Vampiros - A Máscara
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The Legacy of Darkness - Cap II

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The Legacy of Darkness - Cap II - Página 6 Empty Re: The Legacy of Darkness - Cap II

Mensagem por NightChill Ter Dez 08, 2020 11:38 pm

Quando ouviu a voz, pelo rádio comunicador, requisitando Morgan, e o subtenente agarrar o aparelho e levá-lo à boca, logo após ter escutado a proposta que lhe fizera, sem esboçar uma reação clara, Éric sentiu-se extremamente tenso, não obstante fizesse todo o possível – e estava acostumado a fazê-lo – para não deixar transparecerem sua tensão e sua preocupação. Por alguns instantes, pensou que havia chegado o momento de saltar sobre a jugular do homem e pôr fim a sua existência. Sim. Talvez tivesse que o matar ali e complicar, ainda mais, as coisas naquela noite. Ou talvez pudesse sugar sangue o suficiente do homem, para que ele desmaiasse... e então poderia começar a laçá-lo com seu vitae, a fim de mantê-lo sob controle. Mas nada daquilo foi necessário, naquele momento, ao menos.

Logo, escutou Morgan responder que já estava indo para o local do crime, o que trouxe a Éric algum alívio. Aquilo fora um sinal claro de que o homem estava decidido a escutá-lo – ou poderia ser uma armadilha, conforme ponderou Éric ao ver o homem deixar o rádio no suporte e repousar a mão sobre o coldre da arma. Éric escutou o homem afirmar que seu futuro estava garantido e indagar o que lhe poderia ser oferecido. Nesse instante, o cainita resolveu confiar em sua intuição e concluir que o policial, realmente, estava disposto a negociar sua ajuda. Naquele instante, o vampiro abriu, uma vez mais, seu sorriso largo e felino, enquanto procurava ajustar a gola e as mangas de sua camisa enxarcada, assim como todo o resto de sua roupa, que ele, provavelmente, jogaria no lixo, assim que aquela noite acabasse. Olhou para o relógio uma vez mais e viu adiantado da hora. Não tinha muito mais tempo.

- Ora, Morgan. Eu tenho dinheiro. Posso resolver algum problema urgente que você tenha. Um filho que queira ir para a faculdade. Uma dívida que você tenha. Uma hipoteca que não se paga. E isso pode ser o começo de uma ... – pensou por alguns poucos segundos, enquanto seus olhos se desviavam dos de Morgan. - ... relação proveitosa. Como te disse, eu preciso de alguns favores nesse caso. Posso precisar dos favores de um oficial bem relacionado como você, no futuro, e eu pago bem.

Tirou, devagar, sem alarde, o lenço escarlate do bolso do paletó e procurou secar um pouco o rosto.

- E, dependendo de como essa relação se desenvolva, eu tenho mais a oferecer. Mas aí, a questão torna-se mais séria, mais complexa, ainda que extremamente vantajosa. Muito mais vantajosa do que você pode imaginar. Mas muito. Muito mais complexa do que você pode imaginar, também. – Ali, Éric falava de vitae e de laços de sangue, do abandono da vida como ela tinha sido, até então, para aquele policial; mas aquilo não seria mencionado explicitamente naquela noite. E talvez nunca.

- Mas não me entenda mal: nada aqui é sobre dinheiro. Não sou vazio e superficial a esse ponto. E aposto que você tampouco é. - Provavelmente, pensou, sim, aquele homem era vazio e superficial a ponto de fazer qualquer coisa por dinheiro, como quase todos os homens, como quase todos os Membros, todos sempre desesperados por dinheiro. E, conforme pensou, aquela era uma das razões pela qual Éric se sentia superior a muitos dos demais - o dinheiro, para ele, era, apenas, um instrumento para realizar coisas muito mais importantes, e não um fim em si mesmo. Ele estava além daquele pensamento limitado burguês ou proletário. - Estou propondo um pacto de lealdade, em que nos ajudamos mutuamente, porque temos a capacidade para isso e a boa-fé necessária para isso. - Procurava, com aquelas palavras, enredar o homem em sua narrativa, fazê-lo sentir-se menos sujo por se vender.

- Agora resta saber, Morgan. Você está disposto? E, se sim, do que você precisa?

Dentro de si, Éric esperava ter sido convincente, sedutor o suficiente para colocar aquele homem em suas mãos. Como concluíra havia alguns minutos antes, aquela oportunidade poderia ser vantajosa demais para ele, para ter simplesmente dar um jeito de desaparecer, depois de deixar Patricia no hospital. Com Morgan, conforme pensara, ele poderia ter alguém da polícia que poderia deixar ele e Patricia livres da investigação, impedir que Lerry, aterrorizado por Don Paollo, falasse algo que não devia, e, ao mesmo tempo, poderia ser um caminho para atingir o mafioso. Agora, era uma questão de esperar e ver o que Morgan lhe diria. (Auspícios 2 – Percepção da aura) Aproveitou aquele momento de espera e de relativa calma, para tentar enxergar o que Morgan estava sentindo, ou pensando, de uma forma muito mais complexa e profunda que os olhos de qualquer mortal poderiam enxergar.
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Mensagem por Han Sáb Dez 12, 2020 2:05 pm

Abigail


21h40min

Assim que era alertada, Abigail observava as criaturas rústicas, humanoides e aladas, nos pontos mais altos do prédio. Ela sabia da fama daquelas criaturas e por isso, também sabia que seria necessário um plano para prosseguir. Por sorte, ela não estava sozinha. — Achas que consegue dar conta de um gárgula sozinha? Perguntava o Tremere mascarado. — Não sabemos qual o seu poder e, nem temos tempo para testar. Por favor, não seja vaidosa, o momento é crítico. Enxergo duas manobras. A primeira, cada um cuida de um. Eu e o outro Astor iremos pelos flancos enquanto você cuida do que está ao centro. A segunda, é bem parecida com a primeira, a diferença é que ao invés de você ir sozinha, vai acompanhando um de nós. E no final nós três pegamos o do meio. O outro Astor observava o cenário antes de sugerir uma terceira manobra... — Também podemos usá-la de isca. Ela atrai a atenção deles bem em frente a universidade e nós os emboscamos. O outro discordava, dizendo que a furtividade teria que reger o ataque.

