Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
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deise.galvao
Padre Judas
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Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
Narrador: Gam
Narrador: Gam
A bandeira que segue é linda, moça.
Mas você cruza uma estrada escura. Nem todo o poder te permite o que você quer, nem tudo o que brilha é ouro. A paz, a liberdade que você procura... nada disso é tão limpo. Seu caminho suja seu destino. Sua busca é digna, suas escolhas entortam. O vento que bate se repete todas as noites, rindo de sua jornada.
Mas não se engane.
Nenhum de nós sabe a Grande Verdade. Nossas palavras bonitas, nossos palpites certos... na maior parte do tempo. Mas, assim como você, todos erram quando chega a hora da prova final. Todos podem morrer.
A cruz que carrega parece pesada, moço.
Mas todos carregam algo igual. Você não é diferente, só grita mais alto. Sua voz pode doer, mas não nos conta nada de novo. O cenário, moço. O cenário sempre foi o mesmo. Ele esteve aqui antes de mim, esteve antes de você, ele continuará aqui depois que partirmos. Nada disso é novo. Só persiste.
Assuste-se, minha criança.
Grite, chore, perca todas as suas esperanças. Entre em pânico. Ninguém vai lhe oferecer um ombro por aqui. Ninguém vai lhe dizer que você esteve certo. Nós não conhecemos isso, mas bem que gostaríamos.
E, mesmo sem qualquer fio de esperança, você sabe tanto quanto eu que o fim não é uma opção, não é mesmo? Todos os dias, a cada Sol nascente, nós temos a opção de desistir. Mas estamos aqui. Eu estou. Você está. Todos eles... todos eles persistem. E a troco de quê?
Eu não sei se alguém vai vencer no final, criança. Sua busca fútil, moça. Seu drama estúpido, moço. E, no fim, qual é a jornada que realmente merece ser continuada? Qual de nós está menos errado? Seus mestres, seus pais, todos estão tão perdidos quanto você. Só persistem há mais tempo, o que não os torna melhores que nenhum de nós.
Mas, apesar de tudo, nós estamos aqui. Nós continuamos procurando. E eu ofereço uma alternativa. Venha. Não é como se você tivesse uma opção melhor. Apenas me dê uma chance, me entregue sua mão. Talvez eu não facilite a busca, mas posso torná-la menos dolorosa.
No fim de todas as contas, criança, eu estou tão perdida quanto você. E portanto vou te amar como se amasse a mim mesma. Vou amar até que você falhe e morra. Vou amar como se pudesse amar alguém.
E, juro por Deus, eu não tenho mais nenhuma palavra de conforto pra te ajudar. Mas as diria, se tivesse.
Yes, there are two paths you can go by
but in the long run
there's still time to change the road you're on
but in the long run
there's still time to change the road you're on
Última edição por Gam em Dom Dez 06, 2015 6:23 pm, editado 5 vez(es)
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
[OFF]
Antes de qualquer coisa, vamos conversar em off.
O que estamos fazendo aqui?
Acho isso muito importante. A resposta, embora pareça óbvia ("Derp, jogando RPG!"), difere em detalhes na cabeça de cada um. Enquanto uns vieram se divertir, outros vieram buscar desafios, outros estão treinando a escrita, outros querem provar que decoraram mais notas de rodapé, todas as alternativas acima, etc.
Então, vamos deixar clara a minha intenção. Eu estou aqui para contar uma história. Um jogo de RPG, pra mim, consiste em nós nos juntarmos para escrevê-la. Seus personagens, por mais fortes ou fracos que sejam, serão os protagonistas dessa história. Haverão conveniencias e inconveniencias coincidentemente acontecendo só com eles, como se o destino estivesse olhando pra eles o tempo todo. E está mesmo.
Eu, nessa brincadeira, nada mais sou do que um contador. Eu revelo o tabuleiro e vocês fazem seu próprio caminho. Se a história começar a ficar maçante demais, eu dou um pontapé e conserto alguma coisa para ela retomar um rumo interessante. Minha intenção é que, ao fim do nosso jogo, tenhamos um conto divertido narrado por várias perspectivas.
Sobre postagens:
Tento me limitar a postar em intervalos de três dias. Quando possível, menos. Mas evito atrasar mais que isso, embora nem sempre consiga. Se você estiver sozinho em uma narrativa, eu vou esperar o tempo que for necessário até que você volte (cuidado, demorar muito pode te descontar xp). Mas, se a narrativa de outro jogador depender da sua (direta ou indiretamente), eu vou dar o prazo de três dias e impiedosamente continuar o jogo sem você. Não é legal empacar o jogo de quem quer brincar, ein!
Agora, sobre sistemas. Eu, como todo narrador, sigo minhas próprias golden rules. Como estamos começando a jogar juntos, vou listá-las a quem interessar:
A regra do 10:
Normalmente, uma rolagem de dados com um 10 só lhe permite rolar um novo dado se você possuir uma especialização relevante à ação em questão. Comigo, um 10 sempre irá te render um novo dado. Suas especializações, portanto, lhe renderão Dif-1 no teste em questão.
Sobre Disciplinas:
Essa é um pouco mais abrangente. Eu gosto muito das disciplinas da versão de aniversário de Vampiro a Máscara, a V20. Portanto, utilizo regras de V20 para disciplinas em minhas crônicas. Depois de conhecê-las, concluí que são mais equilibradas, melhor pensadas e podadas do que as do sistema que nosso fórum usa oficialmente, o V3. Perceba que as discrepâncias de sistema acabam por aí. Para qualquer dúvida sobre sistema, busque na versão revisada, também conhecida como terceira edição.
A priori, eu acho que é só isso. Se me lembrar de mais alguma coisa, aviso vocês pelo nosso chat.
Bom jogo pra todo mundo, e qualquer coisa é só me chamar!
Antes de qualquer coisa, vamos conversar em off.
O que estamos fazendo aqui?
Acho isso muito importante. A resposta, embora pareça óbvia ("Derp, jogando RPG!"), difere em detalhes na cabeça de cada um. Enquanto uns vieram se divertir, outros vieram buscar desafios, outros estão treinando a escrita, outros querem provar que decoraram mais notas de rodapé, todas as alternativas acima, etc.
Então, vamos deixar clara a minha intenção. Eu estou aqui para contar uma história. Um jogo de RPG, pra mim, consiste em nós nos juntarmos para escrevê-la. Seus personagens, por mais fortes ou fracos que sejam, serão os protagonistas dessa história. Haverão conveniencias e inconveniencias coincidentemente acontecendo só com eles, como se o destino estivesse olhando pra eles o tempo todo. E está mesmo.
Eu, nessa brincadeira, nada mais sou do que um contador. Eu revelo o tabuleiro e vocês fazem seu próprio caminho. Se a história começar a ficar maçante demais, eu dou um pontapé e conserto alguma coisa para ela retomar um rumo interessante. Minha intenção é que, ao fim do nosso jogo, tenhamos um conto divertido narrado por várias perspectivas.
Sobre postagens:
Tento me limitar a postar em intervalos de três dias. Quando possível, menos. Mas evito atrasar mais que isso, embora nem sempre consiga. Se você estiver sozinho em uma narrativa, eu vou esperar o tempo que for necessário até que você volte (cuidado, demorar muito pode te descontar xp). Mas, se a narrativa de outro jogador depender da sua (direta ou indiretamente), eu vou dar o prazo de três dias e impiedosamente continuar o jogo sem você. Não é legal empacar o jogo de quem quer brincar, ein!
Agora, sobre sistemas. Eu, como todo narrador, sigo minhas próprias golden rules. Como estamos começando a jogar juntos, vou listá-las a quem interessar:
A regra do 10:
Normalmente, uma rolagem de dados com um 10 só lhe permite rolar um novo dado se você possuir uma especialização relevante à ação em questão. Comigo, um 10 sempre irá te render um novo dado. Suas especializações, portanto, lhe renderão Dif-1 no teste em questão.
Sobre Disciplinas:
Essa é um pouco mais abrangente. Eu gosto muito das disciplinas da versão de aniversário de Vampiro a Máscara, a V20. Portanto, utilizo regras de V20 para disciplinas em minhas crônicas. Depois de conhecê-las, concluí que são mais equilibradas, melhor pensadas e podadas do que as do sistema que nosso fórum usa oficialmente, o V3. Perceba que as discrepâncias de sistema acabam por aí. Para qualquer dúvida sobre sistema, busque na versão revisada, também conhecida como terceira edição.
A priori, eu acho que é só isso. Se me lembrar de mais alguma coisa, aviso vocês pelo nosso chat.
Bom jogo pra todo mundo, e qualquer coisa é só me chamar!
Última edição por Gam em Sex Jan 22, 2016 2:40 am, editado 1 vez(es)
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
Ah, Nova Iorque...
Palco de glória, palco de sangue. No mundo dos homens, os índices de criminalidade sobem, o dólar desvaloriza, a poluição só aumenta. Tudo normal, basicamente. No mundo dos monstros, o Sabá aparentemente não tem tido qualquer problema significativo desde a tomada da cidade, há quase dois anos.
Apesar da presença semi-constante do Arcediago Sprinfield, ele influi apenas minimamente nos assuntos administrativos do Diácono Altobello. Este, por sua vez, formou uma sólida estrutura no território nova iorquino. Alguns Templários, talvez um Oásis? E como andam suas inclinações políticas desde então, Sua Excelência? A segurança do Status Quo? A ideologia dos Legalistas? O ferro do Ultra-Conservadorismo?
Aliás, quem sou eu senão outro contador de histórias? Apresente-se, Bispo. Apresente sua cidade. Nos diga como você a deixou, quem são os Irmãos em destaque e porquê. Estamos todos curiosos.
Palco de glória, palco de sangue. No mundo dos homens, os índices de criminalidade sobem, o dólar desvaloriza, a poluição só aumenta. Tudo normal, basicamente. No mundo dos monstros, o Sabá aparentemente não tem tido qualquer problema significativo desde a tomada da cidade, há quase dois anos.
Apesar da presença semi-constante do Arcediago Sprinfield, ele influi apenas minimamente nos assuntos administrativos do Diácono Altobello. Este, por sua vez, formou uma sólida estrutura no território nova iorquino. Alguns Templários, talvez um Oásis? E como andam suas inclinações políticas desde então, Sua Excelência? A segurança do Status Quo? A ideologia dos Legalistas? O ferro do Ultra-Conservadorismo?
Aliás, quem sou eu senão outro contador de histórias? Apresente-se, Bispo. Apresente sua cidade. Nos diga como você a deixou, quem são os Irmãos em destaque e porquê. Estamos todos curiosos.
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
Ah, Nova Iorque...
Ora, meu grande amigo contador de histórias, cá estamos nós mais uma vez, uh? Já faz um tempo desde a última vez que nos encontramos sob a luz da Grande Maçã. Vejo que você trouxe amigos, ótimo! Venham todos, sentem-se e deixem-me contar sobre essa cidade que vocês mal conhecem, mas logo logo vão considerar pacas.
O tempo voa, meu amigo, parece que foi ontem... Há dois anos atrás a Camarilla caía com o atentado ao Empire State, o Elísio da cidade. A Torre de Marfim ruiu e a Espada de Caim se ergueu com um ataque oportuno. Não se assuste se o Destino o colocar frente a frente com um Garou ou uma Aparição, ele gosta de fazer essas coisas. Poderia ser muito pior, no entanto. Jorge Altobello, por exemplo, não teve tanta sorte. Precisou enfrentar Infernalistas, Magos e até mesmo um Demônio. No fim, foi o Sabá foi quem permaneceu de pé, seu trabalho reconhecido e seu trono instaurado. Bispo Altobello foi nomeado o responsável pela cidade de Nova Iorque e aceito com clamor por seus súditos.
Desde aquela época, poucas ameaças surgiram para o importuná-lo. Com exceção de um grupo de caçadores petulantes que chegaram a tomar o Bronx, evitando que qualquer vampiro ou carniçal adentrasse no bairro, Jorge não teve nenhum outro problema significativo. Mais ou menos na mesma época, Jonh Stewart, Brujah AT, se levantou acusando Altobello de assassinar seu carniçal, o Tenente William Salvatore, para que Joey Quinn, lacaio do Bispo, alcançasse o lugar de Salvatore. Tal manobra serviu de aviso para o Diácono. Com o poder completamente centralizado em suas mãos estava fadado ao fracasso dos césares, tal qual Roma.
Stewart era um Ductus de renome de forma que bater de frente com o Brujah AT enfraqueceria sua imagem. Depois de esclarecer o mal entendido (Vulgo: Inventar uma desculpa muito boa), Jorge fez uma proposta de paz entre ambos. Ambos se mobilizariam para tomar o Bronx de volta e aquela área se tornaria o "Domínio" do Bando do Brujah AT, respondendo esses apenas ao próprio Bispo. Assim, a cidade ficaria mais sólida e protegida e Altobello faria as pazes com um grande aliado. O Lasombra repetiria esse processo com outras áreas da Grande Maçã, nomeando os Bandos mais notáveis e distribuindo áreas específicas. Manhattan, o centro do poder, e Little Italy, lugar que sempre manteve seu refúgio foram os únicos bairros que permaneceram sob sua guarda.
Após a tempestade, vem a calmaria... O Guardião aproveitou esse momento para fortificar seu poder. Tomou ciência de um certo Bando especialista na caça de Feiticeiros. Durante a tomada da cidade, acabaram cruzando com uma matilha Garou que acabou levando à morte-final quatro dos sete membros do Bando. Quando surgiu o convite para se tornarem os Templários de Altobello consideraram uma grande honra e aceitaram de pronto. Tão logo, foi providenciado um Festim de Sangue para a nomeação dos vampiros.
Outros vampiros vem se destacando aos olhos de Altobello.
Durante a tomada da cidade, um certo Malkaviano AT resolveu criar algumas cabeças-de-pá para servir de distração contra os membros da Camarilla. No entanto, esse vampiro estava tão fora de si que não teve o mínimo de critério na escolha dos aspirantes à crias. Entre esses, estava o azarado Park Young-Lee ou, como é mais conhecido, Faker. Se não fosse tão azarado, despertaria com os demais e seria massacrado pelo mais forte dentre os cabeças-de-pá. No entanto, algo no seu abraço o fez acordar horas mais tarde, quando já não havia nenhum cainita por perto. Isso lhe deu a oportunidade de sobreviver para uma não-vida miserável. Assim que saiu da cova, aproveitou os cadáveres deixados pelo ritual dos cabeças-de-pá para se alimentar e logo na noite seguida foi encontrado pelo Sabá. Tudo indicava que Lee não passaria do primeiro mês. Seu corpo era frágil demais e suas habilidades sociais abaixo da média, mas foi esperto o bastante para mostrar a única coisa que sabia fazer bem a tempo de impressionar. Sua habilidade com computadores era surpreendente. Podia hackear qualquer coisa. Qualquer coisa. E obter informações, além de, claro, tomar o controle das máquinas. O Bispo tomou ciência de seus talentos. Talvez a maré de azar de Faker tenha acabado. Talvez esteja apenas começando...
Zóio é Ductus de um dos Bandos mais notáveis de Nova Iorque. O Brooklyn está sob sua guarda. Jorge sabe que é um preço pequeno a se pagar em troca da cooperação de bom grado de Zóio. O Nosferatu AT tem uma rede de informações digna de Ancião. Boatos correm de que há informantes inclusive de dentro da Camarilla. Boatos que o Bispo toma como verdade sem relutar tendo em vista que seu Bando é especialista em Espionagem e Informação.
Vibora Del Sangre é uma Sacerdote de renome. Seu Bando foi desfeito ainda no Caribe, lugar de onde veio. Os motivos apenas seus membros podem dizer. Além de um vasto conhecimento dos ritos da Seita, Altobello presenciou a Serpente da Luz executando certos truques que poderiam passar despercebidos pela maioria dos membros da Seita mas que saltaram aos olhos do Bispo. O Lasombra está certo de que se trata de Taumaturgia. Em se tratando do Guardião, tratou de deixa-la bem próxima a si, nomeando-a Sacerdote oficial da Diocese.
Até mesmo a Mão Negra têm vez em Nova Iorque. Sob o comando de Darius Molotov (Provável alcunha de um Tzimisce com o nome há tempos esquecido), a Mão mantém uma base de operações nos arredores da cidade. A relação de Jorge e Darius é saudável e o Bispo busca não se intrometer no experimentos que o Demônio realiza no seu quintal. Em troca, Molotov oferece seu apoio marcial nas empreitadas que o Lasombra manda destinadas às cidades mais próximas sob o controle da Camarilla.
Com Jorge Altobello no poder, um Lasombra, obviamente o clã ganhou um poder considerável. O Bispo instituiu reuniões mensais para que os Guardiões de sua Diocese discutissem os próximos movimentos da família. Além dos vampiros da própria região, algumas vezes recebiam cainitas de grande poder e influência que vinham de outras cidades, até mesmo países. O próprio Arcebispo Springfield fazia questão de participar dos encontros. A presença de, pelo menos, esses dois membros do alto escalão do Sabá, é um grande incentivo para que os vampiros mais jovens compareçam às reuniões.
