Domínio de Sangue
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Domínio de Sangue
Domínio de Sangue
A luta por espaço é uma marca da sociedade vampírica desde os seus primórdios. É algo que engloba desde a Cria mais jovem até o Ancião desperto mais antigo. Os Neófitos da Camarilla brigam por espaço nos territórios de caça, assim como espaço de voz nos assuntos políticos. Os Cainitas do Sabá lutam por espaço de destaque nos cercos e nas oportunidades de Diablerie em sua destinada Jyhad. Os Anarquista só querem espaço para fazer o que eles bem entenderem. Mas o que ocorre quando esses objetivos em comum entram em conflito? Quando o mundo já não é grande o bastante para as bestas que vagam à noite? Se a primeira cidade, mesmo sendo uma fração mínima do que existia, ruiu por esse confronto, por que hoje seria diferente? Não será. Mais uma vez as profecias do livros de Nod se mostram verdadeiras através de seus indícios, e mesmo assim a peleja continua. Afinal, a Besta é uma criatura bairrista e mesmo a iminente morte final não vai impedi-la de mostrar suas presas a quem quer que desafie seu território. Ela vai se agarrar desesperadamente ao que tem e derramar sangue para conquistar mais, até que no fim o sol suba negro no céu.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
Idade : 30
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Re: Domínio de Sangue
Considerações Iniciais
Fox escreveu:Olá e bem vindos ao novo Ciclo. Antes de começarmos a nossa crônica, tem algumas coisas que preciso esclarecer para que o nosso jogo siga fluido e interessante. A princípio planejo fazer dois posts por semana, mas não irei fixar um dia, pois meu cronograma é um pouco variável. Essa é a frequência mínima, mas ela pode aumentar ocasionalmente dependendo da minha disponibilidade e dos jogadores, claro. Então, tentem manter pelo menos os dois posts semanais para que a história tenha continuidade e também pra evitar a perda de experiência por atrasos. Para manter a fluidez da narração, eu evito colocar testes ou regras dentro dela, deixando apenas o resultado das ações. Se você achar necessário, me avise por MP que eu mudo para a forma adequada. Isso também vale para qualquer reclamação sobre algum erro que eu, eventualmente, cometer. Procuro seguir as regras à risca, mas lembre-se que a regra de ouro está acima de tudo. Em relação às interações entre players on game, geralmente ela é livre, mas dependendo da situação eu posso interferir para manter a linha de narração. Neste ponto também, evitem o extra jogo/meta game. Por fim, nas minhas histórias, nada é de graça, então sejam atentos, pois o diabo mora nos detalhes. O futuro dos seus personagens depende das ações que vocês tomarem e também das que vocês não tomarem.Desejo um bom jogo a todos.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
Idade : 30
Localização : Natal - RN
Re: Domínio de Sangue
Capítulo I - Por Entre as Sombras
"Onde minhas eternas indagações contam de mim, eu não conheço nenhum medo, entretanto num pequeno e delicado corpo, meu coração é forte e meu sangue ainda mais forte." - Livro de Nod
"Onde minhas eternas indagações contam de mim, eu não conheço nenhum medo, entretanto num pequeno e delicado corpo, meu coração é forte e meu sangue ainda mais forte." - Livro de Nod
- Trilha Sonora:
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Papa Paradise
Las Vegas, Nevada
Após algum tempo longe da política Cainita, Paradise se vê novamente andando pelos corredores do The Mirage. Há décadas, o mega-resort era lar do Elísio da Camarilla e era lá que o Samedi se encontrava. Uma ala do hotel era totalmente dedicada a esse propósito, havendo diversos pontos de acesso, claro, reservados aos Membros. Elevadores com requisito de cartões de acesso, portas eletrônicas com senhas, alçapões secretos que levam a vias subterrâneas, entradas guardadas 24 horas por Mortais ou Carniçais e entre muitas outras, restritas a seus conhecedores. De toda forma, era possível dizer, ainda que com alguma contestação, que aquele era o lugar mais seguro de Vegas.
Sob o véu de sua segunda identidade, o agora Múmia, dirigia-se ao seu objetivo. Uma música ambiente preenchia o ar, saindo por alto falantes distribuídos por toda a extensão do hotel. Quadros de pintura a óleo detalhadamente emoldurados coloriam seu caminho, cada um com o devido destaque dado ao autor da obra. A iluminação é perfeita, como se fosse feita para não se perder nenhum detalhe da arquitetura e dos adornos que certamente custaram uma fortuna. O Samedi passa por halls de piso lustroso e por jardins com teto de vidro que revela o céu noturno e estrelado. Ninguém estranha sua presença ali. O fim de seu caminho se dá num corredor sem saída no 16º andar, numa porta simples ao lado de uma estátua de meia altura de um anjo com seus cabelos encaracolados, asas retraídas e uma espada segurada pela sua mão direita. Sabendo que já era esperado, ele gira a maçaneta e adentra.
O recinto é amplo e bem iluminado, com móveis de ótima qualidade. Há um sofá em suede preto que fica na extremidade esquerda do cômodo, mais próximo à entrada; quatro jarros de porcelana com uma palmeira laca em cada, que adornam os cantos do local; além de uma estante de livros à direita da entrada. No centro do aposento, uma mesa de escritório em madeira suporta algumas pastas e papéis, um abajur e uma caneta tinteiro. Atrás da mesa, sentado em uma poltrona numa posição confortável está algo que já foi um homem. Ele veste uma camisa de linho púrpura com as mangas dobradas até o cotovelo, dando destaque a seus braços fortes. Sua pele é acinzentada e enrugada, o que se destaca ainda mais em seu rosto, com rugas humanamente impossíveis. A testa proeminente, juntamente com o nariz largo, lhe dá um ar intimidante. Ele conversa com uma mulher que contrasta totalmente com sua aparência. Ela é alta, de pele alva, olhos azuis e cabelos longos, castanhos e volumosos. Suas curvas são perfeitamente desenhadas em seu corpo coberto por um justo vestido branco que a cobre dos ombros até a metade da coxa. Algumas joias e um par de botas de cano longo completam seu visual, junto ao usual acessório vermelho, um lenço de seda amarrado ao pescoço.
Ao perceber a chegada do convidado, o Barão Gutenheimer, cujo título adquirido em vida, segundo as histórias, foi levado consigo para a imortalidade, interrompe o diálogo para recebê-lo.
Sob o véu de sua segunda identidade, o agora Múmia, dirigia-se ao seu objetivo. Uma música ambiente preenchia o ar, saindo por alto falantes distribuídos por toda a extensão do hotel. Quadros de pintura a óleo detalhadamente emoldurados coloriam seu caminho, cada um com o devido destaque dado ao autor da obra. A iluminação é perfeita, como se fosse feita para não se perder nenhum detalhe da arquitetura e dos adornos que certamente custaram uma fortuna. O Samedi passa por halls de piso lustroso e por jardins com teto de vidro que revela o céu noturno e estrelado. Ninguém estranha sua presença ali. O fim de seu caminho se dá num corredor sem saída no 16º andar, numa porta simples ao lado de uma estátua de meia altura de um anjo com seus cabelos encaracolados, asas retraídas e uma espada segurada pela sua mão direita. Sabendo que já era esperado, ele gira a maçaneta e adentra.
O recinto é amplo e bem iluminado, com móveis de ótima qualidade. Há um sofá em suede preto que fica na extremidade esquerda do cômodo, mais próximo à entrada; quatro jarros de porcelana com uma palmeira laca em cada, que adornam os cantos do local; além de uma estante de livros à direita da entrada. No centro do aposento, uma mesa de escritório em madeira suporta algumas pastas e papéis, um abajur e uma caneta tinteiro. Atrás da mesa, sentado em uma poltrona numa posição confortável está algo que já foi um homem. Ele veste uma camisa de linho púrpura com as mangas dobradas até o cotovelo, dando destaque a seus braços fortes. Sua pele é acinzentada e enrugada, o que se destaca ainda mais em seu rosto, com rugas humanamente impossíveis. A testa proeminente, juntamente com o nariz largo, lhe dá um ar intimidante. Ele conversa com uma mulher que contrasta totalmente com sua aparência. Ela é alta, de pele alva, olhos azuis e cabelos longos, castanhos e volumosos. Suas curvas são perfeitamente desenhadas em seu corpo coberto por um justo vestido branco que a cobre dos ombros até a metade da coxa. Algumas joias e um par de botas de cano longo completam seu visual, junto ao usual acessório vermelho, um lenço de seda amarrado ao pescoço.
Ao perceber a chegada do convidado, o Barão Gutenheimer, cujo título adquirido em vida, segundo as histórias, foi levado consigo para a imortalidade, interrompe o diálogo para recebê-lo.
- Ah, Múmia, enfim. Deixe-nos a sós, Dama. Sente-se.
- Sr. Gutenheimer. Sr. Múmia. - ela cumprimenta formalmente os dois Membros com sua voz aveludada e se dirige à saída, caminhando com a confiança e o charme de sempre.
- Como tem estado, meu caro? - ele questiona antes de levar a conversa adiante.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
Idade : 30
Localização : Natal - RN
Re: Domínio de Sangue
Malika de los Anjos
San Diego, California
O interior da pequena igreja é escuro. A estrutura é simples, com pilares laterais de mármore e um teto repleto de vigas de madeira que se cruzam num emaranhado quase desigual. As poucas lâmpadas e velas do local iluminam só algumas partes do salão amplo em que Malika se encontra. Ela está sentada sobre um os dos vários largos bancos de madeira escura. A maioria deles já tem um aspecto desgastado e em parte destes já se pode ver os focos de cupim. Um Diácono, um homem jovem de cabelos escuros, caminha pela nave com suas longas vestes brancas. Ele se dirige ao altar e começa a fazer suas preces, voltado para a clássica figura do Cristo, pregado à cruz por suas mãos e pés sob uma placa que o intitula 'INRI'. Malika, claro, já havia visto aquela imagem diversas vezes em sua vida, podendo-se afirmar que aquele homem morto há séculos lhe representava uma marca permanente.
No entanto, a Malkavian não estava naquele local buscando por perdão ou iluminação divina. Sua estadia na igreja, assim como em San Diego, tinha um propósito. Carmem e Malika haviam sido chamadas àquela cidade pelo Príncipe Toreador José Davor. Depois da saída da antiga Príncipe Tara, que foi atraída a Los Angeles pelo vácuo de poder, José assumiu sua posição, ficando em uma situação não muito confortável. A proximidade com a fronteira mexicana e com LA tornava San Diego um alvo recorrente de Crias Sabá e arruaceiros Anarquistas, por isso o Príncipe não viu solução a não ser solicitar ajuda externa para resolver alguns dos problemas. Carmem foi escolhida pela sua sabedoria e experiência com a Gehenna, Malika, por sua vez, possuía reputação suficiente para ser uma agregação desejável.
