Vampiros - A Máscara
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Vida Longa à Morte

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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Ter Jan 07, 2020 6:40 pm




Vida Longa à Morte Prolog10


Chuva sagrada
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Tome este coração e faça-o inteiro outra vez



A noite. Para muitos desavisados apenas um período do dia, mas para outros o momento de maior atividade. Algumas pessoas dormem, outros trabalham. Prostitutas dividem as ruas com gente em busca de diversão, bares e danceterias lotam como os círculos do inferno parecendo caldeirões de pecadores que não suspeitam que os maiores desesperos espreitam nas sombras...


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"Sem caminho de volta. Sem a Graça Salvadora"


Você anda, sozinho, por entre ruas e vielas em sua jornada através da Condenação. A solidão da Lua no céu é sua única e inseparável companheira nesta Fria - e Dolorosa - caminhada. Rostos e Vozes; Construções e Canções; Imagens e Sons, nada disso passa de Flashes, borrões, luzes distorcidas pela velocidade, a velocidade na qual todos Eles definharão, sucumbindo ao tempo e ao voraz abraço gélido da Morte - Mas você não. Você não os acompanhará, você não definhará, você não será tocado por Ela. Não da mesma forma... 


Vida Longa à Morte Dark-city


"Não há caminho de volta para você daqui. A partir deste lugar soturno solitário."


Você já não pode negar as verdades do mundo. Você sabe mais do que os pobres peões e isso é uma benção e uma maldição. Você sabe também que possui menos conhecimento do que poderia, mas tem a eternidade para obtê-lo, todavia a única questão é: O quanto será sua eternidade? Você já morreu uma vez e entende o quão efêmera uma existência pode ser, o que garante que essa nova existência não desapareça repentinamente? O quão seguro você está? Até onde você quer ir? Até onde você CONSEGUE ir?
No fim, ainda que você detenha poderes e conhecimentos maiores que a grande maioria a única coisa que mudou é que agora está mais exposto aos perigos. Você não está sendo sorteado para ser ou não o jantar dessa noite, você está dentro das sombras junto dos outros predadores e infelizmente isso não é reconfortante, isso na verdade é mais agonizante.


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Crônica: Vida Longa à Morte
Seitas: Todas
Vagas: 4
Tema: Thriller, Sobrevivência e Horror
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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Qua Jan 08, 2020 2:14 pm

Yassemine Queen - Pontos de Sangue: 13/20 (4/turno) - Força de Vontade: 10/10 - Vitalidade: OK


O despertar... Yassemine estava naquela cidade há tempo suficiente para ter se acostumado com levantar, noite após noite, em um ambiente diferente ao seu refúgio original, em Las Vegas. O clima de Juniper é completamente diferente da joia do deserto: Chuvoso, úmido e, principalmente, frio. Há pouco mais de 3 anos, a Anciã encontra-se neste estado nômade, as mudanças de refúgio, constantes, eram uma das ínfimas - porém necessárias - formas de se proteger naquele lugar.

Havia pouco o que fazer naquela cidade, além de cumprir seu papel provisório como Xerife. A Príncipe não costumava atribuir muito à Assamita, além das mesmas missões de sempre: Encontrar e eliminar bandos Sabá que ainda resistissem ao seu Principado, mesmo após 4 anos. A monotonia começava a incomodá-la...

Por algum motivo, o Principado recusava-se a realizar sua comunicação oficial por meios digitais, então as batidas na porta da Feiticeira, de certo modo, já eram esperadas. Um pequeno envelope preto -Com o símbolo do Clã Malkaviano selando-o, com cera- podia ser visto, alguns centímetros após sua porta, na sala. O apartamento, cedido pelo próprio Principado, não era grande, tampouco luxuoso, mas era confortável. Grande o suficiente para que Yassemine pudesse trabalhar sem se incomodar com o espaço, mas nem mesmo se comparava a sua suíte no Excalibur. 