Padre Judas- Administrador
- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 30
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Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
@Bispo Altobello
E assim ele acorda. Não há como enganar-se, esta claramente foi mais uma de suas premonições repentinas, embora ele não saiba dizer qual exatamente era seu significado. Altobello é um homem estudado, sabe que foram representados os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Mas e daí?
Enquanto ele se levanta, o último rosto continua gravado como ferro em brasa em sua memória. Um rosto que ele conhece bem.
Há uma mensagem recebida no fim da noite passada. Como uma piada do destino, ele contata que é de Springfield: "Mama Too Too virá amanhã. Não a incomode."
Ele mal termina de ler e recebe uma chamada de Víbora:
- Algumas pessoas estão clamando por uma audiência com você aqui no bar. - Ela diz com seu sotaque carregado.
Parece que hoje vai ser mais uma longa noite, Bispo. A propósito, aproveite para nos contar sobre seu bar, o La Proposta.
@Cook
Cook ainda procura seu lugar no mundo. Como um Ravnos, essa busca é longa e na maior parte das vezes fadada ao fracasso. Mas não é como se ele tivesse algo melhor pra fazer, afinal. A última vez que sentiu alguma consistência em sua vida, quando foi parte de algo, foi no fim de sua vida e início da não-vida. Ele era parte de uma família, era bem vindo e valorizado ali. Mas os Sacchetti estão mortos, desaparecidos nas areias do tempo.
E agora, como um orfão carente, Cook tenta ser aceito por outro tipo de família. Ele já passou por algumas provações, propositais ou não. Sobreviveu, e suas intenções foram ao menos por enquanto provadas para a Seita. Mas ele ainda não é considerado um deles, há trabalho a ser feito. Pessoas a convencer.
Sabiamente, Cook procura um velho conhecido. Alguém que esteve lá e o viu lutar pela Seita e que, se ao menos não confiar nele ainda, sabe dizer o que ele deve fazer para (não) conquistar seu lugar ao Sol: Bispo Altobello.
A cidade é Nova Iorque. É impressionante notar que um lugar tão grande e influente está nas mãos de um Bispo. Altobelllo deve ter uma ou duas ótimas histórias pra contar. Cook já sabe onde encontrar o Bispo e já deu seu jeito para arrumar um lugar pra passar os dias.
@Randall
Já se passaram dois anos desde que Nova Iorque se tornou propriedade da Espada de Caim. Exceto aquela rápida escapada para encontrar-se com o Falso Gorgonier, Kamero- ou melhor - Randall, jamais pisou no território de Springfield e Altobello de novo. Ele hoje é outro homem, detém outro nome, mas sabe que eles possuem meios para descobrí-lo. No mais, Nova Iorque já não tem mais nada para ele.
Novos horizontes apresentam-se. De acordo com o Falso, é quase certo que um assassino está em seu encalço. Um caçador que também é a caça, já que esta será sua única pista em direção ao Verdadeiro Gorgonier. Mais que isso, ele agora tem o caminho livre para contatar a infame Mão Negra.
Branca, sua fiel companheira (ou, dadas as circunstâncias, é Tyron quem é o companheiro), o acompanha (ou permite?) em suas cruzadas pessoais. A garota o tem em suas mãos, embora não demonstre nenhum desejo maior que segurança e conhecimento. Embora tenha ciência do laço que o prende a ela, o Gangrel também sabe que não há qualquer motivo para separar-se da menina. Ela é uma boa companhia, oferece pouco inconveniente e é sempre bom ter alguém para conversar e colocar as ideias no lugar.
Estas são as circunstâncias que englobam a vida de Tyron Randall atualmente. Elyon Kameroth vive em outro homem, um falso Templário do Arcebispo Springfield em Nova Iorque. Randall, por sua vez, ainda está engatinhando nos primeiros e conturbados passos de sua nova vida. Para onde agora, Randall? Quais serão nossas prioridades?
E eu vi, e eis um cavalo branco; e o que estava sentado nele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para completar a sua vitória.
Springfield. Ele pode vê-lo em sua cadeira velha, naquela velha fábrica. Sentado contra a luz, sua sombra estendendo-se por toda a sala, ele era como um rei negro em seu trono. Altobello não o tem visto frequentemente nas últimas semanas, e o Arcebispo naturalmente não dá qualquer satisfação sobre seus assuntos.E saiu outro, um cavalo cor de fogo; e ao que estava sentado nele foi concedido tirar da terra a paz, para que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.
Mais lembranças. Desta vez é a si mesmo que ele vê. O ataque ao Sabá. O Abraço de Kurt Marshall. Júpiter, levantando-se. Júpiter, caindo. A flor de lótus, um pequeno emblema de calmaria. E, por fim, seu batismo de sangue. O dia em que abençoou cada um dos cainitas de Nova Iorque. Ele levanta-se, começa um discurso, mas suas palavras saem mudas, interrompidas novamente.E eu vi, e eis um cavalo preto; e o que estava sentado nele tinha uma balança na mão. E eu ouvi uma voz como que no meio das quatro criaturas viventes dizer: "Um litro de trigo por um denário, e três litros de cevada por um denário; e não faças dano ao azeite de oliveira e ao vinho.
E agora a coisa começa a ficar interessante. Não há qualquer lembrança, são visões inéditas. Altobello vê uma senhora. E ele vê seus servos, seus cainitas de Nova Iorque, curvando-se a ela. Eles clamam seu nome. "Mama Too Too", eles dizem entre choros. Até Springfield também está ajoelhado perante a rangente cadeira de balanço. E o Bispo também está lá. Mas ele não se ajoelha, ele se recusa. A velha o encara. Não com desprezo ou ira, mas compaixão. E sua compaixão o enfraquece. Dói demais. O amor mexe com as próprias fundições de sua alma. E ele também se ajoelha. E ele também chora.Então ouvi a quarta Criatura:"Venha" e apareceu um cavalo baio,o nome do cavaleiro era Morte e o Inferno o seguia de perto.
Ele sente o chão sumindo sob seus pés e o universo urrando ao seu redor. Como em um redemoinho da própria criação, a fúria de toda a vida existente é libertada e rodeia Altobello, clamando-o sem poder tocá-lo. A experiência é absolutamente aterrorizante, mas ele não pode acordar. Ele não tem para onde fugir. Um rosto é distingui-do em meio a todo o caos. Um rosto que ri histericamente, sem olhar de verdade para qualquer direção.Foi-lhes dado poder sobre a quarta parte da terra para matar com a espada, com a fome, com a peste e com as feras da terra.
E assim ele acorda. Não há como enganar-se, esta claramente foi mais uma de suas premonições repentinas, embora ele não saiba dizer qual exatamente era seu significado. Altobello é um homem estudado, sabe que foram representados os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Mas e daí?
Enquanto ele se levanta, o último rosto continua gravado como ferro em brasa em sua memória. Um rosto que ele conhece bem.
Há uma mensagem recebida no fim da noite passada. Como uma piada do destino, ele contata que é de Springfield: "Mama Too Too virá amanhã. Não a incomode."
Ele mal termina de ler e recebe uma chamada de Víbora:
- Algumas pessoas estão clamando por uma audiência com você aqui no bar. - Ela diz com seu sotaque carregado.
Parece que hoje vai ser mais uma longa noite, Bispo. A propósito, aproveite para nos contar sobre seu bar, o La Proposta.
@Cook
Cook ainda procura seu lugar no mundo. Como um Ravnos, essa busca é longa e na maior parte das vezes fadada ao fracasso. Mas não é como se ele tivesse algo melhor pra fazer, afinal. A última vez que sentiu alguma consistência em sua vida, quando foi parte de algo, foi no fim de sua vida e início da não-vida. Ele era parte de uma família, era bem vindo e valorizado ali. Mas os Sacchetti estão mortos, desaparecidos nas areias do tempo.
E agora, como um orfão carente, Cook tenta ser aceito por outro tipo de família. Ele já passou por algumas provações, propositais ou não. Sobreviveu, e suas intenções foram ao menos por enquanto provadas para a Seita. Mas ele ainda não é considerado um deles, há trabalho a ser feito. Pessoas a convencer.
Sabiamente, Cook procura um velho conhecido. Alguém que esteve lá e o viu lutar pela Seita e que, se ao menos não confiar nele ainda, sabe dizer o que ele deve fazer para (não) conquistar seu lugar ao Sol: Bispo Altobello.
A cidade é Nova Iorque. É impressionante notar que um lugar tão grande e influente está nas mãos de um Bispo. Altobelllo deve ter uma ou duas ótimas histórias pra contar. Cook já sabe onde encontrar o Bispo e já deu seu jeito para arrumar um lugar pra passar os dias.
@Randall
Já se passaram dois anos desde que Nova Iorque se tornou propriedade da Espada de Caim. Exceto aquela rápida escapada para encontrar-se com o Falso Gorgonier, Kamero- ou melhor - Randall, jamais pisou no território de Springfield e Altobello de novo. Ele hoje é outro homem, detém outro nome, mas sabe que eles possuem meios para descobrí-lo. No mais, Nova Iorque já não tem mais nada para ele.
Novos horizontes apresentam-se. De acordo com o Falso, é quase certo que um assassino está em seu encalço. Um caçador que também é a caça, já que esta será sua única pista em direção ao Verdadeiro Gorgonier. Mais que isso, ele agora tem o caminho livre para contatar a infame Mão Negra.
Branca, sua fiel companheira (ou, dadas as circunstâncias, é Tyron quem é o companheiro), o acompanha (ou permite?) em suas cruzadas pessoais. A garota o tem em suas mãos, embora não demonstre nenhum desejo maior que segurança e conhecimento. Embora tenha ciência do laço que o prende a ela, o Gangrel também sabe que não há qualquer motivo para separar-se da menina. Ela é uma boa companhia, oferece pouco inconveniente e é sempre bom ter alguém para conversar e colocar as ideias no lugar.
Estas são as circunstâncias que englobam a vida de Tyron Randall atualmente. Elyon Kameroth vive em outro homem, um falso Templário do Arcebispo Springfield em Nova Iorque. Randall, por sua vez, ainda está engatinhando nos primeiros e conturbados passos de sua nova vida. Para onde agora, Randall? Quais serão nossas prioridades?
Última edição por Gam em Qui Out 15, 2015 11:44 am, editado 2 vez(es)
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
@Crow e McGuire
Nova Iorque foi tomada. Já faz dois anos desde que o Sabá tem feito da megalópole seu playground e a Camarilla pode apenas assistir à distância. Humilhada, a Torre de Marfim local se limita a New Haven, uma cidade vizinha onde ainda mantém dominação. Um bastião, onde os membros originais mandam e os sobreviventes refugiados buscam seu espaço. New Haven fervilha. A quantidade de vampiros na cidade é maior do que a Torre gostaria, mas os números trazem segurança. Fausto, o Príncipe local, dança na corda bamba que equilibra valorizar os recém-chegados para que fiquem e manter satisfeitos os antigos. É pouco espaço para tantos Domínios, poucos cargos para tanta sede de poder. As noites têm sido... complicadas.
@Crow
Crow foi chamado por Straus. Discreto, ele entra no comodo e aguarda. É uma biblioteca ampla, bem decorada. Um adornado tapete se estende de ponta a ponta. Dezenas de livros preenchem as paredes, e uma aconchegante lareira aguarda apagada a um canto. Poltronas vermelhas acolchoadas cheias de poeira, não usadas há anos. Straus, por sua vez, não o nota de primeira. Ele está em cima de uma escada pregando uma lona com uma facilidade e destreza incríveis para seu gordo e flácido corpo.
- Muitas janelas... - Ele resmunga, enquanto enfia o prego na parede de concreto como quem brinca com massinha. Descendo da escada, nota sua Cria. - Você percebe? Imensas janelas em todas as partes. É ultrajante. Praticamente uma tentativa de assassinato.
Desde que escaparam de Nova Iorque no fatídico dia do ataque Sabá, ambos permanecem juntos como nômades. O ataque foi brutal e repentino. Crow não sabe os detalhes, mas o Empire State Building foi derrubado (encoberto como um atentado terrorista da Al Qaeda, aparentemente). Juntos, chegaram a New Haven onde foram recebidos pelo Príncipe e, a aparente contragosto, acolhidos dentre os Nosferatus locais. Foram dois anos de difícil convivência. Straus aparentemente não se bicava com os Ratos. Mais que informantes, nesta cidade eles representam uma equipe bem articulada de Algozes. Esperma, o Xerife, é arrogante e territorialista. Os outros quatro, embora em menor grau, também não escapavam da mesma fórmula. Até que, repentinamente, na noite passada ganharam do Príncipe este novo refúgio. Ele deve ter notado o clima esquentado, ou alguém armou para expulsar Straus da galeria. O refúgio é um imenso e belíssimo casarão, inteiramente equipado e mobiliado. Algo que Crow jamais imaginou viver dentro.
Straus, naturalmente, detestou.
Desde que chegaram aqui, ele tem se preocupado incessantemente com a segurança e em manter-se resmungando e reclamando do Príncipe ou dos Nosferatus locais a cada cinco minutos.
- Venha, sente-se. - Grosso, ele aponta a poltrona. Em seguida, afunda ele próprio na outra.
Straus respira fundo conforme tenta relaxar. Suas grossas sobrancelhas dilatam, ele parece tentar empurrar suas preocupações de lado para focar no assunto que trouxe Crow até aqui. Após um momento, por fim, ele sorri. Ele parece cansado, mas satisfeito por alguma razão.
- Eu não vou mentir pra você, Crow. Estamos em um momento delicado. - Ele começa. - A situação da Camarilla não é das melhores. O ataque do Sabá nos pegou completamente de surpresa. Eles aproveitaram uma chance vinda de ocorrências paralelas, e não nos restou alternativa senão bater em retirada. Agora essa cidade minúscula é tudo o que nos restou dessa região que é simplesmente importante demais para abandonarmos.
- O Príncipe não pode tomar nenhuma ação precipitada, ou ele colocaria tudo a perder. Ele precisa agir com cautela, e para isso precisa de informação. Informação essa que o time de Nosferatus daqui simplesmente não é capaz de conseguir. Eles focam toda a sua atenção na defesa da cidade - não me entenda mal, isso é bastante necessário agora - e simplesmente não possuem tempo para mineirar mais. Está acompanhando até aqui? - Independentemente, ele explica de outra forma. - Os Ratos, que geralmente são os mestres da informação, nessa cidade não passam de guardas. E agora, mais do que nunca, estão ocupados.
- Fausto precisa de nós. E, por nós, eu estou me referindo especificamente a eu e você. Não há mais ninguém nessa cidade que consiga fazer o serviço de Inteligência. E nós precisamos desse reconhecimento. - Ele abana levemente a mão, indicando a janela tapada pela lona. - Como pode ver, estamos expostos. Aquele imbecil do Esperma deve ter choramingado algo nos ouvidos de Fausto, e ele nos jogou nessa porcaria de refúgio improvisado.
@McGuire
A cidade é New Haven, em uma casa alugada para a temporada. McGuire veio acompanhando sua Mentora. Sendo ela um mero neófito e Madeleine uma ocupada Arconte, raríssimas vezes lhe são passados os "porquês". Geralmente ela só é puxada de um lado a outro, mesmo que a muito contragosto.
- Entre.
Duas mulheres desconhecidas vieram visitá-las hoje. Elas entraram neste quarto com Madeleine e, após alguns minutos, ela chamou sua Cria. Até então McGuire não achou que sequer faria parte disso, mas parece que as três estavam armando algo especialmente para ela.
O quarto é escuro, e assim que entra ela pode ver Madeleine sentada aguardando. Em sua mão, pousa casualmente uma afiada faca de cozinha.
- Hoje iremos desconstruir alguns de seus conceitos, McGuire. - Ela parece séria. No fundo da sala as duas mulheres que entraram anteriormente estão deitadas com camisolas e as pernas abertas. Natalie não pode deixar de associar a cena à uma consulta ao ginecologista. - A princípio seria você ali, mas ao menos desta vez meu intuito primário não é chocá-la.
Ela levanta-se e, com um gesto de mão, chama McGuire para aproximar-se das mulheres com ela.
São mulheres comuns, perfeitamente saudáveis. Ambas possuem cabelos castanhos, embora de tonalidades diferentes. A castanho escuro possui um corpo mais definido, jovem e carnudo. A outra é magra, já com alguns fios grisalhos. Seu olhar cansado denota que viu muita coisa nessa vida, e sua completa apatia pela situação demonstra experiência com vampiros. Afora a camisola, elas estão completamente nuas. Suas partes expostas à McGuire e Madeleine. Embora elas mantenham a face serena e tenham um claro respeito por sua mentora, McGuire não pode deixar de se sentir invasiva por estar ali.