Enquanto um plano de ação era traçado, Abigail estudava o local, de maneira a tirar vantagem do ambiente. Ela corria seus olhos pelas fontes elétricas do local. Procurando de onde vinha o abastecimento do prédio que, ao contrário do resto da cidade, ainda contava com energia. Ela avista um transformador, próximo da edificação. A fiação era passada por debaixo da terra e, com certeza, estava ligada a um painel elétrico dentro do prédio. Ela também aproveitava o tempo que tinha antes da ação para analisar melhor o local. Elevando os seus sentidos a níveis sobrenaturais, a vampira sentia toda a vida dentro do prédio. Os 4 gárgulas que desempenhavam o papel de sentinela eram os mais evidentes. Ela ouvia passos vindos da recepção do prédio. Ouvia a água correndo na tubulação. Ouvia o vento assobiando. Ouvia o ar condicionado ligado, o bater de um teclado de computador,
as sirenes ao longe, pareciam estar dentro de sua cabeça agora. Enfim, Abigail concluía que havia duas pessoas dentro da recepção e os gárgulas acima. — E então Abigail, como pode nos ajudar? Perguntava o Astor, esperando a ancillae decidir qual das opções dadas ela poderia se encaixar melhor.

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Mensagem por Abigail Seg Dez 14, 2020 5:56 pm

— Achas que consegue dar conta de um gárgula sozinha?
- Difícil dizer. Nunca entrei em combate contra uma criatura destas. Nada mais nada menos que a verdade. Eu estaria sendo imprecisa se dissesse qualquer outra coisa que não fosse aquilo.
— Não sabemos qual o seu poder e, nem temos tempo para testar. Por favor, não seja vaidosa, o momento é crítico. Enxergo duas manobras. A primeira, cada um cuida de um. Eu e o outro Astor iremos pelos flancos enquanto você cuida do que está ao centro. A segunda, é bem parecida com a primeira, a diferença é que ao invés de você ir sozinha, vai acompanhando um de nós. E no final nós três pegamos o do meio.
Observando a situação eu pensava:
Não há dúvidas que o plano que mais me agrada é auxiliar um dos Astores. Desta forma liquidaremos rapidamente uma das gárgulas e estaremos em vantagem numérica..
Mas antes de responder eu mergulhava na profundidade paranormal dos meus sentidos. Olfato, audição e visão buscando mapear todo aquele lugar que em breve se tornaria um campo de batalha. Não seria a primeira vez que eu entraria em combate e nem a última. À medida que eu ia mergulhando em meus sentidos meus olhos iam fechando. Era como se eu me entregasse naquele processo.
"Fios que saem do transformador e passam por debaixo da terra... água correndo pela tubulação da estrutura do prédio... passos na recepção... "vida" dentro do prédio..."
Então sou acordada por um deles:
— E então Abigail, como pode nos ajudar?
Com um semblante sério eu respondo fitando ambos astores.
- Posso ajudar informando que são quatro gárgulas! E não três... A última não está em nosso campo de visão, mas é possível senti-la. Há também dois indivíduos na recepção. Se perceberem as gárgulas entrando em combate, eles poderão vir checar o que está acontecendo.
Após uma pequena pausa continuo:
- Ao meu ver o melhor caminho é auxilar um de vocês dois, aumentando a certeza de abate imediato de uma das gárgulas. Desta forma, quando as demais gárgulas perceberem o movimento, estaremos em igualdade de número. Três contra três. Três contra dois, na melhor das hipóteses, se o segundo Astor conseguir abater também, de imediato, a segunda gárgula. Mas basta qualquer ruído para termos mais dois inimigos.

Como primeiro ato concentro-me no poder da Linha do Sangue. Executando a Taumaturgia como tinha sido ensinada, faço a minha geração descer, tornando-me temporariamente mais próxima de Cain. - Potência do Sangue -
Em seguida verifico qual dos Astores solicitaria que eu o seguisse. E então, ao seu sinal iniciaria o ataque à mesma gárgula que ele: - Sedução das chamas 4 -
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Mensagem por Han Qua Dez 16, 2020 12:01 pm

Éric de Coligny


4h15min

Morgan ouviu atentamente tudo o que Éric dizia. Ele analisava meio duvidoso aquela proposta surreal e criava coragem para atender seus impulsos mais íntimos e aceitar aquela aliança improvável. Enquanto falava, o vampiro aproveitava aquele momento para ler a aura do oficial. Seu olhar se concentrava na figura do subtenente e aos poucos um mundo invisível se abria para o vampiro. Uma aura brilhante envolvia todo o corpo do policial e, na medida que o Toreador focava sua visão naquela aura, ela ia ganhando cor. Um verde escuro envolvia o corpo de Morgan, o que sugeria que ele agora estava sendo movido por um sentimento de inveja...

— Bem... Eu estou prestes a me aposentar e, falta muito pouco para que eu suba de cargo antes disso. Isso seria muito bom, já que iria garantir um salário bem melhor para minha aposentadoria. Tenho certeza que se acontecesse alguma coisa com o Capitão, eu seria indicado para o cargo no lugar dele. Sabe, o capitão é um bom homem mas, ele está internado por causa de um câncer terminal... Entende? Já acabou pra ele. Não tem mais esperanças... Talvez no pensamento aquela ideia não soou tão absurda quanto soou ao sair de sua boca. Morgan hesitava em concluir o pedido que fazia ao vampiro mas, também não demonstrava arrependimento. Afinal, não dá para voltar a palavra dita para dentro da boca.

Um silêncio ensurdecedor preenchia a atmosfera do carro. Trovões fracos indicavam que a tempestade agora já estava em outra região. A chuva era tão fraca que o oficial até se atreveu a abrir o vidro de sua janela. Ele parecia tenso e necessitado de ar fresco. Aquele nervosismo que acometeu Éric segundos atrás, agora torturava Morgan. Sua mão ainda estava sobre a arma. Com o dedo, ele desabotoava o coldre deixando a arma livre. Ele prendia novamente e depois tornava a abrir. Aquele clique do botão metálico parecia prazeroso para ele. Talvez fosse um tique nervoso ou talvez ele estava pensando em explodir a cabeça do vampiro caso o mesmo se opusesse ao pedido macabro do oficial. Morgan não podia deixar que ninguém soubesse daquela conversa. Um vento agradável soprava dentro da viatura. Era mais agradável para Morgan do que para Éric que, ainda estava com as roupas encharcadas.

