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Long-gone London: Capítulo II – A profecia dos lunáticos

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Mensagem por JosephineRaven Dom Mar 08, 2015 6:03 pm

Crônicas passadas:

Long-gone London: Prólogo - O declínio do Novo Mundo
https://vampiros-a-mascara.forumeiros.com/t3771-long-gone-london-prologo-o-declinio-do-novo-mundo

Long-gone London: Capítulo I - O baile dos amaldiçoados
https://vampiros-a-mascara.forumeiros.com/t3875-long-gone-london-capitulo-i-o-baile-dos-amaldicoados


Long-gone London: Capítulo II – A profecia dos lunáticos

América: terra da liberdade e de oportunidades

Long-gone London: Capítulo II – A profecia dos lunáticos Aua2pj

Cansados das maquinações e lutas pelo poder de Anciões de centenas ou até milênios de anos no Reino Unido, Ancillas e Neófitos rumaram para os Estados Unidos na esperança de se estabelecerem, acumulando poder e riqueza no mais novo continente. No entanto, os séculos dourados da Camarilla na América vêm se esfacelando pouco a pouco...
Portland, Maine (Estados Unidos) – maio de 2012[/right]


Já faz quase um ano que o Sabbath vem tomando a costa leste. Apesar dos incríveis esforços de Anciões, Príncipes e Xerifes da Camarilla, os ataques surpresa da seita rival continuam destruindo as cidades mais importantes da América: Miami, Atlanta, Washington D.C., Philadelphia e finalmente Nova Iorque. Portland é o último lugar restante onde a Camarilla está se refugiando. No entanto, é indubitável que se uma atitude não for tomada imediatamente, os Membros dessa seita serão subjugados e exterminados pelo Sabbath.

O ataque da seita rival à costa leste foi planejado durante décadas e com  organização adequada e recrutamento extensivo sob o comando da Bispo Ecaterina, a tomada das cidades foi mais fácil do que parecia. As brigas e desentendimentos dentro da Torre de Marfim fez com que o Sabbath conseguisse se aproveitar da situação para quebrar a seita de uma vez por todas.

O príncipe de Portland, o Brujah Martin Evans, está trabalhando em conjunto com Calebros (de New York) e Vittel (de Washington), os únicos príncipes da costa leste que sobreviveram aos ataques. Além disso, Evans acolhe todo cainita da Camarilla refugiado das cidades sitiadas, mas por questões de segurança, o controle dos limites da cidade é rigoroso. A seita quer evitar qualquer tipo de espião que queira entrar em Portland. Apesar disso, a Camarilla tem visto com bons olhos todo e qualquer tipo de ajuda para evitar a entrada do Sabbath, seja este auxílio proveniente da própria Camarilla de outros domínios, de cainitas independentes ou anarquistas.

O Elísio da cidade, assim como a localização do(s) príncipe(s) do Maine vem mudando a cada semana, senão reunião. O endereço dos encontros entre os cainitas é sempre avisado em cima da hora para evitar ser vazado ao Sabbath. Localizado no segundo andar de um bar nos subúrbios de Portland, a Torre de Marfim organizou a próxima reunião da corte que está acontecendo nesse exato momento. Com a ajuda dos cainitas mais importantes da região, essa reunião será um encontro crucial para os rumos da seita. Em paralelo, há alguns dias atrás, um anarquista Malkaviano chamado Antoine Thillay chegou a Portland vindo do Velho Mundo. Segundo os rumores, ele havia tido umas visões  proféticas sobre a guerra entre as seitas e o fim do mundo e gostaria de contribuir com a situação. Mas o clima de paranoia ainda toma conta da cidade e os Membros se perguntam até que ponto toda e qualquer ajuda seria bem-vinda ou se interferências externas se tornariam uma ameaça ainda maior para a Torre de Marfim.
Enquanto isso, no Velho Mundo...

Long-gone London: Capítulo II – A profecia dos lunáticos 2l9tvn7

Londres (Reino Unido), maio de 2012



Enquanto os Estados Unidos sofrem com o caos e a disputa por territórios, o Reino Unido se mostra uma ilha mais estável do que nunca. Pelo menos é o que mostram as aparências. A cidade de Londres sempre foi controlada a punhos de ferro pelo Príncipe Ventrue Lady Anne Bowesley, desde a derrota do Sabbath em 1889. A Camarilla domina a cidade e anarquistas geralmente não são vistos com bons-olhos pelos londrinos.

No entanto, faz algumas semanas que o domínio de Lady Anne vem saindo do controle a partir do desaparecimento de Theodore Pritchard, um Tremere de status na Camarilla londrina. O clã dos feiticeiros tem mobilizado esforços não só na capital inglesa mas como em várias capelas britânicas para solucionar o desaparecimento.

Mas a situação só tem piorado. Ao fazer um ritual avançado para saber se Pritchard encontrara a Morte Final, o assistente do Regente ficou preso nas Shadowlands após o roubo de um dos artefatos místicos que estava sendo utilizado no ritual. O clã Tremere culpa o príncipe pelos acontecimentos, afrontando sutilmente sua Práxis.

O grande desafio hoje em dia, é manter a ordem na cidade e evitar a quebra da máscara, afinal, ultimamente parece que alguns membros  da Camarilla desejam achar uma brecha para destruir a própria seita por dentro e demolir a Práxis atual Príncipe.

Será que a Camarilla perderá credibilidade em Londres após mais de um século de controle? De que lado os membros estarão? Mesmo que um conflito interno da seita não seja proeminente, alguns membros já começaram a confabular para garantir seu status atual, enquanto outros querem aproveitar para aumentar sua influência...

A fronteira entre aliado e inimigo é muito tênue. Londres pode ser um lugar perigoso para quem não está atento, por outro lado, os ambiciosos terão uma grande possibilidade de ascensão na sociedade cainita.

Narrador: Josephine Raven
Seitas: Camarilla, anarquistas, independentes, ghouls, caçadores, humanos
Tema: investigação, sobrevivência
Mood: aventura
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Mensagem por Ignus Seg Mar 09, 2015 6:29 am

Aguardando ansioso.
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Mensagem por JosephineRaven Ter Mar 10, 2015 5:46 pm

bem-vindos a minha crônica, para aos antigos e para os novos Smile
Como havia falado em particular com os meus players, estou em período de mudanças e vou tentar postar pelo menos uma vez por semana. Estou me mudando de país dia 19 de março e até lá mega enrolada, mas se eu conseguir postar antes, irei fazer assim que puder.
Qualquer dúvida, sugestões ou críticas durante o ciclo, é só mandar por MP
divirtam-se!
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Mensagem por Ury Wayne Ter Mar 10, 2015 9:13 pm

"Não importa quão limitado possa parecer o começo: aquilo que é feito uma vez está feito para sempre."

Thoreau
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Mensagem por JosephineRaven Qua Mar 11, 2015 1:20 pm

Henry Crow:

OFF: recomendo que leia os últimos posts (o link da cronica está no topo da pagina) pra entrar no plot novamente.

