Herança do Mal - Parte 4 - Adaga do Demonio (Crônica Oficial)

Arawn seguia do lado daquele homem teoricamente importante, para o mundo, não necessariamente para Arawn, mas naquele momento, sim, este tinha sua importância, ambos tinham os mesmo objetivos, os mesmos inimigos. Para alguém que nunca se importará com as "besteiras" da Camarilla e do Sabá. Desta vez Arawn tomava um partido e literalmente seguia ao lado deste, com sua figura representada por Angelus. De fato, todo aquele poder e a Camarilla não tinha enxergado Roxanne bem e baixo do seu nariz, imagino se é falta de competência ou algum tipo de arrogância, por acharem que nada iria lhes acontecer. O inimigo nunca avisa, não manda recados nem deixa pistas, tal qual Roxanne, embora seu erro ou azar, no caso fora tentar domar a ferrá errada. Tentará domar Shana, comprara briga com dois.

*De fato, devo reconhecer que esta Roxanne deverás pode ser habilidosa, conseguiu enganar, ludibriar e espionar a Camarilla de baixo de seu nariz, imagino se tolos estes foram, são, ou arrogantes...*

Arawn fazia esse pensamento maquinalmente em sua mente, incompetência de algum lado, ou parte da organização teve, de fato, Arawn nunca baixa sua guarda, não baixaria, seria necessário que não fizesse isso, este não aprenderá a viver nas suas viagens e a trilhar seus caminhos ata. Não fora sorte ou qualquer proteção celeste que caia como um milagre dos céus em sua redenção ou para lhe atribuir as esperanças que faltavam no ultimo momento. A atenção ao redor, de alguma maneira não confiar plenamente em ninguém, ser atento, observador, o manejo com as palavras e a intuição que aparentemente tinha, em conjunto com uma mente perspicaz lhe rendiam alguns proveitos em relação a poupar-lhe de problemas. Como a um gatuno que precisa usar a mente ao invés da força em si. Ou talvez alguém que...

Caminhavam, caminhava ao lado de Angelus, o regente, príncipe, majestade, líder, seja lá qual for o título que lhe era honrado. De fato Arawn não se importava muito com essas bobagens, mas como aqueles que estão no poder sim, e no momento ele precisava desta ajuda, então, isso implicava que este deveria se importar com títulos, mesmo que por um momento. Seguiam para um nova sala, logo as suspeitas de Arawn iria quebrar-se como um espelho e revelar quem estaria esperando ou quais estariam para essa "reunião". De fato Arawn enquanto aproximava-se da sala tinha a noite em sua mente, a idéia de passar a noite ali e aceitar a oferta do príncipe, é claro, Arawn não sabia onde Shana estava, não sabia exatamente quando ela iria procura-lo novamente, então este deveria ser o local mais seguro no momento, mesmo que para Arawn não lhe fosse de total agrado isso. Ficar parado em um só lugar, uma cidade, um quarto, aquele ambiente, lhe era de fato estranho.

Arawn percebia, essas palavras detinham inveja nelas, detinham também curiosidade, era estranho, Arawn ainda não entendia exatamente o porque andar ao lado do príncipe, com sua mão em seu ombro ou simplesmente ao seu lado geraria tais perguntas. Porque? O que erra necessariamente esse status social? O que importava? Pra que realmente servia? Ajudava nas caçadas? Dinheiro? Status? Importância? Proteção? Tudo isso não é o que se conquista com sua própria força? Necessariamente Arawn imaginava que o ser humano necessitava viver em sociedade, os filhos de Cain, vampiros, bestas, seja la como precisam ou queiram ser chamados, já foram humanos, talvez por isso esse apelo a regras sociais ou criarem uma sociedadezinha para se divertirem em conjunto. Talvez mais do que necessidade, instinto, ou apenas algum conjunto de simples e tolos conceitos humanos movidos por uma maquina de orgulho, prepotência, ganância por poder. Quem sabe... Olhando por esse ângulo, a Camarilla parece uma sociedade repressiva o Sabá um grupo ativista radical, os anarquistas apenas por nome, mas não de muito efeito a causa, não fazem justamente um jus ao nome, seriam aqueles rebeldes passivos, tentando dar o seu jeito, e os independentes, bem, vejamos, podemos pegar um pouco de pipoca e a coca-cola e aproveitar o melhor do filme...