O caso em questão, era sobre o desaparecimento de um Membro, Clark M., que costumava se alimentar de fiéis do bairro Tierrasanta. Relatos locais também apontaram que a igreja em questão tinha muitos frequentadores que não eram vistos há alguns dias, o que levou as duas até lá. Carmem também estava sentada em um dos bancos, na ala esquerda três fileiras atrás de sua cria. Vestia um vestido leve e florido, passando-se por uma fiel perfeitamente. Ambas observavam tudo atentamente, procurando alguma pista que estivesse à vista. As poucas pessoas que frequentavam o local, cerca de uma dúzia, estavam sozinhas e quietas, cada um recluso a sua própria meditação. O Diácono termina suas orações e se volta para a público, seus olhos se cruzam com os de Malika e ele vem até ela com um sorriso manso. Sentando-se ao seu lado, ele a aborda:
- Quem dera metade do rebanho tivesse um olhar tão puro... O que te traz a nosso meio?
No entanto, a Malkavian não estava naquele local buscando por perdão ou iluminação divina. Sua estadia na igreja, assim como em San Diego, tinha um propósito. Carmem e Malika haviam sido chamadas àquela cidade pelo Príncipe Toreador José Davor. Depois da saída da antiga Príncipe Tara, que foi atraída a Los Angeles pelo vácuo de poder, José assumiu sua posição, ficando em uma situação não muito confortável. A proximidade com a fronteira mexicana e com LA tornava San Diego um alvo recorrente de Crias Sabá e arruaceiros Anarquistas, por isso o Príncipe não viu solução a não ser solicitar ajuda externa para resolver alguns dos problemas. Carmem foi escolhida pela sua sabedoria e experiência com a Gehenna, Malika, por sua vez, possuía reputação suficiente para ser uma agregação desejável.
O caso em questão, era sobre o desaparecimento de um Membro, Clark M., que costumava se alimentar de fiéis do bairro Tierrasanta. Relatos locais também apontaram que a igreja em questão tinha muitos frequentadores que não eram vistos há alguns dias, o que levou as duas até lá. Carmem também estava sentada em um dos bancos, na ala esquerda três fileiras atrás de sua cria. Vestia um vestido leve e florido, passando-se por uma fiel perfeitamente. Ambas observavam tudo atentamente, procurando alguma pista que estivesse à vista. As poucas pessoas que frequentavam o local, cerca de uma dúzia, estavam sozinhas e quietas, cada um recluso a sua própria meditação. O Diácono termina suas orações e se volta para a público, seus olhos se cruzam com os de Malika e ele vem até ela com um sorriso manso. Sentando-se ao seu lado, ele a aborda:
- Quem dera metade do rebanho tivesse um olhar tão puro... O que te traz a nosso meio?
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- Observação para todos:
- Todos os jogadores começam o jogo com um ponto de sangue a menos que o seu total e com a força de vontade completa.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
Idade : 30
Localização : Natal - RN
Re: Domínio de Sangue
Carmem:
Enfim me encontrava num local onde realmente eu pudesse chamar de lar. A casa do senhor.
Mesmo sabendo que minha estadia naquela igreja não seguia o que minhas convicções julgavam como coerentes, a paz me preenchia, a busca incessante pelo perdão nunca seria um tempo perdido, meus olhos rodeavam pelo local e ora pairavam sobre Carmem, uma percursora da Gehenna, talvez deus havia me colocado no caminho dela por esse motivo, sou o elo que consegue manter Carmem entre o divino e o insano, Carmem não consegue dar esse crédito á Deus, seu orgulho próprio jamais cede aos caprichos divinos.
Em meio as minhas tarefas, o tal sumiço de Clark M, eu encontrava a brecha de tempo para interceder pela iluminação e pelo perdão, mesmo que brevemente.
Um diácono em sua rotina, sabia que haviam pessoas novas em sua igreja, até mesmo na diocese, eu vendo se aproximar, a imagem de cristo se revelava ao fundo, me alertando de nossa ligação profunda, o movimento involuntário de esfregar os pulsos e tentando limpar a testa com as mangas da blusa me faziam parecer encabulada e patética.
-Dizem que os olhos são a janela da alma. Um riso encabulado revelava-se no canto da boca, enquanto uma mecha de cabelo era ajeitado pelas mãos débil, me ajeitava delicadamente mostrando respeito ao homem que sentava-se a me lado. -Antes de mais nada, a fé sempre será a ancora que me atraca ao lar do senhor ...Mas infelizmente... não hoje... hoje é diferente.
Meu olhar revelava um certo desconforto, o fato de estar naquele local não pelos motivos certos era quase uma blasfêmia, mas muita coisa estava em jogo, talvez o bem maior?! Meus olhos que revelavam a pureza também poderiam me revelar mais sobre o mundo, eu me concentrava e tentava ler a aura daquele homem, saber se assim como meus olhos, a alma dele também era pura, e se de alguma forma nossos caminhos seguiam haviam de ter se cruzado por um motivo ainda maior.
- Spoiler:
Enfim me encontrava num local onde realmente eu pudesse chamar de lar. A casa do senhor.
Mesmo sabendo que minha estadia naquela igreja não seguia o que minhas convicções julgavam como coerentes, a paz me preenchia, a busca incessante pelo perdão nunca seria um tempo perdido, meus olhos rodeavam pelo local e ora pairavam sobre Carmem, uma percursora da Gehenna, talvez deus havia me colocado no caminho dela por esse motivo, sou o elo que consegue manter Carmem entre o divino e o insano, Carmem não consegue dar esse crédito á Deus, seu orgulho próprio jamais cede aos caprichos divinos.
Em meio as minhas tarefas, o tal sumiço de Clark M, eu encontrava a brecha de tempo para interceder pela iluminação e pelo perdão, mesmo que brevemente.
Um diácono em sua rotina, sabia que haviam pessoas novas em sua igreja, até mesmo na diocese, eu vendo se aproximar, a imagem de cristo se revelava ao fundo, me alertando de nossa ligação profunda, o movimento involuntário de esfregar os pulsos e tentando limpar a testa com as mangas da blusa me faziam parecer encabulada e patética.
- Quem dera metade do rebanho tivesse um olhar tão puro... O que te traz a nosso meio?
-Dizem que os olhos são a janela da alma. Um riso encabulado revelava-se no canto da boca, enquanto uma mecha de cabelo era ajeitado pelas mãos débil, me ajeitava delicadamente mostrando respeito ao homem que sentava-se a me lado. -Antes de mais nada, a fé sempre será a ancora que me atraca ao lar do senhor ...Mas infelizmente... não hoje... hoje é diferente.
Meu olhar revelava um certo desconforto, o fato de estar naquele local não pelos motivos certos era quase uma blasfêmia, mas muita coisa estava em jogo, talvez o bem maior?! Meus olhos que revelavam a pureza também poderiam me revelar mais sobre o mundo, eu me concentrava e tentava ler a aura daquele homem, saber se assim como meus olhos, a alma dele também era pura, e se de alguma forma nossos caminhos seguiam haviam de ter se cruzado por um motivo ainda maior.
Re: Domínio de Sangue
Papa caminhava em direção a sala de Gutenheimer, pensando em como haviam sido seus últimos dias, ou melhor noites. Era bom estar sob a proteção da camarila, O barão era um ótimo aliado e a alcunha de Múmia o mantinha longe dos olhos de seus tradicionais inimigos. Por enquanto, ele havia pedido um cargo para Robert em alguma parte do hotel. Era bom ter alguém por ali que pudesse sussurrar algumas coisas a mais, observar com outros olhos e repassar com os detalhes certos. Dama era maravilhosa, mas Robert era da família. Papa estava ofuscado em um belo homem negro, ele fazia questão de conservar essa característica. Era uma forma de manter-se com os pés no chão da sanidade, lembrar-se de onde veio e quem é.
O velho Samedi assumira o cargo de secretario do clã Nosferatus, e as coisas estavam em uma época pacífica no Elísio. Ele passava a maio parte das noites recluso, lendo uma coleção re romances do século XVIII de um autor não muito famosos que havia encontrado em um sebo na periferia da cidade. As vezes ele gostava de sair com Robert para bordeis baratos nos arredores de Las Vegas. A luxuria de Robert e a curiosidade de Papa caminhavam bem e as vezes lhe abriam portas interessantíssimas, "O caçador de corações noturnos", era a mais recente.
Papa entra na sala olhando para a estátua na porta ,que sempre lhe faz dar um meio sorriso, "Armadilha de gosto duvidoso" - Ele pensa.
"- Ah, Múmia, enfim. Deixe-nos a sós, Dama. Sente-se."
- Barão Gutenheimer! Ele diz cordialmente em resposta a saudação do barão.
"- Sr. Gutenheimer. Sr. Múmia." Dama se despede mas ele faz questão de intercepta-la e beijar-lhe a mão respeitosamente.
"- Como tem estado, meu caro?"
- Tenho lido um romance de segunda categoria que me faz rir loucamente com a capacidade do autor de descrever detalhes tolos sobre nosso cotidiano segundo as fábulas que os mortais inventam para explicar o sobrenatural. No mais estou muito bem, obrigado! Tenho ouvido algo sobre uma festa nos próximos dias aqui no Elísio, mas ainda não tenho muitos detalhes.
O velho Samedi assumira o cargo de secretario do clã Nosferatus, e as coisas estavam em uma época pacífica no Elísio. Ele passava a maio parte das noites recluso, lendo uma coleção re romances do século XVIII de um autor não muito famosos que havia encontrado em um sebo na periferia da cidade. As vezes ele gostava de sair com Robert para bordeis baratos nos arredores de Las Vegas. A luxuria de Robert e a curiosidade de Papa caminhavam bem e as vezes lhe abriam portas interessantíssimas, "O caçador de corações noturnos", era a mais recente.
Papa entra na sala olhando para a estátua na porta ,que sempre lhe faz dar um meio sorriso, "Armadilha de gosto duvidoso" - Ele pensa.
"- Ah, Múmia, enfim. Deixe-nos a sós, Dama. Sente-se."
- Barão Gutenheimer! Ele diz cordialmente em resposta a saudação do barão.
"- Sr. Gutenheimer. Sr. Múmia." Dama se despede mas ele faz questão de intercepta-la e beijar-lhe a mão respeitosamente.
"- Como tem estado, meu caro?"
- Tenho lido um romance de segunda categoria que me faz rir loucamente com a capacidade do autor de descrever detalhes tolos sobre nosso cotidiano segundo as fábulas que os mortais inventam para explicar o sobrenatural. No mais estou muito bem, obrigado! Tenho ouvido algo sobre uma festa nos próximos dias aqui no Elísio, mas ainda não tenho muitos detalhes.