Ao contrário de outros Sangue-Azuis, Henry tinha uma conveniente relação com o clã Nosferatu, tão conveniente que as vezes os ratos de esgoto lhe tratavam como um deles e Crow não sabia como reagir. De qualquer maneira, o Ventrue iria ajudar o clã a conseguir informações sobre Antoine, pois isso contribuiria ao mesmo tempo para que ele alavancasse na seita como estava acontecendo até agora. Ainda seguindo a sua lógica estrategista, o Ventrue tenta intervir no interrogatório do Malkaviano, mas infelizmente bombardear o lunático com perguntas não havia sido o melhor approach. Sua mente fora levada por Antoine e os seus piores pesadelos haviam sido despertados, antes que o Ventrue pudesse educadamente fazer algo.

Agora, amarrado no divã Henry repensava no que iria fazer. Crow refletia rapidamente se aquilo fora alguma estratégia de um cainita que poderia estar contra ele, na verdade, por um segundo ele sentiu que não poderia confiar em ninguém. Talvez nem no seu próprio mentor, afinal aquela fora uma das experiências mais insanas que já tivera em sua existência até agora. Em seguida, o cainita tentava relembrar sobre os flashes que ele conseguira identificar naquele momento, por que ele haveria visto uma colina erodida e mais curioso ainda, por ele havia visto Duncan Bass?

Mas Henry só conseguiria achar algumas respostas para as suas indagações depois que se levantasse dali. Pelo que o Ventrue poderia ver, estava em um lugar totalmente diferente do bar onde se encontrava antes. Mas por estar em uma reunião importante da Camarilla, Henry sabia que o lugar de agora não deveria ser hostil. Muito provavelmente, haveria uma boa razão para explicar o porquê dele estar amarrado. Henry tentava se desvencilhar sem sucesso, as suas mãos estavam livres, mas a corrente de metal que cruzava os seus ombros circundava a parte superior do divã por umas três voltas e por isso, as suas mãos não seriam longas o suficiente para abrir a corrente. Mas ao tentar se desvencilhar, Crow percebera que havia algo diferente com o seu braço. O seu osso estava quebrado e a marca da palma da mão do lunático ainda podia ser vista, como se fosse queimada em sua própria pele. Mas agora o Ventrue não sentia dor, apenas com o seu sangue, ele poderia recuperar aquela lesão e tentar obter algumas respostas para as suas perguntas.

Sem conseguir se desvencilhar das amarras, Henry gritava por ajuda. Após alguns segundos, ele ouvia som de passos adentrando a sala onde estava. Uma silhueta masculina pairava sobre a sua cabeça, mas a sua visão ainda estava embaçada e por isso não conseguia enxergar com precisão quem estivesse por perto.

- Está consciente... – dizia a voz aparentemente para outra pessoa – o senhor está sentindo algum tipo de dor?

- Achei que iria enlouquecer de vez. O senhor começou a ter convulsões e a gritar palavras sem sentido. – ele fazia uma pausa esperando Henry absorver as informações e em seguida continuava – E o pior de tudo é que nenhum dos presentes queria tocá-lo, como se fosse uma doença contagiosa ou uma corrente elétrica. De qualquer maneira, Jack conseguiu interromper o surto de demência e lhe trouxe para o meu refúgio sob meu comando. Recomendo que fique por aqui, pelo menos pelos próximas noites, pois não sabemos que tipo de efeito colateral isso possa ter.

- Ah antes que o senhor me pergunte, enquanto o senhor Thillay... ele conseguiu escapar da reunião antes que alguém fizesse algo.

Reserva de sangue: 11/15
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Mensagem por JosephineRaven Qui Mar 12, 2015 6:49 am

OFF: recomendo que leiam os últimos posts (o link da cronica está no topo da pagina) pra entrar no plot novamente.

Walter Banes:

Walter descia do seu jato e sentia o ar da noite de Londres. A pista estava molhada pela chuva fina que caía naquela hora, refletindo os holofotes na pista de pouso. O Tremere não estava muito acostumado com o fuso horário, mas ele sabia que não teria muito tempo até que os primeiros sinais do amanhecer aparecessem. Provavelmente não conseguiria chegar a tempo suficiente no gabinete da Príncipe, sendo assim, Banes pedia um táxi e se dirigia a um hotel no Kensington. Amanhã a noite iria começar a tratar dos assuntos, ironicamente havia uma bomba na sua mão e somente ele poderia decidir o destino disto.

O cainita pensava sobre as fotos do dossiê antes de cair em um sono profundo, mas o seu descanso não foi tão profundo como ele desejava. Banes teve pesadelos com explosões e fogo, e sem que ele percebesse, o seu corpo imóvel de morto-vivo produzia leve espasmos durante o dia. Na noite seguinte, o Tremere despertava de um mergulho escuridão. De certa forma, era um alívio estar ali seguro naquele quarto do hotel, mas logo que se sentara, se lembrava de que o que acontecera na noite anterior, não fora um pesadelo e o tal dossier ainda se encontrava pousado na sua mesa. Walter passava a mão pela testa e sentia algumas gotas de vitae escorrendo dos seus poros. Definitivamente, ele precisava sair daquele refúgio e tomar algumas providências.

Reserva de sangue: 8/13

-----------------------------

Lobo:

De certa forma, o Lobo havia conseguido alguma informação útil. O papel que a Harpia entregara continha o endereço dos dois Tremere que ele perguntara. No fundo, a sua besta rugia por causa das suas sombras do passado, o Brujah já tinha alguma pista, mas todo aquele mistério sobrenatural sobre a Regente na verdade fazia o seu sangue ferver. O cainita precisava sair dali de maneira ligeira. Anabela olhava toda aquela confusão de maneira curiosa, mas assim como os outros amaldiçoados, ela nem sequer cogitava em se aproximar fisicamente da loucura contagiosa. Do seu outro lado, Crusher também lançava olhares de indagação que queria dizer algo que o próprio Lobo falara em voz alta “mas que porra é essa?”

Sem palhaçada, o Xerife virava para seu companheiro e respondia:

- Concordo com você, esse circo já passou dos limites. Assim que a poeira baixar, saímos daqui ou vamos falar direto com Evans.

O tempo em que demorou para o Príncipe e o Conde ver o que tinha acontecido, foram apenas alguns minutos, mas para o Lobo, aquilo parecia a eternidade. A sua besta ainda rugia alto por causa da Regente e aquele frenesi malkaviano não lhe ajudava em nada a manter a postura.

teste:

O Brujah continuava a tremer e ele tinha vontade de espancar alguém ali daquela sala. Talvez a Harpia maldita ou o próprio Andrea, que estavam ao seu lado. Ele fechava os olhos e se concentrava enquanto os segundos intermináveis se passavam naquela noite. Até que finalmente, ainda com a vista meio turva, o cainita via o círculo se afastar do Ventrue caído no centro do salão, enquanto a sua besta se acalmava progressivamente. O Conde vinha na frente, e Jack, carregava o Sangue-Azul desmaiado pelos braços logo atrás. Antes que ambos saíssem pela porta dupla de metal, Harrold falava com Crusher e o Lobo:

- Preciso resolver isso aqui, mas ainda não terminamos a nossa conversa. Como prometido aos senhores lhes darei refúgio na minha nobre casa esta noite até que encontrem um lugar para ficar. Não tenham pressa, Isabelle sabe onde me encontrar. Tenham uma boa noite.

