Flamingo's Road (Baronato Anarquista de Rebecah)

- Não quero falar, essa é a verdade. Gostaria que ele mesmo se apresentasse. Devemos ir logo... Responde Rebecah r checa as horas em seu relógio fino e delicado de ouro. David continua cheio de dúvidas sobre essa ser Baronesa, embora ela aparente ser a mesma de sempre. O Toreador se mantém intrigado também por falhar em ver a aura duas vezes na mesma noite. Seria só isso? Uma falha?

A excitação da Cainita era evidente a todos da sala. Como uma drogada ela não hesita em pegar a taça e beber um gole generoso. Ela balança a taça espalhando o aroma do sangue no ar e respirando profundamente. E depois de mais um gole, responde ao interrogatório. - Sei que nossa condição nos faz desconfiar, com motivos, de todos. Mas. David, eu não tenho nada para esconder de você. Eu acredito na nossa parceria, não tenho motivos para esconder nada de mim a você. Questões relacionadas aos Anarquistas, já é outra coisa. Por isso vou te levar ao conselho, para que seja aceito por todos. Então, vamos esclarecer o porquê do meu mistério. Os membros do conselho são todos os Anarquistas que estão em Vegas. E mais alguns. Tem um grupo chegando de Los Angeles. Vamos traçar hoje a nossa estratégia para a queda de Bugsy. Muslim foi sim convocado, ele é principal interessado. Parece que ele está uma fera, a Camarilla tem invadido o território dele. Esses caras ainda acham que toda a Las Vegas é deles. Ela bufa e em um hausto prolongado finaliza a taça de sangue cainita, apreciando. Claramente mais propensa a realizar os desejos do Cainita que antes.

Ao ver toda a cena e ouvir mais revelações, talvez o Shilmulo seja um dos poucos Cainitas que conheceu mais da política de Las Vegas em tão pouco tempo. Um recorde! Ele sente a vibração no seu interior, revitalizando suas forças. Agora ele era o mestre nisso. Seria alguém melhor que ele?

Embora o Primigênie Toreador estivesse envolvido em alguma trapalhada, era impossível não aproveitar o que a presença dele proporcionava. Ele parecia ter contatos e conhecer muito do lugar, afinal, ele tinha uma cadeira na alta cúpula da Camarilla de Las Vegas. Foi muita informação adquirida através dele. As informações processadas se ramificava em um emaranhado de possibilidades. Só processar não adiantaria, ele teria que pesquisar profundamente cada caso dos inúmeros exposto por Hayter. Era fato que ele teria que começar por algum, e o caso da Rebecah tinha a vantagem de ter além das informações dadas pela mulher do encontro, as de David e de Panush. Agora, sair de perto David, objeto pelo qual ele havia obtido todas as ciência dos bastidores que tinha de Vegas, exigiria mais do que um esforço imenso por parte do bisbilhoteiro.

A boneca de sangue no quarto junto do oculto cainita que atendia por diversos nomes é ludibriada pela ilusão auditiva implantada na mente em processo de transformação. Como um cão apaixonado pelo dono ela prontamente encara a porta, e sem muita excitação caminha até ela e a abre. - Sim, querido! Com sorriso gigante, a mimada e sexy parceira de David demonstrava a todos o tamanho de sua vontade de aparecer, mais uma vez ela abre as duas partes da porta dupla, como se fosse uma apresentação teatral. Dessa vez, entretanto, com mais sutileza, delicadeza. Os olhos arregalados espera pela ordem do Degenerado como um cãozinho adestrado.

O plano de Gilbert estava dando certo. Agora, a passagem para o próximo cômodo estava livre. Esgueirando-se ele chega até aos aposentos junto com David e Rebecah.

- Podemos ir David? Mais alguma pergunta? Peço que tome cuidado para que seu gado não cometa nenhuma besteira. Diz em tom de deboche, também marcando o território. Hayter tinha definitivamente o dom de arrumar mulheres complicadas e inseri-las em sua não vida. - Temos quinze minutos para chegar lá. Completa a Baronesa.

Todos na sala sentem o mal, exceto o Sr. Gam e Baxt. Um sentimento estranho que vibrava em volta de cada um. Como se algo terrível os espreitassem.

Apesar de demonstrar rispidez com sua futura carniçal, a droga em seu sangue deixava o sangue de seu total agrado. Calculava a hora de parar, mas era muito difícil. Quando deu por si, já tinha sugado demais, tentava se controlar, a sua boneca de sangue já desfalecida e mais branca que o normal tinha a respiração mais fraca que o normal. A audição ultrassensível e próxima da jugular o fazia notar que o sangue dela corria devagar, o pulsar do seu coração era lento. Estava em estado crítico. Em seu devaneio nem mesmo ele sabia o quanto tinha sulgado. E sem poder pensar mais seu entusiasmo e pensamentos aceleravam.

Eletrizado, toma atitudes estranhas, que pareceram não incomodar a Baronesa. Rebecah parecia chocada com o estado de Rebecah. Antes dela questionar qualquer coisa, David e Rebecah trocam olhares significativos. Evidentemente tinham sentido a mesma coisa. Enquanto David checa por um lado, Rebecah revista o outro. Olhando sacada, janelas, banheiros e a própria sala. Ambos estavam em estado de alerta.- Não. Não é um dos meus, estão todos já esperando na reunião. Acredito que serei a última a chegar. Diz ela séria e apreensiva enquanto procura.

Era evidente o que se passava ali para Axton e Baxt. Gil empunha sua arma, e fica aposto. Enquanto David se movimenta no quarto ele faz uma dança em volta dele tentando o melhor ângulo para colocar a escuta sem ser descoberto. Embora o risco fosse razoável, ele tinha que fazer isso. E o fez, nada impecável, mas o suficiente para não ser percebido.