Yassemine Queen- Data de inscrição : 11/08/2011
Localização : São paulo
Re: Domínio de Sangue
Jack Hunter
Las Vegas, Nevada
As luzes de coloração rosa que criam um ambiente aconchegante, o cheiro doce de perfume importado e o som indistinguível do saxofone que toca ao fundo são as marcas registradas do local pelo qual Jack caminha. Uma aquisição ardilosa, envolvendo atos questionáveis e consequências as quais o Nosferatu ainda estava para descobrir. De qualquer forma, o prostíbulo lhe rendia frutos. Renda, fama, influência, e informações. Todos estes, benefícios de valor grandioso, os quais um negociante imortal sabia muito bem como aproveitar. Na cidade do pecado, a luxúria só perdia para a ganância, mas não havia por que não desfrutar do segundo lugar.
O lugar estava cheio, preenchido em sua maioria por turistas, que sabiam bem como aproveitar as noites em Vegas. White Candy também caminha pelo salão, usando um vestido lustroso e chamativo tal qual Jessica Rabbit. Seu olhar é afiado, buscando identificar o alvo perfeito para cair em seus agrados. A Mortal era esperta, não tanto quanto seu regente, mas o suficiente para ser reconhecida por ele. Ela troca um olhar descarado com Jack, dando-lhe um sinal havia algo a contar. No entanto, a oportunidade adiava o encontro, um cliente, um investidor de poder que poderia lhe render bem mais que apenas dinheiro. A prostituta endireitava-se em seu salto alto, ajustava o decote, piscava para o seu patrão e dirigia-se para o colo de sua próxima vítima, ainda que não no sentido literal da palavra.
A noite estava apenas começando e Jack já começava a se dirigir a seu escritório para cuidar de negócios pendentes quando uma voz lhe chama a atenção. Uma voz feminina soa em meio ao Jazz alternativo, com um sotaque diferente. Ele vira-se e se depara com uma mulher sorridente, a qual ele não reconhece. Ela está sentada em um dos sofás entre duas garotas que a envolvem em um abraço seduzente. Ambas loiras, com cerca de 18 anos de idade, tem suas cinturas agarradas pelos braços finos da mulher e beijam seu pescoço com risos de luxúria. A dama, que parece aproveitar as carícias presenteadas, veste calças e um corselete, ambos de couro preto, além de botas de salto alto. Seus olhos finos, que denotam uma descendência asiática, estão adornados com uma sombra escura, e fitam o Nosferatu com uma avidez felina.
- Sr. Hunter. Que bom te encontrar em um momento tão oportuno. - o sorriso estampado não deixa seus lábios, cobertos por um batom roxo escuro - Junte-se a mim. Há muito que eu quero discutir com você, mas seria um pecado deixar os braços de belezas tão envolventes. - ela apalpa o seio volumoso de uma das garotas.
O lugar estava cheio, preenchido em sua maioria por turistas, que sabiam bem como aproveitar as noites em Vegas. White Candy também caminha pelo salão, usando um vestido lustroso e chamativo tal qual Jessica Rabbit. Seu olhar é afiado, buscando identificar o alvo perfeito para cair em seus agrados. A Mortal era esperta, não tanto quanto seu regente, mas o suficiente para ser reconhecida por ele. Ela troca um olhar descarado com Jack, dando-lhe um sinal havia algo a contar. No entanto, a oportunidade adiava o encontro, um cliente, um investidor de poder que poderia lhe render bem mais que apenas dinheiro. A prostituta endireitava-se em seu salto alto, ajustava o decote, piscava para o seu patrão e dirigia-se para o colo de sua próxima vítima, ainda que não no sentido literal da palavra.
A noite estava apenas começando e Jack já começava a se dirigir a seu escritório para cuidar de negócios pendentes quando uma voz lhe chama a atenção. Uma voz feminina soa em meio ao Jazz alternativo, com um sotaque diferente. Ele vira-se e se depara com uma mulher sorridente, a qual ele não reconhece. Ela está sentada em um dos sofás entre duas garotas que a envolvem em um abraço seduzente. Ambas loiras, com cerca de 18 anos de idade, tem suas cinturas agarradas pelos braços finos da mulher e beijam seu pescoço com risos de luxúria. A dama, que parece aproveitar as carícias presenteadas, veste calças e um corselete, ambos de couro preto, além de botas de salto alto. Seus olhos finos, que denotam uma descendência asiática, estão adornados com uma sombra escura, e fitam o Nosferatu com uma avidez felina.
- Sr. Hunter. Que bom te encontrar em um momento tão oportuno. - o sorriso estampado não deixa seus lábios, cobertos por um batom roxo escuro - Junte-se a mim. Há muito que eu quero discutir com você, mas seria um pecado deixar os braços de belezas tão envolventes. - ela apalpa o seio volumoso de uma das garotas.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
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Localização : Natal - RN
Re: Domínio de Sangue
Malika de los Anjos
A casa de Deus também era sua casa, ou pelo menos era assim que Malika pensava. Não havia como apagar suas raízes, entretanto o sangue que lhe fora presenteado naquela fatídica noite também desempenhava um papel de destaque. Uma existência entre a loucura e a santidade. Cabia à Malkavian dizer qual das partes teria o papel principal. Carmem a olhava discretamente, com seus cabelos loiros, escondidos por um lenço fino, quase como um véu. Seu olhar julgava e instruía, quase como um lembrete de suas palavras de noites atrás.
"Criança, nós não estamos aqui por que um Príncipe solicitou nossa presença. O destino tem um propósito pra todos, muito maior que a política dos Membros, e o meu já está escrito. As noites seguintes te provarão e eu estarei olhando de perto. Ache seu propósito antes que o destino decida por você."
As palavras da Mentora nunca eram vazias, Malika sabia disso. Sabia também que aquela era uma oportunidade de provar o seu valor. Se não para Carmem, então para ela mesma, e se não para ela mesma, então para o Senhor. Seus pensamentos são interrompidos pela presença do Diácono. O jeito desajeitado dava à Lunática um ar ainda mais inocente, fosse aquilo intencional ou não. Sua resposta trazia certa sabedoria, e uma vacilante culpa.
O rosto de homem se molda em dúvida. Seus olhos, a janela pela qual Malika tentava observar como suas palavras insinuavam, não revelavam muito, mas em meio a uma tonalidade de aura ordinária, um lampejo de cor se destaca. Talvez fosse o nervosismo que a presença de sua Mentora colocava sobre si fazendo sua perspicácia não ser tão acurada como o de costume, no entanto, a Malkavian acha ter visto por um momento uma faísca verde preencher a aura do Mortal. Aquilo colocava em cheque a pureza do homem que deveria ser santo, porém a dúvida ainda permanecia.
- A fé é sempre importante, mas sempre existirão outros problemas afligindo as almas dos pecadores. - o Diácono responde colocando a mão sobre a da Imortal - O que eu puder ajudar... podemos conversar quando os demais tiverem se retirado.
"Criança, nós não estamos aqui por que um Príncipe solicitou nossa presença. O destino tem um propósito pra todos, muito maior que a política dos Membros, e o meu já está escrito. As noites seguintes te provarão e eu estarei olhando de perto. Ache seu propósito antes que o destino decida por você."
As palavras da Mentora nunca eram vazias, Malika sabia disso. Sabia também que aquela era uma oportunidade de provar o seu valor. Se não para Carmem, então para ela mesma, e se não para ela mesma, então para o Senhor. Seus pensamentos são interrompidos pela presença do Diácono. O jeito desajeitado dava à Lunática um ar ainda mais inocente, fosse aquilo intencional ou não. Sua resposta trazia certa sabedoria, e uma vacilante culpa.
O rosto de homem se molda em dúvida. Seus olhos, a janela pela qual Malika tentava observar como suas palavras insinuavam, não revelavam muito, mas em meio a uma tonalidade de aura ordinária, um lampejo de cor se destaca. Talvez fosse o nervosismo que a presença de sua Mentora colocava sobre si fazendo sua perspicácia não ser tão acurada como o de costume, no entanto, a Malkavian acha ter visto por um momento uma faísca verde preencher a aura do Mortal. Aquilo colocava em cheque a pureza do homem que deveria ser santo, porém a dúvida ainda permanecia.
- A fé é sempre importante, mas sempre existirão outros problemas afligindo as almas dos pecadores. - o Diácono responde colocando a mão sobre a da Imortal - O que eu puder ajudar... podemos conversar quando os demais tiverem se retirado.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
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Re: Domínio de Sangue
Papa Paradise
Dama aceita o cumprimento respeitoso do Samedi. O toque frio e áspero das mãos e lábios da criatura por trás do imponente homem negro não a incomoda, e ela permanece com a habitual elegância. Quando os imortais começam seu diálogo, ela já partiu pela porta.
- As primeiras noites não foram gentis comigo e abandonei a literatura por completo por um tempo. Só há algumas décadas resgatei os velhos hábitos, desde então tenho tentado recuperar o tempo perdido.
Gutenheimer levanta-se de sua poltrona e caminha até a estante. De lá, ele retira um livro largo, bem cuidado com uma capa dura de cor azul e entrega a Paradise.
- Considere ler este logo após. É Ulysses de James Joyce. Imagino que você esteja familiarizado com as aventuras da Odisseia. Esta é uma visão diferente, romantizada e crua em alguns sentidos. Creio que vai se divertir igualmente.
Ele, então, retorna e senta-se na poltrona novamente, entrelaçando seus longos dedos cinzentos e pondo os cotovelos sobre a escrivaninha. A eloquência do Primógeno é inegável, o que contrasta com seu rosto diformemente enrugado, que demora a exibir alguma expressão facial notável.
- Quanto à festa mencionada, parece que seus ouvidos estão bem afiados. No entanto há alguns detalhes acompanhados dessa notícia que creio que ainda não estão circulando através de boatos. Esses detalhes, hora ou outra, iriam chegar a seu conhecimento, claro, mas é melhor que escute de minha pessoa para que não haja dúvidas. Além disso, em parte se relaciona com o motivo pelo qual lhe convoquei esta noite.
- O evento não será uma festa, mas sim um pronunciamento. Os detalhes sobre o que irá se tratar nesta reunião ainda não são muito concretos, mas os preparativos já estão sendo feitos. Imagino que tenha sido daí que tirou a conclusão. Apesar de nossa relativa paz, o Círculo Interno parece ter olhares questionadores sobre nós, o que se concretizou com a visita inesperada de um Arconte. Sua identidade, assim como sua chegada em Vegas se mantém em segredo, por segurança, no entanto os líderes dos clãs já estão tendo que lidar com suas exigências. O Príncipe Benedic, em especial, não parece estar muito feliz com esta visita, como qualquer Ventrue estaria, no entanto as aparência tem de ser mantidas.
