Hodopai Highway (Território Camarilla)

Era mais uma noite no Bolgadash. O vampiro havia reunido John Cygan, o zelador do Bolgadash, e mais alguns outros carniçais do Elísio para estabelecer mais algumas diretrizes. A reunião havia sido um pouco mais centrada, Thorn era um líder e começava a ganhar a confiança de seus partidários e subalternos mas ainda havia uma fagulha de indecisão por parte do Giovanni pois as palavras de Camilla haviam sido significantes na noite anterior. 

"Eu irei acalma-lo por você" 

Desde então Thorn não havia encontrado com Valerius e muito menos com a criatura de 3 cabeças. Ao fim da reunião todos os carnicais seguiam para seus postos e para suas tarefas...Thorn então se apoderava de mais uma "criança" trazida por ele nesse tempo.

 Era um jovem albino e franzino mas que não significava nada para o vampiro. 

O jovem morreu aos braços de Tristan sem perdão...

Enquanto os corpos chegavam Tristan aproveitou o tempo livre para escrever uma carta elaborada para o Regente. Nela continha uma requisição para que o novo Servo que suprisse suas exigências como capitão e pediu para que fosse entregue em seu nome. 

Já havia se passado muito da meia noite quando corpos do cemitério da cidade eram trazidos em caixões como pedido pelo Giovanni. Um grupo de carros funerários parava no estacionamento do Bolgadash e começava a distribuir os 50 caixões como exigido por ele e colocados em uma sala no pavilhão abaixo do subsolo do grande prédio. Local ao qual seria realizados os rituais de renascimento dos corpos. Thorn estava pronto para iniciar sua tarefa quando analisou os corpos. Alguns mortos a muito tempo eram classificados mais como esqueletos ou restos mortais do que defuntos. Os mais jovens porem eram os que Thorn começava por primeiro. Corpos com carne e músculos a ligar seus membros permitiam uma constituição mais firme de seus tecidos. Diferente do conhecimento dos outros vampiros, os Giovannis sabiam que alimentar um corpo morto e integrar um pouco de vontade juntamente com o conhecimento do segundo mundo traria de volta aquelas mentes sem vida. Mesmo que Thorn não os imbuísse com uma alma. 

Thorn trabalhou nos corpos durante horas. Despejou seu próprio sangue em cada um dos corpos. Um trabalho verdadeiramente mágico e sinistro. 

Thorn estava exausto. Não havia conseguido trazer os 30 mas já era um começo. Tinha 5 monstros sem vida a sua frente prontos para servi-lo e para a defesa do Elísio Bolgodash. O vampiro se sentava cansado a olhar para suas obras. Tinha um sorriso no rosto e apesar de ser um Senescal ainda metia a "mão na massa" era o que gostava de fazer. Mas aquele momento não era para descansar. Thorn se erguia com os olhos de preocupação, parecia um sentimento mediúnico de que algo ruim iria acontecer. Os vormes em seu corpo se erguiam como monstros enfurecidos e esfomeados. Geravam bocas cerradas de dentes para se alimentar do que viria por aí...

Uma voz familiar era ouvida chama-lo. Magenta, a ex-estrela de cinema aparecia para Thorn atravessando as paredes. Tinha um olhar sério, algo muito pouco vislumbrado por ele a cerca dela. 

Magenta : - Thorn ! Uma tempestade Umbral se criou próximo aos perímetros do Bolgadash. É um portal de Tempestade, eu tenho certeza absoluta. Não me confundiria se eu visse uma !

Ao se deparar com a grande sala de Valerius eis que lhe vinha uma súbita interpretação dos próximos acontecimentos. 

Valerius vestia uma armadura negra reluzente com um aspecto intimidador. Uma aura igualmente profana ressoava do regente de Vegas de fato a atiçar os vormes de maneira unica. Ao seu lado estava Camilla vestida para o combate tambem. 

Valerius : - Não há mais por que prorrogar. A Dama Risonha descobriu meu reduto, era só uma questão de tempo para que o conflito acontecesse, é uma pena que eu não tenha reunido mais exercitos ainda. Mas a estrategia continuará. Fortificaremos a fortaleza e nos manteremos firmes até o ultimo minuto. Se este corpo não aguentar usarei meu poder por completo e dilacerarei este corpo por completo. Faça o mesmo se for necessário Minha Imperatriz.  - Dizia o ser enquanto vestia sua luva de metal e empunhando uma espada com o fio esverdeado. 