Ian, no entanto, dava prosseguimento em sua linha de raciocínio. A memória fresca que ele possuía não deixava passar que a mulher com quem ele havia encontrado parecia muito mais esperta e experiente que essa. Era astuta e parecia ter cartas na manga. Para ele, era evidente que eram pessoas diferentes. Pessoas diferentes que tinham certa ligação. Ele não sabia muita coisa, muito menos a natureza da ligação que teriam. Suas conjecturas paravam por uma questão de sobrevivência. David havia trancado a porta. Rebecah, as janelas e sacada. Estavam todos trancados e o risco de tentar abrir qualquer coisa e acabar se revelando era demasiadamente grande. Tentaria o Shilmulo mudar de posição?

Após a varredura, a Baronesa e o Primigênie se olham com sincronia. O olhar era claro, não haviam encontrado nada, mas a sensação de um mal próximo permanecia. Rebecah encara David e Cassandra, uma clara indagação do que ele faria com a fraca mortal que jazia em estado crítico.

- Eu preciso sair daqui, meus pressentimentos são ruins. Além disso, estou atrasada. Você tem que cuidar dessa menina antes de irmos ou ela vai morrer. Dizia com o olhar passeando pelo ambiente o lugar.

Ambos, os Ravnos, permaneciam de maneira furtiva e alerta. O Shilmulo já até obtinha a confirmação de Panush ao seu comando.

Ao rasgar o invisível a única confirmação que o Toreador obtivera era de que aquela mulher era a Rebecah a quem havia conhecido mesmo. Além de tomar seu sangue, ela não estava ofuscada. O degenerado andava de um lado para o outro acelerado. A droga ainda fazia efeito, estava ativa em sua corrente sanguínea. Ele se locomovia com rapidez sem nem dar conta disso.

Gilbert tá sempre envolto pela mais completa confusão. E agora, não era diferente, ele acaba concluindo o óbvio, era ele o motivo de tanta desconfiança. Na correria de David e Rebecah para encontrar a causa daquele estranho sentimento de maldade à espreita, o Ravnos usa os pontos cegos e, acaba conseguindo colocar a escuta no bolso do Primigênie. Foi uma surpresa perceber que ele ainda estava lá, oculto pelas sombras. Em profundas reflexos ele começa se preocupar se estava ele enganado, se o alerta viesse de outra alguém, que não fosse ele. A sua cabeça também estava em jogo. A pergunta era: E por quê? E por quem? Por mais que ele pense que fosse a disciplina da iluminação a alertar todos ali, como uma humana pudesse também sentir?

Hayter estava sob efeito da droga, seus pensamentos acelerados atenuava o sentimento de culpa pelo que cometera a sua amante de longa data, Cassandra. Era uma atrocidade o que havia feito, tudo isso por ceder ao vício.
Apesar não ter conhecimentos avançados em medicina, seu longo período de pratica do dom de Auspícios o fazia diferenciar alguns padrões de um mortal saudável, de um com risco de vida.
Além da moça ter desmaiado, o ouvido super potente do Toreador escutava o sangue que não corria com a mesma força de outrora nas veias da mulher. O coração fraco, tocava a música do fim. As extremidades do corpo com curvas extremamente sedutoras começava a perder cor, o mesmo acontecia com os lábios de onde Hayter por inúmeras vezes sorvia o néctar doce de EbonY.

Rebecah já havia o alertado sobre a importância daquela reunião, ele também já havia tomado nota mental de que estavam extremamente atrasados. Mas sua consciência o massacrava de tal forma, em parte com ajuda dos pensamentos céleres, causados pela cocaína, o impediam de voltar a sua atenção a qualquer outra coisa.

Rebecah em primeiro momento ficava chocada com a mulher que caía ao chão após ser sugada por David. Entretanto, era incapaz de julgar as atitudes do Degenerado. Olhou no relógio e revirou os olhos. Um claro sinal que aquela situação era desconfortável, porém, inevitável. Decida a resolver o assunto, ela tira do bolso um celular, daqueles que foram o luxo na década passada. Com dois toques no teclado do aparelho ela o leva aos ouvidos. - Verifique se tem algum médico no ambulatório, mande alguns enfermeiros para o quarto novecentos e três. Tem uma mulher aqui... O nome dela é Cassandra. Vou deixar os documentos perto dela. Fique no quarto junto a ela, ou no ambulatório, até a unidade móvel chegar. Solicite a ambulância imediatamente, não posso perder tempo. Diz a Líder Anarquista com pressa e apreensão a alguém do outro lado da linha, que nem os Cainitas com o poderoso poder do dom na audição puderam ouvir. - David traga a documentação dela, preciso de tudo por perto para quando a ambulância chegar. Diz comovida com o estado emocional de seu amante.

O celular de Rebecah vibrava sem parar, sons diferentes que pareciam de ligações, e em outras vezes, mensagens.

Dentro da mente do Degenerado, apenas a bagunça que ele havia criado. Desespero e medo imperavam sobre seus sentimentos. Ele se sentem responsável pelo o estado da sua Boneca de Sangue, e acabaria se sentindo pior se ela por qualquer motivo, viesse a partir desse mundo. Com olhar eletrificado, ele pega sua carniçal no colo, em choque. Incapaz de esperar por mais, ele liga para emergência. As palavras se embolam, e lágrimas de sangue começam a brotar de seus olhos.

A Baronesa já havia entendido que o Primigênie não a acompanharia, que em primeiro lugar estava a ruiva, que desmaecida tocava o peitoral esculpido do Cainita a quem ela tinha tanto apreço. - David! Não perca sua sanidade! Essa é nossa única chance. Eu não conseguirei reunir todos tão cedo. Se você não for... Eu não sei... quando posso fazer o que me pediu. Hoje decidiremos o nosso plano de ação.