- Diante desses eventos, é minha obrigação representar os interesses do nosso clã, uma vez que o Xerife Montrose está muito ocupado mantendo a sujeira fora da cidade. Por isso, precisarei do seu auxílio, assim como sua discrição, para lidar com problemas menores enquanto minha atenção está voltada para esses assuntos particulares.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
Idade : 30
Localização : Natal - RN
Re: Domínio de Sangue
"- Considere ler este logo após. É Ulysses de James Joyce. Imagino que você esteja familiarizado com as aventuras da Odisseia. Esta é uma visão diferente, romantizada e crua em alguns sentidos. Creio que vai se divertir igualmente."
Papa recebe o livro com surpreso! Não era todo dia que o Barão estava com tempo de presentear. Logo, aquilo era um gesto importante dentro dos laços sociais entre os dois e obviamente era uma troca, como todo presente o é.
-Fico lisonjeado Barão, lerei este com muito prazer!
O barão fala dos detalhes sobre a tal festa e papa ouve atentamente, por fim ele diz:
- Desculpe Barão, talvez eu esteja lendo de mais e observando de menos. Quando você diz olhares questionadores sobre nós, quem exatamente seria nós? Quer dizer qual a posição do clã neste tabuleiro. Como secretário, talvez eu possa agir melhor com alguns detalhes políticos. Claro, apenas se você achar conveniente.
"- Diante desses eventos, é minha obrigação representar os interesses do nosso clã, uma vez que o Xerife Montrose está muito ocupado mantendo a sujeira fora da cidade. Por isso, precisarei do seu auxílio, assim como sua discrição, para lidar com problemas menores enquanto minha atenção está voltada para esses assuntos particulares."
- Estou a sua disposição! A propósito, eu havia conversado com a administração sobre colocar meu lacaio em alguma posição de trabalho no hotel, o que você acha?
Papa recebe o livro com surpreso! Não era todo dia que o Barão estava com tempo de presentear. Logo, aquilo era um gesto importante dentro dos laços sociais entre os dois e obviamente era uma troca, como todo presente o é.
-Fico lisonjeado Barão, lerei este com muito prazer!
O barão fala dos detalhes sobre a tal festa e papa ouve atentamente, por fim ele diz:
- Desculpe Barão, talvez eu esteja lendo de mais e observando de menos. Quando você diz olhares questionadores sobre nós, quem exatamente seria nós? Quer dizer qual a posição do clã neste tabuleiro. Como secretário, talvez eu possa agir melhor com alguns detalhes políticos. Claro, apenas se você achar conveniente.
"- Diante desses eventos, é minha obrigação representar os interesses do nosso clã, uma vez que o Xerife Montrose está muito ocupado mantendo a sujeira fora da cidade. Por isso, precisarei do seu auxílio, assim como sua discrição, para lidar com problemas menores enquanto minha atenção está voltada para esses assuntos particulares."
- Estou a sua disposição! A propósito, eu havia conversado com a administração sobre colocar meu lacaio em alguma posição de trabalho no hotel, o que você acha?
Yassemine Queen- Data de inscrição : 11/08/2011
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Re: Domínio de Sangue
Papa Paradise
A conversa entre o Rato de Esgoto e o Cadáver continua. O Barão Gutenheimer, com uma pompa incomum à maioria de seu clã, explica a seu subordinado os detalhes não tão bem esclarecidos.
- Felizmente ou não, meu caro Múmia, me refiro à Camarilla como um todo. Não creio que haja desconfiança para com o nosso clã mais que para com os demais, se é que posso chamar isso de desconfiança. Talvez seja apenas o Círculo Interno sendo mais cauteloso com os Principados mais próximos à fronteira. Sabemos que o México está infestado de Bandos e lugares como esse se tornam atrativos muito facilmente. San Diego já está experimentando esse tipo de problema, assim como Phoenix. Pode não demorar muito até nos afete também. De toda forma, para prezar pela nossa paz devemos acatar as exigências enquanto for conveniente. Temos um ambiente de prestígio para nosso clã aqui, como nenhum outro lugar, por isso não podemos arriscar perdê-lo.
Depois disso, Gutenheimer se ajeita em sua poltrona e começa a verificar alguns documentos em sua mesa.
- Seu lacaio?! Robert Dumper, se não me engano. Claro, irei conseguir um lugar pra ele na equipe de limpeza dos quartos, se for do seu agrado.
- Bem, já que os detalhes detalhes estão acertados... Informei sobre suas novas atribuições aos Membro de minha confiança e preparei um escritório para sua estadia durante esse período, a Dama irá lhe auxiliar nos demais assuntos. A propósito, há uma questão pendente que quero que você veja a fundo. Nesta última semana, tem chegado a mim alguns relatos de um comportamento anormal dos ratos nos esgotos. Parece que uma parte das pequenas criaturas não tem respondido à influência do Poder do Sangue como normalmente fazem e alguns até falam sobre ninhadas que passaram a se tornar agressivas. Como você bem sabe, alguns Filhotes dependem das criaturas para a sobrevivência e essa anormalidade pode comprometer a existência do Clã sob as ruas. Deixo em suas mãos, então, a resolução do problema, e caso vá ao subterrâneo certifique-se de estar em sua aparência convencional. Alguns Membros sabem de seu gosto pessoal por essa forma, mas os mais reclusos podem lhe confundir com um intruso. Melhor evitar esse tipo de desentendimento.
- Se não tiver mais nenhuma pergunta irei voltar aos afazeres. Foi um prazer, Múmia.
- Felizmente ou não, meu caro Múmia, me refiro à Camarilla como um todo. Não creio que haja desconfiança para com o nosso clã mais que para com os demais, se é que posso chamar isso de desconfiança. Talvez seja apenas o Círculo Interno sendo mais cauteloso com os Principados mais próximos à fronteira. Sabemos que o México está infestado de Bandos e lugares como esse se tornam atrativos muito facilmente. San Diego já está experimentando esse tipo de problema, assim como Phoenix. Pode não demorar muito até nos afete também. De toda forma, para prezar pela nossa paz devemos acatar as exigências enquanto for conveniente. Temos um ambiente de prestígio para nosso clã aqui, como nenhum outro lugar, por isso não podemos arriscar perdê-lo.
Depois disso, Gutenheimer se ajeita em sua poltrona e começa a verificar alguns documentos em sua mesa.
- Seu lacaio?! Robert Dumper, se não me engano. Claro, irei conseguir um lugar pra ele na equipe de limpeza dos quartos, se for do seu agrado.
- Bem, já que os detalhes detalhes estão acertados... Informei sobre suas novas atribuições aos Membro de minha confiança e preparei um escritório para sua estadia durante esse período, a Dama irá lhe auxiliar nos demais assuntos. A propósito, há uma questão pendente que quero que você veja a fundo. Nesta última semana, tem chegado a mim alguns relatos de um comportamento anormal dos ratos nos esgotos. Parece que uma parte das pequenas criaturas não tem respondido à influência do Poder do Sangue como normalmente fazem e alguns até falam sobre ninhadas que passaram a se tornar agressivas. Como você bem sabe, alguns Filhotes dependem das criaturas para a sobrevivência e essa anormalidade pode comprometer a existência do Clã sob as ruas. Deixo em suas mãos, então, a resolução do problema, e caso vá ao subterrâneo certifique-se de estar em sua aparência convencional. Alguns Membros sabem de seu gosto pessoal por essa forma, mas os mais reclusos podem lhe confundir com um intruso. Melhor evitar esse tipo de desentendimento.
- Se não tiver mais nenhuma pergunta irei voltar aos afazeres. Foi um prazer, Múmia.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
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Re: Domínio de Sangue
Presa entre minha condição e minha fé, as palavras de Carmem me faziam cair em devaneios sobre o destino dos membros e a busca incessante pela rendição dos pecados de meus antecedentes, estava presa entre a Loucura de Malkav, o pecado de Cain, a fé Cristã e sede inevitável da besta.
Observava o diácono enquanto ele falava, meus olhos pincelavam sua alma, num brevê de clarividência. Um súbito e desconfiado tranco com o ombro rejeitava o toque que o diácono me ofertava, uma mistura de aversão e desconfiança. Eu ja havia passado momentos perversos e desconfortante nas mãos de pessoas como ele, e o que seus olhos deles revelavam me faziam querer recuar, ele não era diferente dos homens que outrora haviam me corrompido, mas agora, eu poderia enxergar vossa verdade.
-Sim... quando todos tiverem se retirado será uma boa hora, mas a urgência que trago sugere um pouco mais de brevidade, se possível . Sussurrava por entre meus cabelos, demonstrando respeito pelo local.
Observava o diácono enquanto ele falava, meus olhos pincelavam sua alma, num brevê de clarividência. Um súbito e desconfiado tranco com o ombro rejeitava o toque que o diácono me ofertava, uma mistura de aversão e desconfiança. Eu ja havia passado momentos perversos e desconfortante nas mãos de pessoas como ele, e o que seus olhos deles revelavam me faziam querer recuar, ele não era diferente dos homens que outrora haviam me corrompido, mas agora, eu poderia enxergar vossa verdade.
-Sim... quando todos tiverem se retirado será uma boa hora, mas a urgência que trago sugere um pouco mais de brevidade, se possível . Sussurrava por entre meus cabelos, demonstrando respeito pelo local.
Re: Domínio de Sangue
Malika de los Anjos
O Diácono não era um homem vivido, ou era o que sua aparência sugeria. Agora, vendo mais de perto, qualquer um sugeriria que ele não passava dos vinte e cinco anos. No entanto sua parcimônia, clássica de membros do clero, continuava a resplandecer em sua face. Mesmo após a rejeição de seu toque acalentador, o mesmo não demonstra mágoa ou reação de alguém cuja empatia havia sido insultada. Malika, claro, ainda nutria desconfiança pelo homem, mas o fraco controle sobre sua leitura da aura, que já havia se esvaído, não podia nem confirmar nem negar a veracidade de suas expressões mais recentes.
- Imagino que assuntos particulares e tão urgentes não devam ser expostos em meio ao grupo de oração. O confessionário está sendo usado pelo Padre Frederick. Eu sou o Diácono Carlos, podemos conversar na área comunal dos fundos se você quiser...
Ele aguarda a resposta com um sorriso no rosto. Era óbvio que Carmem iria intervir caso seus sentidos captassem que algo de ruim estava para acontecer a sua Cria, e a própria Malkavian sabia se proteger muito bem. Cabia a ela decidir como progredir com suas ações.
- Imagino que assuntos particulares e tão urgentes não devam ser expostos em meio ao grupo de oração. O confessionário está sendo usado pelo Padre Frederick. Eu sou o Diácono Carlos, podemos conversar na área comunal dos fundos se você quiser...
Ele aguarda a resposta com um sorriso no rosto. Era óbvio que Carmem iria intervir caso seus sentidos captassem que algo de ruim estava para acontecer a sua Cria, e a própria Malkavian sabia se proteger muito bem. Cabia a ela decidir como progredir com suas ações.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
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Re: Domínio de Sangue
Papa ouve as explicações do primígeno atentamente. Era mais um evento politico territorialista entre as velhas seitas, nada de tão novo.
