Vampiros - A Máscara
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Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial)

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Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial) - Página 3 Empty Re: Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial)

Mensagem por Tristan Thorn Qua Jun 06, 2012 11:11 pm

Nota: Erro técnico neste post, esperem mais alguns minutos, pessoal. Desculpa.
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Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial) - Página 3 Empty Re: Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial)

Mensagem por Tristan Thorn Qui Jun 07, 2012 12:19 am

Colega, Réquiem e Dr. Roiran
130 Malcolm X Blvd - Manhattan, NY 10035, EUA
23h39


A cirurgia executada por Colega não dava em nada. Não detectou sinais estranhos nos órgãos do Malkaviano. Roiran, por sua vez, sentia os traumas das fissuras, do corpo se estirando e da caixa torácica se abrindo, tudo isso, sinal do Gato Preto, que estava literalmente como um gato, dentro do organismo do Lunático. O tempo esvaía, e as areias não voltariam.

McDrake, temporariamente, conseguia superar as mazelas que lhe afligia, toda a agonia, desespero e dor, estavam sobrepujado. Com a mente meditativa, esquecia todo o exterior à volta. Tinha apenas Hansi em mente, com toda aquelas chamas esverdeadas de luxúria e danação. A presença de Hall era pressentida, assim como... Não, não pode ser, num semi-piscar de olhos, num meio-segundo, teve a sensação que Hansi estava ali. Balançou a cabeça, negando tal delírio e focando-se com a meditação.

Colega permanecia blasé diante Roiran, agora, alheio. Observou e analisou. Em que ponto as coisas chegaram? A situação, parcialmente superada, eclodia em ramificações nada convencionais. Perspicaz e tático, o Herói de Guerra da Torre de Marfim cogitava o óbvio, a derradeira jogada estava próxima. Dois anos depois daquele incidente, quem faria o último movimento? O Doutor e, conseqüentemente, o Círculo, estavam em xeque. Sentia-se satisfeito por estar ali, simplesmente por passar toda a vasta experiência que tinha ajudando a Camarilla por todas estas décadas. Era o momento correto de demonstrar quem realmente ele era e o que significava para os outros, a presença do Gato Preto no grupo.

Annelise, psicologicamente abalada e desnorteada, apenas esperou. Inerte, naufragada em reflexões disformes, via Hansi o tempo inteiro. Com uma expressão de ódio, semicerrou a orbes e os punhos. Relembrou da única chance que teve, quando tentou ceifá-lo com as adagas de prata, em vão... Além do horizonte... Sempre à frente. Com as mãos trêmulas, perdia a pouca paciência que nutria quando o assunto era ele. Afinal, o que Dr. Roiran sabia?

O Guardião continuava numa péssima condição e, por fim, caindo ao chão de joelhos, resoluto, pegou o manuscrito que levava consigo e começava a ler. O que seria isso? Réquiem e Colega observaram por alguns minutos. Era isso mesmo, o Lunático ignorava ambos, enquanto lia um compilado de páginas amareladas, queimadas nas bordas e escrito à mão. Que finalidade tinha isto? Annelise ficava nervosa com a situação. Colega permanecia inexpressivo. Tempo suficiente para notarem Urhan chegar. O Gato Branco vinha com uma mochila e algo embrulhado nas mãos. Ele acenou com o rosto e esperou por alguns minutos. Entretanto, acabava interrompendo o Malkaviano, pigarreando e cutucando-o.

- Minha missão está completa, eis o que faltava – o Gato Branco entrega um objeto circular, 30x30 centímetros, envolto num lenço de seda branco. - Esta coisa foi encontrado no antigo covil do desgraçado, também estou de posse de cruzes invertidas com corações de bebês dissecados e entalhados com cobre – demonstrou certa repulsa. - O restante ele queimou, antes de fugir – finaliza o Gangrel, aparentemente contido, mas era evidente que ele fraquejava quando relembrava de tudo, possivelmente por causa da antiga Primógena. Urhan jogava a pequena mochila que trazia nas costas, apontando que as cruzes ali estavam.

Spoiler:





Henry Crow
1 W 13th St. Manhattan, NY, EUA
01h12


Supremacia. Era a idéia quando resolviam valer-se do mais letal veneno que a disciplina Presença poderia oferecer. Deixando os policias estupefatos, vidrados e totalmente submissos ao avassalador dom que os Ventrue usam tão bem. Mas o excesso de confiança do Sangue Azul ainda gritava por dentro, queria mais, podia mais e não deixaria o maldito “perseguidor” escapar, não tão fácil. Até então, estava tranqüilo, estava indo muito bem, ao ponto de ficar quase que frente a frente.

Seria essa uma boa tática? Colocar-se à frente do desconhecido, sem nem ao menos uma análise mais meticulosa? Talvez. Ou não. Se tratando de Henry Crow e seu inflado ego, tudo permanecia normal. O Ventrue, mesmo calmo, começava o seu jogo, pressionando e instigando o provável “algoz”. Como uma provocação, testava-o com uma demonstração absurda e brutal: Majestade. De agora em diante, tudo seria um divisor de águas.

O Policial fica paralisado, hipnotizado pela Presença de Henry. Ao mesmo tempo, o Ventrue tentava falar alguma coisa, mas o motorista dava seta e saía lentamente. Como assim? Crow arregalava os olhos por breves segundos, como isto foi possível? O motorista resistiu? Ou nem sequer estava olhando? Teria o motorista ouvido o que Henry disse? Possibilidades abertas? Sem dúvidas. Entretanto, a mente de Crow prosseguia, esquadrinhando qualquer possibilidade, mesmo que fosse remota.


Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial) - Página 3 4965521554_8efd03b12f


Mas tal comportamento era uma estocada no peito do orgulhoso Ventrue. O Clã se gaba das capacidades mentais de influenciar emoções e mente, tendo a Dominação e Presença como um dueto quase paranóico de controle e status. E, neste exato segundo, tudo isto acontecia, sem nem ao menos dar tempo de piscar. E agora?

.
.
.


Teria que pensar rápido e agir ainda mais. O algoz ou vítima, lentamente, se afastava dali. Qual o motivo da velocidade tão lenta? Na medida em que o Taurus percorria o trajeto, mais pensamentos brotavam na mente do Sangue Azul. Necessitava de uma posição, ficar inerte, recuar ou avançar? Ou nenhuma das alternativas? Os pensamentos analíticos do Ventrue eram debelados quando a luz traseira do veículo piscava, como se desse um sinal.


Spoiler:

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Mensagem por Padre Judas Qui Jun 07, 2012 10:44 pm

No início, confesso, compreendia pouca coisa da preciosidade que tinha em mãos. Mesmo depois do aviso de Alexis, aquilo parecia um romance sem-graça. Persisti na leitura e fui recompensado. Escrito em uma caligrafia diferente, havia anotações do próprio Hansi e o que ele escrevera ali iria mudar todo o resto da minha existência.

Finalmente soube o objetivo de Hansi, e mais tarde, analisando friamente, percebi que todo esse momento eu estive lidando com um gênio, e sempre em desvantagem. Alcançar o "sonho além dos sonhos". De acordo com o livro, fruto de feitiçaria inca perdida. Mas aquelas fórmulas, nunca tinha as visto antes. Talvez com um papel e uma caneta, e tempo para desenvolve-las, tivesse algum resultado, apesar de achar improvável. "...o cálculo indica que o meu ritual levará alguns anos para se completar." Fiz questão de ler esse e o trecho que o antecede mais de uma vez, na verdade, o li várias vezes. Me recusava acreditar que tinha sido manipulado durante todo esse tempo sem ao menos desconfiar. Tudo agora fazia sentido. Desde o momento em que entrei naquela sala de aula - ou até mesmo antes disso - até o despertar dessa noite. E eu não fui a única peça. Réquiem, assim como eu, foi outra marionete. Tudo arquitetado por Hansi, se é que esse é mesmo o nome dele. Me perguntava quantas outros fantoches haviam sido tocados pelo Infernalista. Colega? Urhan? A própria Alexis? É possível.

Meu olhar escapou do livro e mirou o nada por um tempo, enquanto eu assimilava tudo. Pensei em parar a leitura. Aquelas revelações poderiam me fazer matutar durante horas. Mas eu não tinha todo esse tempo. Não poderia me dar à esse luxo. Continuei a leitura, me forcei a isso. Será que poderia ficar pior? "Use Hoste, em seguida, Nefas. Ajuda extra é sempre bem-vinda." Latim. Por dedução, tomei como verdade que esses dois fossem demônios pequenos. Demônios que um ancião poderoso como Hansi poderia controlar. E o mais importante. EU precisaria morrer para que ele atingir o "Sonho além dos sonhos".

Quanto tempo eu poderia esconder isso dele? Talvez fosse tarde demais. Afinal, ele está na minha mente. Isso explica o porque de ele saber todos os meus passos. Eu fui os olhos e ouvidos dele o tempo todo. Ele sussurrava pra mim suas ordens, e eu obedecia cegamente. Sempre fui resistente ao mundo lá fora, mas ao meu tão querido Dr. Hall... Idiota! Como eu irei me livrar dele? Em quem eu irei confiar agora? Aquela sensação... - "SAIA DA MINHA CABEÇA!"

Deixei o manuscrito cair no chão, levando a mão aos ouvidos e pressionando. Todos os músculos do meu rosto se contraíram, enquanto eu levava o rosto aos cacos no chão. Um deles espetou minha testa, fazendo uma gota escorrer para o chão. - Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah! - A paranoia fazia minha garganta dar um nó, a maior angústia de todas. - "EU NÃO VOU MAIS TE TOLERAR, HALL!" - Soquei o chão com a lateral da mão, numa vã tentativa de liberar a raiva.


O Doutor continua ignorando todos e mesmo que Hall/Hansi não responda aos seus chamados, ele continuará achando que ele está lá.
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Mensagem por Tristan Thorn Sex Jun 08, 2012 6:58 pm

Colega, Réquiem e Dr. Roiran
130 Malcolm X Blvd - Manhattan, NY 10035, EUA
23h40


Desorientação seguido de manipulação. Se Dr. Roiran estivesse certo nas próprias deduções, Hansi não só seria um gênio, mas provavelmente um espetacular e meticuloso jogador. O ódio que nutria dentro do peito o impulsionava no mais puro deleite da Besta. Em transe, graças à meditação, tentava focar-se ainda mais, sem sucesso. Entretanto, conseguia resistir ao ímpeto destrutivo da Besta.

Isolado mentalmente, o Lunático urrava de ódio e desespero. Não estava fácil digerir o que concluiu. O Médico tentava blindar a própria mente, na medida em que se fortificava para resistir qualquer influência mental externa. Estaria Roiran correto? Ou a paranóia excessiva e doentia do Malkaviano havia o dominado por completo? Eis a questão.

Caía com o rosto ao chão, cortando-se na testa. A vitae, tão preciosa e amaldiçoada, começava a fluir como água, maculando a cara tapeçaria de escarlate. No entanto, a meditação do Malkaviano não tinha êxito, o que diminuiu muito o período de concentração, voltava a ouvir e ver o ambiente que o cercava. Urhan sorria, misteriosamente. Réquiem estava atônita. Colega continuava com a insossa feição blasé.

Nisto, um dos serviçais de Alexis, agora de Roiran, interrompe a reunião. A moça, aparentemente normal, aparência normal, cabelos negros e presos, e com um simpático sorriso na face, diz que uma homem está chamando o Dr. McDrake e a antiga Srta. Annelise. O Gato Branco interrompe.

- “Antiga” senhorita, como assim? – indaga ele, arqueando a sobrancelha.

- Foi o que o moço disse – respondeu, constrangida pelo olhar de Urhan.

- Verei isso, não volte lá, muito menos a deixe entrar. Irei checar, pessoal – completa Urhan, saindo do recinto com passos apressados.


Spoiler:

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Mensagem por Gam Sáb Jun 09, 2012 4:37 am

Colega assiste as contínuas demonstrações de perda de controle do Doutor. Ele o vê quebrando os móveis, ajoelhando-se, batendo a cara pelos cantos. Ele grita com as mãos na cabeça como se algo o estivesse machucando por dentro. Mas, ora essa, o Gato já saiu das entranhas dele. Será que ficou algo fora do lugar que está incomodando agora?

Em silêncio, ele espera o homem chegar a alguma conclusão ou pedir alguma ajuda. Ele vê o Gato Branco chegando com algumas coisas.

- Onde conseguiu isso? - Ele pergunta, em um tom de mera curiosidade.

