Miami By Night

MAGNÓLIA



      A Toreador se surpreende com a semelhança de sua sósia. Se não fossem por pequenas diferenças (como o tom da pele ligeiramente mais bronzeado, o corte de cabelo um pouco mais curto e o tom da voz um pouco diferente) eles poderiam ser confundidas como a mesma pessoa.

      Isabela se encanta com magnólia, mas seu preço é um tanto salgado. Após conversarem muito sobre qual tipo de serviço a modelo prestará, ela incrivelmente não parece espantada. Porém, ela faz muitas exigências: Ela topará trabalhar apenas no turno diurno, ela deseja que seja construído um quarto especial para ela na residência de Magnólia, pelo menos 30 dias de férias todo ano com uma viagem paga para o local que ela desejar neste período (como o caribe, Londres, Egito, etc...), entre outras coisas. O lado bom é que ela toparia até mesmo estudar a forma de Mag agir e seu tom de voz para fazer imitações decentes.



      Quando se encontra com os dois jovens pretensos a hacker no cybercafé, ela percebe que inicialmente, Rami parece um tanto quanto retraído, olhando diversas vezes para baixo e interagindo muito pouco (bom, segundo o que ela soube, ele possui algum tipo de autismo, mas desde que faça seu trabalho...). Charlie é um pouco mais descontraído, mas ainda assim nenhum deles parece ser lá essas coisas se tratando de habilidades sociais.

      Mag faz sua proposta, e finalmente Rami a olha nos olhos e sorri.

- Sério mesmo que você vai nos pagar para assassinar a reputação de alguém? Eu costumo fazer isso de graça todas as noites. Ah você não conta meu segredo e eu não conto o seu, ok?

      Nas noites seguintes, o histórico do jornalista foi revirado desde sua infância. Parece que ele é um militante de esquerda que odeia empresários, já foi fichado durante a faculdade por vandalismo e está sendo processado por pelo menos três pessoas. Ao que tudo indica, ele se relaciona tanto com mulheres quanto homens, mas não parece fazer muito segredo quanto a isso. Ele também possui um blog militante intitulado: "A Nova Geração" onde publica notícias que não pode publicar no jornal (em grande maioria criticando o presidente, ofendendo personalidades públicas e promovendo ativismos).

      Charlie sugeriu hackearem seu site e zoarem muito seu conteúdo, mas Rami foi muito mais além. Ele hackeou tanto o computador quanto o email do jornalista, e através deles, se aproveitou de uma fragilidade nas impressoras dos EUA, enviando uma mensagem à todas as impressoras ligadas à internet na cidade de Washington. Em suma, ele se aproveitou das postagens de ódio do jornalista contra o presidente e seu passado de vandalismo e enviou ameaças de ataques terroristas à casa branca, como se fosse um membro do Estado islâmico. Todas as impressoras ligadas à internet de todo o estado de Washington começaram a imprimir loucamente a mensagem, causando um prejuízo de 150 mil dólares ao estado. O FBI teve de intervir e localizaram a origem do ataque cibernético no CPU do jornalista que foi enquadrado na lei de anti-terrorismo dos EUA. O jornalista foi preso preventivamente e será mantido assim até seu julgamento.







      Magnólia desembarcava no aeroporto de Havana e era recebida por Hoover, já pedindo que esta a levasse até os nativos.

- mas já? Tem certeza que não quer conhecer um pouco da ilha?

      Mas Magnólia estava à negócios e exigiu ver os nativos logo. E assim, magnólia descobriu que eles viviam em uma pequena comunidade muito carente (mesmo para os padrões cubanos) próximos de um rio.


      Meda, uma idosa que ainda morava em uma espécie de casa de palha como os antigos índios (uma das poucas que pareciam ainda guardar alguns dos antigos costumes) ao que tudo indicava, era uma espécie de anciã e representante da vila local, e como tal, seria ela quem teria o diálogo com Magnólia a sós.


      Assim que entra na pequena e humilde oca, Meda está sentada encarando-a com uma expressão amarrada. Caso decida puxar assunto com a idosa, ela responderá com um ar de poucos amigos, em espanhol:

- Eu sei o que você é, mulher, então vamos direto ao ponto. O que você deseja com minha tribo?

Durante a conversa com Isabela, Magnólia chegava à seguinte conclusão:
“- O poder do dinheiro é incrível! Como pode alguns Membros, principalmente entre a ralé (brujah) e os forasteiros(gangrel) simplesmente ignorarem este poder?! Afinal, não é para menos, afinal é o dinheiro que move o mundo dos humanos. E quem controla o mundo dos homens, tem poder! É inegável! Esse negócio com Tomy foi excelente! Agora eu tenho muito mais dinheiro disponível, portanto, mais poder!”
- Perfeito, Isabela! Na verdade é justamente durante o dia que eu quero que você trabalhe para mim. Você será Magnólia durante o dia, terá seu quarto, sua viagem e suas férias. E mais do que isto! Magnólia sorria. – Comprarei uma casa nova para seus pais no Brasil, para que eles tenham tudo do bom e do melhor, assim como você terá aqui. Desta forma você não se sentirá mal por ter tudo do melhor aqui.
Magnólia sabia que não teria outra saída que não fosse laçar Isabela. O dinheiro compra muita coisa, mas nem sempre compra a fidelidade, afinal, algumas pessoas são ingratas por natureza. E Isabela teria muito poder, ela seria Magnólia durante o dia. Simplesmente não dava para confiar tanto poder assim a alguém sem o laço de sangue. No entanto a vampira concedia, sem revelar sua natureza, o poder de escolha para a jovem:
- No entanto, você terá que abrir mão de muita coisa em sua vida, diria que terá que abrir mão de sua própria identidade. Conhecerá segredos que nunca imaginou e se envolverá em um caminho sem volta. Um caminho com muito dinheiro e poder envolvido. E é claro, tudo que envolve dinheiro e poder, envolve também perigos que você sequer imagina. Você terá uma nova família... A escolha caberá a você.

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- Sério mesmo que você vai nos pagar para assassinar a reputação de alguém? Eu costumo fazer isso de graça todas as noites.

- É isso mesmo! E este pode ser apenas o primeiro trabalho de uma longa e bem remunerada relação comercial entre nós.

Ah você não conta meu segredo e eu não conto o seu, ok?

A vampira sorria. – Fechado! Mas em silêncio ela se indagva: “- Como assim não conta o meu segredo? Esse garoto...”
Alguns dias depois Magnólia ficava impressionada com o que os hackers conseguiram fazer. Não só impressionada, mas também até com receio. Eles conseguiram não só afundar o jornal, mas mandar o jornalista para a cadeia.
“- Será que aquele Rami tem noção do poder que ele tem em mãos?! Preciso conseguir esta incrível habilidade. Se um mortal como ele pode, alguém como eu que tenho a eternidade toda pela frente também posso adquirir esta incrível habilidade!”
Pensando nisso a vampira comprava alguns livros de informática e programação. Começaria lendo os livros em seus horários ociosos.
Mas ainda havia um segundo propósito na contratação de Charlie e Rami. A verdadeira missão deles começaria agora, em prol do “bem maior”, ou seja, a luta contra o Sabá e os setitas. Ela entra em contato com os dois hackers e pergunta a eles se eles conseguem criar um microchip que pode ser implantado sob a pele de uma pessoa, que seja imperceptível e capaz de fornecer a localização em tempo real que pode ser acompanhada por um computador. Se eles dissessem que sim, a vampira forneceria os meios necessários e quando voltasse de viagem de Cuba entraria em contato com eles novamente para ver o resultado.

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Ao desembarcar em Cuba, a portuguesa iria direto para o vilarejo dos nativos. Ela ficava comovida com a situação precária em que eles se encontravam, ainda mais alguém como ela que estava habituada ao luxo e à opulência. Era lamentável ver o que os irmãos Castros faziam com a própria população. Ela também ficava um pouco decepcionada... Aquelas pessoas aparentemente não passavam de descendentes indígenas que viviam uma vida regrada apenas pela pobreza. O sujeito de camisa azul e boné com um bigode, no meio da turma que recepcionava a empresária, não tinha em nada parecido com o esteriótipo do que a vampira imaginava ser um lobisomem, mesmo em sua forma humana. E por um instante ela pensava que estava perdendo seu tempo ali.

