Boston by Night - O Preço de Uma Alma

Mais uma noite se inicia, e, por enquanto, tudo parece bem. Sinto sede...

Me preparo para continuar minha caminhada, mas dessa vez é voltando por onde vim. E vou até o hospital.

Pelo caminho, vou cuidando para ver se acho alguém solitário, que possa saciar minha sede.

Vou andando com a bolsa, mas preciso arrumar uma mochila.... A arma vai na cintura.

A caminhada me parece agradável, avisto certas refeições pelo caminho, mas ainda em rebanho, eu precisaria esperar alguma delas ficar isolada. Mas antes que eu possa escolher uma, eu sou surpreendido pelo meu gato.

Depois de ouvir o que ele tem a me contar sobre a minha outra nova lacaia, eu decido ir até a casa dela. E, quem sabe, saciar minha sede. É arriscado, mas vou tentar recuperar a minha mais nova aquisição.

No caminho, eu vou perguntando ao gato:

— "Tinha mais algum humano no local? E parado do lado de fora da casa, alguém? Quando chegarmos lá, você fará uma vistoria em volta da casa, e nas janelas, pra saber exatamente quantas pessoas têm lá. Eu ficarei escondido uma quadra antes, esperando você me trazer as informações."

Espero o gato me levar até a casa dela, e depois eu me escondo. (Uso Ofuscação)

'Parece que o gato está com problemas, ele não deveria demorar tanto assim...'
'Meus dois lacaios no mesmo lugar, será que isso foi uma boa ideia?'

Usando as sombras à meu favor, eu me movo discretamente por entre as pessoas, sem toca-las, e cuidando para não fazer barulho, fazendo movimentos lentos, mas andando acelerado. (Ofuscação 2 - Presença Invisível)

Chego até a casa, e procuro, sem fazer barulho ou chamar atenção, uma entrada. Enquanto isso, eu olho pelas janelas, para tentar ver quem está lá dentro, quantas pessoas, e o que estão fazendo.

Antes de entrar, procuro entender bem o que vou encontrar do lado de dentro da casa.

Claro, observo, dali, se as pessoas do lado de fora estão realmente caminhando e se afastando, ou estão resguardando a casa.

— "Vamos ver até onde consigo chegar."

Ainda sob efeito da Ofuscação, olho pela janela e tento contar e reconhecer todas as pessoas dentro da casa.

Em seguida, ainda usando minha Ofuscação, entro pela porta, tomando todo o cuidado para não fazer barulho. Paro na frente da porta, e olho para os lados, e tento entender o que está acontecendo ali. Fico ouvindo a conversa.

Tento avistar meu gato.

'Como eu posso ter sido descoberto? A não ser que eu tenha feito algum barulho, ou outra pessoa também tenha chegado agora aqui e eu não vi...'

'Bem, vou me expor, não tenho nada a temer, ou pelo menos acho que não.'

Me aproximo de uma vez, e chego até a sala onde os dois estão. Posso ver tudo. Mas, por questão de teste, continuo ofuscado, apenas para saber se posso ou não se visto pelo homem. O que já me revelaria sua identidade.

Permaneço em silêncio, e aguardo ser visto ou não por quem está ali.

THEON
PS 07/10
FV 04/04

Espantado com o que ouviu, Theon decide ir adiante e testar o tal homem misterioso. Avançando até a cozinha, onde o casal se encontrava, Theon se depara com Regina de costas para ele, sentada em uma mesa de madeira de tampo redondo. Em sua frente, um homem velho de longos cabelos brancos assim como sua barba, ambos mal cuidados. Theon ficava ainda mais surpreso com a imagem do homem. Apesar de aparentemente parecer um mendigo, a se julgar pela sua pele e condições de higiene de seus cabelos e barba, o homem vestia um terno fino e tinha uma postura impecável. No colo do velho, o gato de Theon estava deitado e recebendo afago nas costas.

_Aí está você! _ isso logo quebra a ofuscação de Theon dando tempo suficiente para Regina se virar e não haver uma quebra de máscara por uma aparição do nada. _ puxe uma cadeira, Regina falou muito bem de você. Junte-se a nós.

Novamente o gangrel sentia um frio lhe percorrer toda a espinha. A presença do mal estava pesadamente naquela cozinha e aquilo sufocava Theon, apesar dele ser um vampiro, um amaldiçoado. O gato miava mas sem passar nenhuma mensagem para seu amo de sangue, ele estava apenas sendo um gato. Regina sorri ao ver Theon e imediatamente se levanta para abraçar o homem que salvou sua vida. Ela o olhava nos olhos segurando seu rosto tentando dizer algo, mas sem emitir nenhuma palavra. O gangrel sentia a ansiedade da mulher.