Carta do Principado escreveu:
Juniper, Janeiro de 2020

Boa Noite, minha cara Yassemine! Imaginei que gostaria de saber que seus serviços, mais uma vez, trouxeram-nos ganhos inestimáveis em nossa guerra eterna contra as fileiras indisciplinadas do Sabá. Em homenagem a estas recentes vitórias que, pouco a pouco, nos tem livrado desta mácula, uma cerimônia será realizada no salão da Prefeitura. Seria, para nós, um prazer contar com a presença de uma das responsáveis por tais triunfos.


A carta, do tamanho de uma folha A4 cortada em 4, era assinada pela Príncipe e seu Senescal. 
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Mensagem por Yassemine Queen Qua Jan 08, 2020 8:36 pm

Yassemine estava na janela olhando do apartamento olhando a chuva cair. Olhar para chuva que cai naturalmente, sempre a fazia lembrar-se de quando ela e sua tribo achava que aquilo era algo divino, e festejavam a chegada do fenômeno. Hoje, nada é tão animado, ela sabe todos os pormenores do tempo, da chuva e dos ventos, inclusive como fazê-lo acontecer. Então ela olha para os mortais passando nas ruas e pensa o quanto eles são ignorantes e consequentemente felizes. Ela sorri.

O barulho na porta a traz de volta de seus pensamentos filosóficos para algo mais presente. Ela sabia que aquilo significaria um recado do principado. Algumas noites de caçada e algumas aulas aos neófitos não seria de todo ruim, é divertido ver o quanto eles são animados com as primeiras noites, assim como sua tribo com as chuvas.

Yassemine pega o envelope, senta-se no sofá e abre-o com toda delicadeza, não era necessário pressa.

Para sua surpresa tratava-se de um convite para uma cerimônia de batalhas vencidas. Isso a deixa mais animada. Seria uma excelente oportunidade de fazer amizades, sua beleza já seria assunto entre os Toreadores. Porta pela qual ela sempre preferia entrar na Camarilla. Tudo bem que parecia um convite de última hora mas se tratando de Malkavianos nada é tão óbvio. Talvez tenham decidido de última hora, talvez tenha esquecido seu nome ou talvez nada Simplesmente mais uma festa para alegrar todos aquelas mentes amaldiçoadas e isso  a inclui, de qualquer forma.

Mine  queima o convite no cinzeiro e vai para o quarto fazer um ritual indispensável. Maquiagem. Um belo vestido preto que deixava com a aparência mais jovem. Um banquete para quaisquer olhos. Uma bolsa com acessórios e suas inseparáveis adagas já ritualizadas. Chama um serviço de transporte e segue para seu destino. O salão da prefeitura de Juniper.



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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Qui Jan 09, 2020 12:08 am

Gregory Thompson - Pontos de Sangue: 4/12 - Força de Vontade: 6/6 - Vitalidade: OK


Aquela noite fazia o Nosferatu lembrar de seu passado. O trabalho no cemitério de Bóris Giovanni era, em sua época de mortal, árduo. Embora a imortalidade tenha mudado uma infinidade de aspectos de sua vida, em alguns momentos, aquele não era um deles. O cainita estava, desde que despertara, trabalhando em algumas das sepulturas do local. Bóris havia incumbido-o com a tarefa de exumar dois corpos recém enterrados. O Necromante, como de costume, não havia lhe dado explicações, apenas mandou que seu discípulo fizesse o trabalho, lhe dizendo que aqueles corpos seriam úteis para ele. 

Ao terminar de exumar os corpos indicados por Bóris, Thompson deveria deixá-los em um local específico do cemitério, ainda em seus caixões, e então deixar a propriedade. O sistema de segurança, recém adquirido pelo Giovanni, seria o suficiente para afastar quaisquer mortal que se aventurasse pelo lugar e, ao menos o Nosferatu consegue imaginar, que não haveria um Cainita imprudente o suficiente para deliberadamente invadir o território do Necromante desta maneira... Com sua única tarefa para aquela noite, ele poderia retornar a seu refúgio, onde poderia dedicar-se a suas próprias atividades. 

