Vampiros - A Máscara
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The Legacy of Darkness - Cap II

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The Legacy of Darkness - Cap II - Página 5 Empty Re: The Legacy of Darkness - Cap II

Mensagem por Han Ter Nov 03, 2020 12:01 pm

Abigail


Abigail leva os Astores até onde ela teve contato com o carniçal de Antônio. Os feiticeiros vasculham todo o lugar meticulosamente. Abigail não sabia o que eles estavam procurando, apenas observava eles agirem. Dois deles, chegam próximo a janela e observam a rua. Eles se olham e sem dizer nada apenas meneavam a cabeça em uma concordância. Como se já tivessem traçado um plano compartilhado, antes daquele momento. Um deles sai em direção a cozinha enquanto o outro saca um punhal de dentro do seu manto. Logo o outro volta com um objeto da cozinha que, serviria de recipiente. O que segurava o punhal, fazia um corte em sua própria palma da mão e deixava derramar o sangue no recipiente, que o outro segurava.

Um dos Astores, se aproxima de Abigail e a aborda para uma conversa. - Abigail, iremos nos dividir em três grupos. Dois irão ficar por conta de proteger a nossa base. Dois irão trabalhar na localização de Antônio e, outros dois irão caça-lo. Enquanto falava, o feiticeiro próximo a janela, pegava o recipiente com o seu sangue e tocava o líquido com a ponta do dedo indicador. Com isso, ele desenha símbolos arcanos no vidro da janela. Depois de concluído, eles iam para outra janela repetir o processo. - Não sabemos suas habilidades e nem temos tempo para testa-las. Por isso, decidimos deixar a escolha com você. Qual grupo você gostaria de se juntar? A noite está chegando ao fim. Tem até amanhã para decidir. O plano será realizado da seguinte maneira. Amanhã, Antônio, provavelmente irá mandar o seu carniçal para o segundo gole. Ele verá apenas você aqui. Estaremos todos ocultos nas sombras. Enquanto você finge beber do sangue de Antônio, dois talismãs serão colocados no bolso do carniçal. Assim que o mesmo deixar o local, os donos dos talismãs irão se concentrar na localização do objeto. Esperamos que essa manobra nós revele a localização de Antônio, uma vez que os mesmos provavelmente estão tendo contato para a coleta do sangue para laça-la.

[...] Próxima noite...

Abigail desperta em algum horário entre 20h e 21h. Logo ela percebe que a cidade parecia mais pacata. Longe de emanar uma sensação de segurança e conforto mas, mais pacata que ontem. Boa parte da cidade ainda estava sem energia elétrica, isso incluía o hotel em que estavam. Ela verifica as notícias em seu smartphone e descobre que o ataque foi atribuído a um grupo terrorista. Como esperado, a mídia desviou o foco totalmente da verdade. O que mostra que cainitas influentes estavam empenhados naquele cenário, dedicando sua influência a proteção da máscara. Saindo da página de notícias, ela abre seu app de mensagens. A primeira mensagem que via era de Petrodon. "Boa noite Srta Abigail. Sua identidade não foi revelada aos líderes Anarquistas. Nem mesmo glória foi exposta como pensávamos. Prova disso, é que ela me passou a informação de que Garcia está indo para Vegas encontrar com Antônio. Parece que Garcia ofereceu o seu exército de vampiros para ajudar Antônio com seu plano ambicioso, na promessa de fazer de Vegas uma cidade livre da Camarilla, como Los Angeles". A ancillae ouvia alguém se aproximando... Abigail? Está acordada? [...] Um carro acabou de estacionar em frente ao hotel. E um homem com um recipiente em mãos desceu. Acreditamos ser o carniçal de Antônio. [...] Está pronta? Dizia um dos Astores.

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[off: sinta-se livre para narrar a próxima cena, tendo em mente que o plano passado para Abigail, será executado pelos Astores.)
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Mensagem por NightChill Ter Nov 03, 2020 9:40 pm

Quando aquela noite se iniciara, Éric jamais poderia se imaginar na situação em que se encontrava, agora. A noite começara com a decisão de deixar Nova Iorque, com a concessão da benção de Kingsley aos seus planos para Los Angeles, e Éric imaginara que, em seguida poderia se recolher, tranquilamente, com Patricia, para dar-lhe de seu sangue e iniciar um vínculo mais profundo com ela, subjugando-a aos seus desígnios, ao mesmo tempo que lhe concederia uma das maiores dádivas que ele poderia dar a alguém – a dádiva de seu vitae. Imaginara, também, que, após isso, poderia lançar-se em uma noite hedonista, na qual beberia o delicioso sangue de belos corpos entorpecidos pelo álcool e pelos melhores psicotrópicos que aquela megalópole poderia oferecer, permitindo-se disfrutar de sua não-vida da forma mais decadente possível, a fim de celebrar as conquistas até então logradas e todas as próximas que viriam. De forma absolutamente contrária, porém, Éric via Don Paollo erguer a arma e abater, em poucos segundos, Patricia e Pietro.



Ao ver a mulher cair ao chão com um tiro no peito, Éric perdeu o controle absoluto que estava mantendo, a duras penas, sobre suas emoções. Gritou um sonoro “Não!” e lançou-se ao lado de Patricia, no chão, colocando uma mão sob a cabeça dela, ao mesmo tempo em que a puxava mais para junto de si, repousando a outra mão sobre o ferimento de bala em seu peito. Ao ouvir Pietro correr para cima de Paollo, mal pôde virar seu rosto a tempo de ver a cara do jovem ser perfurada e destruída inclementemente pelos projéteis da arma do mafioso. A partir dali, tudo ocorreu, aos olhos de Éric, em câmera lenta. Wendy batendo no peito do pai, e ele a golpeando. Don Paollo desfazendo-se de suas digitais e jogando a arma, sem balas, ao chão, para incriminar o cainita. Tudo em meio à chuva que começava a cair, com gotas grossas e frias, trazendo mais dramaticidade àquela pintura sombria ou àquele filme noire trágico.

Éric sentia não só o controle que tinha sobre a situação, mas também todo o trabalho que tinha realizado nos últimos anos se desfazerem e escorrerem por seus dedos, como o sangue rubro de Patricia, que manchava suas mãos, quente, contrastando com o frio cortante da água da chuva. Ele dependia de Patricia e ela era parte indissociável de tudo o que construíra e de tudo que planejara construir. E o mais irônico é que aquela noite começara com seus planos de trazê-la mais para perto de si, para protegê-la e para garantir a segurança de todo aquele empreendimento que ele levara anos construindo, sendo ela a parte central. E, ao tentar fazer aquilo, ele colocara tudo em risco, e agora a vida dela se ia perdendo, pouco a pouco, em seus braços. Éric sentiu um misto de ira, de ódio, de revolta, de perplexidade, de inconformismo, de indignação, que quase lhe explodiam o peito.

Aquele homem, aquele Don Paollo, conseguira colocar em risco, e, possivelmente, por água abaixo, tudo o que era mais importante para Éric, em uma questão de segundos, com uma manifestação absoluta de pragmatismo, de crueldade e de indiferença. Foi nesse momento em que Éric sentiu um clic. Precisava voltar a si. Precisava ser tão pragmático, tão cruel, tão indiferente quanto aquele homem. Precisava ser o predador frio, calculista e amoral que seu sangue, que sua natureza, que a benção e a maldição de ser um cainita lhe impunham. Precisava, a partir dali, fazer tudo para salvar Patricia, para sair dali com ela, para impedir ser incriminado e, finalmente, para se vingar daquele homem e mostrar, talvez para si mesmo, quem dá as cartas no jogo.

Seus olhos deixaram Patricia e se voltaram a Don Paollo, enchendo-se de ira, quando ouviu o mafioso dar ordens para que Lerry lhe acompanhasse até a saída e depusesse contra si. Em meio àquela mixórdia de emoções, ou simulacros de emoções, em meio a tantos eventos inesperados e caóticos, Éric lutou para colocar a cabeça em ordem e para agir. Esforçou-se para definir prioridades. Precisava tentar salvar Patricia. Ela era a razão de tudo aquilo que se colocara em jogo naquela noite, e, se ela morresse, tudo teria sido em vão. Decidiu-se.

Assim que Don Paollo virou-se para sair junto com Lerry, Éric levou o pulso à boca e rasgou-o com suas presas afiadas, que ele permitiu se alongarem ferozmente, cortando sua pele e sua carne. Assim que seu vitae começou a fluir para fora de seu corpo, forçou o pulso contra a boca de Patricia, fazendo-a o beber. Sua cabeça estava a mil. Os pensamentos corriam fugidios de um lado para o outro, variados quanto ao seu conteúdo. Mas aqueles que ecoavam “fracasso” eram recorrentes e martelavam seguidamente, como se fossem metal se chocando contra metal, com um som que lhe perfurava a alma. Forçou mais o pulso contra os lábios do rosto molhado de Patricia, manchado de sangue. Precisava ao menos estabilizá-la, para que pudessem tentar sair dali antes de a polícia chegar. O que faria a seguir? Não sabia.

(Gasto 2 Pontos de Sangue, para aumentar 1 ponto de Força e 1 ponto de Destreza) Assim que sentiu que tinha alimentado Patricia o suficiente com seu vitae, buscou acioná-lo em seu corpo morto, a fim de se fazer mais ágil e mais forte, para colocar a jovem sobre seu ombro esquerdo e levantar-se. Lambeu seu pulso, fechando a ferida que havia causado a si mesmo. Tentaria, a partir de então, seguir Paollo e Lerry à distância, preferindo seguir pelos pontos mais escuros, aproveitando-se de sua capacidade de enxergar na escuridão, para tentar escapar dali sem ser visto. Com a mão direita, agarrou o celular e ligou para seu carniçal, Howard Thompson, usando a discagem de emergência, para dizer-lhe em meio a sussurros:

- Venha para próximo do porto. Agora. Rápido. – Logo após dizer isso, desligou o telefone e colocou-o no bolso.