O tempo passa mais um pouco. O Doutor tem novos espasmos, Anne parece estar atônita diante da situação. Ah, Malkavianos... Onde estará Kyle numa hora dessas? O Membro mais racional do Círculo. Colega sabe, afinal, que sua própria mente até certo ponto funciona de um jeito diferente.

Quando a empregada vem avisar sobre alguém chamando pelos dois malkavianos, Colega não se impressiona.

- Talvez não queira dizer nada. É só alguém que sabe a antiga identidade dela. - Ele diz, apontando Annelise com o canto do olho.

Em todo caso, Colega decide checar a checada de Urhan. Vai saber se ele precisa de ajuda. No mais, o Preto não está fazendo nada ali mesmo...

-1 pds para Forma de Névoa

Furtiva, a névoa não se deixa mostrar. Ondulando fina por entre a grama e muito rente ao chão, ela aproxima-se do tal convidado. Apenas o bastante para que possa identificá-lo. Colega também procura ver o Gato Branco, observando o que ele fará a respeito.
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Mensagem por Padre Judas Seg Jun 11, 2012 1:20 pm

Não entendi o porque da meditação. Doutor só queria contatar Hall, não creio que necessite de testes para isso. De qualquer forma, vou interpretar a falha na rolagem, se não vamos nos atrasar bastante.

Cacos de vidro, sangue derramado, tapete manchado. Silêncio. De repente, era como se eu não conseguisse me concentrar em nada. Nem mesmo nos meus próprios diálogos internos. E naquele momento compreendi o vexame pelo qual eu passei. Se pudesse, gostaria de nunca mais ser visto por aqueles três cainitas. Os três que testemunharam meu momento de fraqueza. Hansi me humilhara, e durante anos sonhei com o momento em que nos vingaríamos. Nos meus vislumbres deixávamos Réquiem matá-lo com suas próprias mãos. Mas agora não consigo imaginar sua morte se não eu mesmo o executando. Para mim, essa é a única alternativa.

Não tinha o que ser dito. Pelo menos isso era o que eu queria acreditar. Com a maior cara de pau, me levantei. Tirei um lenço do paletó e passei sobre a testa cortada. E nesse momento, uma das empregadas chegou à sala e se pronunciou. Creio que todos pensamos o mesmo. "Antiga" Annelise e Doutor McDrake? Só poderia ser uma pessoa. Por um momento, cogitei a possibilidade de deixá-lo entrar, mas temi que o infernalista fosse poderoso demais para um possível confronto direto. Até mesmo com Urhan e Colega por perto. Teria que vence-lo em seu próprio jogo de astúcia. O que, fatalmente, seria uma tarefa ainda mais complicada.

Os dois gatos decidem checar o visitante. A curiosidade não me abandonaria caso ficasse ali esperando. - Fique aqui e limpe esta bagunça. - Ordenei a empregada. Receoso, porém determinado, coloquei na cabeça que deveria ir. Apesar disso, faria o possível para o ver sem ser visto. Uma janela de algum cômodo que desse para a frente, talvez. E claro, a luz desse cômodo estaria apagada. Afinal, o que uma pessoa dessas iria querer no meu refúgio? Escondido ali, usei um de meus dons para tentar entrar em sua mente e saber de suas intenções.
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Mensagem por Songette Seg Jun 11, 2012 9:22 pm

Réquiem mal podia processar toda a cena que se desenrolava à sua frente. Não sabia se devia conter o sentimento do Doutor, ou se devia amplificá-lo. Ele gritava com alguém mentalmente, e talvez reprimir os sentimentos poderia apenas amplificar a influência do ser misterioso na mente do Malkaviano. Suas suspeitas voltavam-se para Hansi. Poderia o infernalista estar torturando os amigos de Réquiem para torturá-la? Seria possível que isso também fosse culpa da malkaviana? Eram perguntas que rondavam sua mente, dentre seus diversos pensamentos desordenados.

O Doutor soltou o papel que tinha em mãos. Algo contido no documento perturbou o malkaviano ao extremo, e Réquiem desejava saber o que havia sido. O cheiro de sangue inundava suas narinas; o líquido vertia da testa do Doutor. A malkaviana buscou um lenço em seu bolso, mas McDrake havia sido mais rápido. Quando ele se levantou, Réquiem apanhou o manuscrito que estava no chão. Ela virou-se para ler, mas foi interrompida pela empregada, que anunciava que alguém estava lá para ver o Doutor e a "Antiga" Annelise.

"Antiga?", ela perguntou-se. O que pode significar? Poderia ser Hansi? Suas mãos tremiam pelo ódio e ansiedade. Colega e Urban foram verificar, e Réquiem não sabia ao certo o que deveria fazer. Permaneceu perto do Doutor, e enquanto mantinham-se em silêncio, ela tocou o manuscrito que carregava e fechou os olhos, lendo as impressões e memórias contidas nele (Auspícios 3).
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Mensagem por Ignus Seg Jun 11, 2012 11:21 pm

OFF: De volta da viagem.

ON:

O Policial fica paralisado, hipnotizado pela Presença de Henry. Ao mesmo tempo, o Ventrue tentava falar alguma coisa, mas o motorista dava seta e saía lentamente. Como assim? Crow arregalava os olhos por breves segundos, como isto foi possível? O motorista resistiu? Ou nem sequer estava olhando? Teria o motorista ouvido o que Henry disse? Possibilidades abertas? Sem dúvidas. Entretanto, a mente de Crow prosseguia, esquadrinhando qualquer possibilidade, mesmo que fosse remota.

"Mas o que está acontecendo? Se o sujeito estava olhando para mim não seria fácil desobedecer meu sinal. O peso de minha desaprovação em caso de negativa esmagaria a essência do sujeito continuamente. A menos que ele não estivesse olhando - o que seria completamente improvável - devo ser estar diante de alguém dotado de excepcional controle próprio para resistir a minha presença. Bem, será que ele conseguirá manter essa resistência por mais que poucos segundos?"

Henry dá um passo em direção ao carro e estende a mão, fazendo sinal de que ele deve parar.

Caso o motorista não obedeça o gesto do Ventrue, após 2 segundos ele se virará para o policial que estava mais próximo dele. Embora soubesse que dificilmente seus pedidos não seriam prontamente obedecidos pelos homens da lei tão mesmerizados por sua presença, Crow gostava de maximizar suas chances de êxito. Seu Senhor sempre lhe falara para evitar riscos desnecessários.

Olha nos olhos do policial mais próximo e falará em voz alta suficiente para que ambos escutem.

({Dominação 2} olhando nos olhos do que estiver mais perto para manter contato visual. Henry não acha que isso seja realmente necessário, pois eles já estavam vitimados por Majestade, então ainda que sua Dominação falhe ele não se preocupa com isso, por acreditar que naquele estado ele será obedecido 'voluntariamente')

-Me deixem entrar no seu carro e então detenham a pessoa que esta dirigindo o veículo que foi abordado agora pouco.
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Mensagem por Padre Judas Sex Jun 22, 2012 9:40 am

E aí, Cretino? Cansou de narrar? Bora, bora!
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Mensagem por Aradia Seg Jun 25, 2012 11:55 pm

Nota: Desculpem pelo atraso nos posts, mas por motivo de viagem, não conseguimos postar regularmente. Porém, vocês não ficarão prejudicados, vamos compensar para vocês. Obrigada.
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Mensagem por Aradia Ter Jun 26, 2012 7:13 pm

Off: Queridos players, o Tristan e eu conversamos aqui, e decidimos dar uma adiantada na crônica, devido a nossa maravilhosa viagem, estamos atrasados. Faremos o seguinte, um jogo via msn no sábado ou domingo. Agora é só escolherem o dia e hora.

Obrigada e desculpem a gente =)
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Mensagem por Tristan Thorn Qua Jun 27, 2012 6:59 pm

Nota: Se vocês não se manifestarem, simplesmente marco um dia e pronto. Aradia é boazinha demais. u.u Votem logo no melhor dia, por favor. Pode ser aqui mesmo.
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Mensagem por Songette Qua Jun 27, 2012 8:06 pm

Não posso nenhum dos dois dias.
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Mensagem por Padre Judas Sex Jun 29, 2012 11:34 am

Estive sem internet essa semana, e não pude opinar. Não estarei disponível esse fim de semana. Deixo explícita minha preferência por jogos em dias de semana, no período noturno.
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Mensagem por Aradia Sex Jun 29, 2012 11:41 am

Off: Se ficar melhor assim, podemos marcar pra um dia, mas precisa que decidam isso logo. O Tristan já qr decretar o dia aqui.
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Mensagem por Ignus Sex Jun 29, 2012 12:31 pm

Que tal na segunda-feira, a partir das 21?
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Mensagem por Padre Judas Sex Jun 29, 2012 1:29 pm

Pode ser.
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Mensagem por Aradia Qui Jul 05, 2012 6:19 pm

Henry Crow
1 W 13th St. Manhattan, NY, EUA
01h26


Crow vale-se do dom da Dominação, tendo em vista que o motorista do Taurus não esboçou nenhuma reação. Deu a ordem para os policiais e, junto com eles, começava a seguir o carro do suposto algoz. A sirene foi tocada, mas o motorista a frente não reagia. E agora?

Henry mal pode se forçar a manter as aparencias, mas entre mal poder e deixar de faze-lo vai um mundo

- Uia, ele não parou - um dos policiais ficava surpreso, enquanto o outro, permanecia carrancudo.

Assim, inspirado em sua necessidade de manter as aparecnias para que os policiais 'cumpram seu dever' Crow diz:
-É melhor aborda-lo. E com cuidado. Um homem que não responde à policia pode ser perigoso...


- Tem razão, Senhor...? - o policial dominado mantém o lapso mental, acelerando o veículo.
Estranhamente, o indivíduo a frente parava o veículo, encostando duas quadras depois, num local não muito movimentado, praticamente numa esquina.


Henry olha olha atentamente para a figura, em primeiro lugar para tentar reconhece-lo, caso o conheça, ou, não o conehcendo, para guardar sua fisionomia na memoria.
A seguir, henry fala aos policiais:
- Ele está prestes a escapar! é melhor pegá-lo rápido.


O veículo já estava encostado, parado, mas os vidros fumês, impediam qualquer análise do Ventrue.
Os policiais encostavam o carro, um ficava na viatura e, o outro, saía, indo até o Taurus.
O policial chegava até o Taurus, batia na janela, meio alterado, porém, numa fração de segundos, colocava as duas mãos na cabeça e ficava parado.
- Droga! - grita o outro policial.


"Há algo de errado acontecendo aqui. Eu poderia fugir, o que seria mais seguro, mas nesse caso não saberia quem é meu perseguidor e, pior, ele saberia que eu sei que estou sendo observado. Não, é melhro usar meu peão sobresalente para agir em meu lugar!
Henry decide usar uma abordagem mais violenta para com seu perseguidor. Olhando nos olhos do policial no carro {dominação 2}ele diz:
-Proteja seu parceiro, atire na pessoa que está naquele carro e que te parece estar ameaçando seu parceiro.


O policial, influenciado pela dominação avassaladora de Henry Crow, deixa a viatura,mantendo uma postura firme e disparando a 9mm contra o Taurus. Os sete disparos, além de espantarem as corujas próximas, avariaram a lataria e destroçou o vidro traseiro. Nitidamente, os estrondos dos tiros chamaram muita atenção.


Henry ouve os sons de tiros enquanto reflete
"esse barulho não é bom. Isso tende a chamar atencao de todo mundo ao redor"
Henry reflete por um segundo antes de fazer qualquer outro moviemtno. Estando no banco de tras da viatura ele poderia se passar por um prisioneiro injusticado se fosse preciso
assim sendo, Henry decide esperar mais alguns segundos antes de sair do carro
nesse meio tempo, ele se posiciona para poder pular para o banco do motorista rapidamente caso necessario.



O policial leva as duas mãos na cabeça, sofrendo o mesmo que o anterior. Neste segundo, ambos os tiras estão inertes.
Crow fica perplexo, não sabe realmente o que se passa, que tipo de poder foi usado nos policiais? Não soube identificar qual, mas está claro que é algo sobrenatural e bem poderoso, pois a Dominação do Ventrue, que outrora controlava os Policiais, nem efeito faz mais. Nisto, o celular do Sangue Azul vibra.


Naquele momento Henry se ve dividido entre entre atender seu cel ou manter os olhos no Taurus, mas decide que o que quer que tivesse causado a vibracao do seu cel poderia estar relacionado com o evento assim, Henry saca o celular, procurando ver rapidamente o que causou a vibracao para poder focar a atencao novamente na cena que se passava la fora

1 nova mensagem de texto.


Henry manuseia o aparelho para poder ler a mensagem.