Contudo, com a bagunça mental, Hayter escutava apenas o som abafado da voz de Rebecah bem ao fundo. Seus pensamentos gritavam e a droga que explodia em sua corrente sanguínea o impulsionavam a um momento de extravaso. Com um chute ele estraçalha a porta em mil pedaços pequeninos. E no corredor de frente para a porta um ser o encara com brutalidade.


Derrubando Cassandra ao chão, David cai de joelhos e leva aos mãos ao chão. A dor em seus tímpanos deixavam por breve momento seus pensamentos em branco, a única coisa agora era a dor dilacerante do som que lhe estourava os tímpanos. Inebriado, ele solta um urro, cambaleando ele procura por Ebony. Com o olhar embaçado pela dor e tontura que sentia com a violência que cometera contra si, ele ainda consegue ver aquele rosto com o véu da dor que deixava a face com aspecto enevoado.

A mesma terrível sensação e violência auditiva também é sentida por Ian. O Shilmulo com muito esforço consegue suprimir um grito e as reações a dor insuportável, permanecendo coberto pelo manto de sombras. Mas, como se mantém escondido ele não conseguiu perceber o homem que encarava David.

Dentro, de David e Rebecah, o sentimento de perigo, de maldade, ainda era forte. Dava para sentir o clima dessa sensação no ar. O homem de olhos e cabelos claros também parecia sentir algo estranho no ambiente.

No jogo da Jihad, os vampiros intermediários, ou seja, os ancillaes, eles precisam tomar algum posicionamento. E, Axton estava bem inclinado a se aliar a Baronesa e ao Toreador; ele já premeditara ganhos futuros. Havia rodado por todo o tabuleiro daquela cidade e, agora, parecia ter chegado a uma conclusão que o faria tomar partido de algum lado, em seu favor, obviamente.

O cigano já sabe quem o havia trago até ali e, teoricamente, também sabia o porquê. Mas, por que isso depois desse tempo todo. O que aquela situação no México teria a ver com Las Vegas. A coincidência era estranha demais.

Provavelmente, o melodrama de David Hayter tirasse gargalhadas, ou causasse irritação aos Ravnos ocultamente presentes no ressinto. Era difícil entender porque ele não seguia, com o que parecia ser, seu plano original; por causa de uma humana a quem ele mesmo causara o abatimento. Com algum esforço, Sr Gam conseguia até entender em partes. Mas, Baxt, definitivamente não.

Para Baxt era incompreensível a atitude do Toreador, mas os atos que cometera contra a humana fora atroz. Se ela morresse? As oportunidades que ele teria tirado dela eram imperdoáveis.

Completamente escondido agachado ele tenta se manter escondido, preferia não ver nada para não correr o risco de entrar na linha de visão de alguém.

Gilbert Axton escreveu:Pelo amor de Deus, David... É só uma humana. Ela viveria só mais uns quarenta anos, que diferença isso faz na grande perspectiva das coisas? Essa crackuda, então, não passa dos 27. É tão ridículo que chega a dar pena. Como assistir a um louco desesperado procurando açúcar na areia da praia.

O homem que aparece é aquele capacho de Rebecah, ou sua memória lhe engana? Como era mesmo o nome dele? Alfred, Manfred... Algo assim.

O perigo provavelmente não vem dele, a não ser que ele pretenda encarar David até a morte. Seja como for, Sr Gam vê o caminho livre para enfiar-se no corredor. Uma ação que ele decide não tomar, imaginando que ajam câmeras vigiando a área comum do andar. Por alguma razão os hotéis de hoje em dia não gostam da ideia de homens mascarados armados até os dentes circulando por suas dependências. Faz você sentir saudades dos velhos tempos em Nova Iorque.

Mantendo posição, o Ravnos prossegue observando.

Axton tinha certeza que conhecia aquele Cainita que encarava David. Apenas não conseguia recordar o nome. O importante era que aquele era o capacho da Baronesa e não representaria perigo, ele conclui. Ele continua observando e embora o caminho para o corredor estivesse livre, ele percebe que o melhor é ele se manter o máximo de tempo possível fora do alcance das câmeras.  

Ian Baxt escreveu:*Matar uma inocente que não havia concluído seu dharma no mundo era completamente errado. Se alguém tivesse que fazer isso, deveria ser alguém com a compreensão do que isso significa e apenas um Brama ou um seguidor da trilha do Paradoxo poderia compreender o que é que pode ser perdido por alguém que terá que reencarnar para cumprir sua missão.
Talvez David mereça ser destruído por isso, mas sua ingenuidade são compreensíveis e Baxt já vislumbra seu futuro como músico e príncipe da cidade, esse seria o papel de David e o que ele deveria aprender. Baxt se via apenas no lugar certo e na hora certa para intervir na vida ou pós vida de cada um.
O som da porta quebrando.*
"wow! Que diáboa! preciso saber o que está acontecendo"
*Aos poucos com o zumbido diminuindo, focava-se nos passos, batidas cardíacas e sentir a presença de cada uma das pessoas até que ele pudesse espiar mais uma vez. Seu auspícios embora as vezes trouxesse experiência dolorosas, era também o seu alerta. David e Rebecah estavam procurando por alguém e certamente esse alguém não era Baxt,, afinal, não representava nenhuma ameaça. Sua posição fora da linha de visão e sua ofuscação o garantiam fora do perigo, mas manter ativa e assim que possível  ver se alguém mais estava atrás deles, isso seria uma prioridade.
Sentindo ainda a presença de Panush, sinaliza com suas expressões e as mãos para que Panush verifique o que tem no entorno. Seu amigo não negaria algo tão corriqueiro e rápido. Assim, mantinha-se oculto e no encalço de ambos.*

O Shilmulo se concentra apenas em continuar escondido, suprimia a dor e continuava abalado pelo som que violentava sua audição.

