Vampiros - A Máscara
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Gosto de Fim, a morte de Kurt Marshall

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Mensagem por Pri Qua maio 15, 2013 8:22 pm

O que pensariam os humanos ao verem a metade de um corpo de uma pessoa morta... Cicatrizado? Apesar de nada dizer a respeito ou trocar palavras com os humanos, se saíssem vivos o que diriam que haviam encontrado? Talvez fosse melhor simplesmente atacá-los ali e abastecer-se... Quando o prédio desabasse, dificilmente restaria algo para ser analisado. Sim, alimentar-se seria uma ótima válvula de escape para toda a frustração que sentia, de modo que seu desejo transpassou em seu olhar e sorriso como uma predadora que está de olho em sua presa. Talvez, se houvesse seguido na frente como havia proposto poderia ter feito sua pequena chacina sem se importar com o que os olhos que a acompanhavam veriam. Olhou sua filha com o canto dos olhos, se perguntando do porque havia evitado seu instinto por ela. Therese havia dito que sua mãe era um monstro, não é? Então qual o problema de se mostrar verdadeiramente, por que ainda se importava?

O silêncio apenas contribuía para seus pensamentos lhe perturbarem. O que a fazia se importar? Eram estranhas, criaturas malditas a seu próprio modo... Será que era a possibilidade do fim de sua eternidade que a fazia pensar em tais coisas? Não... desde que os sonhos começaram sentia-se diferente. Um prelúdio para o fim, definitivamente. Que importava se estavam em cima de um míssil e poderia virar pó dali a instantes? Apenas balançou a cabeça positivamente para os dois Giovannis, permanecendo onde Hermett pedia - Pode deixar Felicia comigo, cuido dela enquanto você... Faz o que precisa aí dentro. - O que deveria ser algo completamente desagradável, acreditava. Se ele a deixasse, abaixaria-se para deixar Felicia encostada em seu próprio corpo e entre seus braços para segurá-la se fosse necessário.

Caso contrário, apenas manteria alguma distância de sua filha para não deixá-la perturbada com sua presença, sequer levantando o olhar para ela quando esta parecia querer dizer algo. Não acreditava que pudesse remediar as coisas, ainda mais depois da escolha que havia feito de não ajudar o advogado. Sabia que a criança nunca iria entender as regras que permeavam a vida de um cainita... E claro, havia sua própria moral a ser levada em consideração. Aguardou Lenora e Hermett darem algum sinal e então adentrou pela porta que os dois irmãos haviam entrado segurando-se no batente - e levando Felicia consigo, se esta houvesse ficado para trás - após Therese ter entrado. Apoiou-se em uma parede, deixando também a tremere apoiada enquanto analisava as coisas ao seu redor. Ouvia Lenora murmurar algo na janela e franziu o cenho, traduzindo seus pensamentos em palavras.

Bem... É... Um prédio fantasma esse que iremos alcançar? - A parte do saltar ainda era um pouco complicada, ainda mais todos juntos grudados em Lenora. Como fariam isso? - Por quanto tempo, você quer dizer quanto tempo poderemos ficar lá dentro?
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Mensagem por Dylan Dog Qua maio 15, 2013 9:17 pm

Marshall se detêm. ele olha com perplexidade para o outro homem, ele sabe o que ele viu, e sabe mais...

- Não dá pra fugir...

Kurt está desolado... Ele pega as armas que o homem lhe dá e as coloca na cintura.

- Seja lá o que for fazer... faça logo!

Marshall está determinado, nada vai para-lo para salvar seu filho.

1 FV * para resistir ao medo*

Aquilo não era normal pra ele, era horrendo... As sombras... A forma humanoide e disforme, era TENEBROSO. Porém, Kurt sentia como se aquilo fosse tão familiar ao mesmo tempo, aquilo era tão natural pra ele quanto correr, era como se ele mesmo pudesse se tornar aquilo se quisesse.

- O que...? É você? - O advogado indaga com uma voz exitante o ser que o envolve com o tentáculo e o leva para fora da armadilha de concreto.
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Mensagem por Gam Qua maio 15, 2013 10:27 pm

@Elyon Kameroth
O Garou avança na direção de Geronimo, mas o Lasombra, mantendo uma frieza ímpar, abaixa o florete e diz:

- Pare.

O Garou para. É a brecha que Elyon precisava.
Imitando sua tática suja e ardilosa, o cão negro revela-se de lugar nenhum saltando com seus caninos afiadíssimos no pescoço do gigantesco Garou.

O monstro urra e se debate, mas a mordida do pastor é inflexível. Sangue voa para todo o lado conforme a pele e carne é rasgada até que, por fim, é demais para o lobo suportar.

Ele tomba, fazendo um enorme barulho e tremendo o recinto. Elyon então nota um formigamento em sua boca e um gosto terrível na língua. Quando solta o pescoço do monstro, pode notar seu sangue escorrendo e corroendo os próprios pelos. Um veneno fortíssimo.

Geronimo então arranca a cabeça do cainita sobrevivente com um movimento rápido e limpo.

- Vamos. - Ele diz. - A Camarilla não é mais uma ameaça aqui. Temos que sair do prédio enquanto é tempo.

Spoiler:
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Mensagem por No One Qui maio 16, 2013 12:15 am

Gerônimo surpreendeu Elyon segundos antes de seu ataque, comandando-o como faziam os cainitas com humanos quaisquer. O Gangrel não sabia que Garous podiam ser dominados tão facilmente quanto os mortais, mas não perdeu tempo refletindo sobre tal coisa, apenas aproveitou-se da baixa guarda do lobisomem para dar-lhe um ataque ainda mais fatal.

Com um rápido e furtivo salto, cravou suas presas caninas afiadíssimas no pescoço do monstro. O ataque foi simplesmente perfeito! Suas presas rasgaram o pescoço do Garou profundamente, rompendo pontos vitais de seu corpo que, embora tão absurdamente alterado, ainda exercia as funções de um ser vivo. O sangue jorrava absurdamente de seu pescoço devido ao rompimento dos canais que o levavam até o cérebro do Garou. Elyon deleitava-se do banho de sangue que tomava ao assassinar aquele filho da puta. Sua mente, embora ainda levemente alterada pelo sangue lupino que restava em seu sistema, tinha praticamente voltado ao normal. Contudo, mesmo em estado normal, Elyon ainda detestava aqueles desgraçados e destroçar um deles gerava um intenso prazer sádico.

Após debater-se e urrar freneticamente de dor, o Garou estava prestes a desabar. Elyon saltou para trás antes que isso acontecesse. Anteriormente, havia sentido vontade de continuar destroçando aquele monstro mesmo após a sua morte, em uma fúria incontrolável. Entretanto, naquele momento, não sentia mais necessidade disso, voltando à sua frieza racional. Mas além disso, outros motivos surgiram para que ele não fizesse aquilo. Sua boca formigava com o terrível gosto do sangue do Garou, totalmente diferente do anterior. Não apenas isso, mas o sangue que antes havia lhe fornecido um verdadeiro banho, agora corroía sua pele levemente, fazendo-a formigar em uma leve ardência e com que alguns de seus pelos caíssem. Contudo, embora no início tivesse surpreendido Elyon, aquilo não tinha surtido o efeito que o Garou esperava, tendo sido apenas um leve incômodo. Sua forma física, naquele momento, assustaria qualquer mortal: um cão negro, completamente ensanguentado, com algumas partes sem pelos, músculos e dentes muito melhores desenvolvidos do que em animais comuns e um olhar extremamente sério e racional de um predador.

Por fim, Elyon partiria daquele lugar. Porém, antes que assumisse a sua forma física mais comum, viu que Gerônimo havia cortado a cabeça do vampiro sobrevivente da Camarilla. "Mas que filho da puta!!" - Pensou ao ver a cena. Elyon pretendia levar aquele Camarilla com ele, para em breve interrogá-lo afim de obter informações que pudessem ser úteis para a derrubada da Camarilla na cidade e que consequentemente o aproximariam de seu objetivo de tornar-se um Bispo. Agora ele tinha perdido essa chance. Irritou-se, claro. Poderia criticar Gerônimo? Sim. Isso seria útil? Não. Se o vampiro em questão já tinha morrido, comprar discussão com Gerônimo seria inútil. Afinal, o máximo que ele conseguiria depois disso seria perder Gerônimo como um futuro aliado, algo que ele esperava já estar conseguindo depois de salvar a vida dele. Obviamente, até mesmo a conquista de uma "amizade" era uma relação de interesses para Elyon, que enxergava tal coisa como algo que poderia utilizar ao seu favor futuramente, assim como fazia com os mortais úteis que ele tinha feito com que o enxergassem como um amigo.