Literalmente ao meu nado, contra Roxanne, uma ameça ao qual não teria chance de enfrentarem sozinhos. Antes de entrarmos o Regente, me observava analisando as minhas vestimentas, Arawn pensava se por um segundo era mais importante que houvesse uma troca de roupas do que dar uma noticia importante como aquela, em sua mente Arawn desejava que a resposta fosse não, afinal iria apenas ficar imaginando, se sim, como seriam tolos para agirem de uma maneira tão formal em uma hora como esta, existem horas e horas, momentos em que se dispensa as cordialidades e tolices que precisam ser ditas com toda aquela demasiada pompa e bajulação, e com certeza essa era uma delas, Arawn imagina que este Regente, Príncipe Angelus sabia bem isso, a cena de sua recepção após ouvir sua noticia e ao levantar-se abruptamente da cadeira lhe garantia essa resposta final como resolução da questão inicialmente incitada em sua mente. Tolice, ainda bem...

De certo angulo Arawn realmente estava sujo e maltrapilho, não que ele realmente se importasse muito com isso, era alguém pratico, as roupas ainda serviam, em sua mente ainda estavam de bom estado tal qual poderia sentar-se tranqüilamente em uma roda com outros membros do clã sem se importar com este fator, sentando em um fogueira e contando alguma historia, algo que passava o tempo, algo que gerava novidades, algo para compartilhar em frente as chamas trêmulas de algo que parecia convidar para um boa historia, convocando aqueles que tem algo a contar para juntar-se a roda, gerando um clima de aconchego, algo familiar, aproximando um pouco mais aqueles que estão ao redor, aguçando os ouvidos, deixando-os atentos, assustados, nervosos, ilários, convocando aqueles que querem ouvir e contar uma boa historia, nada melhor que isso. De fato, suas roupas pareciam-lhe normais em sua mente, embora aquele ambiente lhe dissesse não ser bem isso. Ao menos reconhecia seu lugar, com orgulho é claro.

Angelus : - Humm, vamos assim mesmo entre , Sr Arawn...

A porta se abria e se antes Arawn e os homens que este perguntava-se quais seriam estava bem a sua frente agora, aqueles que comandavam a cidade, os que a regiam, o príncipe rege, mas não governa? Creio que seja algo do tipo. Cada clã ali tinha seu representante, é claro menos o clã gangrel, todos muito bem sentados em suas cadeiras, provavelmente pensando o que "aquele" esta fazendo aqui, ou algo do tipo, imaginava o que o membro do Clã da Rosa deveria estar pensando sobre ele... Enfim, nada que lhe importasse mesmo.

Angelus : - hummm. Cortemos o papo ,furado e as introduções formais , o assunto bem sério ! Roxanne a primigenie Malkavian de 1827 está viva e parece querer se vingar do acontecido no ultimo principado de New York . Todos sabem da sa aliança com os infernalistas e agora , seu poder é muito mais espantoso , de acordo com “provas” existenciais , ela pretende invadir o museu em busca de sua adaga para liberar o demonio . Mas para iss precisa do sangue de 5 membros e pode ser que vocês estejam sendo alvos , então até seguda
ordem , Arawn e todos nós não deixaremos mais o Elisio (capela) de NY entendido ???