Ainda sufocando o urro de dor uma imagem surge em sua mente. Ele conclui imediatamente que era telepatia.


Seria Panush? Ele se pergunta com fortes dúvidas de quem estaria invadindo sua mente.

David Hayter escreveu:O Vampiro escorava-se na parede ainda com a moça no colo. Seus batimentos estavam leves e pouco duradouros, uma lagrima de sangue escorria pela face do vampiro que não se continha em mostrar uma face de agonia perante a situação. A lágrima escorria descendo pelo seio da face esquerda do Toreador, resvalando pelo seu queixo enquanto ele murmurava uma súplica para sua tão bela mortal.
David : - Cassandra, não .... Você não pode me deixar agora !
Já não havia um David estiloso e metido ao centro das atenções. Já não havia um mimado Toreador . Havia apenas um homem derrotado a olhar uma obra prima quase esvaecida na palma de sua mão. Ele não poderia fazer nada além de esperar. Em sua mente seu raciocínio corria a possibilidade de usar a rapidez. Mas correr para onde ? Como um vampiro tão rápido e forte podia se tornar tão inútil para salvar uma mortal...Transforma-la em vampiro ? Ele pensava ? E fazer dela quase um monstro como ele também ? Onde está a beleza nisso ? Ele queria ela viva . Ele gostava dela quente. Ele amava ela quando podia sentir seu sangue e seu corpo quente contra o seu e agora talvez ele nunca mais pudesse sentir isso... Pobre David.

Todos, menos Baxt, conseguem perceber o olhar enciumado do Homem ao encarar David. Mesmo que David não esteja nem aí para ele, sua atenção consistia em suprimir a dor e cuidar de Ebony.

Depois de algum tempo encarando, o homem do outro lado da porta olha com naturalidade para a Rebecah. - Baronesa, todos já estão presentes. Temos que ir agora. O grupo que veio do Pionner está lá embaixo, preciso encaminhá-los até o local. Podemos ir? Sir Drazan está impaciente e, o pacote que ele carrega está mal cheiroso. Acho que temos urgência em iniciar essa reunião que já está atrasada. Diz com certa agitação na voz e verificando a hora no relógio.

Nesse momento, Baxt e David, ouvem passos que ecoam vindos do corredor. Depois de alguns minutos os que têm a visão do corredor veem uma equipe de quatro pessoas, três homens e uma mulher vestidos de branco, com uma maca e uma maleta em mãos surgindo da porta que dá para escada de emergência.

- Eu já tratei de tudo, Baronesa. A gente já pode ir. A Senhora vai precisar de ajuda com este?  Ele volta com um olhar de menosprezo para o Degenerado.

David Hayter escreveu:Não havia uma forma menos emotiva de se exteriorizar a dor que o vampiro sentia em seu âmbito ser. Lembranças pareciam estacas ponti agudas a penetrar o torso do vampiro e aquela dor psicológica era visivelmente vista pelos que estavam ali presentes.
- Não fique assim minha querida, a ajuda está a caminho - Dizia David com os dedos a afagar o cabelo da moça que recaia sobre seus olhos. Sua pele estava quase tão alva quanto a de um vampiro e seus lábios pálidos escondidos pela forte maquiagem que a embelezava  ainda mais. David estava sob a influencia da droga mas seu raciocínio perseverava, o medo de perde-la era bem maior. Não se importava com o criptar insatisfeito de um vampiro qualquer, ou com a presença desconfortante que lhe espreitava no quarto, queria apenas salvar a moça que ele tirou daquela boate para ver o mundo, queria torna-la sua serva eternamente assim como a filha do marfim "yvory" mas não queria que elas terminassem daquela forma. Eram lindas demais para que o destino tragasse sua beleza.

Naquele instante ele ouvia o som de rodas girar pelo carpete do corredor , David se erguia com a impetuosidade extrema e rapidamente carregava Ybony para cada vez mais próximo dos para médicos no intuito de agilizar o procedimento medico. Passaria pelo garoto se fosse preciso ignorando-o uma vez mais para poder acomodar Ybony o quanto antes. Ele dizia :
- Obrigado por chegarem , ela teve uma overdose  consumindo entorpecentes, por favor veja o que pode fazer por ela, ela está muito branca, talvez esteja com anemia , ela não pode morrer por favor !
David implorava pela vida da mortal, David sabia quando ser educado e facilitava o processo de persuasão de seu poder sobrenatural da Presença - (Fascínio), o poder de persuasão se alastraria entre os para médicos e talvez com o garoto no corredor não se importava se o mesmo tentasse anular, sabia que ainda enxertária algum sentimento por alguns segundos no coração do jovem e dos mortais para médicos aos quais David realmente queria todo o auxilio possível. Tinha certeza que os furos em seu pescoço já não existiam mais pois havia usado sua saliva no beijo após seu descontrole mas ainda precisava convencer os para médicos de que ela precisava de uma UTI móvel o quanto antes.

A história do Primigênie de ligar uma overdose a uma anemia era simples e coerente. Muito provavelmente ele não teria problemas com isso. Quando ele se aproxima, começava a ficar evidente pelo olhar e reação dos que o envolviam, que todos; enfermeiros, o Homem que o encarava e Rebecah; haviam sido afetados por seu dom. Em favor dele.

Gilbert via a feição do Lacaio de Rebecah mudando completamente. Agora ele parecia estar magicamente à favor de quem a um minuto atrás ele desprezava.