"Pode sair do veículo?" De: 76543456 (número desconhecido)

Henry se permite um sorriso
"Se meu opositor me convida a um contato direto seria uma grande descortesia desapontá-lo"
Corw responde rapidament no celular
'Claro. Espero que possa esperar a mesma gentileza de sua parte'
Henry então sai lentamente do veiculo, mantendo sua antecao no carro a sua frente


O Ventrue vê um homem de terno sair do veículo, ele está com um chapéu dos anos 50, com a mão esquerda segurando o chapéu, o que impede que Crow veja o rosto do indivíduo.
- Depois de tanto tempo, Henry Crow, finalmente está de frente pra mim - a voz rouca era intimidadora.


Henry responde, tentando manter um tom de voz neutro
-Aparentemente estou em desvantagem. O Sr. sabe meu nome, ao passo que eu apenas sei que o sr. estava me observando enquanto eu cuidava de meus negócios.



O misterioso Algoz tira o chapéu. Os olhos de Crow não escondem a surpresa: Duncan Bass.
- Não teria graça matá-lo, sem ao menos você saber quem foi o teu destruidor, não teria graça matá-lo rápido, você me fez sofrer num martírio de lágrimas por mais de uma década, numa poça de sangue e desolação, seu desgraçado... - a voz de Bass era suave e baixa, totalmente focada, não expressava ódio.


Henry se esforça para disfaarçar a surpresa por encontrar Duncan
"O que quer que ele tenha feito com os policiais, isso revela que ele deve ter alguma habilidade sobrenatural. É melhor não subestimá-lo"
- O que é uma década, Sr. Bass? Ambos sabemos que esse curto período de dito sofrimento abriu sua visao a muitas coisa que lhe eram desconhecida até entoa.


- Sim! Graças ao único Deus, que me apaguei, permaneci vivo e resistindo, diante todo o engado que o você me fez passar!


-Sr. Bass, diga-me se o martírio que o passou nao lhe tornou melhor, mais sabio e mais preparado. Espero ao menos essa sinceridade de alguem que se considera meu inimigo capital.


- Sim, me fez alguém melhor, mais convicto e mais centrado. Minha fé em Deus me fez percorrer sendas iluminadas que um abutre amaldiçoado como você sequer imaginaria - Duncan arregala os olhos e sorri, encarando o Ventrue deliberadamente. - Sim! Eu sei o que é, Henry!


-Sabe, Sr. Bass? Bem nesse caso eu nao preciso de rodeios. Que mal minha natureza causou a sua pessoa ou a quem quer que seja? Você pode não gostar de minha personalidade ou de meus atos, mas minha natureza nao tem nada a ver com meus atos, e se o senhor nao esta alienado ha de reconhecer isso.


- Tua natureza é uma afronta a lei natural! Você vem com blasfemias para ludibriar-me, mas tua ignorância ou falsidade lhe faz tão podre como dignamente é. Você porta uma maldição, é uma parasita do sangue, você necessita drenar sangue humano para viver. Tua existência é uma afronta a tudo que é mais sagrado, você é um monstro do inferno, Henry. E, agora que sabe da minha existência novamente e que sobrevivi ao inferno que me colocou, saiba que, o homem que ceifará tua existência, em nome de Deus, serei eu.


-Henry olha profundamente nos olhos de Duncas, seu inimigo e diz {dominação 2}
-Voce deveria ia ao oceano e nadar rumo à imensidao azul até a exautao de suas forças {desligo a dominação, caso ele va embora paro aqui, caso contrario, prossigo}, mas se teu desejo é entrar em combate comigo em nome de seu deus, que assim seja, entremos nesse beco para que os humanos não se alarmem com nosso embate se esse é seu desejo.


- Vou nadar com um festim de balas no teu coração pútrido - ele saca uma pistola com silenciador, ainda encarando o Ventrue.


"Então o humano ameaçador acaba de me ameaçar na frente de quem quer que esteja vendo. Tolo"
Henry reflete que no momento em que alguem lhe aponta uma arma é mais do que legítimo atuar em 'legítima defesa'.
O ventrue então avança, sem medo de ser alvejado enquanto, na velocidade sobrenatura que suporta (destreza 8), objetivando desferir um soco na tempora de Bass.


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Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial) - Página 3 Empty Re: Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial)

Mensagem por Aradia Sex Jul 06, 2012 8:46 am

Kyle
Grand Concourse, Bronx, NY, EUA
23h42


Ainda no bar, o Gangrel tentava contatar o Gato Branco, Urhan, tentando ter mais recursos
para esta caçada, ele atendia, demonstrando uma voz fria.

- Sim?

-Boa noite, Urhan. Não queria incomodá-lo, mas preciso de tua ajuda. Você poderia vir até o meu bairro? - Diz Kyle, com uma voz receiosa.


- Não vou gastar meus preciosos minutos apenas para lhe satisfazer, porque não adianta o que deseja, Raymond? - Urhan era direto.


Kyle não gostava daquele jeito que Urhan tinha, mas por ser parecido com o de sua senhora, ele já sabia lidar.

-Eu queria tratar desse assunto contigo pessoalmente. Sei que andas desinteressado com os assuntos da Seita ultimamente, mas se pudesse fazer isso por mim, ficaria muito grato. Você já deve saber que Hansi voltou, e ao mesmo tempo, surgiu outro problema na cidade. Eu só preciso que me ajude por algum tempo, e depois, quando terminar, partirei para ajudar vocês. Sei que você também deseja a cabeça de Hansi tanto quanto os outros. Posso tratar o resto pessoalmente contigo?


- Veja bem, meu caro, eu saí para pegar alguns objetos que o antigo círculo de Alexis Louvain pegou de Hansi, justamente para entregar e ajudar o teu círculo. Eu não posso sair daqui e ir até você, porque era para você estar aqui com o teu pessoal, estou ajudando eles.


-Entendo... Tentarei resolver do meu jeito. Chegarei aí em breve.
-De qualquer maneira, agradeço tua ajuda.


- Você está metido na captura do infiltrado?


-Sim, por isso pedi sua ajuda, para localizá-lo.


- Compreendo, mas tenho uma promessa para cumprir aqui, Alexis me pediu algo, estou ajudando o Círculo. Mas, não seria melhor você se juntar com o teu pessoal? Ouvi comentários que você nem justificou tua ausência, apenas não compareceu.


-Eu me responsabilizei por essa captura, Urhan, e sei que você entende bem o significado disso. Quero ajudar o meu círculo, e vou fazê-lo assim que puder. Se possível, justifique minha ausência. Tenho que ir, mas peço que mantenha-me informado.


- Tsc... - a voz irônica era evidente. - Teu individualista mesquinho - acompanhada por uma risada no fim. - Até mais, se rolar algo mais sério, lhe aviso e é bom você comparecer.


Kyle desliga. Ele se ofende levemente ao ser chamado de mesquinho, mas já não se importava mais tanto quanto antes.
-Bom, parece que teremos que resolver isso sozinhos. Algum de vocês tem carro? Não temos tempo a perder.


Agatha e Angelus apenas observavam a conversa de Kyle, eles confirmaram que possuíam veículo próprio e já saíam dali.

Perto no Bar, na esquina, um carro popular velho. Eles entram no carro e vão até o recinto maculado, onde tudo aconteceu. Tudo aconteceu de maneira repentina e veloz, tão rápido que nem ao menos puderam reagir direito. Existia um evento do principado, bem próximo do Empire State. Dois quarteiros, para ser mais preciso. O lugar era uma pequena charutaria, onde alguns Toreadores realizavam uma mostra de arte e, os Ventrue, debatiam sobre política global e métodos para disseminar a influência da Torre de Marfim, no meio do público, que compareceu em peso para apreciar os afrescos de Aline Meyer, que decorou completamente as paredes da charutaria.

Tudo entrou em colapso quando Aline, em pânico, afirmara que uma pá, espátula e estojo de pintura haviam sido roubado e, cuidadosamente, substituídos por outros idênticos. O tumulto começou, pessoas corriam para todos os lados...

O Algoz foi assassinado e dois Delegados encontraram o torpor. As análises foram feitas por especialistas do Clã da Rosa, que analisaram o local com Auspícios, mais os relatos das testemunhas, depois de um dia e meio do ocorrido, a Camarilla já nutria grandes fatos em mãos, já no recinto, o Secretário da Primógena Gangrel, Aerindius VI, repassava todas essas informações.

Kyle já ouvira falar de Aerindius, amigo próximo de Verônica e braço direito da anciã nos assuntos políticos da Big Apple. Ele portava respeito e aparentava estar no final dos 30 anos. Cabelos crespos, curtos e negros, olhos penetrantes e cinzas, muito comunicativo, passou todos os detalhes para o Trio Gangrel que ali chegava, explicou que estava ali cumprindo um favor para a Primógena Gangrel.


-Você tem alguma coisa que contenha o cheiro dele aqui? Tem alguma pista de onde ele possa estar?


- Não temos nenhum objeto deste criminoso, infelizmente - responde Aerindius.


-Já tentaram rastrear o cheiro dele diretamente do local? Afinal, se ele esteve aqui, deve ter algum vestígio...


- Toda a investigação foi feita na cena do crime, tudo que levantamos neste dia, lhe passei. Verônica articulou exclusividade pra ti, está com algumas horas na dianteira de qualquer um, quem deve prosseguir adiante é você.


-Entendo... Sabe me dizer onde posso encontrar a Toreadora que fora roubada? Talvez estes objetos possam nos dar alguma pista.
Kyle olha para os dois novos companheiros.
-Meus amigos, como podem ver, temos exclusividade nessa missão.


- Ela viajou, não quis ficar aqui, se sente abalada e humilhada, mas os pertences dela ficaram aqui, pode pegar.


-Anteriormente um de vocês me disse que disponibilizava de cães. Creio que estes seriam o meio mais seguro de manter a máscara e rastrear este inimigo.
-Ótimo Aerindius. Vocês já analisaram estes objetos antes?


O celular de Kyle toca.
- Não, são de vocês.


Kyle olha o celular e vê que se tratava de uma ligação de Urhan.
-1 minuto. - Diz ele.
Kyle atende, curioso.
-O que houve?


- Roiran não está bem, ele sofre com uma necrose grotesca, Colega tentou operá-lo, mas nada resultou. Réquiem está inerte e parece sofrer. Por fim, uma jovem misteriosa veio e deixou um recado, Hansi voltou a jogar com todos eles, espero que decida o que realmente vale a pena pra você, Kyle. Pediu para eu ligar, lhe aviso que, com as coisas que Alexis deixou comigo e já entreguei para o teu círculo, muitas revelações estão por vir, entre a cruz e a espada, o que fará, meu caro? - indaga o Gato Branco.


-O que eu posso fazer, Urhan? Não sou nenhum feiticeiro. Posso dar o melhor de mim para ajudar meus companheiros, mas estar aí sem um propósito... - Indaga Kyle, como se refletisse. - Droga... - Resmunga o Gangrel. - Ok, logo estarei aí.


- Você subestima a si mesmo ou está de má vontade, terei que lembrar o peso das minhas garras? - resmungava, desligando o celular.


-Filho da puta... - Kyle guarda o celular.



Kyle olha para seus novos companheiros.


- E então, cara, o que rolou? - pergunta Angelus.


-Bom, meus mais novos amigos, infelizmente um imprevisto tão pior quanto este infiltrado apareceu. Vocês, além do meu filho, são os únicos que sabem dessas informações. Deixarei esses objetos falsificados com vocês, talvez ele possa trazer alguma pista do paradeiro do infiltrado. Peço que me comuniquem se descobrirem alguma coisa, afinal, esse infiltrado não deve ser subestimado, e devemos agir juntos contra ele.


- Iremos continuar com a missão, por você e pela Sra. Verônica - completa Agatha.


-John, você deve ajudá-los. Eu voltarei para vocês assim que puder. - Diz Kyle, temendo pela vida de sua cria nas garras de Hansi.

-Eu confio em vocês. Garanto que colheremos os louros dessa caçada juntos. - Afirma Kyle, sorrindo para Agatha. Ele estava admirado com sua beleza, e torcia para que não fosse mais um simples truque de ofuscação.


- Sim, irei ajudá-los - afirma John. - Obrigado pelo voto de confiança, Kyle - Angulus aperta o ombro do Gangrel. Agatha encarou Raymond e sorriu.


Antes de se retirar para Mansão da antiga Primógena, Kyle afasta-se em particular com John, o único membro realmente leal ali presente.


- Diga, Mestre.