Alguém entrava antes que Angelus pudesse terminar de falar, trazia um papel, o que seria? Arawn ainda mantinha o semblante calmo e ficava atento, poderia ser mais alguma pista importante... Provavelmente era... O envelope correspondia ao Príncipe e ao seu “Fiel Dedo Duro”... Um embrulho, alguma coisa de Roxanne? Ela já descobrirá sobre mim? Impossível! Talvez fosse de Shana fazem uma de suas brincadeiras de mau gosto, ela poderia ser mais sutil é claro... Mas... talvez sim, ela também estivesse manipulando, poderia estar enviando aquilo para dar veracidade a tudo e atenuar o temor daqueles ali sentados, de alguma maneira mantendo um controle mais, não poderia descartar essa hipótese, mas também não poderia baixar a guarda. Tinha de ficar atento, esperto o tempo todo, não sabia como aquilo poderia ter sido descoberto tão rapidamente, ou Shana fora capturada... O simples pensamento fazia o interior de Arawn tremer, ficar assustado, na pior da hipóteses, deveria considerar isso também, deveria considerar tudo, deveria pensar para tirar melhor proveito de tudo e concluir o plano, deveria também não descartar a possibilidade de um espião.... Roxanne não teria como saber de sua delação... O embrulho estava enrolado em uma flanela , enrolada por um barbando, dentro de uma caixinha como aquelas para colocar um anel de noivado , era entregue a Arawn , o estranho embrulho .

Arawn mantinha-se por um segundo com o olhar vazio pensando, abstraido em sua própria mente enquanto o corpo ainda fazia os movimentos mecânicos de aceitar aquilo que lhe era colocado em sua mão... Seus olhos estavam vagos, o seu coração estaria disparado caso ainda batesse, temia a pior possibilidade, mas no fundo de sei peito também tinha a crença na melhor. Ainda assim mantinha uma face serena, seus lábios abriam-se levemente. E fechavam-se calando-se como se uma palavra detivesse morrido ali, meia dúzia de fazes tinham... Apenas saindo as ultimas, apenas as que podia revelar, não podia falar de temer sua criadora capturada, tão pouco de ser uma carta falsa... Seus pensamentos eram rápidos como uma bala, aos quais sua face tomada daquela expressão entre a serenidade e a descreva viravam os olhos para o papel e enfim as palavras saiam ainda lentamente dos seus lábios.

Arawn: - Ela... não tinha como saber... não sabia de minha existência... Ela nunca me viu... - por fim quebrava um cigarro dentro do bolso, é claro descartando as ultimas possibilidades - ela possui alguém aqui dentro. Não posso descartar isso. - falava como um soco desferido na face de alguém. - não tem outra explicação! - Era uma afirmação mais do que plausível! - tem que ter alguém - falava calmamente - alguém que ela confiava ou que era próximo, não? - Sua face se erguia do papel, preocupado, tinha medo, sua face mostrava quase que o medo por sua criadora, tentava controla-lo, mas tinha mais um ar atonico de não entender, era cedo para entender. Serenidade era lhe o ar predominante no final, a mente pura e focada era tudo que importava... olhava Arawn para Angelus. - quem diria, será que ela resolveu mostrar as garras de uma vez? Não pode-se descartar a possibilidade, alguém sendo controlado! - Arawn raciocinava - recomendo - olhava para Angelus - se voz permitir-me opinar em, não permitir que ninguém deixe o lugar sem ser revistado, ninguém. Nem mesmo os seguranças.

O embrulho era pequenino pouco maior que a palma da mão de Arawn , o que seria aquele embrulho ?? Um recado ? Ou talvez um presente ?? Arawn o abria e seus olhos percorriam aquela droga toda e respirava fundo, realmente aquilo era uma grande de uma droga. Fechava-o. Era realmente uma comedia, uma peça do destino, se houvesse algo escrito ali de importante somente Arawn entenderia, caso Shana o tivesse enviado, talvez realmente ela não pudesse ir ve-lo la dentro, poderia ser-lhe perigoso. Caso fosse ela, teria alguma pista que somente os dois entenderiam. Dobrava o papel. Ele sempre quisera aprender, mantinha seus olhos quase baixos. Arawn tinha observado cada letra que tinha dentro do papel, seus olhos em um segundo iam em vinham de uma vez, indo repetindo, decorava a forma daquelas palavras, caso não pudesse ficar com o papel. Shana sabia que Arawn não podia ler...