Thorn olhava em volta e via dezenas de cavaleiros trajando armaduras negras, mais do que o vampiro poderia contar. Todos eram espíritos do grande exercito espectral de Valerius. Eles não possuíam Helmos e em seu lugar havia uma bocarra enorme escancarada com dentes afiados. 

Os primeiros estrondos colapsavam nas estruturas da grande fortaleza. Thorn ainda não havia visto como estavam as coisas no mundo espectral mas era como se os dois mundos estivessem se fundindo mai uma vez, como no momento em que Valerius e Thorn tiveram sua primeira conversa. 

Valerius : - Vamos meus soldados. O objetivo principal é resistir e manter a fortaleza !!! 

- Você não faz ideia do que acontece por aqui. É mais inocente do que o rebanho mortal. 

Sempre que os olhos se fechavam a imensidão da escuridão ocultava a besta e isso aterrorizava Malik profundamente. Seus sentidos aguçados permitiam a ele ouvir o revolver da terra a sua esquerda o que poderia lhe dar a impressão de companhia. Naquele momento o celular de Malik vibrava insistentemente.

As letras começavam a se tornar disformes como uma mensagem criptografada, o celular bugava e seu visor ficava confuso e alienado. O celular parava de funcionar...

- Tarde demais neofito. Seu destino já foi traçado. A alma dos Tremeres atormentam meu sono dia e noite...Noite e dia. Você os acompanhará ?

A voz se tornava gritante. A besta baforava sobre o rosto de Rami demonstrando um ódio incondicional. 

- Meu próprio filho foi tragado por esse destino e você tambem será ! Todos os Feiticeiros serão. Menos eu !!! Eles não irão me achar aqui...

As palavras de Thorn eram ouvidas por Valerius de forma incontestável. Todos no recinto estavam impacientes com os acontecimentos que estavam por vir. Camilla estava com uma espada em punhos igualmente, em seus olhos a convicção famigerada era diferente da possuída por Thorn. Por fim Valérius seguia em direção a porta. 

Valerius : - Thorn você não está apto a entrar em combate. Encontre refugio no sub solo da fortaleza. A todos os outros que querem lutar, seguirão as minhas ordens e da Imperatriz. Protejam principalmente o andar superior e todas as entradas. Eu saberia que este dia chegaria. 

Thorn sabia que estava fraco para lutar e acabava por demonstrar fraqueza mental inerente. Aos olhos de Valerius o pedido de ajuda e o aspecto acabado de Thorn psicologicamente revelava a incrível incapacidade de liderar a defesa naquela noite.

Valerius : - Apenas nesta noite a Imperatriz ficara como a líder das tropas dos portões, eu estarei lá em cima guiando o restante. 

AVANTE CAVALEIROS !!!

Havia uma mácula negra a envolver a aparição, Valérius não hesitava, precisava manter aquele lugar a qualquer custo. 

Thorn permanecia na sala sentindo o peso do cansaço e ouvindo o bradar da invasão que vinha do topo do Prédio e das entradas no térreo. 

Um corpo morto não era tão suculento quanto abater uma presa viva, mas paladar não era algo peculiar para Crow. O sangue daquele homem latino era mais que suficiente para alimentar sua sede pelas noites seguintes. 

Ainda percorria na mente de Wood a natureza daquele "algoz" a matar todos os carniçais com incrível facilidade. Poderia ser Lin ou aquela gangrel endemoniada causava arrepios só de lembrar, mas por que ela estaria por ali ? 

Eram passados 30 minutos e nada de Lin aparecer. Um sentimento de desolação pairava por Wood já que ninguém aparecia e nada acontecia talvez Lin já tivesse fugido e deixado ele ali...Não ela não faria isso . Quem sabe ela está ferida ? Presa ? Ou até mesmo morta ? Um pouco Aflito uma confusão se firmava no coração morto de Crow. Um sentimento fino de preocupação ele sentia.