Os Guerreiros da Luz - As duas frentes de batalha (Crônica Oficial)

Voltei com as lanternas com o celular tocando uma música bem empolgante, mas logo que cheguei no galpão, tirei os fones para não atrapalhar caso algum caçador ou qualquer outra coisa aparecesse, e para não atrapalhar na comunicação também. Distribuí as lanternas aos primeiros que me pedissem, exceto a minha, e a da Vicky. Isso restava apenas duas lanternas, porém, há três pessoas, um de nós ficaria sem lanterna. Desci as escadas, e entreguei uma lanterna a Vicky. - Agora pode. - Disse sorrindo. - Show? Nem sabia que tava rolando Show hoje, é de quem?

Aquela música de antes, era reproduzida na minha mente, e gradativamente, eu ficava cada vez mais louco para brigar. Acendi a lanterna e tentei tirar o máximo de informações possível. A metralhadora já estava preparada não outra mão, caso o inimigo tentasse um ataque surpresa.

Por alguns instantes Sara só escutava os pequenos barulhos reproduzidos por seu celular, todo lugar estava em silencio, aquele tipo que silencio que a incomodava.
O silencio foi quebrado logo, por que os garotos chegaram rápido trazendo quatro lanternas. Ela pegou uma lanterna, se aproximou da Srta Silvergate, acendeu a lanterna apontando para cima em frente ao rosto e fez uma careta.
– Huuu. Vai descer ou vai continuar vasculhando esses rastros?
Desligou e entregou o objeto nas mãos da Silvergate.
– Não preciso de uma!
Sara usava espadas, então pensou que ter algo nas mãos só iria atrapalhar.
Ela seguiu o Roiran em direção as escadas.
– Não é melhor vocês dois ficarem de guarda por aqui?Se algo acontecer?
Enquanto descia as escadas deu uma piscadela e mandou um beijinho para os dois que restaram em cima.

Joan percebia a os rastros que tinha sido escondidos, mas uma busca detalhada dos olhos da jovem Ventrue, tinha revelado esse cuidado naquele lugar abandonado, os cainitas ao seu redor estão preocupados com o combate, mas esquecem que o atual momento é de caçada, e em uma caçada, toda descrição e recolhecimento do terreno é importante... "e eu achando que era ingênua, querem que todos entrem nesse buraco e ninguem para ficar de guarda? olha o lugar em que fui me meter..."

Ela percebe a jovem vindo em sua direção com a lanterna, e fazendo seus gestos de filmes adolescentes que Joan não mais assiste, a laterna iluminando o rosto seguido do "huuuu", tudo muito normal, a Silvergate ali já estava pensando que estava entre cachorros loucos, procurando sua presa sem seu dono para os guiar, talvez esse dono tenha de se mostrar logo, para o bem de todos... depois que a jovem desligou a laterna, Joan a pegou...

- Ok, fico com a laterna e fico como o suporte de vocês, caso parece algo, eu desço. ela agora não está com sua espada em punho, nem com seu arco pronto para usar, ela agora pensa em outra coisa... "com eles lá em baixo, posso ver o quanto que eu consigo pular... me sinto mais forte e ainda não conferi isso." Agora a bela criança da noite espera pacientemente todos descerem para continuar em seu isolamento e conhecer melhor suas novas habilidades.

Ithan parecia totalmente alheio a toda a situação enquanto desenhava em sua mão, mas ouvia atentamente a escola de bruxaria discutir com toda a sua teimosia de sempre, cada um querendo fazer as coisas do jeito dele, mas até que o Sonserina Potter tinha razão, mesmo que o próprio Ithan, Ororo ou o Cachorro não tivessem saído muito feridos no final das contas, ele sim, tinha se ferido feio e não aguentaria outra luta, só que a "senhorita não vou a cara toco fogo" não parece estar nem aí pra isso. Distraídamente Ithan começou a falar enquanto ainda desenhava como se estivesse falando sozinho.

-É, mesmo que alguns de nós não estejam tão feridos, com algumas excessões é claro, como o nosso amigo ali, não temos reservas de sangue infinitas, e não seria nada simpático ter vampiros descontrolados voando pra todo lado em cima do primeiro pescoço que vissem, tem gente que pode até achar interessante isso mas eu não.

Como se não tivesse dito nada o malk ergueu a mão e ficou observando o desenho que tinha terminado enquanto falava.