Reserva de sangue: 15/15
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Mensagem por JosephineRaven Qui Mar 12, 2015 10:40 am

OFF: recomendo que leiam os últimos posts (o link da cronica está no topo da pagina) pra entrar no plot novamente.


Andrea Ferro:

Enquanto Andrea tentava chamar a atenção da Harpia, Anabela estava muito concentrada naquele espetáculo ocorrendo no salão. Parecia que ela olhava ao mesmo tempo para Andrea e para os cainitas lá no meio.

- Você acredita nisso? Tem alguma coisa muito errada acontecendo por aqui. Olhe aquele Ventrue, parece que o lunático está fritando o seu cérebro. Você acha mesmo que a sua profecia é de verdade? – ela olhava para o Ventrue com um olhar muito curioso. Se Andrea olhasse bem, daria para perceber que ela estava maquinando várias teorias dentro de sua mente, era como se o seu cérebro estivesse em pleno vapor.

O círculo dos amaldiçoados que havia se formado em torno de seu companheiro de clã se abria e o cantor podia ver o Conde voltando com Jack logo atrás, carregando o Ventrue pelos braços. Ambos diziam algo a Xerife Crusher e se retiravam pela porta de metal. Anabela ainda seguia tudo com os olhos, de maneira curiosa. Como se a Toreador saísse de um transe, ela se voltava para Andrea e dizia:

- Preciso resolver uns assuntos. Esse louco desvairado está me deixando com muitas suspeitas. Mas irei ajuda-lo como prometi, me encontre na boate do Conde mais tarde, o endereço está no cartão – dizia ela apontando para o bolso do terno do Ventrue.

- Acho que não é mais seguro ficar por aqui – comentava uma voz feminina atrás do cainita que ele reconhecia de longe. Andrea se virava e via Isabelle Thompson.

-  Vamos para a casa do Conde pois é o refúgio mais prático que poderemos encontrar esta noite. – completava a ruiva.

Reserva de sangue: 5/10

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Uryuda Chiovenda:

Enquanto se deliciava da vitae rubra que descia a sua garganta, Uryuda não conseguia parar de pensar naquela mensagem revelada pelas chamas. A Regente tinha conhecimento de algo além que o Tremere não sabia, e aquele sinal de aviso foi o suficiente para que ele tentasse buscar algo mais seguro no velho continente. As três meretrizes possivelmente tiveram um dos melhores prazeres de suas míseras vidas e enquanto Chiovenda se preparava para partir, deixando o pagamento em cima da mesa de cabeceira, ele já maquinava alguma maneira de não ser traído pelo astro-rei.

Apesar de todas as adversidades que passara nas últimas noite e o medo vermelho que rondara a sua passagem pelas turbulentas ruas de Washington, a sorte começava a aparecer do seu lado. Se o cainita partisse logo do aeroporto, ele poderia pegar uma conexão de Nova York que o levaria para a capital inglesa bem antes de o sol aparecer.

Após todo o papelório aeroportuário, Uruyda apertava os seus cintos enquanto refletia em como iria proceder assim que pusesse os pés na Brittania. Sua cabeça girava enquanto pensava em alguma maneira de resgatar o seu mentor.

Reserva de sangue: 12/15
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Mensagem por Ury Wayne Qui Mar 12, 2015 10:32 pm

Não vivemos como mortais, porque tratamos das coisas desta vida como se esta vida fora eterna. Não vivemos como imortais, porque nos esquecemos tanto da vida eterna, como se não houvera tal vida. Antônio Vieira




Diligente. Assim me sinto nas noites atuais. Apesar de jamais ter olvidado do esmero, há um excesso hodierno; as labaredas de Washington ainda queimam meu descanso em todas as minhas tentativas de esquecimento.

Uma noite por vez, o cadáver ambulante que habito sobrevive, tornando-se inevitavelmente mórbido, mas igualmente poderoso. O tempo é um aliado lento que passa rápido.

Sinto compreender mais da alma imanente a cada indivíduo, ao tempo em que a sinto perecer dentro de mim. Revolver emoções, agitar o manso, silenciar o intrépido, façanhas notáveis para um mortal, mas para aqueles que caminham a noite, e somente a noite, é uma mera faceta da pitoresca e misteriosa não vida e seus dons.

Imagino que poderia, nesse momento, declamar Nietzsche: "Temos a arte para não morrer da verdade." E a verdade é que morro um pouco a cada muito que vivo, e por mais paradoxal que possa parecer, trata-se de um sentimento libertador, apesar de solitário. Desde que Alexy partiu sinto-me emancipadamente convicto.

Uma faísca do passado invade minha mente, risos de um dia ensolarado parecem mais com uma ilusão do que efetivamente uma memória. Era um domingo de manhã, o café após a missa dominical, posso ainda sentir o cheiro verde da grama convidando-me a brincar com meu avô. Minhas férias na Itália sempre me foram agradabilíssimas. Essas eram as lembranças do velho mundo, um velho Uryuda Chiovenda, ainda sendo uma criança, à época o atavismo me rendeu muito além do que o sobrenome, meu avô muito me ensinou. Lamento que todos os seus aforismos me sejam despiciendos no momento.

Meus sentidos predatórios afastam-me do regozijo de minhas reminiscências. Tão doce é a memória infante, tão voraz é a visão proporcionada pelo topo da cadeia alimentar, elos de uma corrente que não conseguem se unir em meus pensamentos. Se Darwin está certo, como creio que esteja, lutaremos contra a natureza, contudo, em nosso afã a besta terá a predileção da seleção natural.

Insiro o aparelho auditivo em meus ouvidos e o "inverno de Vivaldi" enche meu coração. Se soubesse que aquele voo possuía epíteto musical teria feito antes a audição; umas das mulheres da tripulação me oferece algo para beber, se não tivesse a máscara por entrave deleitaria em tal conviva. Fecho os olhos e um violino aguça minha paz. Ergo as pálpebras e vejo um azul claro emanar de mim, então elevo meu olhar e vejo uma aquarela, uma profusão de cores em meus companheiros de viagem; como me agradaria conhecer a todos intimamente, talvez isso extingue-se minha solidão. O colorido mágico entorpece meus pensamentos...

Fecho os olhos e reflito sobre minha chegada; conforme o autointitulado comandante, cujo domínio não há ninguém em subsunção, logo esterei em Londres.
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Mensagem por Ignus Sex Mar 13, 2015 3:31 am

Mas ao tentar se desvencilhar, Crow percebera que havia algo diferente com o seu braço. O seu osso estava quebrado e a marca da palma da mão do lunático ainda podia ser vista, como se fosse queimada em sua própria pele. Mas agora o Ventrue não sentia dor, apenas com o seu sangue, ele poderia recuperar aquela lesão e tentar obter algumas respostas para as suas perguntas.