Gerônimo então falou que deveriam sair dali enquanto havia tempo, pois a Camarilla daquele lugar já era. Tudo muito óbvio, além de que Elyon faria aquilo de qualquer forma. "De nada, seu bosta!" - Pensava Elyon diante da ausência de um agradecimento, mas não retornou a sua forma normal para falar nada. Apenas concordou com um movimento de cabeça, e então voltou a assumir a forma de roedor, gastando assim a última reserva de sangue lupino de seu sistema. Além disso, voltou a ofuscar-se. Partiu então procurando por alguma janela para que tivesse acesso ao lado de fora, utilizando-se dela para sair do prédio e afastar-se do local o mais rápido possível. Com suas aptidões de roedor e uma destreza tão boa, aquilo não seria difícil. Esperava que Gerônimo acompanhasse seu ritmo, e se possível o seguiria.
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Mensagem por Gam Sáb maio 18, 2013 2:53 pm

@Marie Antoinette
Felícia fez questão de ir com Hermett. Com seus olhos cegos, de algum modo ela vê o mundo que os Giovanni vêem. Bruxarias Tremere que Marie Antoinette não saberia explicar.

Uma vez lá dentro, quando fala com Leonora, Marie Antoinette é completamente ignorada. Ela parece muito entretida falando sozinha.

- Ela está negociando nossa entrada. Aparições já não gostam do modo como as usamos, e o que estamos querendo fazer agora é invasivo demais mesmo para quem elas gostam. Em todo o caso, será melhor se conseguirmos a autorização de bom grado. Forçar o caminho por dentro de um edifício desse tamanho seria... inconveniente. - Lhe responde Hermett, que ainda tem Felícia em suas costas.

- Provavelmente só poderemos ficar lá pelo tempo que levarmos para alcançar o térreo. - Complementa Felícia. - Vamos irritar muita gente com essa breve passagem. - Ela dá um sorriso perturbador.

Leonora então se afasta da janela. Ela soca a parede, parece irritada.

- Leonora? - Pergunta Hermett.

- Nós vamos entrar a força. - Ela diz, deixando evidente que não conseguiu negociar a passagem.

Ela então fecha a janela e, com uma lasca de plástico afiada, começa a riscar o vidro. O barulho do vidro sendo riscado é irritante, arranhando lá dentro da alma, mas ela é impassível em sua revolta. Por fim Leonora termina de desenhar o que parece ser um círculo ritualístico que Antoinette desconhece.

Ela apóia ambas as mãos no vidro e parece estar forçando-o. Ela empurra com toda sua força. Nota-se seus braços tremendo, seus dentes rangem, parece estar fazedo um esforço descomunal. E algum efeito sobrenatural parece dar força para a janela, porque ela com certeza já teria rompido se ainda estivesse normal.

- Ugh... - Leonora fecha os olhos, tenta apoiar o ombro para ajudar.

Leonora; Ex Nihilo
Vigor+Ocultismo = 3+4 = 7 / Dif = 8
3, 1(x), 2, 5, 1(x), 9, 9 = 0 sucessos

Mas é inútil. Por fim, ela se cansa.

- Ainda tem outro modo, Leonora. - Diz seu irmão. - Você não precisa se forçar tanto.

Decidida, ela o ignora. Leonora se prepara e apoia no vidro de novo, empurrando com toda sua força. Suor vermelho escorre de sua têmpora. Ela chega a gritar de esforço, dá tudo de si...

Leonora; Ex Nihilo
Vigor+Ocultismo = 3+4 = 7 / Dif = 8
4, 2, 1(x), 8, 4, 7, 7 = 0 sucessos

Mas de novo, nada acontece. E, dessa vez, a janela cede e quebra, cacos enormes de vidro em queda livre.

- Ok, que seja. Antoinette, carregue sua filha e dê a mão para Hermett. Hermett, me dê a sua outra mão.

Uma vez que todos estejam se segurando uns aos outros, Leonora os direciona para se afastar um pouco da janela.

- Ok, esse é o plano C: Corram e saltem comigo.

E é isso o que ela faz. Todos correm juntos de mãos dadas rumo à grande janela aberta. No último segundo antes de saltar, ouvem a inevitável explosão. Por um breve momento, a sensação de falta de gravidade antes da queda. Eles saltam, e o prédio atrás de si despenca. Os andares passam um após o outro em velocidade crescente à pouquíssimos metros atrás deles, conforme o arranha-céus desmorona sobre si mesmo.

Antoinette, carregando uma catatônica Thérèse nas costas, se vê segurando firme a mão de Hermett que, carregando Felícia nas costas, segura firme a mão de Leonora que, com seus músculos maximizados pela ação da vitae, segura firme... em pleno ar. Estão todos pendurados em alguma coisa invisível. Antoinette ouve Leonora falando sozinha em uma língua estranha. Ela fala gritando, e parece agressiva. Provavelmente gastou muito sangue com tudo isso, ela já deve estar à beira do colapso.





@Jorge Altobello e Kurt Marshall
Altobello; Metamorfose Sombria
Manipulação+Coragem = 5+4 = 9 / Dif = 7
4, 7, 7, 4, 9, 6, 7, 5, 2 = 4 sucessos

Marshall; Não apavorar-se
Coragem = 4 / FV / Dif = 8
1(x), 3, 6, 3 = Falha crítica + 1 = 1/5 sucessos

O misterioso homem que já era sombrio por si só, repentinamente torna-se um pesadelo ambulante. Ele não apenas vira uma espécie de monstro de trevas saído de um sonho doentio, como também aumenta drasticamente sua massa muscular. A rápida transformação assusta Kurt Marshall, mas ele sobrepõe o terror com sua vontade de continuar. Ele aguentou muita coisa até aqui, não é agora que vai desistir.

Um tentáculo de trevas das costas do... ser... se aproxima de Kurt Marshall. Ele hesita, mas permite-se envolver. Ele é pego como um boneco e levantado com facilidade do chão. A criatura então faz o inesperado. Corre pelo andar e salta pela janela.

Por um instante Kurt acha que vai morrer. Quando passa pela janela aberta, lhe dá um frio na barriga e a nítida impressão de que o monstro perdeu a noção do perigo. Mas isso passa quando ele nota que, estranhamente, não está em queda livre.

A criatura, com seus tentáculos tenebrosos, desce pela parede do prédio como uma espécie de animal monstruoso. Andar à andar, eles descem rapidamente até que, súbito, ele para.

Altobello; Braços do Abismo
Manipulação+Ocultismo = 5+4 = 9 / Dif = 7
8, 6, 3, 7, 4, 4, 3, 5, 10(3) = 3 sucessos

Um tentáculo repentinamente surge do topo do prédio do outro lado da rua. Ele é maior que os outros, crescendo e se esticando na direção dos dois. Kurt tem uma péssima intuição quando o monstro se ajeita, virando-se de costas para o Empire State e balança suavemente para frente e para trás, claramente se preparando para saltar.

Altobello; Salto
Força+Esportes = 5+0 = 5 / Dif = 6
9, 8, 1(x), 9, 10(2) = 3 sucessos

Ele pula. Cria e criador cruzam o ar frio da noite por alguns instantes na incerteza de alcançar seu objetivo. Tão natural quanto qualquer um de seus membros, ele segura a ponta do novo tentáculo com um de seus próprios tentáculos, e se permite levar pela força da gravidade, pendulando e caindo em cheio em uma janela, rolando pelo chão do apartamento entre cacos de vidro.