Desci a escada para a escuridão, de lanterna acesa. Lá embaixo entreguei uma para Vicky, e ela me respondeu. - Hu! Então vamos acabar logo com isso... - Confesso que ela tinha me surpreendido, e eu fiquei na curiosidade para perguntar mais sobre sua banda, mas mandei essa numa tentativa de acalma-la e além do mais, isso não era hora de nos conhecermos melhor. Seguimos pelo corredor, minha mão esquerda segurava a lanterna na altura do peito, e o braço apoiava a outra mão que segurava a UZI. Eu estava totalmente atento, como nos exercícios que fazia no quartel.

Estava até gostando daquilo, e já estava impaciente de não encontrar ninguém. Até que encontramos um interruptor, e o ligamos. Uma grande sala apareceu na nossa frente, na grande única mesa que tinha, estava cheio de coisa de padre, e como decoração, havia umas armaduras que me atraíram bastante. Me aproximei de uma delas e a analisei, pensei em levar uma delas pra casa, eu sempre fui aficcionado por artigos de guerra, e isso apesar de rústico não deixava de ser um. Finalmente desisti, concluí que iria dar muito trabalho.

Depois que vi as meninas mexendo em um quadro, fui ver do que se tratava, e me espantei, do quanto de informação eles tinham a respeito de nós. - Acho melhor nos levarmos isso... - Falei. E imediatamente comecei a procurar saídas da salas, claro, sem contar a que nós havíamos entrado. Um inimigo poderia aparecer a qualquer momento, e eu gostaria de estar preparado, saber pelo menos de onde ele viria.

Joan olhava aquele trio descer naquele buraco, lugares assim podem conter ratos e ratos não eram uma coisa muito legal para Joan, assim, ela espera que eles adentrem o suficiente para desaparecer da vista da Ventrue e com a laterna desligada, ela anda mais um pouco pelo lugar estrategicamente abandonado, ela fica na direção da saída, se preprara para pular, e usa toda sua impulsão para ver quanto longe que ela consegue pular...

Já do lado de fora, ela olha para o galpão, a sua altura... "hmmm, agora dá para tentar subir nesse galpão, sem mencionar que vou ter uma ótima visão de tudo, claro que não ligar a laterna lá, hahha..." então ela se prepara mais uma vez, um pulo para chegar no telhado do galpão, claro que ela não sabe que isso é possivel para ela, mas não custa tenta, um eventual tombo, não será o fim do mundo, Joan olha mais uma vez ao seu redor e dá o salto para conferir até onde chega...

Sara desceu as escadas escutando o comentário da Vicky. Sério que alguém quer ver essazinha ai fazer alguma coisa? Pensou Sara, e quase falou isso vem voz alta, mas só deu uma risadinha de olhando pra parede ao lado. Eles andaram um pouco em um corredor e acharam uma porta, após ver o sinal Vicky, Sara sacou sua espada e se preparou, novamente em vão, a sala estava vazia. Roiran logo acendeu a luzes, e eles viram aquele uma mesa com um monte de tralha. Sara ficou com vontade de fazer pirraça.
– Já que não tem ninguém aqui...
Ela subiu na mesa e começou a chutar os papeis e as bíblias para o chão, depois desceu e saiu correndo ao lado da parede rasgando todas as fotos, quando viu as garrafas com água ela olhou pro Roiran e apontando para as garrafas falou:
-É melhor você se livrar disso.
Só parou de correr quando estava no lado da Vicky, que foi quando viu o que estava no quadro. Elas viram as fotos de vários vampiros, quando deu por si viu uma foto sua, e como era de se esperar, nada de inteligente veio dela. Ela vez uma careta.
-Não podiam ter tirado uma foto melhor não? Eu sabia que vermelho não é minha cor.
Ela virou e cruzou os braços e coçou a cabeça.
-Ãm... acho que perdi esses brincos de outro branco.
Logo depois eu e virou novamente para o quadro, e viu a foto do Demétrius.
-E esse não é o esfarrapado que a príncipe se livrou?
-Como eles sabem até o que aconteceu dentro do salão do principado?
-Não gostei disso.
Logo a Ventrue se deu por conta da real situação, todos estavam marcados, até mesmo a principe.

Yano ouvia a resposta de Mia a seu pedido, tanto importava a opinião dela sobre a atitude dele. Ele apenas estava seguindo seu raciocínio lógico, diferente dela, que ao invés de pensar no prejuízo de ter feridos no grupo, só estava agindo por impulso Aos olhos do Tremere, as atitudes da vampira a sua frente jamais seriam dignas do clã Tremere, ela falava, agia, e brigava como uma das portas(brujah) que Yano tanto desprezava. O vampiro revirou os olhos e seguiu em direção a estrada, olhou para o lado para ver Ecaterina, e olhou para o outro para ver Ithan.