-Meu filho, estes membros parecem confiáveis, mas nesse mundo nunca sabemos quem é quem. Eu temo que eles possam omitir alguma informação, por isso te peço que fique atento e me comunique tudo que descobrirem. Você é o único que eu posso realmente confiar. - Diz Kyle, dando um abraço no aprendiz em seguida. - Tome cuidado. - Encerra ele, partindo para Mansão.


- Claro, lhe manterei informado, dará tudo certo e ficarei atento - responde John.




Aradia
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Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial) - Página 3 Empty Re: Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial)

Mensagem por Aradia Sex Jul 06, 2012 10:09 am

Colega, Réquiem, Kyle e Dr. Roiran
130 Malcolm X Blvd - Manhattan, NY 10035, EUA
23h48


Na mansão, Roiran estava sofrendo os efeitos da Necrose. Colega virava névoa para dar apoio a Urhan. Annelise permanecia quieta, encarando o Doutor com um olhar monocromático.

- Ele... - ela se fecha, preferindo não falar.

Já Roiran, deslocou-se seguido dos olhares passivos de Réquiem, ficando num ponto cego, tendo uma visão perfeito do lado de fora. Avistou um jovem, talvez adolescente, bem trajado e sorrindo. Urhan se aproximou, mas com outra aparência, Roiran já estava acostumados com os joguetes de ofuscação do Gato Branco.

- Então, já desistiram? - o jovem ri.

- Como assim? - indaga Urhan.


Doutor permanecia observando.


- O explendor verde de desolação e morte, que chupa as forças dos fracos e une com os deuses, que sacrifica damas que ostentam o rubro, outrora virgens, violadas pelo mais puro e sagrados dos motivos... - a voz fria do jovem era perturbadora e estranha. - Então, já desistiram? - ele sorri com doçura. O contraste da situação não combinava.


Roiran sabia. Hansi era tão bom, ou melhor que Urhan no quesito Ofuscação. Mudar sua aparência seria brincadeira de criança para alguém como ele. - "Vamos ver, como ele reage." - Resolveu testar o jovem, que certamente tinha alguma ligação com o infernalista. Em uma tentativa de penetrar a mente do jovem. Se fosse mortal, o que era improvável, seria uma tarefa fácil...
Se não, ainda seria algo possível, apesar de mais trabalhoso.


Dr. Roiran conseguia penetrar a mente do jovem com extrema facilidade, uma estocada direta no cérebro do rapaz e todas as respostas estavam lá, em imagens... Um senhor, aparentemente 60 anos, há oito meses, instruiu o jovem a fazer todo este discurso. Uma indução bem similar com Dominação.

Fora isto, era um garoto de 17 anos normal, estudante, notas medianas, gostava de rock e tinha uma namorada de 15 anos. Família carinhosa e sem traumas fortes no passado.


Pegou o celular, no bolso da calça. E mandou uma mensagem de texto para Urhan. "Vítima de Dominação. É inoncente. Tente conseguir informações sobre o paradeiro de Hansi."


Urhan sacava o celular e lia. O jovem, por fim, ria e ia embora. Aparentemente como se nada tivesse acontecido.

- Meu jovem... O que significa tais palavras? - indaga Urhan. - Alguém mandou você as dizer?
Mas o jovem não dava atenção para o Gato Branco e continuava indo embora.


"O que é isso? Ele não vai nem insistir?" - Roiran pensava sobre a incompetência do lacaio. - "Qualquer idiota sabe que o perigo eminente quebra os efeitos da Dominação." - O Doutor reconhecia, Hansi havia feito um bom trabalho com o garoto. Mas nada irreversível. Até agora, além do livro. O garoto era o melhor que tinham. - "Vamos, traga-0 pra cá." - O malkaviano apenas torcia para o que o Gangrel fizesse, no mínimo, sua obrigação.


Era evidente que o tempestuoso Urhan não deixaria o jovem ir embora desta forma. Num pulo rápido e feroz, saltou o grande portão, surpreendendo o jovem. O Gato Branco colocava a mão direita na boca do rapaz, impedindo-o de gritar. Kyle, já na espreita, observava a inusitada cena.


Kyle observava se alguém ali parecia notar sua presença.


Urhan voltava para dentro, juntamente com o jovem.


Levantando a cabeça, o leão farejava o ar da noite sombria.
Procurava qualquer cheiro que não viesse daqueles visíveis.


Os odores abundantes estavam pela rua, como em qualquer lugar. Diversas pessoas passavam ali todos os dias.


Roiran esboçava um sorriso, satisfeito com a atitude do Gangrel. Agora poderia sondar a mente do mortal, e obter respostas. Oito meses, sabia que o ancião já teria evaporado de onde quer que tivesse se encontrado com o garoto. Mas já seria um ponto de começo. Se dirigiu até Urhan e o jovem. - Sente-se. - Ordenou ao garoto. Sua voz era pesada, como se qualquer desobediência fosse motivo para punições graves.

Continuou a sondagem ali. Era difícil adentrar na mente humana, mas na superfície não. Tudo o que tinha que fazer, era estimula-lo a pensar no que queria saber.
- Há oito meses atrás, você se encontrou com um senhor. Um velho. Conte-me como o conheceu e qual a sua relação com ele. - Ele não tinha garantias de que teria respostas orais, mas com certeza traria a resposta para a mente do rapaz. E consequentemente saberia.


O jovem, assustado e sem opção, simplismente obedece. Estava sentado.


O leão dourado sabia que não seria fácil localizar o inimigo. Sabia que, da última vez, o cheiro principal era de enxofre.
Ele tentaria relacionar o cheiro vindo de seu aliado, Roiran, com o cheiro no meio ambiente. Se deslocaria próximo a mansão. Sua velocidade era absurda demais, e uma hora ou outra, algo teria de aparecer. Qualquer sinal estranho, principalmente de enxofre, chamaria a atenção do Gangrel.


O aroma de Roiran estava forte ali, o cheiro do aliado já era detectável para o Gangrel.

- O manuscrito daquele romance foi útil, Roiran? - indaga Urhan.

O Doutor começava a colher as respostas, diretamente na mente do jovem, camada por camada, tudo era penetrado. Há oito meses, um senhor o abordou na rua, pedindo ajuda para atravessá-la, alegou deficiência visual. Em seguida, lhe pagou um big mac e contou que queria fazer uma pegadinha para um pessoal do circo, os lendários cinco patetas da perdição vital infinita.
Explicou que precisaria lhe dizer tais frases e uma indagação, marcou o dia e levou o jovem até um casebre. Lá, o velho mostrou algumas coisas e fez o jovem beber água, depois disso, dispensou o garoto.


Respondendo o Gato Branco, Roiran automaticamente leva a mão ao peito. O manuscrito não estava no bolso do paletó. O desespero faz varrer todo o cômodo, e encontra nas mãos de Réquiem. Se acalmou um pouco, mas fez questão de tomar das mãos da irmã de clã. - Acho que deixei isso cair. - Guardou no bolso que antes era o lar do manuscrito. - Parece ser de um valor inestimável, mas ainda...
não terminei a leitura.


Nenhum cheiro de enxofre era detectado pelo Leão.


Kyle continuaria procurando. Não precisaria encontrar necessariamente cheiro, mas qualquer pista que pudesse levá-lo ao infernalista.



Água? Teria, por acaso, algum sangue do velho diluído? Por que água? Tinha coisa aí. - Onde fica esse casebre?

As lembranças do jovem se afloram, Roiran sabe que fica no Bronx.

Kyle continua rondando por ali, mas, até o momento, nada é encontrado.



- Bronx - O médico fala baixo, como se tentasse se lembrar de algum. Busca pontos de referências nas visões. Algo que possibilite a chegada dele até o lugar.


Os pontos estavam feitos, Roiran certamente chegaria ali.


Kyle volta para mansão, desconfia que trata-se de algum dom da ofuscação de Hansi.
Dessa vez, Kyle entra, analisando o recinto e a situação em geral.


Kyle entra no recinto, voltando a forma normal. É recebido por uma criada e conduzido até o restante. Já era conhecido pelos empregados, então não teve dificuldade para entrar.


O Malkaviano encara os presentes, como se estivesse escolhendo alguém para a missão. Urhan seria um bom candidato, mas dependeria da boa vontade do Gangrel para a tarefa. Eis que Kyle surge. Perfeito. - Chegou em um momento oportuno. Preciso que vá até o Bronx. Hansi esteve lá, e é de vital importância que possâmos seguir seus passos. Leve Réquiem com você, e talvez o menino possa o ajudar. – Em seguida, Roiran o instruiu sobre os pontos de referência e como chegar lá. Réquiem possui o dom do Auspícios, apesar de em um grau menor ao do Doutor. Que seja, ele não tinha tempo para isso. O manuscrito era, sem dúvida a maior pista de todas, e precisava ser desvendada.



-Acabei de fazer uma ronda ao redor da mansão. Creio ter farejado até 1 quilômetro daqui, e não senti nenhum sinal de enxofre ou coisa do tipo. Ou Hansi desenvolveu um meio de ofuscar seu cheiro, ou ele realmente deve estar em outro lugar. - Diz Kyle.



- Ótimo, Kyle. Isso me tranquiliza. - E tranquiliza mesmo. - Ele mandou o garoto. Sondei a mente dele, e cheguei até esse casebre. Por que não vai dar uma olhada lá? É provável que ele não esteja lá, à essa altura. Mas você sabe seguir rastros, certo?
- Enquanto isso, tenho muito trabalho a fazer. - Retirou o manuscrito e se sentou no sofá.


Roiran sente a presença de Dr. Hall.
- Voltei com informações, Roiran.


Hall, volta. E com ele, a pulga atrás da orelha de Roiran. Ainda não estava convencido do contrário. Mas talvez, dar trela pra ele seria a melhor opção. - Diga, meu senhor.


- Descobri que você é muito esperto, Dr Roiran McDrake.


Roiran sorria. Se não fosse pela a perna boa - que já não é mais tão boa -, seria capaz de ter até mesmo alguma admiração por Hansi, ao invés de um ódio incotrolável. Apesar disso, o ego dele inflou com o elogio e isso o fez sorrir de orgulho próprio. - "Demorou tempo, demais para descobrir, isso. Hansi."


- Hansi de Angaras Loren Lhynx - responde ele.


"Irrelevante. Por que não abre o jogo de uma vez? A casa está caindo para você, enquanto arquiteto o meu xeque-mate."


- Claro, claro, Roiran. Apenas quis lhe explicar a brincadeira com o nome Hall. H A L L. Arme o teu xeque-mate, então... - a presença de Hansi desaparece da mente de Roiran


Kyle se aproxima de Requiem.

-Você está bem? - Ele sabe que é óbvio, mas era um bom modo de iniciar uma conversa.


Réquiem olha para Kyle e sorri, apertando a mão dele.

- Sim, estou bem... acho. Hansi sempre me perturbou, você sabe, pois me ajudou na última vez.

Colega permanece como névoa, apenas na espreita.


-Precisamos ir, Requiem. E eu preciso de você. Esse é o seu grande momento, a sua grande noite, o seu maior objetivo. Se você nunca se sentiu confiante, agora mais do que nunca.


- Eu... Eu... Quero olhar o manuscrito antes, minha mentora deixou isso pra mim, acabei de ler, enquanto vocês mexiam com o garoto... - ela para, olhando para o Doutor. - Até onde você leu? Vi que aqui contém informações de extrema importância.

Um espião a menos. Satisfação, isso que sentiu. Estava certo. Um tiro certeiro.

Réquiem quebrava a introspecção. - Li o suficiente para ter que continuar.


Roiran pegava o manuscrito de Réquiem, que o fitava com dúvida.

- O que houve? Não posso ler...?

- Claro que pode. Mas primeiro eu. - Na voz do malkaviano não há sinais de mentira. - Decidam com Urhan quem vai até o casebre. É uma boa pista. - Isso quer dizer que é perca de pessoal se os três forem. - Já comecei a leitura, seria perca de tempo você começar do zero. Quando eu terminar, te passo.

-Você está claramente subestimando a nossa aliada, Roiran. Ela precisa desse livro, vamos até o local agora e só estamos perdendo tempo. - Retruca Kyle.

Por mais que soubessem ser puro egoísmo. Os argumentos apresentados por McDrake, eram convincentes. Afinal, era preciso estar preparado para Hansi. E quanto mais rápido um de nós estivesse preparado, melhor. Passando o manuscrito para Réquiem o tempo de leitura de Roiran iria por água abaixo.

- Alexis deixou este presente para nós, devemos analisar o manuscrito, Kyle - responde Colega.

-Maldito Hansi, esse cara realmente não tem nenhuma honra... Sempre se escondendo por trás de seus joguinhos. - Resmunga o Gangrel.