- Você foi um feliz acaso em meu caminho. - Ela relembra o passado. - Quando te encontrei, não era uma Cria que eu procurava. Mas você me impressionou. Seu ímpeto, sua coragem, a clareza de sua causa. Valores não são uma banalidade no mundo em que vivemos. São ouro. E, sendo assim, lhe eternizei.
- Olhando para estas duas... - Ela diz. - O que você vê?
Nova Iorque foi tomada. Já faz dois anos desde que o Sabá tem feito da megalópole seu playground e a Camarilla pode apenas assistir à distância. Humilhada, a Torre de Marfim local se limita a New Haven, uma cidade vizinha onde ainda mantém dominação. Um bastião, onde os membros originais mandam e os sobreviventes refugiados buscam seu espaço. New Haven fervilha. A quantidade de vampiros na cidade é maior do que a Torre gostaria, mas os números trazem segurança. Fausto, o Príncipe local, dança na corda bamba que equilibra valorizar os recém-chegados para que fiquem e manter satisfeitos os antigos. É pouco espaço para tantos Domínios, poucos cargos para tanta sede de poder. As noites têm sido... complicadas.
@Crow
Crow foi chamado por Straus. Discreto, ele entra no comodo e aguarda. É uma biblioteca ampla, bem decorada. Um adornado tapete se estende de ponta a ponta. Dezenas de livros preenchem as paredes, e uma aconchegante lareira aguarda apagada a um canto. Poltronas vermelhas acolchoadas cheias de poeira, não usadas há anos. Straus, por sua vez, não o nota de primeira. Ele está em cima de uma escada pregando uma lona com uma facilidade e destreza incríveis para seu gordo e flácido corpo.
- Muitas janelas... - Ele resmunga, enquanto enfia o prego na parede de concreto como quem brinca com massinha. Descendo da escada, nota sua Cria. - Você percebe? Imensas janelas em todas as partes. É ultrajante. Praticamente uma tentativa de assassinato.
Desde que escaparam de Nova Iorque no fatídico dia do ataque Sabá, ambos permanecem juntos como nômades. O ataque foi brutal e repentino. Crow não sabe os detalhes, mas o Empire State Building foi derrubado (encoberto como um atentado terrorista da Al Qaeda, aparentemente). Juntos, chegaram a New Haven onde foram recebidos pelo Príncipe e, a aparente contragosto, acolhidos dentre os Nosferatus locais. Foram dois anos de difícil convivência. Straus aparentemente não se bicava com os Ratos. Mais que informantes, nesta cidade eles representam uma equipe bem articulada de Algozes. Esperma, o Xerife, é arrogante e territorialista. Os outros quatro, embora em menor grau, também não escapavam da mesma fórmula. Até que, repentinamente, na noite passada ganharam do Príncipe este novo refúgio. Ele deve ter notado o clima esquentado, ou alguém armou para expulsar Straus da galeria. O refúgio é um imenso e belíssimo casarão, inteiramente equipado e mobiliado. Algo que Crow jamais imaginou viver dentro.
Straus, naturalmente, detestou.
Desde que chegaram aqui, ele tem se preocupado incessantemente com a segurança e em manter-se resmungando e reclamando do Príncipe ou dos Nosferatus locais a cada cinco minutos.
- Venha, sente-se. - Grosso, ele aponta a poltrona. Em seguida, afunda ele próprio na outra.
Straus respira fundo conforme tenta relaxar. Suas grossas sobrancelhas dilatam, ele parece tentar empurrar suas preocupações de lado para focar no assunto que trouxe Crow até aqui. Após um momento, por fim, ele sorri. Ele parece cansado, mas satisfeito por alguma razão.
- Eu não vou mentir pra você, Crow. Estamos em um momento delicado. - Ele começa. - A situação da Camarilla não é das melhores. O ataque do Sabá nos pegou completamente de surpresa. Eles aproveitaram uma chance vinda de ocorrências paralelas, e não nos restou alternativa senão bater em retirada. Agora essa cidade minúscula é tudo o que nos restou dessa região que é simplesmente importante demais para abandonarmos.
- O Príncipe não pode tomar nenhuma ação precipitada, ou ele colocaria tudo a perder. Ele precisa agir com cautela, e para isso precisa de informação. Informação essa que o time de Nosferatus daqui simplesmente não é capaz de conseguir. Eles focam toda a sua atenção na defesa da cidade - não me entenda mal, isso é bastante necessário agora - e simplesmente não possuem tempo para mineirar mais. Está acompanhando até aqui? - Independentemente, ele explica de outra forma. - Os Ratos, que geralmente são os mestres da informação, nessa cidade não passam de guardas. E agora, mais do que nunca, estão ocupados.
- Fausto precisa de nós. E, por nós, eu estou me referindo especificamente a eu e você. Não há mais ninguém nessa cidade que consiga fazer o serviço de Inteligência. E nós precisamos desse reconhecimento. - Ele abana levemente a mão, indicando a janela tapada pela lona. - Como pode ver, estamos expostos. Aquele imbecil do Esperma deve ter choramingado algo nos ouvidos de Fausto, e ele nos jogou nessa porcaria de refúgio improvisado.
@McGuire
A cidade é New Haven, em uma casa alugada para a temporada. McGuire veio acompanhando sua Mentora. Sendo ela um mero neófito e Madeleine uma ocupada Arconte, raríssimas vezes lhe são passados os "porquês". Geralmente ela só é puxada de um lado a outro, mesmo que a muito contragosto.
- Entre.
Duas mulheres desconhecidas vieram visitá-las hoje. Elas entraram neste quarto com Madeleine e, após alguns minutos, ela chamou sua Cria. Até então McGuire não achou que sequer faria parte disso, mas parece que as três estavam armando algo especialmente para ela.
O quarto é escuro, e assim que entra ela pode ver Madeleine sentada aguardando. Em sua mão, pousa casualmente uma afiada faca de cozinha.
- Hoje iremos desconstruir alguns de seus conceitos, McGuire. - Ela parece séria. No fundo da sala as duas mulheres que entraram anteriormente estão deitadas com camisolas e as pernas abertas. Natalie não pode deixar de associar a cena à uma consulta ao ginecologista. - A princípio seria você ali, mas ao menos desta vez meu intuito primário não é chocá-la.
Ela levanta-se e, com um gesto de mão, chama McGuire para aproximar-se das mulheres com ela.
McGuire; Analisar as mulheres
Percepção+Ocultismo = 2 / Dif = 8
???
Percepção+Ocultismo = 2 / Dif = 8
???
São mulheres comuns, perfeitamente saudáveis. Ambas possuem cabelos castanhos, embora de tonalidades diferentes. A castanho escuro possui um corpo mais definido, jovem e carnudo. A outra é magra, já com alguns fios grisalhos. Seu olhar cansado denota que viu muita coisa nessa vida, e sua completa apatia pela situação demonstra experiência com vampiros. Afora a camisola, elas estão completamente nuas. Suas partes expostas à McGuire e Madeleine. Embora elas mantenham a face serena e tenham um claro respeito por sua mentora, McGuire não pode deixar de se sentir invasiva por estar ali.
- Você foi um feliz acaso em meu caminho. - Ela relembra o passado. - Quando te encontrei, não era uma Cria que eu procurava. Mas você me impressionou. Seu ímpeto, sua coragem, a clareza de sua causa. Valores não são uma banalidade no mundo em que vivemos. São ouro. E, sendo assim, lhe eternizei.
- Olhando para estas duas... - Ela diz. - O que você vê?
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
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Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
A biblioteca era impressionante e imponente, com inúmeros livros antigos a muito não tocados, seria um cenário delirante para qualquer intelectual...não para Crow que via inúmeras falhas de segurança e pensava em dezenas de maneiras possíveis de invadir aquele local com extrema facilidade. A preocupação de Straus estava afetando o neófito (algo positivo para o mundo onde vive).
Em resposta aos resmungos de seu mentor WC concorda – Deveras é um lugar bem aberto – ergue a cabeça olhando as enormes janelas e não se atreve a oferecer ajuda para pregar as lonas, o dom da força não foi herdado pela cria de Straus e provavelmente ele só atrapalharia.
Muito havia acontecido na finada Nova York da Camarilla, o clima era tenso e isso repercutia nas ações de cada um. A educação e pomposidade anteriormente recorrentes estavam dando lugar a praticidade e grosserias… algo mais confortável e conhecido para Crow.
Seu mentor o introduz a situação atual da região e atentamente o neófito tenta compreender quais são os pontos críticos a serem solucionados e um deles era a segurança de seu refúgio que precisava ser explorado.
Assim que eles terminam a conversa Crow se prontifica – vou explorar um pouco mais a fundo a biblioteca – orgulhoso pela nova descoberta de seu dom de comunicar com animais ele emite um chamado (animalismo 2) que além de ter o objetivo de chamar todos os ratos do local, tem um foco mais fútil que é demonstrar sua evolução ao mentor.
Aquele era um dom interessante aos olhos do Crow que por sua vez possui uma facilidade natural com a comunicação animal (inofensivo aos animais). Com a chegada dos animais ele os pergunta sobre algum lugar escondido que possa existir naquele refúgio e depois pede que eles patrulhem a biblioteca em troca de proteção e alimento – joga alguns petiscos no chão
Em resposta aos resmungos de seu mentor WC concorda – Deveras é um lugar bem aberto – ergue a cabeça olhando as enormes janelas e não se atreve a oferecer ajuda para pregar as lonas, o dom da força não foi herdado pela cria de Straus e provavelmente ele só atrapalharia.
Muito havia acontecido na finada Nova York da Camarilla, o clima era tenso e isso repercutia nas ações de cada um. A educação e pomposidade anteriormente recorrentes estavam dando lugar a praticidade e grosserias… algo mais confortável e conhecido para Crow.
Seu mentor o introduz a situação atual da região e atentamente o neófito tenta compreender quais são os pontos críticos a serem solucionados e um deles era a segurança de seu refúgio que precisava ser explorado.
Assim que eles terminam a conversa Crow se prontifica – vou explorar um pouco mais a fundo a biblioteca – orgulhoso pela nova descoberta de seu dom de comunicar com animais ele emite um chamado (animalismo 2) que além de ter o objetivo de chamar todos os ratos do local, tem um foco mais fútil que é demonstrar sua evolução ao mentor.
Aquele era um dom interessante aos olhos do Crow que por sua vez possui uma facilidade natural com a comunicação animal (inofensivo aos animais). Com a chegada dos animais ele os pergunta sobre algum lugar escondido que possa existir naquele refúgio e depois pede que eles patrulhem a biblioteca em troca de proteção e alimento – joga alguns petiscos no chão
R.Gato- Data de inscrição : 08/07/2015
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Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
@Crow
Um tímido camundongo arrisca revelar-se por dentre os livros. Crow esperava mais, mas vai ter que servir. Obediente, ele rateia até Crow e ouve atentamente seu pedido. A comunicação ocorre por sinais, mas trata-se de uma leve imposição de sua Besta sobre a frágil Besta do animal.
- Mas... - Ele encolhe-se, com medo de decepcioná-lo. - De novo? Nós já fizemos isso.
- Não se preocupe com isso. - Ainda largado na poltrona, Straus interrompe sua disciplina, cortando o encanto. Assustado, o camundongo corre de volta para seu buraco. - Eu já estou cuidando dessa parte.
A um estalar de seus dedos, dezenas de pequenas cabecinhas de roedores surgem por entre os vários livros, por baixo dos móveis, debaixo de saliências de rodapé imperceptíveis até então. A um novo estalar de dedos, todos desaparecem novamente.
- O que eu quero de você é algo mais prático. - Ele revela. - Lembra-se da fita? Aquela que pegou em Nova Iorque. O conteúdo dela é irrelevante, na verdade é ótimo que ela esteja destruída agora. O que realmente me interessava é o autor. Há um nome em Nova Iorque, ele se entitula o "Paranoia Agent". Ele não é um dos nossos e, definitivamente, não é um do Sabá. Ao que tudo indica, é um humano comum. Mas ele sabe demais, e tem sido esperto demais até agora. A Camarilla consegue silenciá-lo, mas nunca conseguiu de fato pegá-lo. Havia uma corrida entre os Nosferatus para Abraçá-lo primeiro, mas nossa brincadeira foi cortada pelo Sabá. - Ele silencia, assumindo que Crow já preveja o resto. - Agora não é mais uma brincadeira. Este rapaz, se ainda estiver vivo, pode ser a diferença que precisamos para começar uma reação em cadeia e virar o jogo ao nosso favor. - Por "nosso", Crow não sabe se ele se referia a Camarilla ou a eles dois. Mas também, que diferença faz? - Eu preciso que você continue a busca que começou naquela noite.
Crow; O Chamado
Carisma+Sobrevivência = 5 / Dif = 6
2, 5, 6, 1(x), 9 = 1 sucesso
Carisma+Sobrevivência = 5 / Dif = 6
2, 5, 6, 1(x), 9 = 1 sucesso
Um tímido camundongo arrisca revelar-se por dentre os livros. Crow esperava mais, mas vai ter que servir. Obediente, ele rateia até Crow e ouve atentamente seu pedido. A comunicação ocorre por sinais, mas trata-se de uma leve imposição de sua Besta sobre a frágil Besta do animal.
- Mas... - Ele encolhe-se, com medo de decepcioná-lo. - De novo? Nós já fizemos isso.
- Não se preocupe com isso. - Ainda largado na poltrona, Straus interrompe sua disciplina, cortando o encanto. Assustado, o camundongo corre de volta para seu buraco. - Eu já estou cuidando dessa parte.
A um estalar de seus dedos, dezenas de pequenas cabecinhas de roedores surgem por entre os vários livros, por baixo dos móveis, debaixo de saliências de rodapé imperceptíveis até então. A um novo estalar de dedos, todos desaparecem novamente.
- O que eu quero de você é algo mais prático. - Ele revela. - Lembra-se da fita? Aquela que pegou em Nova Iorque. O conteúdo dela é irrelevante, na verdade é ótimo que ela esteja destruída agora. O que realmente me interessava é o autor. Há um nome em Nova Iorque, ele se entitula o "Paranoia Agent". Ele não é um dos nossos e, definitivamente, não é um do Sabá. Ao que tudo indica, é um humano comum. Mas ele sabe demais, e tem sido esperto demais até agora. A Camarilla consegue silenciá-lo, mas nunca conseguiu de fato pegá-lo. Havia uma corrida entre os Nosferatus para Abraçá-lo primeiro, mas nossa brincadeira foi cortada pelo Sabá. - Ele silencia, assumindo que Crow já preveja o resto. - Agora não é mais uma brincadeira. Este rapaz, se ainda estiver vivo, pode ser a diferença que precisamos para começar uma reação em cadeia e virar o jogo ao nosso favor. - Por "nosso", Crow não sabe se ele se referia a Camarilla ou a eles dois. Mas também, que diferença faz? - Eu preciso que você continue a busca que começou naquela noite.
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
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Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
Havia dois anos que um novo cainita tinha nascido, mas diferente de outros recém-criados, aquele cainita não era um neófito. Seria possível alguém já nascer com a brutalidade de uma máquina de matar, a esperteza de um espião centenário e, principalmente, fardos que poderiam lhe custar a vida pelo menor dos erros? Bom, para Tyron Randall, sim.
O Gangrel estava bem mais adaptado à sua nova não-vida, embora isso não a tornasse menos desagradável em certos aspectos. Ele ainda estava em dívida com o falso Gorgonier, e cada plano que elaborava sobre como alcançar o verdadeiro fracassava diante do fato dele estar sempre à frente da situação. O Gangrel pensava que deveria elaborar sozinho o plano de ataque, uma vez que o falso Gorgonier sempre forneceria, querendo ou não, a informação ao seu mestre, mas ele não fazia ideia de como poderia alcançá-lo sozinho. Logo, permanecia a ideia de capturar o seu caçador. Ou seriam caçadores?
Não fazia muito tempo que Tyron tinha sido atacado por um bando de caçadores habilidosos, e a situação não parecia ter sido uma mera coincidência. Tentara capturar um deles, mas a vantagem numérica deles tornava a luta muito desequilibrada, fazendo o Gangrel ter de recuar. Desde então, prepara-se para o novo ataque, ficando sempre atento.
Branca, sua amada, o acompanhava como de costume. Eles tinham ficado mais próximos com o tempo, e Tyron agia não apenas cuidando de sua segurança, mas também do seu conhecimento. O Gangrel tinha tido alguns inconvenientes com a garota no passado, devido a sua extrema ingenuidade, e por isso ensinava-lhe a ficar mais esperta e independente. Além disso, também tentava ensiná-la a utilizar a sua ofuscação de forma ativa, mas Branca ainda não tinha sido bem sucedida nessa parte.
Tyron tinha sido o primeiro a acordar, como sempre. Deixara Branca dormindo em um Hotel barato qualquer que estavam ficando em Las Vegas e ligara para Jauron, marcando um novo encontro para definir como seria a sua entrada à Mão Negra. A dívida de Gorgonier podia esperar, e ele não iria deixar de viver sua não-vida. Um dos objetivos pessoais que tinha era recuperar o poder que um dia teve, e dentro da Mão ele sabia que conseguiria isso muito mais rápido que dentro do Sabá comum.