E então, começa a se reportar a David.  - Já pedi a unidade de UTI Móvel. Eles já devem estar chegando. Esses são os enfermeiros do ambulatório do hotel. Embora, a gente tenha um médico no plantão, ele foi para casa. Teremos que esperar pelo atendimento médico da ambulância. Mas os enfermeiros prestaram os primeiros socorros e encaminhá-la. O Senhor pode ficar despreocupado. Diz com um olhar fascinado. Rebecah se mantinha como um apoio ao lado de David, tentando ampará-lo e tranquiliza-lo. Os enfermeiros só podem ser vistos se quem estiver no quarto colocar a cabeça para fora da porta.

Com muita técnica dois dos enfermeiros homens tiram Cassandra do colo do Primigênie e cuidadosamente a colocam sob a maca. A enfermeira, começa a fazer checagens e anotações.

Cordial o Rapaz loiro diz: - Não precisa ir com ela, eu a acompanharei até que a UTI móvel chegue. Pode ir à reunião com Rebecah, pois a reunião já deve ter começado. A presença de vocês é extremamente importante. Com tom sincero. - Podemos ir agora, David? Fique tranquilo, eu confio nele. Olhando para seu Cavaleiro.

Baxt consegue ouvir toda conversa valendo-se de seu dom. Deixa de sentir a presença de Panush.

Sr Gam continua na sala da suíte e Ian atrás do ornamento, na mesma sala.

Ian Baxt escreveu:Baxt se mantinha agachado e sem qualquer contato visual. Após sinalizar para que Panush olhasse o ambiente, sente a presença de seu mentor se afastando. E ouve toda a conversa ao seu redor. Ele sabia que alguma coisa estava espreitando tanta Rebecah quanto David. Naquele momento não era mais uma ameaça até porque tinham muitas outras pessoas no ambiente. Acabava percebendo na conversa todo o arrependimento na maneira como David se comportava. A ideia dele era só ficar ali e quando percebesse eles se afastando um pouco mais, então mais uma vez olharia o ambiente, o quarto e de longe, olharia para ver se tem alguma coisa com visão do invisível. E daria uma distância para que de forma que se alguém seguisse o David e a Rebecah, Baxt estaria ainda atrás dessa pessoa ou entidade, ou espírito. Mas não é espirito porque Baxt sentiria pela sua mediunidade. Então ele vai dar um tempo, deixar eles se afastarem no corredor. Vai olhar o quarto e depois, vai olhar o corredor. Se tiver tudo vazio e ele  não sentir mais nada, ele vai tentar seguir David e Rebecah até a reunião.

David Hayter escreveu:É Claro que a mente de David se dividia entre Ybony e seu dever com os anarquistas locais. Ele podia ter Rebecah aos seus pés mas ainda sim havia outros membros importantes como Muslin para ter um domínio completo sobre os rebeldes. A vontade de mudar o cenário atual de Vegas acabava prevalecendo sobre sua vontade interior parcial de que tudo acabaria bem com sua adorável Cassandra.
O Vampiro então volta a sala unicamente para buscar seus óculos que estavam caídos no sofa do quarto. Caminhava em passos largos com um olhar distante de quem não tinha muito tempo a perder, sua mente ainda tinha o rosto de Ybony pálido encrustado no fundo de sua consciência. Ele nunca se perdoaria se ela morresse por culpa dele. Ao voltar pelo mesmo caminho seu rosto cruzava com o do jovem e ele dizia.
- Cuide bem dela e terá meu agradecimento para eterno ! - Com o Celular mostrava os números que compunham o seu telefone para que o garoto pudesse memorizar ou até mesmo anotar seu numero e o mesmo ele pedia para que o garoto de aparência perfeita o fizesse.
Caminhava apressadamente pedindo de forma bruta para que Rebecah fizesse o mesmo. David não queria deixar Ybony sozinha em vão e pelo caminho já usava o telefone outra vez ligando para a moça de cabelos cor de marfim.
- "Yvory" . Cassandra está sendo medicada por anemia. (David Passa o numero do garoto caso ele tenha dado) Encontre o garoto e faça companhia a ela. Me encontro com vocês assim que possível. Avise Saint que meu encontro com Fleur terá de demorar alguns dias talvez.

O Primigênie Toreador de Las Vegas era um visionário, não era à toa que havia chegado onde chegou. Aquele reunião era de extrema importância para que seus desejos futuros fossem concretizados. Por um breve momento ele trava mais uma batalha dentro de si. Sua consciência versos a sua visão de futuro. Por fim, ele acaba concluindo, que aquele jovem anarquista que parecia ser muito devoto a sua bela e encantadora Rebecah; faria o melhor por Cassandra. Se não fosse pelo fascínio, o faria pela Baronesa. Afinal, foi ela mesma quem dera as primeiras ordens ao rapaz com toda aquela equipe de enfermeiros.

Eles se agilizam, para remover Cassandra dali. E David faz o mesmo, se apressa para a reunião. Quando ele volta do quarto já com seus pertences em mão, ele percebe que a postura do rapaz que seguiria com Cassandra, não era mais a mesma. O olhar enciumado voltara.

David pega Rebecah pelo braço andando a passos laços. Ele conduzia a moça com agilidade não o fazia de maneira bruta, mas natural, como se fosse um pedido de pressa. Com um olhar doce, de uma irmã mais velha para seu irmão mais novo, ela olha para atrás, em direção a Louis e diz: - Acompanhe e cuide dela para mim. Como um favor que eu hei de retribuir. Não se afaste dela. Moret apenas assente com a cabeça, com olhar apaixonado e submisso.