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Mensagem por NightChill Qua Dez 16, 2020 5:26 pm

Éric observava as cores formando-se ao redor de Morgan, evidenciando sua aura, que denunciava um dos sentimentos mais antigos do homem: a inveja. Sim. Afinal, não havia sido a inveja que havia movido Caim a matar Abel, ao ver que Deus havia privilegiado as oferendas deste em detrimento daquele? Éric conhecia bem a inveja e sabia a força que ela poderia se revelar diante das circunstâncias corretas. Enquanto fazia sua visão voltar ao normal, escutou atentamente as palavras de Morgan, uma a uma, saboreando-as, conforme percebia que o homem havia cedido e, agora, negociava seu futuro. Logo, ficou claro para Éric a quem a inveja se relacionava: ao moribundo Capitão. E, logo, ficava evidenciado o pedido de Morgan, que, apesar de não o dizer expressamente, pedia a Éric que matasse o homem, que o próprio Morgan afirmava ser um homem bom.

Éric permitiu que o silêncio ensurdecedor se prolongasse tempo o bastante para refletir sobre o pedido e deixar que o homem sofresse um pouco as suas consequências. Observou, com certo prazer, como ele movia, nervosa e repetidamente, os dedos sobre o coldre da arma, possivelmente quase sem se dar conta. Éric, então, suspirou uma vez mais, fazendo-se o mais humano possível, e, com seu sorriso característico no rosto e com seu forte sotaque britânico, enunciou:

- Morgan, Morgan, Morgan. – Olhou-o diretamente, agora. – Não se torture com culpa ou remorso. Estamos dizendo, um ao outro, o que queremos, o que precisamos, e eu tenho certeza de que vamos chegar a um acordo. Não estou aqui para te julgar – e acredite em mim, não existe nada mais baixo que julgar alguém por suas necessidades. Estamos aqui para nos ajudar, correto? – Dizendo isso, sentiu o vento frio entrar pela janela do carro e soprar sobre suas roupas enxarcadas, sobre seu cabelo ensopado, que gotejava; contudo procurou afastar o incômodo e avançar com a questão. – Eu cuidarei do Capitão para você. Apenas me dê seu telefone, diga o nome dele e onde ele está, e te ajudarei. Ajudarei a ele, também. A vida não vale a pena a qualquer custo. – Ditas essas palavras, sorriu um pouco mais, maliciosamente, e se ajeitou no banco do carro, deixando o corpo ereto, virando-o para o policial. Inconscientemente, até, mostrava, por meio da linguagem corporal, o interesse que tinha no que iria dizer.

- Agora que eu sei o que você precisa, é a minha vez: o irmão de minha associada, aquela que está no hospital, decidiu fugir de barco com a filha de Don Paollo – tenho certeza que você sabe de quem estou falando. Para tentar resolver a questão de forma pacífica, fui até o porto, com minha associada, onde conhecemos Lerry, um segurança, que nos deu acesso às docas. Uma vez encontrado o casal, fomos surpreendidos por Don Paollo e um capanga, que haviam rendido Lerry. Don Paollo, irracional e paranoico, matou seu próprio capanga, o irmão de minha associada e atirou no peito dela. Ele, também, coagiu Lerry a dizer que fui eu quem assassinou aquelas pessoas. Quando eu estava saindo do porto, ajudando minha associada, te encontrei. – Éric tentou, uma vez mais, ajustar as mangas de sua camisa e do paletó e o colarinho de ambos, sem sucesso, e deixou de sorrir. – O que eu preciso imediatamente: como adiantei, eu e minha associada precisamos estar livres de qualquer investigação, sobretudo de qualquer testemunho, principalmente desse Lerry. E não estou pedindo nada demais: somos apenas vítimas desse homem cruel e insensato. Além disso, eu preciso me vingar. Quero atingir Paollo. Ele ou sua família, onde doa mais. Mas veja bem: a vingança é secundária. O principal é que eu e minha associada estejamos livres de preocupações. Como te disse, uma pessoa como eu não pode se permitir estar envolvida em nada do tipo.

Após dizer essas palavras, Éric estendeu a mão ao homem.

- Temos um acordo? Acredito que você vai ter uma ótima aposentadoria, principalmente se nossa transação render bons frutos. - Ao concluir, retomou seu sorriso, mantendo sua atenção ao policial.

Conseguindo o acordo com Morgan, Éric deixará o carro do policial, esperará que ele se vá e ligará para Howard Thompson, seu carniçal:

- Thompson, estou te enviando minha localização. Imagino que você esteja próximo. Venha me buscar e vamos para casa. Já está tarde, estou cansado, frustrado e com fome.
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Mensagem por Han Sex Dez 18, 2020 3:47 pm

Abigail


22h

Cautelosa que era, Abigail decide ir pelo lado mais seguro. Seguir um dos Astores e ajudá-lo em um ataque massivo contra o gárgulas soava como a melhor opção. Dessa maneira, os números ficariam mais equivalentes para os próximos passos daquela batalha. Antes de avançar, a Tremere compartilhava as informações colhidas com seus poderes extra sensoriais. Num tom humilde, o Astor a respondia: — Sim, também percebermos. Abigail se preparava para a batalha, invocando um dos poderes mais cobiçados fora do clã, a potência do sangue. Esse poder é conhecido e temido por proporcionar aos seus usuários a experiência de baixar suas gerações temporariamente. O que pode ser útil em varias situações. A ancillae conseguia chegar um passo mais perto de Caim com esse poder.

Assim que o Astor a sua esquerda dava o "sinal verde", ambos levitaram na direção do Gárgula a esquerda, coberto pelo manto da ofuscação. Enquanto isso, o outro seguia para direita, usando o mesmo artifício. Abigail e o Astor que ela seguia paravam a alguns metros da cabeça do Gárgula que, não percebia que sua vida estava prestes a ser ceifada pelos dois Tremeres. Abigail decide usar o fogo para expurgar aquela pobre criatura para as profundezas do inferno. Fazia algum tempo que ela não precisava usar aquele poder, por isso, precisou se aproximar mais para que seu ataque tivesse sucesso. A vampira descia no ar até ficar nas costas da criatura, porém, sem encostar os pés no chão. Uma sugestão do Astor. Ela concentrava o seu sangue para criar chamas infernais que saíam de sua mão como um dragão cuspindo fogo. Um clarão iluminava o telhado da universidade, seguido de um urro de dor do Gárgula. O som que saía de sua garganta era grave e potente. Um rugir de leão parecia um simples miar de um gato doméstico se comparado com aquele som. A criatura se virava para trás instintivamente, procurando pelo seu agressor e, seus olhos frios cruzavam com os olhos da vampira que refletia o fogo que consumia a sua vida.