(Caso não seja um texto, o que é?) Abre.

Estavam curiosos, Arawn também estava, mas desde já como antes já tinha pensado deveria esperar pelo pior, o mundo não era nem um pouco bom com ele, não tinha sido e tão pouco mudaria de uma hora para outra. Mentalmente já tinha visto as possibilidades, também as tinha analisado, seja o que for la, seja o que tenha de ser. Irá usar seu cérebro para contornar tudo...

Arawn: - Quem diria, será que ela resolveu mostrar as garras de uma vez? Não pode-se descartar a possibilidade, alguém sendo controlado!

Arawn percebia rapidamente o peso das próprias palavras, em algum lugar já imaginava que estas poderiam gerar tão balbúrdia, mas de fato são como um soco que é dado na face de alguém desesperado, no primeiro momento somente sente-se a dor, no segundo recupera suas faculdades mentais aos poucos e pode-se raciocinar melhor. Não que realmente a intenção de insultar estivesse ali presente, nem mesmo em seu tom. Realmente não se importava muito com os seguranças. Pelo menos deveria terminar seu pensamento de uma maneira mais ampla para não caracterizar uma má impressão.

Arawn: - É claro, não estou ofendendo ninguém, apenas aconselhando, ouça-me quem quiser, embora, estão nas mãos do Regente a prova que ela esteve espionando o lugar... - Aquele argumento era valido, não se pode ser ignorado, ela pode estar tão dentro como fora.

Angelus abria o envelope, a cada passo o coração de Arawn poderia estar batendo de maneira irregular, preparava-se mentalmente para tudo que já tinha previsto, para o pior, para o melhor... Eles inclinavam-se tão curiosos quanto Arawn, pareciam querer saber o que era aquele "bilhete", aquela "aliança", aquele "presente". Os dentes de Arawn trincavam a medida que este abria o embrulho.

Algo cortava-lhe por dentro, como uma faca que atravessava seu coração parado, sua garganta engolia em seco, uma reação humana de descrença, obvia de mais. Ficava quase que cinco segundo estático, parado na mesma posição em estado de choque, seu cérebro em algum lugar travará seu lábios nem mesmo flexionavam-se para fechar-se novamente. Sua mente estava em branco como se esperasse proteger-se do choque inicial para não sofrer, ou se tomada por alguma insanidade inicial, talvez alguma reação imposta no suficiente humano para protege-los de choques iniciais, dano em sua psique. De fato Arawn parecia apenas mais uma estátua, não movia-se um milímetro, era como se tivessem arrancado seu coração ou lhe empalado. Lentamente as reações voltavam a tomar seu corpo, como a alguém que recobra a consciência após sofrer um grave acidente. Encarava aquele globo ocular, estando semi-estático. Seus dedos mexiam-se um centímetro e paravam. Seus olhos são tomados lentamente de vermelho vivo, talvez fossem um pouco diferente dos olhos olhos dos cainitas, talvez a idade fizesse isso, ou não. Mas o processo inicial, lento, praticamente impossível de ver-se...

Angelus : - Não entendi o recado ... Olhos vermelhos ?? Esses são os olhos da Besta de um gangrel ...Qual a significancia disso?