Por algum motivo os enfermeiros dessa vez ao invés de descerem pelas escadas resolvem ir pelo elevador de serviço que fica ao fim do corredor. As rodinhas da maca fazem aquele som singular de que algo grave estava acontecendo. Ágil, eles rapidamente, entram no elevador que já estava no andar. Louis os acompanha, indo logo atrás.

David e Rebecah vão pelo elevador social. Quando eles chegam naquele luxuoso saguão, não encontram os Anarquistas mencionados por Moret. O fluxo e as pessoas ali, tudo parecia normal. - A reunião já deve ter começado. Não tem ninguém aqui. Vamos me acompanhe. Diz ela tomando a dianteira.

Por um corredor a direita do saguão, depois entra na terceira porta a esquerda, que revela um corredor muito maior que o anterior. A porta que dava para esse corredor tinha uma placa dourada escrito Administração. Tudo isso ficava no primeiro andar mesmo. O corredor tinha mais ou menos vinte portas, eles seguem até o final. No final do corredor eles descem pela escada, apressados. Que dava para uma lavanderia. Saindo da lavanderia eles saem do edifício, era um beco, ainda dentro do hotel. Uma área de serviço. Do outro lado, ainda nessa lateral, eles entram numa porta, onde tem vários materiais de jardinagem, e descem por um alçapão. Essa descida é feito por uma escada vertical, tipo de emergência. Já embaixo, em um lugar escuro e úmido, uma porta pesada de ferro chumbado guarda a passagem. Rebecah tira um molho de chave preso a uma cordinha no pescoço e abre a porta. A porta revela um hall com um carpete vermelho encharcado e sujo. O lugar cheirava a bolor e era extremamente apertado. Tinham três homens vigorosos, podia-se suspeitar se tratar de Cainitas facilmente. Quando eles veem a Rebecah, um deles diz: - Baronesa, já estavam todos te esperando, não falta mais ninguém agora. Faz uma pausa encarando com ferocidade David. - Esse é o nosso convidado? E torce o nariz. E então olha para os outros analisando a reação deles. Mas os outros dois ignoram a presença dele e se posicionam para abrir uma porta dupla. - O convite, por favor. E ele, dá espaço para a Rebecah, que com o molho de chaves ainda em mãos destrava a porta. É necessário a força dos dois gigantes para girar a porta que mais parecia aquelas tampas de pedra para cavernas.

Pela conversa, ficava evidente para o Shilmulo que David partiria rumo a reunião. Ele achou que demorou para o Toreador se decidir, afinal, quem perderia tal espetáculo? Ainda mais sendo pertencente a uma seita diferente. Escutou o barulho da maca se afastando e o da porta sendo trancada por David. Agora o quarto de David estava à disposição, só não podia demorar muito e acabar perdendo o encontro dos Anarquistas. Quais planos ele pode descobrir ainda na noite de hoje?

Primeiro, uma varredura, e assim que sai de trás do vaso, valendo-se do dom, ele rasga o véu em sua mente. Próximo a porta, alguém conhecido ajeitava o cabelo, como se estivesse se preparando para entrar no palco. Aquele era Sr. Gam, ele não tinha dúvidas. Pensara em ligar para ele a pouco tempo atrás e agora o irmão de clã estava ali.

Que coincidência! Por um breve minuto ele pensa em tudo aquilo. Há pouco, todos estavam com reações estranhando, procurando por algo e, aparentemente sentindo um mal a os assolar. Tudo aquilo teria sido causado por aquele Ravnos? Era muito provável. Há quanto tempo estaria ele ali? Eram tantas perguntas.

Estaria Baxt dividido entre ter suas respostas sobre o Hayter havia dito sobre o México agora, ou seguir seu plano original e ir de encontro a reunião Anarquista?

Na Jihad era assim, vários palcos, dentro de um maior. Todos prontos para atoar e muitos assistindo por de trás das cortinas.

O suntuoso carro estaciona em frente à boate. Ainda a fila na porta, mas a imponência com que Jean havia chegado, deixavam os seguranças confuso com a importância de tal membro e imagem que poderia deixar do clube se barrassem alguém aparentemente importante. Cheio de charme e com um sorriso carismático de acessório. O lugar estava bem cheio, mas por motivos de imagem, o estabelecimento parecia não ser fã de super lotação. Todas as mesas estavam ocupadas, as bancadas do bar estavam igualmente tomadas. Havia uma recepcionista.

Logo na entrada, passa por ele uma figura conhecida, sua memória infalível não o deixa escapar. Aquele era David Hayter, viu algumas coisas sobre ele na internet e em jornais, um cantor de pop-rock em ascensão. Ele estava com uma atraente e sedutora mulher enlaçada no seu braço direito, após poucos segundos ele recorda, a principal back vocal da banda de David. Os dois saem apressados. A recepcionista vira para Bernard após despedir-se do ídolo do pop rock.  - Senhor, tem reserva? Ela pergunta, mas antes mesmo que ele pudesse corrigir, o segurança a reprova com o olhar e ela corrige. - Só temos lugares disponíveis no bar, os senhores podem aguardar lá enquanto arrumo uma mesa. Diz ela sorrindo, enquanto seu olhar de julgamento desliza pelas profissionais do sexo.

Já sentado no bar com as duas prostitutas, o barman pergunta qual bebida ele desejava e se tinha o cartão de membro. O Brujah olha envolta procurando o homem com a aparência da imagem de perfil que estava na rede social. Ele encontrou um homem, com alguns traços semelhantes, porém, a barba cobria quase todo o rosto. Diferente da foto do perfil, o professor tinha aparência desleixada, parecia bem mais velho.


Com algum esforço ele o reconhece. A mesa em que Arthur estava tinha todos os acentos ocupados. Todos bebiam e riam muito.

