Vampiros - A Máscara
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O Despertar - Parte I (Crônica Oficial)

3 participantes

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Mensagem por Steve Sex Nov 26, 2010 9:35 pm

Off: Editarei o posto conforme for acabando a parte de cada um dos restantes. Peço que não respondam até eu ter terminado os post dos três. Obrigado e tenham um bom jogo. Qualquer duvida me enviem um MP.

Durval

Medo, era a única coisa que Durval conseguia sentir naquela hora. Seu corpo começa a chegar a exaustão, seus olhos se viravam para trás e vislumbravam o horror, ele corria, mas parecia que não saia do lugar, o pânico invadia seu coração morto, o sopro gélido da morte o fazia congelar, seus olhosse arregalavam implorando por socorro. Seus braços e pernas começavam a se atrofiar, os músculos se contorciam e eram destruídos. Seu corpo então era empurrado para frente, naquele estado não teria forças para semanter em pé.

-- Corra desgraçado. – Uma voz familiar chegava a seus ouvidos e suas pernas respondiam, Durval começava a correr, braços e pernas estavam de volta ao normal. Sabia de quem era aquela voz, se voltava para trás para poder ver claramente seu rosto, mas para sua surpresa não havia ninguém. Acoisa que o perseguia também desaparecia, seus olhos percorriam a sua volta e reconheciamo espaçoso cômodo, era o quarto de sua querida Isabelle. Ela repousava nua envolta por lençóis de seda, a luz do luar atravessava a janela e reluzia em sua pele,seus lábios possuíam um vermelho intenso e provocante. Durval sentia suas pernas fraquejarem, a força se esvaia de seu corpo, novamente era punido poraquela maldição em seu sangue, lenta e agonizantemente seus músculos atrofiavam, mas essa dor não era nada comparada a batalha que travava consigo mesmo, a jaula dentro de sua escuridão havia se aberto, a besta clamava por sangue. Ele tentava gritar para acordar sua querida Isabelle, mas sua voz se calava, seu corpo se estremecia lutando para manter o controle, mas uma alma corrompida por pecados era fraca de mais para resistir aos instintos daquela fera. Finalmente cedia, não conseguia mais se controlar, mas para desgraça sua consciência se mantinha e ele assistia o momento em que seus braços seguravam firmemente Isabelle, sentiu o horror e medo naqueles gentis olhos que o aceitaram apesar de seus defeitos. A voz delicada e tímida de sua anfitriã se transformavam em gritos de dor enquanto os dentes de Dominic devoravam seu corpo. Durval presenciava tudo aquilo, cada grito, lagrima, cada gota de sangue e pedaço de carne daquele corpo macio e para seu espanto ele adorava. O sangue de Isabelle estava por todo seu corpo, parecia que ia afogá-lo,mas então não estava mais sobre o corpo de sua vitima, mas sim no fundo de um lago, onde seus braços e pernas se agitavam desesperadamente para chegar a superfície. Finalmente seu corpo irrompia a superfície e ele se arrastava até amargem. Sua cabeça doía muito, como se algo tivesse o acertado com uma força absurda. Deitado de costas na areia da margem, uma poça de sangue se formava em volta de sua cabeça e apesar da dor seus olhos não se fechavam, ao contrario,pareciam vidrados. Algo no céu o perturbava, algo o fazia sentir medo como nunca sentira antes, até mesmo a besta que repousava dentro de si parecia seracuada. Um forte clarão vermelho queimava seus olhos, sentia-se como se estivesse em chamas, se contorcia e gritava, seu corpo começava a definhar como o deu um cadáver, varias ferimentos apareciam em seu corpo fazendo seu sangue escorrer para fora de seu corpo, seu corpo se debatia e rolava em direção dorio. Durval finalmente despertava, estava deitado sobre o chão gelado de seu aposento. Uma trilha de sangue se arrastava de sua cama até onde estava,formando uma poça de sangue em volta de sua cabeça. (Ferimento Permanente, -1 ospelo sangue perdido). Seu corpo se estremecia ainda em pânico, ele tentava abrir seus olhos, mas sentia uma dor agonizante que o fazia gritar, não conseguia enxergar, seus olhos ardiam como se tivessem sido queimados, não via nada, apenas trevas. Aquilo não podia ter sido um simples pesadelo e ele sabia disso, tinha algo que não devia estar lá, algo que forçou caminho até sua mente, a mesma que coisa que queimará seus olhos. Ele escutava o som de batidas na porta, era Isabelle.

