Vampiros - A Máscara
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Domínio de Sangue II

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Mensagem por Fox Seg Set 09, 2019 6:25 pm

Domínio de Sangue II

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Como pode a mesma boca proferir bênção e maldição? Como pode a mesma mão acalentar e afugentar? Como pode o mesmo coração sustentar amor e ódio? A verdade é que não há distinção entre estas coisas. Sagrado e profano, nobre e vil, iniquidade e justiça nunca existiram como lados opostos de uma mesma moeda, mas sim como reflexos um do outro, duas faces de um espelho rachado que reflete a essência do que lhe é mostrado. Separar esses conceitos é só uma forma esfarrapada de proteger o próprio ego e fazer-se acreditar que você está do lado certo. Mas não passam de mentiras contadas para nos levar a crer que a bondade é pura e livre de sua contraparte. Até os deuses sabem o tamanho dessa lorota. Falo-te o que é certo quando digo que a Besta que cada um de nós carrega nada mais é que o cerne do homem, sua natureza de criação libertada ao fim da vida. Por que agarrar-se à humanidade enquanto rejeitamos de nós o que é mais humano? Haverá um tempo em que cada um compreenderá essa realidade. Nesse dia glorioso, poderemos enfim beber de rios e lagos, pois deles jorrará sangue.
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Mensagem por Fox Seg Set 09, 2019 6:38 pm

Capítulo II - Presa e Predador

"O oculto pode ser encontrado em tomos e grimórios de bibliotecas antigas. Mas a espantosa verdade, a verdade realmente assustadora, requer que você procure mais fundo, nas profundezas onde a humanidade já foi há tempos esquecida." - Creidne

TRILHA SONORA:

______________________________

Jack Hunter

Las Vegas, Nevada

A face da mulher muda de expressão, parecendo se sentir insultada quando Jack tenta se livrar dela. Seu sorriso lascivo some, dando lugar a um olhar penetrantemente intimidador. Mesmo com a aparência frágil, não parece um blefe. As duas prostitutas não parecem ter notado a mudança do clima e permanecem fiéis ao seu trabalho.

- Como queira. Imagino que quando eu marcar o horário com essa tal de Candy esse lugar já esteja fechado. Então boa sorte.

Ela coloca de volta os braços em volta das garotas, mas continua fitando Jack como se analisasse todas suas reações.
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Mensagem por Fox Ter Set 10, 2019 7:30 pm

Rian

Las Vegas, Nevada

Rian já havia perdido as contas de quantas noites passaram desde que vira sua irmã pela última vez. Seu rosto afilado, sua pele levemente morena, os cabelos longos e negros como as sombras que o encobriam no momento. Mas de tudo, era seu sorriso inocente que mais lhe aquecia o coração, como se fosse um resquício da infância guardado em sua face. Ele se pegava em meio às lembranças não tão distantes, vendo a porta com o número '03' escrito com uma tinta clara. Não havia nem notado enquanto fez o percurso pelo singelo jardim florido e iluminado pelas luzes artificiais dos dois pequenos postes. Esperava alguns instantes, só agora percebendo a realidade nada bela em que se encontrava. Na verdade era uma cruel realidade, que se estendia desde aquele momento no cemitério. Para ele não havia beleza, não havia inocência e não havia paz. Não havia, também, como manter o sorriso em seu rosto. Mesmo que a companhia daquela que um dia compartilhou o seu sangue lhe desse alegria, Rian sabia que tudo que o envolvia era muito maior. E muito pior.

Três batidas e dois passos para trás. Ele não se desfazia do Manto da Ofuscação. Talvez por cautela, ou talvez por medo de não saber sua própria reação quando visse o que tinha atrás da porta. Os instantes seguintes parecem minutos, mas cessam quando um som de chave quebra o silêncio e a porta se move. Porém a pessoa que a abre não é Claire, mas um homem, talvez em seus trinta, branco, com barba e uma cicatriz na sobrancelha. Ele possui roupas casuais, calça jeans e camiseta, e possui um bom porte físico. Quando o mesmo se mostra, logo fica desconfiado, procurando o visitante. Esse movimento é o suficiente para revelar outra pessoa alguns metros atrás dele. Rian imediatamente reconhece as feições de sua irmã, no entanto as expressões lhe parecem totalmente atípicas. Ela está apática, com um olhar distante, talvez triste, e seu corpo parece afundar-se na cadeira de rodas que a acomoda. O que havia ocorrido nesse meio tempo?
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Mensagem por Abigail Qua Set 11, 2019 4:19 pm

Após bater na porta e se afastar um pouco a tensão tomava conta do vampiro. Ansiedade. Aquele pequeno lapso temporal parecia uma eternidade, enquanto ele imaginava como Claira abriria a porta e o como o recepcionaria. Ele dava um pequeno sorriso imaginando a expressão de surpresa dela enquanto colocava a cabeça para fora e não encontrava o visitante que batera em sua porta. O trinco da porta soava fazendo um barulho enquanto o Gangrel esboçava um tímido sorriso imaginando a cena. Mas a pessoa que revelava-se na porta era como um balde de água fria em seus pensamentos. Seu sorriso se desfazia e a preocupação tomava conta de seus pensamentos. Não acontecera como ele havia pensado, como ele planejara.

Mas o movimento daquele sujeito revelava uma realidade ainda mais cruel. Sua irmã em uma cadeira de rodas! Os olhos do vampiro se arregalavam, suas mãos ficavam trêmulas e imediatamente ele sentia vontade de chorar.
- Claira! O que aconteceu com você?!
Ele move-se rapidamente invadindo a casa, sem nem se importar com aquele sujeito, se ele era um vampiro, se ele era um carniçal que mantinha sua irmã refém ou um aliado que cuidava dela. Não existia mais nada ninguém no mundo. Ele ajoelhava uma das pernas para ficar na altura da irmã enquanto tocava em seu rosto incrédulo.
- Minha irmã... o que aconteceu? O que houve com você? Só agora ele olhava para o sujeito e tentava conter suas lágrimas enquanto esperava uma resposta da irmã, segurando sua mão esquerda com a sua direita.
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Mensagem por Yassemine Queen Qui Set 12, 2019 8:04 am


Previously...

Papa Paradise
Múmia se dirige a Yarn com sua usual cordialidade, porém era possível ver que esse Nosferatu não possuía a classe de seu Primógeno. Seu próprio visual revelava isso através dos detalhes, mas ainda assim ele demonstrava respeito para com o Samedi, afinal era alguém de posição diferenciada.

- Ahh, então é sobre isso. - ele esfrega as mãos em um movimento quase que involuntário - Claro, claro, claro. Já lidei com eles em primeira mão. Não é uma sensação muito boa quando a Habilidade que você usa há anos não funciona de uma hora pra outra.

Naquela câmara escura, Yarn caminha de um lado para o outro após ouvir o pedido de Paradise. Era como se tentasse lembrar e colocar os pensamentos em ordem ao mesmo tempo.


