O Ruir do Velho Mundo: O Escoar da Vida

Arnald Bradley:


PS: -1
Destreza: +1


O lobo gigantesco estava em fúria. Ele não parecia saber nada do que estava ao seu redor, só queria matar todos que estavam ali. Bradley corre na mesma direção que Richard e Michaele enquanto Denver gargalha alto e convoca seu grupo para atacar o lobisomem. - Vamos colocá-los como isca para ele. - Dizia Kade. - Eles são da camarilha. - Denver olhava para seu companheiro quando o quinto membro de seu bando se junta a ele. Não havia tempo para questionamentos. Com seu bando completo, ele ordena que todos peguem suas armas e atirem enquanto se fastam o mais rápido que puderem e se escondam, não perdendo o lobo e os outros cainitas de vista.

Correndo, Bradley escuta os tiros, o barulho de mais um decepamento e o que foi dito sobre Richard. Se o Ductus conseguisse sobreviver, o Ventrue seria o próximo a ser caçado. Enquanto isso, o grande lobisomem diminuía sua voracidade enquanto escolhia o caminho que iria seguir já que cada vampiro havia seguido por um lado diferente. Arnald escuta tiros vindo em sua direção, o que provavelmente atrairia o lobisomem para aquele caminho.

Rian:


Peter prestava atenção ao que Rian dizia sem falar nada e sem nenhuma mudança em seu semblante. Quando o Gangrel terminava de falar, ele responde: - Você me deu no que pensar agora, mas foi Hotgan que lhe escolheu. Eu não sou ninguém para desfazer o que ele disse. - Ele parava um pouco e olhava diretamente para os olhos de Rian. - Vamos esquecer isso. Me diga de qual baú você retirou essa caixa e volte lá para dentro. Eu irei guardar isso e nós podemos partir. - Peter virava e ia em direção às malas. - Vi que estavas a pegar amizade com o piloto, não é? Peça para ele ligar os motores. Daqui a pouco nós partiremos.

Rian indicava com o dedo o baú de onde retirara a caixa. Em seguida ele vira as costas e volta em direção ao avião enquanto pensa consigo em resposta à Peter: “Bom, pelo menos o piloto é o menos monstruoso de todos nós aqui.”
Dentro do avião ele olha pela última vez através da janela para Peter guardando a caixa. Em seguida ele se dirige à cabine do aparelho. A simples visão dos equipamentos reacende a empolgação. Batendo a mão no ombro de Juan, ele pula no assento do copiloto (julgando que este está vazio) enquanto diz sorrindo:
- Peter diz que já podemos ligar os motores! Quais as instruções, comandante?!
A palavra “podemos” indicava que o Gangrel queria participar ou ver de perto a decolagem. O vampiro vai aproveitar que ainda falta um bom tempo para o amanhecer e usar essas horas restante para aprender alguma coisa útil sobre como funciona o avião como também para reforçar a amizade com Juan contando um pouco da história do Gangrel, afinal, um aliado mortal em um ambiente estranho é imprescindível à sobrevivência. E por fim, quem sabe o piloto ainda pode revelar algo mais sobre Hotgan depois que Peter, Marcílius e Edward estiverem todos devidamente acomodados em suas respectivas “embalagens”?!... Desta forma, Rian só irá para a sua caixa quando estiver próximo do amanhecer.

Rian:


O piloto sentava-se em seu lugar e dava uma última olhada nos mostradores para ter a certeza de que tudo estava nos conformes. Com Rian sentado no luga do co-piloto, Juan prepara a aeronave para o voo. Ele rapidamente explica para o Gangrel quais os mostradores que devem ser observados antes da decolagem. Finalmente Peter entra no jato, diz ao piloto que está tudo pronto e que ele pode dar partida para a terra deles.

- Sim senhor. - Dizia Juan. - A viagem será longa, então pedi a Matheus para descansar um pouco. Enquanto isso, parece que terei a companhia de vosso companheiro Rian. - Ele apontava para Rian no banco do co-piloto e sorria para o mesmo. - Estamos nos dando muito bem. Quem sabe um dia ele possa estar pilotando um desses para nosso senhor Hotgan! - Peter fazia um movimento com a cabeça concordando com Juan, pergunta sobre Paradise ao Gangrel e, após a resposta, vai se sentar ao lado de Marcílius e Edward. - Pronto? - Perguntava Juan a Rian. - Pois então vamos.