-- Meu deus Nick (Maneira mais carinhosa de Dominic) o queesta acontecendo? Abra a porta por favor. – Ela tinha um tom de preocupação emsua voz.

Teste Percepção+Ocultismo dif 9 para ter um Presságio (4,4,9,4,6)1 Sucesso
Teste Força de Vontade dif 7 para acordar do pesadelo
(9,1,3,6,5,6,2,3,5,Cool 1 Sucesso

Vitalidade
Ferido Gravemente – Letal (cabeça)
Escoriado – Agravado (nos olhos)

Pontos de Sangue
-1 para acordar
-1 pelo sangue que saiu pelo ferimento

--------------------------------------------------------------------------------------------------------

Rezek


Uma fraca luz iluminava a pequena sala. Dentro dela apenas um homem amarrado em uma cadeira por grossas correntes. Era Rezek, seu sangue manchava a farda do exercito alemão que vestia no momento. Um homem adentrava a sala, trajava um uniforme parecido com o de Rezek, mas se diferenciava pelas letras SS em seu ombro. Logo atrás dele entravam homens carregando uma mesa e em seguida o que parecia ser uma bacia. A mesa era posta a frente deRezek e sobre a ela a bacia de ferro com um liquido transparente. O oficial não fazia nenhuma pergunta, do bolso de seu uniforme retirava uma grosso luva negra e caminhavam em volta de Rezek finalmente parando atrás de seu prisioneiro.Rezek questionava o motivo daquilo, dizia que era um engano, não havia feito nada para estar ali, mas então sentia a mão do oficial agarrando seu cabelo e empurrando seu rosto ate a bacia, se rosto tocava o fundo de metal e por um segundo nada acontecia, só então sentia uma dor excruciante, seu rosto queimava ao contato com aquele liquido, varias feridas se abriam sobre a pele de seu rosto e o deixavam em carne viva. Ele era finalmente tirado e gritava desesperadamente de dor, seu rosto era atingido violentamente, seu maxilar se deslocava com a força do impacto. Alguns dentes caiam no chão junto com seu sangue que se misturava a saliva e escorria por sua boca.
-- Achou que podia nos enganar seu merdinha?? Nos vamos te esfolar filho da puta – Rezek não estava mais preso a cadeira com o oficial nazista, seu corpo era erguido por Gordon, um dos membros de seu bando no sabá.Ele sempre usava aquele maldito soco inglês afiado para destruir seus inimigos.Gordon socava seu corpo violentamente, Rezek não conseguia resistir, adiferença de forças era absurda, seu corpo cedia e despencava após vários socos.Uma forte luz branca cegava seus olhos por um segundo, ela vinha da lâmpada de um equipamento hospitalar, ele tentava se levantar, mas seus braços e pernas estavam amarrados, estava preso sob uma mesa cirúrgica.
-- Ora ora, então nosso pequeno costello despertou. (maneirade como o Sabá se refere aos “Membros” da Camarilla) – O feiticeiro tentavagritar, mas sua voz não saia, nem se quer conseguia abrir a boca, parecia queseus lábios estavam costurados. – Peço perdão,mas tive que fechar sua boca, oexperimento é um tanto doloroso e infelizmente não posso sedá-lo. Agora, vamosdar um jeito nesses seus olhos.- Com uma tesoura cirúrgica na mão o desgraçadocortava a pele sobre seu olho, agora o tremere não poderia mais fechá-lo, teriaque assistir a tudo. O bisturi afiado deslizava sob seu peito, seu corpo tentava resistir, mas o cirurgião abria caminho com mais força. Rezek gritava,seus olhos se agitavam de um lado para o outro, sentia a mão do desgraçadoentrando em seu abdômen e puxando suas tripas para fora.