Mas logo as coisas mudariam. Magnólia entrava na humilde cabana da velha Meda. Ela observava o teto e as paredes de palha e tábua e então a velha dizia:
Eu sei o que você é, mulher, então vamos direto ao ponto. O que você deseja com minha tribo?
“- Eu sei o que você é...” Ela sorria internamente.
Magnólia desviava seu olhar dos detalhes da oca para Meda. Seu semblante sério, enquanto ela ficava feliz por dentro por finalmente ter encontrado alguém que “sabia das coisas”. No entanto a vampira seria cautelosa e tomaria bastante cuidado para não ofender a velha, afinal ela sabia que estava em território inimigo.
“- Preciso tratar essa mulher e seu povo com muito respeito e sabedoria. Estou sozinha e por conta própria aqui. Quem garante que eu já não esteja sendo vigiada por um lupino? Ou quem garante que ela mesmo não se transforme aqui na minha frente?! Muito bem Magnólia... vamos lá, coragem!”
- Senhora Meda, perdoe a minha intromissão em suas terras. Eu não sou uma ameaça para o seu povo, não “beberei” de nenhum deles, não vim estender as minhas influências aqui e lhe prometo que em respeito ao seu povo e às suas tradições não farei uso de meus “dons” enquanto estiver pisando em suas terras. Portanto a nossa conversa será uma conversa livre. Estou aqui apenas como uma mulher, como a senhora mesmo disse. Dito isto, eu irei sim direto ao ponto.
Magnólia sentava-se no chão, cruzando suas pernas, assim como os índios o fazem quando vão ouvir as histórias dos antigos naquele círculo em volta de uma fogueira, sem importar-se se sua roupa iria se sujar de terra. Bom, pelo menos era assim que ela imaginava que eles faziam.
- Rios de sangue estão escorrendo pelas ruas de Miami. Uma seita de vampiros intitulados de Sabbá, que há muito desapegaram de seus valores humanos, estão recrutando novos membros para dominar a cidade. Os escolhidos geralmente são grupos de pessoas socialmente mais vulneráveis, inclusive... descendentes de índios que também vivem na região de Little Haiti. Ela fazia uma pequena pausa e continuava.
- Enquanto isto, em Little Havana, um grupo de vampiros adoradores de um deus profano estão transformando as ruas em verdadeiras praças de guerra. Juntos estes dois grupos estão ceifando a vida de muitas pessoas. Eu sei que o seu povo não tem nada a ver com isso, mas logo entenderá onde quero chegar. Ela fazia uma nova pausa e continuava.
- Eu acredito que seu povo deve lutar por alguma causa, por alguma razão. Existe muito mais mistérios entre o céu e a terra do que podemos imaginar. Mas andei pensando comigo... Basta fazer um raciocínio lógico. Seu povo tem uma ligação mística com a natureza, isso qualquer estudante de colegial é capaz de raciocinar. E seu povo, sua cultura, perdeu muito com a chegada das indústrias, que desmataram e poluíram... Bem, eu estaria correta se afirmasse que é de interesse de vocês preservarem as florestas e os rios?
Magnólia iria avançar aos poucos em sua ideia. Primeiro ela queria confirmar sua suposição em relação ao que os lobisomens talvez lutassem.

MAGNÓLIA


      Após muitas exigências, Isabela acaba aceitando a oferta. Porém, pede ao invés de uma casa para seus pais no Brasil, uma nos EUA, em Miami.

      O trabalho feito pelos dois hackers (em especial pelo misterioso Rami) excederam as expectativas da Toreador, tanto que a fez repensar o quanto tais habilidades são importantes no mundo moderno. Sobre o chip, não era exatamente a área de ambos, mas por uma boa quantia, eles topavam se aprofundar no assunto.





      Em Cuba, Magnólia encarava a idosa Meda. Ambas sentadas no chão de terra, de pernas cruzadas, olhos nos olhos.

- Senhora Meda, perdoe a minha intromissão em suas terras. Eu não sou uma ameaça para o seu povo, não “beberei” de nenhum deles, não vim estender as minhas influências aqui e lhe prometo que em respeito ao seu povo e às suas tradições não farei uso de meus “dons” enquanto estiver pisando em suas terras. Portanto a nossa conversa será uma conversa livre. Estou aqui apenas como uma mulher, como a senhora mesmo disse. Dito isto, eu irei sim direto ao ponto.

- Rios de sangue estão escorrendo pelas ruas de Miami. Uma seita de vampiros intitulados de Sabbá, que há muito desapegaram de seus valores humanos, estão recrutando novos membros para dominar a cidade. Os escolhidos geralmente são grupos de pessoas socialmente mais vulneráveis, inclusive... descendentes de índios que também vivem na região de Little Haiti.

- Enquanto isto, em Little Havana, um grupo de vampiros adoradores de um deus profano estão transformando as ruas em verdadeiras praças de guerra. Juntos estes dois grupos estão ceifando a vida de muitas pessoas. Eu sei que o seu povo não tem nada a ver com isso, mas logo entenderá onde quero chegar.

- Eu acredito que seu povo deve lutar por alguma causa, por alguma razão. Existe muito mais mistérios entre o céu e a terra do que podemos imaginar. Mas andei pensando comigo... Basta fazer um raciocínio lógico. Seu povo tem uma ligação mística com a natureza, isso qualquer estudante de colegial é capaz de raciocinar. E seu povo, sua cultura, perdeu muito com a chegada das indústrias, que desmataram e poluíram... Bem, eu estaria correta se afirmasse que é de interesse de vocês preservarem as florestas e os rios?

      A idosa ouvia tudo com uma expressão imutável que a fazia aparentar ser tão velha quanto o tempo. Assim que Magnólia terminava, ela respondia:

- Uma seita de vampiros que se desapegou de seus costumes humanos você diz?! Para mim, um sanguessuga é um sanguessuga, vocês não são humanos, são criaturas da Wyrm, a serpente corruptora. Vocês, juntamente com os Garou vieram há muito tempo em navios construídos pelo homem branco e nos expulsaram de nossas terras e agora querem que lutemos contra seus inimigos. Um deus profano diz você?! Vocês próprios são criaturas profanas, antinaturais, que quebram o ciclo natural de vida e morte, e corrompem aqueles que tocam. Existem muito mais mistérios entre o céu e a terra do que podemos imaginar, diz você! Realmente, você não faz ideia de nada neste mundo ou do outro. Vocês apenas se importam com o plano material, sem ligarem para os danos que causam no mundo espiritual. Vamos pular esta parte, tenho certeza que você não veio até aqui apenas para convencer um bando de índios a lutarem por sua causa em suas terras. Sim, acredito que você já deve ter percebido que não somos apenas um bando de índios qualquer, mas me diga você, o que tem a nos oferecer de tão importante a ponto de lutarmos por você?! Nossa situação aqui é precária, mas ainda possuímos nossa honra e não nos aliaremos à criaturas da Wyrm sem uma razão excepcional!

- Uma seita de vampiros que se desapegou de seus costumes humanos você diz?! Para mim, um sanguessuga é um sanguessuga, vocês não são humanos, são criaturas da Wyrm, a serpente corruptora. Vocês, juntamente com os Garou vieram há muito tempo em navios construídos pelo homem branco e nos expulsaram de nossas terras e agora querem que lutemos contra seus inimigos. Um deus profano diz você?! Vocês próprios são criaturas profanas, antinaturais, que quebram o ciclo natural de vida e morte, e corrompem aqueles que tocam. Existem muito mais mistérios entre o céu e a terra do que podemos imaginar, diz você! Realmente, você não faz ideia de nada neste mundo ou do outro. Vocês apenas se importam com o plano material, sem ligarem para os danos que causam no mundo espiritual. Vamos pular esta parte, tenho certeza que você não veio até aqui apenas para convencer um bando de índios a lutarem por sua causa em suas terras. Sim, acredito que você já deve ter percebido que não somos apenas um bando de índios qualquer, mas me diga você, o que tem a nos oferecer de tão importante a ponto de lutarmos por você?! Nossa situação aqui é precária, mas ainda possuímos nossa honra e não nos aliaremos à criaturas da Wyrm sem uma razão excepcional!