O Gangrel estava bem mais adaptado à sua nova não-vida, embora isso não a tornasse menos desagradável em certos aspectos. Ele ainda estava em dívida com o falso Gorgonier, e cada plano que elaborava sobre como alcançar o verdadeiro fracassava diante do fato dele estar sempre à frente da situação. O Gangrel pensava que deveria elaborar sozinho o plano de ataque, uma vez que o falso Gorgonier sempre forneceria, querendo ou não, a informação ao seu mestre, mas ele não fazia ideia de como poderia alcançá-lo sozinho. Logo, permanecia a ideia de capturar o seu caçador. Ou seriam caçadores?
Não fazia muito tempo que Tyron tinha sido atacado por um bando de caçadores habilidosos, e a situação não parecia ter sido uma mera coincidência. Tentara capturar um deles, mas a vantagem numérica deles tornava a luta muito desequilibrada, fazendo o Gangrel ter de recuar. Desde então, prepara-se para o novo ataque, ficando sempre atento.
Branca, sua amada, o acompanhava como de costume. Eles tinham ficado mais próximos com o tempo, e Tyron agia não apenas cuidando de sua segurança, mas também do seu conhecimento. O Gangrel tinha tido alguns inconvenientes com a garota no passado, devido a sua extrema ingenuidade, e por isso ensinava-lhe a ficar mais esperta e independente. Além disso, também tentava ensiná-la a utilizar a sua ofuscação de forma ativa, mas Branca ainda não tinha sido bem sucedida nessa parte.
Tyron tinha sido o primeiro a acordar, como sempre. Deixara Branca dormindo em um Hotel barato qualquer que estavam ficando em Las Vegas e ligara para Jauron, marcando um novo encontro para definir como seria a sua entrada à Mão Negra. A dívida de Gorgonier podia esperar, e ele não iria deixar de viver sua não-vida. Um dos objetivos pessoais que tinha era recuperar o poder que um dia teve, e dentro da Mão ele sabia que conseguiria isso muito mais rápido que dentro do Sabá comum.
Última edição por Tyron Randall em Qui Out 15, 2015 8:05 pm, editado 1 vez(es)
No One- Data de inscrição : 18/03/2010
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
@Randall
- Há uma velha guarita policial na milha 127 da Avenida 78. Haverá alguém te esperando lá esta noite, e nesta noite apenas. - É a única coisa que Jauron lhe diz antes de desligar, e ele tem a impressão de que não ouvirá sua voz novamente tão cedo.
Parece que as coisas ficaram sérias, dessa vez realmente vai acontecer. O modo como ele deixou claro que esta será a única chance do Gangrel o deixa apreensivo. Parece ser a oportunidade de decidir seu caminho por uma encruzilhada. A Mão Negra é a elite Sabá. Ele esteve ao lado dos grandes, mas mesmo como Templário do Arcebispo os agentes da Mão eram uma lenda épica aos seus ouvidos. Mas, uma vez lá dentro, Randall duvida que terá uma chance de ser livre novamente.
- Há uma velha guarita policial na milha 127 da Avenida 78. Haverá alguém te esperando lá esta noite, e nesta noite apenas. - É a única coisa que Jauron lhe diz antes de desligar, e ele tem a impressão de que não ouvirá sua voz novamente tão cedo.
Parece que as coisas ficaram sérias, dessa vez realmente vai acontecer. O modo como ele deixou claro que esta será a única chance do Gangrel o deixa apreensivo. Parece ser a oportunidade de decidir seu caminho por uma encruzilhada. A Mão Negra é a elite Sabá. Ele esteve ao lado dos grandes, mas mesmo como Templário do Arcebispo os agentes da Mão eram uma lenda épica aos seus ouvidos. Mas, uma vez lá dentro, Randall duvida que terá uma chance de ser livre novamente.
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
Jauron era direto no diálogo, desligando logo após fornecer a informação essencial. Pelo modo como ele falara, o Gangrel entendia que aquela era a única oportunidade que ele lhe forneceria de adentrar na sub-seita. Uma vez que a decisão fosse tomada, sua não-vida mudaria completamente, mais uma vez.
Parado em silêncio por alguns minutos, o Gangrel refletia sobre tomar ou não o grande passo. Tinha sido bom estar completamente livre de quaisquer obrigações do Sabá naqueles dois anos, embora ainda tivesse fardos para carregar, e aquele pensamento fazia o Gangrel hesitar sobre a entrada na Mão. No entanto, por mais que fosse um novo homem, ele ainda tinha as lembranças de sua vida anterior. Ele lembrava perfeitamente bem como era ser temido, respeitado e influente. Ele lembrava como era ser alguém e como ele gostava disso. Ele sabia que teria menos liberdade quando tivesse as suas obrigações dentro da Mão, mas se aquilo fosse o preço que ele teria que pagar para fazer parte de uma verdadeira elite militar e recuperar o poder que antes tivera, ele estava disposto a pagá-lo. Mas de qualquer forma, ele ainda teria certa liberdade, afinal, a sub-seita não lhe escravizaria, embora de fato essa liberdade não fosse tão grande quanto a que teria como um vampiro independente.
Por fim, decidiu ir ao encontro. Antes de sair, deixou um bilhete para Branca dizendo que voltaria mais tarde e que ela não se preocupasse. Ao descer, pediu um táxi e mandou que lhe levasse até o endereço fornecido por Jauron. No caminho, mesmo alguém tão frio quanto Tyron não podia deixar de sentir-se ansioso, afinal, aquela noite mudaria sua não-vida por completo.
Parado em silêncio por alguns minutos, o Gangrel refletia sobre tomar ou não o grande passo. Tinha sido bom estar completamente livre de quaisquer obrigações do Sabá naqueles dois anos, embora ainda tivesse fardos para carregar, e aquele pensamento fazia o Gangrel hesitar sobre a entrada na Mão. No entanto, por mais que fosse um novo homem, ele ainda tinha as lembranças de sua vida anterior. Ele lembrava perfeitamente bem como era ser temido, respeitado e influente. Ele lembrava como era ser alguém e como ele gostava disso. Ele sabia que teria menos liberdade quando tivesse as suas obrigações dentro da Mão, mas se aquilo fosse o preço que ele teria que pagar para fazer parte de uma verdadeira elite militar e recuperar o poder que antes tivera, ele estava disposto a pagá-lo. Mas de qualquer forma, ele ainda teria certa liberdade, afinal, a sub-seita não lhe escravizaria, embora de fato essa liberdade não fosse tão grande quanto a que teria como um vampiro independente.
Por fim, decidiu ir ao encontro. Antes de sair, deixou um bilhete para Branca dizendo que voltaria mais tarde e que ela não se preocupasse. Ao descer, pediu um táxi e mandou que lhe levasse até o endereço fornecido por Jauron. No caminho, mesmo alguém tão frio quanto Tyron não podia deixar de sentir-se ansioso, afinal, aquela noite mudaria sua não-vida por completo.
No One- Data de inscrição : 18/03/2010
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
@Randall
O taxista, embora claramente confuso com o destino, o deixa lá sem maiores importunos. Quando Randall desce do carro, ele parte levantando poeira e deixando o Gangrel sozinho no cenário desolado. Postes de luz bastante espaçados pela avenida falham de tempos em tempos, e só passa um veículo a cada minuto inteiro.
A guarita está lá. É de fato velha e desgastada, e sua iluminação interna se resume a luz amarelada de uma lâmpada de mesa lá dentro. Há um cansado guarda sentado com os pés sobre a bancada, e ele não se preocupa em disfarçar que está encarando Randall enquanto ele se aproxima.
O silêncio pesa, cortado apenas por um saco plástico que se mexe com a passagem de um carro. O guarda, contudo, não inicia um diálogo. Esta honra aparentemente está reservada ao recém-chegado.
O taxista, embora claramente confuso com o destino, o deixa lá sem maiores importunos. Quando Randall desce do carro, ele parte levantando poeira e deixando o Gangrel sozinho no cenário desolado. Postes de luz bastante espaçados pela avenida falham de tempos em tempos, e só passa um veículo a cada minuto inteiro.
A guarita está lá. É de fato velha e desgastada, e sua iluminação interna se resume a luz amarelada de uma lâmpada de mesa lá dentro. Há um cansado guarda sentado com os pés sobre a bancada, e ele não se preocupa em disfarçar que está encarando Randall enquanto ele se aproxima.
O silêncio pesa, cortado apenas por um saco plástico que se mexe com a passagem de um carro. O guarda, contudo, não inicia um diálogo. Esta honra aparentemente está reservada ao recém-chegado.
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
Crow coça a cabeça demonstrando um certo desconforto; aquela noite em que recuperou a fita não havia terminado de uma maneira muito… pacifica.
Os instintos do pequenino rato-de-esgoto gritavam mas o interesse em agradar seu mestre era maior, as migalhas ainda eram poucas e ele queria sempre mais, assim como a maldição do sangue, a ambição nunca sessa ou diminui.
_Bom, aquela noite não terminou bem, seria possível obter uma arma antes de começar? Silenciosa de preferência. Provável que o senhor não possua uma aqui mas deve saber de algum contato que deva um favor ou dois…
O Nosferatu percebera naquela fatídica noite que armas são meios facilitadores ao ter que lidar com humanos e assim como um predador ele deveria se adaptar ao meio seja com uma falsa personalidade, rosto, história ou uma simples ARMA.
Ele estava empolgado, queria mostrar utilidade e se dispõe a começar no mesmo dia essa busca:
_Começarei imediatamente, você tem algo em mente ou posso tomar meus meios?
A fala era firme, demonstrando confiança em suas habilidades Crow começa a agir e vai para um canto do salão onde tenha um espelho e começa a moldar sua aparência para que possa andar na rua.
Os instintos do pequenino rato-de-esgoto gritavam mas o interesse em agradar seu mestre era maior, as migalhas ainda eram poucas e ele queria sempre mais, assim como a maldição do sangue, a ambição nunca sessa ou diminui.
_Bom, aquela noite não terminou bem, seria possível obter uma arma antes de começar? Silenciosa de preferência. Provável que o senhor não possua uma aqui mas deve saber de algum contato que deva um favor ou dois…
O Nosferatu percebera naquela fatídica noite que armas são meios facilitadores ao ter que lidar com humanos e assim como um predador ele deveria se adaptar ao meio seja com uma falsa personalidade, rosto, história ou uma simples ARMA.
Ele estava empolgado, queria mostrar utilidade e se dispõe a começar no mesmo dia essa busca:
_Começarei imediatamente, você tem algo em mente ou posso tomar meus meios?
A fala era firme, demonstrando confiança em suas habilidades Crow começa a agir e vai para um canto do salão onde tenha um espelho e começa a moldar sua aparência para que possa andar na rua.
R.Gato- Data de inscrição : 08/07/2015
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Localização : Belo Horizonte
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
ㅤㅤE eis que muitas noites tranquilas se sucederam nos dois anos em que a coroa de Altobello pairou sobre Nova Iorque, entretanto, obviamente, no Mundo das Trevas nada permanece tranquilo durante muito tempo. Eventualmente chegaria a hora em que o Destino voltaria a fazer seus movimentos para testar a capacidade do Bispo de velejar no mar agitado. O Destino não quer saber com que tipo de demônio você já lidou, sempre terão novas pedras para Jorge chutá-las para bem longe de seu caminho. O Destino, entretanto, é um rapaz educado, velho amigo do Lasombra. E como cortesia, ele apresentou o pedregulho que está para cair no tortuoso caminho do Guardião. Mama Too Too...
ㅤㅤJorge acorda consternado. Já está a tempo o bastante nisso para saber diferenciar um sonho comum de um aviso, uma premonição. E foi exatamente o que ocorreu. Ficaria lisonjeado com a metáfora. Guerra? Nada mal. "E ao que estava sentado nele foi concedido tirar da terra a paz." Realmente faz muito sentido. No entanto, algo lhe incomoda profundamente. Aquele sonho o apertara justamente no seu maior ponto fraco. Seu ego. Quem essa velha pensa que é para roubar seus súditos? Para fazer com que ele próprio se ajoelhasse? Não! Isso não iria acontecer! Não agora que já estava ciente do que poderia acontecer! Maldita usuária de Presença!
ㅤㅤE o último cavaleiro? Uma verdadeira Incógnita. Ele foi capaz de terminar com o martírio de ter de se ajoelhar. No entanto, da mesma forma, acabara com todo o resto. Seus súditos, sua cidade, seu trono... James Cook. Seria ele outra pedra em seu caminho, ou seu salvador? Poderia depositar sua confiança nele? Um Ravnos? Ora, que pergunta tola, Altobello. Não deves depositar sua confiança em ninguém. Você, dentre todos, deveria saber isso muito bem. Por enquanto, apenas se concentre em conseguir mais informações. É o melhor a se fazer.
ㅤㅤUma mensagem, e em seguida um telefonema. - Deixe-me adivinhar... James Cook...? - É, o Destino não está pra brincadeira. - E quem mais? - Primeiro a mensagem do Arcebispo Springfield. Mama Too Too está na cidade. Com exceção do seu sonho, é claro, nunca tinha ouvido falar nela. Porém, se até Sprinfield busca trata-la com certo respeito, deveria ser, no mínimo, uma cardeal. Certificando-se da conclusão que acabara de chegar, responde a mensagem do Lasombra.
ㅤㅤApós cumprir suas obrigações cotidianas quanto sua higiene pessoal e se vestir como cotidianamente se veste, o Bispo Altobello, escoltado por sua trinca de Templários, se dirige até o bar La Proposta, um de seus maiores orgulhos. Um verdadeiro antro de perdição. Com discrição, poderia se encontrar qualquer coisa lá dentro. Armas, drogas, mulheres (Ou homens, se é o que lhe satisfaz.)... Ou o próprio Bispo, no caso de membros da Seita. O Térreo é destinado ao grande público. Os peões de Jorge e seu cartel, traficam drogas livremente pelo bar, strippers dançam sensualizando com qualquer um que tenham como as bancar, eventualmente uma briga ou outra explodem aqui ou ali, nada anormal. Música, bebidas, claro... Como toda casa noturna que se preze. No primeiro andar, fica o escritório de Altobello, onde ele atende um ou outro membro, quando necessário. Já o subsolo é pra onde ele manda os cainitas para "festinhas" mais reservadas.
ㅤㅤJorge acorda consternado. Já está a tempo o bastante nisso para saber diferenciar um sonho comum de um aviso, uma premonição. E foi exatamente o que ocorreu. Ficaria lisonjeado com a metáfora. Guerra? Nada mal. "E ao que estava sentado nele foi concedido tirar da terra a paz." Realmente faz muito sentido. No entanto, algo lhe incomoda profundamente. Aquele sonho o apertara justamente no seu maior ponto fraco. Seu ego. Quem essa velha pensa que é para roubar seus súditos? Para fazer com que ele próprio se ajoelhasse? Não! Isso não iria acontecer! Não agora que já estava ciente do que poderia acontecer! Maldita usuária de Presença!
ㅤㅤE o último cavaleiro? Uma verdadeira Incógnita. Ele foi capaz de terminar com o martírio de ter de se ajoelhar. No entanto, da mesma forma, acabara com todo o resto. Seus súditos, sua cidade, seu trono... James Cook. Seria ele outra pedra em seu caminho, ou seu salvador? Poderia depositar sua confiança nele? Um Ravnos? Ora, que pergunta tola, Altobello. Não deves depositar sua confiança em ninguém. Você, dentre todos, deveria saber isso muito bem. Por enquanto, apenas se concentre em conseguir mais informações. É o melhor a se fazer.
ㅤㅤUma mensagem, e em seguida um telefonema. - Deixe-me adivinhar... James Cook...? - É, o Destino não está pra brincadeira. - E quem mais? - Primeiro a mensagem do Arcebispo Springfield. Mama Too Too está na cidade. Com exceção do seu sonho, é claro, nunca tinha ouvido falar nela. Porém, se até Sprinfield busca trata-la com certo respeito, deveria ser, no mínimo, uma cardeal. Certificando-se da conclusão que acabara de chegar, responde a mensagem do Lasombra.
Jorge Altobello escreveu:"E quem é 'Mama Too Too?'"
ㅤㅤApós cumprir suas obrigações cotidianas quanto sua higiene pessoal e se vestir como cotidianamente se veste, o Bispo Altobello, escoltado por sua trinca de Templários, se dirige até o bar La Proposta, um de seus maiores orgulhos. Um verdadeiro antro de perdição. Com discrição, poderia se encontrar qualquer coisa lá dentro. Armas, drogas, mulheres (Ou homens, se é o que lhe satisfaz.)... Ou o próprio Bispo, no caso de membros da Seita. O Térreo é destinado ao grande público. Os peões de Jorge e seu cartel, traficam drogas livremente pelo bar, strippers dançam sensualizando com qualquer um que tenham como as bancar, eventualmente uma briga ou outra explodem aqui ou ali, nada anormal. Música, bebidas, claro... Como toda casa noturna que se preze. No primeiro andar, fica o escritório de Altobello, onde ele atende um ou outro membro, quando necessário. Já o subsolo é pra onde ele manda os cainitas para "festinhas" mais reservadas.