Conforme seus passos seguiam pelo chão molhado do lugar, entre poças de água que teimavam em não se misturar com o óleo residual sobre o asfalto e o concreto, Éric lutava para afastar de sua cabeça os pensamentos que o castigavam seguidamente. Tinha que estar seguro e pronto para agir a qualquer momento. Se todo aquele fracasso lhe podia ensinar alguma coisa, pensou, era que ele tinha que ser, a partir dali, no mínimo, tão pragmático e cruel quanto Don Paollo. Ele não poderia permitir nunca mais que algo assim acontecesse. E, se possível, ainda naquela noite, impediria Lerry de entregá-lo. E, se pudesse, ainda, naquela noite, se vingaria do mafioso. “Vingança”, murmurou para si mesmo, desejando saborear o gosto agridoce daquela palavra, misturando-se com o vitae que se dissolvia em seus lábios, conforme a água da chuva lavava a ele e a Patricia.
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Mensagem por Han Qua Nov 04, 2020 11:42 am

Ethan Wood


Ethan não se deixa diminuir pelas ofensas proferidas por Mohammed a sua pessoa. Do contrário, o Giovanni responde a altura, demonstrando não ser um simples mensageiro sem autonomia, como sugere as insinuações do Lasombra. A conversa chega ao fim e, Ethan deixa a sede dos Filhos da Cripta. Uma ultima olhada para o andar em que estava, que já sumia de sua linha de visão na medida em que ele descia as escadas e, algo lhe chamou a atenção.

Por uma porta entre aberta, no mesmo corredor do escritório de Mohammed, ele via uma criatura que seus olhos jamais havia contemplado. A criatura estava de costas e, sua imagem fora revelada a Ethan através de um espelho. Ethan não sabe se foi visto pela criatura pois, a mesma não tinha olhos... pelo menos não onde deveriam estar. Os capangas armados com suas espingardas calibre 12 impediam o neófito de observar aquele ser por mais tempo, pois assim que Ethan parava seus passos, pelo espanto causado ao contemplar tamanho horror, um dos capangas batia nas suas costas o empurrando para a frente, obrigando-a a continuar a descida.

Criatura desconhecida:

Ethan deixa o local com um plano em sua cabeça. Apesar do horário que, já estava bastante avançado, o vampiro tentava ligar para Cassidy, sem sucesso. Ele dirigia até o endereço da médica e, sem nenhum temor, buzinava continuamente em frente a porta da casa dela. Um homem abre a janela, do segundo andar, provavelmente do seu quarto. E nervoso com aquela cena dizia: - Eii cara! Qual é o seu problema? Caia o fora daqui, estamos tentando dormir! Luzes se ascendiam nas outras casas da vizinhança. Algumas janelas eram abertas e, outros, apenas observavam atrás do vidro. Sem dúvidas, Ethan havia acordado a rua inteira com o buzinaço. - Se não der o fora agora, vamos chamar a polícia!

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Última edição por Vince em Ter Nov 10, 2020 7:38 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Han Sex Nov 06, 2020 11:59 am

Éric de Coligny



Ao ver Don Paollo dar as costas e desaparecer nas sombras, um turbilhão de sentimentos ruins invadiam o peito de Éric. Em poucos segundos, ele via tudo o que ele havia cultivado por anos, se perdendo tão facilmente por que um homem, assim quis. Apesar de ser uma criatura superior aos mortais, e possuir poderes de influenciar a vontade alheia, não foi ele a ditar os acontecimentos naquela cena e, isso o consumia por dentro. Tal ódio começou a ganhar força e alimentar uma entidade dentro de si que o atormentava desde o dia de seu abraço. A besta. Seu instinto bestial se agitava dentro de seu corpo, tentando sobrepor a razão e acabar com a fonte daqueles sentimentos negativos... Don Paollo. Mas por sorte, o Toreador conseguia manter o controle e inibir sua besta interior.

O vampiro se ajoelha próximo a Patricia e, a vira de maneira que ele podia ver a sua face. Da boca dela, minava sangue e, ao olhar para o neófito, ela tentava dizer algo, mas não conseguia pois, engasgava no seu próprio sangue. Éric vendo o sofrimento de sua amiga, decide revelar para ela um pouco de sua verdadeira natureza, afim de salvar sua vida. Ele leva o pulso até sua boca e com sua presa, fazia um corte superficial. O vitae começa a surgir e então ele posiciona sua mão de maneira que Patricia pudesse beber do seu sangue. O sangue escorre timidamente para dentro da boca dela e desliza até sua garganta. Assim que seu paladar detecta aquele sabor que jamais provara antes, ela agarra o pulso de Éric e começa a sugar com intensidade. Por um momento, o seu sofrimento fora aliviado. Éric sente que já tinha dado sangue o suficiente para ela e resolve interrompe-la. — Mais! Pedia ela sedenta...

Éric faz com que o sangue em seu corpo lhe tornasse mais forte e ágil. Sem atender o pedido de Patricia, ele a pega para colocar em seus ombros e sair dali. Assim que ele fazia força para ergue-la, ela soltava um grito de dor e logo depois perdia a consciência. Éric segue na mesma direção em que veio murmurando seu desejo de vingança. Furtivamente, ele se escondia nas sombras e, assim foi até chegar no portão que deu entrada para ele anteriormente. Antes de se expor, ainda oculto pela sombra de uma pilha de três containers, o vampiro via Dom Paollo entrando em um carro do outro lado da grade. Com o auxílio de um capanga robusto, ele colocava Wendy no banco de trás e depois sentava no banco da frente. O capanga agora, fazia as vezes do motorista e, tirava o Patrão daquele local que logo estaria repleto de viaturas.

Assim que sente que a "barra estava limpa", Éric caminha até o portão e descobre que o cadeado que estava fechado. Provavelmente, ordem do Patrão para dificultar a saída do vampiro do porto que, agora era uma cena de crime. As sirenes estavam mais altas, denunciando que as viaturas estavam mais próximas. A chuva ficava mais pesada e agora, era acompanhada de rajadas de vento e trovões. Éric não via Lerry.

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Mensagem por NightChill Sex Nov 06, 2020 5:56 pm





Éric seguia pelas sombras, com Patrícia desmaiada em seu ombro esquerdo. Conforme avançava pelos pontos escuros do porto, começava a dar-se conta de que, havia alguns instantes, quase perdera ele a consciência e se entregara, completamente, a sua Besta. Aquele pensamento gelou, por algum tempo, sua alma. Não teria sido a primeira vez que aquilo teria acontecido – e eram justamente os fragmentos de lembranças que tinha dos momentos em que a Besta tomara o controle de seu corpo que lhe faziam congelar por dentro. Eram partes de recordações violentas, imperfeitas, dilaceradas e divididas em pequenos pedaços desconexos, possivelmente por algum mecanismo de defesa, que a própria mente criava para se manter sã, ante a insanidade que eram aqueles momentos em que Éric se tornara, pura e simplesmente, uma fera, um monstro, a Besta. O mais assustador, contudo, não era o que já havia acontecido, mas a possibilidade – apontada por muitos como certeza – de que aquele era o destino de todos os cainitas. E a concretização dessa possibilidade – perder a consciência e ser simplesmente um monstro – era mais horripilante, até mesmo, que a Morte Final.

Com um pouco mais de esforço, Éric conseguiu afastar, também, aquele pensamento de sua cabeça. Repetia, para si mesmo, que precisava estar presente. Precisava sair dali. Fez questão de seguir com o olhar atento aos arredores, caminhando com cuidado, mas sem titubear. Buscava o equilíbrio perfeito entre a vontade desesperada de estar fora de perigo, com Patricia, e a necessidade de proceder com cautela. Aquela noite, que lhe estava ensinando tantas lições, com golpes tão duros, mostrara-lhe que, não raro, os perigos e os inimigos estão onde menos se espera e onde não podem ser vistos, principalmente se o orgulho, a vaidade e a prepotência são o farol das ações. A chuva continuava a molhar a ele, sua carniçal e suas roupas. Estavam encharcados, as roupas ensopadas e arruinadas. Os cabelos – castanhos, dele, e loiros, dela –, quase inseparáveis e indistinguíveis naquele pequeno dilúvio.

Posicionando-se atrás de alguns containers, pôde ver, do outro lado da cerca do porto, um carro, no qual Don Paollo e um segurança colocavam a doce Wendy, desmaiada, golpeada por seu próprio pai, pouco antes de entrarem, eles também, no automóvel. (Auspícios 1 – Sentidos aguçados – visão) Rapidamente, Éric agitou o vitae dentro de si, impulsionando-o aos seus olhos. Assim que a noite ganhou uma nova dimensão, concentrou-se em ver, à distância segura em que estava, a placa do carro do mafioso. Como um predador que era, não desejava perder aquele que era, talvez, o último rastro de sua presa. Se conseguisse ver aquelas letras e números, rapidamente as anotaria em seu celular. Talvez aquilo pudesse levá-lo a Don Paollo. Talvez aquilo pudesse lhe dar a chance de saborear algum tipo de vingança, após a humilhação que sentia ter sido imposta a ele naquela noite.

