O Ruir do Velho Mundo - Abrem-se as portas

Golpes atingiam o corpo do caçador. Rian sentia como se estivesse repetindo o seu treino, como se ele estivesse chutando e socando o seu saco de pancadas. Mas, desta vez... um saco de pancadas vivo. Os golpes entravam com exatidão e potência, provocando um estrago irreversível naquele corpo. Um sorriso surgia no rosto do karateca. Seu alvo não teria chances.

Porém, o sorriso se desfazia no instante em que Rian via o caçador ainda retirando forças de algum lugar para revidar. Ao ver o fogo sendo lançado em sua direção, o vampiro esquivava-se e também contra-atacava. Mais do que nunca sabia que não podia dar nenhuma chance de reação para o seu alvo. Os caçadores eram perigosos. Deveriam ser destruídos o mais rápido possível. Um último soco, desta vez, tão forte que destruía o crânio do alvo. Um novo sorriso surgia no rosto do carateca...
"- No fim... ele errou..." Rian mal concluía o pensamento quando via que o fogo na verdade estava em seu peito, queimando através da flecha. A dor do ferimento causado por fogo era única. Facilmente reconhecida, por qualquer ser vivo ou morto. "- Mas o quê...?"

- Aaaaaaah! Meeeeerdaaaa!!! Tá queimando! Tá queimando!
Rian gritava sozinho no meio da rua consigo mesmo e sem pensar duas vezes arrancava a flecha em chamas com as mãos nuas atirando-o longe de si. Em seguida ele não sabia se aparava sua mão ou o seu peito. Tanto um quanto outro ardiam em dor! - AAAAAAAAAAaaaah!! Merda! Merda!
"- Droga, não posso ficar aqui parado!"

Rapidamente o Gangrel pegava o brinco do caçador que outrora era rubro e colocava em seu bolso. Aquele objeto parecia conter um poder especial. Merecia ser estudado. Em seguida ele arrastava os dois corpos para a floresta, bebia o sangue que havia sobrado em seus corpos e checava o que havia em suas roupas. Algum bilhete, suas carteiras, algum tipo de objeto mágico ou arma... sempre tomando o cuidado para não queimar a mão como na flecha...