"-Deixemos os grandes predadores devorarem a si mesmos" - Ele pensa.
"Seu lacaio?! Robert Dumper, se não me engano. Claro, irei conseguir um lugar pra ele na equipe de limpeza dos quartos, se for do seu agrado."
- Perfeito! Direi a ele que aguarde instruções sobre seus novos afazeres.
Em seguida o Barão finalmente solta sua intenção. Sua escolha de presente em troca do livro. Ao menos não parecia algo caro. Cuidar de alguns ratos. Não deveria ser la grande coisa. Papa então responde:
- Claro barão, hoje mesmo começarei a investigação nos esgotos. Tenho certeza que Dama poderá me auxiliar muito bem, como tem feito com grande precisão. Porem, temo que para averiguar melhor sobre os animais, necessito de alguém com maestria na manipulação os mesmo. Infelizmente não tenho tal poder, animalismo não é mesmo? Poderia designar alguém do clã para auxiliar-me? Prefiro deixar dama aqui onde sua beleza mortal fará mais diferença.
Yassemine Queen- Data de inscrição : 11/08/2011
Localização : São paulo
Re: Domínio de Sangue
Papa Paradise
Paradise tirava as próprias conclusões a respeito dos eventos explanados pelo Barão. De acordo com sua interpretação, contanto que todo esse conflito político não lhe afetasse, tudo estava certo. Seria uma presunção válida, mas sabe-se que o lixo do quintal do vizinho espalha fedor em todas as direções. Só o tempo poderia dizer o que era certo e o que era errado, enquanto isso problemas mais urgentes demandavam atenção.
- Imaginei que pudesse fazer este pedido, então fiz os preparativos de antemão. Designei a um jovem e promissor Membro a tarefa de lhe auxiliar no que fosse necessário às investigações. Ele possui as habilidades necessárias, além de conhecer boa parte dos esgotos, atende pelo nome de Yarn. O instruí a aguardar em uma das passagens subterrâneas do hotel, então a partir do seu contato ele seguirá suas orientações.
- O demais, confiarei ao seu julgamento.
- Imaginei que pudesse fazer este pedido, então fiz os preparativos de antemão. Designei a um jovem e promissor Membro a tarefa de lhe auxiliar no que fosse necessário às investigações. Ele possui as habilidades necessárias, além de conhecer boa parte dos esgotos, atende pelo nome de Yarn. O instruí a aguardar em uma das passagens subterrâneas do hotel, então a partir do seu contato ele seguirá suas orientações.
- O demais, confiarei ao seu julgamento.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
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Re: Domínio de Sangue
Rian
Henderson, Nevada
Após as recentes empreitadas que levaram Rian a atravessar o Atlântico, o Gangrel estava de volta ao Condado de Clark. Qualquer um que tivesse alguma gota de bom senso saberia que isso era loucura, levando em conta suas condições atuais, mas não era o acaso que o levava a colocar novamente os pés no Las Vegas Valley. A carta que ele segurava tinha apenas um endereço, Prevost Pass 16, escrito com a caligrafia de sua irmã. Por anos, ela não havia saído da segurança de sua casa e do dojo, no entanto o recado foi só o que Rian encontrou quando retornou de sua viagem. Só isso era o suficiente para se esperar o pior, porém no começo de sua jornada até o local designado, uma mensagem curta o alcançou:
"Claire está segura, mas ainda requisito sua presença.
Gutenheimer."
A região metropolitana da cidade do pecado era vasta e com uma imensa população de mortais e imortais, o que dava ao Membro certa confiança em perambular por partes menos vigiadas. Rian era jovem, mas esperto. Não havia sobrevivido até aquele ponto por acaso, por isso viajava com cuidado e sempre atento. A cidade de Henderson, apesar da proximidade, não era tão suntuosa quanto sua irmã Las Vegas. As ruas suburbanas eram sujas e escuras, o que entretanto era uma vantagem para o Gangrel, que logo chega a seu destino. O endereço pertencia a uma pequena casa de teto baixo e cores desbotadas, muito semelhante às outras residências que compõem a rua. Não muito tempo depois dele estar prostrado no local, um sujeito sai de dentro de alguns arbustos batendo folhas de seu casaco numa cena no mínimo estranha. Suas roupas estão sujas e parecem apenas ter a função de o deixar esquentado durante a noite, enquanto que seu rosto está completamente tomado por uma grande barba cinzenta. Ele atravessa o caminho do Forasteiro e deixa algo cair no chão.
- Ele vai chegar logo - cochicha o homem enquanto faz seu caminho para longe dali.
Rian se abaixa e apanha o objeto deixado pelo sujeito, uma chave. Imaginando do que se trata, ele se dirige até a casa e a abre. A residência por dentro é ainda menor do que aparenta por fora. Apenas três cômodos, um deles sendo um banheiro com apenas um sanitário. Além disso, o único objeto presente no lugar é uma mesa velha com duas cadeiras de madeira. Alguns minutos depois, o Gangrel ouve três batidas na porta e uma voz masculina do lado de fora.
- Boa noite velho amigo.
"Claire está segura, mas ainda requisito sua presença.
Gutenheimer."
A região metropolitana da cidade do pecado era vasta e com uma imensa população de mortais e imortais, o que dava ao Membro certa confiança em perambular por partes menos vigiadas. Rian era jovem, mas esperto. Não havia sobrevivido até aquele ponto por acaso, por isso viajava com cuidado e sempre atento. A cidade de Henderson, apesar da proximidade, não era tão suntuosa quanto sua irmã Las Vegas. As ruas suburbanas eram sujas e escuras, o que entretanto era uma vantagem para o Gangrel, que logo chega a seu destino. O endereço pertencia a uma pequena casa de teto baixo e cores desbotadas, muito semelhante às outras residências que compõem a rua. Não muito tempo depois dele estar prostrado no local, um sujeito sai de dentro de alguns arbustos batendo folhas de seu casaco numa cena no mínimo estranha. Suas roupas estão sujas e parecem apenas ter a função de o deixar esquentado durante a noite, enquanto que seu rosto está completamente tomado por uma grande barba cinzenta. Ele atravessa o caminho do Forasteiro e deixa algo cair no chão.
- Ele vai chegar logo - cochicha o homem enquanto faz seu caminho para longe dali.
Rian se abaixa e apanha o objeto deixado pelo sujeito, uma chave. Imaginando do que se trata, ele se dirige até a casa e a abre. A residência por dentro é ainda menor do que aparenta por fora. Apenas três cômodos, um deles sendo um banheiro com apenas um sanitário. Além disso, o único objeto presente no lugar é uma mesa velha com duas cadeiras de madeira. Alguns minutos depois, o Gangrel ouve três batidas na porta e uma voz masculina do lado de fora.
- Boa noite velho amigo.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
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Re: Domínio de Sangue
Voltar para a América depois de uma longa temporada na Europa era o propósito do vampiro. Deixar os Estados Unidos fora um erro. Por outro lado, o vampiro ganhou em experiência e amadureceu bastante. Não fosse suas noites na Europa provavelmente ele seria apenas um cachorrinho encantoado em seu quintal vigiando Claire. A Escócia lhe mostrou as várias faces do sobrenatural. Rian descobrira por experiência própria que o rosto bonito de uma moça em um pub movimentado pode pertencer a uma terrível feiticeira, que criaturas esquisitas além de lobisomens e vampiros existem. Presenciou o quão ferozes os lobisomens são e que alguns deles se aliam a demônios e vampiros. Ah.. demônios... sim, ele descobrira que Deus existe e que os demônios são reais e estão por aí esperando as almas dos vampiros no inferno. Ele ainda descobriu que caçadores matam, causam dor, torturam e mutilam em nome de Deus, que o bem e o mal depende apenas da óptica de quem conta a história. E o principal: Que a Camarilla é realmente uma bastarda filha da puta que merece todo o desprezo. Xaviar estava certo o tempo todo! Rian destruiu inúmeros inimigos da Camarilla a pedido do Xerife Roden e tudo que ele ganhou em troca nessa guerra sem fim foi uma enorme cicatriz em seu rosto e um tapinha no ombro. Aliás... olha que nem isso ganhou. A partir de agora a seita do vampiro seria ele mesmo.
No entanto, as coisas pareciam um pouco diferente nos Estados Unidos. Claire havia desaparecido e onde ela deveria estar, apenas um bilhete foi encontrado. Rian segurava o pedaço de papel com força dentro de seu punho, enquanto fechava os olhos e se arrependia por ter se ausentado por tanto tempo.
“- Não me responsabilizo pelo destino do maldito que estiver com minha irmã!” Era o pensamento que predominava em sua mente.
Algum tempo depois Gutenheimer, o vampiro que livrara seu traseiro quando Rian ainda dava os primeiros passos na sociedade cainita, quando era apenas um filhotinho assustado, batia na porta daquele pequeno casebre.
O Gangrel abria a porta deixando apenas uma pequena fresta.
- Está sozinho? Observava se o nosferatu não estava acompanhado.
- O que está acontecendo? Ia direto ao assunto assim que o rato entrava.
No entanto, as coisas pareciam um pouco diferente nos Estados Unidos. Claire havia desaparecido e onde ela deveria estar, apenas um bilhete foi encontrado. Rian segurava o pedaço de papel com força dentro de seu punho, enquanto fechava os olhos e se arrependia por ter se ausentado por tanto tempo.
“- Não me responsabilizo pelo destino do maldito que estiver com minha irmã!” Era o pensamento que predominava em sua mente.
Algum tempo depois Gutenheimer, o vampiro que livrara seu traseiro quando Rian ainda dava os primeiros passos na sociedade cainita, quando era apenas um filhotinho assustado, batia na porta daquele pequeno casebre.
O Gangrel abria a porta deixando apenas uma pequena fresta.
- Está sozinho? Observava se o nosferatu não estava acompanhado.
- O que está acontecendo? Ia direto ao assunto assim que o rato entrava.
Abigail- Data de inscrição : 30/09/2014
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Re: Domínio de Sangue
Rian
A cada noite, Rian percebia que este mundo escondia muito mais do que ele pensava. A cada resposta encontrada, mais uma infinidade de outras perguntas surgiam. Em pouco tempo ele descobriu que explorar o Mundo das Trevas era como tentar mapear o fundo do mar com um lápis e um papel. E mais e mais se provava o velho ditado de que a melhor companhia é a sua própria. No entanto, os laços mortais do Gangrel impediam esses antigos pensamentos de se tornarem totalmente verdade. Claire era alguém inestimável e quem ousasse tentar tirá-la dele estava com os dias contados.