- E então maluco dos quadrinhos? Vai ou fica?

O Tremere sorria debochado para o companheiro.

- Ecaterina esperava pelo debilitado e pelo louco, afinal ela optou por ir para casa, pois queria se recupera e não cair de peito matando tudo fito um tanque. Que isso fica-se para a ralé. Olhou um pouco para o céu e para os lados, observando que teriamos dei rapé até certo trecho e depois pegar um carro, claro que a Mia não deixaria levar o carro dela.-

- Hey Kensigton, vamos logo se ele quer vir ele no segue. Espero que nesta bosta de cidade os táxis parem mesmo com um assobio.

-Murmurou a vampira para si mesma já com o tremere ao seu lado iniciando uma caminhada a passos de mortos.-

-Você está horrível Ecaterina,argh preciso desinfetar.

Por instante um instante Ithan quase percebeu que a Madame Piromaníaca havia dirigido a palavra a ele enquanto discutia com o Sonserina Potter e se retirava com o seu companheiro de mentalidade semelhante, mas Ithan pouco estava prestando atenção no que ela havia dito enquanto estava perdido em seus pensamentos, perguntas, linhas, nomes, referências, traços, e tudo que se misturava enquanto ele pensava, era como se desenhasse mentalmente o que pensava. Todos iam se retirando sem que ele realmente se desse conta de que tinha que tomar uma decisão de qual direção tomar imediatamente, até que sua "concentração" foi cortada pelo bruxo, quando este o chamou de maluco dos quadrinhos e estampou um sorriso debochado no rosto. Para qualquer pessoa essa seria uma frase totalmente inútil e sem a menor importância, mas para Ithan não, automaticamente isso o lembrou de um de seus maiores ídolos, o Coringa, o que o fez se sentir altamente lisonjeado com o apelido do feiticeiro, e esse era Ithan, mesmo passando pela pior das situações não conseguia deixar de pensar em seus quadrinhos, riu consigo mesmo quando lembrou da carteirinha da liga da justiça que sempre levava em sua carteira e se movimentou em direção aos outros dois que agora se retiravam.

-Esperem, eu vou com vocês!

Enquanto caminhava com a dupla de feitceiros Ithan pensava no rumo que tomava até então nesta noite que se mostrava bem diferente das noites que ele costumava ter, mesmo sendo uma criatura da escuridão.

É, acho que não faz muita diferença se eu for com eles mesmo, de toda forma simpatizei mais com eles desde o princípio e não seria de grande utilidade junto daquelas outras duas máquinas de matar, prefiro usar a mente, e formei uma dupla até aceitável com a Ororo aqui mais cedo, ela nem deve ter ser importado com isso mas eu gostei, imagina, uma dupla com a senhora dos ventos, ou quase já que ela parece uma espécie de cosplay, rsrsrs, não é a Fênix mas ta valendo ein Ithan. Ai ai, bem que eu podia ter uma visão daquelas agora, Zordon me manda uma luz!!!

Enquanto Vicky emputecia com a patricinha, eu procurava outras possíveis entradas para a sala. Felizmente, ou talvez infelizmente não achei. Felizmente porque se algum inimigo aparecesse, eu só precisaria me focar em um entrada, e já estaria preparado. E infelizmente, porque se esses inimigos fossem bons, nós estaríamos encurralados. Bom, de qualquer jeito, o melhor que eu poderia fazer seria ficar atento a aquela entrada. Não interferi na briguinha das duas. Eu não gostaria que se metessem nas minhas brigas, e como diz o ditado, quem com ferro fere, com ferro será ferido.

Assim que Vicky falou, comecei a juntar os papéis, nunca fui bom em procurar nada, mas juntar papéis não era uma tarefa desafiadora. - Ei Vicky, vamos levar o que pudermos, precisamos sair logo, e outra, vamos deixar esses papéis pros ratos da Camarilla, pelo menos pra isso eles servem. Esse quadro também é importante, vamos levá-lo. - Empilhei tudo que é papel. Até que uma coisa me chamou a atenção. Os copos com água. Comecei a analisá-los. Se estavam no mesmo nível, eu desnivelado, e se haviam marcas de bocas. Se sim, talvez tenha DNA dos caçadores, e provavelmente digitais. Pra mim, isso seria inútil, mas com a Camarilla do nosso lado, poderíamos chegar até eles fácil.