- Ahhhhhhhhhhhh!!!! - Réquiem dá um grito, chorando lágrimas de sangue e caindo de joelhos ao chão. - Sai! Sai! Sai! - brada ela, com os olhos arregalados.

...

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Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial) - Página 3 Empty Re: Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial)

Mensagem por Aradia Sex Jul 06, 2012 11:08 am

Colega, Réquiem, Kyle e Dr. Roiran
130 Malcolm X Blvd - Manhattan, NY 10035, EUA
00h08


...



-O que está havendo, Réquiem? - Diz Kyle.


O malkaviano encara a irmã de clã, e imagina o que está acontecendo. Assim como o progenitor se enfiou na sua cabeça, Hansi pode ter entrado da dela. Parace plausível. Primeiro passo, calma. - Hansi deve ter entrado na mente dela. Esteve na minha durante anos. - Disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Roiran utiliza Paixão, sem sucesso. Réquiem continuava gritando e, alguns segundos depois, caía silenciada.
- Xeque - diz Hansi, falando mentalmente com Roiran.

-Maldito! - Diz Kyle, tentando pensar em algum plano.
-Se Hansi está na sua cabeça, talvez ele possa me ouvir. - Diz Kyle, olhando para Roiran.


Urhan urra de ódio, manifestando as presas.

Difícil esconder a indignação. Hansi não podia ter levado a Rainha. A dama que ostenta o rubro. A peça mais valiosa para Roiran, além dele mesmo, o próprio rei. Se ajoelhou ao seu lado, tentando compreender o que aconteceu.

- Nãooo! Jurei protegê-la para Alexis! Resista, Réquiem - grita Urhan.

-Você já nos fez perder tempo demais com suas loucuras. Se você é realmente tão bom como pensa ser, encare-nos com honra. Apareça, seu maldito! O que você tanto teme? Covarde! - Exclama Kyle, alterando-se.

A Dêmencia, a janela para a alma de todas as respostas, deixava o Doutor num transe.

O Gangrel conhecia os malkavianos. Ele sabia que o Doutor era paranóico, e Réquiem bipolar. Mas o que seria Hansi? Não era possível escapar da maldição de seu clã.

- Covarde é pouco, Kyle. Esse desgraçado precisa pagar... - bufa Urhan.

Pesquisando na internet, Kyle leu algumas perturbações. Uma delas, que talvez perturbasse Hansi, era a megalomania. Individuos altamente confiantes. Ele torcia para que aquilo fosse verdade.

Colega, repentinamente, tinha as orbes implodidas. Ele soltava um urro de frustração e desolação, falando "droga...", antes de cair de joelhos no piso profanado do antigo covil de Alexis Louvain. O Gato Preto estava silenciado.
Kyle se imbuía no plano de provocar o ego de Hansi, enquanto Urhan tentava socorrer Réquiem e Colega. Por sua vez, Roiran, isolado com o dom de Malkav, permanecia analisando, se a Rainha caiu, agora, o precioso Cavalo tombava.

-Urhan, ele está silenciando todos que tiveram contato com aquela semente bizarra, ou seja lá o que fosse aquilo. Se minha teoria estiver certa, nós seremos os únicos não afetados aqui. - Comenta Kyle.
Kyle saca o seu celular, digitando rapidamente uma mensagem para sua senhora.
"Hansi está agindo. Estamos na Mansão de Louvain. Meus aliados estão caindo, mas o maldito não aparece. Talvez o mesmo aconteça comigo, e preciso de reforço." - Enviaria então.
Mensagem enviada.
-És mesmo um covarde, Hansi. Foi o papai satanás quem te ensinou isso? - Kyle debocha.


- Faz sentido, Kyle... - Urhan estava muito apreensivo, nem sequer olhou para Raymond.

"Mesmo que ele não seja um megalomaniaco, ele ainda tem um ego. E é isso que eu preciso atingir, já que não posso agir diretamente contra ele." - Pensava o Gangrel.

Uma tentativa desesperada. Nunca havia tentado. Nunca havia ousado cogitar essa possibilidade. Mas agora as circunstâncias o obrigavam a fazer. - "Hansi..." - Dizia mentalmente, como quem quer chamar atanção para algo importante. - "Xeque." - Seria mesmo possível? Aplicar sua Demência em alguém dentro da própria mente, em um irmão de clã, no próprio senhor? Situações extremas...

-Escondendo-se de neófitos.... Que lástima para um ancião de seu porte. Realmente não terias chegado tão longe sem a ajuda de teus comparsas. Na verdade, você não passa de um lacaio, mas age como um rei. - Continua o Gangrel.
Kyle zombava de Hansi, dando gargalhadas.
-E você, Urhan, controle-se! Se quer honrar Alexis, você deve proteger este lugar. Réquiem ainda pode ter salvação, mas precisamos de você ativo. - Diz Kyle, tentando reanimar o Gangrel.


Roiran sentia Hansi desaparecer.

- Sim, tem razão... Termine de ler as observações da Alexis, Roiran... Não temos opções - responde ele.

E continou a ler.

-Vamos proteger este lugar enquanto você termina, mas ande logo. - Comenta Kyle, sacando suas garras.
Os olhos do Gangrel tornavam-se vermelhos, clareando a noite.
-E então... Você realmente não vem, não é mesmo? Eu estava certo sobre ti. - Debocha Kyle, numa nova tentativa de ferir o ego de Hansi.


Roiran continuava a leitura, enquanto Urhan tentava fixar-se no juramente que fez para a amada. Colega e Réquiem permaneciam silenciados, teriam os dois sucumbidos? O Doutor sabia que Urhan já tinha lido, mas por algum motivo dúbio, ele permanecia inerte, talvez, o outrora útil e destemido Gato Branco, já não era o mesmo, ou, talvez, a evolução do Círculo o tenha superado.

-Afinal... Um lacaio não tem mesmo muita honra. Eles apenas servem. - Continua Kyle. - Mas não tem problema, Hansi. Realmente não... Sempre há uma carta na manga, e logo você descobrirá qual é. - Kyle jogava, atiçando uma nova possível perturbação que Hansi possuísse, a Paranóia.
Kyle tentava manifestar com suas palavras qualquer tipo de loucura que Hansi nutrisse. A depressão, megalomania, paranóia...


Vivos os dois estavam, caso contrário, já seria uma pilha de pó. Se concetrou na leitura.

O Gangrel tentava lembrar de outras doenças que havia lido... Ele não era nenhum médico, apenas jogava com sua intuição e conhecimento que tinha sobre os Malkavianos.
-Talvez, quando tudo isso acabar, você perceba que sua não-vida não tem mais sentido. Afinal, o que seria de você sem seus filhos? Você pode ter outros objetivos, mas no fundo, sabe que sentirá falta de toda essa emoção. E no fim, tudo que te espera são as chamas do inferno. - Kyle sorri sadicamente, quase como se fosse tão louco quanto ele.
Medo, obsessão, paranóia, megalomanía, fobias. Alguma coisa tinha que funcionar. O Gangrel tentava se mostrar seguro em seus blefes, ele tentava pensar positivo... Alguma camada da mente de Hansi teria que ser perfurada, e eis então que sua derrota viria.
Lembrava da maneira em que sua mentora agia com as palavras, ela conseguia realmente abalar o psicológico de suas presas. Tentava espelhar-se em seu comportamento, sabia que ela já tinha ganhado inúmeras batalhas quando seus inimigos baixavam a sua guarda, tomados pelos seus egos.


Kyle continuava com os jogos de palavras, na tentativa de perfurar o ego de Hansi e fazê-lo sofrer com alguma danação mental. Urhan permaneceu quieto, pensativo e observador, enquanto Roiran devorava as anotações feitas por Alexis.
Roiran sabia. Uma viagem para o Machu Pichu seria necessária. Um helicóptero. Lembrou de Uriel, instantâneamente. Mas não. - Urhan, você por acaso sabe pilotar helicóptero? - Porque Alexis havia deixado um para ele.

- Sim, eu sei, já pilotei para ela antes - respondeu.
Kyle olha o celular.


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Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial) - Página 3 Empty Re: Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial)

Mensagem por Aradia Sex Jul 06, 2012 11:11 am

MODO VERMELHO

Nas próximas cenas, risco de morte-final.
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Mensagem por Aradia Sex Jul 06, 2012 11:20 am

Colega, Réquiem, Kyle e Dr. Roiran


Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial) - Página 3 594051-medium

Para compreenderem o impetuoso Carrasco, é necessário entendê-lo, checar todas as raízes, motivações e alicerces utilizados para a execução de seus feitos. Como compreender a mentalidade e inteligência de Hansi?

Até que ponto o Malkaviano é genial ou insano? O Infernalista continuava atuando, camada atrás de camada, indiretamente influenciado as existências alheias. As fórmulas rascunhadas do Lunático estavam disponíveis, ao mesmo tempo em que as observações feitas por ele, também permaneciam ali.
O sonho além do sonho. Perdições de uma cultura outrora festejada, ritos pagãos de uma civilização rica intelectualmente, feitiçaria e algoritmos minuciosos. A base de tudo, finalmente, estava diante do Círculo.

Uma antiga tabuleta recuperada por um grupo de pesquisa peruana continha a chave e o início que Hansi queria. Mas como o Malkaviano chegou ao objeto? Como ele o descobriu?

Que tipo de estudos e pesquisas o Infernalista já realizava? As peças deste monstruoso quebra-cabeça maculado de vermelho começavam a se encaixar.
Um arcaico ritual de sacrifício, uma oferenda para os Deuses, onde apenas mulheres, outrora puras, eram ritualisticamente violadas e sacrificadas numa sangria que levava vários dias. Tal aspecto na cultura Inca remetia sorte e poder.

Necessariamente, realizado para trazer boas colheitas, raramente, realizado por motivos vis. Que deja vu. Uma múmia inca feminina. Cinco cabeças mumificadas. Deja vu? Previsão do futuro? Realidade? De modo articulado, tudo começava a fazer sentido.

Entretanto, toda execução suprema de feitiçaria produz um contrapeso, e nem mesmo Hansi conseguiu evitar tal Calcanhar de Aquiles. Já estava decretado, poderiam descobrir a base usada por ele.

Mas se Tabuleta de Hywat’Ka foi a essência utilizada pelo Lunático, toda a espinha dorsal estava espalhado pelos Templos da Cidade Perdida. As visões e investigações apontavam uma trilha soturna que deveriam percorrer sozinhos.

A lenda Dama que Ostenta o Rubro e o Guardião, os esforços do Clã Malkaviano, o Ritual de Imersão e a adição de três membros do Clã Gangrel. Seria coincidência? Cinco assassinos no sonho. Cinco cabeças no carro. O número cinco estava cada vez mais presente, tanto no mundo onírico, quanto nos sistemas matemáticos-ritualísticos de Hansi

Urhan, o Gato Branco, salvou o grupo, cobrindo-os com o manto invisível. Enquanto Colega, o Gato Preto, extraiu a semente do coração de Réquiem. Porém, Kyle Raymond, o quinto elemento do Círculo, não estava presente. O destino dos cinco entrelaçava. Era o momento de colocar Hansi em xeque, ou levar xeque-mate dele.




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Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial) - Página 3 Empty Re: Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial)

Mensagem por Aradia Sex Jul 06, 2012 10:24 pm

Colega, Réquiem, Kyle e Dr. Roiran
Jatinho, em algum lugar no espaço aereo entre USAxPeru
1 Noite Inteira


Usando os abundantes recursos deixados por Alexis Louvain, mais os próprios, Dr. Roiran McDrake conseguia fretar um jatinho. Iriam para o Peru. A primeira idéia foi anulada, pois seria necessário várias paradas para abastecer o helicóptero. A viagem duraria oito horas. Neste tempo, pesquisaram sobre o local, descobrindo que teriam que ir para a cidade Cusco.
Entretanto, chegariam primeiro em Lima. Com o tempo que tinham até então, já deixaram veículos alugados, assim, já poderiam partir para Cusco assim que pisassem em solo peruano.


Kyle procura por aliados antes de viajarem. Ele liga para John, afim de receber possíveis informações sobre o infiltrado, e também chamando-o para viagem. Ele espera também por uma resposta de sua senhora, ao seu pedido por reforços.


A viagem só foi possível no dia seguinte, por causa do horário, seria necessário partirem bem cedo, para fechar as oito horas de maneira segura, sem perigo do Sol. Sairam no dia seguinte às 20h, chegando em Lima às 4h. Chegando em Cusco às 4h45.


Além do mais, prepararia todos os seus aliados para viagem, aproveitando-se do contato que tinha com a Administradora da elite Anarquista, e com os recursos de Roiran, comprou kevclars e roupas reforçadas, além de algumas granadas que certamente seriam muito úteis (fósforo branco e fragmentadas).