- É, isso está causando muito problema lá embaixo. O Novembro... err, digo, o norte dos esgotos tá quase todo tomado... Bem, antes disso as ninhadas eram controladas por grupos, levavam informações de uma zona a outra e serviam de vigias em entradas e lugares onde o acesso era mais difícil. Alguns grupos tinham tonéis de vitae pra alimentação deles, uma estratégia boa para manter a lealdade dos bichinhos sem ter que perder muito tempo. Hehehe. Só que há umas semanas atrás, algumas ninhadas deixaram de voltar pros tonéis. Zorek e os Ratos do Norte foram os primeiros a notar a falta, mas quando eles reencontraram os bichinhos o Controle já não funcionava mais. Eles tiveram que abandonar o domínio deles e se abrigar em outros lugares porque os bichinhos agora estavam agressivos. Cruel. A partir daí, outras ninhadas também começaram a fazer a mesma coisa, só que essas mais recentes ainda não reapareceram. Os ratos mais solitários ainda parecem reagir normalmente às Habilidades, mas a utilidade deles e a chance de servirem de comida por muito tempo é bem pequena.



De <https://vampiros-a-mascara.forumeiros.com/t4828p25-dominio-de-sangue>


Now...

Papa decide verificar a mente de Yarn enquanto ele desenrolava a explicação. (Auspicious 4) Papa tenta penetrar na mente do Nosferatua e encontrar alguma coisa que Yarn pudesse estar escondendo, todos tem um esqueleto no armário e segundo os romances policiais o culpado geralmente é alguém próximo, ou o mordomo ou o cônjuge. Ale não seria diferente alguém que elaborou aquele plano poderia facilmente ser alguém de dentro do clã, alguém que conhecia o local. Papa gostava de seguir o jogo pelas beiradas, eliminando as possibilidades mais obvias primeiro.

Caso nada de relevante seja encontrado na mente de seu companheiro ele sugerirá que eles sigam pelos esgotos com cautela até a estação mais próxima onde o problema foi detectado.
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Mensagem por Fox Qui Set 12, 2019 10:40 am

Dezmond Green

Las Vegas, Nevada

A cidade do pecado, o lugar repleto de tudo pelo que o Caitiff se dedicou na sua curta vida. As bebedeiras em New York não se comparavam em nada às noitadas em Vegas, e mesmo que parte da sua atitude fosse uma tentativa vã de preencher um vazio dentro de si, essa era uma oportunidade de ouro. Depois do pequeno acidente pelas ruas da Capital do Mundo, Dezmond se viu com uma cria indesejada e uma baita sujeira pra limpar. O segundo problema foi mais simples, o primeiro, no entanto, requereu uma atitude ironicamente convencional. Ele sabia que, de acordo com a Terceira Tradição, adotá-lo só daria aos dois uma lenta e certa Morte Final pelas mãos da Camarilla. Por isso, ao policial Williams foi dada apenas uma explicação básica da sua condição e um sincero 'boa sorte'. Nada mais típico na vida de um Caitiff.

Enfim, Dezmond resolveu seu problema, porém aquela pulga atrás da orelha ainda o incomodava. Sua índole não iria lhe permitir tirar a vida da sua cria, mas a simples existência dela dava brecha para traçarem o erro até ele. Foi quando, coincidentemente, um amigo de faculdade lhe apresentou a brilhante ideia de fazer uma "road trip" até Las Vegas. Ele não pensou duas vezes. Quem sabe quando voltasse, a possibilidade da quebra da tradição estar ligado a ele já não existisse mais. Era dois coelhos com uma cajadada só. Um trailer alugado e vários dias de viagem pelas estradas da America, parecia um início de um filme de comédia de baixo orçamento. A realidade era bem menos gloriosa: revezar o volante entre dia e noite, dormir numa gaveta, e diversas paradas para lanche até enfim chegarem a seu destino.

Há noites que o Caitiff já estava na farra. Ele foi sensato o suficiente para antes procurar se apresentar ao Princípe, mas este nem se deu ao trabalho de encontrá-lo pessoalmente. Trabalho demais por parte da liderança ou relevância de menos por parte do novo inquilino? Quem sabe. De toda forma, Dezmond se encontrou com um representante, que aceitou seu pedido de estadia e o notificou minimamente da política local. Agora, livre das obrigações com a Torre, ele estava em um dos muitos bares do Centro, um daqueles em que um ninguém como ele não iria se sentir incomodado. À sua frente, um drink simples repousado sobre o bar, ao seu redor, diversos mortais festejando e vivendo suas vidas sem sentido. Para o Imortal bastava escolher, se juntar a algum dos grupos e se enturmar, não era nada de outro mundo. No entanto, por enquanto ele observava, a fim de escolher o grupo e o momento certo. É quando um sujeito lhe chama a atenção. Careca, cara fechada, jaqueta de couro e andar decidido adentrando o estabelecimento. Ele segura uma maleta prateada, mas com um olhar mais atento percebe-se que a mesma está algemada ao seu pulso por baixo da manga longa. Que tipo de sujeito que mantém uma carga importante vem pra esse tipo de lugar?

O homem faz seu caminho até o bar e, durante seu percurso, a maleta se aproxima do corpo de Dezmond. É um momento breve, mas isso causa uma reação para o Caitiff. Ele sente como se uma corrente elétrica percorresse seu corpo, mas é diferente de um choque comum. É uma sensação estranha, mas de certa forma semelhante a um presságio, embora ele não consiga interpretá-lo de nenhuma forma. O careca, sem notar qualquer coisa, passa e vai até um acento vago do bar. Ele se dirige ao bartender, um rapaz jovem e de aparência agradável.

- Me vê o da casa. Duplo.

O jovem lhe trás uma bebida que não parece ser nada demais, mas Dezmond percebe que uma espécie de cartão é posto sob o copo discretamente. O homem da maleta, de forma natural, toma um gole, fazendo o item escorregar até seu colo.
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Mensagem por Fox Sex Set 13, 2019 7:12 pm

Papa Paradise

Las Vegas, Nevada

Os esgotos não são um lugar agradável. Qualquer Mortal poderia dizer isso sem pensar duas vezes. Até aqueles, cujo trabalho é se embrenhar pelas redes fétidas para resolver algum vazamento ou um mau funcionamento do sistema de esgotamento, também concordam que este não é um ambiente onde alguém deseje estar. No entanto, para os Nosferatu, é algo chamado de lar. Para Paradise, por outro lado, que apenas adotou a Máscara de Rato de Esgoto, esta afirmação pode não ser verdadeira, mas seu guia Yarn certamente sentia-se em casa. Depois de andarem por alguns metros do estranho "calabouço" iluminado por lâmpadas de luz alaranjada, ambos passaram por uma porta de madeira grossa e descenderam até os túneis subterrâneos. Lá, o cheiro de fezes e urina predominam, e, além disso, a falta de visibilidade é um fator agravante. A única iluminação provém de placas de led bem espaçadas, que emitem uma fraca luz. Para o Samedi, desabituado a esse tipo ambiente, enxergar poucos metros à frente já é um problema.