Magnólia escutava apreensiva cada palavra dita pela velha.
“- De fato ela me vê como uma inimiga pelo simples fato de eu ser o que eu sou. Começo a entender porque os encontros com lobisomens geralmente não terminam bem. E o que é essa tal Wyrm que ela tanto fala? Quer dizer que eu sou uma criatura da Wyrm? Bom... agora realmente preciso convencê-la a lutar do meu lado, caso contrário é perigoso eu nem sair viva daqui.”
Os olhas de Magnólia davam uma volta pelo interior da oca até fixarem-se novamente na velha Meda antes de prosseguir com suas palavras.
- Eu tenho sim uma proposta e não pedirei para vocês abrirem mão de sua honra. A minha proposta é: Vou mapear algumas áreas ao sul de Miami, dentro do Estado da Flórida, que ainda possuem algumas floresta e irei aprovar uma lei no Estado da Flórida demarcando uma grande reserva natural, preservando rios, florestas e nascentes. Desapropriarei cada fazendeiro que estiver nesta região demarcada e os únicos a desfrutarem desta reserva natural, que será preservada e reflorestada serão os nativos do continente americano.
Ela fazia uma breve pausa e concluía: - Ou seja... o seu povo! Vocês poderão se mudar para lá, inclusive, se quiserem.
O rosto da Toreador inclina-se ligeiramente enquanto ela mostrava o outro lado da proposta.
- Em troca, tudo o que eu peço é que vocês façam o que sempre fizeram: Destruam cada uma destas criaturas da Wyrm em Little Havana e Little Haiti.
Sob um novo olhar, ela indagava: - Então, isto seria interessante para o seu povo?

MAGNÓLIA



      O ódio da senhora pelas "criaturas da Wyrm" era evidente, seja lá o que isso signifique. Talvez tenha algo a ver com as crenças tribais deles...

      Após Magnólia terminar de falar, a anciã fechava os olhos e ficava em silêncio, obviamente medindo suas opções. Esta realmente parecia uma escolha muito difícil para ela, e a responsabilidade de todo seu povo estava em seus ombros. Após alguns minutos de um intenso conflito interior, ela abria os olhos e finalmente falava.


- Retomar para nós as nossas antigas terras ancestrais, diz você?! Eu acredito que esse seria um bom motivo para lutar. O Sul da região que você conhece como Miami não é apenas terra, água e vegetação, é um local sagrado para nós, um local sagrado do qual fomos arrancados. Nossos ancestrais ainda residem lá como espíritos, e todas as noites eu os ouço chorando por nós!

      A velha então se levantava e continuava falando:

- Não entenda errado, criatura da Wyrm, não seremos amigas, não nos aliamos aos fantoches da corruptora. Entenda isso mais como um pacto. Vocês nos devolverão a terra que nos tiraram, que na verdade não é mais que sua obrigação, e nós faremos nosso trabalho de limpar estas tais "Little Havana" e "Little Haiti" de criaturas da Wyrm. Espero que você não tenha nenhum amigo nestes locais, por que eu e meus filhos não fazemos distinções e caçaremos qualquer criatura da Wyrm que encontramos por lá. Como eu disse anteriormente, um sanguessuga é um sanguessuga. Para nós, você não é diferente deles, apenas está nos fazendo uma proposta mais tentadora. Caso tudo dê certo, podemos até mesmo manter um pacto de não agressão com você e seus amigos, desde que não se metam novamente em nossas terras e nem mexam com nosso povo!

      A anciã caminhava pela oca, olhando para o chão e continuava:

- Sim, eu sei que meus ancestrais irão chorar por isso, mas no momento, é a única chance que vejo de conseguirmos nossas terras ancestrais de volta. mas já vou lhe avisando, morta-viva, se vocês nos traírem, iremos matar todos vocês, e dessa vez, definitivamente! Aliás, você possui alguma prova de que está realmente dizendo a verdade e nos devolverá nossas terras sagradas caso a ajudemos?

- Não entenda errado, criatura da Wyrm, não seremos amigas, não nos aliamos aos fantoches da corruptora. Entenda isso mais como um pacto. Vocês nos devolverão a terra que nos tiraram, que na verdade não é mais que sua obrigação, e nós faremos nosso trabalho de limpar estas tais "Little Havana" e "Little Haiti" de criaturas da Wyrm. Espero que você não tenha nenhum amigo nestes locais, por que eu e meus filhos não fazemos distinções e caçaremos qualquer criatura da Wyrm que encontramos por lá. Como eu disse anteriormente, um sanguessuga é um sanguessuga. Para nós, você não é diferente deles, apenas está nos fazendo uma proposta mais tentadora. Caso tudo dê certo, podemos até mesmo manter um pacto de não agressão com você e seus amigos, desde que não se metam novamente em nossas terras e nem mexam com nosso povo!

Aquilo era simplesmente inacreditável! Magnólia comemorava por dentro, enquanto tentava manter sua postura. Era difícil, muito difícil, ter extravasar a empolgação mais tarde e não ali, na frente da pajé, ou seja lá o que aquela anciã era.

“- Yeeeeeeees!! Eu não posso acreditar! Consegui!! Consegui! Tomy precisa saber disso!.. “eu e meus filhos?” Ora ora!”

A vampira sentia seus pelos do corpo arrepiarem de medo por um instante, ou pelo menos tinha a sensação psicológica de que eles arrepiavam. “- Eu estou falando com a mãe dos lobisomens?!” Era difícil pensar naquilo sem imaginar a velha como um grande e imenso lobo. Por Cain! Era uma mistura terrível de receio e empolgação. Por sorte aquela mulher agora esperava algo de Magnólia e certamente a deixaria sair dali viva.

“- Se eu soubesse que conversaria sozinha com uma lobisomem aqui no meio do nada, certamente nem teria vindo!” Ela concluía.

- Sim, eu sei que meus ancestrais irão chorar por isso, mas no momento, é a única chance que vejo de conseguirmos nossas terras ancestrais de volta. mas já vou lhe avisando, morta-viva, se vocês nos traírem, iremos matar todos vocês, e dessa vez, definitivamente! Aliás, você possui alguma prova de que está realmente dizendo a verdade e nos devolverá nossas terras sagradas caso a ajudemos?

Magnólia se colocava de pé. E então respondia:
- Eu tenho influência no parlamento da Flórida e na política dos EUA, senhora Meda. Assim que voltar aos Estados Unidos tratarei do assunto o mais depressa possível. Um deputado chamado Jackson fará a propositura da Lei e eu moverei recursos para aprová-la.
Um pouco desolada, a vampira concluía: - Infelizmente eu não tenho como provar que o que eu estou dizendo é verdade...

“Eu até poderia argumentar que da mesma forma ela também não tem como provar que não matará a mim e a meus amigos depois que eles estiverem se estabelecido na reserva... mas é melhor não dar ideia!”

...Contudo, a senhora pode enviar um de seus filhos para os EUA comigo para ele acompanhar de perto todos os meus passos. Inclusive é até bom, já que quando se propõe uma nova lei geralmente os deputados ouvem e até acolhem sugestões do próprio povo em uma audiência pública. Em outras palavras, seu povo poderá fazer as solicitações diretamente com aqueles que fazem as leis.
Magnólia não era formada em direito, mas ela sabia o básico. Afinal todo empresário que se preze deveria saber o mínimo de direito.
- Vou deixar também meu número de telefone para que a senhora possa me ligar, caso precise. Pode ligar a cobrar.
É aí que a vampira lembrava de um detalhe: - Vocês tem acesso a telefone aqui?!