A caminhada, até seu recanto, seria completamente silenciosa, não fosse pelo som de seus pés pisando na terra e nas folhas secas que depositavam-se sobre o solo. A distância, ele podia ver os relâmpagos que cortavam o céu, do outro lado de Juniper, partindo das pesadas nuvens de chuva. Conforme aproximava-se de seu refúgio, propriamente dito, começava a sentir as primeiras gotas que caíam do céu, agora naquela parte da cidade. Ao abrigar-se da água, o pesado som de um trovão podia ser ouvido, mais perto que os relâmpagos vistos há pouco, ao mesmo tempo em que Gregory ouvia os primeiros sussurros da Besta, que começava a manifestar-se em busca de alimento. 
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Mensagem por Padre Judas Qui Jan 09, 2020 1:04 am

O Coveiro é um homem simples e de pouca ambição. Quando vivo, seu maior prazer era descansar o corpo cansado na poltrona e assistir qualquer merda na televisão enquanto tomava uma cerveja. Às vezes pagava para comer uma puta. Mas só às vezes. A grana não costumava sobrar e mulher nenhuma em sã consciência aceitaria se deitar com "aquilo" de graça. Hoje em dia ele é tão feio que nem as putas iriam querer foder com ele. A morte fez com que ele perdesse todo o interesse em sexo também, então foda-se.

Agora é um vampiro e só tem três coisas que ele queira: sobreviver, sangue e ser deixado em paz. Nessa ordem. Esta noite, em especial, talvez colocasse "sangue" acima de todas as outras coisas. Sentia-se faminto. Faminto o bastante para secar um bastardo até a morte. Mas não faria isso. Prometera a Bóris que não chamaria atenção indesejada. O que não o impedia de fantasiar sua sede sendo saciada de novo e de novo.

Enquanto sua mente divagava em fantasias sangrentas, a pá tocou a tampa de madeira. Com facilidade espantosa ergueu o caixão à altura do peito, retirando-o da cova. Não sabia porque estava fazendo isso, mas também não se importava. Depois de entregar os dois defuntos teria a noite só pra ele. Para caçar e saciar sua fome. Após encher ambas as covas de terra e cobrí-las com uma lona preta, empilhou os caixões em um carrinho e o guiou até o local ordenado, descarregando.

Finalmente livre. Hora de matar a fome. Pensou em quem seria sua vítima de hoje: Putas ou filhos das putas? Enquanto decidia, saiu pelos portões do cemitério, sem se preocupar com a chuva. A aparência alterada, é claro, para não causar alvoroço. Seu antigo eu. Feio, mas não tanto. Partiu para a área barra pesada da cidade. O lugar onde tinha prostituição, bêbados, drogados... bandidos. Suas vítimas costumavam ser putas, quando estava com pouca fome. Não gosta de matá-las então desfruta delas quando sabe que vai conseguir parar. Mas agora, com a fome que está sentindo, é melhor não arriscar. É melhor trabalhar com segurança e se alimentar de alguém que não fará falta no mundo, caso não consiga se controlar.

Ao encontrar algum criminoso sozinho, em lugar ermo, ofuscaria e o atacaria com uma pancada na cabeça a fim de o incapacitar para beber seu sangue. Não queria o matar. Resistiria ao impulso da Besta (teste de Autocontrole), mas sejamos sinceros, se ele morrer alguém vai chorar? (sem gasto de FV pra resistir) Repetiria o processo com outro até se sentir saciado.

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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Qui Jan 09, 2020 10:33 pm

Yassemine Queen - Pontos de Sangue: 13/20 (4/turno) - Força de Vontade: 10/10 - Vitalidade: OK


A Feiticeira seguia seu ritual noturno diário, talvez, mais complexo até mesmo que aqueles realizados por seus antigos mestres. Ao concluir aquele processo, tão meticuloso que poderia passar-se até mesmo por uma pequena cirurgia, ela olhava-se no espelho e admirava sua beleza. Em seu ponto de vista, seria certamente uma visão que até mesmo os mais críticos integrantes do Clã da Rosa louvariam aos céus por serem capaz de tê-la.

Pronta para partir, em direção à Prefeitura, a Assamita pedia um motorista, em um aplicativo de celular. A modernidade tem suas vantagens e a comodidade é sem dúvidas uma delas... Não demora muito para que seu pedido seja respondido. Seu motorista, de nome Allan, estaria em sua porta em poucos minutos. A pequena espera lhe daria algum tempo para divagar ou apenas checar se estaria levando consigo tudo que poderia precisar.