Altobello; Fome
Autocontrole = 2 / Dif = 8
5, 2 = Falha

Marshall; Não apavorar-se
Coragem = 4 / Dif = 8
9, 2, 4, 4 = 1 sucesso = 2/5 sucessos

Eles estão em uma sala de estar. É tudo bem convencional. Sofá, tapete, televisão, etc. E parece não haver ninguém em casa. Marshall, agora livre do tentáculo, levanta-se. O monstro, porém, parece diferente. É claro que ele já era assustador antes, mas há algo pior agora. Uma leve nuância de algo terrível. Algo no modo como ele se levanta devagar, no jeito como sua face vazia encara o advogado... Definitivamente há algo de muito errado.

Mas não há tempo para perguntas agora, porque um som ensurdecedor toma conta. A explosão do míssel, 20 andares acima deles, move um volume tão grande de ar que todas as janelas estouram em minúsculos cacos de vidro, assim como qualquer coisa frágil ao redor dos dois Lasombra. Eles estão no prédio do outro lado da rua, mas têm a nítida impressão de que toda sua estrutura balançou em decorrência da explosão. Mas o que é realmente assustador é o que vem a seguir. O breve momento de silêncio indica a calmaria que precede a tempestade. Suas mentes gostariam de acreditar que não, mas ambos sabem que centenas de toneladas de concreto descerão sobre o prédio em que estão nesse exato momento. Cada milésimo conta.





@Elyon Kameroth
Dos quatro personagens principais deste conto, Kameroth é o único que não tem estresses relacionados à queda do Empire State Building. Muito pelo contrário, aliás. À cinco quarteirões de distância, sentados sob um outdoor e protegidos por sua sombra que lhes oculta, Elyon e Geronimo assistem a queda da Torre de Marfim sobre ela mesma. É majestoso, pra dizer o mínimo.

- As outras incursões foram um sucesso. A Camarilla de Nova Iorque caiu hoje. - Se não soubesse que o homem é um sociopata completo, Elyon poderia jurar que há um toque de orgulho ou alívio em sua voz. - Nós vencemos.

- Mas ainda não acabou. Precisamos acabar com as pontas soltas e ter certeza de que eles não voltarão com um contra-ataque enquanto estamos desorganizados, há muito a ser feito hoje. - Ele se levanta. - Vá para o Queens, eles precisam de alguém para conter todos os cabeças-de-pá em frenesi. Você provavelmente é o mais indicado para a tarefa.
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Mensagem por Dylan Dog Sáb maio 18, 2013 5:20 pm

Kurt resiste ao medo, ele fecha os olhos algumas vezes. O ser é monstruoso.

Ele salta para fora do andar e desce apara outro prédio, saltando novamente e se agarrando em outro tentáculo. A aparência ainda o incomoda muito.

Já dentro do apartamento nada de diferente, não havia ninguém pro azar de Kurt, que agora tem um monstro olhando pra ele faminto, mas a vida é uma caixinha de surpresas.

*EXPLOSÃO*

- Se concentra! Vamos cair fora daqui, VAMOS! - Marshall corre para a porta e a chuta sem cerimônia tentando arromba-la. Se não arrombar no chute eu saco uma desert e atiro na fechadura.
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Mensagem por Padre Judas Sáb maio 18, 2013 6:29 pm

ㅤㅤEstilhaços! Pequenos pedaços de vidro decoraram o ar por alguns décimos de segundo. Esses mesmos cacos se deitaram comigo no tapete daquele apartamento. Não tinha ninguém lá. Quem quer que tenha morado lá, provavelmente viu o avião chocando-se contra o prédio ao lado e fugiu. O quarteirão inteiro deveria estar evacuado. Uma notícia não muito boa para mim, porque nesse momento a Besta rugiu.

ㅤㅤ- "Sangue! Sangue!" - Aquele pobre homem... Mal despertou para a não-vida, e já iria perecer. - "Ele é apenas um saco de sangue, Jorge. Um saco de sangue delicioso! Consegue ver a Vitae por dentro de suas veias?" - Sim. O vampiro me olhava receoso, como se soubesse que eu era apenas um mero expectador naquele momento. - "Ataque, Jorge! Se lembra o quão magnífica é uma Diablerie? Já faz tanto tempo..."

ㅤㅤBooom! Os móveis ao meu redor fizeram um show a parte enquanto o impacto os destroçava. Eu não poderia permitir que o animal dentro de mim se preocupasse com comida e deixasse que toneladas de concreto esmagasse minha cabeça. Eu precisava sair dali! O mais rápido possível! Minha existência dependia disso.

ㅤㅤSem se preocupar com distrações com sua besta, a cria saiu à frente. - Saia! - Rosnei. Aquele fraco estúpido estava gastando tempo precioso chutando a porta. O meu rascunho sombrio de mão envolveu o gatilho do fuzil, fazendo a arma destruir a tranca por completo. Quase simultaneamente, um dos tentáculos em meu peito puxou a maçaneta, abrindo passagem para que eu corresse até a outra ponta do corredor e repetisse o processo com a próxima porta.

ㅤㅤ- Pule! - Ordenei agressivo. Me controlar se mostrava ser uma tarefa árdua. Algo dentro de mim dizia para esquecer o perigo iminente e apenas saciar minha fome com o jovem vampiro. - "Tudo vai ficar bem" - A fera dizia. O inferno que iria! Eu deveria me afastar o máximo dali! E foi isso que eu fiz. Atravessando outro apartamento, sem ao menos pensar nas possibilidades me atirei pela janela oitavo andar. - "Isso só vai doer um pouquinho."
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Mensagem por Gam Dom maio 19, 2013 6:26 pm

@Jorge Altobello e Kurt Marshall
Não há tempo para brincar de caça e caçador agora. Altobello e Marshall arrombam a porta do apartamento bem a tempo de ouvir o começo da avalanche. Conforme os destroços atingem o prédio, um barulho ensurdecedor acompanhado de grande tremor é sentido no prédio inteiro.

Eles correm pelo corredor do hall enquanto o teto desaba atrás de si, parte por parte. Enormes blocos de concreto maciço derrubam as humildes fundições do pequeno prédio como se este fosse feito de gesso. Altobello atira na fechadura do apartamento à frente, e monstro e cria invadem mais uma residência, atravessam a sala e saltam pela janela.

Ironicamente, a queda dói mais para o vampiro mais velho do que para a criança da noite. Altobello cai de mal jeito e torce o tornozelo, além de ter a impressão de ter trincado uma costela ou duas. Marshall, contudo, tem o primeiro sabor da imortalidade ao notar que a queda do oitavo andar não significou muito para seu "novo eu". Ele rasga um pouco a barra da calça e rala o joelho direito, mas no todo foi como cair de uma mureta pequena.

Antes que se levantem, o som ensurdecedor do desmoronamento para. Não dá para ver um palmo à frente devido à baixa visibilidade da gigantesca nuvem de poeira que levantou em decorrência do desmoronamento, portanto não é possível ver como ficou o prédio do qual acabaram de saltar, apesar de dar pra imaginar um belo estrago.

A Besta urge de fome dentro de Altobello, mas ele consegue resistir por agora. A Besta de Marshall, por sua vez, grunhe de medo de seu estranho aliado, mas ele também consegue se controlar por agora.

Spoiler:





@Elyon Kameroth
    -Onde estão especificamente nessa área?


- Em toda parte. O Bando dos Reis incitou o frenesi nos cabeças-de-pá como uma tática caótica e instável. Funcionou, mas eles aparentemente não pensaram em como parar o caos depois.

    -Compreendo. - Elyon comenta, assumindo novamente a sua postura fria, racional e confiante. - Bom, antes de partir, gostaria de questioná-lo sobre algo.


- Uhm. - Geronimo diz, dando-lhe a deixa.

    -Bom, primeiramente, o Bispo Springfield pretende assumir o cargo de Arcebispo quando a poeira baixar? - Começa Elyon. Sua voz é calma e sua tonalidade soava razoável. Além de suas capacidades de liderança, Elyon sabia perfeitamente falar sobre praticamente qualquer assunto sem irritar os demais. Ele sabia que Gerônimo poderia não gostar de questionamentos sobre o futuro da cidade em um momento como aquele, mas Elyon precisava saber se seus esforços estavam valendo a pena. Afinal, seu objetivo está longe de ser simplesmente "ajudar o Sabá por amor à seita".