Melissa nem ligou para a aparência de Reni Wassulmaier. Tanto faz o que ela ou ele é. Com a chegada de Reni, Melissa priorizou a missão se preocupando em juntar o máximo de gente para seu exército. Deixou de lado qualquer intriga e rincha entre os Romero, Reni e Tia Poulet. Era uma estranha equipe, onde todos se odiavam, mas estavam unidos por uma seita e pelo objetivo de tomarem a cidade. Reni foi generosa em pagar pelas armas para o exercito.
Reni deixa claro que não ajudará no combate e isso não foi nada agradável para Melissa, mas deixou Reni com sua bela e boa vida... a figura extravagante permanecia escondido/a em um hotel de luxo enquanto exigia atualizações sobre o ataque:
- Ah, que vista maravilhosa, pena que nenhum de vocês jamais saberá apreciar algo de qualidade como isso, rsrs. Então, já capturaram o bofe Giovanni? Não se esqueçam de sua parte no acordo, eu forneço as armas, mas vocês vão ter que me trazer aquele "ocó" vivo. Oh céus, eu A-DO-RO vitae italiana, bye bye, caminhoneira!


- Mas que?! Vou tentar controlar meu ódio e deixá-lo vivinho não se preocupe, hunf... Os necromantes tem que pagar! Farei o possível e o impossível pra que esse Vercetti tenha o que merece...
Melissa ainda tinha muito trabalho a fazer. Para aumentar a força do bando, os Romero fornecem as pessoas capturadas por eles próprios para um abraço em massa. Os pobres indigentes são levados para um cemitério isolado, sepulturas são abertas, Melisa e Tia Poulet se encarregam de abraçar os pobres homens (Reni não topou participar do ritual clássico de guerra do Sabbat "ui que brega, odeio cemitérios"), então os recém-abraçados são nocauteados por poderosos golpes de pá na cabeça, jogados nas covas e enterrados.



Naquele momento Melissa não sente pena ou remorso do que estava fazendo pois ninguém sentiu quando ela foi abraçada... aquelas vítimas eram só mais recrutas para o exército, mais cabeças... se derem errado serão descartadas na mesma hora ou melhor... as cabeças mais fracas nem sequer sairão da tumba!
Se Melissa presenciasse tal ato antes de sua não vida, a cena não sairia de sua cabeça tão cedo pois o horror ali é de arrepiar.
As criaturas que conseguiam escapar das tumbas já não poderiam mais ser consideradas humanas. Um garoto de rua era deixado amarrado e amordaçado no chão para servir de alimento para os cainitas recém-nascidos. Obviamente não seria o suficiente, apenas serviria para aplacar o frenesi das buchas de canhão. Com alguma sorte, talvez algum deles sobrevivesse à batalha e se tornasse um verdadeiro membro da Espada de Caim, como Melisa conseguiu anos atrás, passando pelo mesmo ritual de iniciação.
Melissa espera que todos os recém-nascidos sirvam e atendam suas expectativas e o primeiro que fraquejar ela mesma dará fim ao pobre coitado cainita.

MELISA





      Uma brisa soprava no cemitério movendo folhas secas. Três criaturas renasciam de sepulturas recém criadas, deixando sua antiga vida e humanidade para trás.



      Os três recrutas secam o pobre garoto amarrado e em seguida o estraçalham ali mesmo. Por fim, eles olham confusos para si mesmos e para os presentes. Tia Poulet se adianta para fazer um discurso.

- Contemplem a glória do poder de Caim. Vocês são criaturas renascidas, muito mais do que o gado humano que um dia foram. Vocês agora são Cainitas, descendentes de sangue do primeiro assassino, e estão livres de todas as amarras da sociedade que os prendiam e limitavam. Hoje vocês deixam suas antigas vidas para trás, e nós lhe damos duas escolhas: Unam-se à espada de Caim para subjugar a humanidade e reinar como os soberanos desta terra ou morram aqui mesmo como vermes. A escolha é de vocês.

      Ainda confusos, os três se entreolham. O brilho humano já não residia mais em seus olhos, que agora lembravam mais os de uma fera selvagem. O raciocínio não havia abandonado-os, então eles pensam. A garota e o homem mais velho aceitam a oferta de Tia Poulet sem dizer nada, mas o rapaz loiro parece desconcertado demais. Sua mente havia sido quebrada pelo ritual, ocasionalmente isso ocorria. Ele solta um rugido para os céus como uma besta enfurecida e corria furiosamente em direção à Tia Poulet com as presas à mostra salivando e um olhar maníaco nos olhos.

      Tia Poulet não se movia. Sua expressão era serena e ela apenas olha nos olhos do maníaco que corria contra ela... e ele estaqueava no lugar. Os olhos da velha brilhavam malignamente com uma luz amarelada, e suas pupilas tinham o formato de fendas como os de uma serpente.

      Ela simplesmente saca uma estaca e perfura seu coração. Deixando para os Romero o carregarem.

- Vou dar um jeito de endireitar este galho torto... ou quebra-lo se ele se recusar. Neófita, estes dois estão por sua conta! - Dizia para Melisa.





      A Tzimisce agora seria "babá" de dois cabeças de pá. Ela os levava até seu apartamento e precisaria ensiná-los o básico sobre ser um cainita e principalmente, um soldado do Sabbat.

OFF: Pode interagir com eles como desejar.





      Nas noites seguintes, é delegada à Melisa uma nova tarefa, a de vigiar a mansão Vercetti e procurar possíveis falhas em sua segurança. OFF: nesse momento, pode levar a dupla de cabeças de pá para ajudá-la ou trabalhar sozinha.

      Melisa consegue perceber que cerca de 15 guardas armados faziam a segurança da mansão dia e noite, porém, ela não é furtiva o suficiente e um grupo de guardas percebe-a próxima ao local, indo abordá-la.


- Perdeu alguma coisa, garota?!

MAGNÓLIA



A vampira estava eufórica. mal conseguia acreditar que estava conseguindo fazer negócio com essas criaturas.

Mag: - Eu tenho influência no parlamento da Flórida e na política dos EUA, senhora Meda. Assim que voltar aos Estados Unidos tratarei do assunto o mais depressa possível. Um deputado chamado Jackson fará a propositura da Lei e eu moverei recursos para aprová-la.
Um pouco desolada, a vampira concluía: - Infelizmente eu não tenho como provar que o que eu estou dizendo é verdade...

- Não faço ideia de metade das coisas que você diz, e nem me importo, tudo que interessa é que você devolva as terras que são nossas por direito. Até lá, terei de confiar em sua palavra, mas esteja avisada, morta viva, se nos trair, eu própria atravessarei oceanos e a caçarei até o fim de meus dias!

Então ela pensava muito consigo mesma e voltava-se para Magnólia.

- Infelizmente, a palavra de uma criatura da Wyrm vale menos do que nada para mim, então pedirei que me deixe algum objeto ou pertence seu como garantia. Pode ser qualquer coisa que não considere útil.

Magnólia falava sobre levar um membro da tribo consigo para os EUA e perguntava se eles possuíam telefone.

- Não, não temos telefone, mas temos nossos próprios métodos de comunicação. Posso ceder um membro da tribo para seguir com você, mas já lhe adianto que terá sérias dificuldades em levar um "escravo da ilha" para os EUA. Fidel não gosta de perder sua mão de obra, principalmente para os americanos!

- Não faço ideia de metade das coisas que você diz, e nem me importo, tudo que interessa é que você devolva as terras que são nossas por direito. Até lá, terei de confiar em sua palavra, mas esteja avisada, morta viva, se nos trair, eu própria atravessarei oceanos e a caçarei até o fim de meus dias!

- Ah, eu não duvido nem um pouco disso, senhora Meda! Mas verás que nem todas criaturas da Wyrm são iguais. Se surpreenderá comigo.

- Infelizmente, a palavra de uma criatura da Wyrm vale menos do que nada para mim, então pedirei que me deixe algum objeto ou pertence seu como garantia. Pode ser qualquer coisa que não considere útil.