- A luz aqui sempre foi um problema. Hehehehe. Mas a maioria prefere assim. Você se acostuma. - comenta Yarn.

Papa Paradise não sentia nenhuma malícia no Nosferatu. Há alguns instantes, por precaução, ele havia invadido os pensamentos do seu guia e o único detalhe relevante que sua Disciplina lhe permitiu captar foi um sentimento de medo elevado associado ás imagens das ruas de Las Vegas. Sua Telepatia também lhe deu outro vislumbre. A imagem de uma criatura de aparência horrenda queimando sob o sol em meio aos prédios, no entanto as chamas não permitiam distinguir se este ser era realmente Yarn ou não.

Os dois andam por bastante tempo. Yarn hora vira à esquerda, hora vira à direita, e, por alguns momentos, para e fica alguns segundos pensando. Isso dá a impressão que ele não faz a mínima ideia do caminho que está fazendo, o que se prova falso quando o mesmo cita alguns pontos de controle antes de aparecerem na vista. Dutos marcados, paredes quebradas, tonéis de metal jogados. Vários detalhes que passariam despercebidos para qualquer um servem de pontos de referência para os Ratos de Esgoto. Neste momento, o Samedi nota que sem um guia seria muito difícil investigar o lugar e também se questiona como a Dama de Vermelho é tão experta nesse quesito. Durante o percurso, alguns poucos ratos cruzam o caminho dos Membros, mas estes não parecem ter um comportamento anormal.

Depois de vários minutos andando, Yarn interrompe sua caminhada de súbito. Ele grunhe no ar, emitindo um som quase inaudível. Papa, instintivamente, fica atento, mas pela expressão do Guia não parece uma situação de perigo. Depois de alguns instantes, três ratazanas aparecem velozmente fazendo estalos no chão de cimento. O Nosferatu se abaixa, claramente aplicando a Disciplina Animalismo, e envia os bichos à frente.

- Os batedores. Hehehehe. Quase que me esqueço. - diz ele enquanto coça o moicano loiro.

- O que vocês querem com os ratos do nosso território?

Uma segunda voz masculina e esganiçada surge, juntamente com uma silhueta nas sombras. O ser se aproxima, apresentando uma forma volumosa, evidente pelas banhas que escapam por suas roupas maltrapilhas. Ele é caolho e de sua boca escorre um líquido rubro. Yarn, surpreso, se aproxima de Paradise e comenta discretamente.

- Os Quartas. Eles devem estar movendo o território aos poucos.
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Mensagem por Yassemine Queen Dom Set 15, 2019 12:28 pm



Ao examinar a mente de seu companheiro, Papa nota que poderia confiar nele por enquanto. Alem disso, a imagem de uma criatura queimando nas ruas não pode passar despercebida. Não era possível definir exatamente seu significado, embora em um primeiro momento Papa ache que se tratava de um trauma pelo qual Yarn tenha passado, explicando sua aversão a superfície. Ele segue seu guia observando os detalhes.

Sempre que possível, Papa melhorava sua visão usando seu auspicius, era complicado enxergar ali sem isso. Yarn realmente parecia saber o que estava fazendo...

"- Os Quartas. Eles devem estar movendo o território aos poucos."

Yarn já os havia descrito , os Quartas, aqueles sem uma liderança definida, rebeldes, ratos ainda não domesticados. Papa pensa em uma abordagem agressiva. Colocar as cartas na mesa e tomar o poder assumindo a liderança dos Quartas, se preciso duelando para isso. Mas ele era filantropo demais para tentar isso, assim de cara. Era necessário estudar melhor a filosofia do bando e talvez tomar a liderança com um leve jogo manipulador, fazia mais seu estilo.

(Presença 1 - Fascínio)

- Olá senhores! Pelo que vejo, acredito que vocês são os famosos Quartas. Não poderia haver uma coincidência maior, pois era justamente por vocês que eu estava procurando.

-Deixe-me apresentar. Eu Sou Múmia e este é Yarn. Estamos em missão de paz, procurando solucionar o mistério por detrás da deficiência das ninhadas. Eu soube que os Quartas são um grupo livre e muito forte no domínio dos esgotos, eu vim procura-los para propor uma ajuda mutua. Então o que me dizem?

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Mensagem por Fox Seg Set 16, 2019 1:14 pm

Rian

O mundo se desfaz com a visão de sua irmã naquela situação. Para Rian, era um sentimento pior do que sentir sua própria vida se esvair. Seu corpo age instintivamente e irrompe no apartamento, sem se importar com mais nada. O Manto da Ofuscação obviamente se desfaz. O homem que abriu a porta toma a investida inesperada e quase se desequilibra, abrindo passagem. Claire, sentada de perfil e fitando o vazio da sala de estar, também se assusta com a entrada de seu irmão. Ela vira seu rosto na direção dele, surpresa. A expressão dura poucos instantes, adquirindo aos poucos aspectos de felicidade, que, no entanto, logo somem, dando lugar a lágrimas tristes que desmoronam pelas suas bochechas.

- Minha irmã... o que aconteceu? O que houve com você?

As palavras lutam pra sair da garganta chorosa de Claire, mas a lamúria é maior que tudo. Ela põe a mão contra a cicatriz na face do Vampiro numa carícia afetuosa, como se lamentasse e perguntasse o que aconteceu? Era até engraçado como, em suas condições, ela ainda conseguia se preocupar com o irmão. Como não há resposta à pergunta verbalizada, a voz do homem interrompe o momento.

- Uma doença. Rara.


Apenas agora, Rian dá atenção à presença da terceira pessoa no local. Ao se virar, ele nota que o homem esteve imóvel às suas costas, dando espaço para o reencontro dos irmãos.

- Paul Baker, enfermeiro.
- ele estende a mão.

Paul demonstra respeito e empatia. Claire, por sua vez, tenta enxugar o rosto e segurando forte a mão de Rian, finalmente consegue quebrar o silêncio.

- Por onde você esteve? Eu senti sua falta.
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Mensagem por Zed Seg Set 16, 2019 4:52 pm


PS: ?/14
FV: ?/08
OBS:


Dezmond conseguia resolver seus problemas em Nova York, ao menos de forma provisória. O policial que havia abraçado por acidente agora estava solto pelas ruas, após uma breve explicação. Era ao menos o mínimo de solidariedade que podia fazer pelo companheiro Caitiff, qualquer coisa além poderia se tornar um risco, e justamente para evita-los, aceitou a oportuna viagem a Las Vegas. A troca de clima era agradável, e mesmo na companhia de mortais, Dezmond não tinha muitos problemas para esconder sua natureza. Até por que eles provavelmente estavam doidos demais pra notar qualquer peculiaridade.