Sozinho naquele casebre, o Forasteiro resgata algumas lembranças de um passado próximo. De fato, Gutenheimer havia lhe fornecido auxílio quando sua ainda curta não-vida estava em jogo, nas mãos da Camarilla. A Seita que Rian agora desprezava, já estava em busca de sua cabeça há algum tempo, e ele sabia que algo assim não era esquecido facilmente. Ele logo aprenderia que alguém só sai da Camarilla quando este não tem mais uma existência para usufruir, no entanto aquele Nosferatu arriscava sua própria existência ao colocar em jogo lealdade contra interesse pessoal. O que ele iria querer de tão importante para estar disposto a pagar esse custo e o que Claire tinha a ver com tudo isso?
Rian abria a porta, mas, para sua surpresa, a pessoa que estava atrás dela era alguém comum. Um homem de meia idade com um bigode negro volumoso, sobretudo, gravata e um fedora marrom. Ele sorri por trás dos pelos faciais bem cuidados e faz uma reverência com o chapéu.
- Precaução, meu caro Rian... felizmente essa é uma reunião particular.
O Barão Gutenheimer, em seu disfarce, adentra o pequeno casebre e senta em uma das cadeiras, colocando o chapéu sobre a mesa. Estranhamente, aquela aparência lhe parecia adequada e era até possível imaginar que fosse assim em tempos mortais.
- Imagino pelo seu rosto que teve algum tipo de contratempo no caminho até aqui. Espero que sua estadia não seja comprometida assim tão cedo. Ah, me desculpe os maus modos, como tem estado?
- Bem, odeio fazer com que minhas conversas soem como um interrogatório, mas antes de lhe dar alguma explicação preciso saber o que você sabe sobre isto.
Ele tira de dentro do sobretudo um pedaço de papel velho. Olhando mais atentamente, percebe-se que o material é diferente, parecendo-se mais com um papiro do que um papel propriamente dito. Nele há uma inscrição com símbolos distintos, algo que Rian recorda-se muito bem, embora não soubesse o significado. Era difícil esquecer aquilo, pois ele passou anos olhando para aquele colar de metal antes de lhe dar um devido fim. Porém aquelas lembranças que faziam doer o coração, quando este ainda batia, retornam como um relâmpago e trazem à tona mistérios nunca solucionados.
Sozinho naquele casebre, o Forasteiro resgata algumas lembranças de um passado próximo. De fato, Gutenheimer havia lhe fornecido auxílio quando sua ainda curta não-vida estava em jogo, nas mãos da Camarilla. A Seita que Rian agora desprezava, já estava em busca de sua cabeça há algum tempo, e ele sabia que algo assim não era esquecido facilmente. Ele logo aprenderia que alguém só sai da Camarilla quando este não tem mais uma existência para usufruir, no entanto aquele Nosferatu arriscava sua própria existência ao colocar em jogo lealdade contra interesse pessoal. O que ele iria querer de tão importante para estar disposto a pagar esse custo e o que Claire tinha a ver com tudo isso?
Rian abria a porta, mas, para sua surpresa, a pessoa que estava atrás dela era alguém comum. Um homem de meia idade com um bigode negro volumoso, sobretudo, gravata e um fedora marrom. Ele sorri por trás dos pelos faciais bem cuidados e faz uma reverência com o chapéu.
- Precaução, meu caro Rian... felizmente essa é uma reunião particular.
O Barão Gutenheimer, em seu disfarce, adentra o pequeno casebre e senta em uma das cadeiras, colocando o chapéu sobre a mesa. Estranhamente, aquela aparência lhe parecia adequada e era até possível imaginar que fosse assim em tempos mortais.
- Imagino pelo seu rosto que teve algum tipo de contratempo no caminho até aqui. Espero que sua estadia não seja comprometida assim tão cedo. Ah, me desculpe os maus modos, como tem estado?
- Bem, odeio fazer com que minhas conversas soem como um interrogatório, mas antes de lhe dar alguma explicação preciso saber o que você sabe sobre isto.
Ele tira de dentro do sobretudo um pedaço de papel velho. Olhando mais atentamente, percebe-se que o material é diferente, parecendo-se mais com um papiro do que um papel propriamente dito. Nele há uma inscrição com símbolos distintos, algo que Rian recorda-se muito bem, embora não soubesse o significado. Era difícil esquecer aquilo, pois ele passou anos olhando para aquele colar de metal antes de lhe dar um devido fim. Porém aquelas lembranças que faziam doer o coração, quando este ainda batia, retornam como um relâmpago e trazem à tona mistérios nunca solucionados.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
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Re: Domínio de Sangue
Assim que o barão entrava o Gangrel fechava a porta, conferindo ainda uma última olhada antes de trancá-la. Esfregava as mãos no rosto, nos olhos e terminava o movimento puxando seus cabelos para trás enquanto o nosferatu se sentava.
Logo que Gutenheimer perguntava como Rian estava, o vampiro notava o quanto ele havia sido indelicado com alguém que já havia lhe ajudado no passado.
- Ah, perdoe os meus modos, barão Gutenheimer. É difícil para mim lidar com o desaparecimento da minha irmã. Não se trata de um laço qualquer, existe uma ligação realmente forte entre eu e ela. Dizia caminhando até ficar mais próximo do nosferatu.
Ao ver o desenho daquele maldito medalhão naquele pedaço de papiro o Gangrel fixava seu olhar e a expressão da surpresa surgia em sua face.
- Não acredito! O vampiro dava alguns passos afastando-se do nosferatu, antes de virar-se novamente para o rato. Aparentemente o seu passado estava voltando a tona. Certamente nada era por acaso.
- É por causa desse medalhão que eu sou o que sou hoje. Esse medalhão destruiu a minha família mortal. Um desconhecido entregou esse medalhão para minha irmã e eu digo que isso foi a nossa desgraça. Revirei bibliotecas e livros atrás dessa coisa mas nunca consegui descobrir nada a respeito.
O Gangrel olhava para o papiro e para o Nosferatu, intrigado com ambos.
O Gangrel estava ansioso pela irmã e diferente do nosferatu, não sentia-se a vontade para se sentar. - Esse foi o pagamento pelas lutas que lutei pela Camarilla no Velho Continente. Já me acostumei com esse reflexo no espelho...- Imagino pelo seu rosto que teve algum tipo de contratempo no caminho até aqui. Espero que sua estadia não seja comprometida assim tão cedo. Ah, me desculpe os maus modos, como tem estado?
Logo que Gutenheimer perguntava como Rian estava, o vampiro notava o quanto ele havia sido indelicado com alguém que já havia lhe ajudado no passado.
- Ah, perdoe os meus modos, barão Gutenheimer. É difícil para mim lidar com o desaparecimento da minha irmã. Não se trata de um laço qualquer, existe uma ligação realmente forte entre eu e ela. Dizia caminhando até ficar mais próximo do nosferatu.
Ao ver o desenho daquele maldito medalhão naquele pedaço de papiro o Gangrel fixava seu olhar e a expressão da surpresa surgia em sua face.
- Não acredito! O vampiro dava alguns passos afastando-se do nosferatu, antes de virar-se novamente para o rato. Aparentemente o seu passado estava voltando a tona. Certamente nada era por acaso.
- É por causa desse medalhão que eu sou o que sou hoje. Esse medalhão destruiu a minha família mortal. Um desconhecido entregou esse medalhão para minha irmã e eu digo que isso foi a nossa desgraça. Revirei bibliotecas e livros atrás dessa coisa mas nunca consegui descobrir nada a respeito.
O Gangrel olhava para o papiro e para o Nosferatu, intrigado com ambos.
Abigail- Data de inscrição : 30/09/2014
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Re: Domínio de Sangue
Rian
As chamas do passado reacendiam como brasas agitadas. Nas mãos daquele homem de meia idade que escondia a imagem de uma criatura horrenda, a prova de que as piores lembranças nunca somem de verdade e sempre acham um jeito de voltar para atormentar. O Barão Gutenheimer guarda o papiro em seu casaco e fica pensativo por alguns instantes. Rian olha mais uma vez para as inscrições, antes delas sumirem por baixo do sobretudo, e vê que só há parte delas. O desenho, feito de uma cor negra, não retrata o medalhão em si, mas as mesmas runas que brilharam ao luar naquela fatídica noite, no entanto três delas, as quais o Gangrel se lembra bem, estão faltando. Após o momento de silêncio, o Nosferatu retorna ao diálogo.
- Vejo que sua vida mortal não foi nada simples. Eu mesmo ainda me lembro quando ainda existiam laços com meu passado... Asseguro-lhe, meu caro Rian, que sua irmã permanece segura. Mantive alguém observando-a enquanto você esteve fora, por precaução. Em pouco tempo recebi relatórios que meu empregado não era o único com algum interesse nela. A melhor decisão era trazê-la até Vegas, onde minha influência poderia garantir sua segurança. Dei-lhe uma residência, uma ocupação e uma quantia em dinheiro do "irmão em viagem" suficiente para não haver problemas. Posso lhe revelar onde encontrá-la, mas acredito que, dada sua atual situação para com as autoridades na cidade, isso poderia só trazer mais problemas. Ela é sua família e acredito que essa decisão só caiba a você, porém caso opte por vê-la saiba que terei que cortar todas as minhas ligações por motivos óbvios.
- Por ora, gostaria de retornar ao assunto anterior, que imagino também ser do seu interesse. Você citou um medalhão. Poderia descrevê-lo para mim? Como ele era e os eventos estranhos ligados a ele.
- Vejo que sua vida mortal não foi nada simples. Eu mesmo ainda me lembro quando ainda existiam laços com meu passado... Asseguro-lhe, meu caro Rian, que sua irmã permanece segura. Mantive alguém observando-a enquanto você esteve fora, por precaução. Em pouco tempo recebi relatórios que meu empregado não era o único com algum interesse nela. A melhor decisão era trazê-la até Vegas, onde minha influência poderia garantir sua segurança. Dei-lhe uma residência, uma ocupação e uma quantia em dinheiro do "irmão em viagem" suficiente para não haver problemas. Posso lhe revelar onde encontrá-la, mas acredito que, dada sua atual situação para com as autoridades na cidade, isso poderia só trazer mais problemas. Ela é sua família e acredito que essa decisão só caiba a você, porém caso opte por vê-la saiba que terei que cortar todas as minhas ligações por motivos óbvios.
- Por ora, gostaria de retornar ao assunto anterior, que imagino também ser do seu interesse. Você citou um medalhão. Poderia descrevê-lo para mim? Como ele era e os eventos estranhos ligados a ele.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
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Re: Domínio de Sangue
Refletindo sobre o relato de Guteheimer, Rian sentia-se grato pelo que o nosferatu havia feito. Estava em débito com o barão e o certo a ser feito era pagar esse débito, fornecendo as informações que o Gangrel tinha sobre o medalhão que ele procurava. Não fazia sentido reter as informações, afinal aquele medalhão só trouxera problemas para o carateca e, se um nosferatu precisava daquela informação, é porque ela realmente era valiosa, afinal os ratos eram os mestres dos segredos.