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Padre Judas- Administrador
- Data de inscrição : 08/03/2010
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Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
@Crow
- Sim, devo ter uma arma silenciosa guardada nos fundos... - Ele resmunga enquanto sai deixando Crow sozinho na biblioteca.
Com maestria, o Nosferatu concentra-se em cada detalhe de sua nova aparência. Inspirado, é como se ele pegasse uma imagem em branco e pintasse um ser humano completamente novo. Fica incrivelmente realista e distinto de sua verdadeira face.
Quando ele está terminando, pode ver Straus aproximando-se pelo reflexo do espelho. Ele traz algo que coloca em sua mão.
- Aqui sua arma silenciosa. - Ele diz, com um tom brincalhão. - Fica mais silencioso ainda se você tapar a boca do pobre coitado antes.
Crow pergunta sobre o que mais o mentor tem em mente, no que ele responde prontamente.
- Na verdade, tenho sim. - Ele diz. - Não vou te mandar sozinho no escuro para uma cidade Camarilla. Você terá companhia. Uma conhecida minha emprestará sua Cria para ajudar também. Ela é uma Arconte. É um cargo muito importante, então imagino que a Cria mereça algum respeito por si só. Veja bem como age quando nos encontrarmos com as duas hoje.
@Bispo Altobello
- James? - Com sua voz sensualmente arrastada, ela parece se esforçar para lembrar de algo. - Não, não. Nenhum James. É Darius, um homem chamado Willabert Janek e uma senhorinha deliciosa chamada Mama Too Too. - As vezes ela ainda se confunde com o significado das palavras, então Altobello não sabe se "deliciosa" era mesmo o que ela queria. - Muito fofa, muito fofa. - Ela completa. - Não combina com o lugar.
A mensagem é enviada a Springfield, mas não chega uma resposta imediata. Seu aviso foi no fim da noite de ontem, ele provavelmente está ocupado agora.
A viagem de carro até o La Proposta é feita junto com seus três Templários.
- Senior... - Ivan, mais um com sotaque de personalidade, rompe o silêncio durante a viagem para perguntar algo. - É verdade que enviou pessoalmente um Demônio real de volta para o inferno? - Ele tenta manter a compostura, mas está claro que a história o deixa animado.
- Me disseram que aquele Templário do Arcebispo, o Kameroth, também estava com ele. Ele deve ser um Gangrel muito forte. - Comenta Jack, atrás do volante.
- Tsc... - Kitambi, olhando pela janela, parece entediada com a babação de seus colegas. Garotos...
- Tecnocracia? - Ivan estava muito interessado na história, mas deixa claro que nunca ouviu falar nesse termo. É provável que não seja o único no carro.
- Não duvido. - Diz Jack, sobre Kameroth atraindo a atenção de um Garou mais velho. - Me disseram que ele matou três Garous dentro do Empire State... - Ele dá uma pausa dramática. - Enquanto ele desmoronava.
- Toda essa força não vai salvá-lo se ele realmente for um cabeça oca. - Kitambi finalmente entra na conversa. - Uma espada afiada não adianta se não for comandada por uma mente afiada.
A conversa está muito boa, mas o carro chega por fim no La Proposta. Acompanhado de sua escolta pessoal, Altobello adentra o bar. Está relativamente cheio, como de costume. Os negócios ilícitos atraem muita clientela, e eles fluem livremente enquanto seu contato mantém as coisas quietas na polícia. O Bispo vai direto para o seu escritório. No caminho, Vibora pede por orientação.
- Estão todos esperando na área VIP. Quem o senhor quer chamar primeiro?
- Sim, devo ter uma arma silenciosa guardada nos fundos... - Ele resmunga enquanto sai deixando Crow sozinho na biblioteca.
Crow; Máscara das Mil Faces
Manipulação+Performance = 6 / Dif = 7
7, 9, 1(x), 8, 9, 7, 8 = 5 sucessos
Manipulação+Performance = 6 / Dif = 7
7, 9, 1(x), 8, 9, 7, 8 = 5 sucessos
Com maestria, o Nosferatu concentra-se em cada detalhe de sua nova aparência. Inspirado, é como se ele pegasse uma imagem em branco e pintasse um ser humano completamente novo. Fica incrivelmente realista e distinto de sua verdadeira face.
Quando ele está terminando, pode ver Straus aproximando-se pelo reflexo do espelho. Ele traz algo que coloca em sua mão.
- Aqui sua arma silenciosa. - Ele diz, com um tom brincalhão. - Fica mais silencioso ainda se você tapar a boca do pobre coitado antes.
Crow pergunta sobre o que mais o mentor tem em mente, no que ele responde prontamente.
- Na verdade, tenho sim. - Ele diz. - Não vou te mandar sozinho no escuro para uma cidade Camarilla. Você terá companhia. Uma conhecida minha emprestará sua Cria para ajudar também. Ela é uma Arconte. É um cargo muito importante, então imagino que a Cria mereça algum respeito por si só. Veja bem como age quando nos encontrarmos com as duas hoje.
@Bispo Altobello
- James? - Com sua voz sensualmente arrastada, ela parece se esforçar para lembrar de algo. - Não, não. Nenhum James. É Darius, um homem chamado Willabert Janek e uma senhorinha deliciosa chamada Mama Too Too. - As vezes ela ainda se confunde com o significado das palavras, então Altobello não sabe se "deliciosa" era mesmo o que ela queria. - Muito fofa, muito fofa. - Ela completa. - Não combina com o lugar.
A mensagem é enviada a Springfield, mas não chega uma resposta imediata. Seu aviso foi no fim da noite de ontem, ele provavelmente está ocupado agora.
A viagem de carro até o La Proposta é feita junto com seus três Templários.
- Senior... - Ivan, mais um com sotaque de personalidade, rompe o silêncio durante a viagem para perguntar algo. - É verdade que enviou pessoalmente um Demônio real de volta para o inferno? - Ele tenta manter a compostura, mas está claro que a história o deixa animado.
- Me disseram que aquele Templário do Arcebispo, o Kameroth, também estava com ele. Ele deve ser um Gangrel muito forte. - Comenta Jack, atrás do volante.
- Tsc... - Kitambi, olhando pela janela, parece entediada com a babação de seus colegas. Garotos...
- - Eu o encarei, cara a cara. - Responde o Bispo com ar de herói de velho oeste. - O desgraçado não era apenas um demônio. Ele era um dos mais fortes. Como se fosse o nosso Caim. Eu joguei um grupo inteiro da Tecnocracia contra ele. Matei a única que poderia liberta-lo de sua gaiola e dei o fora.
- Kameroth, heh? - Altobello acha graça na declaração do Templário. - Um brutamontes cabeça oca. Não, ele não estava. Naquela situação, ele mais atrapalharia do que qualquer outra coisa. O idiota arrumou um jeito de atrair a atenção de um Garou dos velhos. Levá-lo até o pântano seria suicídio.
- Tecnocracia? - Ivan estava muito interessado na história, mas deixa claro que nunca ouviu falar nesse termo. É provável que não seja o único no carro.
- Não duvido. - Diz Jack, sobre Kameroth atraindo a atenção de um Garou mais velho. - Me disseram que ele matou três Garous dentro do Empire State... - Ele dá uma pausa dramática. - Enquanto ele desmoronava.
- Toda essa força não vai salvá-lo se ele realmente for um cabeça oca. - Kitambi finalmente entra na conversa. - Uma espada afiada não adianta se não for comandada por uma mente afiada.
A conversa está muito boa, mas o carro chega por fim no La Proposta. Acompanhado de sua escolta pessoal, Altobello adentra o bar. Está relativamente cheio, como de costume. Os negócios ilícitos atraem muita clientela, e eles fluem livremente enquanto seu contato mantém as coisas quietas na polícia. O Bispo vai direto para o seu escritório. No caminho, Vibora pede por orientação.
- Estão todos esperando na área VIP. Quem o senhor quer chamar primeiro?
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
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Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
Natalie observa a cena com certa surpresa, e bastante desconforto. Aquelas mulheres, em situação se submissão e apatia mexem com sentimentos antigos, profundos e doloridos. A neófita não entende porque sua criadora utiliza tal abordagem, mas, não querendo decepcioná-la, esforça-se para analisar corretamente o cenário que lhe é apresentado... buscando interpretar as sutilezas do inquietante desafio.
- Minha senhora... não entendo exatamente o que queres de mim com esta análise... mas vejo duas humanas, de diferentes idades e compleições físicas... ambas saudáveis... e notavelmente familiarizadas com cainitas... que mesmo submetidas a uma situação constrangedora e de clara submissão, permanecem calmas e inertes. Deveria ter identificado mais alguma coisa? Qual o propósito disso tudo?
- Minha senhora... não entendo exatamente o que queres de mim com esta análise... mas vejo duas humanas, de diferentes idades e compleições físicas... ambas saudáveis... e notavelmente familiarizadas com cainitas... que mesmo submetidas a uma situação constrangedora e de clara submissão, permanecem calmas e inertes. Deveria ter identificado mais alguma coisa? Qual o propósito disso tudo?
deise.galvao- Data de inscrição : 26/08/2015
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
@McGuire
- Eu vou deixar você voar sozinha pela primeira vez. - Ela explica. - Quero ter certeza de que você não vai confundir as coisas no mundo lá fora.
Ela caminha até a frente da mulher mais velha.
- Você errou. Esta é uma mulher. Ela de fato já convive com Membros há algum tempo, mas ainda está completamente apavorada. - Vendo mais de perto, Natalie pode notar que ela tem razão. A mulher está tremendo. - É bom que esteja. Nós somos monstros, ela estaria mais segura longe daqui.
Ela então caminha até a outra mulher.
- Já esta... - E, em um gesto absolutamente inesperado, enfia a faca de cozinha na coxa dela, afundando até o cabo. - Não é uma mulher. Ela já foi um dia. Mas hoje não passa de um cadáver ambulante. Ela me mataria se tivesse a chance, e depois mataria você também. Séculos de luta por ideais não querem dizer nada quando ela está com fome. - Natalie pode ver que a mulher se segura para não reagir. Pode ouvi-la rosnando por entre os dentes enquanto aperta a cama firmemente. A madeira estala. - Não há hormônios que a diferenciem. - Com o dedo, ela abre um pouco a vagina da vampira. - Observe atentamente. Sua genitália não serve mais pra nada, está seca e pútrida. Ela conseguiria simular um funcionamento com o emprego de sangue, mas faria parecer como uma menstruação. Um cenário não muito sensual pra maior parte dos homens.
Ela arranca a faca e, diferente do que poderia-se esperar de uma ferida tão profunda, não sai sangue em profusão. Ao invés, uma única gota ousa escorrer pela pele da vampira. Notando a atenção de Natalie, Madeleine explica.
- Seu coração já não bate há muito tempo. O sangue não circula. Esta aqui, contudo... - Ela passa apenas a ponta da faca na perna da humana, e uma quantia razoavelmente maior de sangue escorre por sua pele.
Em tempo, ambos os ferimentos cicatrizam. Tanto o profundo da vampira quanto o superficial da humana. Eles se fecham como se a ferida nunca estivesse ali.
- Uma carniçal. - Ela explica a regeneração da humana. - Mas ainda uma mulher viva. Alvo de opressão dos homens, da sociedade e, ainda por cima, dos Membros. - Ela por fim limpa a lâmina da faca em um pano, dispensando ambas. - Obrigada pela ajuda, Joan. Diga à Priscila que estamos quites. - A vampira então se levanta de maneira brusca, e a carniçal a segue. Elas pegam suas roupas a um canto e começam a se trocar.
- Você não é uma mulher. Não existem mulheres entre nós, apenas cadáveres. Quero que você tenha esta diferenciação bastante clara na sua mente. Muitos Membros antigos ainda confundem essas coisas, mas não se permita cometer este erro. - E, quando parece que ela terminou, se lembra de adicionar algo. - Ah, e nunca mais use o termo "cainitas". Acreditar nestes folclores pode te custar a vida na Camarilla. Somos "Membros".
Por fim as mulheres se retiram. Madeleine, agora mais relaxada, senta-se sobre uma das camas. Ela sempre é rígida e profissional, mas se permite ser um pouco menos quando estão a sós.
- Você assimilou bem a lição? - Ela pergunta, atenciosa. - Não pense que não há sexismo entre os Membros. Nós estagnamos no tempo desde o momento do Abraço. É muito difícil se livrar de certos conceitos, principalmente quando se é um amaldiçoado. Os mais antigos são os piores... - Ela respira fundo, como se lembrasse de alguma experiência estressante. - E, dentre os maiores cargos, a grande maioria ainda é preenchida por "homens". - Ela usa aspas, denotando a assexualidade dos Membros.
- Mas vamos falar de negócios. A situação da Camarilla não é das melhores aqui, por isso eu fui enviada para segurar algumas pontas. É melhor que você não saiba o que eu estarei fazendo, mas isso não quer dizer que lhe trouxe a toa.
- Existe algo que você pode fazer por mim. Um velho conhecido meu está enviando sua Cria para buscar algo em Nova Iorque e eu disse que você poderia ajudar. - Ela estica o cabo da faca de cozinha para McGuire. - Pegue. Está na hora de abrir mão desse ferro-velho que você usava e começar a valorizar seu potencial de clã.
- Eu vou deixar você voar sozinha pela primeira vez. - Ela explica. - Quero ter certeza de que você não vai confundir as coisas no mundo lá fora.
Ela caminha até a frente da mulher mais velha.
- Você errou. Esta é uma mulher. Ela de fato já convive com Membros há algum tempo, mas ainda está completamente apavorada. - Vendo mais de perto, Natalie pode notar que ela tem razão. A mulher está tremendo. - É bom que esteja. Nós somos monstros, ela estaria mais segura longe daqui.
Ela então caminha até a outra mulher.
- Já esta... - E, em um gesto absolutamente inesperado, enfia a faca de cozinha na coxa dela, afundando até o cabo. - Não é uma mulher. Ela já foi um dia. Mas hoje não passa de um cadáver ambulante. Ela me mataria se tivesse a chance, e depois mataria você também. Séculos de luta por ideais não querem dizer nada quando ela está com fome. - Natalie pode ver que a mulher se segura para não reagir. Pode ouvi-la rosnando por entre os dentes enquanto aperta a cama firmemente. A madeira estala. - Não há hormônios que a diferenciem. - Com o dedo, ela abre um pouco a vagina da vampira. - Observe atentamente. Sua genitália não serve mais pra nada, está seca e pútrida. Ela conseguiria simular um funcionamento com o emprego de sangue, mas faria parecer como uma menstruação. Um cenário não muito sensual pra maior parte dos homens.
Ela arranca a faca e, diferente do que poderia-se esperar de uma ferida tão profunda, não sai sangue em profusão. Ao invés, uma única gota ousa escorrer pela pele da vampira. Notando a atenção de Natalie, Madeleine explica.
- Seu coração já não bate há muito tempo. O sangue não circula. Esta aqui, contudo... - Ela passa apenas a ponta da faca na perna da humana, e uma quantia razoavelmente maior de sangue escorre por sua pele.
Em tempo, ambos os ferimentos cicatrizam. Tanto o profundo da vampira quanto o superficial da humana. Eles se fecham como se a ferida nunca estivesse ali.
- Uma carniçal. - Ela explica a regeneração da humana. - Mas ainda uma mulher viva. Alvo de opressão dos homens, da sociedade e, ainda por cima, dos Membros. - Ela por fim limpa a lâmina da faca em um pano, dispensando ambas. - Obrigada pela ajuda, Joan. Diga à Priscila que estamos quites. - A vampira então se levanta de maneira brusca, e a carniçal a segue. Elas pegam suas roupas a um canto e começam a se trocar.
- Você não é uma mulher. Não existem mulheres entre nós, apenas cadáveres. Quero que você tenha esta diferenciação bastante clara na sua mente. Muitos Membros antigos ainda confundem essas coisas, mas não se permita cometer este erro. - E, quando parece que ela terminou, se lembra de adicionar algo. - Ah, e nunca mais use o termo "cainitas". Acreditar nestes folclores pode te custar a vida na Camarilla. Somos "Membros".
Por fim as mulheres se retiram. Madeleine, agora mais relaxada, senta-se sobre uma das camas. Ela sempre é rígida e profissional, mas se permite ser um pouco menos quando estão a sós.