Aquele ataque por si só já debilitou bastante o escravo mas, não foi o suficiente para o derrubar de uma vez. A criatura cinzenta e grande erguia o seu braço direito para deferir um ataque contra Abigail. Sua face era monstruosa e suas presas eram maiores do que as de um vampiro comum. Seu corpo era grande e musculoso e, suas asas se abriam o deixando maior e mais ameaçador. Mas antes que ele pudesse ter a chance de atingir a vampira, era atingido por outro ataque, dessa vez fatal. Como um vulto, o Astor acima de Abigail descia e passava pela imagem do Gárgula. A cabeça do escravo deslizava vagarosamente sobre o seu pescoço até cair ao chão. O corpo escultural da criatura caía de joelhos diante da vampira e depois de bruços sobre o telhado. Ao cair, ele revelava a imagem do Astor de costas, segurando uma espada ligeiramente suja com o sangue do Gárgula. O Tremerem se virava de frente e vagarosamente caminhava para perto de Abigail. A velocidade dos seus passos não era uma dramatização, estava mais ligado a furtividade. — Belo ataque, porém, chamou toda a atenção para nós. Perdemos o fator surpresa. Sem falar que você correu um grande risco de sucumbir ao medo vermelho.


Enquanto o Astor passava o sermão, atrás dele um vulto descia dos céus rapidamente, num mergulho mortal e, antes que Abigail pudesse avisá-lo ou ele pudesse prever, garras cravavam fundo em seus ombros e, o erguia para os céus. Era outro Gárgula. O ataque surpresa deu muita vantagem ao Gárgula. Além de estar preso pelas patas inferiores do Gárgula, o Astor sofria ataques de mordidas no ar. Ele lutava bravamente pela sua vida mas, nitidamente a vantagem era do escravo monstruoso. O Gárgula subia alto e a silhueta dos dois se transformavam em um vulto sombrio, em um fundo de nuvens que escondiam as estrelas do céu. Abigail precisava agir rápido. Ela precisava tomar uma decisão. A cada segundo que passava, o cenário ficava mais perigoso. Um barulho de algo cortando o vento vinha de trás. A sensação de perigo lhe percorria a coluna. Ela se virava e via o quarto Gárgula vindo em sua direção. Ele estava distante, apesar de veloz. Talvez ela conseguisse fazer pelo menos uma ação antes que ele a alcançasse.

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Mensagem por Han Sáb Dez 19, 2020 12:05 pm

Éric de Coligny


20h

As palavras certas eram amigas do vampiro que, consolava o oficial e deixava o seu fardo mais leve. Sem dizer uma palavra,  Morgan apenas assentia com a cabeça. Éric concordava com o pedido hediondo do policial e, concluía pedindo informações sobre o caso, como o endereço do hospital e o nome do Capitão. — Sam... Samuel Smtih. Ele tá na UTI do Community Memorial Hospital. Éric memorizava aquelas informações enquanto memorizava o nome do hospital e do paciente. Agora era a hora de falar o seu preço. Éric contava toda a história para Morgan, de uma perspectiva que fazia com que ele fosse vítima na história. De fato, ele não foi o vilão da noite mas, ficar fora da investigação era inimaginável. Ele esteve lá e, pessoas afirmam isso. O pedido do vampiro não era dos mais fáceis para o Subtenente. Lerry certamente já havia dado seu depoimento. As filmagens já devem ter sido encaminhadas para averiguação. Enfim, O pedido de Éric era tão delicado quanto o do Oficial.

Como alguém que vende a alma para o diabo, Morgan apertava a mão molhada e fria do vampiro que, deixava escapar um sorriso doentio. — Ok, temos um acordo. Acredito que até amanhã as duas partes já cumpriram os seus deveres nesse acordo, estou certo? A conversa chegava ao fim e Éric descia da viatura. Morgan seguia para o local do crime, atendendo o chamado do seu subordinado. O que será que ele irá fazer para dar ao vampiro o que ele precisa? Éric se perguntava. Enquanto sua imaginação fluía nas várias possibilidades, o Toreador sacava seu smartphone e ligava para seu lacaio que, prontamente atendia o pedido de seu regente. 20 minutos depois, Thompson encostava o carro diante de Éric que, embarcava.

[...]

Noite seguinte...

Éric abria os olhos em sua cama confortável. Suas roupas estavam secas assim como o seu corpo. Aquela sensação sentida poucas horas depois da difícil noite anterior lhe trazia um certo alívio fútil. Mais importante para os membros do clã da rosa do que para a maioria dos clãs. Mas diferente da noite anterior, ele agora estava um pouco mais faminto. Nada que o levaria a perder o controle de suas ações. Dificilmente isso aconteceria nesse estado mas, a fome estava ali, presente e incômoda.

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Última edição por Haminods em Seg Dez 21, 2020 12:39 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Abigail Sáb Dez 19, 2020 6:30 pm

— Sim, também percebermos.
Humm... interessante. Eles parecem realmente saber o que estão fazendo!

O ataque enfim começaria. Sorrateiramente aproximo-me e uso meu sangue para dar vida ao fogo, fazendo-o surgir em minha mão direita e então despejo toda aquela pura energia na pobre criatura. Um sorriso emana do meu rosto enquanto eu assisto as chamas consumindo a carne da gárgula. Com um sorriso triunfante e cheia de confiança acreditava que aquilo seria suficiente para neutralizar a gárgula. Mas para a minha surpresa o fogo não causava ferimentos suficientes pra tirá-la de combate. E aos poucos meu sorriso se desfazia.

A criatura cinzenta e grande erguia o seu braço direito para deferir um ataque contra Abigail. Sua face era monstruosa e suas presas eram maiores do que as de um vampiro comum. Seu corpo era grande e musculoso e, suas asas se abriam o deixando maior e mais ameaçador.
Um semblante de preocupação e medo toma meu rosto.
Merda! Eu achei que... ai caramba, isso vai doer!
Eu semi cerrava os olhos enquanto tentava inutilmente me proteger do ataque. Mas por sorte algo inesperado acontecia. Quando vejo que o ataque não tinha acontecido, percebo que aquele Astor havia dado o golpe de misericórdia.
Uhh que alívio!