Kyle convoca John para ir, ele aceita. O Pupilo diz que ainda não conseguiram muitas coisas sobre o Infiltrado, mas que Angelus e Agatha estão atrás dele. Verônica cedeu algumas roupas reforçadas e vestimentas de kevlar, nada chamativo. Armas não seriam possível levar, por motivos óbvios. A mentora do Gangrel enviou um carniçal de confiança, para qualquer tipo de serviço.

Também convocou um Brujah chamado Peter, nada de grandioso, tratava-se de um neófito querendo aceitação e ganhar certo Status na cidade, um brucutu que admira Verônica.

Já Heike, primógena do clã Malkaviano, que tinha oferecido ajuda para Roiran, também cooperou. Ela disse que enviou uma sonda na Rede, pedindo ajuda para outros irmãos do Clã. Heike enviou um malkaviano para ajudar o Círculo, uma mulher, pupila da própria Heike, chamada Elisa. Colega e Annelise continuavam em torpor.


O Doutor se transforma em névoa e passa com as granadas pelo pente fino do aeroporto.



Roiran leva na mala, 5 mudas de roupas além do carregador do celular. Na mala de mão, uma toalha e produtos para higiene pessoal. Consigo, os documentos, o celular, o manuscrito, e claro, sua bengala.



Pede dinheiro emprestado ao lacaio de Réquiem, que ele já conhece. Explica que ela está em Torpor e pede para que ele cuide do corpo dela, assim como o de Colega. Diz que partirão para uma missão onde possivelmente confrontarão o senhor dela, e precisam de dinheiro.



Dentro do avião, o malkaviano segue lendo o manuscrito. Oito horas. Devem ser mais do que o suficiente. No tempo restante, ele puxa conversa com seus companheiros de clã, tenta conhecer mais sobre eles, e sobre suas habilidades.


Kyle consegue o dinheiro, mas conseguir granadas de um dia para o outro, não foi tão fácil. Acabou precisando pagar mais por elas, o que reduziu a quantidade total pela metade. Roiran finalizava o manuscrito, agora tinha ciência de toda a mitologia inca, dos rituais de sacrifício de fêmeas, fora a estrutura que Hansi utilizou, que foi anotada parcialmente por Alexis.

Estava claro que o Infernalista executava algo grandioso. E que todos eles, o Círculo, não passavam de componentes para o Ritual. Que tipo de resultado tal ato profano teria? Ninguém pagaria pra ver. A chegada em Lima foi normal, assim como a trajetória para Cusco. 4h45 da madrugada, e lá estavam eles, bem próximos da Cidade Perdida.

Roiran dialogava com Elisa, a companheira de clã que Heike havia enviado. Ela era interessante, boa fluência verbal e bem inteligente. Estava interada com o assunto Hansi e debateu sobre os pontos vigentes desta trama nojenta. A aparência dela é normal, traços leves, cabelo preto e curto. Ela está disposta a ajudar, de verdade, pois se sente tão prejudicada quanto Roiran e Annelise.

Já Peter, o brucutu que Verônica enviou, também demonstrou-se agradável. Ele comentou alguns feitos que já executou e dialogou sobre o sonho de ser Algoz um dia. Ele não é lá tão articulado como Elisa, mas mostrou-se bem confiável pelo fato de ser um enviado de Verônica. Peter disse que está pronto para o que der e vier e também demonstrou estar interado com o caso Hansi.

Tabuleta de Hywat’Ka, encontrada na catacumbas da Cidade Perdida, ponto 86, na zona 15, área restrita e pouco explorada pelo governo peruano. Hansi esquadrinhou as ruínas por 45 anos, encontrando a tabuleta no ano 39. Ela estava originalmente presa num altar de oferanda para alguma Deusa, diversas múmias femininas foram encontradas no local, segundo as anotações de Alexis.

Também correlaciona o fato que a Tabuleta tinha origens com o Deus das Tempestades e do Caos, uma tormenta antiga temida pelo povo Inca. Hywat’Ka era profano e sujo na época, mas não existe tantos estudos sobre.


- Deveríamos começar a investigar aqui. - Dizia o médico enquanto indicava o lugar no mapa do seu Iphone, já previamente marcado. - Segundo o manuscrito, Hansi encontrou aqui a tabuleta de Hywat'Ka. Um artefato que inspirou seus estudos sobre o atual ritual, no qual todos nós, ou pelo menos a maioria, estamos involvidos.


- Tenho em vista o horário, quase 5h, acha que devemos começar agora, Sr. McDrake? - indaga Elisa.

- Vamos! Estou seco para ver até onde isso vai dar... - Peter dava uma risada.


- Não. Amanhã. Estejam prontos ao por-do-sol.


- Existe algo que possamos fazer para adiantar as coisas ainda hoje? - pergunta Elisa.


- Precisaremos de um guia local. A área é restrita, mas com certeza acharemos alguém disposto a aceitar o trabalho. Sairá caro, mas de que vale o dinheiro, se estivermos mortos?



-Eu vou vasculhar o local, talvez encontre algo interessante. - Comenta Kyle. - Você também, John.


- Certo, vou conversar com o gerente do nosso hotel e agendar um guia para amanhã - responde a malkaviana.

- Claro, Senhor. Pretende vasculhar o quê? - indaga John.


-As rendondezas desse local. - Diz Kyle.


- Agora? - John parecia surpreso.


-Temos pouco tempo até o amanhecer, mas ainda temos tempo. Não demoraremos muito. Com seus sentidos aguçados, talvez possamos encontrar algo. - Diz Kyle. - Alguém tem noção de que horas o sol costuma nascer aqui? - Indaga ele.


- Mas... Senhor... - John ficava perdido. - Pesquisei no meu celular sobre o local, não é algo que tenha uma "redondeza" explorável rapidamente... Veja a foto aqui no meu celular.

Cidade Perdida:

Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial) - Página 3 Machu-picchu


Roiran concorda com a Malkaviana. Vê a trapalhada do Gangrel. E resolve ir dormir. Amanhã seria um grande dia.



-É, tem razão. Melhor fazermos isso amanhã. - Diz ele.


Não tendo mais o que fazer, todos dormem. Como pretendiam acordar o mais cedo possível, Raymond instruiu o carniçal que Verônica mandou para acordá-los às 19h.
Ninguém realmente teve um sono decente. Inquietos e nervosos, todos eram assolados por diversos pesadelos grotescos durante a noite. Todos os sonhos ruins tinham o mesmo fim, a destruição de vocês e o triunfo de Hansi.

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Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial) - Página 3 Empty Re: Brumas de um Conto Histórico - A Cidade Fantasmagórica (Crônica Oficial)

Mensagem por Aradia Sex Jul 06, 2012 11:59 pm

Colega, Réquiem, Kyle e Dr. Roiran
Cuzco, Peru
19h00


K yle consegue acordar às 19h, mas sua cabeça estava uma pilha de nervos. Foi direto para o chuveiro, numa tentativa de despertar melhor, pois mal conseguia abrir os olhos.


Pesadelo ou premonição? Não sabia. Mas não há futuro imutável, isso era certeza. Depois de completar o ritual de higiene pessoal, estava pronto. Deu uma última olhada no pé necrosado antes de calçar as botas de trilha. Dessa vez, não trajava nada tão sério. E sim uma roupa de trilha. Calças, botas e camiseta de mangas longas. O combinado era se encontrarem no Hall principal.

Todos estavam no hall principal do Hotel às 19h20, inclusive o guia, um homem chamado Juan Garcia. Ele se identifica e começa a falar em inglês.

- Bem-vindos! Ficamos felizes pela visita dos senhores, pena que neste horário, perderão muita coisa boa. Mas já planejei uma bele estréia para vocês - o Guia sorria, animado.


-Juan, você notou alguma coisa estranha nas redondezas daqui nesses ultimos dias? - Indaga Kyle, descontraído.



- Na verdade, nós viemos até aqui com um propósito. - Dizia ele, não muito alto. Não queria que os mortais escutassem a conversa. - Podemos ter uma conversa mais reservada?


- Coisas estranhas? - ele sorri. - Só coisas boas, posso garantir - completou, virando-se para Roiran. - Claro, podemos sim, estou com vocês.


- Ótimo. - Esperava o conduzir para um lugar menos movimentado.


Vocês vão até o Bar do Hotel, sentando numa mesa mais de canto.
- E então? - indaga o guia.


- Você deve conhecer o ponto 86, zona 15. - Diz com certeza. - Quanto quer para nos levar lá. - Os olhos do vampiro eram sérios.


- Hã? - o Guia ficava surpreso com o ataque direto do Doutor. Permaneceu alguns segundos em silêncio. - Vocês são arqueólogos do mercado negro, não é? O que querem? - a expressão sorridente de outrora se fechava.

Elisa e Peter apenas observavam.


- Diga quanto quer.



-Senhor, não faça perguntas. Garanto que não temos intenções de fazer mal a esse lugar, ou a quem quer que seja. - Diz Kyle, sorrindo para ele (presença 1).


O Guia volta as atenções para Kyle, laçado pela Presença do Gangrel, de qualquer forma, tal domínio não rendia controle ou persuasão efetiva contra os alvos. Ele franziu o cenho, nitidamente não gostando de tal comentário.

- Como assim, não faça perguntas? - indaga ele já voltando a encarar Roiran. - Quanto? Entrar em área restrita sem permissão é crime, não quero ir em cana, vocês querem o que lá, afinal?


O malkaviano suspirava. Que criatura estúpida. - 50 mil dólares? 70 mil? Se não quiser levar tudo bem... Deve conhecer algum homem de verdade.


- Bom... - ele parecia envergonhado. - 100 mil.


- Perfeito. Então vamos.


Afetado pela Presença de Kyle, o Guia nem ao menos se certifica de pedir o dinheiro adiantado. Eles deixam o Hotel e vão direto para a Cidade Perdida.


-Você é muito prestativo, senhor Juan. Pode me dar seu telefone? Gostaria de conhecê-lo mais. - Diz Kyle, sorrindo para ele. "Ótimo, ele pode ser útil como um carniçal futuramente" - Pensava o Gangrel.


O ponto 86 e zona 15, é um local um pouco adjacente a Cidade Perdida, ainda está dentro do complexo das ruínas. Entretanto, é um ponto restrito, turistas e pessoas mundanas não podem entrar, apenas funcionários do governo ou pesquisadores credenciados possuem acesso. Para um Guia, que são obrigados a serem formados em turismo, é necessário tirar uma credencial previamente, algo que Juan não tinha.

Ele explica que teriam que esperar entre 24h ~ 48h para ele conseguir a credenciar e articular a entrada do Círculo lá dentro. Ou, valendo-se ainda mais de meios ardilosos, teriam que molhar a mão de mais pessoas, eis a questão.

- Ah, que isso, agradeço, aqui está 5640-2350 - o Guia passava o número.


Esse era o momento.
Kyle ficaria devendo uma, acabara de conseguir um escravo de estimação.


Com as emoções ampliada, Juan estava no papo do Círculo e, principalmente, de Kyle Raymond.


- Então quer dizer que é um lugar muito bem vigiado? - O olhar de Roiran buscou o Gato Branco. - Não tem problemas. Você só tem que nos levar até lá.


Urhan sorria, finalmente seria útil e gostava disso. Chegando no local, o viam interditado, mas era nítida um túnel de entrada, com guardas a vigiando.

- Só posso usar em cinco pessoas, quer levar o guia lá dentro ou não é necessário? - pergunta Urhan.


- Então aqui é o ponto 86, zona 15? - Perguntou ao guia.


- É sim - respondeu ele.


-Juan, meu querido, foi muito agradável estar em sua companhia. Posso conversar com você em particular? - Diz Kyle, sorrindo maliciosamente.


- Claro que pode - responde Juan.


Afastando-se do grupo e de seu campo de visão, Raymond encontra uma presa fácil, precisava estar bem alimentado.

-Vou te recompensar pela sua prestação de serviços agora. - Diz Raymond, empurrando o futuro carniçal nas pedras montanhosas e deliciando-se com o seu sangue lentamente.



Era óbvio. McDrake iria se livrar do peruano assim que tivesse a oportunidade, Kyle pareceu pegar o espírito. Bom. - O guia não é mais necessário. Iremos eu, você, Peter, Elisa, Kyle e John.



Ao ouvir os gemidos de prazer do Guia, Raymond aproveita-se ainda mais do pobre humano. - Eu tenho um segredo a te revelar, mas você precisa me prometer, por tudo que você acredita, que não revelará a ninguém, nem mesmo para seus parentes. - Sussurra Kyle em seu ouvido.