- Eu não sei. Acredito que ele irá ficar em silêncio apenas ganhando espaço até que o Arcebispo o desafie em uma Monomancia. Springfield é inteligente demais para atropelar as coisas antes da hora.

    -O Arcebispo ainda teria a ousadia de questionar a posse da cidade, mesmo já possuindo um estado em sua liderança e ainda não tendo contribuído com o ataque?


- Não é a posse da cidade que está em questão, é uma questão de respeito à hierarquia. Springfield moveu-se sem o consentimento dele e, pior, teve sucesso. Se Springfield continuar incomodando-o, uma hora sua paciência vai acabar e ele mesmo virá ao seu encontro. Quando isso acontecer, ele só tem que vencer a Monomancia e se tornará Arcebispo, levando com seu sucesso quem estiver ao seu lado.

    -Você chegou aonde eu queria. - Elyon sorri para Gerônimo, quase como se eles já estivessem mais íntimos. - Eu e você passamos por consideráveis perigos até agora, e a noite só está começando. Certamente nem eu e nem você estaríamos aqui sem um incentivo. O que você almeja, Gerônimo? - O modo como Elyon conversava com ele, indiciava uma certa proximidade crescente. Embora Elyon enxergasse alianças como ferramentas, nem tudo ali era fachada. Elyon achava Gerônimo autêntico, seu porte era admirável, mesmo tratando-se de um sociopata.


Teste oculto

Geronimo é claramente pego de surpresa. Ele desvia o olhar, parece pensativo.

- ... - Não é como se Elyon houvesse pisado onde não deve, muito pelo contrário. - Eu não sei, nunca parei pra pensar nisso. Por hora eu só almejo o sucesso de Springfield, mais nada.
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Mensagem por Dylan Dog Dom maio 19, 2013 8:29 pm

- 1 FV *resistir ao medo*

Kurt não entende o que aconteceu com ele, só um rasgo na calça e um ralado no joelho, isso não é nada. Ele voltou a vida e seu corpo não sofreu nada após saltar do 8° andar! Aquilo era fantástico. Kurt arruma o chapéu, saca uma Desert (Mão direita) e segue reto, balançando a mão esquerda tentando tirar a nevoa da frente da visão.

- Aguente mais um pouco. Vamos sair logo da qui! Por aqui, venha!

Ele fala em tom imperativo para o "monstro", não na intenção de dar ordem, mas aquilo foi meio que "natural".
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Mensagem por Pri Seg maio 20, 2013 8:46 pm

Deu de ombros para a opção de Felicia, não relutando em mantê-la para trás. Sentia-se no entanto deslocada e fora do que acontecia, uma vez que não entendia muito do que estavam pretendendo fazer e não poderia ajudar em nada. De algum modo, sentia-se responsável por tudo o que estava acontecendo, já que os invasores aparentemente tiveram sucesso apenas por causa de suas crianças e queria ajudar a resolver o problema... Mas antes, precisa sair dali "viva".

Começou a andar pelo lugar onde aguardava com Hermett e os outros um bocado impaciente, tentando ainda manter o seu próprio controle, olhando-o quando respondia suas perguntas. - Inconveniente... - repetia, olhando dele para Felicia. Sua preocupação era despencar... Sabia que com algum trabalho, se regeneraria... mas e Therese? Para se preocupar apenas com a queda, talvez ainda não acreditasse no que as almas poderiam realmente fazer, mesmo depois de ter visto o poder de uma no dia anterior. Ou preferia ignorar o que havia acontecido...

E se não nos derem tempo de descer? - perguntava, pouco antes de Leonora socar a parede. Significava que as negociações não estavam indo muito bem. Talvez se algo fosse oferecido em troca, mas não sabia como essas coisas funcionavam então apenas deu de ombros para começar a se encolher pelo som que era produzido pela janela. As coisas pelo jeito continuaram a não ir bem, devido ao esforço que Leonora fazia. Quebrar uma janela era fácil, por que aquela não cedia? Franziu o cenho, aproximando-se um pouco mais para tentar ver se havia algo anormal naquela janela, alguma força ou algo que a impedia de ser aberta... Até que a janela se quebrava. - Isso deveria ter acontecido? - pegava-se falando, ansiosa demais para segurar seus comentários ligeiramente irônicos. Sem uma resposta, ela apenas obedeceu, pegando a mão de Therese e de Hermett para então começar a correr.

Se ainda batesse, seu coração provavelmente estaria agitado demais, com medo demais... Carregado com adrenalina ao saltar. Será que era assim que Therese estava se sentindo, quando seus pés já não tinham mais chão para se apoiar? Antoinette sequer olhou para baixo, firmando seus olhos em Leonora enquanto com a mão que segurava sua filha, laçou-a em um abraço para que ficasse agarrada à ela se precisassem continuar correndo. - Vai ficar tudo bem. Estamos juntas dessa vez. - ela sussurrou para a filha, embora ainda tivesse seu olhar na Giovanni. Estava preocupada... Quanto tempo mais ela poderia aguentar com todos juntos?
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Mensagem por Padre Judas Seg maio 20, 2013 9:07 pm

ㅤㅤAssim que me entreguei a queda livre, senti que algo havia mudado. Era como se o próprio universo mudasse suas leis para me sacanear. Devido à um desnível no solo, caí errado. Torci o tornozelo e fui ao chão. Pela dor, dava pra saber que minhas costelas não estavam intactas. Agora estava um pouco mais calmo, no entanto, como se a pancada tivesse atordoado a Besta mais do que a mim. Porém, ainda não estava totalmente subjugada.

- Aguente mais um pouco. Vamos sair logo da qui! Por aqui, venha!

ㅤㅤA fome me deixou estranhamente agressivo. Geralmente sou frio e sensato, mas não naquele momento. Eu já estava no limite. E a arrogância daquele moleque me fez explodir.

ㅤㅤUm tentáculo agarrou forte o antebraço do rapaz. Sua consistência era... incômoda... no mínimo. Molhado e gelado. E então, de forma abrupta, deu um puxão, obrigando-o a olhar-me nos olhos. Quer dizer... onde deveria estar os olhos. A face do Abismo é algo aterrador para muitos membros, inclusive alguns Lasombras desacostumados. Mesmo os mais experientes o respeita como uma divindade. - Basta, garoto! - A voz era mais grave do que a natural, lembrando as vozes demoníacas dos filmes de terror. - Me deves respeito! Eu te trouxe da escuridão! E a menos que queria voltar pra lá... - E então a Metamorfose Sombria foi se desfazendo, até eu voltar à minha forma usual. - ... é melhor me obedecer.

ㅤㅤA última frase foi dita entredentes, como se eu ainda lutasse para agir de forma racional. E não era verdade?

ㅤㅤPrioridade máxima: Caçar! Precisava achar mortais urgentemente. Sob aquelas circunstâncias, eu contaria exclusivamente com a sorte. Isso, claro, se eu não dominasse a arte do Auspícios. Expandi minha visão e audição, e deixei-os me guiar até o alimento. - Por aqui. - Sussurrei a ordem.
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Mensagem por Dylan Dog Seg maio 20, 2013 9:55 pm

Kurt estava tranquilo, mas o ser o puxa com um tentáculo de trevas, a sensação era estranha e familiar ao mesmo tempo. O incomodava aquela "coisa" lhe dando ordens, afinal, ele estava tentando tirar os dois dali, era visível que ele estava com fome. Era visível? Fome de sangue?! Como ele sabia? Como Marshall conseguia imaginar aquilo?

- Mas que cara chato! Eu to tentando levar ele daqui, só quero ajudar...

Enfim o monstro volta a ser apenas um homem sombrio. Menos mal, talvez.

- Onde será que o Fim se meteu? E a garota? E o Orangotango?! Eles tem que me dizer onde está meu filho!

Kurt segue a figura sombria em busca de comida e então tenta puxar assunto...