Arawn: A cabeça - falava com grande dificuldade, dominador por uma dor interna que travava-lhe ainda a garganta e impedia que tivesse um raciocínio mais rápido, sua mente caminhava devagar quase impossível acompanhar uma mente humana normal, estava lento, estático - dela - seus olhos eram injetados de sangue cada vez mais rápido, estavam acelerando em uma velocidade escalar. - é minha. - Sua respiração tornava-se forte, seu corpo parecia tenso, seus dentre trincavam e suas presas cresciam. Como que tomado por uma exaustão mental, sente seu corpo mole, como se não fosse mais seu, como se tivesse perdido, nem mesmo tinha a força física e mental para mover um unido dedo. Falava como um homem, não, o homem que mais sofrerá no mundo, como alguém que perdia tudo e estava sem forças, era um interrogativo para si mesmo, - é isso... que eu ganho por avisar a Camarilla?

Subitamente seu corpo parecia se reerguer de força, tomado por algo que vinha de dentro, como uma voz de uma criatura selvagem querendo sair e destruir tudo, ela queria sair, parecia mais uma besta gritando de raiva, Arawn entendia perfeitamente essa raiva, nunca tinha deixado esta criatura sair, será agora que ela iria? A mente de Arawn era tomada por uma obscuridade, por um relaxamento como se dormisse e fosse envolvida por um manto, um manto negro e confortável. Estava abraçado, sentia como algo saísse de si, e estivesse pronto para libertar-se, era como um duelo interno, sentia como se tocasse a mão de alguém, alguém que conhecia muito bem, era ele, a outra face da moeda, seu outro lado queria sair, como se fosse para proteger-lhe da própria dor que sentia, que agonizava, para sofrer todos os danos físicos e mentais por este e poupar-lhe daquela dor insuportável que receberia.

Arawn ainda assim segurava sua mão... Sem palavras poderia mentir para si mesmo? Poderia dizer que não queria sucumbir da besta e a destruição? Extravasar aquela fúria de sentir como se tudo estivesse sido tomado de si, de sentir-se ainda mais vazio e pagado, era tentador demais. Mas ainda assim mantinha seu punho forte em sua batalha interna. Dizia a sua própria face, não ali, não agora, que se ele prensava por Shana, se a amava, se a idolatrava seja que diabos seja, sendo sua própria metade, se queria vela viva novamente não iria atacar aquele lugar assim, não perderia a única chance que Shana sacrificará-se para criar. Não perderia. São as duas metades da mesma moeda, dois lados da mesma face, se quisesse sair e destruir algo faça isso quando encontrar-se com Roxanne, guarde toda a dor, a raiva a fúria de séculos para ir contra ela.

Se não quisesse acabar com tudo. Se não quisesse perde-lá e jogar seu sacrifício fora iria manter a mesma calma de sempre... de sempre... sempre parecia uma palavra que doía muito, mas segurava a si mesmo com uma força que nem mesmo ele acreditava que tinha, continha-se como a quem se agarra a mil grilhões, nem um motivo no mundo era mais forte do que manter-se sã para o bem dela, nem mesmo que tivesse que destruir a si mesmo. A dor era um direcional que sua mente clamava como uma espada de dois gumes para sua salvação, sua vontade e desejo, sua ambição de ficar sã, junto com a dor que afligia a si mesmo. Arawn apertava a própria mão se oferecer nem uma resistência a própria dor, apertava com a força de toda a dor que sentia sua mente e com a fúria transferindo ela para um ponto central, estourava as veias que circulavam de seus pulsos tamanha a pressão constante que exercia sobre elas para sentir a maior dor possível, desejando essa dor tal qual a sanidade. As gotas de sangue escorriam como gotas de chuva e caiam no chão.

Arawn tinha quebrado-se em mil pedaços. Mas mantinha a força, forçava-se a manter a calma, até mesmo a sua voz mostrava a dificuldade que isso seria. Queria ainda sair para extravasar aquela loucura, aquela dor, mas aos poucos seu temperamento padrão dominava, a dor infinita a si mesmo enquanto algumas gotas de sangue escorriam dentre seus dedos de tamanha dor que causava a si mesmo.