Teste Força de Vontade para despertar do Pesadelo dif 7
8,2,2,7,3,4,4,5,4 (2 Sucessos)

Rezek despertava aos berros e com as mão sob o peito. Seus olhos percorriam o cômodo em que estava a procura daquele maníaco, mal se dava conta que tudo não passara de mais um pesadelo. Sua não-vida era demasiadamente perigosa, como informante tinha sempre sua garganta em risco. Manter a sanidade em meio aqueles bárbaros do Sabá estava ficando cada vez mais difícil.Para manter seu disfarce tinha que participar de todos os rituais e jogos macabros, já haviam se passado mais de duas semanas, mas ele ainda se lembrava,ele e mais três haviam sido levados para um cemitério, lá haviam cinco covas recém fechadas e para seu espanto eles teriam que cava-las para libertar as “crianças”que não conseguiram cavar seu caminho para fora. Rezek entendia então que essas “crianças”foram vitimas de um abraço e enterradas, era um dos poucos rituais que os membros da camarilla tinham conhecimento e um dos mais bárbaros. Mas libertar essas crianças tinha suas conseqüências, elas estariam famintas e descontroladas, iriam querer se alimentar do primeiro que estivesse a sua frente. Para muitos cavar essa cova poderia ser interpretado como castigo, mas para eles eram apenas uma brincadeira, uma forma de testarem sua verdadeira força e dominar a besta. O feiticeiro não tinha outro opção a não ser cavar, se recusar a participar de algo assim teria conseqüências piores do que enfrentar um recém abraçado em frenesi. As covas eram abertas, seu sangue queimava para ter melhores reflexos e agilidade, seu rosto desviava das mãos que irrompiam da cova e tentavam agarrá-lo. Ele saltava para trás, ouvia os gritos animados dos bandos que observavam a luta, de dentro da sepultura saia seu adversário, era uma mulher, cabelos loiros e um corpo extremamente magro coberto por uma camisola rasgada e manchada de sangue. O combate fora violento, apesar do corpo castigado, aquela mulher possuía extrema força, agilidade e resistência, o feiticeiro lutava da melhor maneira que podia, se pudesse utilizar seus verdadeiros poderes aquela luta não terminaria daquela maneira. Ele lembrava de ser severamente ferido, seu sangue se esparramando pela grama, da raiva incontrolável que crescia em seu peito, da vontade de rasgar e despedaçar cada parte daquela vadia, ele era tomado por um instinto descontrolado e sua mente apagava. Ele não sabia quanto tempo havia se passado, seu corpo estava muito ferido, ele olhava para o lado e via varias cápsulas de munição, seu corpo havia sido atingido porvários disparos, ele então notava que segurava algo em sua mão direita, era acabeça decepada daquela mulher, podia ouvir passos ao seu lado, um homem se agachava e o encarava, era Gordon.

-- Ihh cara, tu ta uma bosta, achei que tu ia morrer pra essa vaca, mas parece que você é mais durão do que eu achei. Devia ver a cara dos pessoal quando você partiu pra cima da galera também huahauhuaa, precisou de uns par de tiro pra te derrubar. – Gordon levantava seu corpo e colocava em seu ombro – Bora arrumar uns gado pra comemorar.