O avião começava a acelerar na pista. Juan recebia a notificação de que já poderia levantar voo. Assim ele o fazia, em instantes eles começam a decolada em uma velocidade frenética. Se Rian não estivesse na cabine do piloto, provavelmente ele nem teia percebido que o jato já estava subindo aos céus. As luzes da cidade abaixo deles era um show a parte para o neófito.


Amadeo Giovanni:

A informação sobre um monstro que estaria a afundar os navios que estão se encaminhando a Edimburgo faz com que Amadeo fique mentalmente desestabilizado. Vendo inimigos por todos os lados e acreditando se tratar de uma armadilha, o Giovanni se encaminha para a cabine do comandante com o intuito de mudar a rota do navio. Rapidamente ele sobe as escadas e chega na área onde há o alçapão. Amadeo olha para o céu e para o mar. Uma grande lua preenche o céu e sua luz ilumina a vastidão do negro oceano.

Subindo mais escadas, Amadeo chega a área onde está o capitão do navio. Ele estava sentado em uma cadeira em frente a uma mesa de madeira. - Finalmente você resolveu subir aqui, eu estava lhe esperando.

Arnald corria o mais rápido que podia, olhando às vezes para trás, tentando garantir sua sobrevivência. Independentemente de ter ouvido ou não o maldito Ductus, ele tinha a certeza que a sua atitude destruiria a confiança do Sabá sobre ele. Mas no momento ele tinha outros problemas para resolver.
Bradley sabia que suas capacidades em luta eram sua maior desvantagem. O som do decapitamento só provou para o Ventrue que ele não teria a minima chance com aquele lobo insano.
 Bradley começou a sentir seu sangue usado o deixando mais rápido, ágil. Iria facilitar um pouco sua fuga. Então, os tiros... "Bando de desgraçados! Estão querendo atrair a merda do monstro pra cima de mim? Não, não vou deixar ele me pegar. Não vou morrer hoje!"
Arnald estava determinado a sobreviver aquela noite. Não pretendia morrer logo quando conseguiu as informações que lhe trariam respeito e status. Ele precisava sair do raio de visão e sair de onde o maldito lobo passaria. Sua pistola, que esteve guardada o tempo todo era retirada das vestes. Teria que ter o máximo de cuidado.
Tinha um lança-chamas no carro. Ele poderia ser a salvação. Arnald virava para a esquerda, sempre olhando para suas costas. Se ele visse o lobo, se esconderia atrás de qualquer coisa que desse uma boa cobertura. Se não, aos poucos, mudaria sua rota para o carro. Mas se a criatura estivesse muito perto, tentaria dar um pulo para o lado na hora do pulo dela, e tentaria acertar 1 tiro em cada olho. A proximidade lhe garantiria uma chace maior de acerto, com certeza. Ele faria o impossível para sobreviver. Não iria se render a morte final tão facilmente.

Quando Peter pergunta sobre Papa, Rian responde:
- Creio que ele já se recolheu... Quem é Matheus, Juan? Pergunta o Gangrel se voltando para o piloto.
O Gangrel acompanha atentamente cada detalhe e cada movimento do piloto durante a decolagem. Com a subida para os céus, Rian fica maravilhado com as luzes da cidade lá embaixo. Era tudo muito bonito. Depois de um tempo, após cidade ficar para trás e o céu ficar monótono com a escuridão sem fim, Rian olha para Juan com um olhar curioso e pergunta:
- Juan, me diz uma coisa.... Antes da decolagem você mencionou o senhor Hotgan... que tipo de pessoa ele é?

Arnald Bradley:

A ideia do prêmio que seria dado a Arnald pela obtenção das informações sobre os planos do Sabá era o combustível que impulsionava o cainita, e uma característica primordial das florestas europeias facilitava a fuga do Ventrue, o espaçamento entre as árvores. Praticamente não haviam obstáculos a serem sobrepujados, somente uma corrida frenética contra a velocidade de um lobisomem. Os tiros dados pelo bando de Denver tinham a óbvia intenção de atrair a atenção do Ser para a direção tomada por Bradley.