Kyle se alimentava do pobre mortal, nutrindo-se novamente com a preciosa vitae. Juan se deliciava com a sensação do beijo, então Raymond tratava de mostrar toda a presença que um cafetão Gangrel pode ter.

- Qual segredo? - o guia também gemia.

- Vamos, Kyle! - grita Urhan.


-Você promete, meu querido? Se eu te revelar esse segredo, e você contar ele para alguém, não vai mais viver para contar novamente. - Diz Raymond, sorrindo em seu ouvido.


- Porra! - brada o Gato Branco.

- Pro... Prometo... - sussurra o Guia.


-Peraí, porra! To indo! - Resmunga Kyle, irritado.



- Não consegue guardar isso pra quando voltarmos? - Grita. SE voltarmos.



-Eu te contarei quando voltarmos para o Hotel, mas guarde essa lembrança em mente. Não comente isso com ninguém, pois grandes coisas te aguardam, meu caro. Você não nasceu para ser um mero Guia. - Comenta Kyle, lambendo o ferimento, subindo até seu ouvido. - Agora pode ir. - Ele sorri, se afastando do mero mortal iludido.
O Gangrel volta para a companhia dos demais.


O Guia parecia feliz. Acabou voltando normalmente por onde veio.

- Finalmente. Irei cobri-los, como naquela vez na mansão, quando Hansi tentou nos atingir com as chamas - afirma Urhan. - Preparados?


Urhan parecia tão patético. Sedento por atenção. Totalmente diferente de quando o conheci. Era magestoso, era intimidador. Como um leão. Mas agora não passava de um gatinho. - Vamos.



-Sim... Prepare-se, meu filho. - Diz ele, olhando para John. - Dê tudo de si, e não seja imprudente. Estou contando contigo. - Diz ele, transformando-se lentamente em um leão.


O Gato Branco ofuscava o grupo por completo. Invisíveis, seria totalmente fácil adentrar nas catacumbas restritas. O Círculo deslocou-se lentamente, juntamente com todo o grupo, entrando no túnel que dava acesso aos níveis inferiores do local. Qual seria o tamanho disso? E que tipo de caminhos teria ali? Ninguém sabia.

Na medida em que entravam, a escuridão lhe cobriam com o mais doce dos deleites, a incerteza, o medo, a agonia de estar com a não-vida escorrendo por uma ampulheta.


O leão movia-se furtivamente, usando seu olfato para guiá-lo. Ativava os olhos da Besta também.

Olhava para John, como se ele devesse fazer o mesmo. Conferia se seu aprendiz estava realmente preparado.


Vocês começam a adentrar cada vez mais. O túnel era estreito, um homem com os dois braços abertos não conseguiria andar ali. Com diversas inscrições na parede, visíveis ao Doutor e Peter graças as lanternas de Elisa trouxe. Urhan e Kyle se moviam sem dificuldade, graças aos olhos da besta.
O corredor parecia longo e a lembrança que precisavam encontrar alguma coisa, pista, fórmula, que os levassem a estrutura usada por Hansi para planejar o rito em questão, para assim, o debelarem e se salvarem, começava a martelar na mente do Círculo, principalmente Roiran e Kyle.


Kyle dava uma bela respirada no local abafado, tentando sentir algum cheiro estranho a distância.



Encostei a mão nas inscrições nas paredes e tentei tirar algo de útil de lá.



Depois observaria o local com atenção, procurando algum vestígio de Hansi.


Enquanto Kyle sentia um leve aroma de enfoxre misturado com morte, Dr. Roiran via diversas imagens, desde pessoas da atualidade mexendo e conversando as escrituras, até o antigo povo inca, fazendo-a. De qualquer forma, ele deduz que não seria algo vital para a operação, apesar de interessante.


O leão olha para trás, como se desejasse que o seguissem, e então segue em direção ao cheiro.


Elisa também parecia usar toque do espírito, segundo as percepções do Doutor. Enquanto, Peter e Urhan, nada faziam. A decadência de Urhan era perturbadora.

- Acho que ele farejou algo - diz Urhan.


- Tanto faz, só tem esse caminho pra seguir mesmo. - Continuava a caminhada.


A caminhada até o final dura 45 minutos, quando, finalmente, chegam num altar. Roiran já sabe do que se trata, pois conseguiu tais informações no manuscrito.


Kyle observa o ambiente, procurando alguma coisa diferente no ambiente, que possa indicar a presença de Hansi.


O aroma de enxofre era fraco, mas devido ao tempo que levaram pra chegar, décadas depois, presume-se que o Infernalista realizou poderosas mágicas infernais ali.

O altar era simplório, arquitetura inca, com ornamentos de pedra, destroçados pelo tempo. Diversos símbolos de uma Deusa, um antro com um espeto de pedra no centro, usado para violar virgens e sacrificá-las, um modo deles pedirem poder aos antigos deuses.


Roiran toca o altar.


O toque do espírito revelou o óbvio, uma presença assassina, num tom avermelhado e opaco, um homem belo, de cabelos longos e pretos, irrompia a escuridão do recinto e retirava a tabuleta do altar, por fim, realizava inúmeros rituais desconhecidos, mas um brilho negro nublava o restante da visão de Roiran.

A noção do perigo de Kyle alertava, assim como a previsão de Roiran. Urhan estava prestes a atacar Roiran pelas costas.


O que era aquilo? Traição? Me joguei no chão, usando a bengala para o afastar. A bengala ia de encontro ao peito do Gangrel, se ela quebrasse... Se conseguisse, também iria entorpercer as emoções dele. - O que é isso? Urhan?



O problema de tudo naquela previsão era não saber se Urhan, de fato, ainda era Urhan. E se estivesse sobre algum tipo de controle? De qualquer maneira, a vingança do Gangrel falava mais alto.



O Gangrel virava-se repentinamente, saltando do chão numa velocidade incrível. Ele não sabia se o Gato Branco ainda era ele mesmo, por isso não atacou diretamente com suas garras, dando apenas uma patada poderosa, quase como um chute, mandando-o para longe e rugindo para o mesmo.

Se errasse, atacaria novamente, não dando chance pro Gato Branco revidar.


Kyle, na forma de Leão, dava uma patata para repelir Urhan, com sucesso, o Gato Branco dava um passo para trás, abrindo um sorriso. De repente, mais dois seres surgem ali, era óbvio que estavam ofuscados. O trio se revela: Urhan, Alexis e Heike.


O leão arregalava os olhos. O que seria aquilo? Um truque ou realidade?
De qualquer forma, não perderia o foco. Nunca gostou realmente de nenhum deles, mas esperava por alguma argumentação.

O leão sabia como agir numa situação daquelas. Ele ensinara ao seu aprendiz truques que ninguém mais conhecia, por isso John sabia que em um momento como aquele, deveria ficar totalmente neutro, como se não passasse de um inútil. Precisava manter-se infiltrado, de olho nas costas do inimigo do Gangrel, enquanto melhorava seus atributos físicos ao limite.

Kyle rugia, como se temesse toda aquela situação que estava a acontecer, mas na verdade aquilo não passava de um sinal para seu aprendiz se preparar. Ele olhava para Urhan, ele seria o alvo.



Nem mesmo com minha paranóia, não fui capaz de prever essa conspiração. O que eu tenho de tão importante para chamar a atenção de 2 primogênitas? Não, não fazia sentido.

Só poderia ser uma ilusão. - Mate Kyle, mate todos! - Gritei. Aquilo não era real.



"Alexis tinha atingido a Golconda, que sentido faria a verdadeiro vir nos perseguir?" -- Pensava o Gangrel.

O Gangrel rugia mostrando os dentes do leão, quase como se sorrisse. Era o sinal de que seu aprendiz deveria agir contra Urhan, e ao mesmo tempo, ele também agiria. A breve conversa tinha sido o suficiente para que sua rapidez viesse a tona.



- Não são os verdadeiros! - Disse para Kyle, talvez os demais entendessem. Elisa poderia atacar sua mentora sem problemas, ou ser outra infiltrada como Urhan. - Sua interpretação como Urhan foi horrível!

Era apenas uma deixa. Chamar a atenção dele e fritar seus miolos.


Alexis passava a mão na face, revelando-se outra pessoa. Um homem belo, começo dos 30 anos, cabelos longos e negros. Olhos verdes. O mesmo homem que tramava a morte do Doutor, segundo a previsão de auspícios. Urhan também levava a mão a face, revelando-se uma linda mulher com olhos vermelhos e cabelos preto. Heike, a única inalterada, apenas sorria. Todos trajavam túnicas negras.

Túnicas ornadas com correntes de prata e apetrechos ritualísticos.

- Eu... Sempre fui Alexis Louvain - diz o homem de cabelos longos. - Xeque-mate, Roiran.

- Foneler, prazer - diz a mulher com os olhos vermelhos.

Heike nada diz, apenas observa o espanto do Círculo.

- Sabe, Roiran - diz o homem de cabelos longos. - Foi muito instrutivo forjar tal manustrico e colocar diversas anotações desconexas. Tudo que fizeram, cada estágio que passaram, foi porque eu quis. Estão vivos até então, porque eu quero. O derradeiro suspiro do Último Lhynx, pela Glória de Berliargus, estão no local que escolhi para vocês, porque necessitava ser aqui, a sublime revelação da discórdia.

-Acabou - decreta o homem de cabelos longos, Hansi.

- Foneler, escolha tua segunda alma e ceife-o para a nossa cerimônia, faça o mesmo, Heike - afirma Hansi, falando friamente.


- Eu sei. - Tentei parecer ameaçador. Tentei manter a pose. - Você acha que eu não percebi? As palavras mas sábias que tu dissestes, Hansi... "Descobri que você é inteligente, Roiran"
Aproveitei o tempo para me preparar para batalha, algo que eu evitava com todas as forças, mas que parecia impossível dessa vez.



Enquanto isso, Kyle também ampliava seus atributos. Toda a conversa seria útil para aquilo.



- E você, Heike... - Dizia Roiran com desprezo e decepção. - Eu cheguei a te admirar, e você sucumbiu à esse lixo...?


Foneler iniciava o combate, enchendo a mente do Gangrel com os mais incontáveis dos medos. Kyle ficava paranóico e afoito, vendo teus maiores medos diante de si: O Gangrel estava sozinho, num lugar desértico, com cães tão grandes quanto ursos pardos. Ele corria... Corria... E não, a coragem dele falava mais alto, vencendo o medo que sentiu, partiu para cima de Foneler, desferindo um forte e letal ataque.

Entretanto, quando o Leão a mordeu, sentiu outra mordida, que apareceu misticamente no próprio pescoço. Foneler tinha o tórax estraçalhado, e Kyle, o pescoço. O que estava acontecendo, afinal?

- Venha, minha segunda alma, mostre-me tua fúria inútil - Foneler ria do Leão.


O Gangrel rapidamente percebeu que, matando a desgraçada, talvez encontra-se sua própria morte-final, por isso teve que pensar rápido... Muito rápido.

O leão, movido pela fúria, tentava agarrar a infernalista, para que seu aprendiz a empalasse.

O leão rugia para seu aprendiz, torcendo para que ele lembra-se dos sinais que lhe ensinou outrora, para que ele a empalasse.


O Leão continuava as investidas, agarrando Foneler com sucesso, contudo, quando esboçou olhar para John, o pupilo estava paralisado, com os olhos arregalados e tremendo, nitidamente alvo de algum poder do trio infernal.


O leão estava confuso, até onde aquela conexão iria? Foi então que ele pensou no óbvio... Sangue. Sangue contaminado, mas que mais cedo ou mais tarde, iria para suas veias, e não era possível que ele perdesse sangue junto dela.

O leão começava a sugar a infernalista, observando o que aconteceria


O Leão conseguia drenar a vitae.


O Gangrel, percebendo que aquela conexão não iria além da carne, puxava a pele da infernalista, não com o intuito de ferí-la de fato, mas de fazê-la perder a maior quantidade de sangue possível.


O Leão, ainda drenando o sangue, fazia um rasgo superficial na pele, não com o intuito de ferir, mas na tentativa de fazer o sangue jorrar ainda mais. Nisto, também notava um rasgo maior abrindo perto na nuca do Leão, resultando perde de sangue para o Gangrel, também. A situação era estranha, a pouca lógica que tinha, começava a ruir. Kyle começava a sentir medo, medo do fim, medo da inexistência.


O Gangrel estava tenso. Nunca havia confrontado aquele tipo de magia antes. Ele precisava saber se os outros também estavam conectados daquela maneira, por este motivo, partia para cima de Heike, a Primógena. Iria desferir-lhe uma mordida muito mais poderosa que aquela que havia dado primeiramente.