A chegada ao local exigia um breve contato com a Camarilla, afinal a ultima coisa que pretendia era arrumar problemas. O príncipe sequer aparecia, mas ao menos sua permanecia era autorizada. E logo a festa podia voltar. Em um bar qualquer, o jovem sorridente encarava a multidão de humanos, com o olhar analítico desenvolvido ao longo da vida, procurava pelo pessoal que seria mais interessante, mas nisso a presença de uma figura menos festiva se destacada.

Clássica figura de valentão, cara de mal, careca e algemado a uma maleta. Era impossível que não chamasse a atenção do Caitiff, que disfarçadamente desviava o olhar, evitando qualquer tipo de contato. “Obviamente deve ser problema.”

Focando em sua bebida, Dez continuava a evitar o sujeito que se aproximava o suficiente para que a maleta tocasse o vampiro. Um choque percorria seu corpo e para disfarçar ele pegava o copo de cerveja em frente e virava em um único gole. (Ingerir Comida)

Da mesma forma, o careca também pedia algo pra beber, e enquanto via aquela sutil operação rolando, sem deixar-se ser percebido, o neófito tentava dar uma olhada na aura daquela estranha presença. (Auspícios 2)

Era apenas uma precaução, queria ter certeza do quão longe ficar do sujeito, e caso não houvesse nenhum grande revés no uso da habilidade, logo iria se colocar pra longe do balcão. Procuraria alguma galera com o qual se enturmar, procurando por grupos jovens usuários de drogas mais leves. Aproveitando para ir fazendo contatos, amizades, números de telefone e todo tipo de utilidade. Planejando, com isso, obter contatos de fornecedores de drogas da região, e também um fácil acesso a um rebanho de sua preferência. E também, caso necessário, uma refeição para aquela mesma noite.


OFF: FV e PS tá como?
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Mensagem por Fox Ter Set 17, 2019 6:27 pm

Papa Paradise

A visão sobrenatural de Paradise permitia que ele visse mais detalhes daquele Nosferatu pançudo. Ele não parecia estar armado, muito menos parecia esconder algum objeto nas roupas que mal comportavam seu corpanzil. Porém ele ainda exibia certa hostilidade. Yarn recua, permitindo inteligentemente que o Membro de maior influência resolva a situação. As opções eram revidar a atitude ou tentar uma abordagem mais pacifista. Diplomacia certamente era mais a praia do Samedi.

- Olá senhores! Pelo que vejo, acredito que vocês são os famosos Quartas. Não poderia haver uma coincidência maior, pois era justamente por vocês que eu estava procurando.

-Deixe-me apresentar. Eu Sou Múmia e este é Yarn. Estamos em missão de paz, procurando solucionar o mistério por detrás da deficiência das ninhadas. Eu soube que os Quartas são um grupo livre e muito forte no domínio dos esgotos, eu vim procura-los para propor uma ajuda mutua. Então o que me dizem?

As palavras de Múmia são pinceladas com o fascínio sobrenatural aprendido com os anos. A aplicação da Disciplina fazia com que suas palavras fossem ouvidas e levadas em consideração. Talvez sem isso, ele fosse enxotado como um qualquer, uma vez que seu status parecia não ter sido reconhecido ainda naquele círculo. Ele se dirigia no plural, imaginando que outros Membros também estivessem por perto, mesmo que sua percepção aumentada não estivesse detectando-os. De toda forma, o Nosferatu pançudo logo oferece uma resposta.

- Não tem mistério nenhum. A culpa é dos outros imbecis que deixaram a doença se espalhar. Zorek e os outros idiotas deram Vitae contaminada para os ratos, e agora, ao invés de resolverem o problema, foram se esconder debaixo da saia daquele sugador de menstruação. Se quer nossa ajuda, traga aquele desgraçado aqui pra gente jogar ele no sol.

As palavras do Membro são bem agressivas, embora ele dirija esse ímpeto a outra pessoa e não a Múmia. Olhando de lado, Yarn parece encolhido, mas não estando sozinho ele resolve pôr sua ideia em jogo.

- Você não sabe se isso é verdade Razel. Não tem como ela ter contaminado todas essas ninhadas e ainda assim não explica o Controle ter deixado de funcionar.


- E que explicação você daria? Castigo divino?! Magia?! Não seja estúpido, Yarn. Todo mundo sabe como as doenças se espalham rápido entre as ninhadas e agora isso está custando nossas vidas aqui embaixo.
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Mensagem por Yassemine Queen Qui Set 19, 2019 7:44 pm


Papa percebe que sua manipulação esta endossada pela influência da presença. Não era possível saber quantos mais estão ali, mas a situação não estava desfavorável.

- Ainda não sei seu nome caro amigo, mas vejo que é alguém que gosta da ordem em casa. Então estamos do mesmo lado. Devo concordar com Yarn, se o sangue contaminado não explica a perca do controle sobre as ninhadas talvez essa explicação não é a causa que procuramos.

Papa estava confiando na perícia de Yarn, se ele diz que o sangue contaminado não quebraria a manipulação pelo sangue, devia ser verdade, e fazia sentido.

- Quando a Zorec, pelo que sei, está se abrigando com os Dricks. Se foi ele quem começou o problema acho que já deve ter aprendido a lição. De qualquer forma, meu voto nesse momento é de que criemos um concilio extraordinário. Reunamos todos os vampiros deste refugio para discutirmos e encontrarmos o culpado, ou a melhor maneira de resolvermos o problema. Isso nos deixará menos vulneráveis a perdas maiores. Afinal o problema afeta a todos neste domínio correto?
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Mensagem por Fox Dom Set 22, 2019 10:34 am

Dezmond Green

A imagem do homem com a maleta fazia Dezmond encolher-se. Não literalmente, mas ele se reclusa ao seu espaço pessoal para evitar qualquer encrenca. A bebida tomada de uma vez só tinha gosto de mijo, ou talvez mijo fosse mais saboroso. Sua qualidade única permitia esse tipo de ação, mas era só mais uma forma de enganar os outros ao seu redor. Depois de virar o copo, o Desgarrado olha de lado discretamente, aguçando sua percepção além do espectro dos cinco sentidos. O contorno do corpo do alvo começa a adquirir cor e a bruxulear. Tons de azul são mais predominantes, sendo o claro o principal e o escuro o contorno que o permeia. Além disso, breves lampejos de marrom e vermelho também adornam o "caleidoscópio". Poder ver as auras era algo belo, e útil, mas o Caitiff não demora em se afastar dali, seja para não arrumar encrenca, seja para curtir sua noitada de uma forma melhor.

