade, sem encarnação, essência primordial de tudo que já existiu. Sua consciência busca voltar para a realidade que conhece. A essência de caim aliada a sua vontade de existir é tudo que o mantém. Seu corpo certamente está inteiro em algum lugar no plano material, mas para que possa animá-lo mais uma vez, ele precisa de um corpo astral. Recuperar sua própria forma.*

"Talvez eu esteja só vagando por dentro de mim mesmo. Tenho que buscar minha forma, tenho que voltar a me sentir e a ser a versão de mim mesmo"

*Concentra-se no que poderia ser seu próprio corpo. Imaginando-se em uma situação em que esteja dormindo, mas consciente de que está dormindo consciente de que pode controlar seu sonho. Agora só precisa despertar de volta para seu corpo, se isso representa a recriação do mesmo ou se representa um novo despertar, não era o problema.*

"Preciso acordar, preciso sentir meu corpo mais uma vez!"

*Concentra-se em seu corpo e sua forma, nas lembranças de como sentir de como enxergar*

"Sou uma ferramenta do paradoxo, eu sou parte do Maya, mas eu também movo o Maya"



*foca seus sentidos na força de seus braços, em seu peito inflando em um grito, em um rugido como que mandasse em seu próprio corpo e dizia apenas*

"Acorde!!!!!!!!!!"

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¹. Auspícios Nível 3 - Toque do Espírito
². Manipulação + Lábia + Voz Encantadora - A intenção é convencer a Bispo a parar com os joguinhos e testes fúteis, e sim partir para a parte importante do processo de admissão.
³. Auspícios Nível 2 - Percepção da Aura
³. Percepção + Empatia para completar a análise e tentar perceber algo que passe batido pelo auspícios.

"O desgraçado deve estar usando uma máscara" - Pensava enquanto se esforçava.

Logan tapava a respiração e e saia do quarto executando um disparo com a calibre 12, ao mesmo tempo que chutava uma bacia com água benta do corredor, espalhando-a pelo ambiente. As chances de ser um ser das trevas não deveriam ser descartadas.

(-1 FV pra ignorar os efeitos do gás)

De um jeito ou de outro ele não poderia mais permanecer no quarto, não havia ventilação suficiente e seu algoz talvez já o estivesse esperando sair do quarto, mas não atirando.

*Estava de volta. Em um deja vú, Baxt se viu no lugar onde tinha visto, imaginando encontrar uma senhora, encontrou-a e da mesma forma que antes sonhara, alimentou-se. Entrou em contato com os carniçais e sentiu sua lealdade. O sonho tornara-se realidade ou agora simplesmente via através da realidade. Sentir seu corpo físico as sensações, tudo parecia mais real, porém não era o mundo que havia mudado, era o corpo de Edgar Rodrigues mesclado em sua primeira encarnação como Ian Baxt, seu primeiro e real nome.

Tudo era como já foi, mas ao mesmo tempo tudo era novidade.*

- A Ordem dos Shilmulo me encomendou esse teste, Aviv era eu, lhe testei severamente nesses cinco anos em que transitou entre os dois mundos – decreta Panush, falando diretamente na mente de Baxt.

*Raiva, era o primeiro sentimento. Séculos de amizade e ensinamento e Baxt se sentir ferido por seu companheiro ancestral. Porém, antes que pudesse ter alguma reação*

"Ordem dos shilmulo?"
teste?!
*Não conseguia evitar fechar o cenho em uma expressão mista de curiosidade, raiva, contida em um suspiro paciente.*

Hyerinn, nosso Grão-Mestre, um Matusalém Ravnos, transcendeu na iluminação da Trilha do Paradoxo, Hajime, Owen, Uriah, Kroll e outros Shilmulo, já nos esperam na Romênia. Você passou no teste deles. Passou no meu teste... – fez uma pausa, aguardando a reação de Ian.

"Matusalém?! Ainda existe algum matusalém vivo?!"
*Era pego de surpresa. Tudo começava a fazer sentido. Não havia como escapar de um matusalém e somente um líder do paradoxo matusalém poderia testar Baxt sem que o mesmo pudesse ter alguma reação.
 Sabia que não teria maneira de fugir do próprio Dharma, sabia que todo o tormento que passou era para engrandecer a si mesmo, todo o caminho tortuoso e as dificuldades. Entendia agora que todo o caminho tem dificuldades, mas a maneira como se passa por eles é que faz a diferença.
Poderia sentir-se envergonhado pela forma que passou, mas sentia-se orgulhoso pelo ensinamento e pela própria postura.