A vampira ficava pensativa por um instante e entregava o seu relógio para a velha. - Serve para marcar as horas... Comentava tentando ser descontraída enquanto pensava. "- Posso não saber muito sobre os lobisomens... mas aposto que isto aí servirá para ela sentir meu cheiro e me rastrear. Infelizmente não tenho outra opção... Mas..." - Só promete me devolver depois que eu cumprir minha parte... é que foi presente do meu pai, sabe...

- Não, não temos telefone, mas temos nossos próprios métodos de comunicação. Posso ceder um membro da tribo para seguir com você, mas já lhe adianto que terá sérias dificuldades em levar um "escravo da ilha" para os EUA. Fidel não gosta de perder sua mão de obra, principalmente para os americanos!

- Fidel não precisa saber. Ele embarcará escondido no avião. Ou então... eu tenho um navio que passa bem próximo daqui vindo da América do Sul. Podemos combinar um ponto de embarque em alguma ilha deserta. Ele só terá que nadar um pouco, afinal o navio não pode chegar muito próximo da praia senão encalha....

MAGNÓLIA



      Apesar de tudo, após mais algumas negociações, Meda acaba selando um pacto com a cainita. Para acompanhá-la, ela cede um de seus netos, Tallullah, que segue disfarçado até o jato de Magnólia.

Tallullah:

      Ao chegar em Miami, o índio pede para rever novamente as terras ancestrais de sua tribo. Ele havia nascido em Cuba e nunca esteve nestas terras tão citadas nas lendas de seu povo.


      O jovem fala pouco, especialmente com os caucasianos e parece guardar o mesmo ódio que sua avó contra Magnólia, sempre evitando falar ou mesmo olhar nos olhos dela, mas quando o faz, Magnólia pode ver um profundo fosso de ódio no negro de seus olhos. Para os alojamentos, ele deseja apenas um quarto comum, mas para a alimentação é um pouco mais exigente: ele não aceita nenhum produto industrializado, e tem preferência por peixe e frutos do mar. Apenas bebe água pura ou suco de frutas naturais.

De inicio a Tzimisce pareceu não gostar muito da ideia de ser babá de dois cabeças de pá. Depois, percebe que serão uteis nas próximas missões. Melissa dá o máximo de instruções para os dois... recomenda-os a caçar em bairros mais pobres ou algum em que não seja em território do inimigo (Camarilla... os Giovani e demais ela vai explicando aos poucos). Desde já ensina-os a honrar seus lugares na seita, não demonstrar fraqueza ou pena dos “sacos de sangue”, dar a vida e o que for preciso para defende-la... também mostra alguns dos esconderijos do Sabbat... alerta que a melhor opção é permanecer fiel à seita da liberdade e evitar contato com qualquer membro e escravo da Camarilla, pois de lá ninguém presta.

MELISA


      A Tzimisce levava os novatos confusos para sua casa e lhes explicava o máximo possível sobre sua nova natureza, sobre o Sabbat e sobre a fome. Eles revelam seus nomes: Marco e Artemísia. Ele era um aposentado por invalidez com alguns distúrbios mentais que fez com que sua família o abandonasse. Ela, uma jovem prostituta viciada que fugiu de casa. Não que isso importasse muito, suas vidas anteriores já não passavam de lembranças enterradas junto com eles no ritual de iniciação. Mas saber disso ajudou na escolha de suas próximas vítimas. Marco caçou sua família que o abandonou quando ele mais precisou, e Artemísia bebeu até não aguentar mais de diversas fontes: o cafetão que a chantageava em troca de drogas, uns dois ou três clientes que pegaram pesado com ela no passado, seus pais e um carinha qualquer que ela encontrou num beco e serviu como aperitivo. Ela estava se tornando viciada nisso, matava até quando não tinha fome.

      Era incrível a rapidez com que aceitaram sua nova vida. Talvez houvesse algo realmente místico no ritual da pá na cabeça, ou talvez seja apenas o fato de suas vidas anteriores ser um lixo mesmo.

      Quando recebe a missão de investigar a mansão Vercetti, Melisa os leva consigo. Eles já eram úteis e isso poderia servir como uma espécie de treinamento.

      A mansão Vercetti localizava-se no bairro mais caro de Miami, rodeada por mansões de estrelas do cinema e ricaços em geral. Mas ela era tão grande e magnífica que ofuscava até mesmo as outras residências.


      Por sorte, havia uma grande vegetação em volta dos muros da mansão. Melisa usaria isso a seu favor. Enquanto Artemísia observava da rua, Melisa e Marco investigavam, um de cada lado. Infelizmente,  um grupo de guardas acabou vendo-a e a abordam.

- ¡Hola! Eu devo está perdida, não sei muito bem... Mas só estou passeando, apreciando a vista... Que mansão bonita, ¡Esto está padrísimo! Procuro meus colegas de quarto, saímos pra caminhar pelo bairro e eles simplesmente sumiram... Mas devem estar por ai, eu sei... algum problema em caminhar próximo da mansão? A propósito, a mansão não recebe visitantes ou, turistas? O dono está?! Ouvi dizer que ele é um cara muito buena gente.

      Eles se entreolham e o aparente líder deles ri antes de responder.

- Volte para o México, pirralha! Vá dançar a cucaracha em outro lugar. Se a virmos há menos de um quilômetro da mansão novamente, vamos meter bala nessa sua cabeça cheia de cocaína, maldita comedora de nachos!

      E assim, Melisa teve de se afastar do local, mas poderia ter sido muito pior. Porém, quando voltava até Artemísia, ouvia o som de tiros na casa. Droga, Marco deve ter sido pego. Elas tinham duas opções, deixar Marco para trás e voltarem para relatar o que descobriram, ou correrem para salvar o cabeça de pá e arriscarem serem pegas também. A escolha é difícil, mas a Seita valia mais do que um membro, então Melisa sobe na moto com Artemísia e fogem dali sem olhar para trás.

      Ao chegarem, informam o pouco que descobriram sobre a segurança à Tia Poulet. Ela se mostra levemente preocupada por um membro ter sido capturado, isso significa que eles já sabem que alguém quer atacar o local. A invasão precisa ser apressada... Para esta noite ainda.

      Melisa liga para os Romero. Eles podem ceder dois carros funerários negros para carregarem parte dos zumbis pelas ruas, porém, o patriarca da família deseja fazer um trato: se eles tiverem sucesso na missão e ambos estiverem vivos, ele deseja que Melisa o transforme. Melisa irá de moto com Artemísia, guiando-os pelo caminho.

      O plano de Tia Poulet é o seguinte: os cadáveres vão na frente, se espalham pelos lados da mansão e distraem os guardas, servindo apenas como bucha de canhão. Melisa, Artemísia e os Romero esperarão fora dos muros até que o tiroteio comece, então entrarão atirando em tudo que se mover. Tia Poulet entrará em seguida, utilizando os corpos caídos para repôr seus números.

OFF: Assim que os zumbis entrarem na frente e você ouvir os primeiros sons de combate, você irá liderar o ataque. Sua equipe consiste em você, Artemísia e os Romero. Pode escolher qualquer arma da lista abaixo para usar:

https://vampiros-a-mascara.forumeiros.com/t2212-lista-de-armamentos

O plano de Magnólia era se aproximar de Tallullah, tentar extrair dele o máximo de informações possíveis, principalmente sobre os lobisomens. Magnólia era uma das raras vampiras no mundo que estava tendo a oportunidade de conversar com uma daquelas criaturas. Aquilo poderia render conhecimento e conhecimento é poder! Certamente muitos ancilaes e até anciões saberiam menos que ela sobre os lobos. Sempre que tiver oportunidade Magnólia fará perguntas ao jovem lobo e escreverá suas conversas em um diário em um documento de word no seu notebook intitulado de "Conversas com um Lupino" para não correr o risco de esquecer ou perder nenhuma memória. Ela tentará ainda de todas as maneiras aproximar-se de Tallullah, afinal, se não fosse para ganhar a Toreador jamais tentaria algo tão arriscado. Levar um lobo consigo? Isso era loucura! Mas... por outro lado era uma aposta alta. Se conseguisse "quebrar o gelo" com Tallullah...