Rezek sabia que havia perdido o controle para a besta, mas oque o assustava não era a violência com que fizera aquilo, mas de ter gostado daquela experiência, por mais que não se recordasse do que aconteceu, depois daquilo sentia uma doentia vontade de entrar em combates para atiçá-la novamente. Era por isso que estava naquele hotel agora, precisava se afastar,aos poucos estava se corrompendo e aquilo não teria volta. Dissera apenas que iria conseguir informações importantes para a seita e que poderia demorar. Eles não questionaram, mas lhe avisaram que daqui a um mês deveria retornar pelo menos por uma noite para a Vaulderie, algo que seu Regente jamais admitiria. Era tanta coisa em sua cabeça que só agora notava que um de seus celulares estava caído no chão, ao se agachar para pega-lo notava a presença de uma mensagem de voz de um numero desconhecido.

-- Boa noite agente. Aqui quem fala é o investigador Harry Kim. Tive informações que o senhor tem uma certa experiência em casos,como vou dizer, estranhos. Não sei se estou ligando em uma boa hora, mas gostaria de lhe mostrar algo e pedir sua opinião. Se puder me encontrar eu vou estar daqui duas horas na Rua 6 nº 602. Obrigado. - A mensagem terminava, Rezek observava o horário que a havia recebido, fora a quase quarenta e cinco minutos. Talvez um serviço desses pudesse aliviar sua mente.Suas mãos abriam a gaveta do criado mudo e retirava um maço de cigarros, ele acendia um deles e dava uma tragada enquanto encostava-se à cama confortável assistindo uma noticia de um homem que havia ateado fogo em seu próprio corpo naquele dia dentro de um ônibus lotado, um dos passageiros contava o que viu ao repórter. O que será que esse tal de Kim queria lhe mostrar?? A fumaça saia lentamente de sua boca em formas de pequenos círculos.


Ponto de Sangue
-1 para despertar


Última edição por Salazar Salvatore em Seg Nov 29, 2010 1:23 am, editado 1 vez(es)
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O Despertar - Parte I (Crônica Oficial) Empty High Way to Hell

Mensagem por Convidad Seg Nov 29, 2010 9:24 pm

O momento do despertar é sempre o mais tenso. Pois cada hora fere mas é a última que nos mata. Havia despertado mais tarde do que o normal e já estava se tornando cada vez mais habitual e tardío, coisa que o incomodava.


No fétido quarto de hotel havia sempre um colchão fétido e carcomido também. A única luz que havia era do poste de luz que ficava bem em frente a sua janela. Uma luz amarelada, doente e fraca como a alma cainita. O apartamento era vazio como a cabeça de um sabá, o Bruxo pensou ter achado uma garrafa com um pouco de vitae retirada de um alcoólatra fumante [uma especiaria] da noite passada, mas logo se decepcionou, estava vazia e o pouco de sangue no fundo já era seco, havendo apenas moscas e baratas. Aliás, moscas e baratas eram unicas coisas vivas alí.


Ponderou um momento sobre a vida desgraçadazinha que vem tendo. Os ritus de valderie fariam o Regente literalmente cuspir fogo, por outro lado estava ciente também que o permitia ganhar mais individualidade e resistência contra os crápulas do próprio Clan. Assim como não deveria se permitir simpatizar com o bando, pois deve usá-los e na hora certa acabar com eles. Estamos todos num rumo sem volta pro quinto dos infernos? Que se dane, já estava feito.


Só havia uma maneira de combater esse novo vício da besta e sua cabeça ferrada: sobrenatural. Nada é mais excitante que o sobrenatural. Tão vasto quanto imaginação de uma criança. Todo aquele poder, perigo, probabilidades e emoções superam qualquer outra dependência. Por que? Porque a porra do mundo é entediante, imundo e fatal. Por que nenhum preço é alto demais quando si é um viciado e sente todo aquele ímpeto, vida e poder latente em suas veias... mesmo como mero observador.


Mas não havia achado nenhuma caso excepcional. Talvez sua existência estava enfim fadada ao escarnio da camarilla e do sabá. Pensou em fazer uma besteira desesperada, mas então tinha em mãos uma mensagem que poderia mudar tudo.

- Espero que seja algo muito bom... senão estamos nós dois fodidos. – Disse para o cigarro em sua mão.