Mesmo com o raciocínio rápido de Baxt, ele parava por alguns segundos assimilando e recriando mentalmente todo o caminho que fez para chegar de volta. Estava no mesmo ponto de partida, porém, não era mais o mesmo, algo havia mudado dentro de si e nada poderia temer agora.

Ajeitava o corpo, estufava o peito, erguia a cabeça e dizia suas primeiras palavras em 5 anos:*
- Obrigado.
*O som cristalino sua própria voz reverberava dentro de seus próprios ouvidos, sentia o ar saindo de seu pulmão morto-vivo, atrofiado mas ainda funcionando misticamente.
Seu olhar e sua expressão respondiam por si só, não cabia mais pedir qualquer tipo de explicação naquele momento. Era preciso apenas absorver a lição e seguir para o próximo passo. Somente um Ravnos mais velho para passar a perna e enganar um outro Ravnos.

Dizia com um sorriso na voz:*
- Eu estou pronto. Vamos embora.

*Pegava suas coisas, encontrava com seus lacaios que visivelmente envelheceram nesses últimos tempos e partia para a Romênia.*

Com passos largos o Arcano sai de dentro do quarto chutando a bacia de água e em seguida disparando. Seus cálculos estavam certos e ele podia ver um alguém destroçado e gemendo de dor.
Choque? Ressentimento? Não. Talvez o antigo Dylan sentisse isso, mas não Logan Rak, ele sentia satisfação e um breve sorriso se desenhava em seus lábios. Não se tratava de matar alguém,de se divertir com a dor, era uma questão de vencer uma adversidade,de provar seu poder perante outro. Logan havia vencido e ali no chão ele enxergava seu antigo eu, ele havia se superado, ele até sentia um calor no peito, mas não era alegria, era sangue...

Ele ficou tão absorvido pelos seus pensamentos, rápidos diga-se de passagem, pois não levou nem uma fração de segundo para o vencedor ser derrotado. Disparos de silenciador...

Seu algoz se aproximava e exigia que não se movesse, Rak por sua vez apenas levanta as mãos em sinal de desistência, mas a dor logo o tomava e ele se encostava suavemente na parede - Se me permite, preciso de apoio, vou levar minha mão esquerda até meu ferimento no ombro - ele avisava a sua algoz e então com a mão boa apertava o ferimento por baixo do colete. Sua expressão era de dor, ele imaginava que só estava vivo pois seria uma fonte de informação - É preciso saber reconhecer a derrota, tenho que admitir que é uma mulher de habilidade excepcional, mas gostaria de saber por qual motivo ainda estou vivo - Rak não resistia, ao menos ali não havia como lutar.
Seu semblante não era mais de alegria, era um misto de dor e aborrecimento, mas não de surpresa, ele já imaginava algo do gênero, na verdade a surpresa era não estar morto.

Logan era nocauteado.

Acordava, mas estava vendado. Ele concentrava o máximo de sua atenção em seus outros sentidos para se situar (-1 FV), por hora tudo que sabia era que estava sentado em algum tipo de cadeira metálica e preso com (o que quer que ele sinta).

- Oh, a moça parecia mais legal - Sorria cinicamente - Qual o problema de eu trabalhar sozinho? Meus feitos investigativos foram tão impressionantes? - Logan esperava um soco ou algo assim para então prosseguir - Aaargh, vocês são péssimos anfitriões - Cospe sangue - Olha cara, acredite não quero problemas, eu quero ajudar a eliminar alguém que por coincidência ou não é uma pedra no sapato da sua empregadora - Rak supunha, para seu bem que eles eram mercenários contratados por uma das chefonas do crime que ele contatou.

Dylan parecia se acalmar. Ofegante ficava de cabeça baixa. Não iria entregar o Arcano, mas precisava dar uma história crível.