Assim que o carro se foi, tratou de fazer sua visão retornar ao normal, não antes de olhar aos arredores e se certificar de que o caminho estava livre. Assim estando, caminhou em direção ao portão, para descobri-lo trancado. Aquele homem ardiloso estava, realmente, decidido a prejudicá-lo. “Filho da puta”, murmurou para si, e repetiu aquele xingamento uma vez mais – “Filho da puta!”, ao não encontrar Lerry ali. Foi nesse momento que Éric escutou as sirenes das viaturas, que se aproximavam. Era o sinal de que não tinha mais tempo a perder ali. (Gasto 2 pontos de sangue, para aumentar mais 2 pontos de força). Concentrando seu vitae uma vez mais, fez-se mais forte, a fim de romper com qualquer obstáculo que se antepusesse a ele, a Patricia e a liberdade de ambos. Golpeou com o pé, de cima para baixo o cadeado e a corrente, a fim de rompê-los e permitir a abertura da porta. E, se aquilo não fosse suficiente, derrubaria o portão com toda sua força, com chutes e, se necessário usar as mãos, as protegeria com o paletó, para não deixar digitais.

(Auspícios 1 – Sentidos aguçados – visão) Conseguindo abrir o portão, Éric sairia dali, rapidamente, com Patricia em seu ombro, ao mesmo tempo em que ativaria, uma vez mais, sua visão de predador, a fim de encontrar um refúgio em algum lugar escuro ali próximo, como um beco ou qualquer espaço no qual pudesse estar livre da polícia e de outros olhos curiosos, para esperar por Howard. Ao mesmo tempo, buscaria, nas redondezas imediatas, com seus olhos potencializados pelo vitae, por Lerry ou qualquer coisa que pudesse levá-lo a supor onde o homem poderia estar escondido ou poderia ter ido.
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Mensagem por Ethan Wood Ter Nov 10, 2020 12:32 am

De uma janela do segundo andar da mansão de Cassidy, uma figura masculina podia ser vista. Não conseguia determinar visual ou idade, mas o tom de voz indicava maturidade, talvez alguém entre os cinquenta e os sessenta anos. Esbravejando pelo incômodo – e com razão –, o homem questionava a presença de Ethan naquele horário tão atípico. Logo, são somadas novas reclamações às dele, vindas de vizinhos recém-tirados de seus respectivos encontros com Morfeus.

Homem escreveu:- Ei, cara! Qual é o seu problema? Caia o fora daqui, estamos tentando dormir!

- Desculpe-me, meu senhor... Muito me envergonho de incomodá-los à essa hora da madrugada, mas trata-se de uma urgência. – Olhando em volta, ele percebe que o número de vizinhos incomodados era maior do que o número de gritos e protestos direcionados a si. – A senhorita Cassidy é médica, correto? Nós temos uma emergência clínica na família, e ela é a única profissional da área que conheço!

Mentia. Como é que conseguiria, afinal, convencê-lo com a verdade? "Por favor, senhor, permita que Cassidy vigie as atividades de um LaSombra perigoso durante o dia?". Chances nulas de funcionar.

- Por favor, senhor... Ela é nossa última esperança...

Aí, sim, uma verdade.
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Mensagem por Han Qui Nov 12, 2020 9:26 pm

Éric de Coligny


Escondido nas sombras, Éric amplia os seus sentidos com o uso do auspícios. Gradativamente, sua visão ia ganhando uma riqueza em detalhes, além de passar a ter a capacidade de enxergar muito bem à distâncias maiores. O vampiro foca seu olhar na placa do carro. Num raciocínio rápido, ele concluiu que aquela seria uma boa maneira de chegar até àquele que o humilhou minutos atrás. Califórnia - 8G14974 Ele guardava o conjunto de letra e número em seu celular, segundos antes do carro deixar o local.

Depois de uma breve análise do perímetro, o Toreador volta a sua visão aos níveis normais de um humano. Diante da situação que Paollo deixará para ele, o vampiro não consegue se conter e manifesta toda a sua aversão ao criminoso em alguns palavrões que, falava para si mesmo. Patricia ainda estava desmaiada e, pelo som que fazia, estava com dificuldades de respirar. Éric sentia que a vida de sua aliada estava escapando de seus dedos lentamente. Sem tempo perder, o vampiro usava sua reserva de sangue para aumentar sua força que, agora estava a patamares quase inexistente entre os mortais. Com um chute, ele atingia o cadeado, no intuito de rompe-lo e assim conseguir passagem para a liberdade. Mas... sua força era tamanha que, com o impacto de seu golpe, quebrou as dobradiças que sustentavam o portão, fazendo-o cair a alguns metros a frente.

Do lado de fora, Éric busca por um local seguro onde pretende esperar por seu motorista. Mas talvez o barulho das sirenes que estavam cada segundo mais próximo; o fato de ter sua estimada Patricia perdendo sua vida em seus ombros e; a raiva que estava sentindo por Don Paollo naquele momento, acabou atrapalhando o seu raciocínio e o impedindo de encontrar um abrigo seguro para se esconder da polícia. Desesperado, Éric andava pela rua lateral ao que margeava o porto, olhando para todos os lados, tentando se esconder mas, nada encontrava. O local era plano e aberto demais para oferecer tal solução. Sem dizer que a rua estava deserta. Nem mesmo um carro para ele se esconder atrás. Apenas a grade do porto de um lado e, o pé de uma montanha do outro... se ao menos houvesse alguma pedra do lado da montanha mas, nenhum obstáculo era avistado para se esconder. Consternado, suas esperanças de conseguir sucesso em seu plano, iam por água abaixo quando a primeira viatura apontava diante de seus olhos. Ela era seguida por outras. Assim que avistavam Éric, andando pela calçada, com uma mulher moribunda em seus ombros, os policiais brecavam os veículos e paravam perto do vampiro.

- PARADO AÍ! gritava um policial enquanto abria a porta da viatura, a fazendo de escudo. O seu parceiro também fazia o mesmo do outro lado do carro, assim como os outros agentes, dos outros carros. Todos apontavam armas para o toreador, esperando que ele cumprisse as ordens do primeiro policial. - COLOQUE A MULHER NO CHÃO E SE AFASTE DELA DEVAGAR. DEPOIS COLOQUE AS MÃOS ONDE POSSAMOS VER. NÃO FAÇA MOVIMENTOS BRUSCOS. Outas viaturas passavam direto, na direção da entrada principal do porto.

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Mensagem por Abigail Sex Nov 13, 2020 11:09 am

- Não sabemos suas habilidades e nem temos tempo para testa-las. Por isso, decidimos deixar a escolha com você. Qual grupo você gostaria de se juntar? A noite está chegando ao fim. Tem até amanhã para decidir. O plano será realizado da seguinte maneira. Amanhã, Antônio, provavelmente irá mandar o seu carniçal para o segundo gole. Ele verá apenas você aqui. Estaremos todos ocultos nas sombras. Enquanto você finge beber do sangue de Antônio, dois talismãs serão colocados no bolso do carniçal. Assim que o mesmo deixar o local, os donos dos talismãs irão se concentrar na localização do objeto. Esperamos que essa manobra nós revele a localização de Antônio, uma vez que os mesmos provavelmente estão tendo contato para a coleta do sangue para laça-la.
Eu não pensava duas vezes antes de responder: - Com certeza quero me juntar ao grupo que irá caçá-lo!
Escuto atentamente o que aquele homem tinha para dizer então, por fim, concordo. - Ótimo! Não vejo a hora de chegar amanhã!
Pego o meu relógio e olho as horas. Se ainda houver tempo irei checar a estrada "clandestina" que entra em Vegas. Preciso receber a minha "encomenda." Não havendo tempo para tal apenas envio uma mensagem para Leonard para retirar os corpos dos dois vampiros da construção e levar para a casa dele ou algum outro lugar onde ninguém irá mexer, em troca de uma oferta em dinheiro e, na noite seguinte negociaria a transação dos corpos para Vegas.

Então na noite seguinte desperto novamente em Vegas. Me levanto e vou até o banheiro. Meus pensamentos ainda soltos no ar. Magnólia estava me fazendo falta e eu sentia saudades dela. Vou até o banheiro e paro em frente ao espelho e à pia. Abro o registro da água e jogo uma água no meu rosto. Meus olhos não produziam secreção, mas eu queria ter um momento comigo mesma em frente ao espelho. Encaro o meu reflexo enquanto penso:
"Como um humano pode me fazer tanta falta? Não... Magnólia não é apenas um humano. Ela é a minha filha! Eu sempre quis ser mãe e a condição vampírica não me permite isso. Mas o destino me deu uma chance e me presenteou com Magnólia. E agora estou prestes a perder a minha filha.... a minha filha!"
Fecho a torneira, enxugo o meu rosto e vou para a sala.
"De volta aos trabalhos". No caminho abro o meu celular e vejo uma mensagem:

"Boa noite Srta Abigail. Sua identidade não foi revelada aos líderes Anarquistas. Nem mesmo glória foi exposta como pensávamos. Prova disso, é que ela me passou a informação de que Garcia está indo para Vegas encontrar com Antônio. Parece que Garcia ofereceu o seu exército de vampiros para ajudar Antônio com seu plano ambicioso, na promessa de fazer de Vegas uma cidade livre da Camarilla, como Los Angeles".

Imediatamente respondo:
Boa noite, senhor Petrodon! Isso são ótimas notícias! Assim que cuidar de Antonio espero poder retribuir um pouco ajudando o senhor em sua empreitada contra Los Angeles, afinal, Vegas nunca estará segura com Garcia e os anarquistas tão próximos daqui.
Então me dou com os astores da noite passada e um deles me diz que alguém havia chegado.
- Ótimo! Estou pronta!
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Mensagem por Han Dom Nov 15, 2020 7:19 am

Ethan Wood


- Desculpe-me, meu senhor... Muito me envergonho de incomodá-los à essa hora da madrugada, mas trata-se de uma urgência.

A senhorita Cassidy é médica, correto? Nós temos uma emergência clínica na família, e ela é a única profissional da área que conheço!