Assim que chega a Miami a vampira marca um encontro com Jackson em um local privado, talvez o iate de Tomy e leva o lobo junto para conhecer Jackson. Ela já faz o pedido da lei ao deputado para que interponha o projeto o mais rápido possível. No encontro ela daria a oportunidade a Tallullah para fazer vistas direta em relação ao projeto de Lei. As vontades mais importantes de Tallullah e seu povo entrariam direto para o texto que seria aprovado, uma oportunidade que poucas pessoas tinham na vida. Ela faria tudo isto para tentar aproximar-se do lobisomem.

MAGNÓLIA



O plano de Magnólia era se aproximar de Tallullah, portanto ela atendia a todas as suas vontades. Ele era como um convidado de honra em sua casa (embora, na segunda noite tenha exigido uma casa próxima de um rio).

Para quebrar o gelo, Mag decide acompanhá-lo (obviamente escoltada por seus seguranças) ao antigo terreno de sua tribo.




A Toreador não tinha ideia do que ele podia ver de tão especial nesse terreno lamacento, com odor de água parada e repleto de insetos, mas se ele o considerava especial...
Ao chegar, o jovem se ajoelhava na lama, de olhos fechados e inspirava profundamente o ar. Ele passava as mãos pela lama lentamente, então as passava no rosto, para em seguida se levantar e caminhar até próximo do rio. Mag e seus homens tentavam acompanhá-lo. Suas roupas não eram adequadas para este terreno. Seus pés estavam cobertos de lama até as canelas e ela sentia água em seus sapatos. Mas ainda assim, era um sacrifício necessário.

Quando finalmente alcançavam o índio, levavam um susto ao vê-lo agachado no chão, frente a frente com um enorme jacaré.


Ele acariciava o focinho do réptil e o beijava, para em seguida tirar suas roupas sem nenhum pudor em frente a Mag e seus homens, e mergulhar no rio junto com seu novo companheiro. Após cerca de uma hora nadando, ele retornava. Seu semblante parecia muito mais feliz, e pela primeira vez ele se dirige a Magnólia diretamente.

- É mais lindo do que eu pensei, uma pena não termos vindo durante o dia!





Algumas noites mais tarde, Jackson estava discursando no parlamento sobre as injustiças cometidas com os indígenas no pais. Ele fazia um longo discurso sobre como os americanos deviam a eles e eles mereciam suas terras de volta. Tallullah estava ao seu lado (eles tiveram o cuidado de vesti-lo como um índio, apesar de nem mesmo sua tribo se vestir assim atualmente. Tudo para tocar o coração dos ouvintes). Tallullah falava em espanhol exatamente o discurso que Jackson havia lhe dado para ler. Novamente um discurso de cortar o coração, sobre como seu povo havia sofrido em todos estes anos, como suas terras eram importantes para eles e sua cultura, etc...

Magnólia também estava presente e caso deseje, será dado um tempo a ela para discursar (e usar seus dons para manipular a plateia).

- É mais lindo do que eu pensei, uma pena não termos vindo durante o dia!

- Uma pena mesmo... "- Uma pena eu nunca mais poder ver a luz do sol diretamente sem me queimar... Um preço alto. O tempo vai passando e eu vou sentindo saudades de quando podia olhar para o sol, sentir o calor de sua luz em minha pele. Quanto mais o tempo passa mais essa sensação se torna apenas uma distante lembrança, tão longínqua que aos poucos eu vou tendo dificuldade para me lembrar como era mesmo aquela sensação de sentir o sol... Me sinto bem em pelo menos ver que apesar de meus interesses, alguém está feliz por retornar às suas origens..." Ela se distanciava em seus pensamentos e então retornava dizendo: - Nada impede de você voltar aqui amanhã, durante o dia. Enquanto caminhavam de volta ela comentava, aproveitando o bom humor do lobisomem: - Quando eu estava indo atrás de seu povo encontrei um relato de homens crocodilos aqui na região da Flórida. E agora vi você conversando com um jacaré. Existe alguma relação nisso? Alguns de vocês se transformam em crocodilos ao invés de lobos?

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Finalmente chegava o momento. Magnólia pedia para discursar. Antes de se dirigir para o local das discussões ela havia passado nas mãos de profissionais de maquilagem para realçar ainda mais a sua bela fisionomia. Era seu momento. Usaria aquele instante para se projetar dentro da sociedade da Flórida e quem sabe conseguir aparecer até mesmo nos jornais americanos de outros estados. Ela cumprimentava a todos os presentes e ao povo dos EUA. E assim que começava a discursar ela impregnava suas palavras com uma das maldições de Cain, ou dons, seja lá como for o adjetivo não importava no momento. Não só fazia uso do sobrenatural em seu discurso, como também focava sua mente em um esforço tremendo para garantir que conseguiria arrecadar apoiadores.
- Boa noite a todos! Povo dos Estados Unidos da América! Venho diante de vós, não em meu nome, não em nome do deputado que vos falou, mas em nome de uma nação que existiu aqui antes da chegada do homem branco. Essa nação que foi assassinada, estuprada, roubada e expulsa de suas próprias terras. O Governo dos Estados Unidos tem um débito com os herdeiros desta nação nativa e nós, o povo, verdadeiro titular do poder da maior democracia deste mundo, temos não só a obrigação de escolher os nossos representantes, mas também de exigir que o governo quite esta dívida. Um governo legítimo é um governo que garante direitos iguais a todos, sem distinção de brancos, negros ou índios. Agora não é hora de fazermos distinção entre democratas e republicanos, agora é hora de fazermos justiça! Justiça social! Para que finalmente os antepassados deste homem que aqui está diante de vós perdoe os crimes dos nossos antepassados e finalmente possamos dormir com nossa consciência em paz. Obrigada! Presença 1 no discurso e 1 FV no uso da disciplina.

MAGNÓLIA



      A vampira se sentia intrigada com a relação do índio com o jacaré do pântano e isso a lembrava de relatos sobre homens crocodilo na região. Além de lobisomens existiriam realmente outras criaturas híbridas? Este era uma campo rodeado de mistérios que a Toreador tinha a oportunidade de desvendar antes de muitos anciões.

MAG: - Quando eu estava indo atrás de seu povo encontrei um relato de homens crocodilos aqui na região da Flórida. E agora vi você conversando com um jacaré. Existe alguma relação nisso? Alguns de vocês se transformam em crocodilos ao invés de lobos?

      Tallullah a olhava no fundo dos olhos por longos segundos, como se pensasse se deveria ou não responder a pergunta. Finalmente ele se decidia:

- Minha tribo faz parte da linhagem dos Mokolé-Mbembe. As criaturas que vocês conhecem como lobisomens não são meus aliados, apesar de muitos tentarem nos fazer esquecer os crimes que eles já cometeram, nós ainda nos lembramos de tudo. Eu próprio nunca tive contato com nenhum Garou, mas nas histórias de minha avó, ela os descreve como seres brutos, invejosos e gananciosos que quase exterminaram nossa linhagem eras atrás. Diferente deles, somos descendentes dos antigos Reis Dragões que povoaram a terra muito antes do homem surgir. Somos a memória de Gaia, e lembre-se disso, nós não esquecemos. Já lhe entreguei segredos demais sobre minha espécie, espero que você realmente retribua o favor. Até lá, não me pergunte mais nada sobre minha raça!- Então lhe dava as costas e apenas a seguia de volta para casa.








      No parlamento, Magnólia não estava apenas diante de dezenas de pessoas importantes para discursar, estava diante de seu futuro, pois tudo que ela havia planejado nas últimas semanas poderia ser um sucesso estrondoso ou um fracasso épico dependendo das pessoas que agora a assistiam. Ela abusava de seus dons sobrenaturais como nunca antes, pois seu destino estava em jogo aqui.