— Belo ataque, porém, chamou toda a atenção para nós. Perdemos o fator surpresa. Sem falar que você correu um grande risco de sucumbir ao medo vermelho.
Fico envergonhada. Havia verdades naquelas palavras. Mas por outro lado, apenas mentalmente eu o contestava.
- Ok, mas eu não sou uma ninja como você. Talvez eu devesse ter ficado para resolver meus outros assuntos que estão pendentes. Não sou perita em combate. Fui treinada para liderar e não para ser parte da força de frente de um ataque. Isso é perícia de vocês, não minha...

Então o sermão e meu devaneio é interrompido por um ataque surpresa. Eu tentava avisar: - Cuid... Tarde demais! O inimigo saía voando com o Astor em suas garras, levando-o ao céu em um ataque mortal. Ao mesmo tempo eu percebia outro perigo se aproximando. Uma quarta Gárgula vinha voando em minha direção. A situação do campo de batalha caminhava perigosamente a nosso desfavor.

Merda! Isso de fato está ficando perigoso! Preciso agir rápido ou esse astor irá morrer e o mesmo poderá acontecer a mim e ao outro! Mas que droga! Achei que eles fossem peritos nisso...
Após analisar a situação penso numa saída bastante ousada, mas que talvez poderia funcionar.
Por Cain! Não acredito que eu estou pensando nisso! Abigail, você é louca! Tem noção do que está para fazer? Dou mais uma olhada para a gárgula que vinha e para o Astor sendo mordido e carregado para a morte final.
Mas não tem jeito. No desespero é a única coisa na qual consigo pensar agora!

Olhando para a gárgula que vinha em minha direção eu deixo minhas presas saltarem e solto um erro pavoroso.
- Uaaaaaaaaaaaah!! - Presença 2 -
Mas eu não fico ali parada esperando para ver se ela irá se acovardar ou não. Concentro a minha mente e faço meu corpo "voar" o mais rápido que eu conseguia até a gárgula que havia pego o Astor, e salto às costas da gárgula. Por uma fração de segundo fecho meus olhos e concentro a vitae dotando meu corpo de uma força sobrenatural. (+ 4 Força) Seguro com minha mão direita na asa direita da gárgula e com minha mão esquerda apanho sua asa esquerda, enquanto ao mesmo tempo apoio meus pés em suas costas. Utilizo minha força para tentar arrancar as asas da gárgula. Caso eu não consigo eu apenas a seguro firmemente fazendo com que ela perca a força de voo. E enquanto isso acontece eu inicio uma espetacular, mas necessária infração à máscara. Linha do Sangue 4 - Furto de Vitae
Enquanto nós três caímos do céu eu furto um pouco da força vital daquela gárgula, de modo que ao mesmo tempo que ela se tornava um pouco mais fraca, eu me tornava um pouco mais forte.
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Mensagem por Han Dom Dez 20, 2020 5:01 pm

Abigail

22h15min


Num mergulho mortal, o Gárgula descia dos céus em direção a Abigail. Suas mãos estavam estendidas em posição de agarrar. Seus caninos estavam expostos afim de intimidar a vampira. Seu olhar era demoníaco. Suas asas faziam um zumbido ao entrar em atrito com a atmosfera. Ele emitia um som estridente e perturbador. Abigail não tinha tempo para uma manobra mais elaborada, ela apostava suas fichas na besta que vivia dentro de sua alma. Ela invocava tal entidade que, se mostrava através do belo rosto da vampira. O gárgula via a própria besta nos olhos de Abigail e, imediatamente cessava o seu ataque. Seu semblante, ora ameaçador, agora transbordava desespero, medo, horror. Suas asas se abriam contra o vento, interrompendo o mergulho na direção da vampira e mudando de direção, fugindo desesperadamente... Aquele problema havia sido resolvido pelo menos por hora, tendo em vista que a presença só dura enquanto o alvo observa o usuário do poder.

Temporariamente fora de perigo, Abigail levita o seu corpo usando a magia do sangue. Com a cabeça erguida, ela via e ouvia o Astor e o Gárgula que lutavam nos céus negros de Las Vegas. Eles não estavam muito longe e, estavam parados no ar — Um tentando matar o outro — atrelados em uma luta cinematográfica. Abigail ouvia o Gárgula soltar um urro que parecia de dor pouco antes dela alcançar ambos. O Astor não parecia estar se saindo tão mal. Por trás do Gárgula, Abigail surgia como um fator surpresa. Ela segurava na base das asas do Gárgula, afim de arranca-las. Ela usava seus pés como ponto de apoio para poder puxar com mais efetividade. Porém, ela não teve força o suficiente para tal feito. As asas desciam se opondo ao movimento dos braços da vampira, com demasiada força. A Ancillae logo sente a força daquela criatura que, não sofreu nem um pouco com o seu ataque surpresa. Agora, a Tremere era parte daquela luta e, teria que ir até o fim.

Testes:

Status:

Off: Como teve mais ações que o permitido por turno, eu considerei a ordem cronológica em que você as declarou. Descartando a excedente (furto de vitae).

O mesmo apliquei ao gasto de sangue que, excedeu o limite estipulado pela geração (4). Você usou 4 para força, 1 para ativar movimento da mente e 1 para furto de vitae (que já foi descartada). Totalizando 6. Por critério de relevância, tomei a liberdade de diminuir 1 dos 4 gastos em força.
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Mensagem por Abigail Seg Dez 21, 2020 10:57 am

Um sorriso de satisfação surge no meu rosto ao ver a Gárgula fugindo do terror que ela havia visto em minha face. Feito isso, alço vôo e rapidamente vou até o Astor que estava em combate. A gárgula se mostrava mais resistente do que eu havia suposto. Então mudo meu planos. Apenas seguro em suas asas, evitando que ela usasse as asas a seu favor e, com isso, perdesse o equilíbrio. Sem poder bater as asas eu acreditava que ela perderia muito do equilíbrio e tenderia a cair ao chão. Simultaneamente a isso começo a beber da Gárgula para repor minhas reservas. - Linha do Sangue 4 -
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Mensagem por Han Seg Dez 21, 2020 12:38 pm

Abigail


22h30min


Apesar de não conseguir arrancar as asas do escravo, só pelo fato de você estar se apoiando nas costas do Gárgula já contribui para que o mesmo não consiga se manter no ar pois, o peso do Astor, somado ao seu, excede a capacidade de suporte do voo do Gárgula. Progressivamente, os três vão caindo rumo ao telhado da universidade. No trajeto, você aproveita para usar a magia do sangue para extrair o precioso vitae que corria nas veias daquele monstro cinzento.  Da pele grosseira daquela criatura, uma nuvem vermelha nascia e misticamente seguia na direção do seu corpo, ignorando o movimento de queda que, poderia muito bem dispersar tal nuvem. Seu corpo absorve aquela nuvem rubra, fazendo você se sentir mais forte.