- Caro Gutenheimer, eu quero saber sim onde encontrar a minha irmã. Pensarei depois se irei ao encontro dela ou não. Mas o fato de você ter me contato que havia alguém interessado nela, isto me preocupa. Preciso descobrir quem é e o que quer com ela.
Após uma pausa o vampiro continuava:
- Você fez muito por mim. Então é hora de eu retribuir. Gosta de histórias, barão? Então vou lhe contar uma história... Dizia o Gangrel sorrindo e puxando uma cadeira, virando-a e sentando-se ao contrário, ficando de frente para o encosto.
- Eu e minha irmã éramos apenas crianças. Estávamos acampados no sul dos Estados Unidos quando ela me acordou de madrugada. Ela me guiou até o cemitério, onde encontramos um sujeito estranho caído no chão com uma estaca fincada nas costas. Não sei como, mas ele ainda teve forças para entregar a ela um medalhão em que havia essas inscrições desenhadas no pergaminho. Levamos alguns minutos para voltar ao acampamento... mas o que presenciamos foi um massacre. Desde então eu e minha irmã ficamos por conta própria, fomos adotados por um velho mestre de karatê e minha irmã sempre teve pesadelos com esse medalhão. Como disse, revirei livros e nunca descobri sobre ele...
Rian deixava seus olhos caírem ao chão antes de prosseguir novamente.
- Então foi aí que eu o conheci. Ele apareceu do nada, levou o medalhão e depois me abraçou. Após o abraço, ele me ensinou o básico mas sumiu, desapareceu e nunca mais o vi. E nem ao medalhão.
Após uma nova pausa Rian diz: - Tem um papel e uma caneta? Vou lhe mostrar uma coisa....
Então ele desenha o medalhão enquanto diz: - O desenho que você tem não está completo...
Ele então desenha duas das três runas, entregando uma informação preciosa de bom grado. A última runa deixaria como uma garantia, depois que certificar-se que sua irmã estava realmente bem, afinal o que ele tinha até agora eram apenas palavras. Precisava realmente ver sua irmã e certificar-se que o rato realmente havia lhe ajudado.
- Caro Gutenheimer, eu quero saber sim onde encontrar a minha irmã. Pensarei depois se irei ao encontro dela ou não. Mas o fato de você ter me contato que havia alguém interessado nela, isto me preocupa. Preciso descobrir quem é e o que quer com ela.
Após uma pausa o vampiro continuava:
- Você fez muito por mim. Então é hora de eu retribuir. Gosta de histórias, barão? Então vou lhe contar uma história... Dizia o Gangrel sorrindo e puxando uma cadeira, virando-a e sentando-se ao contrário, ficando de frente para o encosto.
- Eu e minha irmã éramos apenas crianças. Estávamos acampados no sul dos Estados Unidos quando ela me acordou de madrugada. Ela me guiou até o cemitério, onde encontramos um sujeito estranho caído no chão com uma estaca fincada nas costas. Não sei como, mas ele ainda teve forças para entregar a ela um medalhão em que havia essas inscrições desenhadas no pergaminho. Levamos alguns minutos para voltar ao acampamento... mas o que presenciamos foi um massacre. Desde então eu e minha irmã ficamos por conta própria, fomos adotados por um velho mestre de karatê e minha irmã sempre teve pesadelos com esse medalhão. Como disse, revirei livros e nunca descobri sobre ele...
Rian deixava seus olhos caírem ao chão antes de prosseguir novamente.
- Então foi aí que eu o conheci. Ele apareceu do nada, levou o medalhão e depois me abraçou. Após o abraço, ele me ensinou o básico mas sumiu, desapareceu e nunca mais o vi. E nem ao medalhão.
Após uma nova pausa Rian diz: - Tem um papel e uma caneta? Vou lhe mostrar uma coisa....
Então ele desenha o medalhão enquanto diz: - O desenho que você tem não está completo...
Ele então desenha duas das três runas, entregando uma informação preciosa de bom grado. A última runa deixaria como uma garantia, depois que certificar-se que sua irmã estava realmente bem, afinal o que ele tinha até agora eram apenas palavras. Precisava realmente ver sua irmã e certificar-se que o rato realmente havia lhe ajudado.
Abigail- Data de inscrição : 30/09/2014
Idade : 40
Localização : Brasil
Re: Domínio de Sangue
Papa despede-se de seu superior e segue então ao encontro de Dama primeiramente.
"- O demais, confiarei ao seu julgamento."
- Não irá se arrepender Barão! - Papa despede-se com uma reverencia.
Ao encontrar Dama,ele pede que ela fique atenta ao que está ocorrendo com a politica interna e que deveria enviar mensagens com informações sempre que souber de novidades. Também pediu que ela verificasse a nova condição de Robert como novo colaborador do hotel. Ambos deveriam estar atentos as trocas de mensagens. Ele explica que irá aos esgotos a mando do Barão com Yarn, verificar algo com as ninhadas.
Papa segue então ao ponto de encontro com o Nosferatus Yarn. Ele estava desofuscado, e isso não lhe agradava. De qualquer forma,ele era Múmia ali, e nunca Paradise...
"- O demais, confiarei ao seu julgamento."
- Não irá se arrepender Barão! - Papa despede-se com uma reverencia.
Ao encontrar Dama,ele pede que ela fique atenta ao que está ocorrendo com a politica interna e que deveria enviar mensagens com informações sempre que souber de novidades. Também pediu que ela verificasse a nova condição de Robert como novo colaborador do hotel. Ambos deveriam estar atentos as trocas de mensagens. Ele explica que irá aos esgotos a mando do Barão com Yarn, verificar algo com as ninhadas.
Papa segue então ao ponto de encontro com o Nosferatus Yarn. Ele estava desofuscado, e isso não lhe agradava. De qualquer forma,ele era Múmia ali, e nunca Paradise...
Yassemine Queen- Data de inscrição : 11/08/2011
Localização : São paulo
Re: Domínio de Sangue
Rian
As palavras do Barão tranquilizavam um pouco o Gangrel, apesar de trazerem novas preocupações em seguida. Era bom saber que Claire estava segura, no entanto a informação de que havia alguém interessado nela fazia a Besta de Rian enfurecer-se. Sua ligação com a irmã era tanto preciosa quanto rara, e até seu lado mais sombrio reconhecia isto. Claro que esse sentimento não era suficiente para fazer ele perder o controle, afinal o Nosferatu havia garantido que não lhe ocorrera nenhum mal, porém sua mente já fazia planos para resolver esse problema.
Rian era um homem de princípios, mesmo tendo perdido parte de sua humanidade ao longo dos anos. Qualquer grande trauma remove uma parte de você e trauma era o que não faltava na vida dele, ainda assim seu senso moral não havia sido deturpado. Talvez fosse o amor e o sentimento de proteção à Claire que o faziam permanecer humano, o que consequentemente o impelia a retribuir o favor àquele vampiro na sua frente. Ao perceber que o Gangrel estava propenso a lhe contar tudo, o Barão Gutenheimer lhe dá toda a atenção. Ele parece satisfeito, como todo Nosferatu fica ao ouvir algo similar a um segredo, mesmo que sua face não revele momentaneamente a natureza monstruosa do clã. Sua expressão vai de interessado a intrigado enquanto a história se desenrola, por fim ficando pensativo depois de entregar a caneta e ver Rian fazendo o desenho num pedaço de papel pautado. O Forasteiro, por sua vez, omitia propositalmente parte da informação. Apesar de tudo, a confiança entre vampiros nunca era absoluta. Depois de uma pausa, Gutenheimer responde.
- Eu conheço o Velho Andarilho há mais de 100 anos. É como eu chamo o seu Progenitor. Sempre austero, inflexível. Foi com muita reluta que um dia revelou um de seus refúgios para mim, para ter uma forma de encontrá-lo em caso de necessidade. Quando recebi o alerta sobre sua irmã, resolvi procurá-lo para constatar se não era alguma obra dele. No entanto, o que encontrei foi um esconderijo em ruínas. Havia sangue derramado e sinais de luta, porém nenhum corpo, apenas membros humanos que carregavam estes símbolos que lhe mostrei antes. Levei alguns destes comigo, mas logo apodreceram e viraram cinzas, tal qual o corpo dos Membros. Imagino que devido ao efeito de um ritual obscuro.
- Não acredito que o Velho Andarilho incumbiria a outra pessoa o dever de proteger seu refúgio e nem que ele deixaria um invasor sequer sobreviver, o que me leva a crer que talvez ele tenha encontrado a Morte Final. No entanto não há evidências suficientes para sustentar nenhuma das hipóteses além de pessoalmente desejar que isso não seja verdade. Decidi por destruir o que havia sobrado do local e desde então tenho tentado descobrir mais sobre as informações que consegui naquela noite. Confesso não saber da sua relação pessoal com seu Senhor, mas como esse assunto parece ter te causado tanto sofrimento enquanto vivo só posso oferecer-lhe a oportunidade de voltar a essa trama. Caso aceite, compartilharei o que sei em troca de sua cooperação.
Rian era um homem de princípios, mesmo tendo perdido parte de sua humanidade ao longo dos anos. Qualquer grande trauma remove uma parte de você e trauma era o que não faltava na vida dele, ainda assim seu senso moral não havia sido deturpado. Talvez fosse o amor e o sentimento de proteção à Claire que o faziam permanecer humano, o que consequentemente o impelia a retribuir o favor àquele vampiro na sua frente. Ao perceber que o Gangrel estava propenso a lhe contar tudo, o Barão Gutenheimer lhe dá toda a atenção. Ele parece satisfeito, como todo Nosferatu fica ao ouvir algo similar a um segredo, mesmo que sua face não revele momentaneamente a natureza monstruosa do clã. Sua expressão vai de interessado a intrigado enquanto a história se desenrola, por fim ficando pensativo depois de entregar a caneta e ver Rian fazendo o desenho num pedaço de papel pautado. O Forasteiro, por sua vez, omitia propositalmente parte da informação. Apesar de tudo, a confiança entre vampiros nunca era absoluta. Depois de uma pausa, Gutenheimer responde.
- Eu conheço o Velho Andarilho há mais de 100 anos. É como eu chamo o seu Progenitor. Sempre austero, inflexível. Foi com muita reluta que um dia revelou um de seus refúgios para mim, para ter uma forma de encontrá-lo em caso de necessidade. Quando recebi o alerta sobre sua irmã, resolvi procurá-lo para constatar se não era alguma obra dele. No entanto, o que encontrei foi um esconderijo em ruínas. Havia sangue derramado e sinais de luta, porém nenhum corpo, apenas membros humanos que carregavam estes símbolos que lhe mostrei antes. Levei alguns destes comigo, mas logo apodreceram e viraram cinzas, tal qual o corpo dos Membros. Imagino que devido ao efeito de um ritual obscuro.