- Bom... Eu sou um vampiro agora? Quer dizer, você não me parece exatamente um vampiro. Não conheço muitos, mas você definitivamente não é como os outros... Eu vou poder fazer essas coisas também? - O advogado começa a tagarelar como uma criança curiosa, perguntado aos pais sobre o mundo e as coisas que nele existem.
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Mensagem por Gam Ter maio 21, 2013 1:57 am

@Marie Antoinette
O corpo de Leonora Giovanni está levemente deformado em relação à antes, mais inchado, muito mais forte. Suas roupas até esticadas e descosturando em alguns pontos. Marie Antoinette não é nenhuma neófita, ela sabe bem o que isso quer dizer. A mulher empreendeu uma boa parte de sua vitae para maximizar seus músculos. Foram como anos e mais anos e mais anos de musculação intensa em apenas alguns segundos. Neste momento ela está muito mais musculosa que os humanos comuns mais fortes do planeta, e na realidade ela não precisou de muito pra isso. Manipular a biologia do próprio corpo como bem entender é uma capacidade inata de todos os cainitas.

Leonora então para de conversar "sozinha". Ela parece ter chegado à alguma conclusão, porque começa a fazer um esforço físico descomunal para puxar a todos para cima. Conforme Hermett (com Felícia em suas costas) escala o corpo de sua irmã, ele desaparece acima dela, como se passasse por um véu de invisibilidade. Em seguida é a vez de Antoinette que, agarrando sua filha apática demais para agradecer ou sequer reclamar o contato físico protetor, também escala a Giovanni e adentra o portal invisível rumo à...

Um mundo de derrotados.


Quando passa por Leonora e se deixa adentrar no que quer que esteja acima dela, Marie Antoinette adentra a Mortalha, por mais que ela não saiba disso. O mundo dos mortos na Terra é uma realidade alternativa existindo em paralelo à que o Rebanho vive. Uma realidade povoada por almas amarguradas e constantemente assombradas, um mundo moldado de acordo à seus habitantes.

Antoinette entrou pela sacada de um prédio negro e tenebroso, no qual ela poderia jurar vislumbrar partes feitas de carne. Ela adentra e se vê em um corredor escuro e semi-deserto-mas-não-tanto-quanto-ela-gostaria. Isso porque sempre que ela desprevinidamente se atreve a olhar para frente de novo, nota um vulto novo movendo-se sorrateiramente pela escuridão.

Gosto de Fim, a morte de Kurt Marshall - Página 2 Dark_corridor

Leonora, agora com o corpo de volta à sua forma natural, surge atrás dela, sendo a última a entrar nesta estranha realidade cujo céu é vermelho rubro e cada canto mexe ainda mais que o anterior com os poucos confortos interiores do coração de seu espectador. Os vultos parecem receosos de se aproximar do grupo invasor, mas ainda assim curiosos o bastante para rodeá-los constantemente, vigiando-os de modo indiscreto a cada esquina, cada canto escuro, cada corredor convergente.

O próprio corpo de Marie Antoinette está intangível, como os nativos que ela vislumbra passando ao redor. É como se a superfície de sua pele estivesse evaporando lentamente, de modo constante. Suas roupas são uma bruma disforme e levemente colorada que segue a forma difusa de seu corpo conforme ela anda, e isso se repete com todos... Exceto por Marie Thérèse, a única mortal. Suas roupas são brumosas como as dos cainitas, mas seu corpo apresenta um tom claramente mais vivo, apesar de também parecer evaporar. Sendo branca, ela brilha um pouco mais do que basicamente qualquer outra coisa nesta realidade. Fica claro para qualquer um que olhar que ela é uma figura invasora ali. Ainda mais claro do que os cainitas.

As sombras... Elas continuam a observá-los.

Gosto de Fim, a morte de Kurt Marshall - Página 2 902176238-Dark-corridor

Leonora toma a dianteira e guia o grupo pelos corredores escuros do perturbador edifício. Ela está sempre olhando para o chão, evitando contato visual com qualquer um, e segue pelas sinuosas escadas com pressa rumo ao térreo.

Se Marie Antoinette ousar desviar o olhar para os arredores, verá espíritos perturbados, almas perdidas à apenas a mera distância de toque dela. Nenhum habitante deste mundo é tranquilo, seguro ou feliz. Tudo lhe parece algo entre o desespero agressivo e o terror desesperado, e desconfortavelmente perto demais...

Gosto de Fim, a morte de Kurt Marshall - Página 2 Ihrapaiz2

Eles descem por muitas escadas. Leonora tem pressa, e ninguém ousa deixá-la se perder na frente. A cada andar que chegam mais perto do térreo, os vultos parecem mais e mais próximos. Mais impacientes, mais incautos... Não há como se sentir seguro ali. Não há nenhuma esperança depois que você já cruzou o véu que lhe separa do mundo dos mortos.

Gosto de Fim, a morte de Kurt Marshall - Página 2 Mother-and-daughter-walking-in-a-dark-corridor-sami-sarkis

Quanto mais perto chegam do térreo, mais luz parece surgir das frestas. Como se fosse a luz do Sol entrando pelas paredes falhas, exceto que não se parece nada com ela. É uma luz branca demais, perturbadora demais, tremeluzente demais. Encarar a luz por muito tempo não dói como o Sol, mas causa um desconforto e uma dor-de-cabeça ímpares. E este desconforto parece claramente se repetir nas almas que habitam os andares inferiores. Elas continuam a encará-los, contudo, como se mais acostumadas com a dor e a tortura constante de estar ali. Cada vez mais perto, cada vez com menos receio... Cada vez mais desesperadas.

Gosto de Fim, a morte de Kurt Marshall - Página 2 Irapaiz

Até que, por fim, após descerem nesta sombra tenebrosa de edifício o equivalente à todos os andares que haviam subido no defunto Empire State Building, eles alcançam a saída. Uma porta solitária parece ser tudo o que lhes separa daquela luz perturbadora. A cruel salvação, a irônica verdade.

Gosto de Fim, a morte de Kurt Marshall - Página 2 1314368227

Leonora abre a porta, cegando a todos com o clarão desesperante. Ela sai do edifício, sendo engolida pela luz. Hermett e Felícia vão logo atrás.
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Mensagem por Gam Ter maio 21, 2013 3:36 am

@Jorge Altobello e Kurt Marshall
A Cria é peculiar, é verdade. E, em sua peculiaridade, também está a ousadia. A nova criança do Abismo não chega a dar ordens à seu Senhor, mas ela é imperativa demais, pró-ativa demais para seu próprio bem. Tanto trabalho não pode ser desperdiçado com um ataque de fúria incalculado, então Altobello o repreende mas força-se a manter todos os seus membros no lugar.

Altobello; Caçar
Percepção = 4 / Dif = 8 (área fortemente policiada) - 1 (experiente) = 7
10( 8 ), 3, 9, 4 = 3 sucessos

Conforme a Cria, cujo nome Altobello ainda não descobriu, faz perguntas simples, porém cruciais para seu ainda virgem entendimento sobre o novo mundo em que foi tragada, o Lasombra mais antigo inicia sua caça. Uma caça pelo bem dos dois, já que ceder à fome agora seria contra-produtivo, pra dizer o mínimo.

Andando por entre a poeira alta, ele consegue ouvir claramente com seus sentidos apurados a barreira policial dois quarteirões a frente. Preenchendo a rua de uma calçada à outra há bombeiros, policiais e repórteres, além de alguns poucos curiosos insistentes. De longe ele não vê nenhum, mas pode ouvir perfeitamente cada um deles. É uma questão simples de ir atrás de uma banca de jornal e puxar pela boca e pescoço um repórter incauto que havia acabado de urinar ali.

Altobello; Fome
Autocontrole = 2 / Dif = 8
9, 1(x) = 0 sucessos

Altobello finalmente pode se alimentar. Como se estivesse faminto há semanas e finalmente encontrado um manjar à sua disposição, ele agora se vê ávido por sulgar até a última gota deste humano. E, se ele não se controlar, é exatamente isso que irá fazer. O que iria completamente contra as suas convicções, não é verdade? Mas até que ponto isso realmente importa? Ninguém vai saber...