Pegou sua arma e saiu para a Rua 6 nº 602.. Deixando pra trás seu cheiro de nicotina.

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Mensagem por Durval Seg Nov 29, 2010 11:44 pm

Narração (Durval): Sentia tanto medo. Meu corpo começava a parar de responder, exausto demais para continuar correndo, mas um pavor imenso me fazia continuar ainda que debilmente. Alguma coisa me perseguia .

Pensamento (Durval): O que? Quem?

Narração (Durval): Não sabia ao certo, mais o que quer que fosse me preenchia com um pavor imenso. Me fazia correr mesmo quando não conseguia sequer andar.

Pensamento (Durval): Não, se afaste de mim!! Socorro!!

Narração (Durval): O pânico me preenchia por completo, minha mente em desespero sente e sopro gelado da morte estrangular meu coração. Arrancando a pouca vida que esta carcaça morta ainda tinha, levando minha alma.

Pensamento (Durval): Não, não quero morrer!!

Narração (Durval): Na indignidade da morte meus olhos expressão toda a desconformidade e insatisfação. O completo desespero, o pedido mudo por um milagre.

Pensamento (Durval): Alguém me ajude!!

Narração (Durval): Minhas extremidades começam a deteriorar, os músculos eram rompidos enquanto a atrofia destruía tudo. Meu corpo cedia, inútil. Enquanto eu em um estado de impotência via meu fim cada vez mais próximo.

Pensamento (Durval): Não pode ser!!

Narração (Durval): A contragosto me preparava para a morte quando completamente esgotado sou impulsionado para a frente por algo externo.

Citação (?): Corra desgraçado.

Pensamento Alterado (Durval): Eu não consigo, droga!!

Narração (Durval): Aquela voz? Eu o conhecia, tinha que conhecer. Era familiar de mais para ser um desconhecido mas mais importante que isso, de alguma forma minhas pernas voltaram a responder.

Pensamento (Durval): O que? Isso!! Isso!!

Narração (Durval): Corri o maximo que minha fragilidade permitia, a atrofia deixara meus músculos e o corpo enfim respondia.

Pensamento (Durval): Obrigado.

Narração (Durval): Corria voltando-me para trás em agradecimento. Eu o conhecia, sua voz não poderia ser mais bem vinda em meus ouvidos mas

Pensamento (Durval): O que?

Narração (Durval): Não havia ninguém.

Pensamento (Durval): O que esta acontecendo?

Narração (Durval): A confusão era clara em meu rosto. Sei que conhecia aquela voz mais ainda assim não conseguia lembrar-me de seu dono nem encontra-lo correndo próximo a mim.

Pensamento (Durval): Aonde foram? O que esta acontecendo?

Narração (Durval): Mesmo a “coisa” que me perseguia também desapareceu. Cada vez mais entendia menos aquilo tudo.

Pensamento (Durval): Esse é o quarto de Isabelle.

Narração (Durval): Não fazia idéia de como tinha vindo parar aqui. Na verdade tinha idéia de muita pouca coisa. Mais o quarto me acalmava, a casa dela era um dos poucos lugares que considerava seguro e embora estivesse sobressaltado estar aqui parecia-me um bom sinal.

Pensamento (Durval): Calma.

Narração (Durval): Já passara da hora de começar a pensar um pouco.

Pensamento (Durval): Aquilo tudo foi outro pesadelo?

Narração (Durval): Nunca conseguia me acostumar a esses sonhos bizarros, eram tão reais tão macabros.

Pensamento (Durval): Não acho que tenha sido só um sonho. Do que diabos estava correndo e quem me ajudou?

Narração (Durval): Poderia ter sido uma memória tentando voltar? Como queria ter visto melhor o que me perseguia e mesmo o dono daquela voz.

Pensamento (Durval): Droga!!

Narração (Durval): Era tão frustrante. Me via forçando a memória a dar uma resposta, qualquer uma já serviria mas ainda assim não consegui nada.