Com a lembrança do armamento, Bradley muda sua direção e vai em busca do lança-chamas que estava no carro e foi levado para o interior da cabana. Em sua busca, ele continua a ouvir os tiros, que agora mudavam de direção e se dividiam em dois, um seguia o Ventrue e o outro seguia a direção de Richard.

A distribuição das árvores, que facilitava o deslocamento na floresta, também permitia uma melhor visualização de tudo que estava ao redor. Assim, com o retrocesso de Bradley, o grande lobo cinzento é visto novamente. Não muito longe, ele parecia estar escolhendo o lado que iria seguir. Sua confusão mental parecia terminar quando o próximo tiro dado pelo bando de Denver soava praticamente ao seu lado e na direção do Ventrue. Era audível as gargalhadas que vinham da copa das árvores.

Seguindo uma diagonal, em instantes o caçador chegaria a sua presa (Bradley) e a cabana ainda estava alguns minutos a frente.

OFF: Feliz Natal!

Off Feliz Natal atrasado e Feliz Ano Novo adiantado pra vocês!!

A corrida do Ventrue em direção ao armamento continuava, até o mesmo visualisar a criatura. Quando a viu, o mesmo se escondeu em uma árvore para o lobisomem não o ver. O ser parecia confuso, não sabendo onde ir. Arnald pensou até em tentar contorná-lo por entre as árvores, mas o tiro dado do seu lado destruiu qualquer idéia.
O lobo gigante começou a correr na direção de onde Bradley estava, e o desespero tomou conta do coração morto do vampiro. Ele não sabia o que fazer, não sabia para onde fugir. Ele olhava para os lados, procurando uma saída para a morte certa. Mas o que o salvou da inércia foi a audição. O bando de Denver não era o dos mais espertos, eles tinham acabado de dar a saída que Arnald precisava.
Utilizando o sangue vampírico que estava no seu corpo, o cainita começou a escalar a árvore que estava do lado da de onde as risadas vinham, para fugir da fúria do ser. Bradley escalava até a copa dela se protegendo dos tiros, estando atrás dessa árvore em referência a árvore de onde as gargalhadas vinham. Se conseguisse avistar o rosto de alguém, tentaria utilizar a Dominação, falando num tom audível para o alvo - Pule! - Fazendo assim o idiota pular para a morte certa. Mas se ouvessem mais de 1 ali ou não avistasse ninguém, ficaria escondido por entre as folhas e galhos da árvore.

( 1PDS no atributo para escalar a árvore. )

Rian:

Após a saída de Peter, Juan responde ao questionamento de Rian dizendo que Matheus era um humano que, assim como ele, servia a Hotgan. Ele também dizia que naquele momento Matheus estava dormindo em um dos ambientes finais da aeronave, mas que provavelmente o Gangrel chegaria a conhecê-lo. - Ele é quase como um de vocês, ele nunca está acordado de dia... e quando tem de levantar cedo ele parece um morto-vivo andando por ai. É muito engraçado!

Com a decolagem, Rian tenta aprender o máximo. Juan informava ao cainita o que observar e porquê. Nada muito profundo, só para que o Gangrel pudesse conhecer um pouco a maquinaria do jato. Quando começavam a sobrevoar o mar, Rian questiona sobre a personalidade de Hotgan. O humano não retirava o olhar do céu, mas respondia:

- Ele é um bom senhor. Todos os humanos que o servem tem muito gosto, pois ele nos ajuda em tudo... ano passado a minha esposa teve um problema de saúde que nenhum médico conseguia descobrir o motivo. O próprio Hotgan foi atrás de uns amigos no exterior e pagou por tudo. Hoje minha Clara está como se nada tivesse acontecido com ela. - Ele parava um pouco. - Aperte esse botão e avise a nossos passageiros que iremos atravessar uma área de turbulência, por favor. - Depois que Rian fez o que lhe foi pedido ele volta a falar. - Até onde eu sei, ele tem mantido a paz em Edimburgo... mas de uns tempos pra cá.... Nada, ele é sempre muito bom. Opa chegamos a nossa batedeira. - O avião entrava no meio das nuvens e começava a balançar.