Heike sorria ao presenciar toda a aniquilação e sangue do recinto. Olhava Hansi murmurando alguma coisa e o teu olhar demonstrava uma imensa satisfação. A Primógena ignorava as palavras de Roiran, focando a atenção em John. Ela apontava o dano para ele e demonstrava um olhar visceral.

- John, sangue do sangue de Kyle, você servirá muito bem sendo minha segunda alma - afirma Heike.

O Pupilo de Kyle parece surtar ainda mais, caindo de joelhos no chão maculado do antigo Templo de Sacrifício Inca. Com a sanidade perdida, Heike Arisen cravava as presas no próprio pulso, que escorria uma mucosa negra, ela derramava o líquido escuro em torno do Gangrel, por fim, John despencava de cara no chão.

- Pronto, Hansi. Já tenho minha segunda alma, vocês vão demorar? - ela ri, no mais puro deboche.

- Tua vítima principal acabou servindo de pilar para o ritual, assim como Annelise, mas tanto faz, não é mesmo? - responde Hansi, rindo.


Um show de horrores, coisas estranhas aconteciam. O que era verdade? O que era mentira? Primeiro, era melhor garantir que estaria de pé no final. Aumentei meu vigor o máximo que pude, antes de soltar o meu grito de loucura. - Aaaaaaaaaaah! - Tremam de medo, cretinos. Pois a hora de vocês está chegando.



Kyle arregala os olhos. COMO AQUELA DESGRAÇADA OUSA? A Besta rugia dentro do Gangrel, e dessa vez mais alto do que nunca.



O leão, notavelmente alterado, agora espremia as órbitas vermelhas em direção a Malkaviana, notavelmente alterado.
Numa tentativa frustrante, o animal tentava falar como podia.



-SUA MALDITA!!!!!!!!!!!! VOCÊ VOLTARÁ PARA O INFERNO JUNTO DE SEUS COMPANHEIROS ESTA NOITE, NEM QUE EU TENHA QUE MORRER JUNTO!!!!!!!!!!!!!!!!!! - O leão rugia.


Roiran soltava um urro de ódio e desolação. A raiva contida neste grito seria passado para as gerações futuras de Hansi e Heike, provavelmente. O sentimento que o Malkaviano imbuiu foi capaz de descontrolar e amedrontar até mesmo os mais sagazes do clã Malkaviano: Heike e Hansi. Enquanto Foneler, agarrada pelo implacável Leão resistia, Hansi e Heike sucumbiam ao Medo Vermelho, perdendo toda a racionalidade.

Elisa solta um grito de desespero, nitidamente abalada em ver Heike daquele estado. Tal comportamento comprova o óbvio, Heike era realmente Heike e, Elisa, estava ali infiltrada, pronto para cravar o punhal pelas costas... E é isso que ela faz. A Malkaviana acerta Roiran no ventre, uma estocada certeira e mortal com uma faca.

- Sofra, desgraçado! - brada ela.

Roiran levava a facada, o corte foi grave o suficiente para derrubá-lo de joelhos. Com o ventre aberto pela ferida, o Malkaviano via a preciosa vitae escorrendo como água, enquanto o Círculo Infernal de Hansi estava praticamente finalizado, eis que uma Peão do tabuleiro resolve adentrar nas casas finais.

- Droga... Ainda está ativo... - o ódio nas palavras de Elisa estavam claras.

Traidora!!! - urra Peter, partindo pra cima dela.

Peter parte pra cima de Elisa, como um furacão descontrolado. E, totalmente feroz, agarra a Malkaviana como se pegasse uma boneca de porcelana, em seguida, lhe cravava as presas no pescoço e puxava. O estrago foi fatal, quase separou o pescoço do corpo, Elisa era uma massa disforme na região do pescoço, caindo ao chão e gritando de dor.

- Quem vai sofrer agora, sua puta! - grita Peter.


- Isso garoto. - Gritei entre dentes, devido a dor lacerante na barriga. - O brujah salvara minha vida, e naquele momento, conquistou um aliado fiel.



Kyle se controlava momentaneamente. Tinha esperanças de que seu aprendiz ainda estivesse vivo. Como viu Hansi perder o controle, e viu também que ele era o grande feitor de tal ritual, imaginava que talvez com a conexão perdida, sua influência entre Kyle e a infernalista tivesse sido cessada, ele precisava comprovar isso. Apertaria levemente a mulher, caso sentisse alguma dor, cessaria o abraço, caso contrário, espremeria seus ossos.

Kyle, cego por vingança, parte pra cima da Malkaviana. COMO ELA OUSAVA MACHUCAR O SEU FILHO NA FRENTE DE SEUS OLHOS, COMO SE SUA LINHAGEM FOSSE UM LIXO???? Ele sabia que, aquele líquido negro, de fato, poderia ser um problema, mas não se importava, cravou uma mordida cega na Malkaviana.

Kyle, tentando dosar a brutalidade de suas mandíbulas, crava os dentes em Heike, que caía de joelhos, mas mantinha o medo vermelho.

Heike resistia bravamente aos ataques precisos do Leão Dourado. Mesmo em medo vermelho, ela aguentava de pé.


O leão cravava suas presas na Primógena, tentando evitar a sua morta-final. Sim, ele queria finalizá-la com o pior dos pecados: A Diablerie. Massacrá-la tinha sido a melhor das sensações, mas ainda não tinha acabado.

O leão rugia, quase em frenesi, e pelas costas da Primógena, acertava um soco com a pata direita do leão, na intenção de rachar o crânio daquela maldita.


Heike sentia o impacto do golpe do Leão, desta vez, um golpe incapaticante. A Primógena caía silenciada.

Foneler sorria, menosprezando o Círculo logo a frente. A Infernalista estalava os dedos, com uma certa cara de deboche.

- Adeus, idiotas. Nos veremos em breve, no pior dos pesadelos... - ela arregala os olhos. - Uhn? Não pode ser... - e perdia a voz, notando que, seja lá o quê cogitou, tinha falhado.


O leão mostrava seus dentes, claramente debochando da infernalista. Até mesmo uma criança notaria que aqueles sons eram humilhantes, claramente de deboche.

O Gangrel partia novamente contra a mulher, agarrando-a. Ele apertaria, tentando notar se alguma dor surgia ainda em seu corpo.


Foneler era novamente agarrada, como se deixasse tal ato, não resistia.

- Vamos, minha segunda alma, venha até mim - diz Foneler, friamente, apesar da situação contrária.

Kyle, apertando Foneler novamente, tentando estudá-la, notava que não sentia dor ao agarrá-la.

- Vou matá-la!!! - grita Peter, partindo pra cima.


Embora não tentasse causar dano com aquele aperto, o Gangrel apertava intencionalmente mais do que o normal. Ele deduzia que, por Hansi ter perdido o controle, talvez aquele efeito tivesse cessado.

O leão faz um rugido intimidador, afastando-se com a infernalista e cravando suas presas em seu pescoço, sugando sua vitae como tinha feito anteriormente, abrindo um enorme buraco para deixar que o líquido caísse em abundância, e rasgando a pele, dessa vez com a intenção de incapacitá-la.

O rugido era óbvio, ele não queria que o Brujah se metesse, e acenava com a cabeça para Hansi.


Peter não queria nem saber, partiu com tudo pra cima de Foneler. No fundo, não tinha entendido o sinal do Leão, e nem tinha obrigação disto, de fato. Se Kyle pensa que pode se comunicar facilmente com os outros, estando em tal forma, ao menos com Peter, não parecia ter êxito. O Brujah crava as presas em Foneler, rasgando o tórax por completo.

O corpo de Foneler vira uma carcaça podre, era o fim da Infernalista

Hansi continuava em Medo Vermelho. Heike estava silenciada ao chão, deixada em torpor por Kyle. Foneler encontrou a morte-final pelas mãos de Peter. Tudo estava tomando um rumo inacreditável.

- Agora é a Primógena! Vadia traidora! - grita Peter.


Kyle volta a forma humana.


Peter faz um sinal positivo para Kyle.


-NEM PENSE NISSO! ESSA VADIA AINDA TEM QUE SER INTERROGADA VIVA! - Grita Kyle.


- Viu como eu sou bom? - sorri. - Ah, ok, ela fica viva - respondeu.


Tudo estava indo perfeitamente bem. Com a exceção da minha barriga aberta. Eu deveria ter previsto que Elisa ficaria do lado de Heike, garota burra. Hansi estava na minha frente, e morrendo de medo de mim. Me coloquei de pé, a dor era infernal, mas a minha sede de vingança era maior. - HANSI É MEU! - Fiz o que era preciso pra ficar mais rápido e o alcançar.



Kyle se aproxima do corpo, claramente descontente com o estilo Brucutu do maldito. Ele o mataria, se não fosse membro da Camarilla e um pouco mais desumano.



O agarrei e coloquei as presas nele.
Ele era meu.


Enquanto Kyle desanimava por Foneler ter sido destruída, Roiran corria como um tufão em direção a Hansi. O Malkaviano pegava o Infernalista, que, em Medo Vermelho, nem sequer notava a aproximação.

Hansi era fatalmente imobilizado por Roiran. Inacreditavelmente, o genial Infernalista estava em xeque.

- "Xeque mate, seu filho da puta!"



"Brujah estúpido... Não é a toa que tem fama de burros. Essa vadia não só vai ser interrogada, como vai pagar muito caro pelo que fez com John. A outra tomaria o mesmo rumo, se esse imbecil não a tivesse finalizado." - Pensa Kyle, irritado com a situação.

Ele pega o corpo de Heike com uma das mãos, triunfante por sua vitória, e se aproxima de John.

Ele acaricia a face de seu filho, com uma triste expressão. - John, você pode me ouvir? - Pergunta ele.


Hansi gritava de forma insana, dominado pelo Medo Vermelho e pela força bruta do Doutor. John continuava silenciado.

McDrake começa a sugar a preciosa e profana vitae do Infernalista. As lendas da Rede dizem que Hansi foi um dos mais geniais Malkavianos da época recente, tão sagaz e analítico, que talvez, jamais seria compreendido. Roiran já se sentia satisfeito, mas, por tudo que Hansi fizera, qual seria a atitude do Médico?


Naquele momento, quase senti meu coração bater novamente. Ainda mais saboroso do que o sangue era a conquista do Xeque mate. A vitória só seria completa se incorporasse seu sangue ao meu.



-Peter, você fez um excelente trabalho aqui, mas já temos tudo que precisamos com a pupila de Heike. Eu vou finalizar esta maldita eu mesmo, por tudo que ela fez com meu filho. - Diz Kyle.


Roiran prosseguia, convicto que apenas o mais vil dos atos iria redimir a própria honra. Continuou drenando o sangue de Hansi, até secá-lo por completo. Roiran começava o Amaranto, sabia que Annelise jamais o perdoaria por tal ato, mas o ódio falava mais alto.

- Irá finalizar a Heike ou a Elisa? Não compreendi, Senhor - responde Peter.


-Mantenha Elisa viva. Você será algoz dessa cidade, eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para que isso aconteça. - Comenta Kyle. - Finalizarei a Primógena agora, leve o corpo de Elise, a traidora, para um local seguro. Em breve chegaremos lá.


- Hmm... - Peter sorri ironicamente, desviando o olhar para Roiran. - Claro, claro... - diz ele, pegando Elisa e retirando-se dali.


Kyle suga Heike, assim como Roiran faz com Hansi, ambos limpariam sua honra por tudo que aqueles malditos infernalistas tinham feito.



Quando todo sangue fosse drenado, Kyle iniciaria o mais vil dos atos, aniquilando completamente a alma daquela maldita, trazendo-a para suas veias.


Roiran entrava em frenesi, saciado pelo Amaranto, vitae e Alma de Hansi. O processo estava completo. Vendo John caído ali, tratou de destroçá-lo e sugá-lo, controlando-se em seguida.

Kyle Raymond crava as presas em Heike Arisen, uma das Primógenas mais atuantes em Nova York, influente até mesmo para fazer oposição a Blair. A Anciã, iludida pelos ideais de imortalidade suprema e reposição de alma de Hansi, acabou perecendo nas garras do Círculo, em torpor, acabou sendo presa fácil para o Gangrel. Raymond lavava a honra com o Amaranto, também entrando em frenesi e também destroçando o corpo de John, aplacando a própria raiva. Quando terminou o frenesi, sentiu o peso por ter feito isso com o corpo da cria, entretanto, a sensação suprema da diablerie, infinitamente superior ao orgasmo, predominou.



Aradia
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