Depois daquela experiência mental Henry não tinha absoluta certeza de como os fatos se desenrolaram antes, mas ele não lembrava de ter recebido uma pancada ou coisa que o valha no braço. Somando-se a isso o fato de a palma da mão estar visível em local tão próximo ao ferimento sugeria a Crow que seu osso fora quebrado pela força do apertão da mão do Lunático.

"O desgraçado que me atacou deve ser bastante forte se conseguiu quebrar um osso meu apenas fechando a mão sobre meu braço. Não sou um ignorante na arte da Fortitude e tenho consciência que não é nada fácil me ferir. Devo ter a força descomunal dele em consideração quando de nosso próximo encontro. Quanto a esse osso quebrado, vou ter de dispender alguma vitae para repará-lo, mas é melhor primeiro aguardar para ver se terei de empregar o sangue para quebrar essas correntes ou não."

Sem conseguir se desvencilhar das amarras, Henry gritava por ajuda. Após alguns segundos, ele ouvia som de passos adentrando a sala onde estava. Uma silhueta masculina pairava sobre a sua cabeça, mas a sua visão ainda estava embaçada e por isso não conseguia enxergar com precisão quem estivesse por perto.

- Está consciente... – dizia a voz aparentemente para outra pessoa – o senhor está sentindo algum tipo de dor?

-Sim, no orgulho. Fui atacado e posto inconsciente em pleno Elísio. Afora isso estou bem, eu acho. - Henry não viu motivo para falar sobre seu braço quebrado para seu interlocutor desconhecido.

-- Achei que iria enlouquecer de vez. O senhor começou a ter convulsões e a gritar palavras sem sentido. – ele fazia uma pausa esperando Henry absorver as informações e em seguida continuava – E o pior de tudo é que nenhum dos presentes queria tocá-lo, como se fosse uma doença contagiosa ou uma corrente elétrica. De qualquer maneira, Jack conseguiu interromper o surto de demência e lhe trouxe para o meu refúgio sob meu comando. Recomendo que fique por aqui, pelo menos pelos próximas noites, pois não sabemos que tipo de efeito colateral isso possa ter.

" 'Recomenda'? Quão sugestivo ou peremptória será essa recomendação? Será que fui feito prisioneiro agora? Se for esse o caso o surgimento daquele Lunático deve ter sido orquestrado para me tirar da jogada."

- Ah antes que o senhor me pergunte, enquanto o senhor Thillay... ele conseguiu escapar da reunião antes que alguém fizesse algo.

"Um cainita entra sozinho em pleno Conselho da Camarila, ataca um membro da seita e escapa impunemente do local do crime?? Ou quem manda na Torre local está controlando esse sujeito ou Evans é ainda mais inútil do que eu imaginava."

-Agradeço por sua gentileza e hospitalidade em me trazer para seu refúgio. Lamento muito pelos transtornos inerentes a minha acolhida. -Um bom Sangue Azul devia dispensar a cortesia adequada - Pausa -Ainda não tive a oportunidade de saber o nome de meu anfitrião.- Pausa - Quanto tempo eu fiquei apagado,? Ainda estamos em Portland? - Pausa

"Hora de descobrir com alguma suavidade se sou um prisioneiro aqui ou não."

- Mas onde estão minhas maneiras? Ainda não sei o nome de meu anfitrião.
- Pausa  -É um prazer conhecê-lo, embora em tão infelizes circunstâncias, sr. XXX. Apertaria sua mão adequadamente caso pudesse. Por sinal, o Sr. poderia fazer a gentileza de libertar e me indicar um banheiro onde possa lavar o rosto? Acredito não estar apresentável no momento e gostaria de me recompor.
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Mensagem por JosephineRaven Sáb Mar 14, 2015 6:52 am

Rezek:

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Palácio de Calton Hill, Edimburgo – Escócia


A nicotina queimava lentamente, indo direto para os seus pulmões atrofiados, já não mais fazendo efeito e Rezek admirava a paisagem escocesa enquanto seus outros associados ainda não havia chegado à reunião. Do topo da colina, o Tremere podia ver todas as luzes da cidade mais vibrante da Escócia, um cenário que contrastava bastante com o caos e o fogo de Washington DC das últimas noites. Enquanto a Costa Leste americana caía nas mãos do Sabá, o velho continente estava mais pacífico do que qualquer cainita podia imaginar, na verdade, um ambiente tão plácido que chegava a preocupar o feiticeiro.

Seus devaneios foram interrompidos por uma voz masculina aveludada as suas costas:

- Boa noite, creio que chegou mais cedo do que eu imaginava.

Rezek se virava para ver Franco, o Ventrue espanhol com suas feições um pouco vexadas. Provavelmente não fora muito elegante ter chegado após o Tremere.

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Foto: Arconte Franco - clã Ventrue

- Bela vista, não? – acompanhava uma voz feminina que chegava atrás de Franco, Violetta Hayett, primógena do clã de Rosa de Edimburgo, e nomeada Arconte há duas noites atrás.

Long-gone London: Capítulo II – A profecia dos lunáticos 4qnes9
Foto: Violetta Hayett, primógena Toreador de Edimburgo, Arconte

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Mensagem por Detective Comics Dom Mar 15, 2015 11:18 am

Com a idéia fixa que o sol fraco teria mais força aqui, toco o terreno afim de sentir um resquício de calor. Mas para meu desgosto estava tão fria quanto a bondade. Besteira! Massageio os nós dos dedos enquanto fazia um "desenho místico" com as guinbas de cigarro, algo parecido com um pentagrama, que normalmente utilizo pra adornar usos de magia - um embuste profissional. Útil somente para preencher a imaginação dos inéptos.

Mas quando Franco me surpreende, sinto a nostalgia tomando conta de onde a presunção e execesso de confiança já fizeram morada. Um vampiro amadurecido? Não me faça rir, seu cão de guerra!
- Na verdade sempre chego cedo, mas fico escondido pra saber o que conspiram na minha ausencia. - Mentia para o 'capitão', rindo entre os dentes, agora que imaginava a possibilidade de sempre se constrangerem n reuniões futuras, imaginando se estou espreitando.

Confirmava com um acebo o convite para conversa feita pela rookie (novata), repousando os olhos em beleza tão rára imaginando o contraste que suas perversões deviam fazer. Era o maior preconceito do bruxo: quanto mais polído e apreciável, mais negro o coração. Um preconceito engendrado pelos alemães ao definirem judeus, mas o Lich não  pretendia resolver nenhuma encoerencia moral. Não neste século.