Não era difícil se enturmar. Sua boa aparência fazia quase todo o trabalho, enquanto o álcool e as drogas resolviam o resto. O grupo de amigos de faculdade costumava se divertir em bares com frequência, e a maioria deles não fazia questão de esconder o consumo de maconha. Para a sorte de Dezmond, Nevada era um estado onde o consumo recreativo de Cannabis é totalmente liberado. Havia várias lojas especializadas por toda Las Vegas e, tirando locais fechados, as pessoas faziam o uso livremente em público. Claro que montar um rebanho de verdade era uma tarefa trabalhosa, apesar do facilitador, no entanto, por um bom tempo, não seria difícil conseguir uma refeição ocasional. Algumas horas depois, o Caitiff já tinha o número dos oito jovens de ambos os sexos e o endereço das lojas e lugares que eles gostavam de frequentar. Já era muita coisa com pouco esforço. Cabia a ele, agora, decidir se prosseguiria com a caça ou se tinha outros planos a seguir.
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Mensagem por Fox Dom Set 22, 2019 11:21 am

Papa Paradise

Paradise decidia confiar no seu guia, embora ele próprio tivesse poucos detalhes. Ele incorpora as palavras de Yarn às suas, imaginando que esta é a melhor estratégia para se alcançar uma solução pacífica. O Nosferatu pançudo, por sua vez, parece se acalmar, pelo menos um pouco. A agressividade levemente some de seu discurso, talvez pelo acalentador Fascínio, mas mesmo assim não é tão fácil convencer alguém com uma opinião formada.

- Perder um membro do bando e virar visita de um velho rabugento não é punição suficiente pra colocar toda uma cidade em risco. O que você diz pode ser verdade, mas se não for e eu estiver certo... Bem, vocês já sabem o resultado. Vá Múmia, forme seu conselho. Reúna Zorek, Dricks e quem mais você quiser. Traga todos eles, mas também traga aquela cachorra de sangue podre. Quando vocês verem que nós estamos certos, eu quero ver a Morte Final dela com meus próprios olhos. Vá, enquanto isso os Quartas vão estar aqui, defendendo o que é deles.

A forma do Nosferatu começa a se estreitar. Sua circunferência volumosa começa a perder cor, sendo engolida pelas sombras do túnel fétido. Em segundos, sua imagem esmaece enquanto ele recua pelo local de onde surgiu, deixando Múmia e seu guia, teoricamente, a sós. Vendo por um lado, o encontro não tinha sido tão desastroso assim. Yarn, com o rosto contorcido em uma expressão de aparente frustração, comenta enfim.

- Bem que dizem que barriga não tem ouvido.
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Mensagem por Abigail Seg Set 23, 2019 9:43 am

Sentir a mão de Claire pousando em seu rosto era como um santo remédio que curava todas as suas cicatrizes e apagava até mesmo as memórias ruins que tinham criado aquela marca em seu rosto. Ele fechava os olhos e pousava sua mão na mão dela que o tocava, mergulhado em um sentimento Fraterno há muito não sentido.
A preocupação da irmã faz o coração do vampiro doer ainda mais. E então a notícia ruim chegava aos seus ouvidos pela voz grave daquele desconhecido. Atônito, o vampiro cumprimentava o enfermeiro. O cumprimento era rápido e ele voltava novamente a sua atenção para irmã.
- Por onde você esteve? Eu senti sua falta.
Ouvir a voz de Claira era algo tão bom, algo que trazia paz e luz em meio ao mundo de trevas e turbulento do vampiro. Mas a frase de sua irmã era como uma lâmina de aço gélida e afiada que entrava em seu coração. Em um único instante Rian fazia a conclusão de uma vida inteira. Toda sua vida passava em um reprise veloz para ele então concluir que fizera tudo errado. A vingança, a busca de poder para enfrentar aqueles que destruíram sua família, sua ida para Europa em busca desse poder... tudo isso, não valia a pena. Tudo isso foi errado. Rian tinha perdido o que havia de mais importante em troca de uma vingança sem sentido, que não traria seus familiares de volta e nem libertaria seu passado. Por outro lado ele sacrificara a companhia da irmã e estava prestes a perdê-la.
Ele não conseguiria conter suas lágrimas. Sua garganta estava apertada como se um nó impedisse a passagem tanto da voz quanto de fôlego ou saliva, se ainda fosse vivo. Mas ele fazia um esforço e precisava responder:
- Estive longe buscando vingar nossa família e, ao mesmo tempo, perdendo a pessoa... a pessoa mais importante da minha vida. Perdendo o que realmente importa de verdade... você, minha irmã!
As palavras saíam com dificuldade e dor. Admitir que errou ao abandonar a irmã. O choro e as lágrimas estavam no intervalo das palavras.

Era hora de romper com o passado. A vingança não fazia mais sentido. Claira ainda estava viva e era por ela que Rian tinha que mover suas forças. Ele não sabia o que Claira tinha, mas faria o impossível para libertar sua irmã e dedicaria sua existência apenas a isto agora. Pousando sua mão direita no rosto dela e fitando seus olhos ele fazia uma promessa.
- Eu prometo que a partir de hoje estou abandonando esta vingança e viverei apenas para você. Você é tudo que eu tenho... d’agora para frente dedicarei minha vida a você. Vamos vencer essa doença, juntos!
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Mensagem por Yassemine Queen Seg Set 23, 2019 9:44 pm


Era muita informação. Situação que deixava Papa completamente desconfortável, ele pensa consigo mesmo que deveria ter pesquisado mais antes, afinal ele não esperava que tivesse que lidar com um evento diplomático. Os Quartas já deixaram claro sua posição, agora era averiguar os demais.

O porta voz some na escuridão mas Papa decide entender melhor ao seu redor. (Ver o invisível com base em auspícios lv5)

- Muito bem Yarn, vamos em frente. Acredito que nosso contato com os quartas foi importante e eu fiquei muito impressionado a excelente postura deles! - Diz ele fazendo-se ouvir.

- Papa deixa que se afastem um pouco e então retoma o assunto assim que sentir estarem sozinhos:

- Bem que dizem que barriga não tem ouvido?

- Preciso que me explique tudo que sabe sobre as tensões internas desses grupos Yarn, pelo menos tudo que possamos usar nessa missão diplomática entende? Zoreck deve ter algumas questão de outros carnavais com os quartas. E afinal, quem era aquele la atras, ele falou pelo grupo mas achei que eles não tinham liderança! Além disso, ele citou mais de uma vez "cachorra", a quem ele se referia exatamente e porque sangue podre?
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Mensagem por Zed Qua Set 25, 2019 12:19 am


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS:


Convenhamos, quem bebe, dificilmente o faz pelo gosto. Quando era vivo, bebia pelo simples prazer de sentir-se embriagado, entorpecido de alguma forma, mas nas noites atuais, não havia satisfação alguma em entupir-se com álcool. Embora não restasse prazer no ato, poder fazê-lo o ajudava a disfarçar-se em meio ao rebanho. De forma pouco discreta, o Desgarrado virava todo o copo antes de pousá-lo pesadamente no balcão.