Após a descrição dada por Juan, Rian conclui que Matheus era um carniçal, assente com a cabeça e ri juntamente com Juan, aproveitando para contar um episódio engraçado da primeira vez que o Gangrel acordou durante o dia, mas o teve que fazer resumidamente, pois o avião já estava decolando e era hora de ver como o aparelho funcionava.
Finalmente eles podiam conversar a vontade. Sobrevoando o mar, havia muito tempo para conversa. Era hora de Investigar antecipadamente algumas informações sobre Hotgan. O piloto se mostrava muito mais promissor como fonte de informação do que Marcílius, Peter e Edward, embora Rian ainda não tentara uma abordagem direta em Edward. Enquanto o piloto contava sobre Hotgan, Rian o escutava atentamente tentando memorizar cada palavra.... quando surgia uma turbulência. Ao sinal de Juan, Rian apertava o botão e informava:

- Atenção passageiros! Apertem os cintos, em breve estaremos atravessando uma área com turbulência.
Rian ria enquanto dizia: Hahahaha... Estou gostando desse negócio. Quando você se transformar podemos abrir uma companhia especializada no transporte de mortos vivos e eu serei seu copiloto! Brincava o Gangrel. Embora fosse um Gangrel ele estava gostando daquela parafernália tecnológica, talvez por ser tudo muito novidade para ele. Contudo, se aquilo se tornasse uma rotina, provavelmente iria sentir falta da natureza...

Juan volta a falar de Hotgan. E eis que surge uma informação importante: Ao que parecia, o senhor de Hotgan havia mudado e não era mais a mesma pessoa de antes. Rian se mostra bastante interessado e embora em silêncio ansiava por mais informações sobre o que estava acontecendo por lá ultimamente e quando ia aprofundar na informação sobre Hotgan o avião começa a balançar... "Droga! Cheguei perto de conseguir algo importante! Então o senhor Hotgan mudou de uns tempos para cá e parece não ser mais aquela boa pessoa... O que será que aconteceu com o senhor de Hotgan?" O Gangrel estava tão concentrado em seus pensamentos que até esquecera da turbulência. Era preciso saber mais... Assim que a turbulência passar Rian vai tentar voltar ao assunto. Ele espera que Juan ainda esteja disposto a falar do tema, pois não irá forçar a barra com o piloto. Se não for agora, talvez ele esteja mais disposto a falar depois...
- O que exatamente está acontecendo com o Senhor Hotgan de uns tempos para cá? Ele mudou muito?

Arnald Bradley:

PS: -2
Destreza: +2

Bradley: hipinotizar - 3 sucessos


Bradley corre até a árvore mais próxima ao som das risadas do bando de Denver. O inverno favorecia o cainita, que facilmente encontrava Denver e Rato no topo de um grande carvalho praticamente sem folhas. Ao subir na árvore, os olhos de Rato e do Ventrue se encontram rapidamente, mas é tempo o suficiente para Bradley ordenar que o membro do Sabá pulasse da árvore. Ao chegar no chão, Rato é surpreendido pela presença do lobisomem. Sacando uma adaga e partindo para cima, ele ainda consegue cortar 3 dedos do grande lobo cinzento antes que o mesmo arrancasse seu braço fora. O braço ainda se mexia em sua boca quando foi cuspido no chão. Com esta cena, Denver olha diretamente para Bradley, saca sua arma e atira na sua direção errando por alguns centímetros.

Rian:


- Não é nada senhor Rian, só uma besteira contada pelos funcionários criativos... Eles não sabem o que dizem. Houve uma vez que espalharam uma história sobre mortos andando no subsolo do castelo. - Ele gargalhava. - Quem já viu, mortos andando por ai. - Juan continuava a conversar com Rian, mas com sua atenção voltada aos mostradores e ao mar e céu escuros que se estendiam para todos os lados abaixo e acima da aeronave, respectivamente.

Algumas horas de voo depois, por volta das 2:00-3:00 da madrugada, um homem desconhecido para Rian entra na cabine do piloto. Este possui cabelos loiros com corte militar, olhos castanho escuro e pele extremamente alva. Aparentemente, ele tem 1.85 de altura e 30 anos de idade. - Quem é esse que ocupa o meu lugar Juan?

- Este é um de nossos convidados Matheus, este é o sr. Rian. - Dizia Juan enquanto o co-piloto olhava para o Gangrel de cima a baixo, como se o examinando. - Quer ir dormir agora? Você passou boa parte do dia acordado. - Dizia Matheus ignorando o Gangrel.