Simultaneamente, o Gárgula deferia mais um ataque contra o Astor, cravando suas presas enormes no ombro do mesmo. Você escuta nitidamente o momento em que os dentes do Gárgula rasga a carne do seu companheiro de luta e, quebra o osso da sua clavícula. O sangue dele respinga na sua face. O cheiro doce daquela vitae invade as suas narinas. Você se lembra da experiência que teve ao experimentar o sangue de Antônio. Um grito de dor te traz de volta para a realidade. Novamente o Gárgula urrava de dor. Você não percebe nenhum ataque físico vindo por parte do Astor e, você também não havia o feito. A única coisa que você sente, é um aumento de temperatura repentino e intenso no corpo do Gárgula.

O prédio está perigosamente próximo e um segundo antes do impacto, você para seu corpo no ar usufruindo da manipulação da gravidade que ignorava sua massa corporal. Sem muito a se fazer, Astor e Gárgula atingem o teto do prédio com violência. Uma rachadura se abre na estrutura, partindo do ponto em que ambos se encontravam. Uma nuvem de poeira, momentaneamente te impede de ver o que havia acontecido com eles. Aos poucos, o vento afastava a poeira e enfim você pode observar com mais atenção.

Abaixo de você, jazia o corpo do Gárgula. Do lado dele, o Astor que, por um segundo você pensa ter tido o mesmo destino do escravo. Porém, um movimento lento e doloroso dos seus braços, tentando arrastar todo o corpo, indicava que ele ainda estava vivo, apesar de nitidamente muito debilitado.

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Mensagem por Abigail Seg Dez 21, 2020 1:31 pm

Depois daquela bagunça toda observo a poeira baixar. Enquanto isso observo 360º à minha volta. Instintivamente procuro tomar ciência de duas situações:
Onde está a Gargula que afugentei? E onde está o outro Astor?
Quando a poeira baixa eu vejo que o Astor está bastante ferido. Observo o ambiente à nossa volta. A batalha ainda não havia acabado. Eu precisaria de mais sangue. Beberia o restante daquela gárgula até secar. Mas para isso primeiro me certificaria da situação. Constatando que é seguro, eu bebo.

Obs1: Auspícius para checar a situação à minha volta.
Obs2: Caso Abigail identifique potencial nova ameaça, ela não irá beber e irá agir de acordo com a nova situação.
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Mensagem por Han Ter Dez 22, 2020 6:14 pm

Abigail


22h40min

Olhando em volta, você sente uma paz momentânea. Mas você sabe que o perigo ainda não havia sido neutralizado, era apenas uma pausa na luta, como os intervalos entre os rounds, de uma luta de boxe. Você aproveita aquele precioso momento para se alimentar e encher as suas reservas pois, irá precisar disso num futuro breve. Mas para sua decepção, a fonte que escolheu estava completamente seca. Por que será? você pensa tentando chegar a alguma conclusão.

O Astor chega sorrateiramente ao seu lado, segurando a cabeça do outro Gárgula. Você não é pega de surpresa, pois previu sua chegada. Ele joga a cabeça no chão e se dirige ao seu amigo. — Temos que esconder ele em um local seguro. Ele parecia refletir sobre o que acabara de dizer... — Vamos abortar a missão. Não dá para deixar ele seguro nesse lugar. Aquelas palavras atinge você como um balde de água fria. Sangue já havia sido derramado. A presença de vocês com certeza já foi detectada e, Antônio logo saberá disso. Que medidas ele irá tomar a respeito? O que irá fazer com Mag? Você tenta argumentar mas, o Astor parece irredutível. Para ele a prioridade era manter o seu companheiro a salvo. E aí, você seguirá ele de volta para o refúgio, perdendo assim todo o progresso conquistado até ali? Ou seguirá sozinha? Sua cabeça fervilha com a pressão da escolha.

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Mensagem por Ethan Wood Ter Dez 22, 2020 10:36 pm

Cassidy escreveu:- Bom... Agora entendo o seu mistério quanto a sua profissão. Sua profissão é muito importante para o nosso país, Ethan... Se é que esse seja seu verdadeiro nome.

- Acredite... – Responde, sorrindo. – Se fosse escolher um nome falso, Ethan estaria no final da lista. Digamos que o meu gosto e o da minha mãe são um pouco... diferentes.

A linguagem corporal de Cassidy mostrava-se mais aberta do que antes. Inicialmente desconfiada, a médica parecia encontrar um sentido para a urgência de Ethan – e tal sentido seria útil para o vampiro, mesmo que estivesse distante das reais razões de tê-la chamado.

Cassidy escreveu:- Mas não se preocupe, não precisa me dizer nada... Eu assisti muitos filmes policiais.

Utilizando novamente o sorriso como resposta, Ethan estica os dedos indicador e médio e retrai o anelar e o dedo mínimo, simulando uma arma. Em seguida, emite dois ruídos com a boca, como se fossem disparos, mexendo a mão em forma de arma simultaneamente. Se a piada de Cassidy era ruim, o senso de humor do Giovanni era pior ainda.

Cassidy escreveu:- Me fale o local e o horário. Quero ajudar nossa cidade nisso.

- Ah, Cassidy... Não sabe como é importante saber que está a meu lado. – Envolve a mulher num abraço terno, não demorando tanto tempo para que ela não reparasse na temperatura gélida de sua pele. Poderia usar o frio da noite a seu favor, caso isso acontecesse.  – Pensei em começar bem cedo, em torno das seis da manhã. Sei que é pedir demais, mas se alguma atividade ilegal acontecer ali, será em horários menos visados.

Coloca-se de pé, caminhando até um móvel baixo presente no escritório e apoiando o corpo no mesmo em seguida. Cruza os braços e volta a encarar Cassidy, atento à forma com que ela recebia suas orientações.

- Não é um trabalho arriscado, mas convocarei uma pessoa para ajudá-la. A cada movimentação suspeita que você perceber, pode enviar mensagens de texto ou até mesmo evidências fotográficas pelo aplicativo de mensagens. – Levanta a mão direita, que segurava o celular.  – Nos encontramos as sete horas aqui em sua casa, ou em algum outro lugar de sua preferência. O que acha?