"Bela vista, não?" Indagou como alguém que puxa assunto com um estranho observando um quadro em Louvre. Numa cena como essa responderia "eu tenho cara de quem aprecia essas besteiras?" Ela fingiria ruborizar, como se não fosse acostumada com bárbaros ignorantes e me ofenderia com tanta classe que jamais entenderia o que quis dizer exatamente Mas ela não deve gostar de quadros com valores exorbitantes assinados por artistas que ninguém dá a mínima se morreu, ela gosta de arquitetura. E de cidades eu entendo bem:
- Essa arquitetura é idealizada para dar boas vindas aos visitantes, mas isso é o que os políticos dizem. Sou dá opinião que são idealizadas de modo que o visitante, imigrante estrangeiro, se sinta um merda. Culturalmente inferior e apequenado como indivíduo. - Os olhos só deixavam de descansar na beleza da rookie para varrer a colina atrás de mais Imortais.
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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Dom Mar 15, 2015 2:14 pm

- Você acredita nisso? Tem alguma coisa muito errada acontecendo por aqui. Olhe aquele Ventrue, parece que o lunático está fritando o seu cérebro. Você acha mesmo que a sua profecia é de verdade? – ela olhava para o Ventrue com um olhar muito curioso. Se Andrea olhasse bem, daria para perceber que ela estava maquinando várias teorias dentro de sua mente, era como se o seu cérebro estivesse em pleno vapor.

-- Sinceramente? - Andrea tentava ganhar tempo. Não sabia ao certo o que dizer para a Toreador. Seus pensamentos eram confusos e o Ventrue não conseguia se concentrar na cena ao redor.

- Preciso resolver uns assuntos. Esse louco desvairado está me deixando com muitas suspeitas. Mas irei ajuda-lo como prometi, me encontre na boate do Conde mais tarde, o endereço está no cartão – dizia ela apontando para o bolso do terno do Ventrue.

- Acho que não é mais seguro ficar por aqui – comentava uma voz feminina atrás do cainita que ele reconhecia de longe. Andrea se virava e via Isabelle Thompson.

- Vamos para a casa do Conde pois é o refúgio mais prático que poderemos encontrar esta noite. – completava a ruiva.

O Ventrue ainda estava em "transe" e não vira a Toreador saindo, quando se deu conta, Isabelle falava com ele.
-- Certo...
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Mensagem por painkiller Sáb Mar 21, 2015 4:36 pm

Ver os nomes, sentir o papel, a besta rugia alto, queria sair dali, queria ir até lá sentindo o cheiro do sangue e do medo daqueles afetados para então arrancar suas cabeças e mastigar seus corações, mais uma vez o charuto vinha à boca enquanto eu pensava e controlava-me, dessa vez não iria mastigar e ficar com o gosto amargo do tabaco mascado em minha boca, não dessa vez, aplacava a besta e mostrava para ela quem tinha o maior pau.

Quando finalmente pude me recompor, o engomadinho de terno vinha até mim, ele sabia que me devia e devia para o Crusher também, carregando o outro que havia desmaiado, realmente algo difícil de se ver um cainita desmaiado sem levar nenhuma porra ou não ser atingido por nada que não bata com tanta força quanto um touro levando choque nos culhões.

- Preciso resolver isso aqui, mas ainda não terminamos a nossa conversa. Como prometido aos senhores lhes darei refúgio na minha nobre casa esta noite até que encontrem um lugar para ficar. Não tenham pressa, Isabelle sabe onde me encontrar. Tenham uma boa noite.

-- Até mais. -- dizia e me virava imediatamente para o Crusher.

-- Então Crusher, vamos ficar na casa do sangue Azul ou montar nosso próprio refúgio nessa pocilga de cidade? -- Falava enquanto girava o charuto entre os dedos. -- Quando vamos ter carta branca pra fazer o que nós sabemos fazer e deixamos a política para os nerds?
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Mensagem por JosephineRaven Seg Mar 30, 2015 4:50 pm

Uryuda Chiovenda:

Em meio a memórias de uma vida mortal há muito tempo vivida e uma existência imortal que se prolonga a cada noite, Uryuda possui tempo o suficiente para refletir sobre tudo que está a sua volta, o passado, o presente e um futuro incerto do qual só as suas decisões farão diferença nessa nova ordem caótica. A volta ao Velho Mundo remetia Uryuda à lembranças de infância, um período derradeiro que não voltaria mais. Dessa vez seria completamente diferente, além de imortal, Chiovenda possuía agora muito mais responsabilidades que não existiam quando ele era criança.

Ao som do clássico que entoava em sua mente durante a viagem, o feiticeiro afastava a solidão que a maldição de Caim insista em suscitar. Era um mal que sempre existiria, mas ao tentar entender as almas de seus companheiros de viagem, o Tremere talvez pudesse apenas se entreter por algumas horas. Mas antes que ele percebesse, o trem de pouso descia com um ruído abrupto e a aeronave deslizava suavemente pela pista molhada pelo sereno da madrugada londrina. Uryuda não possuía muito tempo, pois havia apenas um par de horas antes que o astro-rei, novamente como uma maldição trazida por Caim, acometesse o Feiticeiro.

Off: post curto, mas dependendo pra onde você for, eu continuo em seguida.
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Mensagem por JosephineRaven Sex Abr 03, 2015 4:00 pm


Henry Crow:

Henry ficara um pouco surpreso com a marca no seu braço, os minutos intermináveis do blackout indubitavelmente não ajudavam a entender o que ou quem o havia ferido, mas pelo formato do hematoma, havia vindo do Malkaviano e por isso, o sangue azul deveria levar isso em consideração caso eles se encontrassem novamente. Era estranho ver que o seu osso não somente estava quebrado como parecia que o lunático havia queimado a sua pele, um fato bem misterioso do qual Crow deveria procurar algumas respostas, talvez a inglesa soubesse a fonte daquele fenômeno.

Enquanto o anfitrião misterioso conversava com Henry, inúmeras possibilidades passavam pela mente do Sangue Azul, a mais notória delas era que toda essa confusão do Elísio havia sido orquestrada propositalmente para tirar Henry da jogada já que ele estava tendo uma ótima performance nas negociações com a nata da Torre de Marfim. Tudo levava a crer que Henry estava certo pois não era possível que um cainita se usasse de disciplinas contra alguém inocente e escapasse ileso da reunião.

Calmamente, o vulto disforme que estava a sua frente, respondia à todas as suas indagações:

- Desculpe a indelicadeza em não me apresentar, no entanto, os últimos acontecimentos foram muito conturbados para tal. Eu sou o Conde Harold Earnest Cavendish, progênie do Barão Friedrich von Sieburg, progênie de Gaius Marcellus, progênie de Veddartha, progênie de Ventrue, ao seu dispor – dizia o aristocrata apertando a mão de Henry de maneira levemente deselegante pois este ainda estava acorrentado – Pelas minhas contas o senhor ficou quase três horas desacordado, mas não saímos do domínio, estamos no meu refúgio no extremo sul de Portland.

Visto que Crow não apresentava mais nenhuma ameaça ao Conde, este chamou um de seus serviçais para soltar Henry enquanto dizia:

- Há um banheiro no final deste corredor, o senhor pode se refrescar e quando estiver pronto, me encontre em meu escritório, aqui do primeiro andar. Meu serviçal poderá acompanha-lo.

OFF: pode sair explorando a mansão se quiser ou tentar observar algum outro detalhe, mas o serviçal vai estar “na sua cola.”