Protegidos no escuro atrás da banca de jornal fechada, Marshall assiste à poucos metros seu mais novo "pai" executando uma verdadeira caça. É inspirador... Perturbadoramente inspirador.
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Mensagem por Dylan Dog Ter maio 21, 2013 10:20 am

- Apesar de minhas perguntas o estranho homem continua seguindo sem me dar satisfações, ele não me parece uma ameça a princípio e pra ser sincero, tenho um estranho afeto por ele. Acho que posso chamar de afeto, não sei ao certo ainda. Acho que ele me transformou em vampiro, se bem que ele não parece um com toda essa coisa de sombras...

*Kurt segue a figura sombria com um respeito natural, é estranho para ele sentir isso. Até que finalmente ele compreende que o homem sombrio estava apenas caçando e buscando saciar a fome. Finalmente ele entende que se trata de um vampiro como os outros, bom, talvez não necessariamente como os outros*

- Ele está sugando todo o sangue desse homem, mas... Por que eu não tenho vontade alguma de impedi-lo? Isso é tão perturbador quanto natural para mim. O que foi que eu me tornei?

*Kurt observa suas mãos e seu corpo que está praticamente ileso após cair saltar do 8° andar. Ele não compreende a real extensão dos seus poderes. Ele ainda precisa salvar o filho, mas nem sinal do Fim ou de qualquer outro espírito que possa lhe dar a localização do pequeno Nero, ele já sabe que quando for a hora eles irão aparecer, até lá, é melhor ele entender como funcionam seus poderes ou será tão inútil quanto antes*
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Mensagem por Padre Judas Ter maio 21, 2013 6:57 pm

ㅤㅤA criança pareceu entender o recado. O que era bom, já que em toda relação interpessoal há o indivíduo que se impõe e outro que se deixa ser dominado. Deixar que a cria se acomodasse em uma posição superior é vergonhoso para qualquer vampiro, de forma que eu preferi cortar suas asinhas logo no começo. E deu certo, logo o rapaz colocou-se em seu lugar perguntando com um ar infantil sobre sua nova condição. Por agora, eu o ignorei. Ele teria suas respostas quando nós dois estivéssemos em um lugar seguro.

ㅤㅤComo é de praxe, mesmo que com alguns contratempos como aquela névoa de poeira, logo detectei a presença dos mortais. Para um vampiro experiente como eu é como caminhar até a própria cozinha no escuro.

ㅤㅤDe maneira furtiva, me desloquei até um ponto mais isolado, onde sabia ter uma presa urinando. Surpreendi o homem pelas costas impedindo-o de pedir ajuda e antes que ele pudesse reagir, o mordi na nuca. Naturalmente, entrou em um incontrolável êxtase até desmaiar. Então o soltei, deixando que desabasse em cima da própria urina. A cria me olhava intrigado, provavelmente pensando em como eu o assassinei de maneira fria e calculista. - Ele vai sobreviver...

ㅤㅤApesar de ainda não estar totalmente saciado, seria o bastante para chegar seguro em casa, onde eu poderia satisfazer minha sede em sangue engarrafado. Seria fácil passar pela barreira estando ofuscado. A criança poderia passar como sobrevivente, ou optar por alguma trajetória menos movimentada.

ㅤㅤSaquei o celular, e liguei para Jurg. - Venha me buscar na rua xxx. - Essa rua seria dois quarteirões depois da barreira, onde eu poderia embarcar no carro sem que a polícia me abordasse e questionasse quanto aos meus pertences. Desliguei assim que recebi a confirmação do carniçal. - Você logo terá suas respostas, garoto. Me encontre lá, e eu te levarei para um lugar seguro. Lá nós conversaremos.

ㅤㅤE então, dobrei a quina da banca de revistas e sumi.
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Mensagem por Gam Ter maio 21, 2013 9:37 pm

@Jorge Altobello e Kurt Marshall
Altobello; Descendência
Convicção = 2 / Dif = 6
10(4), 1(x) = Falha

Altobello; Trilha da Noite Fria -1

Altobello vai com muita sede ao pote. Suas fracas convicções são postas em cheque conforme ele não vê uma razão plausível para deixar de sugar cada gota de sangue deste gado. É o que ele faz, e ele não se arrepende depois. O que é perigoso, porque conforme se afasta de suas convicções em sua Trilha, ele se aproxima mais e mais de sua natureza bestial e incivilizada...

O saco de sangue vazio cai sobre a própria urina, murcho e pálido. Vendo isso é muito difícil acreditar nas palavras do Mentor, por mais convicto que ele pareça.

Ele então resolve que é hora de partir e, sozinho, some virando a esquina. Marshall se vê largado sozinho com duas Desert Eagle ao lado de um corpo murcho, com a instrução de, de alguma maneira, passar pelo perímetro policial e encontrar o homem que ainda não sabe o nome em muito breve à duas quadras de distância. Não é mole não.
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Mensagem por Dylan Dog Ter maio 21, 2013 10:23 pm

- Não, ele não vai sobreviver seu doente! - É o primeiro pensamento que vem a mente de Kurt após as palavras tão convictas do homem sombrio.

- Você logo terá suas respostas, garoto. Me encontre lá, e eu te levarei para um lugar seguro. Lá nós conversaremos. - Ele então resolve que é hora de partir e, sozinho, some virando a esquina.


- Que fantástico! Ele me largou aqui sozinho! - Ele olha pra baixo e vê o corpo.

- E ainda com um corpo! - ele bate as mãos na cintura e sente as pistolas. Sua próxima reação é um tapa na testa.

O advogado se vê o brigado a dar um jeito no cadáver e nas armas. Ele joga o corpo sem sangue nos ombros e o leva para os escombros, lá ele remexe os bolsos. Encontra uma carteira (US$ 03,00)...

- Ainda bem que eu não fiz jornalismo - Pensava isso enquanto colocava o dinheiro na carteira.

Encontra chaves, um crachá de imprensa e um gravador.

- Agora sim! Esse cara deve ter um carro por aqui, além disso o crachá e o gravador irão me ajudar muito.

Após fazer a "limpa", Kurt cobre o corpo com pedras, pedaços de madeira e panos, enfim, destroços juntamente e ocultando também as armas...

- Afinal, jornalistas não andam com duas pistolas de calibre pesado por ai...

Nesse momento ele aproveita para ver se algum "amigo" sobrenatural responde...

- Psssiu! Fim! Garotinha! Orangotango! - Ele cochicha para o nada.


(Se algum espírito responder vou pedir ajuda pra passar pela polícia, se não responder...)

- É hora das machetes!

Kurt vai para uma parte do bloqueio policial afastada de onde o jornalista foi morto. ele olha no crachá e grava o nome do jornalista e da emissora (Clinton Greenhill, CBN). Marshall saca o gravador e escolhe sua vítima, um policial aparentemente desprevenido. Então ele o ataca como um verdadeiro jornalista paparazzi faria...

- Aqui é Clinton Greenhill falando diretamente do local da catástrofe com o policial... - Olha o nome do policial.

- Perry! Sr. Perry, ataque terrorista é uma das hipóteses? - Kurt joga o gravador na boca do policial aguardando sua resposta...

- Quantos mortos as equipes de resgate contabilizaram já? Há sobreviventes? Quem está comandando a operação? - O falso jornalista solta uma torrente de perguntas a ponto de deixar o policial confuso e encerra a gravação agradecendo ao policial, passando pelo bloqueio e se distanciando procurando a rua que o o "estranho" havia lhe falado.

Há de ressaltar que ele não mostrou o crachá em momento algum, se for necessário ele o mostra rapidamente colocando o dedo na frente da foto e soltando torrentes de perguntas ou reclamações sobre liberdade de imprensa.
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Mensagem por No One Ter maio 21, 2013 11:57 pm

A resposta de Gerônimo acerca do indagamento de Elyon foi bastante estranha. Se por um lado o Lasombra parecia ser tão distinto na maioria das situações, naquele momento ele parecia extremamente conformista. Elyon rapidamente julgou a possibilidade dele estar sob laço de sangue com o Bispo, ou sob o efeito de um vínculo adquirido com a Valderie. Afinal, que vampiro se submeteria aos caprichos de outro simplesmente para vê-lo feliz? Aquilo era muito incomum, principalmente tratando-se de um vampiro sociopata do Sabá. O Gangrel acreditava que tinha algo errado ali, não fazia sentido que ele agisse de tal forma de livre e espontânea vontade. Exceto...