- Mortos andando no subsolo do castelo?...
Rian encarava com uma expressão séria o escuro horizonte infinito além do mar enquanto sussurrava para si mesmo repetidas vezes "mortos andando..." tentando ligar os fatos dos mortos andando por aí com a mudança no Senhor Hotgan. De fato o Gangrel não se lembrava à primeira vista, dos ensinamentos do seu senhor algo que explicasse a mudança de comportamento do senhor Hotgan e os mortos errantes... Contudo ele sabia que no mundo das trevas muitas coisas desafiam o racional e que ainda havia muitas coisas no mundo das trevas que ele desconhecia. Mas pelo menos já sabia por onde devia começar quando chegar em Hotgan. Ele não sabia se era certo deixar o piloto em sua ingenuidade acreditar que mortos não andam por aí ou se revelava a dura realidade. Mas a expressão séria no rosto do cainita provavelmente já denunciara a Juan que a história poderia ser verdadeira. De qualquer forma devia alertar Juan para tomar cuidado.
- Juan... O Gangrel se aproxima do humano e diz quase murmurando para que apenas o piloto escutasse. Você é um bom homem... eu sei que parece loucura, mas escute bem o que eu vou lhe dizer: Se algum funcionário de Hotgan mandar você descer no subsolo do castelo, não o faça! Por você ser o piloto dificilmente isso vai acontecer, mas... é apenas uma precaução que eu gostaria que você tomasse. O Gangrel volta para o seu assento voltando a olhar o horizonte, mas logo em seguida volta-se para o piloto novamente como se estivesse esquecido de algo: - Ah! e se te obrigarem a fazê-lo, peça um tempo e me chame! Outra coisa... Se vier a saber de mais alguma informação extra me avise e não comente isso com mais ninguém. Isso é muito importante: Não comente com mais ninguém, ok?!
O Gangrel volta a se sentar normalmente, enquanto bate os dedos da mão esquerda sob a poltrona onde está sentado como num tique nervoso enquanto pensa em algo de cabeça baixa. As coisas começam a fazer sentido. Realmente tem alguma coisa errada no castelo, provavelmente ele está sendo engolido pelas trevas e ninguém ainda percebeu. Os que perceberam, talvez perceberam tarde demais e já foram arrastado por elas.... concluía o vampiro. Era importante que Juan não comentasse a ninguém mais, pois quem revela que sabe demais acaba "desaparecendo" depois.
Então Rian muda de assunto para afastar a atmosfera tenebrosa da cabine. Ele começa a contar de uma certa vez que esteve em Las Vegas e se envolveu em uma luta alucinante contra Ethan Rhyz, o principal algoz da cidade. Obviamente o Gangrel foi humilhantemente derrotado. Mas os vampiros deste clã raramente admitem isso em uma conversa. Na verdade eles são vampiros que adoram contar histórias e acabam adicionando fragmentos para deixá-las ainda mais interessantes, mesmo que fuja um pouco do que realmente aconteceu... - Então lá estava eu, Juan! Derrotei uma dezena de seguranças que estavam na portaria do luxuoso hotel... Tem um vídeo meu no youtube que mostra um pouco, embora a melhor parte não está no vídeo....

Quase 3:00 da madrugada um homem estranho entra na cabine perguntando quem era aquele que ocupava seu lugar. O sujeito tinha um aspecto durão. Provavelmente tinha sido um soldado no passado. Rian ia responder quem era, mas Juan o faz por ele. Talvez tenha sido melhor assim, pois o Gangrel ficou com desejo de testar até que ponto o indivíduo era durão. Mas embora gostasse de uma boa briga, a personalidade do Gangrel não era a de um valentão. Ele não era um amador desses que se envolvem numa briga de bar por causa de um par de seios caídos e uma bunda mole. Ele era um artista marcial em sua essência e se comportava como tal. Tinha um código de conduta. E por mais que adoraria cruzar uns socos com aquele sujeito mau encarado, não o faria sem um motivo justo. Assim ele não corresponde o olhar de cima em baixo que recebeu do soldado, num claro sinal de autoconfiança. O Gangrel se levanta e apenas acena com a cabeça que estava desocupando o local.
- Meu nome é Rian, muito prazer! Você deve ser o Matheus. Como você disse, o lugar é seu! Dizia o Gangrel estendendo a mão aberta em direção à poltrona e dando um sorriso enigmático. Dificilmente o homem poderia entender se era um sorriso de provocação ou um sorriso sincero.