Pensamento (Durval): Ao menos estou acordado agora.

Narração (Durval): Penso tentando me consolar enquanto volto minha atenção a Isabelle que dormia. Sei que não deveria invadir desta forma a privacidade dela, vinha tentando me portar com todo o cavalheirismo possível mais ela dormia tão belamente que não consegui evitar observa-la. A lua a banhava tão belamente em uma mescla de suavidade e brilho, seus lábios vermelhos pareciam me prender com alguma espécie de feitiço. Não conseguia tirar meus olhos dela mas algo começa a mudar.

Pensamento (Durval): Droga!

Narração (Durval): A dor quebra o encanto de Isabelle e me percebo ruindo novamente. Meu corpo ia perdendo as forças enquanto meus músculos se deterioravam rápida e dolorosamente quase me fazendo gritar mais serro os dentes contendo qualquer gemido. Não queria que ela me vise em um momento como este, na verdade não queria compartilhar isto com ninguém muito menos com ela. Não evidenciaria ainda mais que sou um monstro, não deixaria que ela me visse assim.

Pensamento (Durval): Tenho que sair daqui.

Narração (Durval): Contudo meu corpo me trai e o monstro que não queria admitir ser reivindica seu sustento.

Pensamento (Durval): Não!! NÃO MESMO!!

Narração (Durval): Não podia, não queria e não iria machucar Isabelle mas sentia minha consciência ser suprimida enquanto algo bestial e maligno se apoderava do meu corpo.

Pensamento (Durval): Isabelle acorde!! Saia daqui!! Fuja!!

Narração (Durval): Quando a olhava não conseguia mais visualizar Isabelle, via apenas seu sangue pulsando por suas veias mas ainda assim sabia que era Isabelle. Não podia fazer o que estava pensando em fazer.

Pensamento (Durval): PARE DROGA!! SE CONTROLE SEU BASTARDO!! ISABELLE ACORDE!!

Narração (Durval): Por Deus entre todas as pessoas deste mundo não ela. Ela não merecia isso, eu queria protege-la como poderia agora fazer uma coisa dessas? Esse seria meu pagamento por sua hospitalidade?

Pensamento (Durval): ACORDE DROGA!!

Narração (Durval) Finalmente percebo que minha boca não produz nenhum som. Por mais que tivesse gritado em desespero eu não conseguia falar.

Pensamento (Durval): Droga!! Merda!! MerDA!! MERDA!!

Narração (Durval): Meu corpo estremece enquanto me contraio tentando manter algum controle, salvar a única coisa boa que ainda tinha, Isabelle. Mais esta carcaça apodrecida e minha alma maculada não resistiam ao pecado. Incapaz de me conter percebo meu controle cedendo e meu corpo contra minha vontade indo em direção a Isabelle.

Pensamento (Durval): NÃO!! PARE, DROGA!! ISABELLE POR FAVOR, ACORDE!! FUJA!! VOCÊ TEM QUE ACORDAR AGORA!!

Narração (Durval): Lutava desesperadamente tentando me parar mas tudo que conseguia fazer era assistir a surpresa e o medo naqueles olhos tão divinos, sua voz ... seus gritos estavam se gravando a ferro quente em minha consciência.

Pensamentos (Durval): PARE SEU IMBECIL!! POR DEUS PARE!! ISABELLE LUTE!! ME ACERTE!!

Narração (Durval): Suas lagrimas, seus gritos. Não deveria existir no mundo tortura mais eficiente. Estava dando ou recebendo as dentadas? Sem duvida estar sendo mordido doeria menos. Fazer isso estava me destruindo de uma forma sordidamente dolorosa e completa. Enquanto o sangue que escorria de minhas lagrimas era amargo, o que adentrava sua boca era muito doce.