'A situação está cada vez mais estranha, mas junto com esse temor que cresce dentro de mim, uma curiosidade me compele a continuar.'

Eu faço como o homem sugere, e sento, para demonstrar educação, e tentar esconder minha aflição.

Procuro focar no que está acontecendo a minha volta, e ignoro meus sentimentos. Ou pelo menos eu tento.

Observo o homem com mais cuidado, e procuro sentir seu cheiro, discretamente, os amaldiçoados como eu devem ter um cheiro semelhante. Observo seu pescoço, e procuro por qualquer indicio dele ser um vampiro, apesar de parecer ser bem obvio que o é.

Por fim, tento ver sua aurea, para ler sua natureza e suas emoções.

Faço isso tudo em silencio, encarando o homem.

'A ansiedade de Regina é muito obvio para mim. Apesar de a conhecer à uma noite, eu consegui ler isso em seu rosto.'
'O meu gato traidor me trocou por esse homem, o que isso deve indicar para mim? Não consigo entender, mas isso não deveria acontecer, ou alguma coisa que não sei ainda está acontecendo aqui.'

Quando Regina se dirigiu a mim, eu a encarei, e li sua aurea também, e lhe disse:

— "Acalme-se, ficará tudo bem."

— "E quanto ao senhor, como sabia que eu viria? E levando em conta que já me conhece, até pelo nome, é indelicadeza não me dizer o seu nome."

THEON
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Theon decide dançar a música que estava tocando e se junta ao casal. Ele puxa a cadeira de madeira e depois se acomoda. Regina volta a sua cadeira também. Theon observa o tal velho tentando deduzir o que ele realmente era. Primeiro ele foca no pescoço do homem, provavelmente procurando por uma pulsação, e logo ele percebe a veia pulsando cheia de vida. O homem também observa o gangrel, mas de modo mais incisivo. Ele sorri e pega na mão do neófito e Theon logo sente o calor da mão do homem. Parece que ele havia feito aquilo propositalmente, parece que ele sabia que estava sendo analisado pelo gangrel.

O clima estava tenso, apesar de não parecer, principalmente para Regina, ela parecia tranquila, apesar da ansiedade. De alguma maneira, parece que o homem estava esperando a análise de Theon ser concluída, pois nada dizia, apenas olhava para o vampiro com um sorriso no rosto. Theon amplia sua capacidade de observação e vai além do físico, ele lê a aura daquele senhor a sua frente. Apesar de já ter usado esse poder anteriormente, a experiência que o vampiro teve foi única e assustadora. Ao focar seu olhar auspicioso na direção do homem, ele via, por uma fração de segundo, como um flash de uma máquina fotográfica, uma aura extremamente negra, densa e fria envolvendo o corpo do velho! Aquilo foi tão forte, que o vampiro se projetou para trás involuntariamente, quase que ficando em pé, empurrando sua cadeira para trás.

_ O que ouve? _ pergunta Regina demonstrando preocupação sincera com o gangrel.

_ Acalme-se, ficará tudo bem.

Dizia Theon enquanto parecia precisar de um tempo para recobrar seus pensamentos.

_ E quanto ao senhor, como sabia que eu viria? E levando em conta que já me conhece, até pelo nome, é indelicadeza não me dizer o seu nome.

O velho suspira e leva uma xícara de chá a boca. Depois do gole ele repousa a xícara no pires e acariciando o gato responde: _ Sim é claro! Porém o que te garanti que eu lhe direi meu nome verdadeiro? Atualmente, me chamam de Joe! Eu particularmente acho esse nome bastante pobre e fraco, mas.... O que posso fazer não é mesmo? _ novamente, um sorriso preenche a boca de Joe e é escondido pela xícara de chá

'O que está acontecendo aqui! Quem é esse homem? Um mortal, com uma aurea sinistra dessa? Ou, tem mais algupem aqui, ou por trás disso.'

'Nunca vi uma aurea assim? O que isso significa?'

Tento me acalmar, e falar com serenidade. Apesar que é tarde para fingir indiferença, depois do que fiz instintivamente.

— "Então, senhor Joe, quem lhe mandou aqui? E por que está tão interessado em mim?"

Enquanto deixo ele responder, olho para Regina e analiso sua aurea, quero saber o que ela está sentindo, afinal.

Permaneço de pé (depois de ter pulado para trás)

THEON
PS 07/10
FV 04/04

Os pensamentos do gangrel ocilavam mais que a bolsa de Wall Street. Várias pergunta enchiam a cabeça do vampiro e logo eram submersas por outras antes mesmo que as primeiras fossem respondidas. O vampiro tenta manter a postura e transmitir uma sensação de segurança. Voltando a si ele pergunta:

— "Então, senhor Joe, quem lhe mandou aqui? E por que está tão interessado em mim?"