As palavras de Ethan não convenciam o homem que, movido pelo o estresse de ser incomodado em seu momento de descanso, ignorou completamente a história de Ethan que, parecia bem convincente. - Cassidy está dormindo e, além do mais, não tem nenhum equipamento médico aqui em casa. Se se trata de uma urgência senhor, sugiro que corra para o hospital. O tom de voz dessa vez fora um pouco mais ameno. Talvez por que Ethan se mostrou um conhecido de Cassidy e, o pai dela não queria mal tratar um cliente de sua filha. - Agora por favor, nos deixe dormir.

Determinado a conseguir o que queria, o Giovanni insistia em uma ultima tentativa antes de ir embora. Ele sente um leve aumento na temperatura, o que indica que o sol estava a poucos minutos de surgir nos céus. Talvez um mortal não fosse tão perceptível ao parâmetro mas, uma criatura da noite, com o tempo acaba desenvolvendo peculiaridades que o ajudam a manter-se vivo. O mais puro instinto de sobrevivência.

- Por favor, senhor... Ela é nossa última esperança...

Talvez o tom de voz de Ethna dessa vez tenha conseguido atingir um ponto na alma daquele homem que, antes não havia conseguido. O semblante do pai de Cassidy era de um homem que se deu por vencido e, após um suspiro ele dizia: - Tudo bem. Espera aí na porta que eu vou chama-la. Mas não faça mais barulhos. 3 minutos que mais pareciam 3 horas se passavam até que a porta era aberta por Cassidy. - Ethan? O que está acontecendo?

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Mensagem por NightChill Seg Nov 16, 2020 10:08 am

“Califórnia – 8G147974”. Éric repetiu pra si mesmo os dígitos da placa do carro de Don Paollo, conforme os anotava em seu telefone, ao mesmo tempo em que refletia sobre o seu conteúdo. “Califórnia? Califórnia? Por que Califórnia? Por que Don Paollo usaria um carro com a placa da Califórnia, em Nova Iorque?" Era, no mínimo, pouco discreto. Em seguida, ponderou que era melhor não subestimar a inteligência do mafioso, após tudo o que havia acontecido naquela noite, e que talvez aquela informação pudesse lhe dar ainda mais pistas sobre o homem. Além disso, coincidência ou não – e Éric, cada vez menos, acreditava em coincidências -, era para a Califórnia que Éric estava indo. Talvez as consequências dos acontecimentos daquela noite e dos que viriam em breve poderiam ter repercussões na nova vida que adotaria do outro lado do país.

Ao golpear o portão do porto, para ver-se livre daquele lugar, surpreendeu-se com sua própria força, ao ver-se arremessá-lo para longe. Era verdade que Éric não era nenhuma criança inexperiente nas perigosas noites de Nova Iorque, mas também era verdade que Éric jamais tivera, antes, que usar o poder de seu sangue para aumentar sua força. Ao mesmo tempo em que aquela demonstração de poder lhe trouxe satisfação, pelo reconhecimento de que era, efetivamente, poderoso em aspectos físicos, torceu, em meio a um longo suspiro, para que o arremesso daquele portão não trouxesse consequências negativas para a busca de um esconderijo, de forma discreta e rápida.

A chuva castigava a ele e a Patrícia, e Éric sentia a vida de sua carniçal esvair-se progressivamente, seu sangue sendo poderoso o suficiente para mantê-la viva no momento imediato, mas não o suficiente para curá-la e tirá-la, definitivamente, de perigo. Em meio ao vento e à aparente tormenta que caía sobre ambos, Éric buscava abrigo, um esconderijo, porém mesmo se valendo de sua visão aguçada pelo sangue, parecia inexistir, naquela zona portuária inóspita, um beco, uma casa, um prédio, uma maldita sombra que lhes servisse. “Se existe um Deus, ele terá que implorar pelo meu perdão”, murmurou, para si, a frase escrita por um prisioneiro judeu em um campo de concentração nazista, que lhe veio à cabeça, recuperada de alguma de suas leituras de adolescência, e que traduzia, naquele instante, a raiva e a frustração que tomou seu corpo, ao ver-se exposto, com Patricia em seus ombros, entre a vida e a morte, sem um lugar para se esconderem, indefesos às viaturas da polícia que se aproximavam rapidamente.

Ao ver-se praticamente cercado por carros de polícia e por agentes que lhe apontavam as armas e o mandavam colocar Patricia sobre o chão, teve de buscar dentro de si toda a frieza que aprendera a cultivar durante os anos de criação nos ambientes hostis e competitivos da alta sociedade londrina e parisiense, além daqueles breves, mas duros e instrutivos anos, nas cortes da Rainha Anne, de Londres, e do Príncipe François Villon, em Paris, para olhar profundamente o policial mais próximo, que lhe dava ordens, e agitar seu vitae, para submetê-lo a sua vontade e, quem sabe, escapar daquela situação potencialmente trágica:

(Auspícios 3 – Transe) – Ela está baleada e gravemente ferida! Nós temos que a levar a um hospital agora! Rápido! – Disse alto o suficiente para que pudesse ser ouvido em meio à chuva torrencial e aos ventos cortantes, ao mesmo tempo em que deixava suas mãos visíveis e desarmadas. – Agora!
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Mensagem por Ethan Wood Ter Nov 17, 2020 8:12 pm

Ethan não sairia dali sem falar com Cassidy. Ora, seria capaz até de dar cabo daquela bolsa de sangue insolente por tentar atrapalhar a execução de seus planos. A resistência em permitir que conversasse com a médica mostra-se exagerada e descabida, representando um verdadeiro obstáculo naquela que parecia ser a última carta na manga de Ethan. E, quando estava prestes a se convencer de oblitar aquele homem, é surpreendido por sua concordância.

Homem escreveu:- Tudo bem. Espera aí na porta que eu vou chama-la. Mas não faça mais barulhos.

- Obrigado, senhor. – Acena com a cabeça positivamente, mostrando uma gratidão verdadeira. – Não sabe o significado de seu ato. Me lembrarei disso.

O tempo passava numa velocidade incômoda. Do alto de suas emoções para compartilhar com Cassidy os detalhes de seu plano, Ethan lidava apenas com seres humanos preguiçosos e sonolentos. Aquilo chegava quase a contagiá-lo.

Cassidy escreveu:- Ethan? O que está acontecendo?

- Ah, Cassidy! Obrigado por vir aqui falar comigo. Sei que estou incomodando, mas precisei me arriscar nessa indelicadeza para conseguir falar com você. É... Minha última esperança. – Faz um movimento com os ombros que simulava um respirar fundo. Os olhos permaneciam estáticos no rosto de Cassidy, quase devorando-a. – Podemos conversar em algum lugar mais privado, para que possa me explicar? Me disponibilizo a trazê-la de volta... Preciso apenas de trinta minutos de sua atenção, e nada mais...

Mal sabia Cassidy que Ethan precisaria de muito mais do que trinta minutos.
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Mensagem por Han Ter Nov 17, 2020 8:48 pm

Abigail


20h23min

O barulho de passos se aproximando da porta, remeteu Abigail a um passado guardado por quase dois séculos. Em sua mente, a vampira era apenas uma mortal, com medo de seus familiares que a queriam morta. Ela se escondia no sótão da casa enquanto era procurada por homens desconhecidos que, adentraram sua casa sem permissão. Certamente, enviados pelo seu tio. A pobre menina assustada, se mantinha imóvel, em total silêncio, num canto escuro e repleto de teia de aranhas e, o único som que ouvira era as batidas de seu coração... Os passos do visitante cessavam diante da porta. Assim como o devaneio da Tremere. Três batidas eram ouvidas vindas da porta e Abigail se prepara para anteder e dar início ao plano dos Astores.

Assim que abre a porta, a Ancillae via o mesmo rosto da noite passada. O carniçal de Antônio. Novamente, ele trazia consigo uma garrafa e uma taça. Sem dizer nada, o homem adentra o quarto e para bem no meio do cômodo. Os Astores estão todos ali, mas o homem não podia vê-los. O grupo se cobria com o manto da ofuscação. Olhando para Abigail, o lacaio de Antônio levava a garrafa a boca e com os dentes, retirava a rolha que vedava o recipiente. O cheiro doce de um sangue pontente invadia as narinas da vampira imediatamente. Como era prazeroso! Logo sua memória lhe trazia a recente lembrança do sabor daquele sangue. Mas agora mais do que nunca, ela precisava ser forte. 6 Astores observavam cada nuance daquela cena como o público de uma peça teatral.

Um dos vampiros se aproximava por de trás do carniçal e, deixava algo no bolso de seu sobretudo barato. O plano começava a ganhar forma diante dos olhos de Abigail. Os vampiros optaram por métodos mágicos por serem mais difíceis de detectar. Os artefatos tecnológicos tinham seu valor mas, eram facilmente interceptados. Sem um pingo de carisma, mais parecendo um robô, o lacaio de Antônio preenchia a taça com o vitae contido na garrafa. Abigail olhava aquele líquido como uma mãe olha para seus filhos. O barulho, a cor, a textura, o cheiro e o sabor mexia com a cabeça da vampira. - Beba! Ordenava o carniçal. Aquilo soava como uma afronta para Abigail que, andava por essa terra a mais de 200 anos. Mas por outro lado ela sabia que não adiantava se impor para o homem porque ele estava sob efeito da dominação de Antônio. Sua vontade, seu ego e dignidade estavam em segundo plano. O importante ali era cumprir as ordens do seu Regente.

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Mensagem por Han Sáb Nov 21, 2020 12:17 pm

Éric de Coligny


2h38min

Diante daquela situação em que muitos teriam jogado a toalha e, se dado por vencido, Éric buscava em seu passado, toda a sua experiência para buscar a frieza e sabedoria para saber administrar aquela crise e, sair por cima. Olhando para o policial que lhe dava as ordens — certamente o patente alto do grupo —, o Toreador mais uma vez naquela noite, se valia de seus dons sobrenaturais para sobrepujar a vontade alheia.