Assim o Gangrel volta para o compartimento dos passageiros para saber se Peter, Edward e Marcílius já tinham ido dormir ou se ainda estavam lá.

OFF - Só pra constar mesmo, porque acho que não vai fazer muita diferença, Arnald usou O Comando. Mas como o nível de intimidação e liderança são os mesmos (acredito eu), só deve ter mudado a dificuldade. ON



A dominação havia dado certo. Rato tinha pulado onde aquela criatura desconhecida para Bradley estava. Agora o Ventrue tinha resolvido 1 problema de 2, tinha encarar o Ductus agora. Com certeza ele não tinha ficado nem um pouco contente com Arnald. Dando uma rápida olhada para o chão, o Ventrue percebia a situação do Rato. Poderia ter sido ele ali, sem um braço, se não tivesse pensado rápido...
O tiro tinha passado do meu lado, quase que me surpreendendo. Se ainda estivesse vivo, meu coração estaria batendo com uma força sem igual. Novamente eu usava o meu sangue, dessa vez ele me tornava mais resistente, não poderia me arriscar me machucando do jeito com que as coisas estavam acontecendo. (1PDS em Vigor). Com minha pistola na minha mão hábil, a direita, eu revidava o tiro naquele desgraçado, visando acertar o rosto. A minha postura ainda era a de alguém de alto posto, pretendia continuar com essa farça até o fim. - Traidor! Irei acabar com a sua maldita existência e com a de seu bando corrupto! Não mereces servir ao Sabá! - Brandava com ódio, com meu olhar fixo ao dele. Tentaria desviar de qualquer tiro dado pelo cainita. Estava apreensivo a tudo naquele momento. Mesmo com todo o meu foco em Denver, de vez em quando eu olharia para Rato, tentando ver como estava a situação. Não sabia se aquela coisa conseguiria subir nas árvores, também

Rian:

As mudanças no comportamento de Hotgan e a menção de "mortos andando pelo castelo" fazem com que Rian fique pensativo. Mesmo sendo um cainita, o Gangrel é jovem e ainda não totalmente livre de seu lado humano, que é externada através da preocupação com o piloto do jato. As palavras de Rian nada mudam no semblante de Juan, que simplesmente acena afirmativamente com a cabeça, mostrando que havia entendido o que Rian queria dizer.

As horas se passavam e a conversa entre os dois seguia normalmente. A história sobre a batalha de Rian com o Algoz deixa Juan embasbacado. Pela forma como o Gangrel contava, uma batalha épica se formava na mente do humano, que se mostrava atento a cada pausa na história, fazendo perguntas como: - quantos anos tinha esse Ethan... qual o nome do hotel... o que, em princípio você estava fazendo lá...?

A conversa acaba quando Matheus entra na cabine. Rian sai da cadeira do co-piloto enquanto respondia ao questionamento do homem, mesmo não tendo sido feita diretamente a ele. Matheus senta em seu lugar enquanto o cainita observa o movimento nas áreas posteriores da aeronave. Os três, Peter, Edward e Marcílius, estavam sentados na última área conversando. A presença do Gangrel atrai a atenção de Peter que o convida a sentar junto com eles.


Arnald Bradley:

PS: -3
Destreza: +2
Vigor: +1

Bradley: Atirar - 3 Sucessos
Denver: Esquiva - 4 Sucessos

O tiro dado por Bradley vai corretamente em direção ao rosto de Denver. Contudo, a experiência do Ductus falou mais alto e na hora certa ele pulou para o galho inferior, escapando do tiro certeiro do Ventrue que rapidamente utiliza-se de seu antigo prestígio com o cainita. Embora tivesse conseguido enganá-lo, dessa vez não seria tão fácil. O Ductus viu um membro da Camarilha puxar conversa com Bradley, o que diminuiria a confiança antes depositada no Ventrue.

Em baixo, o tiro dado por Bradley atraia a atenção do Lobisomem para o que estava acontecendo em cima das árvores. No momento em que o monstro olha para cima, Rato aproveita a distração para atacá-lo novamente. Com um corte limpo no rosto, o lobisomem recua alguns centímetros e Denver aproveita para atirar em suas costas. A criatura uiva quando a bala acerta seu corpo. Ele corre rapidamente na direção de Rato, rasgando seu abdome e o jogando para cima. Rato aterriza alguns galhos abaixo de Bradley.