Yano, agora dirigindo, se perdia em seus pensamentos. Ele sabia que por mais certo que a decisão parecesse, lhe traria consequências, ele ja podia até ouvir as piadas, comentários e comparações que teria de aguentar. O Tremere não se importaria com esse tipo de coisa antigamente, mais desde que sua irmã assumiu o cargo na capella ele passou a sentir necessidade de melhorar, de se superar, afinal agora ele era muito mais cobrado. Tentou manter a calma e limpar a mente , acreditava na sua decisão, seria melhor pra todos, e além do mais, se seu plano der certo, ele voltará pra missão antes do que o previsto e com muito mais a oferecer.
Yano olhou pelo retrovisor e pode ver Ithan um tanto estranho, seus olhos estavam fixos em algo que o Tremere não pode ver, não deu importância até que um flash passou por sua mente, lembrando de que o malk havia dito que tinha visões.

-Essas visões nem sempre podem nos favorecer, por mais que esse dai pareça confiável, esse poder é perigoso tanto quanto é produtivo.

Yano começou a ficar um pouco tenso, imaginando o que estaria se passando na mente do malk, acabou por se distrair e o carro bateu em algo, fazendo o Tremere frear o carro bruscamente.

-What the Fuck? - O Tremere gritava com uma irritação audível.

Ele olhou para os dois, pra ver a reação deles, e sem esperar qualquer resposta ou comentário, ele dá ré no carro e liga o farol pra ver no que bateu sem ter de sair do carro.

Joan não tinha conseguido subir no galpão, o que era uma pena... mas fazer o que... pelo menos ela estava se conhecendo melhor e isso já era lucro para ela, evitar surpresas nessa ramo, era sempre bom. Depois que viu o resultado do seu salto, ela faz uma expressão pensativa... "acho que preciso de mais força, o que não é impossivel de se conseguir, até onde eu sei, vamos ver mais para frente..."

Ela estava se preparando para fazer um novo salto, quando escuta o som de um carro se aproximando do galpão, o que não parecia ser boa coisa, já que seu grupo havia explodido um prisioneiro e invadido um lugar secreto... Cães não entendem de emboscadas e agora ela tinha de usar o elemento surpresa que ainda tinha o melhor possivel, o que era muito dificil, uma vez que ela não era a líder de fato daquele bando maluco, mas era tudo que tinha naquele momento e tinha que tentar o seu melhor para não morrer naquela noite sem graça...

Indo o mais rapido que pode, [ativar rapidez] Joan se dirige para seu grupo na tal sala secreta.

- Ok, pessoal, está vindo um carro para este galpão, vamos nos preparar. Com sorte a gente faz uma emboscada e termina isso mais rapido, ok? Ela apenas olha para os três, sem tempo para ver o que tinha naquela sala e voltando na mesma velocidade para o lugar em que estava, esperando seus "colegas" pronta para usar as suas flechas, caso eles demorem muito...

-Solte-me!Isso foi a única coisa que a Sara pode falar, não conseguiu falar em tom forte, então apesar de tentar, ela não conseguiu de cara revidar com alguma resposta, a Ventrue tremeu ao ser repreendida, e não sabia se continuava a discussão podendo talvez entrar em uma briga em que sabia que teria poucas chances de sobreviver ou deixaria a Vicky quebrar todo seu orgulho, então, nos poucos segundos seguintes só continuou encarando a Vicky com os braços estirados para baixo, pronta pra sacar alguma arma caso a vampira tentasse algo mais brutal.
Quando logo em seguida Vicky mandou juntar os papéis, Sean começou a pega-los, e Sara como era de se esperar não iria obedecer.
-Não irei fazer mais nada!
Nesse momento Joan apareceu e os avisou sobre um carro que estava se aproximando do local e rapidamente retornou.
Tudo tinha ficado um pouco “tenso”, ver aquele quadro com as fotos de diversos vampiros inclusive com uma foto da príncipe, ser repreendida pela Vicky e logo depois saber que tinha alguém chegando naquele lugar. Sara começou a achar que tudo e todos estavam contra ela, isso estava deixando ela nervosa.
-Talvez toda essa viajem não tenha sido tão inútil.
Sem ao menos olhar pra trás e ainda com medo de entrar em algum conflito maior com a Vicky, Sara foi a primeira a sair, e saiu correndo da sala indo ao encontro da Joan, subiu logo, só como desculpa para não ter que enfrentar a Brujah, mas sabia que tinha um assunto inacabado com ela.

OFF: Bom. Conversei com a Hermione por telefone, para saber qual a posição da mesma sobre essa crônica. Ela pediu desculpas a todos pela ausência, é que ela está sem tempo, esta de mudança, e ainda tem a facul e o emprego. Como o erro foi dela, ela deu XP máximo a todos.

Agradecemos a compreensão.