Aguarda a resposta de Cassidy para encerrar aquela conversa e partir para a segunda etapa de seu plano: ir até o Rock & Reilly’s Irish Pub conversar com o bartender Rian.
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Mensagem por NightChill Qua Dez 23, 2020 11:09 pm

- Cumprirei minha parte do acordo amanhã à noite e entrarei em contato. – Disse Éric a Morgan, deixando o carro e ganhando, uma vez mais, a chuva forte que caía sobre a cidade. Afastou-se um pouco, vendo a viatura sair dali e aguardou seu próprio carro, guiado pelo carniçal Howard Thompson. Os 20 minutos que demoraram entre a ligação de Éric para Howard e a chegada deste pareceram-lhe horas. Em sua cabeça, passavam mil pensamentos em diversas velocidades. Muito havia ocorrido naquela noite. Sua alma estava inquieta e a inquietação aumentava, em decorrência da fome, que começava a se manifestar de forma mais incômoda.

Adentrou o carro em silêncio. Sentou-se, ensopado, cansado, frustrado, confuso, preocupado, irritado. Olhou no olhos de Thompson, pelo retrovisor, e contemplou por alguns segundos.

- Vamos para casa, Thompson. – Disse após um longo e inútil suspiro.

Tirou seu celular do bolso e, conectando-o ao aparelho de som do carro, escolheu um tema que lhe refletisse seu espírito e submergiu em seu mundo interior, escuro e frio.



Apoiou a cabeça molhada no vidro do carro e deixou seus olhos perdidos sobre a rua, as luzes, as pessoas, que passavam rapidamente, mas sem fixar sua visão em nenhuma daquelas coisas. Estava longe dali. Estava dentro de si. Não mais se esforçava para parecer vivo. Não respirava, não piscava. Era, apenas, um corpo.

Relembrava a noite, que iniciara triunfal e tão cheia de possibilidades e que agora terminava de forma trágica e incerta. Não podia afastar de si a raiva e até mesmo o remorso, por ter colocado Patricia entre a vida e a morte e provocado a morte desnecessária de Pietro e de Chuck. Sabia que a culpa não era exclusivamente sua, que Don Paollo era quem havia, afinal, realizado os disparos. Contudo, haviam sido suas ações, suas decisões, que, de uma forma ou de outra, haviam contribuído para criar as situações que levaram àquele desastre. Estava pronto para Los Angeles? Mortes. Mortes. E, agora, comprometera-se a matar um moribundo, a fim de cumprir sua parte em um acordo.

Ao mesmo tempo que a promessa de morte lhe causava algum repúdio, sentia que, em seu peito, crescia a vontade de matar. Não especificamente Samuel Smith, mas sim Don Paollo. Sentia vontade de matá-lo, de esquartejá-lo lentamente, mas talvez aquilo não fosse suficiente para aplacar o ódio que aquele homem havia feito nascer em si. Imaginou, então, que o atingiria mais dolorosamente se matasse Wendy. Ou talvez pudesse fazer algo mais impiedoso. Torná-la sua escrava. Sua escrava de sangue, como havia começado a fazer com Patricia, como havia feito com Thompson. Sentiu, então, naquele momento, que se afastava de sua essência humana e avançava no sombrio caminho – e talvez inevitável – de se tornar uma Besta. Angustiou-se. O que estava fazendo, afinal?

Após vários minutos remoendo seus sentimentos negativos sobre tudo, sobre todos e sobre si, conseguiu acalmar-se. Sim. Estava pronto para Los Angeles, concluiu.

- “Não te acovardes diante de tuas ações! Não as repudies depois de consumadas! O remorso da consciência é indecente”. – Disse em voz alta, ainda que dirigisse aquela citação de Nietzsche para si mesmo, apenas.

Dentro do possível, triunfara naquela noite. Conseguira a aprovação de Kingsley para seus planos. Conseguira, provavelmente, minimizar os riscos e contratempos de uma investigação policial – ao menos dentro do que poderia ter feito naquela noite. Com relação a Patricia, salvara-a da morte certa e, dar-lhe o sangue, torná-la uma carniçal, não era escravidão, muito menos uma maldição. Era dar-lhe a vida eterna, sem tirar-lhe a possibilidade de caminhar sob a luz do sol. Era uma benção, uma dádiva que ele havia concedido a ela naquela noite, ainda que não houvesse sido da forma que ele havia imaginado. Pietro e Chuck eram irrelevantes para ele, e ainda assim, ele fizera o possível para preservá-los; mas coisas ruins acontecem a todos, e Éric não poderia pretender controlar o mundo a sua volta. Não era hora para remorsos. O remorso, concluiu, era baixo demais para alguém como ele.

Ponderou, também, que conseguira realizar todas aquelas coisas sem colocar em risco a Máscara, e talvez aquilo fosse o mais admirável. Encheu o peito com orgulho e tratou de convencer-se, uma vez mais, do quão extraordinário ele era. De que, sim, era uma espécie de deus entre os mortais. Apenas não era um deus alegadamente perfeito, distante e insosso como o deus judaico-cristão. Era como Dionísio – passional, criativo e potencialmente destrutivo. E o que ele pudesse criar ao seu redor seria criado – a arte, a vida, o prazer, o entorpecimento e a mais bela visão. E o que tivesse que perecer ao seu redor pereceria e seria destruído, sem culpa e sem remorso.

- Howard, as coisas mudaram muito esta noite. – Disse ao carniçal. – Você terá um dia cheio amanhã. Patricia foi baleada e está internada. A primeira coisa que fará será ir vê-la. Consiga para ela tudo o que ela precisar e garanta que ela esteja bem cuidada e faça-a entender que eu estou cuidando dela. E quero vê-la o quanto antes. Se, por algum acaso, ela estiver em condições de sair do hospital até o início da noite, traga-a para mim. – Conforme dizia essas palavras, passava a ponta do dedo pelo vidro frio do carro, deslizando-a lentamente. – Em seguida – e isso também é muito importante –, vou precisar de duas identidades. Uma, como havia lhe dito, será a de Athos Grey, e essa usarei quando formos para Los Angeles. A segunda, não me importa o nome. Vou usá-la apenas uma vez, provavelmente, amanhã.

Éric esperava que, com aquelas instruções, que o carniçal pudesse, durante o dia, resolver aquelas questões tão prementes, de forma que ele, à noite, pudesse cuidar do resto. Agora, porém, desejava, apenas, descansar. Não faltava muito para o amanhecer, e Éric sentia isso em seu corpo, que, a cada minuto mais, fazia-o ansiar pela proteção de seu refúgio e pelo torpor.