- Você assimilou bem a lição? - Ela pergunta, atenciosa. - Não pense que não há sexismo entre os Membros. Nós estagnamos no tempo desde o momento do Abraço. É muito difícil se livrar de certos conceitos, principalmente quando se é um amaldiçoado. Os mais antigos são os piores... - Ela respira fundo, como se lembrasse de alguma experiência estressante. - E, dentre os maiores cargos, a grande maioria ainda é preenchida por "homens". - Ela usa aspas, denotando a assexualidade dos Membros.
- Mas vamos falar de negócios. A situação da Camarilla não é das melhores aqui, por isso eu fui enviada para segurar algumas pontas. É melhor que você não saiba o que eu estarei fazendo, mas isso não quer dizer que lhe trouxe a toa.
- Existe algo que você pode fazer por mim. Um velho conhecido meu está enviando sua Cria para buscar algo em Nova Iorque e eu disse que você poderia ajudar. - Ela estica o cabo da faca de cozinha para McGuire. - Pegue. Está na hora de abrir mão desse ferro-velho que você usava e começar a valorizar seu potencial de clã.
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
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Localização : Rio de Janeiro
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
Ahhhh New York... "Long time no see!" A cidade que primeiro me acolheu muitos e muitos anos atrás... O mais engraçado é que o sentimento é o mesmo, se não mais intenso. Um coquetel de sentimentos que há muito tempo não transitam minha mente. Aqui foi onde tudo começou. Será que é onde tudo vai acabar? Espero que não...
— Olá senhoritas, como estão?
Ando pela rua com um sorriso estampado no rosto. Os últimos tempos não tem sido fáceis, mas cá estou, são e salvo. E no meu livro isso é motivo de celebração. Mas o Mundo das Trevas é um poço de coincidências, não é mesmo? Quem diria que o mesmo bispo que quase atravessou a linha entre a vida e a morte comigo, seria o mesmo que comanda a Grande Maçã? Convenhamos, no Mundo das Trevas não existe coincidência, somos todos peões de um jogo doentio dos antigos, disso eu tenho certeza. Mas se você ficar remoendo esse assunto, você vai acabar virando um lunático paranoico. E disso eu quero distância. Só me resta mergulhar de cabeça nesse jogo.
Mas, talvez seja hora de um approach diferente. Esses malditos me subestimam, o que é sempre bom, mas já está na hora de começar a subir nas fileiras do Sabá, e que se foda quem estiver no caminho. Nos últimos meses tirei um tempo para mim mesmo. Finalmente consegui dominar a maravilhosa disciplina do clã, o que abre um leque praticamente infinito de possibilidades.
Conforme vou andando, minha mente é tomada por uma enxurrada de pensamentos, planos, objetivos... Todos com o intuito de moldar minha nova natureza. É claro que não é um processo instantâneo, ele já vem sendo executado nas últimas semanas, mas acho que finalmente chegou a hora...
Ainda nos tempos de mortal, quando eu pensava ser um "Bad Boy", fiquei conhecido como Jack the Lad, uma velha expressão inglesa que significa justamente "Bad Boy". Talvez seja hora de reviver o apelido, você sabe bem como é, nomes verdadeiros são perigosos...
Já faz algum tempo desde que passei por tempos difíceis com o tal Bispo Altobello, talvez seja hora de fazer uma visita. Sem delongas sigo para o La Proposta.
— Olá senhoritas, como estão?
Ando pela rua com um sorriso estampado no rosto. Os últimos tempos não tem sido fáceis, mas cá estou, são e salvo. E no meu livro isso é motivo de celebração. Mas o Mundo das Trevas é um poço de coincidências, não é mesmo? Quem diria que o mesmo bispo que quase atravessou a linha entre a vida e a morte comigo, seria o mesmo que comanda a Grande Maçã? Convenhamos, no Mundo das Trevas não existe coincidência, somos todos peões de um jogo doentio dos antigos, disso eu tenho certeza. Mas se você ficar remoendo esse assunto, você vai acabar virando um lunático paranoico. E disso eu quero distância. Só me resta mergulhar de cabeça nesse jogo.
Mas, talvez seja hora de um approach diferente. Esses malditos me subestimam, o que é sempre bom, mas já está na hora de começar a subir nas fileiras do Sabá, e que se foda quem estiver no caminho. Nos últimos meses tirei um tempo para mim mesmo. Finalmente consegui dominar a maravilhosa disciplina do clã, o que abre um leque praticamente infinito de possibilidades.
Conforme vou andando, minha mente é tomada por uma enxurrada de pensamentos, planos, objetivos... Todos com o intuito de moldar minha nova natureza. É claro que não é um processo instantâneo, ele já vem sendo executado nas últimas semanas, mas acho que finalmente chegou a hora...
Ainda nos tempos de mortal, quando eu pensava ser um "Bad Boy", fiquei conhecido como Jack the Lad, uma velha expressão inglesa que significa justamente "Bad Boy". Talvez seja hora de reviver o apelido, você sabe bem como é, nomes verdadeiros são perigosos...
Já faz algum tempo desde que passei por tempos difíceis com o tal Bispo Altobello, talvez seja hora de fazer uma visita. Sem delongas sigo para o La Proposta.
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Arquétipos do Ciclo
- Natureza: Soldado
- Comportamento: Soldado
Outis- Administrador
- Data de inscrição : 24/04/2010
Idade : 33
Localização : Califa
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
ㅤㅤ- Hm... - Darius, o vampiro de patente mais alta da Mão Negra da cidade. Considerando que o Demônio tem coisas mais importantes pra fazer do que dar uma passada no La Proposta para dar um "oizinho", o Bispo sabe que algo de errado aconteceu. E se tratando da Mão, esse algo deve ter algo relacionado com a Camarilla. Willabert Janek... ora, esse não é aquele vampiro que sacaneou Kameroth em New Haven? Mas é claro que Jorge não sabe disso, uma pena. Bom, sendo assim, sua maior preocupação no momento é sim Mama Too Too. O Arcebispo ordenou que não a incomodasse, mas já que ela própria decidiu vir até Altobello, não há nada que ele possa fazer. - Eu deveria ter imaginado. Já estou a caminho.
ㅤㅤDurante o percurso, Ivan inicia uma conversa amena no carro. O Lasombra poderia muito bem ter aproveitado para roubar o crédito sobre o banimento de Júpiter e, muito provavelmente, ninguém jamais saberia que mentiu. Seu feito, por si só, entretanto, já era grandioso o bastante. Com a feitiçaria correta, qualquer um poderia o banir, mas encará-lo face a face sem nenhum tipo de magia o protegendo... Ah, isso sim é um grande feito.
ㅤㅤ- Seu espanto não me surpreende, Ivan. - Responde ao Templário. - Eu mesmo era completamente alheio a esta ordem até que eles se revelaram espalhafatosamente na tomada da cidade. Eu ainda não sei como os definir com precisão, mas trata-se de um grupo de magos, ou pelo menos coordenados por magos, dominadores de máquinas. São muito mais poderosos do que qualquer vampiro que eu conheça, e muito mais influentes também. Mesmo assim, Júpiter acabou com todos eles em um piscar de olhos.
ㅤㅤ- Heh! Kameroth? Já estava a quilômetros dali quando tudo desabou. - Responde a Jack. - Acredite, eu saberia se ele estivesse lá. Eu fiquei até o último segundo enquanto tentava obter mais informações sobre a Tecnocracia. Aparentemente eu fui o único que a notou. - Subitamente, o Bispo muda o tom. - Escutem, vocês, como meus Templários, é de suma importância que saibam que tipo de perigos esse mundo esconde. E com que tipo de criaturas eu já lidei durante a minha estreita não-vida. Mas não é bom que divulguem. Não é inteligente clamar pela atenção dessas... coisas.
ㅤㅤChegando ao destino, Jorge segue direto para seu escritório. Víbora o aguardava. Pelo sonho, já tomara uma severa antipatia pela anciã, de modo que satisfaria seu ego imensamente dar um chá de cadeira em Mama Too Too. Sua saudável paranoia, no entanto, lhe espetou dizendo que quanto mais tempo ela ficasse por perto, maior seria o estrago que ela faria. Já havia enfeitiçado Víbora, pelo visto. - Chame a velha. - Normalmente, atendia seus convidados sozinho. Dessa vez, achou melhor não dar chances para o azar. Dispensou Ivan e Jack para que cuidassem da segurança do local, mas Kitambi ficaria consigo no escritório. - Escute, eu tenho um mal pressentimento quanto a essa velha. Fique atenta ao uso de Presença e não abaixe a guarda.
ㅤㅤDurante o percurso, Ivan inicia uma conversa amena no carro. O Lasombra poderia muito bem ter aproveitado para roubar o crédito sobre o banimento de Júpiter e, muito provavelmente, ninguém jamais saberia que mentiu. Seu feito, por si só, entretanto, já era grandioso o bastante. Com a feitiçaria correta, qualquer um poderia o banir, mas encará-lo face a face sem nenhum tipo de magia o protegendo... Ah, isso sim é um grande feito.
ㅤㅤ- Seu espanto não me surpreende, Ivan. - Responde ao Templário. - Eu mesmo era completamente alheio a esta ordem até que eles se revelaram espalhafatosamente na tomada da cidade. Eu ainda não sei como os definir com precisão, mas trata-se de um grupo de magos, ou pelo menos coordenados por magos, dominadores de máquinas. São muito mais poderosos do que qualquer vampiro que eu conheça, e muito mais influentes também. Mesmo assim, Júpiter acabou com todos eles em um piscar de olhos.
ㅤㅤ- Heh! Kameroth? Já estava a quilômetros dali quando tudo desabou. - Responde a Jack. - Acredite, eu saberia se ele estivesse lá. Eu fiquei até o último segundo enquanto tentava obter mais informações sobre a Tecnocracia. Aparentemente eu fui o único que a notou. - Subitamente, o Bispo muda o tom. - Escutem, vocês, como meus Templários, é de suma importância que saibam que tipo de perigos esse mundo esconde. E com que tipo de criaturas eu já lidei durante a minha estreita não-vida. Mas não é bom que divulguem. Não é inteligente clamar pela atenção dessas... coisas.
ㅤㅤChegando ao destino, Jorge segue direto para seu escritório. Víbora o aguardava. Pelo sonho, já tomara uma severa antipatia pela anciã, de modo que satisfaria seu ego imensamente dar um chá de cadeira em Mama Too Too. Sua saudável paranoia, no entanto, lhe espetou dizendo que quanto mais tempo ela ficasse por perto, maior seria o estrago que ela faria. Já havia enfeitiçado Víbora, pelo visto. - Chame a velha. - Normalmente, atendia seus convidados sozinho. Dessa vez, achou melhor não dar chances para o azar. Dispensou Ivan e Jack para que cuidassem da segurança do local, mas Kitambi ficaria consigo no escritório. - Escute, eu tenho um mal pressentimento quanto a essa velha. Fique atenta ao uso de Presença e não abaixe a guarda.
Padre Judas- Administrador
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Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
- Eu vou deixar você voar sozinha pela primeira vez. - Ela explica. - Quero ter certeza de que você não vai confundir as coisas no mundo lá fora.
Ela caminha até a frente da mulher mais velha.
- Você errou. Esta é uma mulher. Ela de fato já convive com Membros há algum tempo, mas ainda está completamente apavorada. - Vendo mais de perto, Natalie pode notar que ela tem razão. A mulher está tremendo. - É bom que esteja. Nós somos monstros, ela estaria mais segura longe daqui.
Natalie fica surpresa ao perceber que a mulher realmente está tremendo de medo, e indigna-se consigo mesma, por ter cometido um erro tão primário. Os olhos não mentem, é possível perceber que o terror toma conta daquela pobre humana.
Ela então caminha até a outra mulher.
- Já esta... - E, em um gesto absolutamente inesperado, enfia a faca de cozinha na coxa dela, afundando até o cabo. - Não é uma mulher. Ela já foi um dia. Mas hoje não passa de um cadáver ambulante.
Surpresa com o gesto abrupto, e ao mesmo tempo constrangida por ter cometido um erro tão absurdo, Natalie abaixa a cabeça e desvia o olhar por alguns segundos.
Ela me mataria se tivesse a chance, e depois mataria você também. Séculos de luta por ideais não querem dizer nada quando ela está com fome. - Natalie pode ver que a mulher se segura para não reagir. Pode ouvi-la rosnando por entre os dentes enquanto aperta a cama firmemente. A madeira estala.
Ao retornar o olhar, Natalie fixa os olhos nos olhos da vampira apunhalada, e percebe a fúria que toma conta da mesma. É nítido que naquele momento a outra vampira é tomada por ódio, e luta com todas as forças para resistir ao seu instinto animal de revidar, de defender-se. Não tem como duvidar de Madeleine, aquele animal realmente seria capaz de tudo para saciar sua fome, sanar suas necessidades primárias.
- Não há hormônios que a diferenciem. - Com o dedo, ela abre um pouco a vagina da vampira. - Observe atentamente. Sua genitália não serve mais pra nada, está seca e pútrida. Ela conseguiria simular um funcionamento com o emprego de sangue, mas faria parecer como uma menstruação. Um cenário não muito sensual pra maior parte dos homens.
Aquele gesto invasivo deixa Natalie bastante desconfortável, bem como o estado de putrefação da genitália da vampira a deixa enojada. É difícil seguir a orientação de sua mentora para observar atentamente uma cena não grotesca. Contudo, a informação da utilização de sangue para revigorar o orgão lhe parece bastante interessante.
Ela arranca a faca e, diferente do que poderia-se esperar de uma ferida tão profunda, não sai sangue em profusão. Ao invés, uma única gota ousa escorrer pela pele da vampira. Notando a atenção de Natalie, Madeleine explica.
- Seu coração já não bate há muito tempo. O sangue não circula. Esta aqui, contudo... - Ela passa apenas a ponta da faca na perna da humana, e uma quantia razoavelmente maior de sangue escorre por sua pele.
Em tempo, ambos os ferimentos cicatrizam. Tanto o profundo da vampira quanto o superficial da humana. Eles se fecham como se a ferida nunca estivesse ali.
Um calafrio percorre o corpo da neófita. A falta de sangue em feridas na vampira e a rápida cicatrização da humana são surpreeendentes. Mais uma vez Natalie encara a força de sua realidade, que nunca mais será a mesma. Tudo em sua volta tem um toque sobrenatural, um toque do mal.
- Uma carniçal. - Ela explica a regeneração da humana. - Mas ainda uma mulher viva. Alvo de opressão dos homens, da sociedade e, ainda por cima, dos Membros.
Carniçal... mais um termo para seu insípido dicionário vampírico. Este novo mundo, que revela-se a cada dia, parece ter uma infinidade de descobertas a todo instante. Natalie olha para a humana com piedade... um sentimento que ainda resiste de seu passado humano. Natalie sabe muito bem como funciona a opressão para uma mulher...
- Ela por fim limpa a lâmina da faca em um pano, dispensando ambas. - Obrigada pela ajuda, Joan. Diga à Priscila que estamos quites. - A vampira então se levanta de maneira brusca, e a carniçal a segue. Elas pegam suas roupas a um canto e começam a se trocar.
Natalie observa em silêncio, memorizando os nomes Joan e Priscila... e detendo-se a frase "estamos quites"... afinal, o que isso poderia significar?
- Você não é uma mulher. Não existem mulheres entre nós, apenas cadáveres. Quero que você tenha esta diferenciação bastante clara na sua mente. Muitos Membros antigos ainda confundem essas coisas, mas não se permita cometer este erro. - E, quando parece que ela terminou, se lembra de adicionar algo. - Ah, e nunca mais use o termo "cainitas". Acreditar nestes folclores pode te custar a vida na Camarilla. Somos "Membros".
É difícil para Natalie escutar que ela não é mais uma mulher. Aquela frase lhe atinge como a faca de cozinha atingiu a perna de Joan. Na mente de Natalie começam a latejar as assustadoras frases: "Eu estou morta. Eu sou um cadáver.".
A represália sobre o termo "cainitas" deixa Natalie um pouco envergonhada, visto que passou a utilizá-lo após escutá-lo algumas vezes... sendo que este termo lhe parece mais ameno que "vampiros". Natalie concorda com um aceno de cabeça, tentando gravar mentalmente a utilização correta: "Membros. Somos membros. Somos cadáveres membros.".
Por fim as mulheres se retiram. Madeleine, agora mais relaxada, senta-se sobre uma das camas. Ela sempre é rígida e profissional, mas se permite ser um pouco menos quando estão a sós.
- Você assimilou bem a lição? - Ela pergunta, atenciosa.
- Sim, minha senhora. Responde Natalia, com a voz fraca e um ar pensativo.
- Não pense que não há sexismo entre os Membros. Nós estagnamos no tempo desde o momento do Abraço. É muito difícil se livrar de certos conceitos, principalmente quando se é um amaldiçoado. Os mais antigos são os piores... - Ela respira fundo, como se lembrasse de alguma experiência estressante. - E, dentre os maiores cargos, a grande maioria ainda é preenchida por "homens". - Ela usa aspas, denotando a assexualidade dos Membros.