Em pouco mais de 4 minutos de espera, Yassemine ouvia o som da buzina de um carro, no momento em que seu telefone notificava uma mensagem "Boa Noite.", um segundo toque sinalizava a mensagem enviada instantes após, "Estou aqui.". Ao chegar à portaria do condomínio, um pequeno porém bem localizado conjunto de 3 prédios de 5 andares, ela podia ver o veículo, um Toyota sedã, preto, que reluzia as luzes da fachada do local. Seu interior era de difícil visualização, devido o vidro escurecido mas, conforme ela se aproximava da entrada, podia ver partes do rosto do homem no interior. O formato de seu rosto, sua barba e até mesmo a roupa que utilizava, batiam com a pequena imagem na apresentação do motorista, no aplicativo. Deixando o veículo, para abrir a porta do banco de trás para a mulher, ele cumprimentava-a.

 -- Boa Noite, Srta. - O homem tinha um sorriso amigável. Vestia camisa e calça sociais, respetivamente nas cores branca e preta e uma gravata, da mesma cor da calça. Tinha cabelos e barba curtos. Ao entrar, novamente, no carro, ele tornava a falar -- Certo, devo deixá-la na Prefeitura, correto?
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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Sex Jan 10, 2020 2:26 am

Gregory Thompson - Pontos de Sangue: 10/12 - Força de Vontade: 6/6 - Vitalidade: OK


O Coveiro andava solitário em sua caçada noturna. Aquele bairro, nos arredores do cemitério controlado por Bóris, era um tanto quanto deserto, principalmente àquela hora. A ineficácia dos mecanismos de segurança pública -Um resquício do domínio Sabá na região, manifestado perante a sociedade mortal pela figura do ex-prefeito, um vassalo do antigo Bispo- fazia com que, ao cair da noite, os poucos moradores que se aventuravam a sair de casa, o faziam de carro. Pequenas gangues dominavam seus micro-feudos, ruas e -quando realmente 'fortes'- um ou outro quarteirão, em sua guerra por influência que, de certo modo, assemelhava-se um pouco com a Jyhad travada entre Camarilla e Sabá.

Um beco, depois de algum tempo de caminhada, Gregory via -enfim- um desses membros de gangue. 1,75m, cabelos raspados e tatuagens feitas em estúdios baratos ou até mesmo utilizando técnicas de presídio. Não devia ter mais do que 21 anos, mas já ostentava jóias e era possível ver uma pistola atrás de sua calça, por baixo da camiseta branca que usava. Ele estava sozinho, ou ao menos era o que parecia, na entrada de um beco escurecido pela ausência de lâmpadas -quebradas- nos postes dali. Atrás do jovem, fixado à parede de tijolos, havia um telefone público e cartazes de propaganda, além de alguns que indicavam -por meio de símbolos- a quem aquele mini-feudo pertencia. Parecia ser a oportunidade do Cainita, que sentia a Besta impelindo-o contra aquele alvo. 

Ofuscado, não era difícil para o Nosferatu atacar o jovem, no momento em que ele se virou de costas para a rua, dando alguns passos em direção ao interior do beco. O Jovem caía, desacordado, cerca de 3 ou 4 metros longe da entrada da pequena viela, permitindo que o Cainita fizesse sua refeição, certo de que não havia companhia naquele lugar. Alimentar-se sem matar o jovem foi um ato difícil, mas sob os grunhidos de protesto da Besta, ele conseguia fazê-lo, deixando o homem ali caído. Agora, com sua besta acalmada, o Cainita conseguia ver, ouvir e também pensar com mais clareza, fazendo com que ele percebesse algo que, anteriormente, não havia notado:

Há pouco mais de 2 metros de distância de onde ele estava, um rastro de sangue era visível, apesar da pouca luz. Não era preciso muita observação para ver que aquilo lá havia sido feito recentemente, não mais que 1 hora antes do cainita ter chegado ali. Mais a frente ainda, o primeiro corpo podia ser visto: Vestia-se da mesma forma que o homem que ele havia acabado de atacar, mas era negro e não branco. Ao lado do cadáver, roupas rasgadas, também idênticas as que os dois homens usavam. 
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Mensagem por Yassemine Queen Sáb Jan 11, 2020 12:02 pm

- Sim, por favor!