– Ela está baleada e gravemente ferida! Nós temos que a levar a um hospital agora! Rápido!

As palavras entravam na mente do oficial como mágica e rapidamente aquela postura defensiva ia dando lugar para uma mais compassiva. O policial parecia estar tendo um breve devaneio enquanto o poder de Éric fazia efeito no seu subconsciente... — Sim sim... venha, traga ela para a viatura. Dizia o homem enquanto guardava sua arma no coldre. Os outros faziam o mesmo. Éric então leva Patricia para a viatura e todos deixam o porto, que trouxe tanta desgraça para uma noite só.

No caminho o oficial fazia perguntas de praxe mas, não em tom de suspeita sobre o vampiro. — O que aconteceu? Você viu quem a baleou? O que você é dela?... A sirene gritando pelas ruas garantia a passagem livre do veículo até o hospital. Os carros abriam caminho e, o oficial bom piloto que era, treinado, rasgava o asfalto fazendo o ponteiro do velocímetro atingir impressionantes
200 km/h em alguns trechos. As perguntas se cessam ao chegarem na entrada do pronto socorro. O policial descia da viatura gritando por atendimento rápido. — Mulher baleada gravemente ferida! Logo uma equipe médica surgia com uma maca e alguns equipamentos hospitalar. A equipe de saúde retirava Patricia inconsciente de dentro do carro e a colocava sobre a maca. Em minutos tudo aquilo era resolvido e Patricia estava do lado de dentro, recebendo atendimento.

Sem mais nada a fazer, ambos esperavam do lado de fora. O policial aproveitava para continuar perguntando sobre o ocorrido. Dependendo da situação, Éric sabia que tanto ele quanto Patricia poderiam sair dali presos. Uma pessoa baleada num hospital, levantava suspeitas das autoridades. Mas logo o policial era interrompido por uma mulher que os abordavam com uma prancheta nas mãos. — Perdão, quem é o acompanhante da moça baleada? Precisamos resolver a parte burocrática. Preciso de documento e informações pessoais para dar entrada dela no sistema. Enquanto a moça falava, Éric sentia sua força e sua destreza melhoradas pela força do sangue, deixando o seu corpo.

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Mensagem por NightChill Dom Nov 22, 2020 3:58 pm

Éric permitiu-se um suspiro de alívio ao ver que o poder de seu sangue não lhe abandonara, para submeter o oficial de polícia ao seu desejo e fazer com que lhe ajudasse. Sentiu-se um pouco mais confiante, naquele momento, vendo que, talvez, as coisas pudessem voltar a acontecer de modo um pouco mais favorável – e não desastroso, como estavam acontecendo naquela noite, até aquele momento. Caminhou rapidamente para a viatura, com Patricia em seu ombro e acomodou-a no carro, adentrando ele mesmo logo depois, encharcado, mas momentaneamente aliviado.

Seus olhos observavam as ruas de Nova Iorque, outros carros, lixeiras, lixo, mendigos, pessoas respeitáveis, classe alta, média, baixa, postes e edifícios passarem rapidamente por sua janela, conforme a viatura ia a velocidades surpreendentes; mas aquilo não incomodava Éric. Na verdade, dava-lhe alívio, porque sabia que logo chegariam ao hospital, onde Patricia poderia ser tratada apropriadamente. As perguntas que o policial começou a fazer, no entanto, relembraram Éric de que a situação não era de todo confortável e que ele não poderia relaxar. Havia, ainda, que lidar com muitas coisas. Em lugar de responder às perguntas do policial, Éric aproveitou o poder que tinha sobre ele, para obter, ele próprio, algumas informações. Talvez aquele policial pudesse ser ainda mais útil do que já estava sendo:

- O senhor não teve tempo de se apresentar para mim... tenente... capitão...? – Perguntou Éric, ignorando, por completo, as perguntas que o homem lhe havia feito, aproveitando, assim, para descobrir seu nome e sua patente dentro da polícia de Nova Iorque.

Ao chegarem ao hospital, Éric desceu da viatura e acompanhou, com os olhos, o policial anunciar a chegada de Patricia, baleada, e os socorristas a atenderem e levarem para dentro, onde seria bem cuidada. O policial iniciava, uma vez mais, as perguntas, e aquilo começava a incomodar Éric um pouco mais, porque ele sabia que cada informação que ele desse poderia ser potencialmente perigosa. Manteve-se em silêncio, mas fazia questão de parecer escutar cada pergunta com o máximo de atenção, para não levantar suspeitas. Enquanto isso, concluía, para si mesmo, que, a melhor maneira de controlar a situação era controlar duas pessoas: o policial e Lerry. Concluiu, ainda, que o policial poderia lhe ajudar a encontrar Don Paollo e Wendy.

Foi nesse momento em que chegou a funcionária do hospital, que interrompeu as perguntas do policial, para começar a fazer as suas. Éric olhou-a com pouca paciência e não demorou a cortá-la:

- Veja, meu bem. Ela está sem acompanhante. Apenas ajudei a trazê-la. Antes de perder os sentidos, ela me disse que se chama Patricia Kensington. Isso deve ajudar em alguma coisa, não?

E, sem esperar uma resposta da mulher, ou uma reação, virou-se para o policial, ignorando-a, e, tocando o braço do homem e sugerindo com o movimento, buscou guiá-lo consigo até a viatura:

- Meu caro, podemos conversar, mas não aqui. Vamos ao carro e aí poderemos falar mais tranquilamente. Eu preciso encontrar uma pessoa, e, então, talvez eu seja capaz de te ajudar e dar algumas respostas.

Em sua cabeça, Éric maquinava os próximos passos. Ter o policial sob seu poder era uma vantagem importante demais para desperdiçar. Com ele, poderia chegar a Lerry, a Don Paollo e livrar-se daquela situação. Para isso, dependia apenas de si próprio, de seu sangue e da boa vontade da sorte, de Deus ou seja lá o que estava jogando contra ele, até aquele momento, naquela noite. Apesar de todos os riscos, da angústia e das probabilidades de que tudo desse errado, Éric não se sentia vivo assim desde a Batalha de Nova Iorque. E aquilo lhe fez deixar escapar um leve sorriso no canto direito de seus lábios.
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Mensagem por Han Seg Nov 23, 2020 11:55 am

Ethan Wood


0h17min

- Ah, Cassidy! Obrigado por vir aqui falar comigo. Sei que estou incomodando, mas precisei me arriscar nessa indelicadeza para conseguir falar com você. É... Minha última esperança.

A presença de Ethan na porta de Cassdiy àquela hora, deixava a médica surpresa e curiosa. Ethan podia ver em seu semblante sonolento. — Ultima esperança? Por quê?

Podemos conversar em algum lugar mais privado, para que possa me explicar? Me disponibilizo a trazê-la de volta... Preciso apenas de trinta minutos de sua atenção, e nada mais...

Cassidy hesitava antes de responder, seu raciocínio parecia lento ainda. — Me desculpe Ethan, mas não vou sair com você uma hora dessa. Mas se quiser, podemos conversar no escritório do meu pai. Lá vai ter a privacidade que você precisa. Dizia a mulher enquanto apertava o nó do roupão do seu pijama. Apesar de frustrante, a resposta da médica era no mínimo compreensível, diante da atitude desesperada do vampiro. Ela o conhece a apenas duas noites.

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Mensagem por Ethan Wood Ter Nov 24, 2020 5:52 pm

Felizmente, Cassidy mostra-se um pouco mais receptiva à presença repentina de Ethan. Confusa, sim, porém disponível para ouvir o que tinha a dizer. Com um sorriso, o vampiro se aproxima da médica e acena com a cabeça positivamente, em concordância à sua proposta.

Cassidy escreveu:- Me desculpe Ethan, mas não vou sair com você uma hora dessa. Mas se quiser, podemos conversar no escritório do meu pai. Lá vai ter a privacidade que você precisa.

- Justo... – Caminha logo atrás de Cassidy, permitindo-se ser conduzido. – Com licença... Quem diria, hein?! Eu, na sua casa, logo depois do primeiro encontro...

Bem humorado e abandonando temporariamente o tom temeroso, Ethan segue até o escritório do pai de Cassidy. O caminho até o cômodo é relativamente breve, visto que o mesmo era situado apenas alguns metros da entrada da casa – que, esteticamente, era previsivelmente muito bem decorada. Os pais de Cassidy, se é que ambos ainda estavam vivos, pareciam ser aqueles casais tradicionais; bem abastados, onde o homem era o provedor e a mulher o suporte, cuidando do lar, dos compromissos sociais e do bem-estar da família. O padrão ali era tão gritante que não seria nem um pouco surpreendente se o pai de Cassidy também fosse médico.

- Perdoe-me novamente se eu a assustei, mas preciso ser honesto: a questão que vamos tratar é, sim, muito séria. – Depois de olhar em volta, aponta para uma poltrona mais isolada à direita do cômodo, acomodando-se na mesma em seguida. – Os rumos de Los Angeles podem ser modificados, e a paz na cidade será finalmente restaurante... Isso se formos inteligentes o suficiente. E é nisso que você entra, Cassidy.

Cruza a perna direita sobre a esquerda, adquirindo a postura negociadora que lhe era tão natural.

[VOZ ENCANTADORA]

- Conversei hoje com o responsável pelos ataques que acontecem em Los Angeles... Como aquele de que fomos vítimas juntos. O ideal anarquista daquele grupo impede qualquer tipo de negociação racional, e não tenho como exigir o fim da violência, já que não tenho nenhuma informação sensível sobre eles para barganhar. O líder do grupo deu-me vinte e quatro horas para retornar com uma definição da proposta oferecida a mim, proposta esta que não é nem um pouco vantajosa para a cidade. Para poder negociar com mais eficiência, preciso de algo... Alguma informação. Algum dado relevante que eles podem estar escondendo... Porque um grupo envolvido com um ideal tão nefasto, armado até os dentes e propagando a violência dessa maneira tem algo a esconder... Sempre tem.