Seria Gerônimo cria de Springfield? Ele não conhecia o Bispo o suficiente para saber seu Clã, uma vez que tinha mais vivência dentro do território inimigo do que dentro do território de sua própria seita. Mas para Elyon fazia sentido que ele se comportasse de tal forma, caso o Bispo fosse seu criador. Afinal, o amor que Elyon sentia por sua senhora era algo praticamente sobrenatural, um vínculo tão forte que nenhum humano poderia compreender. Com essa linha de raciocínio, o Gangrel lembrou-se das ilusões que tivera momentos atrás. Para ele, estava claro de que aquilo não poderia ter sido real, ou pelo menos assim ele queria acreditar. Tentou afastar essas lembranças de sua mente, tratando-as como apenas fruto de uma loucura gerada pelo sangue lupino. Mas no fundo, Elyon tinha medo de cogitar a possibilidade de que aquilo pudesse ter sido real, pois ele não queria acreditar que sua tão amada senhora teria falado tais coisas para ele. Por mais que Elyon fosse um vampiro frio e racional, quando o assunto em questão era sua falecida senhora, os sentimentos que seu coração morto ainda era capaz de sentir surgiam repentinamente.

-Compreendo. Você e o Bispo parecem ser bem próximos. - Comentou Elyon. O Gangrel ficou curioso, gostaria de saber qual tipo de relação eles possuíam de fato, mas supondo que a hipótese do laço de sangue ou vínculo estivesse correta, perguntar sobre isso não seria uma boa ideia. Afinal, na maioria dos casos, nenhum vampiro gostaria de admitir estar vinculado a outro de alguma forma. Contudo, com sua afirmação sobre a relação de ambos, Elyon esperava que ele comentasse algo sobre o assunto. - Bom, acredito que o Bispo vença a Monomancia, quando esta for proposta. A cidade já está praticamente em nossas mãos. Quando Springfield tornar-se Arcebispo, creio que seria uma opção viável que eu e você nos tornemos Bispos. Bom, é claro que é apenas uma sugestão, mas acredito que seríamos uns dos mais qualificados para isto. Você teria interesse? - Conclui Elyon. A fala de Elyon era calma, mas ao mesmo tempo convincente. Ele não tinha convicção de que o Bispo realmente venceria, pois não conhecia seu potencial e nem o do Arcebispo, mas obviamente torcia para que Springfield vencesse (e mesmo não tendo a plena convicção disso, demonstrava acreditar convictamente naquilo ao conversar com Gerônimo). Fez questão de usar palavras como "acreditar", pois sabia que Gerônimo tinha um forte laço com o Bispo, e palavras usadas adequadamente poderiam ajudá-lo a ganhar pontos futuramente.
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Mensagem por Pri Qua maio 22, 2013 8:36 pm

There are two kinds of light - the glow that illumines, and the glare that obscures. ~James Thurber

A luz no fim do corredor, talvez fosse a luz que todos dizem que vemos no momento em que a vida deixa nossos corpos. Não saberia dizer, já que para ela a morte foi diferente. E para aqueles que estavam naquele lugar, como havia sido? Mesmo a luz lhe causava medo, observar nela as sombras que lhes espiavam passar. Tentava não olhar, mas a curiosidade era maior que o medo em si. Saber como era a vida se um dia ela morresse. Iria se tornar uma daquelas coisas ou iria para um céu ou um inferno? Ficaria no nada?

Sua cabeça doía por causa daquela luz. Não era como o sol que já deveria estar lhe tostando a pele... Mas causava uma dor diferente, uma dor incomoda e persistente. Imagine sentí-la por toda a eternidade, como aquelas almas que sentia lhes seguindo com olhares? Fechou os olhos, apertando Therese para mais perto de seu corpo no final. Seria aquele o fim de sua filha...? O fim de seus filhos, fim de todos os seres? Não, não queria acreditar nisso. Buscaria para sempre a imortalidade, daria-a para todos os que amava a partir de hoje. A morte poderia ser cruel demais com suas almas eternas.

O desespero que via estampado nos rostos e... Corpos, pela falta de uma palavra melhor para definí-los, era nada menos que sufocante. Não queria que sua filha as visse, talvez se lembrasse de seu marido morto. Ele estaria naquele espelho sombrio do Empire State? Tomara que, se estivesse, que Therese fosse esperta o suficiente para não tocá-lo. Não deixaria, é claro. Apenas não gostaria de pensar no que aconteceria com sua pequena e iluminada criança. Se pelo menos soubesse antes que seus filhos estavam vivos...

Mas ela mesma, no momento, não se sentia mais viva que aqueles que lhes espiavam pelos cantos. Mesmo seu corpo ali não parecia real, depois de ter escalado Leonora e seu corpo anormalmente forte para a segurança duvidosa daquele lugar, sentia-se não mais presente que aquelas almas. Sombria, admirou a si mesma nos primeiros momentos de chegada, assombrada pelo efeito que aquele mundo fazia em suas roupas, seu corpo.. E no corpo dos outros. Não brilhava, ao contrário de Therese... Imaginar as razões dessa diferença lhe deixava ainda mais desconfortável. Não estava viva, no final das contas.

E, como uma mariposa, eles perseguiram a luz pelos corredores. Uma luz que acreditava que salvaria sua alma daquele mundo perdido e esquecido por todos... Sim, sentia o desespero fazer seus movimentos serem mais ágeis e precisos. Desejava sentir a luz em sua pele, o ar da noite fria... Não se atrevia a falar, a expressar seus anseios, apenas protegia sua filha enquanto deixava que a luz lhes engolfasse num último pensamento antes de cruzar a porta "Finalmente."
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Mensagem por Gam Qua maio 22, 2013 8:58 pm

@Marie Antoinette
Não há espaço para o orgulho feminino agora. Antoinette segura sua filha à despeito da acidez com que a tem tratado no forçoso reencontro. Presenciar o fim tão de perto é assustador demais. Imaginar que, quando tudo terminar, ela será mais uma dessas almas perdidas, é muito para sua cabeça. Talvez o descanso eterno fosse mais confortante do que uma existência como essa. Como será o dia-a-dia destas almas? Será que se resume à este prédio? Será que há mais nessa realidade triste?

Thérèse não está mais catatônica como antes. Ela se agarra ao corpo frio de sua mãe e segura sua roupa com força. Ela está muito assustada, naturalmente. Pela primeira vez, Antoinette pode ver novamente sua pequena filha. É ela, com certeza. O jeito como encosta seu rosto junto à seu ombro, o jeito como lhe aperta e mantém o passo à seu lado apressadamente. É Marie Thérèse, não há dúvidas.

A imagem difusa de Leonora passa pela porta e some na luz. Em seguida é Hermett com Felícia em suas costas. Parece uma passagem tranquila, parece uma questão simples de passar pela porta. Mas, um momento antes do primeiro passo para o lado de fora...

- AAAAAAAAAH! - Thérèse se agarra com força no corpo de Antoinette. Ao olhar para o lado, ela vê uma série de mãos semi-transparentes e difusas puxando-a pelos cabelos, pelas roupas. São muitas pessoas, e elas parecem gritar coisas em uma língua que Antoinette não conhece. A mesma que Leonora falou "sozinha" até agora. A língua dos mortos.

- O que está acontecendo, Leonora?! - Grita Hermett, em algum lugar no meio da luz. Aos poucos o olhar de Antoinette se acostuma e ela consegue ver os vultos dos Giovanni à sua frente.

Um ser enorme vem vindo pela luz. Parece ser algum tipo de alma sem pernas, arrastando correntes com seus três metros e a cabeça baixa. Ele é seguido por uma série de figuras humanóides. O ser passa ao lado da cena e para para observar. As várias almas, contudo, aos trancos e empurrões, vão passando para entrar no prédio. As centenas de vítimas de uma tragédia, passarão uma eternidade presas à sombra do edifício que as engoliu consigo.

- AAAAAAAH! NÃO, SOCORRO! - Thérèse ainda é puxada, cada vez mais e mais ela não consegue se segurar nas roupas umbrosas de Antoinette. As mãos já a puxaram quase que completamente para a escuridão.

