Of The Night: Awakening

No carro, Juliette observava os arranha-céus de Los Angeles, realmente depois de haver saído de Veneza, a neófita passava por um choque cultural. A Ventrue pensava no que havia deixado para trás e no que ainda lhe aguardaria para o futuro. Estar em uma cidade nova era verdadeiramente excitante, mas ela sentia falta do conforto do Velho Mundo. Ela recebia a mensagem do Arquiduque e imaginava de maneira irônica como um vampiro de mais de duzentos anos sabia usar as modernas tecnologias de hoje.  De qualquer forma, era reconfortante saber que Petrucchi estaria lá para apoia-la entre todas as víboras de um novo mundo que ela havia acabado de entrar.

Ao sair do carro, Graham dava um leve aceno de cabeça para o motorista que abrira a porta e continuava em direção à torre. Novamente ela virava o pescoço até onde fora possível para observar a altura daquele prédio. Uma construção colossal e exagerada, como todas as construções americanas. Enquanto subia o elevador, a Ventrue tentava adivinhar como se desenrolaria a sua noite, a subida pelo arranha-céu era demorada e assim, a novata se aproveitava para repassar novamente todo o protocolo do clã, além da história e os nomes dos principais membros.

Ao entrar na sala principal, Juliette diminuía o passo e andava com a cabeça mais inclinada, com vistas a apreciar as obras de artes do local. Agora a neófita já estava mais confortável, fazia bem para ela estar em tal ambiente rodeado de conforto e luxo, ainda olhando levemente para a parte superior do salão, a inglesa era surpreendida por um cainita muito elegante que viera recebe-la.

- Boa noite caríssimo senhor Blankheart, sou Lady Juliette Louise Graham, progênie de Johan Bartolo Pretrucci, progênie de Jan Pieterzoon, progênie de Hardestadt o jovem, progênie de Hardestadt, o ancião, progênie de Veddartha, progênie de Ventrue. De acordo com as tradições de nosso honradíssimo clã, rogo pela hospitalidade do senhor assim como me disponho para o que for necessário durante a minha estadia em vosso domínio - respondia Juliette inclinando levemente a sua cabeça.

Juliette sorria de volta com o comentário de Dylan e respondia:

- Prefiro pecar pelo excesso do que cometer alguma gafe nesse evento, Sr. Blankheart. – e seguindo o cainita, ela acrescentava – Será uma honra acompanha-lo.

Ao som acelerado do piano, Graham observava os outros presentes no encontro. Rostos desconhecidos de criaturas centenárias dos quais a neófita não tinha nenhum conhecimento. Mas ainda assim, sempre que os olhares se cruzavam com algum estranho, a jovem inglesa sorria de volta. Ela sabia que muita da atenção da noite estava voltada para a sua pessoa e por isso, erguia mais ainda a sua postura e deixava que a sua elegante palidez fizesse o resto por si só.

Juliette reconhecera alguns dos rostos dos quais o seu Sire havia lhe contado. Dedutivamente aquela era a mesa dos Ventrue, logo, Juliette diminuía mais uma vez o passo, deslizando agora como um cisne, para que todos da mesa pudessem vê-la. Com um sorriso admirável a neófita se aproximava do Arquiduque:

- Com toda licença, Arquiduque – e fazia uma reverência até a altura do torso de seu mentor.

Apesar de estar totalmente confiante na sua capacidade e na sua simpatia, o nervosismo fatalmente abatia a jovem inglesa que percebia que estava em um ninho de cobras. Como seu Sire havia lhe falado muitas vezes, todos pareciam sempre simpáticos e receptivos, mas no fundo eles esperavam o primeiro deslize da novata para ter algo para criticar. Juliette se lembrava disso e ficava ainda mais nervosa, somente sentindo alívio depois do Arquiduque lhe puxar pelo braço, como um pai que leva a noiva ao altar do casamento.

- Este é o senhor Alexius, primigênie de nosso clã em Los Angeles. É da mesma linhagem que nós, mas cria de Conde Alfonso o desbravador ao invés de Jan Pieterzoon senhor Alexius, primigênie de nosso clã em Los Angeles. É da mesma linhagem que nós, mas cria de Conde Alfonso o desbravador ao invés de Jan Pieterzoon

- Boa noite senhor Alexius, sou Lady Juliette Louise Graham, progênie de Johan Bartolo Pretrucci, progênie de Jan Pieterzoon, progênie de Hardestadt o jovem, progênie de Hardestadt, o ancião, progênie de Veddartha, progênie de Ventrue.

- Senhorita Mila Petrova, progênie La Croix, progênie do Capitão Louis Pierre, progênie de ... - Ele diz mais alguns nomes que eu não posso pesquisar em nome da celeridade e passa para o neófito que acompanha Juliette.

- Boa noite senhora Petrova, sou Lady Juliette Louise Graham, progênie de Johan Bartolo Pretrucci, progênie de Jan Pieterzoon, progênie de Hardestadt o jovem, progênie de Hardestadt, o ancião, progênie de Veddartha, progênie de Ventrue.

- Este que a acompanha é o senhor Blankheart, progênie de Genevive Petrova, progênie de Mila Petrova, progênie de .... (Mesma linhagem)

- Boa noite novamente – respondia Juliette com o mesmo sorriso.

A Ventrue recebia o sangue fresco do garçom que estava ao seu lado. Pegando a taça de cristal, a neófita levantava a mesma até a altura do seu queixo e dava uma olhada rápida na cor da vitae que estava no copo. O cheiro penetrava as suas narinas e ela se deliciava apenas com o odor do sangue fresco, mas como mandava a etiqueta, Juliette levantava mais um pouco a taça, agora na direção do centro da mesa e proferia algumas palavras ao seus companheiros de clã:

- É realmente uma honra para mim estar convosco nesta noite. Regracio a hospitalidade dos senhores e me disponho para o que for necessário durante a minha estadia em vosso domínio. – dizia a inglesa antes de finalmente beber a doce vitae que lhe fora servida.

O primeiro gole da taça escorria ainda quente pela sua garganta, o gosto do jovem loiro era inebriante. Juliette ainda não sabia se aquela seria a sua preferência eterna, mas gostara bastante do que experimentava agora.

Juliette rolou 6 dados de 10 lados com dificuldade 5 para discurso que resultou 6, 9, 5, 3, 7, 10x2 - Total: 6 Sucessos