Adiantando:


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Após dar duas batidas e abrir a porta de mogno, Henry adentrava em um recinto que era relativamente pequeno comparado ao resto da casa, mas ainda sim muito clássico e luxuoso. Com estantes e uma mesa revestida de madeira, o Ventrue também não pôde deixar de notar que havia uma pintura colossal a sua direita, um quadro do Conde Cavendish com um uniforme da marinha e muitas condecorações por cima do peito. A pintura parecia muito antiga, mas as feições do homem que estavam nela eram exatamente as mesmas daquele senhor sentado a sua frente do outro lado da mesa. A visão de Henry ainda continuava embaçada sem as suas lentes de contato, no entanto, a obra era tão gigantesca que não tinha como não ser visível aos seus olhos míopes.

O Conde fazia sinal para que Henry se sentasse e em seguida dizia:

- Novamente, lamento muito pelo que aconteceu esta noite, senhor Crow. Estou aqui neste domínio basicamente desde que esta nova terra foi descoberta e nunca antes na história de nossa espécie de Portland vi algo assim – dizia o anfitrião olhando fixamente para a marca no braço de Henry que ainda persistia.

- Não sei quais são as suas intenções aqui... bem, além de sobrevivência, é claro, mas o fato é que se o contra-ataque não for efetuado de forma ligeira, Portland também cairá nas mãos do Sabá rapidamente. Seja como for, meu refúgio está bastante protegido e o senhor pode ficar aqui o tempo que desejar. Acho até mais seguro, pois não sabemos os efeitos colaterais de nada do que o afetou, aqui o senhor terá serviçais a sua disposição, inclusive durante o dia.

Aparentemente, o Conde Cavendish havia salvado Henry das garras do lunático além de oferecer um lugar seguro para o Sangue Azul. Mas ainda sim, Crow jogava através da lógica do seu clã, e ele sabia que o auxílio do Conde a Henry significaria que ele fatalmente deveria devolver o favor em um futuro próximo.
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Mensagem por JosephineRaven Sex Abr 03, 2015 4:18 pm

Rezek:

Rezek se virava de costas com a língua afiada, mas sabia que Franco não acreditava em uma palavra do que dizia. Sim, o feiticeiro era muito astuto e eficiente, mas para o Ventrue, não passava de um cainita arrogante por fora e obediente à hierarquia por dentro. Após o segundo comentário do Tremere, Violetta apenas sorria levemente e respondia:

- São os encantamentos do Velho Mundo que se perduram inanimados através dos séculos.

Sua voz era extremamente doce, mas Rezek podia perceber que havia uma firmeza ineludível no seu tom. Talvez só por isso a novata tenha conseguido um posto importante na Torre de Marfim. Mas antes que o feiticeiro pudesse teorizar mais sobre a Rookie, Franco se sentava à mesa e batia as mãos.

- Não quero estar atrasado para a vídeo conferência com a senhora Justicar. Pela urgência do contato, creio que a nossa agenda estará cheia hoje a noite. Por isso mesmo me diga – se virava agora para Rezek – o senhor trouxe o pacote da América? – obviamente o Ventrue se referia ao Sabá em torpor que o cainita havia capturado na briga de bar.

-------------------

Andrea Ferro:

Os pensamentos de Andrea ainda estavam atordoados, ele sentia a fome e a besta ainda palpitando no fundo da sua alma. A voz de Anne ecoava pela sua mente e a imagem de suas blood bolls faziam com que ele estremecesse ainda mais. Talvez fosse realmente uma ideia melhor sair dali, ficar em um lugar mais calmo e pensar em quais seriam os seus próximos passos.

Isabelle pegava um táxi na rua e dava um endereço desconhecido para Andrea. Provavelmente o lugar que seria o refúgio do Conde, mas Andrea não se importava mais, ele só precisava se retirar daquela reunião insana e refletir com calma sobre a sua falta de rebanho. Após uns vinte minutos e uma viagem inteira com poucas palavras, o carro entrava por um portão de ferro alto que abria lentamente sem ranger, passando por uma estrada de terra no qual o Ventrue podia ver estátuas bem iluminadas e um jardim bem cuidado com arbustos em diferentes formas e um chafariz em frente a casa.

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A mansão se iluminava por dentro, sinalizando que já havia gente na casa, provavelmente o Conde já estava ali, mas Andrea não se preocupava com nada uma vez que estava acompanhado por Isabelle. Um serviçal vinha recebe-los a porta da mansão cumprimentando a aedilla pelo nome e o cantor apenas com um aceno de cabeça. O homem os guiava até um salão enorme, tão luxuoso quanto a fachada da casa, mas em um estilo rústico imperial. Ambos se sentavam em duas poltronas separadas e Andrea observava a decoração ao redor, em uma das paredes havia brasões de família de todos os tipos assim como armas brancas e armas de fogo de séculos passados que ornamentavam as outras partes da sala.

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Enquanto o serviçal avisava ao Conde que ambos havia chegado, Isabelle se virava com um olhar sério e indagava se Andrea estava mais calmo. Ironicamente, era ela quem estava tremendo.



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Mensagem por Detective Comics Sex Abr 03, 2015 8:14 pm

Não me surpreendeu realmente, mas me vi obrigado a levantar uma sombra celha. Guardava o 'presunto' pra fazer algum tipo de jogada política em benefício próprio, e não compartilha-la para o bem comum de alguma seita de psicopatas sugadores de sangue.

Não se pode ter tudo, dizia um oficial nazista ao tomar todo dinheiro de um comerciante, apontando que nem só porque ele trabalhou precisava também ser pago por aquilo. É como ver tudo aquilo e seguir uma bíblia própria pra você, estando pronto pra sobreviver a todo tipo de governo: o estado, o clan e a seita. É como ter um chefe que te odeia e espreita pra lhe ver cometendo algum erro.

- Sim, e passa muito bem, está pendurado numa camara de um frigorifico da cidade. - Respondia aceitando e perda do Sabá.
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Mensagem por JosephineRaven Sex Abr 03, 2015 9:10 pm

Lobo:

A besta se controlava e voltava ao seu lugar enquanto o frenesi de loucura do lunático também sossegava e o salão voltava ao normal apesar de os amaldiçoados estarem ainda espantados pelo que tinha acabado de acontecer. O Lobo dava uma última olhada no papel para a caligrafia em itálico da Harpia com o endereço dos dois filhos da puta que ele deveria caçar. Fatalmente aqueles feiticeiros deveria ter alguma informação sobre a Regente maldita ou sobre Camille.

Em seguida o Brujah indagava Crusher sobre o que fazer, que respondia prontamente:

- Por esta noite acho que o melhor a fazer é ficar lá, não temos muito tempo até o amanhecer e ainda não sei onde é seguro e onde não é. – ele pausava por alguns segundos e adicionava – essa história de ter alguém infiltrado está me deixando com a pulga atrás da orelha e acho melhor tomar mais cuidado do que o normal.