E quando diz a palavra nefasto, lembra-se daquela criatura bizarra que vislumbrou ao sair do casarão. O corpo todo é tomado por um terror enorme, ainda que breve, só ao lembrar da existência daquele ser.

- Se algo estranho acontece ali, tem que ser durante o dia, visto que os olhos das autoridades estão voltados para eles na calada da noite. Precisamos descobrir algo... Alguém... Alguma coisa! Entretanto, por conta de um compromisso inadiável e tão importante quanto que terei amanhã, não poderei vigiá-los. Seria nisso que pediria sua ajuda. – Inclina o corpo para frente a fim de passar segurança diante de uma proposta tão cheia de perigo. – O trabalho é simples... Simples demais. Basta permanecer nas redondezas da base do grupo, atenta a qualquer atividade que pareça suspeita. Você estaria acompanhada por um rapaz que confio e que será responsável pela sua segurança. Qualquer desconfiança que tiver, passe para mim e, no final do dia, estarei lá para finalizar essa negociação de uma forma mais... justa.

A verdade é que Ethan estaria em torpor e, mesmo que não fosse esse caso, não poderia conduzir uma investigação durante o dia. O Sol o impedia.

- Posso contar com sua ajuda? Pelo bem de Los Angeles, não quero que ninguém mais viva uma experiência como a que passamos, Cassidy.
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Mensagem por Han Sáb Nov 28, 2020 1:52 pm

Éric de Coligny


3h00min

- O senhor não teve tempo de se apresentar para mim... tenente... capitão...?

— Subtenente Morgan. Respondia brevemente a pergunta do vampiro. — O Sr. também não me disse o seu nome... Na verdade o Sr. não respondeu nenhuma das perguntas que eu fiz. Agora parece um bom momento. Éric não pensava duas vezes em cortar o pedido da recepcionista do hospital. Em sua resposta, ele afirmava não ter nenhum vínculo com Patricia.

- Veja, meu bem. Ela está sem acompanhante. Apenas ajudei a trazê-la. Antes de perder os sentidos, ela me disse que se chama Patricia Kensington. Isso deve ajudar em alguma coisa, não?

Meio frustrada — porque agora o seu trabalho havia acabado de aumentar —, a funcionária do hospital respondia: — É, ajuda um pouco. A mulher deixava os dois a sós e ia fazer o seu trabalho.

- Meu caro, podemos conversar, mas não aqui. Vamos ao carro e aí poderemos falar mais tranquilamente. Eu preciso encontrar uma pessoa, e, então, talvez eu seja capaz de te ajudar e dar algumas respostas.

Não era exatamente o que o oficial esperava. Ele estava acostumado a ter suas respostas imediatamente. Mas a postura de Éric e a confiança na sua voz, talvez houvesse aguçado a sua curiosidade e também o seu instinto de auto preservação. Ambos caminham em direção a viatura, como o Toreador sugeriu. O local era movimentado e, além do Subtenente Morgan, havia outro policial ao lado da viatura.

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Mensagem por Han Sáb Nov 28, 2020 2:20 pm

Ethan Wood


0h25min

- Perdoe-me novamente se eu a assustei, mas preciso ser honesto: a questão que vamos tratar é, sim, muito séria. – Depois de olhar em volta, aponta para uma poltrona mais isolada à direita do cômodo, acomodando-se na mesma em seguida. – Os rumos de Los Angeles podem ser modificados, e a paz na cidade será finalmente restaurante... Isso se formos inteligentes o suficiente. E é nisso que você entra, Cassidy.

Ainda sonolenta, mas menos do que quando abriu a porta, Cassidy bocejava antes de soltar um: — Eu? Antes que ela pudesse raciocinar melhor, o vampiro se posicionava na poltrona de maneira que transmitia uma segurança em suas palavras. Para validar mais o seu discurso, ele abusava de uma qualidade nata que ele carrega consigo desde os tempos mortais. Sua voz. Sua voz era leve e aveludada quando precisava seduzir, mas também era firme e até intimidadora quando precisava persuadir ou até mesmo intimidar.

- Conversei hoje com o responsável pelos ataques que acontecem em Los Angeles... Como aquele de que fomos vítimas juntos. O ideal anarquista daquele grupo impede qualquer tipo de negociação racional, e não tenho como exigir o fim da violência, já que não tenho nenhuma informação sensível sobre eles para barganhar. O líder do grupo deu-me vinte e quatro horas para retornar com uma definição da proposta oferecida a mim, proposta esta que não é nem um pouco vantajosa para a cidade. Para poder negociar com mais eficiência, preciso de algo... Alguma informação. Algum dado relevante que eles podem estar escondendo... Porque um grupo envolvido com um ideal tão nefasto, armado até os dentes e propagando a violência dessa maneira tem algo a esconder... Sempre tem.

Ao usar a palavra: nefasto. Uma sensação de temor percorria a espinha de Ethan, assim como aconteceu na noite anterior, quando se deparou com uma manifestação do espírito de sua mãe. Mas dessa vez, a sensação era causada pela lembrança de uma visão horrenda, e não por causa de um espírito que o atormentava noites a fio. Aquela palavra disparou um gatilho que imediatamente, fez projetar na mente do Giovanni a imagem bizarra da criatura.

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Ele vacila antes de continuar...

- Se algo estranho acontece ali, tem que ser durante o dia, visto que os olhos das autoridades estão voltados para eles na calada da noite. Precisamos descobrir algo... Alguém... Alguma coisa! Entretanto, por conta de um compromisso inadiável e tão importante quanto que terei amanhã, não poderei vigiá-los. Seria nisso que pediria sua ajuda. – Inclina o corpo para frente a fim de passar segurança diante de uma proposta tão cheia de perigo. – O trabalho é simples... Simples demais. Basta permanecer nas redondezas da base do grupo, atenta a qualquer atividade que pareça suspeita. Você estaria acompanhada por um rapaz que confio e que será responsável pela sua segurança. Qualquer desconfiança que tiver, passe para mim e, no final do dia, estarei lá para finalizar essa negociação de uma forma mais... justa.

Por alguns segundos Cassidy se mantém em silêncio. Ela precisava de um tempo para processar tudo aquilo que o vampiro despejava na mesa e, por incrível que pareça, a médica se demonstra inclinada a ajudar. Talvez a voz encantadora de Ethan tenha realmente o ajudado nessa. — Bom... agora entendo o seu mistério quanto a sua profissão. Sua profissão é muito importante para o nosso país Ethan... se é que esse seja seu verdadeiro nome. Cassidy sorria meio sem graça, enquanto passava a mão no cabelo e, o levava para atrás da orelha. Ela parecia ter chegado a uma conclusão a respeito da profissão do vampiro. Mal sabia ela que não poderia estar mais enganada. — Mas não se preocupe, não precisa me dizer nada... eu assisti muitos filmes policiais (risos) Cassidy falhava miseravelmente ao tentar fazer uma piada.

- Posso contar com sua ajuda? Pelo bem de Los Angeles, não quero que ninguém mais viva uma experiência como a que passamos, Cassidy.

— Me fale o local e o horário. Quero ajudar nossa cidade nisso. Aquele espírito patriota era tudo o que Ethan precisava.

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Mensagem por NightChill Seg Nov 30, 2020 12:29 pm

Tendo-se livrado da funcionária do hospital sem dificuldade, Éric dedicava-se, agora, a usar o policial, uma vez mais, em seu favor. Dentro de sua cabeça, sentia que precisava ir eliminando desafios e preocupações, esperando que as coisas acontecessem da melhor forma possível. Sabia que não tinha o domínio de tudo e de todos, e que era melhor, o quanto antes, amigar-se com aquele fato. Por isso, com relação a Patricia, não tinha muito mais o que fazer – pensou. A estabilizara com seu sangue, para que não morresse ali, no chão frio e úmido daquele maldito porto, e a deixara no hospital, onde fariam tudo para que ela se recuperasse. Tudo e mais do que ele próprio poderia fazer. Buscou, então, tranquilizar-se com relação àquele ponto. Uma vez mais, o reflexo foi de suspirar, ainda que aquele movimento fosse absolutamente desnecessário. Ao mesmo tempo, aquilo lhe fez lembrar de que deveria continuar aparentando estar vivo; por isso, por um breve momento, buscou, nas sensações de seu próprio corpo, perceber se seu vitae continuava aquecendo seu corpo e fazendo seus órgãos simularem a vida.

(Caso o efeito do sangue tenha passado, gostaria de gastar um ponto de sangue para manter Éric com a aparência de uma pessoa viva)

Sensível às sutilezas dos vivos e dos mortos, Éric percebia que a ausência de respostas para a pergunta do subtenente lhe deixava incômodo, e que aquela situação teria que continuar sendo lidada com cuidado. Em sua cabeça, em meio à angústia e às incertezas daquela noite, decidiu-se rapidamente: precisava estar só com o oficial e longe dali. Ao ver o parceiro de Morgan, viu, apenas, um empecilho mais; por isso, virou-se para o subtenente e lhe disse:

- Peça ao seu parceiro que te espere aqui. Precisamos ir de volta ao porto e precisamos conversar a sós no caminho. Eu quero te ajudar e te dar as respostas que você precisa, mas isso só vai funcionar desse modo. Confie em mim. – E ao dizer aquelas últimas palavras, sorriu largamente para o policial. – Para o porto.

Aquela era sua arma principal. Aquele era seu meio de conseguir o que queria e o que precisava. Ao mesmo tempo, começava a incorporar dentro de sua psiquê, do campo de atuação aceitável para si, a crueldade e o pragmatismo de Don Paollo. A amabilidade e a diplomacia seriam usadas até o seu limite; após, estava disposto a ser o monstro que, de alguma forma, sabia que era. Mataria Morgan e quem fosse mais, se fosse necessário para garantir sua segurança e o fim daquela noite maldita.