De alguma forma esta explicação conforta Natalie, que sempre viu o sexismo da sociedade humana como algo ruim, opressor e assassino. Uma nova sociedade, sem o peso do gênero, pode ser algo positivo, dentre tantas coisas assustadoras.
- Mas vamos falar de negócios. A situação da Camarilla não é das melhores aqui, por isso eu fui enviada para segurar algumas pontas. É melhor que você não saiba o que eu estarei fazendo, mas isso não quer dizer que lhe trouxe a toa.
Natalie, devido a sua história pregressa com investigadora, já havia percebido que a situação da Camarilla não estava confortável, mas como era novata neste universo, não conseguia realizar uma análise embasada sobre o que estava acontecendo. Porém a afirmação de Madaleine sobre ser melhor ela não saber o que sua mentora está fazendo lhe deixa bastante intrigada... e curiosa.
- Existe algo que você pode fazer por mim. Um velho conhecido meu está enviando sua Cria para buscar algo em Nova Iorque e eu disse que você poderia ajudar. - Ela estica o cabo da faca de cozinha para McGuire. - Pegue. Está na hora de abrir mão desse ferro-velho que você usava e começar a valorizar seu potencial de clã.
- Será um prazer, ajudar, minha senhora. Responde Natalia, ao mesmo tempo que realiza um aceno de cabeça e estende a mão para pegar a faca. Analisa a arma branca com uma certa insatisfação, visto que está acostumada com suas Smith & Wesson... que desde humana manipula com precisão e destreza... e confiança. Mas não fala nada, para não gerar descontentamento em Madeleine.
- Posso saber quem é seu conhecido e a cria que irei encontrar? E posso saber também o que vamos buscar? Desculpe-me se estou sendo intrometida, não é minha intenção. Gostaria apenas de estar devidamente preparada para minha primeira missão.
Natalie olha Madeleine nos olhos, aguardando ansiosa por mais informações.
deise.galvao- Data de inscrição : 26/08/2015
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
@McGuire e Crow
É uma capela pequena, mas bastante ajeitada. O teto alto dá impressão de inferioridade quando se olha para o Cristo crucificado lá em cima. Longos vitrais denotam cenas da Bíblia, embora não sejam as mais famosas. Caim assassinando Abel. Adão e Eva em um ato de amor envergonhado, exilados do Édem e escondidos por entre emaranhados de espinhos. Um rei decapitado pendurado em uma árvore solitária no topo do morro. Deus cegando centenas de pessoas como punição por ousarem ver Sua face.
Ofuscados sob máscaras humanas, Crow chega acompanhando Straus. Cada passo no ambiente vazio ecoa por todas as paredes. Há apenas duas mulheres sentadas em um dos bancos bem ao fundo, próximas à parede. O padre parece estar compenetrado organizando algo em seu púlpito.
- Tínhamos mesmo que nos encontrar aqui? - A ruiva já os recebe com certa insatisfação.
- A minha noite foi ótima, Madeleine. Bondade sua se importar. - Calmamente, Straus acomoda-se ao lado das mulheres. Espera-se que Crow faça o mesmo. - Este é Wood Crow, meu pupilo. Crow, esta é Madeleine e sua Cria, Natalie McGuire. - Curioso ele não ter citado o título de Arconte desta vez, embora já o tenha dito a Crow.
- Sempre tão educado. Eu não convivo mais com pessoas como você, perdi o tato. - Ela diz, sorrindo genuinamente.
- Com um pouco de simpatia se vai ao longe. - Ele sorri também. É como se eles realmente tivessem um certo grau de intimidade de outrora. - Mesmo entre nós, acredite ou não.
Agora mais acomodado, ele retira algo da blusa e entrega a Madeleine. Parece uma fita cassete. E então ele começa a falar sobre a tarefa em si. É a primeira vez que Natalie ouve sobre ela, sua Mentora se recusou a dizer algo antes.
- Há um homem em Nova Iorque que se denomina "Paranoia Agent". Um humano normal, ao que tudo indica. Mas trata-se de uma espécie de prodígio da tecnologia. Melhor do que muitos dos Nosferatus que já conheci. Na verdade tão bom que chega a ser um problema. Ele já desconfia de...
Ele se interrompe conforme o padre aproxima-se. Ele vem com um recipiente onde repousam algumas hóstias levemente rosadas. Com um sorriso e um gesto, oferece para cada um dos quatro. Straus aceita uma. Madeleine não.
- Você é louco em comer isso. - Ela comenta depois que o padre se afasta novamente, tão calado quanto chegou.
- Ora, que besteira. São inofensivas, além de nutritivas. Esta capela está a cargo dos Tremere desde que eu me conheço por gente. Esse carniçal não seria louco de tentar nos sabotar.
- O sorriso dele me causa calafrios.
- Deveria. São Tremeres, afinal. - Ele se contradiz, de certa maneira. - Agora, voltando ao assunto. A existência do homem é um incômodo por si só. Mas, agora, dada a situação, ele nos é mais interessante vivo do que morto. Precisamos desse talento, e de seja lá o que ele já tiver em seu banco de dados.
- A pista mais fresca que temos dele é de algum tempo depois da tomada Sabá. É um apartamento onde ele esteve por algum tempo. O homem é impecável em cobrir seus traços digitais, mas talvez a senhorita McGuire possa encontrar algum rastro físico. Você era uma investigadora quando viva, estou correto? - Ele fala diretamente com McGuire, ostentando um sorriso atencioso.
- Aproveitem enquanto estamos aqui para pedir quaisquer informações extras. Vocês estarão em território inimigo, teremos que limitar a comunicação durante essa busca. - Madeleine, quieta até então, adiciona.
Paralelamente aos cochichos dos quatro Membros a um canto, está começando a hora da missa. Famílias e beatas chegam silenciosamente. Antes de qualquer palavra, qualquer reza, formam uma fila em frente ao púlpito. O padre pega um recipiente diferente do que tinha há pouco, desta vez maior. Sempre sorridente, ele oferece hóstias a todos.
É uma capela pequena, mas bastante ajeitada. O teto alto dá impressão de inferioridade quando se olha para o Cristo crucificado lá em cima. Longos vitrais denotam cenas da Bíblia, embora não sejam as mais famosas. Caim assassinando Abel. Adão e Eva em um ato de amor envergonhado, exilados do Édem e escondidos por entre emaranhados de espinhos. Um rei decapitado pendurado em uma árvore solitária no topo do morro. Deus cegando centenas de pessoas como punição por ousarem ver Sua face.
We were born sick
you heard them say it
you heard them say it
Ofuscados sob máscaras humanas, Crow chega acompanhando Straus. Cada passo no ambiente vazio ecoa por todas as paredes. Há apenas duas mulheres sentadas em um dos bancos bem ao fundo, próximas à parede. O padre parece estar compenetrado organizando algo em seu púlpito.
Amen, Amen, Amen
- Tínhamos mesmo que nos encontrar aqui? - A ruiva já os recebe com certa insatisfação.
- A minha noite foi ótima, Madeleine. Bondade sua se importar. - Calmamente, Straus acomoda-se ao lado das mulheres. Espera-se que Crow faça o mesmo. - Este é Wood Crow, meu pupilo. Crow, esta é Madeleine e sua Cria, Natalie McGuire. - Curioso ele não ter citado o título de Arconte desta vez, embora já o tenha dito a Crow.
- Sempre tão educado. Eu não convivo mais com pessoas como você, perdi o tato. - Ela diz, sorrindo genuinamente.
- Com um pouco de simpatia se vai ao longe. - Ele sorri também. É como se eles realmente tivessem um certo grau de intimidade de outrora. - Mesmo entre nós, acredite ou não.
Agora mais acomodado, ele retira algo da blusa e entrega a Madeleine. Parece uma fita cassete. E então ele começa a falar sobre a tarefa em si. É a primeira vez que Natalie ouve sobre ela, sua Mentora se recusou a dizer algo antes.
- Há um homem em Nova Iorque que se denomina "Paranoia Agent". Um humano normal, ao que tudo indica. Mas trata-se de uma espécie de prodígio da tecnologia. Melhor do que muitos dos Nosferatus que já conheci. Na verdade tão bom que chega a ser um problema. Ele já desconfia de...
Ele se interrompe conforme o padre aproxima-se. Ele vem com um recipiente onde repousam algumas hóstias levemente rosadas. Com um sorriso e um gesto, oferece para cada um dos quatro. Straus aceita uma. Madeleine não.
Take me to church
I'll worship like a dog at the shrine of your lies
I'll worship like a dog at the shrine of your lies
- Você é louco em comer isso. - Ela comenta depois que o padre se afasta novamente, tão calado quanto chegou.
- Ora, que besteira. São inofensivas, além de nutritivas. Esta capela está a cargo dos Tremere desde que eu me conheço por gente. Esse carniçal não seria louco de tentar nos sabotar.
- O sorriso dele me causa calafrios.
- Deveria. São Tremeres, afinal. - Ele se contradiz, de certa maneira. - Agora, voltando ao assunto. A existência do homem é um incômodo por si só. Mas, agora, dada a situação, ele nos é mais interessante vivo do que morto. Precisamos desse talento, e de seja lá o que ele já tiver em seu banco de dados.
Offer me that deathless death
- A pista mais fresca que temos dele é de algum tempo depois da tomada Sabá. É um apartamento onde ele esteve por algum tempo. O homem é impecável em cobrir seus traços digitais, mas talvez a senhorita McGuire possa encontrar algum rastro físico. Você era uma investigadora quando viva, estou correto? - Ele fala diretamente com McGuire, ostentando um sorriso atencioso.
- Aproveitem enquanto estamos aqui para pedir quaisquer informações extras. Vocês estarão em território inimigo, teremos que limitar a comunicação durante essa busca. - Madeleine, quieta até então, adiciona.
Paralelamente aos cochichos dos quatro Membros a um canto, está começando a hora da missa. Famílias e beatas chegam silenciosamente. Antes de qualquer palavra, qualquer reza, formam uma fila em frente ao púlpito. O padre pega um recipiente diferente do que tinha há pouco, desta vez maior. Sempre sorridente, ele oferece hóstias a todos.
We've a lot of starving faithful
that looks tasty
that looks plenty
this is hungry work
that looks tasty
that looks plenty
this is hungry work
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
Como uma nova CRUZADA moderna, SERVOS são mandados ao território inimigo. Em busca de sua GLÓRIA e acensão os FIÉIS partem ao oriente enquanto os grandes mestres esperam os espólios de GUERRA. A fé em seu criador é exemplar, crianças, jovens, todos ainda com inocência partem sem questionar e em breve tal inocência será dilacerada em meio aos corpos pútridos das batalhas.
Como o santificado Papa, Ivan e Madeleine mandam seus fiéis filhotes a uma expedição. Buchas de canhão? Não…talvez uma bala de rifle, algo mais preciso e silencioso mas de igual descartabilidade. Seus corações não temem, tanto mentores quando neófitos. A muito os anciões já foram neófitos e CRUZADAS como essas são necessárias, suas crias, talvez por inocência ou interesse seguem em sua marcha e escutam atentamente o que lhes é ordenado e talvez após muitas CRUZADAS eles mandem outros…
Crow não gostava de trabalhar em equipe mas aos poucos vem percebendo que no mundo em que está os contatos e aliados regem o rumo que ira tomar suas ações. Ele procura participar do submundo do crime ao qual já teve tanto prestígio e essa missão é uma boa oportunidade.
Tentando ser simpático ele sorri ao encontrar com as duas mulheres, era algo enferrujado e claramente pouco usado pelo Nosferatu. Ele escuta pacientemente o dialogo dos dois mentores, o ladrão preferia a ação mas como dito antes, o social também é importante.
_Sem perguntas, acho que está bem claro. Só preciso do endereço – o neófito estava ansioso e queria partir logo e se ver livre de diálogos, talvez um erro que logo o fara se arrepender.
Ele se levanta – Esperarei a sra. McGuire la fora, não me sino bem em igrejas – ruma para a porta e em meio ao fluxo de pessoa e com pequenas esbarradas bate quantas carteiras consegue, era quase um habito, Crow vivera sua vida inteira fazendo esse tipo de coisa.
Assim como nas CRUZADAS nem todos os guerreiros eram nobres, alguns eram escravos e outros apenas ostentavam o título de nobreza em corações podres.
Como o santificado Papa, Ivan e Madeleine mandam seus fiéis filhotes a uma expedição. Buchas de canhão? Não…talvez uma bala de rifle, algo mais preciso e silencioso mas de igual descartabilidade. Seus corações não temem, tanto mentores quando neófitos. A muito os anciões já foram neófitos e CRUZADAS como essas são necessárias, suas crias, talvez por inocência ou interesse seguem em sua marcha e escutam atentamente o que lhes é ordenado e talvez após muitas CRUZADAS eles mandem outros…
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Crow não gostava de trabalhar em equipe mas aos poucos vem percebendo que no mundo em que está os contatos e aliados regem o rumo que ira tomar suas ações. Ele procura participar do submundo do crime ao qual já teve tanto prestígio e essa missão é uma boa oportunidade.
Tentando ser simpático ele sorri ao encontrar com as duas mulheres, era algo enferrujado e claramente pouco usado pelo Nosferatu. Ele escuta pacientemente o dialogo dos dois mentores, o ladrão preferia a ação mas como dito antes, o social também é importante.
_Sem perguntas, acho que está bem claro. Só preciso do endereço – o neófito estava ansioso e queria partir logo e se ver livre de diálogos, talvez um erro que logo o fara se arrepender.
Ele se levanta – Esperarei a sra. McGuire la fora, não me sino bem em igrejas – ruma para a porta e em meio ao fluxo de pessoa e com pequenas esbarradas bate quantas carteiras consegue, era quase um habito, Crow vivera sua vida inteira fazendo esse tipo de coisa.
Assim como nas CRUZADAS nem todos os guerreiros eram nobres, alguns eram escravos e outros apenas ostentavam o título de nobreza em corações podres.
R.Gato- Data de inscrição : 08/07/2015
Idade : 33
Localização : Belo Horizonte
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
Natalie acompanha Madeleine em silêncio, prestando atenção em tudo e todos a sua volta. Após não obter respostas sobre sua futura missão, mesmo frustrada, segue sua mentora sem hesitar.
As duas entram em uma igreja, o que deixa Natalie um pouco assustada. Em seu imaginário cultivado desde a infância, criaturas da noite não poderiam (ou conseguiriam) entrar em lugares sagrados. As mulheres se acomodam em um canto da igreja, lado a lado, e poem-se a esperar, em absoluto silêncio.
Algum tempo depois, dois "homens" se aproximam, e sentam-se ao lado delas. Natalie consegue, desta vez, perceber que estes são membros, e não homens comuns.
Natalie olha observa os dois vampiros com muita atenção. Responde à apresentação apenas com um aceno de cabeça, após olhar nos olhos de Madeleine, como que a pedir autorização. Para a jovem vampira, a diferenciação feita por Straus, a definindo como "cria" e a seu neófito como "pupilo" lhe parece um pouco rude.
Natalie percebe que, apesar das trocas de indiretas e palavras pouco gentis, existe um passado ainda latente que liga Madaleine e Straus.
Utilizando todo o seu conhecimento como detetive, aliado aos novos dons vampíricos, Natalie tenta perceber os detalhes por tras daquela entrega... detalhes nas vestimentas, postura, palavras e gestos dos demais membros envolvidos naquele encontro incomum. Qualquer informações, mesmo que sutil, pode lhe ser útil, tanto para realizar sua tarefa, como para entender e adaptar-se ao seu novo mundo.
Mentalmente a neófita memoriza o apelido "Paranoia Agent", e tenta lembrar-se de alguma referência do mesmo em sua existência humana. Também detém-se ao nome Nosferatus... nome de um clã...
O excesso de informações deixa Natalie um pouco confusa e intrigada, mas sem lhe tirar a atenção do que ocorre ao seu redor. Um padre como carniçal? Vampiros recenedo óstias? Tremere... mais um nome de clã...
Pelo comentário de Madeleine, sobre um reles carniçal lhe dar calafrios... e a observação de que Tremeres são dignos destes, Natalie percebe que este clã é perigoso... e que deverá obter mais informações sobre eles.
Natalie também se pergunta o porque de um simples humano pode ser incômoda para poderosos membros, e principalmente, porque ele é importante vivo. Que tipo de informações esse humano poderia ter em seu banco de dados?
Natalie surpreende-se com a abordagem diretamente à ela. Antes de responder, olha para Madeleine, para ver se a mesma autoriza que ela se pronuncie. A seguir, responde à Straus:
- Sim, eu sou... bem, eu era... uma investigadora...
Natalie pensa por alguns segundos... olha nos olhos de Madeleine, olha brevemente para Crow, e a seguir, fixa-se em Straus:
- Acredito que qualquer informação adicional pode ser de grande valia. Sabe-se o verdadeiro nome de Paranoia Agent? Documentos, telefone, e-mail? Ele é um carniçal?