Arawn: - Ela - forçava se a tentar dizer o nome da desgraçada, - Roxanne, pegou - ainda estava ofegante concentrando-se na propriamente e palavras - pegou, minha criadora por eu vir avisa-los. - Olhava para o príncipe, Arawn ainda tenha os olhos quase tão duros quanto uma pedra, falava recobrando ou ainda forçando-se a sanidade - podemos acha-lá pelo apelo do meu sangue, não é? - Não era uma pergunta, era uma exclamação - nosso sangue é antigo e forte, somente ela deve ter mais de quinhentos anos, com meu sangue podemos acha-la? Não? - Realmente não era uma exclamação, e ter ali, na sua frente um príncipe Tremere, que usava da magia, feitiçaria, seja que merda isso fosse, poderia usar aquelas drogas para acha-lá! - Podemos descobrir onde Roxanne está, - Arawn mantinha seus olhos duros como mármore e a mente pensando forçando-se a pensar - ela precisa de cinco sacrifícios, já tem mais um agora. Deve estar perto, ela vai mante-la perto... - Falava forçando sua mente e corpo a manterem-se ali, parados, fixos naquele exato metro quadrado.

(Então eu uso a sorte e se possível uso um ponto de força de vontade caso precise, para ajudar, eu não sei usar exatamente as qualidades ainda, obrigada por me avisar sobre a sorte, pois eu nem lembrava dela e coisas do tipo, ainda tô lendo, muito mesmo, de verdade, para aprender tudo que posso logo, não sei se a qualidade tremerario serve pro teste, acho que é algo haver com perigo, se eu entrar em frenesi nesse lugar vão me matar T.T eu como jogadora não conheço os costumes da camarilla ainda, to lendo os livros, mas não tenho a experiência de jogo e não sei o que eles fariam comigo se eu entrasse em frenesi nesse lugar, eu acho que eles me matariam, eu não sei, T.T isso não ta no livro. O que fariam se eu atacasse, so por curiosidade de conhecimento?! Tremerario serve? Se eles fossem me matar? Também não sei exatamente o que graças da sorte faz, se eu usar eu passo no teste ou precisa jogar dados?)

Arawn recuperava mais um pouco as faculdades mentais, usando de toda sua vontade para manter-se sã, não era fácil, especialmente para um gangrel, imaginava o quão difícil teria sido para Shana não prender suas presas em sua jugular na noite anterior, ele com a pouca idade que já tinha, embora comparado a muitos sua idade era alta, imaginava o quão era fardo-o resistir a tamanha tentação, fúria, fome ou dor sem sucumbir a essa besta. Forçava-se a pensar e tentar reassumir a postura de um pouco antes. Afinal não era fácil.

*Shana : - Não gostou do que viu não é ? Me desculpe por mostrar o seu futuro ... *

Realmente, de uma maneira macabra, quase profetisa aquelas palavras pareciam fazer cada vez mais sentido. Arawn apoiava-se naquelas palavras e reconhecia mais uma vez sua posição e estas que lhe foram proferidas. O destino pregava peças....
Arawn: - Perdoá-me, - forçava ainda voz - mas com os séculos, especialmente para o meu clã, controlar essa fúria, torna-se difícil não sair de uma vez por essa porta atrás desta desgraçada - suas faculdades mentais traziam a calma mais uma vez, começava a pensar maquinalmente de novo e criar oportunidades, - sei que Roxanne precisa do sangue de cainitas antigos como sacrifício, ela tornou-se uma das pontas do pentagrama por eu vir aqui, ela me apoiou em avisa-los, sei que Roxanne é a inimiga de todos os presentes, qualquer um pode tornar-se sacrifício dela, não sei quem são os alvos, mas lembro me bem que quatro das cinco pontas já foram escolhidas, falta ela escolher a última, - Arwan fechava os olhos trazendo-os de novo ao tom natural - como também sei - algo assim deve ter sido muito bem planejado, Shana sumira por anos, Roxanne também, embora não tenham se encontrado a muito tempo, Roxanne deve ter planejado sua vingança a anos, - que Roxanne já vinha planejando para pegar seus sacrifícios, um plano construído nos últimos anos, - Arawn pensava ainda mais - ela tem tudo planejado, tinha até eu aparecer, juntando gente e planejando em suas décadas sumida, ficando mais forte, - era claro que Arawn precisava especificar bem aquela força, talvez eles não tivessem noção da proporção desta além do príncipe, provavelmente aquele Ventrue, aquela Toreadora e o Nosferatur cairiam na real depois de suas palavras agora, afinal, quem no mundo capturaria um gangrel com mais de quinhentos anos e sairia ileso facilmente? - capturar um Gangrel com mais de quinhentos anos e ainda ter força para enfrentar a Camarilla e mandar uma mensagem destas, Roxanne é muito prepotência! Esta zombando de todos aqui, ela... - Os olhos de Arawn abriam-se, pensava, um choque.