Olhou para seu relógio, que, certamente, valia mais do que aqueles dois homens, somados, conquistariam em todas as suas vidas de trabalho, e viu que não tinha muitas horas mais disponíveis naquela noite. Abriu a porta de trás da viatura e entrou, seguro de que Morgan dispensaria o parceiro, entraria no carro, e prosseguiriam para o porto.
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Mensagem por Han Qui Dez 03, 2020 10:40 am

Éric de Coligny


3h41min

Éric analisava o cenário e concluía que parte do problema estava até então sob controle. A partir dali não dependia mais dele se Patrícia viveria ou morreria. Ele havia feito tudo que estava ao seu alcance. Por outro lado, ainda havia as autoridades. Éric sabia que não podia relaxar, não ainda. Antes de prosseguir, ele tocava sua pele para sentir se ainda estava aquecida pelo efeito do sangue. Ele também se olhava na porta espelhada do pronto socorro, para conferir seu tom de pele. Logo ele percebe que seria necessário gastar um pouco mais de sua reserva de sangue, se ele quisesse manter as aparências de um mortal. E assim ele faz.

- Peça ao seu parceiro que te espere aqui. Precisamos ir de volta ao porto e precisamos conversar a sós no caminho. Eu quero te ajudar e te dar as respostas que você precisa, mas isso só vai funcionar desse modo. Confie em mim. – E ao dizer aquelas últimas palavras, sorriu largamente para o policial. – Para o porto.

Se valendo do transe que ainda influenciava a psiquê do Subtenente, o Toreador o manipulava mais uma vez. Morgan absorvia o pedido do vampiro e, parecia pensar em uma maneira de dispensar o seu companheiro. O oficial se aproximava do outro agente e dizia: — Fique aqui de prontidão e verifique se algum familiar ou amigo surgirá procurando por notícias da mulher baleada. Caso apareça interrogue a pessoa. Dito isso, o Subtenente entrava na viatura e no banco de trás o vampiro já o esperava. Ele virava a chave na ignição e com as sirenes desligadas, partia em direção ao porto.

[...]

Chegando no porto, Éric via as viaturas que ainda estavam lá. Haviam policiais por toda a parte. A imprensa também estava lá. Pelo menos 3 repórteres já cobriam o evento e, outros dois se preparavam, montando o equipamento de filmagem. Logo que avistava a viatura do Subtenente, um policial se aproximava do veículo. Certamente para por a par do descoberto naquela cena. Dois corpos em meio aos containers.

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Mensagem por Abigail Qui Dez 03, 2020 5:34 pm

Em meio a meus devaneios abro a porta para o carniçal de Antonio.
Seja mal vindo! Acredita que não senti a sua falta?
Eu exclamava com um humor negro enquanto dava as costas para o carniçal e caminhava até o centro da sala. Então eu parava e me virava para ele.
Enquanto o carniçal fazia a cerimônia de abrir e despejar o sangue da garrafa na taça, os Astores do clã Tremere faziam o seu trabalho. Então o carniçal me ordenava:
- Beba!
Que atrevido! Eu pensava.
Não fosse essa situação eu o faria comer a própria língua!
Caminhava calmamente na direção da taça. Aquele sangue era era uma tentação.
Não posso fraquejar na frente dos Astores. Não posso correr o mesmo risco que corri na noite passada.
Por uma questão de orgulho eu não beberia o sangue. Não poderia me render. Por ter resistido na primeira noite o laço já não se completaria. Ainda assim, eu não podia mostrar essa fraqueza em público. Precisava permanecer firme. E mais ainda... tinha que me mostrar mais esperta que Antônio. E, por isso eu já começava a bolar um plano.
Pego a taça da mão do carniçal e enquanto a pego eu digo:
- Isso não vai ficar assim, viu? Claro que era apenas um showzinho, uma manha, uma reclamação. Na cabeça do carniçal não havia nada que eu pudesse fazer. E se não fosse pela ajuda dos Astores, realmente ele estaria certo e tudo o que eu poderia fazer seria esbravejar ao vento.
Caminho de costas segurando a taça rente ao meus seios, tocando discretamente o sangue com a ponta do meu dedo (Poder de Netuno). Enquanto o sangue se torna água dentro da taça, e fora do campo de visão do carniçal, eu então me viro de frente para o carniçal e viro a taça na minha boca, encenando uma expressão fidedigna de quem bebia um sangue de sétima geração.
Agora era só esperar o carniçal chegar e cuidar dos meus assuntos bem como aguardar as novas instruções dos Astores.
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Mensagem por NightChill Qui Dez 03, 2020 10:49 pm

Éric permitiu-se um breve sorriso, já dentro do carro, quando ouviu Morgan, convincentemente, mandar seu parceiro esperar no hospital por ele, deixando os dois, assim, a sós, como planejado. Durante o trajeto em direção ao porto, Éric permitiu-se observar, uma vez mais, as ruas da cidade, enquanto contemplava os próximos passos que deveria tomar e quais eram as possibilidades sobre as quais teria que agir. Olhou uma vez mais o relógio, para certificar-se de quanto tempo teria, antes de ter de retornar a seu refúgio e suspirou. Tinha tempo, mas já não tinha mais muito tempo.

Ao se aproximarem do porto e ver a movimentação, Éric pôs-se mais observador e cauteloso. Era importante não ser visto, não ser notado, manter-se em contato com o mínimo de pessoas possível. Isso porque, pensou, não havia nada que lhe pudesse incriminar, a não ser o testemunho de um homem amedrontado – Lerry – e uma ou outra pessoa que poderiam, no máximo, tê-lo visto tirar Patricia dali e levá-la ao hospital. Mas Éric sabia que ele não se poderia dar ao luxo, sequer, de ser intimado para depor ou qualquer coisa do tipo. Por isso, era hora de começar a aparar qualquer aresta, atar qualquer nó solto... e chegar às últimas consequências para isso, se possível.

Quando Éric viu que um policial se aproximava do veículo, disse a Morgan, antes que o homem se aproximasse demais:

- Não pare, siga. Vamos um pouco mais adiante onde possamos conversar sem que sejamos interrompidos.

Chegando a um lugar mais ermo, ainda dentro do carro, Éric vira-se para Morgan e o olha atentamente, como se quisesse entender mais aquele homem. Sua origem, seus anseios, suas preocupações, seu ethos, seus valores – alguma coisa que lhe ajudasse a conseguir dele um caminho seguro para a negociação que iniciaria.

- Morgan. – Disse Éric sorrindo brevemente. – Eu acho que estamos em condições de um ajudar ao outro aqui. Veja bem. Eu sei o que aconteceu ali no porto e não foi por acaso que eu estava ajudando aquela jovem baleada a sair dali, para procurar ajuda. E eu sou tão vítima do que aconteceu quanto ela e os outros. Mas, Morgan... – Éric suspirou, buscando manter-se humano o máximo que pudesse, naquela situação na qual ele jamais imaginara que iria estar, quando aquela noite começara. - ... uma pessoa como eu não se dar ao luxo de estar em evidência, nem ser ligado a nenhum escândalo. Nada do tipo. – Dizendo isso, Éric olhava profundamente nos olhos do policial, ao mesmo tempo em que buscava ler sua fisionomia, a fim de descobrir como o homem estava absorvendo aquelas informações. – Nem eu, nem aquela jovem. Então, Morgan, eu proponho um acordo. O que eu preciso: ser descartado da investigação, como se eu sequer existisse, e conseguir algumas informações, que me vão ser úteis. O que eu posso oferecer? Algum auxílio para a investigação, se você quiser ir mais a fundo nisso – e podemos até colaborar nesse sentido, porque eu adoraria ver o autor dos disparos ser destruído, pelo que ele fez. Mas, principalmente, eu posso resolver o que mais te atormenta no presente. Ou eu posso, até mesmo, te dar um futuro. Você me entende, Morgan?

Éric dizia aquelas palavras com o máximo de delicadeza que a situação requeria, mas sem deixar de ser direto. Buscava envolver o policial em sua narrativa e mostrar-se, ao mesmo tempo, útil e poderoso, com aquelas palavras. Também, buscava deixar claro, além de sua inocência e da necessidade de não ser parte de uma investigação, que não estava oferecendo ao policial um suborno barato qualquer. Fazia questão de mostrar que havia algo a mais no que estava oferecendo.

Ao terminar de dizer aquelas palavras, manteve seus olhos sobre o homem, com o sorriso constante; contudo, em sua mente, se preparara para o pior. Estava pronto para agir como Don Paollo lhe havia ensinado naquela noite. Estava pronto para ser cruel e pragmático, se necessário.
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Mensagem por Han Dom Dez 06, 2020 7:50 pm

Abigail


21h22min

Usando o mesmo artifício da noite anteiror, a Tremere transformava o sangue valioso contido na taça em nada além de água com um simples toque do seu dedo. Abigail sabia que estava sendo observada por importantes representantes de seu clã, apesar de o carniçal não poder vê-los. A Ancillar tomava a água e encenava estar bebendo um sangue potente e raro. Sua feição convencia o carniçal que, não era provida de tanta esperteza. Dessa vez não teve ligação, apenas uma mensagem do traidor, transmitida pelo seu lacaio fiel. — O mestre ordenou que amanhã você esteja vestida com traje de festa pois, depois de beber o ultimo gole do sangue do mestre, finalmente você terá o prazer de estar com ele. Suass palavras eram quase robóticas. Sua personalidade parecia não estar ali. Efeito conhecido pela Tremere. Afinal, dominação era um dos poderes nativos do seu clã.