- Não acredito que o Velho Andarilho incumbiria a outra pessoa o dever de proteger seu refúgio e nem que ele deixaria um invasor sequer sobreviver, o que me leva a crer que talvez ele tenha encontrado a Morte Final. No entanto não há evidências suficientes para sustentar nenhuma das hipóteses além de pessoalmente desejar que isso não seja verdade. Decidi por destruir o que havia sobrado do local e desde então tenho tentado descobrir mais sobre as informações que consegui naquela noite. Confesso não saber da sua relação pessoal com seu Senhor, mas como esse assunto parece ter te causado tanto sofrimento enquanto vivo só posso oferecer-lhe a oportunidade de voltar a essa trama. Caso aceite, compartilharei o que sei em troca de sua cooperação.
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
Idade : 30
Localização : Natal - RN
Re: Domínio de Sangue
Papa Paradise
Finalizada a conversa com o Barão Gutenheimer, Paradise se dirige ao encontro de sua estimada Dama, trocando antes despedidas com o Primógeno. Em pouco tempo na Cidade do Pecado, suas atribuições já aumentavam. Era uma responsabilidade imensa representar um clã de tanta importância, o que também significava prestígio para seu nome. Claro que isso só poderia ser aproveitado sob sua Máscara, além de atrair olhares invejosos, entretanto alguns benefícios poderiam ser levados para toda eternidade. Como quer que ele visse aquela situação, se tratava de uma oportunidade vantajosa, pelo menos por ora, por isso era importante honrar sua palavra e cumprir as solicitações a ele delegadas.
Não é muito difícil encontrar a Dama de Vermelho. Sua beleza deslumbrante passeia por um dos jardins, colorido por flores e mudas ornamentais, todas meticulosamente bem cuidadas. Ela parece carregar uma pasta consigo e exibe seu sorriso característico ao rever seu Mestre. Dama escuta atentamente aos pedidos de Múmia, anotando os principais pontos em um papel em branco tirado de dentro da pasta. Ao final, ela informa.
- Cuidarei de tudo Sr. Múmia. O Sr. Gutenheimer disponibilizou um escritório no 13º andar, irei organizá-lo ao seu gosto depois de cuidar das demais tarefas. Com sua licença.
Dama se despede e faz seu caminho pelo jardim balançando seus quadris ritmicamente.
Paradise passa alguns minutos perambulando pelos longos corredores do Mirage. O mega-resort tinha o tamanho como uma de suas principais características e a ala reservada ao Elísio não era diferente. Uma pessoa não acostumada a esse tipo de empreendimento certamente se perderia com certa facilidade. O Samedi enfim chega a um dos elevadores exclusivos. Possuindo um cartão de acesso, ele facilmente adentra-o e aperta o botão referente ao subterrâneo. O elevador é equipado com câmeras e outros tipos de leitores, no entanto os aparelhos de segurança tem a finalidade de proteger apenas o Elísio, portanto Múmia não se sente incomodado em retirar a Máscara por sobre a Máscara e mostrar pelo menos alguma parte do seu verdadeiro eu.
As portas do elevador se abrem, revelando uma espécie de porão. Na verdade, não fosse o material de construção usado ser moderno e a iluminação por luz elétrica, Paradise poderia dizer que ele havia chegado em um calabouço vindo de seus livros de fantasia medieval. O espaço está repleto de grandes caixotes de madeira, alguns deles empilhados, e nas laterais há inúmeras portas de madeira com grades de metal na parte superior. Ele tinha certeza que esse local não era aberto ao público. Dois homens grandes vestindo ternos pretos guardam a entrada do elevador, no entanto ambos nem piscam com a passagem do Samedi, apenas proferem um sonoro 'boa noite' enquanto continuam focados no caminho contrário. Divergindo das áreas comuns do Mirage, o subterrâneo é escuro e úmido, sendo claramente uma passagem secundária para emergência ou para aqueles que a preferem por motivos próprios. Antes de se distanciar muito do elevador, Múmia escuta uma voz, cujo dono logo revela-se para ele. A criatura é baixa e corcunda, vestindo trapos velhos e sujos que contrastam com a elegância do Barão Gutenheimer. Ele possui orelhas pontudas furadas por vários brincos dourados e prateados, as íris de seus olhos esbugalhados são de uma coloração avermelhada e seus dentes são ligeiramente pontiagudos. Se alguém perguntasse a característica de mais destaque daquele ser horrendo, o Samedi provavelmente diria que era seu moicano loiro.
- Parabéns Múmia, pela sua rápida ascensão. Eu sou Yarn. Então, pra que precisa de minha ajuda?
Não é muito difícil encontrar a Dama de Vermelho. Sua beleza deslumbrante passeia por um dos jardins, colorido por flores e mudas ornamentais, todas meticulosamente bem cuidadas. Ela parece carregar uma pasta consigo e exibe seu sorriso característico ao rever seu Mestre. Dama escuta atentamente aos pedidos de Múmia, anotando os principais pontos em um papel em branco tirado de dentro da pasta. Ao final, ela informa.
- Cuidarei de tudo Sr. Múmia. O Sr. Gutenheimer disponibilizou um escritório no 13º andar, irei organizá-lo ao seu gosto depois de cuidar das demais tarefas. Com sua licença.
Dama se despede e faz seu caminho pelo jardim balançando seus quadris ritmicamente.
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Paradise passa alguns minutos perambulando pelos longos corredores do Mirage. O mega-resort tinha o tamanho como uma de suas principais características e a ala reservada ao Elísio não era diferente. Uma pessoa não acostumada a esse tipo de empreendimento certamente se perderia com certa facilidade. O Samedi enfim chega a um dos elevadores exclusivos. Possuindo um cartão de acesso, ele facilmente adentra-o e aperta o botão referente ao subterrâneo. O elevador é equipado com câmeras e outros tipos de leitores, no entanto os aparelhos de segurança tem a finalidade de proteger apenas o Elísio, portanto Múmia não se sente incomodado em retirar a Máscara por sobre a Máscara e mostrar pelo menos alguma parte do seu verdadeiro eu.
As portas do elevador se abrem, revelando uma espécie de porão. Na verdade, não fosse o material de construção usado ser moderno e a iluminação por luz elétrica, Paradise poderia dizer que ele havia chegado em um calabouço vindo de seus livros de fantasia medieval. O espaço está repleto de grandes caixotes de madeira, alguns deles empilhados, e nas laterais há inúmeras portas de madeira com grades de metal na parte superior. Ele tinha certeza que esse local não era aberto ao público. Dois homens grandes vestindo ternos pretos guardam a entrada do elevador, no entanto ambos nem piscam com a passagem do Samedi, apenas proferem um sonoro 'boa noite' enquanto continuam focados no caminho contrário. Divergindo das áreas comuns do Mirage, o subterrâneo é escuro e úmido, sendo claramente uma passagem secundária para emergência ou para aqueles que a preferem por motivos próprios. Antes de se distanciar muito do elevador, Múmia escuta uma voz, cujo dono logo revela-se para ele. A criatura é baixa e corcunda, vestindo trapos velhos e sujos que contrastam com a elegância do Barão Gutenheimer. Ele possui orelhas pontudas furadas por vários brincos dourados e prateados, as íris de seus olhos esbugalhados são de uma coloração avermelhada e seus dentes são ligeiramente pontiagudos. Se alguém perguntasse a característica de mais destaque daquele ser horrendo, o Samedi provavelmente diria que era seu moicano loiro.
- Parabéns Múmia, pela sua rápida ascensão. Eu sou Yarn. Então, pra que precisa de minha ajuda?
Fox- Data de inscrição : 10/03/2010
Idade : 30
Localização : Natal - RN
Re: Domínio de Sangue
“- Isto não é nada bom... O Velho Andarilho, meu progenitor, desaparecido, talvez provavelmente até morto... No início até pensei que pudesse ser ele quem estava bisbilhotando Claire, mas se não era ele, isso complica ainda mais as coisas. E agora corpos que se decompõe... mais uma das intrigantes coisas deste mundo como aquelas que encontrei na Europa. Isto definitivamente não me cheira bem... Estou farejando uma grande encrenca nisto tudo.”
Eram os pensamentos que se passavam na cabeça de Rian a primeiro momento. Após o monstro terminar ele concluía:
- Querendo ou não eu já estou metido nisto. Não posso me omitir. Claramente alguém está atrás de minha irmã e, se está atrás dela, pode estar atrás de mim. Talvez, no fim das contas queiram a mim, e não a ela. Confesso que prefiro assim.
Um sorriso irônico surgia no rosto cicatrizado de Rian. Não era uma bela imagem, ainda mais quando seus caninos revalavam-se parcialmente, manifestando o prazer da caçada. No fundo ele gostava de uma encrenca (Caçador de Emoções).
- Velho amigo, eu e meu senhor nunca fomos muito próximos. Ele sempre foi recluso, mesmo comigo. Mas isto não quer dizer que a relação é ou era ruim. Ele inclusive me prometeu que voltaria no tempo certo para juntos vingarmos a minha família, embora nunca me disse o que ou quem eram aquelas pessoas. Ele seria a minha melhor fonte de informações sobre este medalhão e sobre tudo que gira em torno disso. Agora que ele está desaparecido, você é tudo que tenho. Com certeza eu aceito!
Rian esperava ansioso pelo o que o nosferatu tinha a contar.
Eram os pensamentos que se passavam na cabeça de Rian a primeiro momento. Após o monstro terminar ele concluía:
- Querendo ou não eu já estou metido nisto. Não posso me omitir. Claramente alguém está atrás de minha irmã e, se está atrás dela, pode estar atrás de mim. Talvez, no fim das contas queiram a mim, e não a ela. Confesso que prefiro assim.
Um sorriso irônico surgia no rosto cicatrizado de Rian. Não era uma bela imagem, ainda mais quando seus caninos revalavam-se parcialmente, manifestando o prazer da caçada. No fundo ele gostava de uma encrenca (Caçador de Emoções).
- Velho amigo, eu e meu senhor nunca fomos muito próximos. Ele sempre foi recluso, mesmo comigo. Mas isto não quer dizer que a relação é ou era ruim. Ele inclusive me prometeu que voltaria no tempo certo para juntos vingarmos a minha família, embora nunca me disse o que ou quem eram aquelas pessoas. Ele seria a minha melhor fonte de informações sobre este medalhão e sobre tudo que gira em torno disso. Agora que ele está desaparecido, você é tudo que tenho. Com certeza eu aceito!
Rian esperava ansioso pelo o que o nosferatu tinha a contar.
Abigail- Data de inscrição : 30/09/2014
Idade : 40
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