Narração (Durval): Estava entrando em um estado depressivo e apático quando percebo que não estava mais sobre o corpo de Isabelle. Na verdade o choque térmico causado pela água fria me fez reconhecer o lago. Me debatia desesperadamente tentando chegar à superfície ate que meu corpo transpõe a camada d´agua. Tinha começado a me arrastar a margem, a cabeça doía como se estivessem a abrindo a força mas deitado na areia indiferente à poça de sangue que se formava a volta e a insensibilidade de seus olhos uma única coisa vinha a mente.

Pensamento (Durval): Isabelle? Isso também poderia ter sido um sonho? Ela esta bem então, não esta?

Narração (Durval): A esperança tinha reavivado minha alma mas a dor vai se tornando pior, mais forte. Os olhos com os quais não me importava antes, absorto pensando em Isabelle doíam imensamente agora, vidrados sem responder a minha vontade miravam algo no céu que despertava novamente aquela coisa selvagem e maligna dentro de mim, mais desta vez um despertar de medo em vez de cobiçosa fome. Um medo cada vez maior, em uma dimensão tão completa que nunca experimentei antes havia dobrado a besta e me reduzido a migalhas. Um forte clarão vermelho irrompeu queimando meus olhos e espalhando esse queimar pelo resto do corpo que também se incendiava, tudo queimava causando uma dor cruciante. Deus parecia enfim estar me punindo por meus crimes, isso não podia ser nada se não a morte. E morrer doía de mais.

Pensamento (Durval): Não, se estou sendo punido então eu matei Isabelle? Isto não é um sonho?

Narração (Durval): Mas a dor interrompe meu raciocínio. Não consigo pensar ou mesmo fazer nada alem de sentir enquanto sinto cada vez mais dor.

Pensamento (Durval): Harrrrrrrrrr!! (Gritando)

Narração (Durval): Me revirava e contorcia, gritando em agonia enquanto meu corpo definhava virando o cadáver que ele provavelmente já seria se este corpo não estivesse amaldiçoado . Vários ferimentos surgiam e o sangue escorria farto enquanto me debatia no chão incapaz de minimizar a dor ou conter meus gritos enquanto desesperadamente me arrastava tentando voltar ao rio em uma tentativa falha e desesperada.

Fala (Durval): Harrrrrrrrrr!! (Gritando)

Narração (Durval): Meu corpo estremecia em pânico, dor. Meus olhos continuavam insensíveis se recusando a me obedecer mas a este ponto já deviam estar queimados se não reduzidos a pó. O rio estaria a minha frente? Não conseguia enxergar mais nada, mas ele devia ser por aqui.

Pensamento (Durval): Se não for aqui vou morrer.

Narração (Durval): Enquanto em minha cabeça ainda tento chegar ao rio escuto batidas na porta.

Citação (Isabelle): Meu Deus Nick o que esta acontecendo? Abra a porta por favor.

Pensamento (Durval): Isabelle. Ela esta viva!!

Narração (Durval): Graças a Deus tinha sido mesmo um sonho. Ela batia em uma porta, deveria ser a porta do meu quarto. Sentia agora o chão frio sob meu corpo acho que estava me arrastando nele tentando chegar a esse rio. Mas isso não importava agora.

Pensamento (Durval): O que vou falar?

Narração (Durval): Ela estava viva, isso me enchia de felicidade mas não conseguiria encara-la. Estava muito atordoado, continuava não conseguindo enxergar e minha cabeça doía tanto que tinha distorcido meu senso de gravidade, nem sabia se conseguiria ficar de pé agora e pior do que toda a dor que estava sentindo a havia DEVORADO a poucos momentos atrás. Provavelmente cada grito e lagrima que vi naquele pesadelo infernal continuaria gravado a fogo em mim pelo resto desta existência. Não me aproximaria dela, não enquanto não tivesse certeza que aquele maldito pesadelo não se tornaria realidade.

Pensamento (Durval): Ela também não pode me ver assim.

Narração (Durval): Não queria assusta-la mas eu mesmo estava assustado. Admito que ainda estava perplexo, desorientado. Tinha sido tudo tão real que era difícil me dissociar do “sonho”. Estava acordado agora? Estava mesmo acordado agora? Como ter certeza?