Teste Presença 1: Fascínio::

Mag: - Boa noite a todos! Povo dos Estados Unidos da América! Venho diante de vós, não em meu nome, não em nome do deputado que vos falou, mas em nome de uma nação que existiu aqui antes da chegada do homem branco. Essa nação que foi assassinada, estuprada, roubada e expulsa de suas próprias terras. O Governo dos Estados Unidos tem um débito com os herdeiros desta nação nativa e nós, o povo, verdadeiro titular do poder da maior democracia deste mundo, temos não só a obrigação de escolher os nossos representantes, mas também de exigir que o governo quite esta dívida. Um governo legítimo é um governo que garante direitos iguais a todos, sem distinção de brancos, negros ou índios. Agora não é hora de fazermos distinção entre democratas e republicanos, agora é hora de fazermos justiça! Justiça social! Para que finalmente os antepassados deste homem que aqui está diante de vós perdoe os crimes dos nossos antepassados e finalmente possamos dormir com nossa consciência em paz. Obrigada!

Teste Oratória: :

OFF: para este caso em específico utilizarei a seguinte regra: cada sucesso obtido nos dois testes anteriores correspondem a 10% dos membros presentes. A soma foram 5 sucessos = 50% dos presentes.


      O discurso de Magnólia procurava deixar de lado intrigas entre partidos em prol de algo maior. Seus argumentos eram fortes o suficientes para convencerem cerca de metade dos presentes, mas muitos ainda acreditavam que a área possuía importância na economia da região, e demarcar as terras significaria expulsar proprietários, empresas e mesmo moradores. Muitos discursos de políticos pró e contra o novo projeto tomam conta da casa. Para se iniciar um projeto deste porte, seria necessário maioria simples, e a votação começaria em algumas horas. Magnólia precisaria correr contra o tempo para convencer pelo menos mais um parlamentar a apoiar o projeto.

As palavras de Tallullah conferiam a Magnolia um conhecimento que até alguns anciões não possuíam. Como era de se esperar algumas expressões ali utilizadas a Toreador nem fazia ideia do que seria. "- Gaia?" Ela indagava a si próprio, afinal após dizer tudo aquilo o índio se fechava. No entanto já fora um avanço sem igual. Magnólia levara o índio com a intenção de extrair informações dele e se possível até se aproximar do lobo, quem sabe até seduzindo-o. Mas ela não encontrava brecha. Não foi bem sucedida em sua empreitada. Talvez ela fosse ingênua demais por acreditar que pudesse conseguir qualquer aproximação com aquele lobo. De qualquer maneira, ela memorizava cada vírgula do que ele havia dito e depois escrevia suas falas em um arquivo. Futuramente, talvez ela encontrasse em outra ocasião algo que se encaixava dentro do que Tallullah havia dito.

A fala de Magnólia ajudava a convencer um bom número de parlamentares. Mas ainda faltava alguém para fazer a diferença. E ela tinha que correr atrás dessa maioria antes que a votação começasse. Rapidamente a vampira uma ligação para seus contatos na política (influência 2 - política).
Em seguida, retraída em um canto ela fechava seus olhos e concentrava toda sua atenção unicamente no sentido da audição - Sentidos Aguçados. Pouco a pouco o som da suave corrente de ar dentro daquele ambiente ganhava o som de um furacão. Ela captava os mais sensíveis e inaudíveis ruídos. Era hora de procurar entre as conversas e os cochichos do parlamentar uma pista, alguém que estaria em dúvida ainda, alguém que poderia ser comprado, ameaçado, seduzido... enfim, qualquer um com quem ela conseguiria a maioria. Não poderia depender unicamente de seus contatos na política ou de Tomy, afinal talvez ele nem atendesse a ligação.

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Somente se ela não conseguisse resolver o problema por conta própria é então que ela tentaria reccorrer à ajuda do dono da cidade. Para não parecer incompetente e incapaz de resolver as coisas sozinha, somente em último caso ela faria uma ligação para Tomy Vercetti. Se Tomy atendesse ela seria breve e resumida em suas palavras, o que deixaria confuso qualquer um que tentasse espionar a conversa, mas o suficiente para o Giovanni entender.
- Olá senhor! Sou eu. Preciso do apoio de pelo menos mais um parlamentar e então o projeto poderá ser aprovado. Mas tem que ser agora, a votação começa em breve. Se puder ajudar, agradeço.
Ela desligava sem se identificar e sem chamar Tommy pelo sobrenome como sempre fazia.

MAGNÓLIA



      Magnólia conseguia convencer um bom número de parlamentares, mas ainda não era o suficiente. Alguma coisa precisava ser feita para obter vitória nesta votação, e a Toreador apela para seus contatos na política.

      Após algumas ligações, um deles parecia poder ajudá-la, mesmo que indiretamente. Ele era conhecido de George Schummer, que havia se mantido contrário à proposta. Seu contato lhe informa que o principal motivo de George evitar apoiar a ideia é o fato dele ter sido eleito com o apoio de empresários locais e de suas políticas em defesa do agronegócio. Se ele apoiar esta ideia, deixará de receber o apoio de muitos empresários e o apoio de fazendeiros locais. Porém, George (assim como a maioria dos políticos) não está nem aí para os atuais moradores do local nem possui ideologia, ele apenas apoia quem possa lhe proporcionar lucro$. Talvez não seja tão difícil mudar repentinamente as ideias do parlamentar.

      Magnólia procura ignorar a balbúrdia local e a cacofonia de sons, vozes alteradas e discussões, para tentar tirar algo proveitoso destas conversas. Em meio a isso, ela ouve Jackson tentando convencer dois parlamentares, mas estes exigem 100 mil dólares cada para mudarem de voto. Jackson diz não ter isso para oferecer no momento, então eles lhe viram as costas.

      Caso nada funcionasse, a vampira tinha uma carta final na manga, ligar para Tommy Vercetti, mas ela esperava não precisar fazer isso, pois poderia mostrar que ela não possui capacidades de resolver seus problemas por si só.

MELISA


      Era difícil abandonar um companheiro do Sabbat para trás, mas Melisa sabia que a não-vida era assim mesmo. Se ele não era capaz de cuidar de si mesmo, não serviria para a Espada de Caim.
      O ataque precisou ser agilizado. Melisa escolhia suas armas no arsenal conseguido com o traficante de armas. Três granadas de concussão, um revólver e uma submetralhadora leve.




      A Tzimisce seguia de moto para a mansão, com Artemísia às suas costas e dois carros funerários em sua cola. Eles estacionam algumas quadras antes da residência e seguem o resto do caminho a pé. Os zumbis seguem na frente, caminhando vagarosamente pela vegetação que cerca a casa.

      Melisa, Artemísia e os membros da família Romero aguardam escondidos há uma certa distância. A audição de Tzimisce consegue captar os primeiros ruídos. Os guardas vêem os zumbis, se apavoram e começam a atirar contra eles, essa era a deixa para sua equipe atacar. Ela se levanta com a submetralhadora em mãos e ordena que a equipe a siga.

      Ao chegar, a grande parte dos zumbis já havia sido abatida. Melisa vê um grupo de quatro homens atirando contra os zumbis restantes, enquanto outros três tentavam escapar de outro grupo de cadáveres. Ela se aproveita da distração dos guardas e dispara contra eles. Artemísia atira junto com ela, e elas conseguem atingir três homens, embora tenham revelado sua posição. Os Romero disparam em seguida, matando mais um dos guardas. Os três restantes que ainda lutavam contra os zumbis, agora batiam em retirada, correndo para dentro da mansão. Os zumbis restantes se encarregavam de devorar os soldados feridos.

      O grupo corria até a porta da mansão, mas ela era trancada pelos três guardas. De uma das janelas vem um disparo que atinge Melisa na perna, ferindo-a levemente. Ela se esconde em uma cobertura enquanto mais tiros vinham da mesma janela, mas não atingiam ninguém. De outra janela, dois disparos atingiam Artemísia, um deles na cabeça, quase derrubando-a, mas ao invés de cair, a cabeça de pá soltava um urro horrível, e corria em direção à janela com as mãos nuas, saltando contra ela. Seu corpo atravessa o vidro que se estilhaça. Alguns tiros são ouvidos lá dentro.