Se levantando, o velho se aproxima do cainita e repousa sua mão sobre o ombro do mesmo. _ Ninguém me mandou Theon, sou um convidado de Regina. E desculpa a indelicadeza, mas nunca disse que estou interessado em você... mas talvez num futuro breve, quem sabe? _ Joe agora se aproxima de Regina e estende sua mão, Regina pega um papel e uma caneta daquelas antigas que necessita de um tinteiro e entrega ao velho, que enrola o papel e o guarda dentro do terno, junto com a caneta. Quando Regina estendeu a mão para entregar o papel, Theon notou um ferimento recém aberto na palma da sua mão. O cheiro de sangue fresco era inconfundível para o gangrel.

_ Em breve terá o que deseja senhorita Regina, não tenho mais nada a fazer aqui. Theon, foi um prazer lhe conhecer. _ dizia Joe estendendo sua mão para um cumprimento de despedida. Enquanto isso, o gato que trançava entre as pernas do velho, agora trança por entre as pernas do gangrel

'Quem esse desgraçado pensa que é!? Eu deveria degolar ele agora! Vou mata-lo! Maldito!'

'Penso em mil coisas para fazer com o debochado do Joe. Com certeza é um cainita, mas como consegue se passar por mortal tão bem?'

Fico parado olhando ele sair, completamente desconcertado.

'O cara é impenetravel com palavras, sagaz. Descobriu o que sobre mim? E me deixou aqui? Ele não me teme?'

Após ele ir embora, eu me certifico que ele se afastou da casa. E pergunto para Regina:

— "Quem era ele? E o que você contou sobre mim?"

Depois olho para o gato, e digo:

— "E você, seu traidor, como pode ir para o colo dele?" (falo como se um mortal conversasse normalmente com um felino, mas permito que o gato me entenda)

Vou até Regina, e peço para olhar seu ferimento na mão. Analiso com cuidado.

THEON
PS 07/10
FV 04/04

Theon observava o misterioso Joe sair da casa. Na medida que ele ia se afastando, aquele sentimento de perigo também ia sumindo na cabeça do cainita. Muitas perguntas ficaram sem respostas, e agora o gangrel tenta descobrir algumas dessas respostas.

— "Quem era ele? E o que você contou sobre mim?"

Regina perplexa respondia a Theon: _ Na verdade eu não o conheço muito bem. Ele veio até mim no hospital, disse que sentia minha dor e meu ódio de longe. Ele veio falando coisas sobre saciar meu desejo de vingança em troca eu teria que Seder meu corpo a ele... Eu já passei por muitas coisas nessa vida... E me deitar com um estranho é a mais comum delas... _ Regina se levanta e começa a retirar a mesa enquanto continua a falar: _ Ele disse que me daria o que eu quisesse, e como prova do seu poder ele iria me livrar de toda dor e sofrimento que eu estava passando... Eu não pensei dias vezes Theon, aceitei. Ele então se aproximou de mim, e tocou meu rosto... Imediatamente eu estava completamente sã... Completamente. _ Regina ainda fica estupefata com esse acontecimento. _ Depois ele me pediu para crer nele.. e como não crer? O cara me curou com um toque! Porra! Eu não sei que merda esse cara é, mas o cara é bom!

Logo os médicos me deram alta, tão surpresos quanto eu. Joe me acompanhou até aqui. E no caminho eu contei pra ele toda a história que me levou até aquela situação. Inclusive que você salvou minha vida me levando para o hospital a tempo. _ Regina fica muda de repente, e parecia estar recobrando algumas memórias bloqueadas pelo trauma de ter chegado tão perto da morte. _ Você!.... Você me deu alguma coisa naquela noite... O que foi aquilo? Minhas memórias não estão cooperando, mas você me deu algo... Algo que eu quero mais... _ Theon sacava agora o motivo da ansiedade de Regina e isso era confirmado ao observar a aura dela. Tons de verde e violeta se misturavam em volta de seu corpo. _ Theon! Eu preciso de mais daquilo... Você pode me dar?

'Minha mente entra em confusão, não consigo entender mais nada. O que esse homem era, o que queria. Eu preciso descobrir, mas antes preciso me livrar temporariamente de Regina.'

Eu digo:

— "Não lhe dei nada, você quase morreu, deve ter imaginado coisas. Uso uma voz sedutora, mas convicente" (Tento realmente faze-la pensar que foi coisa da cabeça dela).

Enquanto falo isso, ela se aproxima de mim, eu permito que seu corpo se encoste no meu. (eu poderia esquentar meu corpo, e simular um calor, mas não o faço).