Ela faz questão de sentar-se no banco da frente. Ali iniciara-se uma pequena caçada. Inicialmente a anciã entraria na mente do motorista (Auspícios 4 Telepatia), enquanto puxava uma conversa trivial, automática, típicas desse tipo de situação.

- Tudo bem se eu for na frente? Eu me sinto um pouco enjoada quando vou atrás. Além disso, eu adoro essa cidade, cheguei a pouco tempo sabe? Não quero perder nenhum detalhe.  

Era necessário conhecer primeiramente a orientação sexual do homem. Desde sempre a raça humana é primitivamente regida pelos seus desejos sexuais, os hormônios são tão reis quanto dinheiro e o homem é muito susceptível aos estímulos visuais. Ela entraria em sua mente e assim que ela descobrisse sua orientação sexual e como funcionavam seus desejos, caso coubesse uma figura feminina, ela iria inserir algumas imagens eróticas dela na mente do alvo. Percebendo a inclinação do mesmo para um ato de fornicação, ela o deixaria pensar que a seduziria e aceitaria um convite ou reagiria favorável a uma insinuação para uma parada em um local mais afastado. Talvez ele quisesse apenas um beijo romântico ou talvez fosse um pervertido, não importava. Os sabores são de uma grande variedade e as possibilidades também ,mas a verdade era apenas que uma vampira estava com um pouco de fome
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Mensagem por Padre Judas Qua Jan 15, 2020 11:33 pm

É normal que os Nosferatu se alimentem de animais sujos como ratos, pombos e bandidos. Em todos os casos, os animais nunca têm chance. O melhor que podem fazer é torcer para algum outro infeliz seja escolhido no lugar deles. Isso é, se pelo menos eles soubessem o que o esperam, já que os Ratos de Esgoto saem, literalmente, do nada antes de darem o bote. Mas não sinta pena, eles não merecem.

O Coveiro solta o corpo desfalecido, mas ainda vivo, do marginal sem a menor cerimônia e ele cai como um saco de batatas. Só então percebe um rastro de sangue que o guia até um segundo peba, já morto. Havia, sabe se lá porquê, roupas rasgasdas de uma terceira pessoa no local. Muitos de nós cederíamos ao nosso instinto natural da curiosidade e bancaríamos o detetivo, mas não o Coveiro.

A verdade é que ele não está nem aí. Não é problema dele, afinal. Provavelmente algum vampiro idiota sugou mais do que devia e largou o presunto aí. Talvez ele mesmo cavasse a cova do filho da puta mais tarde, mas até aí tudo bem. Já está acostumado. E também que se foda o vampiro se ele tiver quebrado a Máscara, ele que se resolva com a Príncipe. Até que ele se dá conta: Essa merda pode acabar espirrando nele.

Ele esteve na cena. Não entende direito como funciona as merdas da perícia, mas viu CSI suficiente para saber eles podem dar um jeito de ligar ele nessa bosta toda. O problema não é nem a polícia em si, mas a Camarilla que puxa as cordas dela. Toda fresca com essa merda de Máscara, sempre ávida de jogar alguém no banho de Sol. Esse alguém não vai ser ele. Ele pega a arma do primeiro bandido, tomando cuidado para não deixar digitais, e dá dois tiros no peito do cadáver, colocando de volta a arma na mão do marginal.

Em seguida se ofusca novamente e volta para o cemitério. Se isso é suficiente ele não sabe, mas torce para que seja. Se alguém vai responder por essa merda, vai ser o lixo humano do qual se alimentara. Com todo o sentimento de criminalidade aflorada que a cidade está passando, a polícia deveria simplesmente comemorar que a bandidagem está se matando por aí. O assassino idiota ter desmaiado na cena do crime só deixaria as coisas melhores. O Zé Droguinha não teve moderação e se deu mal.
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