O sentimento, o medo latente da perda ainda maculava o coração apodrecido do Cainita. A culpa tomava-lhe a mente. Se Cassandra morresse, ele seria o culpado. Sentimentalmente dilacerado, acaba seguindo a trilha da Anarquista pelo seu dever com o futuro, mas sua cabeça não parava de pensar na Boneca de Sangue.

Nunca imaginara, nem mesmo como visionário que era, que conseguiria em tão pouco tempo presenciar uma reunião do Conselho. O fato de poder ser uma armadilha ainda martelava na sua cabeça, mas agora, era impossível recuar.

A porta pesada se abre lentamente, mesmo com o esforço dos três vigorosos guardiões. Sabia que seria difícil ser aceito por aqueles vindo de onde vem. Mas ele tinha uma história ao seu favor. O celular estava completamente sem sinal. A super sensibilidade dos sentidos já haviam cessados. Lembrou de todo o sofrimento que já o havia causado nesta noite.

Após a porta aberta pela metade, eles entram. Primeiro Rebecah, depois David com passos firmes e imperiosos.

A sala circular tinha infiltrações nas paredes e bolor de mofo por toda a parte. O carpete vermelho parecia ter sido limpo recentemente em vão pois tinha pontos de muita umidade. O cheiro forte fazia as narinas arderem. Cadeiras de couro formavam um círculo e haviam duas cadeiras desocupadas apenas. Tinham mais ou menos 30 membros ali reunidos. Hayter procurava por um rosto conhecido. Muslim ao vivo parecia muito diferente. Não haviam cadeiras diferentes, eram todas iguais.

No centro um homem muito elegante e bonito, mas com uma péssima postura, parecia ministrar as primeiras palavras do encontro. Interrompido ele olha em direção aos dois com um sorriso cínico nos lábios. - Finalmente! Achei que havia desistido de comparecer ao conselho Baronesa. Exclamava ainda com sorriso cínico, fazendo uma reverência. Nas mãos ele tinha algo, parecido com uma bola, envolto num pano com manchas enegrecidas. O fedor do embrulho atacava rudemente as narinas do Toreador.

- Desculpem-me pelo atraso, por favor prossiga. Dizia Rebecah, tentando tirar a atenção sobre eles.
- Então... Ele diz analisando o Degenerado com desdém. -... Este é David Hayter... É dele que eu preciso para me infiltrar? Ele escarra e cospe no chão mudando seu olhar drasticamente. Agora ele o encarava de maneira brutal. - Eu não preciso de você para me infiltrar! Sente - se e decidiremos seu destino. Disse ele aumentando o tom de voz, quase gritando. O olhar intimidador.

Todos os outros olham para David com expressões que variam de indiferença a desprezo. Permanecendo todos calados. Os olhares estavam todos voltado para o Toreador, não porque ele era tão importante mas porque ele era de certa forma um intruso aos olhos alheios.

David Hayter escreveu:David até que já esperava que pelo menos um deles tomasse uma atitude daquelas. Quando se deparou com Muslim ficou por imaginar, quais seriam os motivos para tornar o vampiro um contra idealista aos ideais de Bugsy. David já havia conhecido o Ventrue e certamente aquele principado recluso do Ventrue estava bem desgovernado. Havia se criados muitos opositores, os Nosferatus, Muslim...Muitos.

Porem assim como eles David também estava se manifestando contra a falta de idealismo do regente de Vegas. Cada um por seus próprios motivos. O vampiro Toreador podia ter sido arrematado por um gesto completamente rude e desnecessário. A falta de sutileza do homem apenas o deixava ainda mais para baixo, David não via necessidade de se perder em insultos de baixo calão. Encarando o homem com os olhos por de baixo do óculos que usava.  

- É assim que você consegue aliados ? Se você não precisasse de ninguém não estaria aqui hoje. Pare de envergonhar seus companheiros anarquistas e aja com um pouco mais de postura. Sou o Primogeno de Vegas e tenho mais acesso a conversas sigilosas pessoas com o Regente do que qualquer um de vocês jamais teria. Vocês vieram atrás de um aliado e não um inimigo, mantenham isso em mente.

O óculos de David Recaía deslizando entre seu rosto e seus olhos demoníacos subjugavam o vampiro mal tratado como um indigente suprimido pela vida. (1 FDV Olhar Aterrorizante Fixo no vampiro que o ameaçara)Um sorriso mostrava as presas protuberantes no rosto de David. O vampiro não era amedrontador apenas com o olhar mas com as palavras também (Intimidação 4)

- Continue denegrindo seus futuros aliados e não terminará com nada. Estou aqui para ajudar e melhor, não há futuro para nós em Vegas se Bugsy continuar isolado em sua casa. Você tem acesso aquela casa? Com fiscalização humana e tecnológica? Se tiver o motivo desta reunião é inútil e eu não tenho por que estar aqui.

David voltava seus olhos para Muslim colocando o par de óculos novamente. Se sentava em uma das cadeiras de forma rápida como se já fizesse parte do grupo. Parecia arrogante mas depois de impor sua presença no local permanecia guarnecido. Seus olhos agiam de forma Sutil em Muslim porem discreto, não queria que percebessem que ele admirava cada expressão do Toreador.

O motivo? Muslim era o Toreador mais importante da cidade. As vezes era bom aprender algo nutritivo com os anciões.

Por breves segundos o Cainita que atacara o Toreador se encolhe, a expressão de medo em seu rosto... Contorcia-se tentando resistir aquele olho rosa. Com esforço notável ele consegue, depois de algum tempo encarar David, erguido, naquela postura medonha que ele apresentava inicialmente.

- Vamos ouvir o que ele tem a dizer David... Diz Rebecah baixinho tocando de leve o braço de David, caminhando ruma as confortáveis cadeiras que estavam vazias.[/color]

Muslim tinha a expressão séria, olhou para David observando sua reação e depois para o nada, como se esperasse que palestrante prosseguisse.