FELIZ NO NOVO A TODOS!!!!

COMO VOCÊS DEVEM SABER, ESTAMOS CHEGANDO AO FINAL DESSE CICLO, SENDO O NOSSO ÚLTIMO POST NO DIA 10/01 COM UM FECHAMENTO PARA CADA PERSONAGEM (APÓS VOCÊS RESPONDEREM AO QUE COLOQUEI HOJE).

INICIALMENTE, PEÇO DESCULPAS POR TER ATRASADO AS RESPOSTAS DE VOCÊS NO MEIO DESSE CICLO, TIVE ALGUNS PROBLEMAS, MAS TUDO OCORREU COMO TINHA QUE OCORRER.

GOSTARIA DE AGRADECER A TODOS VOCÊS PELO EXCELENTE CICLO. NOVOS JOGADORES E ANTIGOS, VOCÊS ME AGRACIARAM COM UMA ÓTIMA SEGUNDA PARTE DESSA HISTÓRIA.

ASSIM COMO FIZEMOS NA PRIMEIRA PARTE, GOSTARIA QUE VOCÊS ME ENVIASSEM UM PM DIZENDO SE CONTINUARÃO NO PRÓXIMO CICLO E O QUE ACHARAM DESSA PARTE DA CRÔNICA E DA MINHA NARRAÇÃO.

Amadeo Giovanni:


Amadeo: Prontidão - 3 Sucessos
Amadeo: Rota de fuga - 4 Sucessos

Amadeo chega a área onde está o capitão e uma porta os separa. Pela brecha da porta o Giovanni olha atentamente para todos os cantos antes de entrar na sala e ser percebido pelo capitão. Aquele era um local pequeno, mas tomado por aparelhos que indicavam o caminho seguido pelo navio, condições meteorológicas, aproximação de outros barcos, velocidade... dentre outras informações, a mesa e 5 cadeiras. Somente três pessoas estavam dentro do local, o capitão e outras duas que monitoravam o andamento da viagem.

Entrando na sala e escutando as palavras do capitão, Amadeo rapidamente procura por rotas de fuga. Duas portas eram observadas, ele estava na primeira e a segunda ficava no outro lado da sala, logo a sua frente (não mais que 10 metros). Havia também o vidro que permitia enxergar o mar e o alçapão.

Com a resposta do Giovanni, o capitão diz: - Meu nome é Richardo, me foi dito que poderias me ajudar a resolver um problema antes que cheguemos a nosso ponto final. Não se preocupe, pagarei bem pelo serviço. - Ele derramava vodka no copo e bebia. - Há algumas semanas, tentáculos misteriosos tem afundado navios mercantes na costa de Edimburgo, acreditamos se tratar de um da sua espécie. Raphael nos disse que você é o melhor e que poderia nos ajudar a acabar com o desgraçado. Ainda temos algum tempo, podemos conversar sobre o assunto?

Rian caminha até a última área do avião e aceitando o convite de Peter se junta aos três forasteiros. "E agora? O que será que vai acontecer?" Rian observa cada um dos três cainitas. O que estão fazendo? O que cada um deles tem nas mãos? Após analisar os cainitas o Gangrel diz:
- E então... Sobre o que estavam falando?

Existem momentos na vida em que sentimos falta de algo que talvez nunca mais gostaríamos de ver novamente. Bradley estava nesse tipo de situação. Ele havia conseguido desviar, mas se estivesse com aquela arma... As malditas metralhadoras da 2 Guerra so traziam memórias ruins para o cainita, mas se estivesse com uma delas, seguiria o Ductus com a mira e ele com certeza levado uma rajada de tiro. Pistolas são muito menos pesadas, mas a quantidade de tiros que se podia disparar com elas é horrivel comparado com aquele tipo de metralhadora. Mas o Sangue Azul não tinha tempo para ficar pensando nesse tipo de baboseira, não enquanto estivesse naquela situação.