- Você quer a verdade, Carrasco? - Abria um sorriso amarelo - Bom, eu te darei, mas a minha versão anterior é parcialmente verdadeira, todavia eu não sei se vai acreditar em tudo que vou lhe dizer agora, pra ser sincero eu também não acredito às vezes, mas hey, eu estou aqui por causa dela - Sua expressão ficava triste, ele fungava para absorver a coriza proveniente do choro - Eu era um advogado em New York. Eu tinha uma noiva, não espere, ah sim, eu a conheci em New York, ela estava de férias, nós nos conhecemos em um clube de xadrez. Sim esses lugares ainda existem.
Ela era do tipo intelectual. Jogamos algumas partidas e nos apaixonamos, engraçado né? Pois bem, eu larguei tudo por ela e fui morar na Inglaterra junto com Ana que se tornou minha noiva - Fazia uma pausa engolia alguma emoção, talvez lembrança - Eu tive depressão e um dia comecei a ver um cara, parecia um fantasma ou coisa assim, meu relacionamento não aguentou e ela terminou comigo com uma desculpa esfarrapada do tipo "não é você, sou eu". Antes que volte a me torturar, entenda, toda história tem um início, estou te contando ele e como disse anteriormente, temos muito tempo. Sugiro que pegue uma cadeira e um café, eu espero para prosseguir se for o caso - Dylan dava um tempo e então continuava - Veja, eu voltei para os EUA arrasado e achando que eu tinha enlouquecido, então comecei a pesquisar sobre essas coisas e em paralelo eu me tornei detetive,mas o sofrimento acabava comigo, eu queria minha vida antiga de volta, foi quando eu resolvi fazer um pacto, sim isso mesmo que você ouviu, um pacto com um demônio.
Eu juntei os materias como indicado nas minhas pesquisas e tentei invocar Lilithi. Bem, algo deu muito errado e eu invoquei algo que quase me matou, ai eu lhe pergunto, como se livrar de um demônio? Chame a igreja!
Eu estava desesperado e visitei uma igreja, a paróquia do Brooklin na verdade - Suspirava e se ajeitava na cadeira - Eu disse que ia ser longa, se estiver impaciente eu pulo alguns detalhes, se bem que eu acho que à essa altura você quer meter uma bala na minha cabeça, mas segura a onda e me deixa terminar, afinal foi você que quis ouvir a verdade, se acha que está chata considere uma vingança pela tortura - Sorria para o carrasco. Dylan estava contando meias verdades para proteger o Arcano e ao mesmo tempo conseguia se divertir com a situação, não é como se não estivesse aterrorizado, mas ele se sentia sozinho e até mesmo o Carrasco poderia ser um bom ouvinte.
- Phillip era o nome do padre que meatendeu naquela noite. Interesante, eu não era muito de ir à igreja, mas acabei recorrendo à Deus quando a coisa apertou, isso é um péssimo hábito dos seres humanos. Continuando, Phillip me ajudou e me instruiu à desfazer o que eu tinha feito, por sorte eu só havia invocado um espírito raivoso. De alguma forma eu acabei fazendo um ritual de necromancia. Quem fez a parte mais "mágica" da coisa foi o padre. Após tudo isso, Phillip me contou que fazia parte de uma ordem secreta da igreja católica que se dedicava a exterminar seres sobrenaturais. Não, eu não fui recrutado pela ordem, mas sim por um tipo de "terceirizado" deles. Um tipo de exército particular de mercenários. Nós ficamos responsáveis por eliminar as questões mais mundanas enquanto os caçadores da Ordem matam as criaturas em sí.
Minha missão em Quebec é eliminar Michael, um congressista que é controlado por um ser das trevas. Se você não acredita, basta prestar atenção, minha casa estã cheia de bacias de água benta - Dylan "olhava"para o Carrasco - Então? Vai me matar agora por não acreditar no que eu disse? Pois eu não tenho mais nada. Somos largados nos lugares pra realizar as missões, nos são dadas informações que solicitamos previamente, uma vez que somos deixados em um lugar pra realizar uma missão ninguém se importa mais, pois sabe-se o risco e para garantir que fiquem escondidos nós recebemos o mínimo de informação possível.
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¹. Demência 2: Assombrar a Alma
². Auspícios 4: Telepatia - 1FV para sucesso automático

"Irmãos?" - Pensava Rak um instante antes de ser nocauteado.

Logan levava a sua primeira surra, por dentro se orgulhava de não se entregar. Sangrava em prol do que defendia. Mesmo quando ainda era Dylan nutria um senso de honra.
Entre um soco e outro, um osso quebrado e outro, ele bradava, mas não de dor, era um brado de fúria que expurgava o seu sofrimento e o transformava em glória. Talvez só mais uma forma de fugir da dor e resistir à tortura, mas estava dando certo.

- Eu disse! Você não suporta A verdade! Acha que se me matar vai fazer com que esteja bem, mas isso é um engano pueril! Você é um fantoche! - Gritava em meio a dor.

Depois de um tempo desacordado percebia uma conversa. Seu Carrasco queria executá-lo, mas o contratante não queria. Era um homem, pelo jeito que eles falavam dele.

A mulher que o abateu aparece.

Logan sorri sádico - Seu contratante é homem. O fato dele me querer vivo só pode significar poucas coisas e a pior delas... Ele deve ser um vampiro.

Logan supunha já que estava caçando outro vampiro e como existia uma possibilidade forte de ter mais de um na cidade... Rak rezava pra ao menos não ser o velho que controlava Michael.