Com um breve olhar, Dezmond fitava o careca, podia ver claramente as cores que o rodeavam, uma bela mistura de tons, porém o claro azul se via sujo com cores mais pesadas e emoções negativas. Aquele não era um homem com quem o Caitiff pretendia lidar, mas o tranquilizava saber que estava diante de apenas mais um mortal como qualquer outro. “Vampiro só faz merda. Não dá pra confiar neles.” Pensava de forma simplória ao se levantar e dirigir-se ao grupo de jovens festivos.

Tentando manter-se longe de problemas e brigas, focava em fazer o que melhor sabia. Interagir com o rebanho, mesmo sem sua lábia característica, era capaz de enfiar-se nos grupos habilmente, a boa aparência era capaz de abrir as mais variadas portas, às vezes, mesmo sem intenção.

Uma conversa mole aqui, uma piscadela de olho ali, e logo já reunia o número de um pessoal, que provavelmente seria útil mais tarde, mas no momento, de estomago cheio, o Caitiff não se via preocupado em se alimentar.

Na verdade, havia muito pouco com o que se preocupar. Seus maiores problemas tinham sido deixados para trás em Nova York. Justamente, o motivo da viagem era ficar longe de qualquer contratempo, não fazia sentido ficar pensando sobre o que fazer a seguir, afinal, nem mesmo havia um plano até aquele ponto. “Eu vou só aproveitar a folga e me divertir... Talvez fazer um turismo.”

Sem muito planejar, apenas iria se colocar para fora daquele bar, e se o tempo permitisse, sair andando a esmos por aí. Observar a movimentação nas ruas, as edificações e atrativos da cidade. E muito provavelmente, acabar fazendo o que qualquer turista faria em Las Vegas, ir a um cassino.

“Se eu tiver sorte, eu devo conseguir um bom dinheiro aqui... Se eu tiver azar, eu saio falido.... Ou eu posso “trapacear”... Mas sair usando poderes a torto e a direito não deve ser a ideia mais prudente... Dinheiro não era motivo de preocupação para Dezmond, contanto que ele tivesse o necessário estaria mais do que satisfeito, porém, conseguia ver a atratividade nos jogos de azar, a empolgação ao ganhar, o medo da falência. “É... Vou tentar a sorte.” Decidia, aproveitando a caminhada para tentar pensar nos tipos de jogos que melhor se adequariam as suas habilidades. Eliminando quase que imediatamente qualquer concorrência contra uma máquina, sua maior vantagem seria ler seus adversários em jogos mentais baseados na sorte, “Provavelmente Poker ou Black Jack...” Imaginava.

Considerando que chegasse a algum cassino sem maiores imprevistos, iria trocar o pouco dinheiro que tinha por fichas e se preparar para o que estivesse por vir.
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Mensagem por Fox Qua Set 25, 2019 8:31 pm

Rian

A tristeza nas palavras de Claire é como um fio perfeito de uma navalha. Ela passa por Rian sem sofrer resistência e alcança seu âmago. Era algo que o fazia pensar, ponderar tudo aquilo ao qual sua não-vida o tinha levado. Os caminhos e as decisões tomadas, as consequências e cicatrizes que obteve como resultado. Tudo aquilo passava pela sua mente como se fosse o momento de sua morte e as lembranças jorrassem como uma torrente próxima de seu fim. Mas para sua sorte ainda não era o fim. Para ele, havia como voltar atrás e compensar pelos erros. Era duro, para um ser imortal, mudar sua essência, sua própria natureza negava-o isso, no entanto o sentimento pela irmã parecia ser mais forte que esse ego bestial.

As palavras saiam duras, pesadas, como se fizesse anos que sua boca não produzia tais sons. Claire as escuta atentamente, enquanto mantém o contato com a pele fria e morta sem se importar. As lágrimas saem aos poucos do rosto do Gangrel. Isso sim, algo há muito não visto. Porém o corpo imortal não permite tais funções humanas, e o que escorrega por seu rosto é sangue fresco. Pouco a pouco, a listra rubra marca a face de Rian e sua irmã, também aos prantos, tenta varrê-la com suas próprias mãos. A promessa de Rian era esquecer o passado e pensar no futuro. Esquecer a família que já foi e pensar na que restou. Esquecer a vingança e pensar no amor. No entanto o Mundo das Trevas não esquece tão facilmente.

- Fico feliz com o reencontro de vocês dois. - a voz do homem interrompe o momento após alguns segundos - Agora eu temo que tenha que me retirar. Acredito que você entenda, Rian.

Ao virar-se, o Gangrel vê o homem ainda de pé esboçando um sorriso amarelo. É difícil decifrar aquela expressão, mas ele não se surpreende nem um pouco com o sangue que mancha o rosto do vampiro. Claire parece confusa. Rian percebe, também, que seu próprio nome não foi citado em momento nenhum da conversa.

- Meu senhor o recorda dos termo do acordo e de que ele está na busca de informações que facilitem sua missão. Foi uma honra conhecer o "Carateca Louco". Adeus Claire. Adeus Rian. Boa sorte.

O suposto enfermeiro, com sua barba bem feita e sua boa aparência, recolhe uma mochila de viagem e se prepara para sair.
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Mensagem por Abigail Qua Set 25, 2019 10:05 pm

A voz daquele homem fazia Rian se lembrar que ele e sua irmã não estavam a sós.

Agora eu temo que tenha que me retirar. Acredito que você entenda, Rian.
Ainda curvado sobre sua irmã, Rian vira o rosto para trás. Faz um sinal positivo com a cabeça enquanto responde:
- "Ele" me disse que se eu viesse seria obrigado a se retirar. Rian acreditava que o enfermeiro era a pessoa a quem o Barão havia se referido mais cedo.

- Meu senhor o recorda dos termo do acordo e de que ele está na busca de informações que facilitem sua missão. Foi uma honra conhecer o "Carateca Louco". Adeus Claire. Adeus Rian. Boa sorte.

"- Claro, não precisa me lembrar disso. Eu sei que o Barão está muito preocupado com os "negócios" e com minha parte do acordo." Era o que Rian pensava enquanto fitava o lacaio do Nosferatu. Mas ele não diria isso. Ao invés, ele externa algo nada haver com seus pensamentos.
- Diga-me... que doença minha irmã tem?

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Mensagem por Fox Qui Set 26, 2019 11:06 am

Papa Paradise

O encontro diplomático inesperado se encerra. Seu resultado talvez não tenha sido o melhor de todos, no entanto sua existência foi imprescindível para alertar Paradise de que havia mais tramas debaixo das ruas do que ele imaginava. Mesmo entre os Ratos de Esgoto, intrigas, inimizades e conflitos de interesses não eram incomuns. Como o Secretário do Clã e com um temporário aumento de responsabilidade incumbido por Gutenheimer, o Samedi sabia que tinha que lidar com esses problemas de uma forma ou de outra.