Rato tinha se dado extremamente mal, Arnald sentiu a dor dele quando viu a furia do lobo gigante. Ele não sabia se aquele ser sabia escalar árvores, mas não iria pagar para ver. Rato com certeza tinha sido morto, achando que poderia lutar, quando a única opção era correr e buscar abrigo. Richard com certeza tinha escapado e estava a uma boa distância, mas o Ventrue não. Ele precisava daquele maldito carro pra sair dali inteiro. E pra isso, aquela criatura precisava de uma distração. Arnald encarou o Denver, precisava da colaboração dele - Denver, se não colaborarmos, nós vamos morrer! Eu tenho um armamento pesado por aqui,eu posso matá-lo, mas preciso ir buscar ele! Se você distrair esse bicho, podemos escapar com vida! Confie em mim!* - Se o mesmo concordasse, o cainita pularia por entre algumas árvores e desceria em uma distância segura, e então iria em direção ao carro.






*- Manipulação - Convencer o Ductus a colaborar com Bradley, para que ele possa alcançar o carro.

Normalmente você não lembra de certos fatos que ocorreram a 15 anos atras, um presente que recebeu ou deu, uma paixãozinha platônica ou a festa de fim de ano com aqueles amigos que você nunca mais viu. Após 200 anos vivendo em escuridão e sobrevivendo cada dia para ver a próxima noite você esquece de muita coisa.

Papa tentava não esquece de ter medo, foi forçado a aprender ter coragem, e isso é um perigo! Como correr dos perseguidores se não tiver coragem de correr para se esconder numa floresta densa e desconhecida  com suas feras famintas. È preciso coragem para após ser encurralado, pular do penhasco esperando que o rio la em baixo o salve. È preciso ser corajoso para ser um vampiro bicentenário caçado. Mas há quem diga que a coragem é apenas a nobreza da tolice! Mas definitivamente não foi sendo tolo que o velho Samedi conseguiu ver tantas luas. Não, não foi!

Deitado naquele caixão, rumo ao desconhecido velho mundo, com seres nunca confiáveis, ele repensa suas ações! Vampiros tem a maldade e a traição correndo em suas veias , dissolvidas no vitae. È como se isso fosse absorvido de suas vítimas. Quem sabe é algo que ainda não se percebeu no  mundo dos sugadores e quem sabe encontre-se um antidoto no futuro, seria algo facilitador, mas por enquanto é isso que temos de fato, a má fé. Quem realmente eram aqueles cainitas egocêntricos e cheios de segredos com quem ele estava se cercando?

Talvez fosse uma boa ideia sair dali enquanto há tempo e ainda estão nas terras americanas,seu lar, onde ele era perito em sobreviver. Não seria assim tão complicado desaparecer e nunca mais ser visto, não havia uma divida a ser saldada, não havia nada além de sua visão! Por que devia ir naquela missão? Por causa de uma visão estúpida?

Papa sabia que a linha entre uma premonição de destino e um aviso de Pare é muito tênue. Suas visões são cretinas e nunca, nenhuma delas vem com menos de 1000 peças a serem montadas num quebra-cabeça de figuras geométricas monocromal. O mais interessante é que a origem dessa sobrenaturalidade é desconhecida. Seria deus  tendo piedade de sua alma ou simplesmente uma descontraída brincadeira de um ancião entediado? O fato é que as visões sempre repercutiam em grandes resultados, seja para ele mesmo ou para outros. Sim ele era uma marionete espiritual e como um boneco de ventriloquismo limitado a sua estupidez de madeira ele também não sabia os horários do show e sabia que precisa estar inteiro e funcional para ser usado. Ao menos as linhas que o prendiam eram frouxas e sua pouca liberdade externa era limitada pelo dilema de guardar ou exteriorizar a premonição.  Ele acabou aceitando essa missão porque se auto-convenceu de que é o destino quem o sopra nessa direção. Estava frágil e entediado, sentiu nas palavras da sua requisição um tom de reconhecimento de uma nobresa merecida. Tolice! De que vale isso se você encontra a morte final?

Papa coloca as mãos nas bordas do caixão pronto para saltar dali e voltar aos seus livros na calmaria da capela do cemitério sob a proteção do Cristo Crucificado. Crucificado por não ser cheio da nobreza da tolice, a coragem de morrer pelos homens!



OFF:
Confirmando minha presença nos próximos capítulos, vamos ver o ruir do velho mundo! Obrigado ao companheiro Rian pelas cenas delicioas e ao nosso narrador pelo enredo! Beijo a todos os outros jogadores, espero contracenar com todos! beijux!