Pensamento (Durval): Não, isso é real mas aquilo não foi um simples sonho.

Narração (Durval): A dor era um lembrete amargo disso. Estava me segurando muito para não voltar a gritar e preocupar ainda mais Isabelle que já deveria estar estranhando meu silencio do outro lado da porta.

Pensamento (Durval): Tenho de dizer algo, ou ela vai ficar ainda mais preocupada.

Fala (Durval): (Tentando falar o mais “normalmente” possível) Não foi nada, desculpe ter te preocupado por essa bobagem mas estou um pouco indisposto agora, descerrei mais tarde.

Narração (Durval): Que dor, sei que isso dificilmente a convenceria mas esperava que ao menos a mantivesse fora do quarto. A dor estava tornando-se mais aguda e o sangramento aumentando o que faziam este momento um pouco impróprio para diálogos.

Pensamento (Durval): Esse sonho não foi nada normal mais vejo isso depois, agora tenho que me concentrar, irrigar a área ferida com sangue e mentalizar o ferimento se fechando lenta mas ininterruptamente. Ele não vai mais sangrar, a pele vai se juntando e se restabelecendo, a fibra capilar vai voltar a surgir na área da ferida...

OFF-Game: Começo a gastar pontos de sangue para me curar. Inicialmente a ferida na cabeça e depois os olhos.

Durval

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O Despertar - Parte I (Crônica Oficial) Empty Re: O Despertar - Parte I (Crônica Oficial)

Mensagem por Steve Qui Dez 02, 2010 8:38 pm

Peço desculpas pelo atraso. Estou com uma gripe muito foda desde ontem que ta me derrubando na cama. Mas acho que ficaram felizes em saber que estou com os post quase completos, estou me esforçando para conseguir faze-los da melhor maneira possivel. Estarei postando conforme for acabando igual tenho feito.

Agora deixa eu voltar a digitar. Até
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O Despertar - Parte I (Crônica Oficial) Empty Re: O Despertar - Parte I (Crônica Oficial)

Mensagem por Durval Sáb Dez 11, 2010 7:45 am

OFF-Game: Cara vc pioro? To ficando preocupado contigo e com o andamento da crônica. Vc acha que consegue postar essa semana?

Obs. Exclua essa mensagem depois pra não poluir o topico.

Durval

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O Despertar - Parte I (Crônica Oficial) Empty Re: O Despertar - Parte I (Crônica Oficial)

Mensagem por Convidad Qua Dez 15, 2010 7:20 pm

Acho que ele não aparece mais Durval. Pena.

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O Despertar - Parte I (Crônica Oficial) Empty Re: O Despertar - Parte I (Crônica Oficial)

Mensagem por Durval Qua Dez 15, 2010 8:36 pm

OFF-Game: Pena mesmo tava massa. Mais ai e a gente Rezek? Como é que fica? Tipo vai ficar assim? Não tem como continuar a crônica não?

Sei lá ficar assim no vacuo é mo sacanagem.

Durval

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O Despertar - Parte I (Crônica Oficial) Empty Re: O Despertar - Parte I (Crônica Oficial)

Mensagem por Padre Judas Qua Dez 15, 2010 8:45 pm

Acontece nas melhores crônicas... Olhem pelo lado bom, se o narrador não aparecer, vocês ganham 25xp...
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O Despertar - Parte I (Crônica Oficial) Empty Re: O Despertar - Parte I (Crônica Oficial)

Mensagem por Convidad Qui Dez 16, 2010 8:58 am

Bom Durval, é uma pena pois ele começou a narrar muito bem e agora some... daí a gente fica s´na vontade, neh! rsrsrs... se a cronica fosse ruim, estaríamos aliviados.

Não há nada que possamos fazer além de esperar.

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O Despertar - Parte I (Crônica Oficial) Empty Re: O Despertar - Parte I (Crônica Oficial)

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