Assim que terminara de dizer essas palavras, Isabelle e Andrea passavam por eles em direção a porta dupla de metal que dava para a saída principal do bar por onde eles haviam entrado mais cedo.

- Acho que vou com eles e ver se consigo arrancar mais alguma coisa daquele ancião gagá. Vem comigo? Quer falar com o Príncipe? Ou vai explodir os feiticeiros?
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Mensagem por F4Ng0rN Sáb Abr 04, 2015 1:07 am

Walter lembrava-se vividamente das  últimas lembranças. Resolveu checar mais uma vez o dossiê e em seguida guardá-lo no cofre de seu quarto. Aquelas imagens eram perturbadoras e a idéia de Vettel estar envolvido também não lhe acalmava em nada.

"Por quê diabos o nome dele aparecera tantas vezes nos arquivos da coorporação responsável por este ataque? Mas que maldição. Enfim, não tenho tempo para isto agora, melhor ir falar com o príncipe."

Arrumou-se juntando suas coisas e partiu para apresentar-se ao príncipe londrino, deixando o sinal de "Don't Disturb" na porta do quarto. Pegando um taxi, dirigiu-se para encontrar o Príncipe Ventrue Lady Anne Bowesley, em seguida iria para a capela dos feitiçeiros falar com o atual responsável pelo clã. Enquanto no taxi, tirou seu celular do bolso e contatou seu mentor. Durante a ligação, explicou parcialmente o que acontecera nas últimas, aconselhou-o então, que tomasse cuidado e preparasse a costa oeste dos EUA para fortalecer o combate ao sabá e enfrentar uma possível invasão e enviasse auxílio aos seus irmãos do leste. Após alguns minutos o taxi chegou ao destino e pagou o taxista.
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Mensagem por JosephineRaven Dom Abr 05, 2015 8:26 pm

Bispo Altobello:

Era mais uma noite como todas as noites no La Proposta... Desde a retomada do Sabá em Nova York, tudo estava indo muito bem para Altobello. A perda do seu bando foi afortunadamente compensada com uma promoção para Bispo, no entanto, seu poder ainda não era pleno simplesmente porque dividia o bispado com Ecaterina, uma anciã europeia  e tão ambiciosa quanto ele. Enquanto que a última dominava a parte sul de Nova York, o Lasombra comandava a parte norte, onde ficava o Bronx e Manhattan. O La Proposta se localizava no coração do Bronx e ultimamente havia se tornado um ponto de fama também entre rebanho, aumentando assim a oferta de fonte para os frequentadores sobrenaturais.

Da sua sala no segundo andar, Jorge poderia ver a movimentação do estabelecimento através de uma grande janela de vidro. Ele não olhava muito para ali para falar a verdade, seus carniçais e aliados sempre se asseguravam de cuidar da segurança e da ordem do estabelecimento enquanto que o Bispo Altobello era competente por impedir que a Camarilla retomasse novamente a Big Apple. Ultimamente, Springfield havia dado muitas incumbências a ele e as tarefas corriqueira do seu bar acabavam ficando em segundo plano.

Mas nesse dia, o Bispo estava no seu escritório quando coincidentemente olhou para o grande vidro e viu uma aglomeração no primeiro andar do bar. A princípio ele imaginou que fosse uma briga ou algo do estilo, mas ao se aproximar da janela viu que na verdade algumas pessoas estavam ao redor de um homem baixo e moreno com traços espanhóis que Jorge já conhecia de volta como um neófito recém-chegado em Nova York. Parecia que ele estava frenesi, e Jorge já estava pronto para descer e contê-lo, quando ele observou algo mais, na verdade o frenesi do neófito eram convulsões. O cainita se debatia sem cessar e da sua boca escorria vitae, uma vitae escura e espumada. As convulsões davam lugar a espasmos e em menos de trinta segundos o homem já estava no chão se contorcendo. Em menos de dois minutos, suas veias se tornavam negras e com apenas trinta segundos mais, ele explodia, espalhando vísceras nas faces dos que estavam em volta.
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Mensagem por Padre Judas Seg Abr 06, 2015 10:29 pm

ㅤㅤParecia ser só mais uma noite qualquer. Poderia ser só mais uma noite qualquer... mas não era. Nas últimas noites, Jorge criou o hábito de passar suas madrugadas em seu escritório no La Proposta. O bar havia se tornado um ponto de referência de sua diocese. Em outras palavras, era pra lá que qualquer vampiro ia quando queria falar com o Bispo. Ou, talvez, apenas buscar diversão. O Lasombra havia reerguido o que há tempos fora um oásis Sabá em meio ao domínio Camarilla no mais proeminente antro de perdição e perversão. Até mesmo o mais orgulhoso dos Setitas sentiria inveja do império que Jorge construíra.

ㅤㅤAltobello sempre lucrou espalhando a guerra pelo mundo, comercializando armas e artigos semelhantes há mais de meio século. Quantas almas foram atormentadas? Quantas vidas foram tiradas? E todas elas pelas armas de Jorge. Não satisfeito por toda a destruição que causara, resolveu inovar em suas danações. Agora estava a frente do mais promissor negócio do mundo do crime. Um verdadeiro shopping center de Satã. Não apenas armas, sinta-se livre para negociar drogas e - por quê não? - pessoas. Estaria Nova Iorque se transformando na próxima Cidade do México?

ㅤㅤA tarefa de manter a Camarilla afastada parecia estar se cumprindo sozinha. Agora reduzida a uma única cidade na costa leste, a Torre de Marfim não passava de uma vã preocupação de Springfield que o Bispo era obrigado a combater. Seus espiões só lhe trazia notícias agradáveis desde que assumiu a diocese na cidade. As coisas estavam indo boas demais, e o Lasombra temia que quando a maré de sorte passasse, estivesse mole demais.

ㅤㅤE ali estava. Como que um lembrete para não abaixar a guarda enviado pelo Abismo. É impossível não pensar nos Tremere quando um neófito simplesmente explode à sua porta. Um Príncipe, nesta situação, estaria a beira de um frenesi. Vociferando caçadas de sangue por conta da quebra da Máscara. E por mais que Altobello não goste de admitir, essa realmente seria a atitude mais razoável a se fazer, dada as circunstâncias. 

ㅤㅤA primeira reação do Lasombra foi fazer uma ligação. Àquela altura, a polícia já deveria ter sido acionada e Jorge precisava tomar providências para que o seu negócio permanecesse oculto aos olhos das autoridades. - William, eu quero você aqui o mais rápido possível. Uma pessoa acabou de explodir na frente do meu bar! - Exclama, fazendo com que o policial entenda a gravidade da situação e o seu papel nela. O vampiro desliga logo em seguida, e se dirige até a entrada do estabelecimento, convocando a acompanhá-lo cada vampiro que encontre no caminho, que, seja por respeito ao cargo, à pessoa, ou por mera curiosidade acabam obedecendo. 