      O patriarca dos Romero dispara com seu rifle na direção de uma das janelas e aparentemente atinge o alvo. Melisa dispara mais uma rajada contra a janela de onde veio o disparo que a atingiu. Ela descarrega sua submetralhadora, mas seus sentidos aguçados captam o som de um grito e um corpo tombando no chão, indicando que mais um alvo havia caído. Os Romero se escondiam em pontos estratégicos e disparavam contra as janelas.

      Os disparos contra eles haviam cessado, Melisa capta sons de alguém correndo. Ela aproveita a deixa para sacar uma granada, puxar seu pino e arremessá-la contra a enorme porta da mansão, explodindo-a. Assim que a porta é destruída, o grupo procura entrar furtivamente, mas eles acabam sendo percebidos pelos homens restantes. Um tiro de raspão atinge o braço da Tzimisce, que revida com dois disparos de seu revólver no atacante, atingindo o alvo. Os Romero atingem o último guarda, aparentemente acabando o serviço. Eles podiam ver o corpo de Artemísia no chão, em torpor, crivado de balas. Nenhum som de disparos agora era ouvido, indicando que eles abateram todos os guardas.

     Melisa diz para a equipe se dividir em duas, ela, Pablo e Gido subiam as escadas à procura de Tommy ou de mais inimigos, enquanto Diego, Muniz e Onofre revistavam a parte de baixo da casa. Enquanto subiam as escadas, Melisa ouvia o som alto de uma hélice de helicóptero girando. Eles corriam e chegavam à cobertura da mansão, apenas para verem um helicóptero decolando e deixando a residência. Ele já estava longe demais para ser atingido. O grupo havia vencido a batalha, tomado a mansão e matado os peões, mas Tommy havia fugido por entre seus dedos.

Status:

Após analisar as opções disponíveis a vampira procura por George Schummer. Ao encontrá-lo ela tentará convencê-lo a mudar de lado.
- Olá George, muito prazer! Ainda não fomos apresentados pessoalmente. Temos alguns conhecidos em comum na política, mas eu sou nova em Miami. Me mudei para cá recentemente para expandir meus negócios. Eu sou a proprietária de uma transportadora e estou abrindo uma filial aqui na Flórida... Sem mencionar que sabia exatamente o motivo, ela comenta de forma indireta, como se apenas suspeitasse o motivo. - Alguns parlamentares aqui acreditam que tudo é apenas caridade para os índios, defesa da natureza e essas coisas. No entanto, minha empresa tem muito interesse nesse projeto e... essa votação, infelizmente, será como uma espada de dois gumes para os senhores deputados. Aqueles que votarem a favor vão contrariar os caipiras, que logo serão desapropriados de seus pântanos alagados. Mas aqueles que votarem contra, também contrariarão uma gigante do ramo de transportes. Eu só acho que o meu lado tem mais a oferecer, senhor Schummer... Ela saía atrás dos dois parlamentares com quem Jackson estava falando. Antes de dar três passos, ela virava-se para Schummer e afirmava com um sorriso malicioso: - A Mag Transportes conta com seu apoio, senhor Georche Schummer.

Ao encontrar os dois parlamentares com quem o deputado cafajeste falava, a Toreador dizia:
- Senhores, tem um minuto?
Ela então argumentava confiante:
- 100 para cada um é muito devido ao fato de que eu acabei de conseguir o apoio que faltava.
Ela fazia questão de olhar para Schummer, induzindo os dois homens também a fazê-lo. Acenava com a cabeça positivamente para George, esperando ele corresponder, na intenção de provar aos dois parlamentares que o que ela dizia era verdade.
Assim que as atenções voltavam para a rodinha do trio novamente ela continuava:
- Sendo assim, só para alcançar uma margem de precaução... 25 para cada um! É melhor que nada! Afinal, a lei será aprovada de qualquer forma. É melhor ver a lei aprovada com 25 na mão, do que ser apenas um voto vencido. Os senhores não concordam?

A vampira evitava falar abertamente "25mil dólares", afinal... nunca se sabe quem poderia estar ouvindo a conversa. Ela aceitaria uma contra-oferta de até 50mil para cada um deles.

MELISA



      A Tzimisce descia as escadas para informar que Tommy não estava lá e alguém (muito provavelmente o próprio) havia fugido de helicóptero. Que grán cobarde!

      Ao descer até o térreo da mansão, encontrava Tia Poulet por lá, rodeada pelos zumbis restantes.

- Sejam rápidos, a polícia deve chegar logo. Um tiroteio no bairro mais chique de Miami não passaria batido!

      A velha então dava um última ordem aos servos cadáveres para queimarem a casa, enquanto eles fugiam. Melisa corria para sua moto e os Romero carregando Artemísia corriam para seus carros funerários. A Tzimisce já podia ouvir sirenes policiais há algumas quadras de distância. O grupo se dividia, os Romero seguiam para sua residência em Little Haiti e Melisa seguia para sua casa. Tia Poulet ficava para trás, ela tinha seus próprios meios de fugir.

      Enquanto dirigia para sua casa, uma viatura policial tenta alcançá-la e aí se inicia uma perseguição. Por alguns instantes a viatura chega a alcançá-la, mas ela se aproveita de estar de moto para ziguezaguear entre carros, deixando a viatura comendo poeira.

      Ao chegar em casa, recebe uma ligação do patriarca Romero.

- Então, chegou inteira? Nós tivemos alguns problemas com a polícia, mas nada que não pudéssemos resolver sozinhos. Hey, lembre-se de nosso acordo! Você prometeu que me abraçaria caso a missão tivesse êxito e nós saíssemos ilesos. Não encontramos o bastardo Giovanni, mas obtivemos sucesso em destruir sua mansão, arrasar seus homens e colocá-lo para correr, creio que eu mereça este prêmio. Em todo caso, estamos com sua amiguinha aqui. caso queira vê-la de novo, não fure nosso acordo! Mas não é apenas para isso que estou ligando. Aquela vaca haitiana da velha Poulet avisou para nos reunirmos em sua residência amanhã à meia noite. Se prepare, pois amanhã mesmo atacaremos a mansão de Lance, o aliado de Tommy. É possível que o rato esteja escondido por lá!

MAGNÓLIA



O parlamento era uma alcateia de lobos, um mar de tubarões vorazes, mas Magnólia conhecia o terreno em que estava pisando. A vampira se aproxima de Schummer e coloca as cartas na mesa. Sua fala deixou até mesmo o político experiente e sem escrúpulos sem fala. Quando olhava para trás para dizer que contava com seu apoio, via-o olhando para ela, intrigado.

Em seguida, a dama seguia até os dois políticos que seu aliado não conseguiu manipular, e fazia seu próprio jogo.

Mag: - 100 para cada um é muito devido ao fato de que eu acabei de conseguir o apoio que faltava. - Os dois se entreolhavam com um misto de surpresa, receio e curiosidade. Mag olhava para Schummer, que também olhava para ela. caso tenha ou não mudado de lado, Schummer fez seu papel e serviu de isca para fisgar os dois corruptos.

Mag: - Sendo assim, só para alcançar uma margem de precaução... 25 para cada um! É melhor que nada! Afinal, a lei será aprovada de qualquer forma. É melhor ver a lei aprovada com 25 na mão, do que ser apenas um voto vencido. Os senhores não concordam?

Como esperado, ambos tentavam desmentir. "Como? Do que está falando, acho que não entendi. 100? 25?" Mas ao deixar claras suas intenções, um dos parlamentares parece achar a proposta interessante, enquanto o outro continua fazendo jogo duro e se afasta. Aquele que permanece deseja negociar mais.

- Bom, eu até acho sua proposta interessante. Ajudar os índios, essas coisas, é legal, sabe, mas uma campanha se vence com dinheiro, e sem dinheiro, não me reelegerei! - Ele abaixa a voz para não ser ouvido, embora isso fosse muito difícil devido à balbúrdia que o parlamento estava se tornando - 25 mil é muito pouco, sério. Mas... já que meu companheiro saiu de cena, o que acha de me pagar a parte dele também? Por 50 mil posso mudar de opinião!