*maldição, droga, dez mil vezes droga*

Arawn: - Ela vai usar o ataque! - Suas palavras soavam como pedra que caiam em cima de sua cabeça, é claro em uma confusão daquelas ninguém sairia ileso facilmente, suas palavras não eram confusas, eram firmes, eram de alguém que percebera todo um plano maldito - Roxanne, maldita, desgraçada, ela vai se aproveitar de toda a confusão e pegar seus sacrifícios, - Arawn alterava-se um pouco, tentava manter a calma, mas descobrir uma coisa daquelas, realmente era um peso ao qual sua mente não imaginava, Shana lhe dera uma chave de ouro ao falar do Sabá e nem mesmo percebera. Olhava novamente para o príncipe enquanto raciocinava cada vez mais rápido, de alguma maneira o cérebro de Arawn parecia funcionar bem para estas coisas - O Sabá planeja um atacar surpresa contra a Camarilla com força total para tomar NY, - falava ao perceber onde tudo se encaixava, falava firme, rápido, suas palavras não abriam espaço para duvidas, eram estas, dadas pela mulher que ele mais confiava, que era experiente no mundo e sabia de onde tirar e espalhar as informações, colocava a mão na cabeça descrente de perceber tudo, assim de uma vez - Como eu não percebi isso quando investigava? - A mente dessa desgraçada, qual das duas funcionava mais rápido? A de Arawn ou a dela? Quais eram as mais poderosas, quem tinha a maior capacidade? Mental?! - essa é a chance que ela esperava para atacar, o plano que vinha sendo escrito. Os infernalistas ocupam altos postos no Sabá! - Aquilo começava a fazer ainda mais sentido, - aquela seita esta podre por dentro, infestada daqueles parasitas fuçando e manipulando aqueles idiotas de baixo dos próprios narizes, Roxanne quer a adaga, os infernalistas apóiam seu poder, eles detém o poder para ordenar o ataque! Ocupando altos cargos naquela seita! Tudo foi planejado, - era tudo perfeito demais, se encaixavam como as melhores peças de um quebra cabeças - um ataque em maça! - Suas palavras pesavam, pesavam tanto que ele não aceitava ter descoberto isso assim, mediante o sacrifício de Shana, Roxanne errará, se ela não tivesse capturado-a ele não teria visto aquilo tudo, sua mente estourara de uma vez como alguém submerso em um pensamento, em um mundo onde do nada tudo fazia sentido, como se alguém tivesse jogado a resposta em sua mente, enfiado-a a força, metera-se em uma guerra maior que poderia imaginar. Mantinha seus olhos fixos. - A ultima parte do plano de Roxanne! Precisamos libertar minha senhora! Achemos minha criadora, achamos Roxanne, destruam Roxanne e salvem-na que lutamos ao seu lado contra o ataque do Sabá! Eu vou convence-la! Eu sei o que eles planejam! - Qual objetivo principal do Sabá? pense Arawn, pense! PENSE! PENSE! Qual seria o plano perfeito que você teria elaborado em décadas para atacar uma organização como a Camarilla e buscar um único alvo? PENSE!!!!!!!!! Foque todos os lideres, uma guerra, uma guerra medieval, como derrotar, Sabá e Camarilla lutam em tempos modernos como guerreiros antigos, ataque os lideres são os mais importantes, não se pode defender todos ao mesmo tempo, ainda mais separados, quando não se sabe o alvo principal... Ataque os lideres a guerra acaba! - Desgraçada! - Fazia tudo ainda mais sentido - O Sabá ira atacar os anciões, Roxanne não precisa de todos, somente de quem escolheu, esse é o momento chave, a confusão que ela queria para pega-los! - Arawn olhava firme nos olhos do príncipe, não tinha duvidas de nada, conseguirá uma vez sua confiança e ganhar a credibilidade de suas palavras, trazia as provas de Roxanne existia, ela mesma mostrara-se quando não precisava mais se ocultar, trazia a noticia do ataque do Sabá, juntava tudo o que somente ele sabia, montava o quebra cabeças perfeito!