Ao chegar ao seu apartamento, despiu-se e jogou as roupas arruinadas, dando a Thompson a instrução de que as queimasse e fosse dormir. Dirigiu-se para o banheiro e lavou-se sem pressa, como se quisesse livrar-se dos resquícios da noite em si. Secou-se, caminhou nu até sua cama e adormeceu.

[...]

Abriu os olhos e, após alguns instantes, colocou seu corpo morto em movimento. Levantou-se devagar e lavou-se, uma vez mais. Procurava manter certos rituais de higiene e de limpeza como forma de manter vivo seu lado humano, como estratégia para manter-se a salvo da Besta. Sentia fome. Deslizou as mãos pelo peito e pela barriga, olhando-se diante do espelho, sentindo a Besta e a fome dentro de si, e tentou amigar-se com elas. Naquela noite, talvez, satisfizesse as duas. Caminhou até seu armário e vestiu seu roupão persa, que mais parecia uma toga do meio-oriente, que lhe cobria parcialmente, apenas. Olhou-se por alguns instantes mais no espelho.

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Caminhou até a porta de seu quarto, abriu-a e chamou:

- Thompson! As roupas e as novidades.
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Mensagem por Abigail Qui Dez 24, 2020 11:00 am

- Droga... afirmava quase que mentalmente frustrada com a fonte de sangue sem vitae. Precisava repor minha reserva para uma nova luta que se iniciaria a qualquer instante. O segundo Astor chegava com a cabeça de outro gárgula. Olho para ele o cumprimento num sinal afirmativo, sem dizer uma palavra, como que feliz por ver que ele tinha vencido a luta.

Este segundo Astor se saiu melhor que este outro que lutou comigo... eu pensava.
— Temos que esconder ele em um local seguro. Ele parecia refletir sobre o que acabara de dizer... — Vamos abortar a missão. Não dá para deixar ele seguro nesse lugar.
Por um instante fico sem nada dizer. Refletindo sobre o que aquele Astor tinha falado. Meu desejo de chegar até Antônio era ardente. Uma luta interna entre emoção e razão começava. A emoção queria ir para cima de Antonio e queria ir agora e para o inferno com o resto. Mas a razão refreava esses pensamentos, contrabalanceando.
Mal conseguimos passar pelos gárgulas. Imagina o que encontraremos pela frente? Neófitos e Aprendizes Tremeres fiéis a Antônio tentarão nos impedir a todo custo acreditando que estão lutando por uma causa legítima. Eu acho que esses astores cometeram um erro... Substimaram as defesas de Antônio. E olha que Antonio nem entrou em cena ainda. Se quase morremos para alguns gárgulas, imagina se o próprio Antonio estivesse aqui? Eles deviam ter vindo em maior número, até porque eu não fazia parte dos planos inicialmente. Se eu não estivesse aqui, esse astor poderia ter morrido...

Mas aí as imagens de Mag vem à minha mente. Vejo ela sorrindo. Vejo os momentos felizes que tivemos. Viro as costas para os astores e agachada na posição de cocoras próximo à cabeça daquela gárgula horrenda tento segurar as lágrimas que querem sair e o meu peito aperta em uma angústia sem fim. Mag precisava de mim, a vida dela estava em risco. Mas eu não tinha o poder para salvá-la, para enfrentar a capela toda sozinha. Eu parecia poderosa, mas não era assim tão poderosa. E a luta contra as gárgulas mostrara isso. Não só aquele astor, eu também tive dificuldade para liquidar ajudar a liquidar as gárgulas. Imagina lidar com Antônio sozinha. Era suicídio. Mas de alguma forma Antonio me temia. Por que? Afinal, se ele não me temesse ele já teria vindo atrás de mim para ter comigo, ao invés de se dar ao trabalho de fazer toda essa manobra com Mag.

Ou então... ou então ele apenas acha que eu seria um servo muito útil, precioso demais para ser destruído. Afinal, para que me destruir se um lacaio como eu poderia lhe adicionar um poder extra sem igual? E agora? O que ele fará com Mag?
Eu me levantava e olhava para o céu enquanto pensava em uma saída...
Por mais que eu queira ir correndo abraçar Mag eu preciso ser fria. Eu sou uma mãe de 200 anos de idade. Eu sei o que acontece com uma mãe que age apenas pelo sentimento de defender a cria. Já vi isso dezenas de vezes no decorrer da história. Para ser realista, não há nenhuma garantia de que Mag ainda esteja viva, afinal Antonio não me deu essa prova em momento nenhum. Eu não posso cair nas mãos dele como um presente de natal.. Claro que, na segunda possibilidade, se Mag estiver viva ele pode tentar algo após o que fizemos aqui hoje. Mas por outro lado acredito que ele não tenha meios para saber sobre os astores. Talvez venha a supor que seja eu sozinha tentando alguma manobra desesperada antes de cair no terceiro nível do laço e, talvez isso lhe renda risadas ao invés de fúria. "É só uma mãe desesperada querendo chamar atenção". Bem, espero que ele pense isso... De qualquer modo eu não sou capaz de vencer Antonio sozinha. Mal consegui vencer uma gárgula...

A realidade batia duro na minha porta. A minha confiança estava abalada para também continuar seguindo em frente sozinha. Eu estava certa de que não conseguiria.
Seria estupidez... Apenas estupidez. Nada mais. Mas é claro que, antes de ir, vou deixar claro para eles o quanto eles erraram em subestimar a capela... Fecho os olhos por alguns segundos. Abro novamente os olhos, agora com nova determinação no olhar.

Olho para os Astores. Séria, eu afirmo concordando: - Você está certo. Não conseguimos passar nem pelos Gárgulas. Morreríamos todos antes de chegar em Antonio. Nossa ação foi um completo fiasco. Vamos torcer para que ele acredite que eu tenha vindo sozinha num ato de desespero e que não reforce as defesas até amanhã. Ao afirmar que não conseguimos passar nem pelos gárgulas eu deixava claro o quão eles subjugaram erroneamente a situação.
Levitando eu aguço meus sentidos observando a situação a nossa volta e a melhor e mais segura saída daquele lugar.

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Mensagem por Han Qui Dez 24, 2020 1:22 pm

CICLO ENCERRADO. OBRIGADO AOS PLAYERS. BOAS FESTAS E, ATÉ O PRÓXIMO CICLO.
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