Natalie faz uma pausa, esperando a resposta de suas primeiras perguntas.
- Que abordagem desejam que seja relizada? Que o observe? O capture? Interrogue? Que eu consiga acesso ao seu banco de dados? Que tipo de informações preciso "procurar" no banco de dados do humano?
Natalie faz mais uma pausa, e desviando o olhar para Madeleine, complementa:
- Desculpem-me se de alguma forma estou sendo inconveniente, e perguntando demais. Velhos hábitos... faz parte do meu método de investigação.
As duas entram em uma igreja, o que deixa Natalie um pouco assustada. Em seu imaginário cultivado desde a infância, criaturas da noite não poderiam (ou conseguiriam) entrar em lugares sagrados. As mulheres se acomodam em um canto da igreja, lado a lado, e poem-se a esperar, em absoluto silêncio.
Algum tempo depois, dois "homens" se aproximam, e sentam-se ao lado delas. Natalie consegue, desta vez, perceber que estes são membros, e não homens comuns.
- Tínhamos mesmo que nos encontrar aqui? - A ruiva já os recebe com certa insatisfação.
- A minha noite foi ótima, Madeleine. Bondade sua se importar. - Calmamente, Straus acomoda-se ao lado das mulheres. Espera-se que Crow faça o mesmo. - Este é Wood Crow, meu pupilo. Crow, esta é Madeleine e sua Cria, Natalie McGuire. - Curioso ele não ter citado o título de Arconte desta vez, embora já o tenha dito a Crow.
Natalie olha observa os dois vampiros com muita atenção. Responde à apresentação apenas com um aceno de cabeça, após olhar nos olhos de Madeleine, como que a pedir autorização. Para a jovem vampira, a diferenciação feita por Straus, a definindo como "cria" e a seu neófito como "pupilo" lhe parece um pouco rude.
- Sempre tão educado. Eu não convivo mais com pessoas como você, perdi o tato. - Ela diz, sorrindo genuinamente.
- Com um pouco de simpatia se vai ao longe. - Ele sorri também. É como se eles realmente tivessem um certo grau de intimidade de outrora. - Mesmo entre nós, acredite ou não.
Natalie percebe que, apesar das trocas de indiretas e palavras pouco gentis, existe um passado ainda latente que liga Madaleine e Straus.
Agora mais acomodado, ele retira algo da blusa e entrega a Madeleine. Parece uma fita cassete. E então ele começa a falar sobre a tarefa em si.
Utilizando todo o seu conhecimento como detetive, aliado aos novos dons vampíricos, Natalie tenta perceber os detalhes por tras daquela entrega... detalhes nas vestimentas, postura, palavras e gestos dos demais membros envolvidos naquele encontro incomum. Qualquer informações, mesmo que sutil, pode lhe ser útil, tanto para realizar sua tarefa, como para entender e adaptar-se ao seu novo mundo.
- Há um homem em Nova Iorque que se denomina "Paranoia Agent". Um humano normal, ao que tudo indica. Mas trata-se de uma espécie de prodígio da tecnologia. Melhor do que muitos dos Nosferatus que já conheci. Na verdade tão bom que chega a ser um problema.
Mentalmente a neófita memoriza o apelido "Paranoia Agent", e tenta lembrar-se de alguma referência do mesmo em sua existência humana. Também detém-se ao nome Nosferatus... nome de um clã...
Ele se interrompe conforme o padre aproxima-se. Ele vem com um recipiente onde repousam algumas hóstias levemente rosadas. Com um sorriso e um gesto, oferece para cada um dos quatro. Straus aceita uma. Madeleine não.
Take me to church
I'll worship like a dog at the shrine of your lies
- Você é louco em comer isso. - Ela comenta depois que o padre se afasta novamente, tão calado quanto chegou.
- Ora, que besteira. São inofensivas, além de nutritivas. Esta capela está a cargo dos Tremere desde que eu me conheço por gente. Esse carniçal não seria louco de tentar nos sabotar.
O excesso de informações deixa Natalie um pouco confusa e intrigada, mas sem lhe tirar a atenção do que ocorre ao seu redor. Um padre como carniçal? Vampiros recenedo óstias? Tremere... mais um nome de clã...
- O sorriso dele me causa calafrios.
- Deveria. São Tremeres, afinal. - Ele se contradiz, de certa maneira. - Agora, voltando ao assunto. A existência do homem é um incômodo por si só. Mas, agora, dada a situação, ele nos é mais interessante vivo do que morto. Precisamos desse talento, e de seja lá o que ele já tiver em seu banco de dados.
Pelo comentário de Madeleine, sobre um reles carniçal lhe dar calafrios... e a observação de que Tremeres são dignos destes, Natalie percebe que este clã é perigoso... e que deverá obter mais informações sobre eles.
Natalie também se pergunta o porque de um simples humano pode ser incômoda para poderosos membros, e principalmente, porque ele é importante vivo. Que tipo de informações esse humano poderia ter em seu banco de dados?
- A pista mais fresca que temos dele é de algum tempo depois da tomada Sabá. É um apartamento onde ele esteve por algum tempo. O homem é impecável em cobrir seus traços digitais, mas talvez a senhorita McGuire possa encontrar algum rastro físico. Você era uma investigadora quando viva, estou correto? - Ele fala diretamente com McGuire, ostentando um sorriso atencioso.
Natalie surpreende-se com a abordagem diretamente à ela. Antes de responder, olha para Madeleine, para ver se a mesma autoriza que ela se pronuncie. A seguir, responde à Straus:
- Sim, eu sou... bem, eu era... uma investigadora...
- Aproveitem enquanto estamos aqui para pedir quaisquer informações extras. Vocês estarão em território inimigo, teremos que limitar a comunicação durante essa busca. - Madeleine, quieta até então, adiciona.
Natalie pensa por alguns segundos... olha nos olhos de Madeleine, olha brevemente para Crow, e a seguir, fixa-se em Straus:
- Acredito que qualquer informação adicional pode ser de grande valia. Sabe-se o verdadeiro nome de Paranoia Agent? Documentos, telefone, e-mail? Ele é um carniçal?
Natalie faz uma pausa, esperando a resposta de suas primeiras perguntas.
- Que abordagem desejam que seja relizada? Que o observe? O capture? Interrogue? Que eu consiga acesso ao seu banco de dados? Que tipo de informações preciso "procurar" no banco de dados do humano?
Natalie faz mais uma pausa, e desviando o olhar para Madeleine, complementa:
- Desculpem-me se de alguma forma estou sendo inconveniente, e perguntando demais. Velhos hábitos... faz parte do meu método de investigação.
deise.galvao- Data de inscrição : 26/08/2015
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
@Cook
Cook chega em Nova Iorque com a bola toda. Um sobrevivente, uma promessa para a Espada de Caim, ele está confiante desta vez. Assustando mulheres estranhas na rua com cumprimentos repentinos, o Ravno tem a certeza de deixar sua impressão por onde quer que passe.
Em tempo, ele alcança seu destino. La Proposta, o antro de Bispo Altobello. O local é barulhento e transborda luxúria e agitação por todas as partes. Mulheres nuas dançam sobre o palco, bebida é comprada e desperdiçada conforme dezenas de bêbados e drogados gritam e sacodem seus corpos dormentes. Transações de drogas são absolutamente descaradas. Quando ele se senta para conseguir alguma informação, nota que restos de cocaína ainda marcam o balcão.
Ele chegou na hora certa. Por entre cabeças e humanos se trombando, ele pode notar Altobello passando por entre a muvuca. Ele está claramente acompanhado de uma mulher e dois homens. Após falar algo com a que parece ser a encarregada do estabelecimento, ele entra no escritório com a mulher e os dois homens começam a circular.
- O que vai ser hoje, bonitão? - Pergunta a bargirl, uma mulher de meia-idade com cabelo preso e olhar cansado.
@Bispo Altobello
Ele se senta em seu escritório. Kitambi, alerta sobre a estranha visitante, está apreensiva ao seu lado. Longos segundos se passam em silêncio escruciante. A música abafada lá fora, a gritaria, o som de algum copo quebrando. Kitambi encosta-se na parede. Altobello ajeita alguns papéis, alinha suas canetas. Nada. Mais algum tempo se passa.
Só quando ele cogita em perguntar por Vibora novamente, a porta se abre. Ivan é quem abre a porta, sorridente. Vibora está atrás com a velha, rindo de maneira extremamente simpática. Parece que ela a acompanhou até ali.
- Aqui estamos, senhora Too Too. Se cuide, viu? - Ela diz, solícita.
- Aqui também me despeço, minha senhora. Foi um grande prazer. - Diz Ivan em um sotaque carregado, conforme a velhinha passa a passos lentos.
- Oh, obrigada! Obrigada, meus queridos. Vocês foram muito gentis. Muito atenciosos! - Sua fala é lenta, só não é mais lenta que todo o resto dela. Sorridente, com seus olhinhos semi-fechados, ela entra.
A porta se fecha atrás dela e um súbito cheiro de idade toma conta do lugar. Cheiro de infância, avós, paciência e madeira levemente mofada. Os vários panos que compoem suas roupas parecem extremamente confortáveis. A lentidão com que executa seus movimentos e a doçura com que olha ao redor dá vontade de abraçá-la e cuidar para que esteja confortável. Seus sapatos parecem bastante velhos e fazem barulho de madeira contra madeira a cada passo que ela tremulamente dá.
- É o Excelente Senhor Altobello? - Ela diz, com sua voz baixinha e humilde, caminhando a passos de tartaruga até a cadeira. Kitambi apressa-se para puxá-la para a senhora, olhando para Altobello com expressão de "não-se-preocupe-tenho-tudo-sob-controle-juro-que-não-estou-sob-efeito-de-Presença". - Obrigada, minha querida. Hoje foi um dia cansativo, e já passou da hora da minha sesta. Estou exausta.
Por fim Mama Too Too aconchega-se na cadeira, e com isto parece reduzir ainda mais em tamanho.
- Boa noite, Excelência. - Diz ela, no mesmo tom de respeito.
Cook chega em Nova Iorque com a bola toda. Um sobrevivente, uma promessa para a Espada de Caim, ele está confiante desta vez. Assustando mulheres estranhas na rua com cumprimentos repentinos, o Ravno tem a certeza de deixar sua impressão por onde quer que passe.
Em tempo, ele alcança seu destino. La Proposta, o antro de Bispo Altobello. O local é barulhento e transborda luxúria e agitação por todas as partes. Mulheres nuas dançam sobre o palco, bebida é comprada e desperdiçada conforme dezenas de bêbados e drogados gritam e sacodem seus corpos dormentes. Transações de drogas são absolutamente descaradas. Quando ele se senta para conseguir alguma informação, nota que restos de cocaína ainda marcam o balcão.
Ele chegou na hora certa. Por entre cabeças e humanos se trombando, ele pode notar Altobello passando por entre a muvuca. Ele está claramente acompanhado de uma mulher e dois homens. Após falar algo com a que parece ser a encarregada do estabelecimento, ele entra no escritório com a mulher e os dois homens começam a circular.
- O que vai ser hoje, bonitão? - Pergunta a bargirl, uma mulher de meia-idade com cabelo preso e olhar cansado.
@Bispo Altobello
Ele se senta em seu escritório. Kitambi, alerta sobre a estranha visitante, está apreensiva ao seu lado. Longos segundos se passam em silêncio escruciante. A música abafada lá fora, a gritaria, o som de algum copo quebrando. Kitambi encosta-se na parede. Altobello ajeita alguns papéis, alinha suas canetas. Nada. Mais algum tempo se passa.
Só quando ele cogita em perguntar por Vibora novamente, a porta se abre. Ivan é quem abre a porta, sorridente. Vibora está atrás com a velha, rindo de maneira extremamente simpática. Parece que ela a acompanhou até ali.
- Aqui estamos, senhora Too Too. Se cuide, viu? - Ela diz, solícita.
- Aqui também me despeço, minha senhora. Foi um grande prazer. - Diz Ivan em um sotaque carregado, conforme a velhinha passa a passos lentos.
- Oh, obrigada! Obrigada, meus queridos. Vocês foram muito gentis. Muito atenciosos! - Sua fala é lenta, só não é mais lenta que todo o resto dela. Sorridente, com seus olhinhos semi-fechados, ela entra.
A porta se fecha atrás dela e um súbito cheiro de idade toma conta do lugar. Cheiro de infância, avós, paciência e madeira levemente mofada. Os vários panos que compoem suas roupas parecem extremamente confortáveis. A lentidão com que executa seus movimentos e a doçura com que olha ao redor dá vontade de abraçá-la e cuidar para que esteja confortável. Seus sapatos parecem bastante velhos e fazem barulho de madeira contra madeira a cada passo que ela tremulamente dá.
- É o Excelente Senhor Altobello? - Ela diz, com sua voz baixinha e humilde, caminhando a passos de tartaruga até a cadeira. Kitambi apressa-se para puxá-la para a senhora, olhando para Altobello com expressão de "não-se-preocupe-tenho-tudo-sob-controle-juro-que-não-estou-sob-efeito-de-Presença". - Obrigada, minha querida. Hoje foi um dia cansativo, e já passou da hora da minha sesta. Estou exausta.
Por fim Mama Too Too aconchega-se na cadeira, e com isto parece reduzir ainda mais em tamanho.
- Boa noite, Excelência. - Diz ela, no mesmo tom de respeito.
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
Idade : 32
Localização : Rio de Janeiro
Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas
@McGuire
- Nada. Ele é realmente bom em cobrir seus rastros. O endereço que temos só foi descoberto longo tempo após ele já tê-lo deixado pra trás, e só porque ele saiu as pressas.
- Sabemos que ele é um humano, e isso é tudo. Eu tenho minhas suspeitas pessoais que ele não seja um carniçal, ao menos não do Sabá. Se fosse, teríamos muito mais perdas no dia do ataque. Este homem... tinha os meios de conseguir informações delicadas.
- O Sabá não tem o costume de lidar com humanos. - Diz Madeleine. - Eles se acham bons demais pra isso, subestimam o potencial do gado.
- O endereço... - McGuire nota por seu olhar para a porta que ele parece um tanto irritado por Crow ter saído sozinho. - Está neste cartão. É um apartamento bastante simples. Sabemos que o último acesso dele nesse local foi no Dia das Bruxas do ano retrasado.
- Um pouco depois da tomada Sabá. - Madeleine adiciona.
- Eu queria poder ajudar com algo mais, mas estou no escuro. - Straus finaliza.
- Ele é um humano, mas todo cuidado é pouco. Não sabemos que tipos de contato ele pode ter. Não pense que vampiros são as únicas criaturas estranhas que andam por aí. - Madeleine a alerta. - Nosso meio de comunicação será por mensagens de texto vagas, uma vez por noite. - Ela entrega um pager para a Cria. Tecnologia velha... - Não use nomes, não fale abertamente sobre a missão que está cumprindo e não cite sua localização. Entendeu bem? Não sabemos que tipo de segurança o Sabá tem. Eles costumam ser incompetentes, mas não custa prevenir.
Os fiéis estão acomodando-se nos bancos da frente, e o padre inicia uma missa entediante e repetitiva. Ninguém ali parece muito animado.
- Nada. Ele é realmente bom em cobrir seus rastros. O endereço que temos só foi descoberto longo tempo após ele já tê-lo deixado pra trás, e só porque ele saiu as pressas.
- Sabemos que ele é um humano, e isso é tudo. Eu tenho minhas suspeitas pessoais que ele não seja um carniçal, ao menos não do Sabá. Se fosse, teríamos muito mais perdas no dia do ataque. Este homem... tinha os meios de conseguir informações delicadas.
- O Sabá não tem o costume de lidar com humanos. - Diz Madeleine. - Eles se acham bons demais pra isso, subestimam o potencial do gado.
- O endereço... - McGuire nota por seu olhar para a porta que ele parece um tanto irritado por Crow ter saído sozinho. - Está neste cartão. É um apartamento bastante simples. Sabemos que o último acesso dele nesse local foi no Dia das Bruxas do ano retrasado.
- Um pouco depois da tomada Sabá. - Madeleine adiciona.
- Eu queria poder ajudar com algo mais, mas estou no escuro. - Straus finaliza.
- Ele é um humano, mas todo cuidado é pouco. Não sabemos que tipos de contato ele pode ter. Não pense que vampiros são as únicas criaturas estranhas que andam por aí. - Madeleine a alerta. - Nosso meio de comunicação será por mensagens de texto vagas, uma vez por noite. - Ela entrega um pager para a Cria. Tecnologia velha... - Não use nomes, não fale abertamente sobre a missão que está cumprindo e não cite sua localização. Entendeu bem? Não sabemos que tipo de segurança o Sabá tem. Eles costumam ser incompetentes, mas não custa prevenir.
Os fiéis estão acomodando-se nos bancos da frente, e o padre inicia uma missa entediante e repetitiva. Ninguém ali parece muito animado.
Gam- Data de inscrição : 08/03/2010
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