Após a saída do porta-voz dos Quartas, Múmia aguça sua percepção sobrenatural, buscando ver aquilo que não pode ser visto por olhos normais. A aplicação de sua habilidade é feita a tempo de ver formas se esgueirando por cantos escuros e esquinas dos túneis subterrâneos. Elas parecem acompanhar a saída da forma mais volumosa e dispersam-se em poucos segundos, deixando Nosferatu e Samedi sozinhos, embora ambos soubessem que sozinho é uma palavra muito forte. O Cadáver joga palavras ao vento, tentando convencer seus ouvintes de algo que ele não necessariamente acreditava, e por fim segue o caminho que fazia anteriormente. Quando distantes, retomam a conversa.

- Bem que dizem que barriga não tem ouvido?

- Hehehehehe. Desculpe, falei o que veio na cabeça. - fala Yarn, coçando o moicano loiro.

- Preciso que me explique tudo que sabe sobre as tensões internas desses grupos Yarn, pelo menos tudo que possamos usar nessa missão diplomática entende? Zorek deve ter algumas questão de outros carnavais com os quartas. E afinal, quem era aquele lá atrás, ele falou pelo grupo mas achei que eles não tinham liderança! Além disso, ele citou mais de uma vez "cachorra", a quem ele se referia exatamente e porque sangue podre?

- Sim, eles não tem líder, mas não é por isso que apareceriam todos de uma vez pra bater papo. Acredite, aquele pançudo, o Razel, deve ser um dos mais sensatos. Mas mesmo assim não acredito nas palavras dele, muito sangue de rato na cabeça. Hehehehe. - Yarn faz um gesto, batendo com o indicador na sua própria têmpora - Ele estava falando da Sandra. Hmmmmm, como eu explico isso? Certo, certo. Ela é uma refugiada do grupo do Zorek, de fora do Clã. Ela é manchada sabe? Coisa de Gangrel. Chegou por aqui faz uns anos, na mesma época dos Quartas. Eles fizeram um baita alvoroço porque não aceitavam que alguém não Nosferatu vivesse nos esgotos. No fim, Zorek acolheu ela e eles não puderam fazer nada. Só que há algum tempo, descobriram que ela é doente. Digo... o sangue dela é... você me entendeu. O pessoal não sabe o que é exatamente, nem se ela pegou isso antes ou depois de vir pra cá. Mas o Zorek continuou protegendo ela e ninguém desafiaria um bando tão grande. Pelo menos não até eles perderem o território e dispersarem.

- Olhe, os Quartas não são amigos de ninguém. Noite sim, noite não, eles arrumam alguma confusão. Se bem que ultimamente ninguém tem tido tempo pra isso. Hehehe. Resolver o problema não vai bastar, eles querem um culpado. Mas isso é o que eu acho, o cabeça aqui é você. Se quiser perguntar ao Zorek o que ele acha, já sabe onde ele está. Se não, os batedores já devem estar voltando a essa hora.
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Mensagem por Fox Seg Set 30, 2019 8:29 pm

Dezmond Green

Domínio de Sangue II 1000px-Las_Vegas_Strip_panorama

As ruas de Las Vegas eram bonitas e movimentadas. O Caitiff, que decidiu encerrar sua socialização pela noite, dado por satisfeito pelo resultado, caminha a esmo, apreciando as belezas e singularidades do ambiente. Não era a toa que a Cidade do Pecado era uma das mais conhecidas do mundo. Prédios magníficos se estendem até às nuvens do céu noturno, iluminados uniformemente em um espetáculo visual totalmente planejado. Monumentos que vão de réplicas, como a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo, a autênticos, como as Fontes do Bellagio. E por fim, todo o esplendor e excentricidade dos famosos cassinos, que ocupam uma grande parcela da cidade e dividem sua fama igualmente. Tudo isso pincelado pelo volume absurdo de pessoas que caminham e passeiam em seus veículos, apreciando tudo o que lhes é mostrado.

Seguindo seus olhos, Dezmond acaba se deparando na Las Vegas Strip, uma seção da principal e mais famosa avenida em Vegas. Aqui se concentra o núcleo de cassinos e hotéis de maior prestígio. Não é de se espantar que os maiores se reunissem em bloco. O Caitiff não era um homem de posses, muito menos alguém que se aproximasse da alta sociedade, no entanto devia ter ao menos um lugar em que sua presença e seus fracos modos não fossem causar estranhamento. Fazendo um reconhecimento, um cassino hotel em específico parece se adequar a ele. O Riviera parecia ter um resplendor perdido, um ar de vintage ou clássico. Diferenciava-se um pouco dos demais estabelecimentos, mas era bem frequentado. Contaminado por uma sede de ouro, como os interioranos costumam citar, Dezmond adentra o hall e dirige-se à zona de apostas, onde a magia acontecia. Infindáveis máquinas caça-níqueis com seus sons característicos e mesas de jogos onde a derrota era quase certa. Claro, tudo dependia da sua habilidade ou sorte, mas, em Vegas, sequências de vitórias de amadores não eram comuns. No entanto, o Cainita era tudo menos comum. O póquer parecia ser o jogo em que suas habilidades sobrenaturais seriam melhor empregadas e o que não faltava eram mesas com jogadores prontos para se livrar de seus dólares. Bastava decidir quanto estava disposto a apostar e qual seria sua estratégia uma vez que estivesse dentro.
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Mensagem por Fox Seg Set 30, 2019 8:48 pm

Rian

O suposto enfermeiro fazia um meneio com a cabeça em resposta ao primeiro comentário de Rian. O Gangrel, por sua vez, tem diversos pensamentos, uns talvez menos agradáveis que outros, no entanto ele se restringe a questionar sobre a condição de sua irmã, que permanece um pouco atônita.

- Apontar como uma doença rara é um forma mais otimista de ver as coisas. - o homem continua, demonstrando pouca empatia - Na verdade a condição ainda não foi diagnosticada por nunca ter sido vista e apenas alguns sintomas são conhecidos, como paralisia motora e enfraquecimento da estrutura óssea. Outros continuam aparecendo com o passar do tempo. Não sabemos como essa condição vai se desenvolver nem qual a origem dela, então, por ora, o único tratamento é tentar abrandar a situação. Acredito que meu senhor será benevolente e lhe apresentará tudo aquilo que ele vier a saber sobre isso.

- Mais alguma coisa?
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Mensagem por Abigail Seg Set 30, 2019 10:24 pm

Rian concentrava sua atenção em cada palavra do "enfermeiro". Aquilo parecia tudo muito estranho e muito esquisito. Suspeitas começam a permear os pensamentos do vampiro e ele começa a cogitar diversas hipóteses, em algumas delas o Barão surgindo como um inimigo e Rian arrependendo-se futuramente por não matar Paul Baker ali e agora. Aquela doença era algo realmente muito "estranho".