ㅤㅤ- O que diabos aconteceu aqui? - Perguntou a uma das pessoas sujas de sangue. Sua pergunta vem revestida de autoridade. E mesmo que a pessoa queira, seria impossível evitar a resposta. O Bispo esperava que os demais vampiros compreendesse o uso da Dominação que empregava ali e que seguissem o exemplo com as outras testemunhas mais próximas. - Que absurdo! Uma pessoa não explode do nada. Ele, com certeza, era algum tipo terrorista. Você viu os explosivos, certo? - Altobello vira o que acontecera, entretanto, pode ter deixado algum detalhe passar. Um detalhe que só quem estava perto percebeu. A ideia era tentar tirar algo das pessoas que estavam mais próximas e em seguida modificar-lhes a memória. Afinal, mesmo no Sabá, só um vampiro muito ingênuo não enxerga a importância da Máscara.
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Mensagem por JosephineRaven Qua Abr 08, 2015 2:53 pm

Rezek:

Rezek não sabia como aquela informação havia chegado nos ouvidos do Ventrue, mas todos que estava ali presentes tinham conhecimento de que um prisioneiro do Sabá seria o mais próximo que se chegaria perto de descobrir algo mais sobre Marcus Vittel. Inevitavelmente o cainita ia ser torturado até que se conseguisse uma informação útil, mas o que o feiticeiro não contava era que aquilo teria que ser compartilhado com o resto da seita.

- Acho que o senhor deveria trazê-lo para nós. – respondia Franco com uma expressão indiferente – Nossa nobre Justicar ainda não teve conhecimento sobre tal fato – uma pausa breve – e nem precisa, basta darmos conta dele localmente e nada se espalhará aos ouvidos da Camarilla.

Rezek apenas observava o comportamento daquele cainita, realmente uma típica atitude hedionda de um Ventrue.

------------------------------------------

Walter Banes:

Walter pegava o táxi e enquanto passava pelas chuvosas ruas londrinas, pensava em como ele poderia dar o primeiro passo para solucionar aquela grande problemática que estava em suas mãos. Será que ele poderia confiar no Príncipe? Será que ele deveria depositar algum tipo de confidência quando fosse a Capela Tremere? Eram muitas dúvidas e o feiticeiro tinha medo de que se esta informação caísse em mãos erradas, algo muito pior poderia acontecer. O cab preto parava em frente ao Tate Gallery, em uma das principais ruas da capital inglesa. Ao adentrar a Galeria, Banes poderia ver muitos mortais apreciando as obras da recém-inaugurada exposição de Henri Matisse, apesar de já estar relativamente tarde.

Um dos aspectos que era mais interessante em Londres, era esse ambiente de uma cidade cosmopolita que nunca dorme. Por isso, o feiticeiro andava tranquilamente pelo museu, observando o comportamento do rebanho enquanto se encaminhava até o fim do corredor do Tate onde havia um área reservada apenas para frequentadores VIPs da galeria.

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Atrás das grandes esculturas espirais de metal, havia uma porta de blindex, essa era a parte onde somente os convidados exclusivos poderiam entrar, ou era assim que o rebanho acreditava. Ao passar pela porta, uma mulher controlava quem adentrava o espaço. Era Joan, uma ghoul da Toreador que servia como Guardiã do Elísio:

- Por favor, deixe suas armas aqui e passe pelo detector de metais antes de entrar. O senhor possui algum outro objeto para deixar aqui?

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Mensagem por F4Ng0rN Qua Abr 08, 2015 5:01 pm

Walter chegara ao Tate Galery, o Elísio londrinoe adentrara, deixando a rua chuvosa para trás. Após atravessar a galeria de arte Banes adentra o espaço reservado à sua raça. Foi ali recebido por uma ghoul que lhe instruíra a desarmar-se para prosseguir.

- Creio que não, só as armas mesmo, ou celulares e óculos são também proibidos?

Walter então tira seus coldres de dentro do terno vinho escuro que trajava e os entrega a ela. Poe de lado o celular e óculos, atravessando o detector de metais em seguida e aguarda para poder seguir adiante para encontrar o Príncipe, pegando óculos e celular se permitido, caso contrário deixa-os junto às armas.
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Mensagem por Ury Wayne Dom Abr 12, 2015 12:54 am

Londres, vista através da quase translúcida janela do avião, parecia-me um afresco, sob o qual o efeito deletério do tempo investiu, mas que fora vencido pela capacidade longeva dessa. Tal qual a técnica artística, sinto que essa cidade absorveu a tinta de sua própria história, traços indeléveis de uma pitoresca caricatura pomposa, mas que mascaram um terror introspectivo. Deveras, poderia ser apenas meus olhos, todavia, aquela metrópole, ainda que artificialmente iluminada, me parecia particularmente sombria.  

Apesar da tranquilidade do desembarque, restam-me poucas horas para cuidar da novel estadia. Uma breve consulta virtual, bem como a benesse de um crédito internacional ilimitado, faz-me crer na possibilidade de já sair do terminal com destino definido, e assim o faço enquanto aguardo minha bagagem.

Uma ideia fugaz me vem à mente. Apesar de sua aparente singeleza, uma intuição aconselha-me de sua inconveniência - não iria diretamente à Capela - a noite próxima seria mais conveniente. Ademais, a mesma amistosa intuição me revela o alvitre de alguns preparativos. Assim, com o fito de convencer a mim mesmo, concluo mentalmente: o hotel é a melhor opção hoje, amanhã irei à Capela!

De fronte, uma jovem inglesa consulta o relógio, seu perfume atrai minha atenção, e a espontaneidade de minha imaginação, sobrelevado pela sinestesia daquela beleza perfumada e indefesa me excitam a alma. Eu poderia facilmente convencê-la em acompanhar-me.

A jovem adianta o passo em direção a sua bagagem, e novamente consulta o horário, a  pontualidade inglesa parecia transcender ao mero campo da fama. Decido deixá-la ir; apesar de aprazível, sua companhia me traria complicações indesejáveis. Finalmente a bagagem desfila naquela esteira.

Na posse de meus pertences, enquanto dirijo-me à saída do terminal em busca de um táxi, consulto o resultado de minha reserva no hotel e, instintivamente, meus olhos voltam-se ao horário; seria já a influência do solo londrino?
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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Dom Abr 12, 2015 9:24 pm

OFF: Desculpe pelo atraso, mas ando meio sem tempo...

Andrea, após algum tempo em uma silenciosa viagem, chegava à Mansão do Conde. Então era ali que ele passaria a noite?
A sede o perturbava, os os urros da besta ainda ecoavam em sua mente. Mas aquele fosse, nesse momento, o menor de seus males. Andrea tinha um plano, a reunião da Camarilla fora, de fato, útil para o Ventrue.

Enquanto o serviçal avisava ao Conde que ambos havia chegado, Isabelle se virava com um olhar sério e indagava se Andrea estava mais calmo. Ironicamente, era ela quem estava tremendo.

Novamente, era Isabelle que tirava Andrea de seu torpor momentâneo. Seus pensamentos, o planejamento de sua próxima jogada, fora interrompido pela voz da Ventrue.

-- Ah.. Sim. - A voz de Andrea era sem ânimo, indiferente. -- Então... Nervosa?
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