Arawn andava de um lado para o outro. Será que existia algo mais que ele sabia? Roxanne era antiga! Qual era a data que tinha no quadro mesmo? Arawn não acreditava em coincidências, Shana abandona-lá, este encontro, a mente de Arawn trabalhava como uma maquina.

Arawn ainda mantinha o tom de fascínio em sua voz, talvez pudesse cativar ainda mais o príncipe e aquela mulher do clã da rosa, como uma jóia rara dentre um clã perdido, alguém, mesmo Arawn não gostando da idéia, ela poderia "usar como seu cachorrinho domado", algo similar, algo que gerasse cobiça de ter ao se lado como um escudo que poderia ser melhor lapidado. Mostrava sua mente brilhante para o Ventrue, alguém que poderia reconhecer um sábio ou uma mente esperta para solucionar problemas e decifrar enigmas facilmente, alguém que podia valer impelir algum tempo moldando, que poderia ser útil, mostrava a capacidade de observar e deduzir, descobrir segredos e manhas para o príncipe, alguém que valia a pena ter a seu lado para saber dos perigos que o cercavam e que poderia ser-lhe demasiadamente útil, mostrava que podia ser forte para o Brujah, sem medo da dor, controlar sua fúria com a mente de um guerreiro, e que sem medo enfrentará e irá de encontro a uma Bruxa maldita, com um sorriso ao encarar a própria face
da morte e não temer o Sabá, uma vontade guerreira firme, alguém que não teme ou foge de uma boa briga, alguém com coragem além dele naquela sala. Sua voz, suas palavras, seu tom, eram de alguém que merecia a atenção.

(Se precisar de algum teste com a voz, Arawn necessariamente não quer ganhar a confiança forçada, mas sim conquistada, então deve ser o carisma, não sei se conta ou serve pra algo, mas também ele tem uma boa aparência, deve ser útil para com a toreadora, o ventrue e o príncipe, não sei, algo como carisma + alguma coisa, ainda não sei como são os testes, mas se tiver algum teste e der alguma coisa errada, eu queria usar a sorte nele e meu ultimo ponto de força de vontade se precisar no segundo teste.)


Arawn tocava a propria mão queimada pelo sol, sabia que agora, ainda mais aquela maldita iria odiá-lo por isso. Provavelmente ela iria preferir que ele tivesse apodrecido ao sol na noite anterior ou não ter envolvido ele nisso... provavelmente....

Arawn: - Preciso me recuperar para lutar, - pensava.... provavelmente.... bem que ela queria... - após que ela queria que eu tivesse queimado ao sol e não avisado-os disso tudo... Provavelmente... Ela deve me odiar...

Falava para o príncipe, talvez ele tivesse alguma coisa que ajudasse a curar aquilo mais rápido, o tempo urgia...

*Preciso lutar na melhor das condições possíveis...*

Isso era explicitamente obviou... É claro...