- Deixe que a levem, Antoinette! - Grita a voz de Leonora. - É o preço que pagamos pela passagem! Ela tem que ficar!

- O QUÊ? - Grita Hermett.

- Era o único jeito! - A voz dela vai se perdendo na luz. - Venha logo, Antoinette! Você irá perder o portal!
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Mensagem por Gam Qui maio 23, 2013 3:18 am

@Kurt Marshall
A equipe de resgate já está no local. Parte de sua profissão é agir com máxima agilidade, maximizando as chances dos últimos sobreviventes dos escombros. Kurt Marshall se vê em uma situação complicada quando tem que driblá-los e esconder o corpo em um canto em que nenhum dos membros da equipe chegou ainda. É um jogo de azar, e ele tem que agir rápido.

Marshall; Passar despercebido
Destreza+Furtividade = 3+0 = 3 / Dif = 6-2(enevoado) = 4
5, 9, 10(1(x)) = 2 sucessos

A baixíssima visibilidade da poeira que, até então, não assentou completamente, ajuda bastante. Ele conseguiu esconder o corpo e saquear seus pertences.

Conforme se afasta da cena do crime tentando (em vão) se comunicar com seus peculiares aliados astrais, Marshall não pode deixar de notar uma coisa: Em uma situação como essa, seu coração certamente estaria à mil por hora. Mas ele não sentiu ele bater. Aliás, pensando bem... Ele não sente bater até agora, de forma alguma.

Marshall; Matracar como repórter
Carisma+Performance = 3+2 = 5 / Dif = 6+2(Presença Sinistra) = 8
3, 2, 7, 10( 8 ), 4 = 2 sucessos

Policial; Não ser enrolado
Percepção+Investigação = 2+2 = 4 / Dif = 6
4, 2, 3, 2 = 0 sucessos

O plano dá certo, sim. O policial não levanta qualquer suspeita. Mas, definitivamente, algo não saiu como planejado. Durante toda a interação, o homem estava claramente incomodado com a presença de Marshall. Quando saiu da névoa de poeira, ele imediatamente deu um passo atrás. Quando começou a falar, ele parecia claramente desconfortável, olhava para os lados, respondia nervoso.

- Sim, s-sim... Ataque terrorista, claro. - Ele gagueja levemente, olhando para o gravador como se fosse uma arma apontada para sua cara. - Ainda não contabilizamos, eu... Eu tenho que ir. - E, apressadamente, ele se vira e afasta-se a passos largos, aos tropeços e sem olhar para trás.

Sem qualquer impedimento, ainda confuso sobre o efeito que causou no humano, Marshall caminha até a rua indicada. Lá, há um carro preto com insulfilm nas janelas laterais esperando-o. O motorista, ele consegue ver pelo vidro da frente, é um homem forte e sério, de paletó e óculos escuros. Tem um aspecto de segurança.
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Gosto de Fim, a morte de Kurt Marshall - Página 2 Empty Re: Gosto de Fim, a morte de Kurt Marshall

Mensagem por Gam Qui maio 23, 2013 3:40 am

@Elyon Kameroth
- Sim. - Limita-se a responder Geronimo quando Elyon comenta sobre sua proximidade com Springfield.

- Quando ele se tornar Arcebispo de Nova Iorque, a cidade não precisará mais de Bispos. Eles serão depostos ou enviados à outras cidades. Se ele confiar em você, com certeza poderá lhe indicar ao Bispado. Mas eu não, ele gosta que eu esteja por perto dele. - Ele não parece surpreso com sua ganância. Contudo, ele tem uma dúvida. - Mas eu não esperava esta pretensão de você. Há Bispos que tomam frentes de batalha, mas mesmo eles precisam cuidar da parte política do cargo. Não achei que você se interessaria nisso. Presumi que se contentasse com o cargo de Templário.

Elyon sabe bem como funciona a hierarquia do Sabá. Há um único Regente eleito, o grande ditador. Abaixo dele, há os Cardeais, majoritariamente políticos responsáveis por grandes territórios. Em cada cidade há um Arcebispo (o caso do Arcebispo Pereba, que domina toda a Philadelphia, é uma exceção). Os Priscu são como conselheiros, antigos muito sábios, mas sua utilidade é contestada por alguns dos membros mais jovens que não entendem como podem ser importantes. Quando uma cidade não é comandada por um Arcebispo, ela é deixada à alguns Bispos que a dominam juntos, são membros mais novos que não conquistaram o mérito de tornarem-se líderes únicos. E, sob o exclusivo comando de executar a parte física das leis dos Arcebispos ou Bispos, são eleitos os Templários, ou Paladinos. Naturalmente, todo e cada um desses membros, independente do cargo podem e na maior parte das vezes fazem parte de Bandos, cada um com seu próprio Ductus e Sacerdote.
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Mensagem por No One Qui maio 23, 2013 2:22 pm

Gerônimo não respondeu nada de interessante em relação à sua proximidade com o Bispo. Bom, de qualquer maneira, não era nenhuma informação importante. Afinal, curiosidade é um sentimento banal que, se cultivado em excesso, leva aquele que o plantou a cometer atitudes estúpidas e desnecessárias, podendo levá-lo à ruína. Já em relação ao Bispado, Elyon não obteve nenhuma resposta concreta, mas pelo menos era uma resposta positiva. Logo após, Gerônimo comentou sobre o seu interesse (ou melhor, a sua falta de interesse). Springfield não gostava de tê-lo por perto, muito provavelmente pela sua utilidade como espião praticamente desconhecido dentro da Seita. Elyon era um espião, já tinha trabalhado inúmeras vezes nessa área, e as vantagens de permanecer desconhecido são muitas quando se trata de espionagem. Contudo, Elyon não restringia-se no anonimato, ele era ganancioso demais para abdicar ao status dentro da Seita. Além do mais, ele tinha inúmeros meios de passar despercebido, ou até mesmo passar-se por outras pessoas.

Gerônimo, logo em seguida, indagou sobre a sua surpresa ao descobrir dos interesses de Elyon no Bispado. Alegou que achava que ele "se contentaria" com o cargo de Templário. Aquilo definitivamente soou ofensivo para o Gangrel que, embora evitasse desentendimentos desnecessários, deu a entender o seu descontentamento no olhar (embora Gerônimo pudesse nem ao menos perceber, visto que não parecia ter muita percepção sobre a sensibilidade alheia). Elyon não discutiria por bobagens, mas fazia questão de quebrar o esteriótipo que Gerônimo tinha criado, mostrando que ele não deveria subestimá-lo.

-A força bruta é uma arma poderosa nas mãos de um cainita experiente, mas não é necessariamente a sua única. - Responde Elyon, com uma confiança inabalável, soando até mesmo poético - Conheço bem a política do Sabá e os seus respectivos cargos. Entendo o motivo pelo qual pensou que eu não tivesse interesse em um cargo como este, afinal, poucos Gangréis se interessam por esta área. Mas eu não sou como a maioria. - Concluiu Elyon.
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Mensagem por Dylan Dog Qui maio 23, 2013 9:13 pm

O plano dá certo, sim. O policial não levanta qualquer suspeita. Mas, definitivamente, algo não saiu como planejado. Durante toda a interação, o homem estava claramente incomodado com a presença de Marshall. Quando saiu da névoa de poeira, ele imediatamente deu um passo atrás. Quando começou a falar, ele parecia claramente desconfortável, olhava para os lados, respondia nervoso.

- Mas o que esse cara tem?

O homem se afasta desastrado, se Kurt soubesse que seria fácil assim nem teria se livrado das armas, mas agora é tarde pra voltar e pega-las, afinal, correria o risco de ser pego por alguém das equipes de resgate e ai seria mais complicado explicar o que estava fazendo lá.

O "Advogado" segue até a rua combinada. Lá ele encontra um carro com insulfilme bem escuro e um homem ao volante. Parece ser o motorista/segurança.

Kurt se aproxima como "quem não quer nada" do carro e pergunta pro motorista:

- Que horas são camarada? - Ele espera pelo homem estranho. Se ele estiver dentro do carro ele vai chama-lo para entrar.
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