Tão logo cumprira o seu papel ali, o lacaio de Antônio deixava aquele quarto escuro do hotel que outrora era todo bem iluminado e, oferecia um dos melhores serviços aos seus hóspedes. A própria vampira o acompanhava até a porta, não por cortesia ou qualquer outra expressão de apreço pelo visitante, mas sim para garantir que a porta seria devidamente fechada na saída do lacaio. A vontade de vampira era de matar aquele lacaio insolente ali mesmo. Aquele desejo alimentava a sua besta que parecia sussurrar coisas hediondas em sua mente. Mas não... não ainda. Abigail sabia que não podia ser impulsiva, ou colocaria tudo a perder.

Os Astores observavam atentos o carniçal entrar no carro e deixar o distrito. Eles então deixava a proteção da ofuscação para começar a trabalhar em cima do caso. Como uma boa equipe policial o faz. Só que nesse caso, com poderes invés de armas e, com rituais invés de pesquisas no computador. Logo os rastreadores começavam sua concentração para a execução do ritual. Enquanto isso, os abatedores se preparavam para sair as ruas. Alguns minutos depois e um dos rastreadores dizia: — O alvo parou de se mover. Ele retirava um mapa de dentro de uma bolsa e o abria sobre a mesa. A luz vinha de uma tocha improvisada pela sedução das chamas, já que a cidade estava sem abastecimento de energia. Era triste contemplar Vegas daquele jeito. Uma cidade tão viva e iluminada. Agora não passava de um campo de guerra. Escuro e vazio. — Aqui! Dizia a voz feminina por de trás da máscara que protegia a identidade da Astora. Os batedores pegavam as coordenadas. — Você vem? Perguntava um deles para a Abigail.

[...]


O grupo caminhava junto na direção indicada pelos rastreadores. A maestria em ofuscação de um deles garantiam a passagem livre entre humanos que ali desempenhavam todo o tipo de papel. Policiais garantiam a segurança dos agentes de saúde e dos bombeiros que, resgatavam vítimas dos ataques que esperavam esperançosamente, presas nos escombros das construções atingidas por algumas explosões. Abigail via todo o trabalho desses heróis de perto. Em meio aquilo, uma dor afligia o seu coração ao ver uma garota da idade de Magnólia sendo retirada de baixo de uma pilha de escombros, sem vida. Por um momento ela cessa seus passos para observar a cena. — Não pare. Sussurrou um dos Astores para a vampira. Minutos depois, o trio chegava ao local onde o lacaio provavelmente estaria. Para a surpresa de Abigail, era justamente na Universidade onde se encontrava a capela tremere de Las Vegas. Será? Se perguntava a Ancillae. Estando familiarizada com o local, a vampira teve o ímpeto de ir na direção da entrada sem hesitar. Um dos Astores a parava e, sem nada dizer apontava para o alto do prédio.

Spoiler:

Três gárgulas protegiam o prédio observando tudo a volta. O local era o mesmo mas, a realidade era outra. Não podemos entrar sem ser detectados. Nem mesmo a ofuscação seria suficiente para passarmos despercebidos. Teremos que abate-los antes de entrar e, se possível de maneira silenciosa e rápida. Os Astores pareciam refletir sobre a situação. Talvez tivessem bolando um plano de ação antes de prosseguir. Abigail era parte daquela equipe e, sabia que podia contribuir.

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Mensagem por Abigail Seg Dez 07, 2020 1:31 pm

Após despachar o carniçal de Antonio era hora de dar um novo passo. Sem hesitação eu respondia àquilo que me perguntavam.
Você vem?
- Com certeza! Não perderia isto por nada! Na verdade havia até uma empolgação em minha resposta.

No caminho até o destino traçado vejo uma vítima daquela batalha que me fazia lembrar a minha filha. Por instante me perco em pensamentos e quase fico para trás.
— Não pare.
Eu assentia com a cabeça num sinal afirmativo. Talvez eles não sabiam o que se passava em meus pensamentos e no mar de emoções em que eu me encontrava.

Chegando ao destino eu via que Antonio estava se refugiando na Capela.
"Obviamente é o lugar mais seguro para ele. Feitiços, rituais e aprendizes do clã Tremere o protegendo acreditando que estão lutando pela causa certa, sem saber o quão ele está corrompido. Sozinha eu jamais seria capaz de lidar contra ele... isso se torna cada vez mais evidente."
A cada novidade eu via como tinha tomado a decisão certa. Enfrentar Antonio sozinha seria suicídio.
Não podemos entrar sem ser detectados. Nem mesmo a ofuscação seria suficiente para passarmos despercebidos. Teremos que abate-los antes de entrar e, se possível de maneira silenciosa e rápida.
Gárgulas... Eu sussurrava baixinho como que para mim mesma.
Criaturas hediondas, escravas criadas pelo clã Tremere para proteção física. Possuem a mente fraca, mas suas capacidades físicas de combate são assustadoras. Todo cuidado aqui é pouco... Eu pensava.

Eu fui "convidada" para estar aqui, entre eles. A menos que me peçam não irei assumir a liderança disso aqui. Seria deselegante da minha parte. Além disso, pode ser que todos eles sejam mais habilidosos que eu em suas perícias. Como esse é o trabalho deles, é certo que eles sabem o que se deve fazer.

Observo o que os Astores estão tramando fazer e mantenho-me atenta em como eles pretendiam usar a minha colaboração. Simultaneamente a isso, observo se há energia elétrica nas dependências daquele lugar. Vegas estava caindo aos pedaços, mas eu acreditava que Antonio iria manter o seu refúgio com energia elétrica chegando. E eu estando certa sobre isso, tentava identificar de onde vinha e por onde estava sendo transmitido a energia elétrica.

Enquanto eles elaboram seu plano mergulho em um mar sensorial amplificando meus sentidos ao extremo. Busco tentar identificar possíveis ameaças além das gárgulas que estamos vendo, bem como possíveis recursos que posso utilizar ao nosso favor num eventual combate contra as gárgulas. - Auspícius -
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Mensagem por Han Ter Dez 08, 2020 12:45 pm

Éric de Coligny


4h00min

- Não pare, siga. Vamos um pouco mais adiante onde possamos conversar sem que sejamos interrompidos.

Morgan olha para o agente que vinha em sua direção com cara de quem sentia estar fazendo a coisa errada mas, mesmo assim seguia as ordens do vampiro. Éric sentia que o Subtenente acatava a sua ordem mas, ele não sabia o porquê. Éric sente que talvez estivesse abusando demais do transe e, a qualquer momento o seu alvo poderia despertar e ficar bem confuso diante de tudo que aconteceu. O que poderia render alguns problemas para o vampiro. Morgan acelera a viatura que já estava quase parando e se afasta do porto, assim como ordenou o Toreador. Ele estacionava em frente a uma distribuidora de frutos do mar, na avenida litorânea. Não havia movimento ali aquela hora. A viatura parou bem embaixo de um poste que, iluminava bem o local. A chuva começava a perder força e não passava de um chuvisco, porém, constante.

- Morgan. – Disse Éric sorrindo brevemente. – Eu acho que estamos em condições de um ajudar ao outro aqui. Veja bem. Eu sei o que aconteceu ali no porto e não foi por acaso que eu estava ajudando aquela jovem baleada a sair dali, para procurar ajuda. E eu sou tão vítima do que aconteceu quanto ela e os outros. Mas, Morgan... – Éric suspirou, buscando manter-se humano o máximo que pudesse, naquela situação na qual ele jamais imaginara que iria estar, quando aquela noite começara. - ... uma pessoa como eu não se dar ao luxo de estar em evidência, nem ser ligado a nenhum escândalo. Nada do tipo.  – Nem eu, nem aquela jovem. Então, Morgan, eu proponho um acordo. O que eu preciso: ser descartado da investigação, como se eu sequer existisse, e conseguir algumas informações, que me vão ser úteis. O que eu posso oferecer? Algum auxílio para a investigação, se você quiser ir mais a fundo nisso – e podemos até colaborar nesse sentido, porque eu adoraria ver o autor dos disparos ser destruído, pelo que ele fez. Mas, principalmente, eu posso resolver o que mais te atormenta no presente. Ou eu posso, até mesmo, te dar um futuro. Você me entende, Morgan?

Morgan ouve sem interromper o vampiro. Assim que nota a oferta de suborno, mesmo que velada, o homem contrai suas sobrancelhas e adota uma postura defensiva. O silêncio predomina dentro do veículo por alguns segundos... Antes que o Subtenente pudesse se manifestar em relação a ousada proposta de Éric, uma voz mecanizada soava, vinda do rádio comunicador, preso ao painel da viatura. "— Subtenente? Subtenente Morgan? Está tudo bem? Precisamos do senhor aqui no local do crime." Morgan olhava bem fundo nos olhos do neófito, como quem estivesse o julgando. Ele pegava o rádio comunicador e o levava próximo a boca. Ele aperta um botão no aparelho e um sinal sonoro era emitido, antes do Subtenente responder. — Aqui é o Subtenente Morgan. Estou me deslocando para o local. Ele colocava o rádio no suporte e agora, voltava a atenção para o neófito. — O que o senhor quer dizer com me dar um futuro? Morgan descansava sua mão sobre o revolver preso ao coldre em sua cintura. — Meu futuro está bem garantido. Tenho um bom cargo. Já estou quase me aposentando. O que o senhor poderia me dar para que eu atenda seus pedidos? Morgan falava em um tom de negociação. Ele poderia de fato estar aberto a negociação ou, talvez quisesse que o vampiro falasse claramente que se tratava de um suborno. Com isso a acusação seria mais fácil. Éric sentia-se pressionado. Ele não sabia de fato o que esperar do oficial mas, sabia que o tempo ali era curto pois, como pode ouvir, Morgan estava sendo solicitado por sua equipe.

Testes:

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