- Por sorte, você será engolido pela sua audácia! Esbravejava, quando o Autarca Muslim, fez um sinal que o calou. Contrariado, o Cainita derrama o tecido no chão, caminhando em círculo, encarando cada membro ali com o olhar de ódio. - Eu não vou me calar, nem ceder a autoridade que esse... Cospe em meio aos berros que dava, desistindo de continuar a frase. - Alguém sabe? Alguém sabe quem é?

Uma cabeça rola por entre o pano que o descontrolado cainita segurava. Um silêncio mortal invadiu o salão. A maioria boquiaberta. Ninguém se atreve a levantar palavra naquele momento.

Sério e polido, Muslim observa cada reação, dando tempo a todos digerirem. Tempo suficiente se passou até que o pigarreio do Toreador Anarquista ecoa pela sala. De pé, ele olha para David e o encara. - Gostaria que fosse bem sensato a partir daqui. Não é de bom tom que use os benefícios de sua maldição aqui. O estranho aqui é você, você que está fora do seu habitat, deveria prever que boa parte de nós o rejeitaria e, é claro que duvidamos de sua intenção. Por fim, eu desejo uma resposta honesta. O que faz no meio de nós? Por que está traindo os seus, David Hayter? A voz elegante, pairava sobre o ar, a autoridade que exalava de cada nota vocal podia ser notada nos olhos de cada um ali presente.

A cabeça pútrida, guardava a aparência do ser que um dia viveu ali. Os olhos da menina morta, encaravam Hayter com frieza.

A bebida chega, sem nem prestar muita atenção na garçonete ou nas prostitutas ao seu lado, ele não nota nenhuma figura feminina, o que indica, que a secretária não estava ali. A mesa bem localizada para oito pessoas, tinha todas as confortáveis cadeiras ocupadas por homens com ternos caros e cabelos desgrenhados. Se importavam com a marca do paletó, mas esse não queria em nada dizer que eles prezavam pela boa aparência. O aspecto castigado daqueles homens definitivamente mostrava isso.

A sondagem específica de Jean mostrava que se tratava de mortais. Batimentos cardíacos, com piques quando em estado de euforia. Comiam com prazer e tinham respiração regular. O garçom se aproxima enchendo mais as taças de Champanhe. Aqueles homens já estavam alterados pelo álcool. Bernard teria que pensar como abordar o homem, afinal, será que ele iria querer conversar sobre negócios? De pé, o Brujah reflete o que fazer.

Ao ver o rosto ensanguentado e com marcas de um assassinato brutal, David não pode conter a reação de virar o rosto, tentando evitar olhar. A expressão séria não deixava passar seus pensamentos, mas no fundo ele sentia a tensão da incerteza daquela noite.

Dava suas explicações, com expressão séria porém serena, Muslim o encara sem parecer ter preocupação alguma, como se o irmão de clã não o ameaçasse. A euforia do Degenerado não inspirava os outros ali. Dava até para notar uma sensação de impaciência vinda do Autarca, talvez, só uma impressão errônea de Hayter.

Quando o Primigênie finaliza, Muslin força um sorriso e com a mão faz um sinal que indica que agora ele deveria se sentar. - Drazan, sei de sua reputação e de todos os seus feitos. Mesmo assim não consigo deixar de sentir a surpresa de ver que finalmente conseguiu. E agora, a cabeça de Charlotte está diante de nós. Com certeza, o que poderia ser um estorvo, agora é um prêmio. Ele dá uma pausa, olhando a cabeça no chão. - Todo o trabalho feito de forma meticulosa, e agora? Bem agora, você se livrou sua inimiga e nos deu o maior presente. A voz aveludada encantava os corações entorpecidos, todos o olhavam com admiração. Ele se levantava. - Senhores, temos um ponto de partida. Drazan irá entregar a cabeça de Charlotte para Busgsy como prova de admiração. Dessa forma estará próximo, conseguindo algum contato na Camarilla. Esse sim é nosso ponto partida. Por favor, coloquem aquela mesa ao centro. Drazan, pegue seu prêmio e embale com uma fita vermelha e um tecido aveludado, esse ventrue gosta de um fru fru tanto quanto eu... Sorri o líder, quebrando o gelo. - David Hayter, sabe do plano inicial, quero ouvir de você, quais suas ideias, quais os próximos passos? Diz, o chamando com a mão e caminhando para a mesa que acabaram de colocar no centro. Em cima dela, um mapa, com divisões políticas precisas da cidade. Essa era a maior chance que David tinha de convencer.

Mas e o interior do Degenerado. Quais eram as sinceras opiniões que Hayter tinha daqueles que o cercavam?

Bingo! Como uma Mariposa que não consegue evitar a luz, com um olhar iluminado, um sorriso aconchegado nos lábios, ele se levanta. - Com licença, Senhores! Nossa conversa científica ficara para depois da minha nova publicação na revista. Meio tonta, ele tenta se livrar de sua cadeira e acompanhar Bernard.

- Pode me chamar como quiser. Diz ele baixinho, se afastando, com certa imprecisão nos passos, de sua antiga mesa. - Minha secretária, sempre fazendo a coisa errada, aqui não é lugar para negócios. Ele sorri gentil, com olhos bondosos ele encara o Cainita. - Foi bom você ter vindo... Ele dá um tapinha de camaradagem nas costas do Vampiro com aparência jovial. -O que quer saber jovem... Como é mesmo seu nome? Diz enquanto levanta a mão, do bar, chamando o barman. - Um igual ao dele. Diz apontando para o copo do Brujah. - Cowboy, por favor.