Porém, não era conveniente demonstrar essas suspeitas, até porque ele não tinha provas, apenas um raciocínio de que talvez seria conveniente ao Barão usar sua irmã para ter Rian sob controle.
- Entendi. Obrigado por cuidar de minha irmã e diga ao Barão que sou grato pelo o que ele tem feito e que espero em breve retribuir o favor.
Rian esperava o "enfermeiro" sair e então assim que ele fosse embora ficara frente a frente com Claira. A olharia em seus olhos e lhe daria outro abraço, agora mais demorado, sempre tomando o cuidado de não apertar demais o seu corpo, visto a sua fragilidade. Apenas com o intuito de demonstrar o carinho. Ele termina o abraço, fica de frente a ela novamente, seus rostos bem próximos e então diz:
- Você me perdoa por eu ter faltado quando mais precisou de mim, minha irmã? Dedicarei toda minha força d'agora para frente para te curar. Minha luta agora é esta. A partir de hoje eu deixo a minha vingança de lado, porque a única família que me importa é você. Tudo que me importa é você. Eu te amo, Claira! Daria minha vida por você!

"- Barão, se você estiver por trás disso, juro por tudo que é mais sagrado que te condenarei ao sofrimento eterno! Seu corpo voltará ao pó, seu sangue tornar-me-á mais próximo de Cain e sua alma conhecerá o horror da diablerie!"

Era um rápido pensamento ruim que se passava em sua mente, apenas uma nota mental. Não iria estragar o momento do reencontro com sua irmã com isso. Afinal, ele estava feliz por vê-la novamente e precisava aproveitar o momento com pensamentos bons ao lado dela para recarregar seu espírito, como se ela fosse seu porto seguro.

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Mensagem por Zed Ter Out 01, 2019 11:37 pm


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS:


Dezmond abandonava o bar e começava a caminhar pelo local sem nenhum destino aparente. Como um abestalhado, observava boquiaberto os espetáculos de luzes e grandes atrações turísticas, o clima tranquilo o fazia sorrir discretamente enquanto se deleitava naquela noite sem problemas e confusões, mas não era apenas alegria, ainda que fosse da forma que ele preferisse, ainda tinha aquela sensação de tédio no ar.

A caminhada o levava até uma rua ainda mais brilhante, repleto de cassinos e hotéis por todos os lados, Dez observava o local e via um estabelecimento menos chamativo, onde poderia se sentir mais à vontade. As roletas do caça-níqueis não paravam de rodar, com sons aloprados sendo emitidos de todos os quatro cantos. Haviam os mais variados jogos pelo local, mas seu foco eram as mesas de pôquer, onde mesmo se tratando de um jogo de azar, era fortemente influenciado pelo psicológico e o menor vacilo poderia entregar todos os segredos ao um observador atento que soubesse o que procurar.

“Tudo ou nada.” Pensou sem nem pestanejar. Estava colocando apenas todas as suas economias em jogo, ainda que não fossem muitas.

Procuraria apenas a mesa adequada, preferencialmente uma que não houvessem mais do que três pessoas além dele, assim poderia atentar-se a todos os participantes. A estratégia era simplória, apenas observar. Jogar de forma segura, sem colocar muito dinheiro na mesa.

Desta forma, Dezmond primeiramente se estabeleceria como um “jogador honesto”. Que não faria uso de blefes ou jogadas arriscadas. E só aumentaria o pote quando tivesse um jogo minimamente decente, como por exemplo um par ou dois. Isto serviria posteriormente, quando em certo momento precisasse blefar, um jogador constante dificilmente aumentaria o valor se não tivesse seguro de sua aposta. E desta forma, vez ou outra poderia forçar os jogadores a se retirar, logo que um deles se atravesse a tentar levantar o montante e apenas pegar as apostas pequenas.

Enquanto criava todo seu perfil, também manteria o olhar analítico nos outros jogadores. Procurando pelo menos dos hábitos e cacoetes, devido aos estudos, sabia de tendências entre pessoas que mentiam, ou que queriam esconder alguma coisa. Precisava apenas encontrar tais sinais e interpretá-los, quais eram as manias em bons momentos? Quais seriam em momentos ruins?

Em último caso, também haviam outros meios, sobrenaturais, de tentar adquirir alguma vantagem. A leitura de aura por exemplo era algo que obviamente cogitou, porém, utilizar disso de forma prolongada devia causar-lhe uma náusea sem igual, sem contar a tendência a se manter distraído por alguns segundos enquanto precisava fazer a análise, ou seja, guardaria o truque apenas em última instancia. Pensava, na verdade, em algo um tanto quanto mais complexo, aguçar sua visão, tentando ignorar as perturbações sonoras em volta, e ver no reflexo dos olhos, as cartas. Mas certamente não seria tão simples quando imaginado, principalmente com jogadores mais paranoicos, como ele era, que tinha a mania de ver as cartas uma única vez e deixa-las viradas para baixo enquanto as apostas seguiam.

“Eu posso dominar algum deles pra dar All-in ou sair... Mas isso não vai ser tão discreto.” Pensou por um momento, mas sem descartar por completo a ideia. Afinal, em momentos de desespero se tomam medidas desesperadas.
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Mensagem por Fox Qua Out 02, 2019 11:29 am

Rian

As palavras de Paul de fato levantam suspeitas. Além de tudo em volta daquela doença ser muito estranho, por que Gutenheimer omitiria propositalmente a condição de Claire? Seu intuito era não preocupar Rian com a notícia aterradora ou garantir a cooperação do Gangrel antes dele chegar a descobrir algo? As dúvidas se acumulam, mas nada disso é externado. No lugar, ele demonstra calma e gratidão. Se nada de errado acontecesse, para o Barão, o acordo ainda estaria de pé. Isso daria tempo para o Forasteiro tentar entender a situação por completo e, quem sabe, tirar conclusões a respeito. De toda forma, isso era o futuro. Por enquanto, ele queria aproveitar o presente.

O enfermeiro deixa o apartamento e os irmãos a sós. O abraço acalentador de Rian é retribuído e, por alguns minutos, os dois ficam imóveis, aproveitando a companhia um do outro. Era um momento raro desde que a noite tomou um deles. Este, agora, tinha um corpo frio de um cadáver e possuía uma Besta dentro de si, a qual bradava por sangue e violência. O tempo até ali passava devagar para ele, seu rosto não ficava mais velho enquanto seu sangue acumulava mais poder. E apesar dele prometer esquecer ódio e vingança, não se sabia por quanto tempo poderia manter essa promessa.

- Eu te perdoo. Quantas vezes você quiser. O que importa pra mim é que você está aqui. Te amo. - Claire sorri, tentando pôr de lado por ora o diálogo estranho entre o irmão e o enfermeiro.

Enfim, Rian tinha sua irmã em seus braços. Podia protegê-la com suas próprias mãos e afugentar quem quer que ousasse se aproximar dela. No entanto a realidade é cruel e não há força física que possa sobrepujar a vontade da natureza. Apesar de tudo, a doença ainda atacava aquele corpo frágil e só amor não era suficiente para curá-la. Seria uma tarefa árdua e, ao contrário do Gangrel, ela não tinha todo o tempo do mundo.
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