Eu imediatamente a beijo, mas enquanto encosto minha boca na dela, eu mordo meus lábios, fazendo um pequeno corte com meus dentes. Um pouco de sanque deve sair, e saciar a sede dela. Meu braço deixa de ser para envolve-la, para conte-la. Mas sem machuca-la.

Eu permito que ele se extasie com apenas um pequena porção, mas faço com que ela aprecie aquele beijo e sangue bem devagar.

Quando eu sinto que ela teve o suficiente, eu a afasto. E a encaro nos olhos

— "Está melhor? ... Agora chega, preciso ir, mas amanhã voltarei. Fique protegida, logo você entenderá tudo."

Me afasto, soltando-a completamente, me preparando para sair da casa, e me viro para partir. Mas paro, e me viro para ela mais uma vez.

— "Mas, o que você entregou para ele? E essas marcas no seu pulso, quando a fez? Você não as tinhas ontem..."

Espero ela responder, e olho para o gato, faço um sinal com a cabeça e assovio para que ele me siga. Ele obviamente de estar esperando a sua porção de vitae também.

(Quando tudo tiver terminado, saio da casa, e lembro mais uma vez ela de fechar e trancar tudo.)

THEON
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Ao se deparar com as perguntas de Regina, Theon tenta dissuadir-la para não ter que entrar mais em detalhes. Regina reflete e aparentemente aceita a ideia imposta pelo gangrel. Regina então se aproxima do vampiro e então um beijo acontece. Talvez ela tenha se deixado levar pelo fato de Theon ter salvo a sua vida. No ato, o vampiro faz um pequeno corte em seus lábios deixando assim sua vitae percorrer para dentro da boca da mulher. Imediata ela arregalava os olhos esboçando uma reação de surpresa, porém não parava de beijar o vampiro. Ela sugava e sugava até que Theon decide que já era o suficiente...

— "Está melhor? ... Agora chega, preciso ir, mas amanhã voltarei. Fique protegida, logo você entenderá tudo."

_ Eu sabia... Não estou louca! O que é isso que tem no seu beijo? Eu preciso disso! _ Ela ignorava totalmente as outras palavras do vampiro, mas Theon a ignora e se inclina a deixar o local, mas antes ele tinha mais uma questão.

— "Mas, o que você entregou para ele? E essas marcas no seu pulso, quando a fez? Você não as tinhas ontem..."

Regina o encara e então fala: _ Me diga primeiro o que lhe perguntei, aí então te respondo. O que tem no seu beijo? quem você é ? _ talvez a pergunta certa seria "o que é você?" mas Regina era apenas uma simples mortal...

Rolagem de dados:

THEON
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"Eu já disse, não foi nada. Mas se você quiser ter isso novamete, você não deve me perguntar de novo sobre isso, e nunca falar disso para ninguém! Fui claro?"

Regina se esforça para controlar seus impulsos para descobrir com o que estava lidando, mas no final acaba concordando e confirmando com um movimento de cabeça.

"Responda as minhas perguntas, pois quero saber, e tenho pouco tempo, preciso ir, e a única coisa que me segura aqui são as respostas das perguntas que te fiz.

Sem enrolar ela respondia. Talvez por medo de perder de vez o doce vitae. Ela pensava estar administrando a situação. _ Eu não sei bem o que ele é. Só sei que ele me curou com um toque. E o papel... bom... o papel era um contrato... Assinado com meu próprio sangue. E antes que você me pergunte o que tinha no contrato, se trata de vingança. Joe prometeu me entregar Rudolf para que eu possa arrancar a cabeça daquele desgraçado. _ Nesse momento, a voz de Regina era tomada por um choro controlado. E então ela continuava: _ depois disso, eu só preciso me entregar para o velho, depois nunca mais essa cidade de merda irá me ver... E isso é tudo! _ ela passa a mão na maçã do rosto para tirar a lágrima que escorria até a boca.

— "Você fez o que?"

Coloco as mãos na cabeça, como se tentasse pensar numa solução.

— "Só há uma forma de evitar isso, eu matar o Rudolf antes. E assim o contrato não poderá ser concluido!"

Vou até a porta, e quase sem parar, digo à ela:

— "Rápido, me diga onde eu encontro esse cara?"

THEON
PS 07/10
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Perplexo com o que acabará de ouvir, Theon tenta pensar em alguma solução para tirar a sua possível carniçal dessa história que pela a atitude do vampiro, deduziu ser uma enrascada.

"Só há uma forma de evitar isso, eu matar o Rudolf antes. E assim o contrato não poderá ser concluido!"

_NÃO!...

A palavra saía da boca de Regina quase que involuntariamente. Ela se recompõe e continua.

_ Você não vai fazer isso! Deixe-me eu ter a minha vingança. O preço é baixo demais para conseguir o que eu quero. Além disso, não vai ter polícia nem investigação. Joe vai cuidar de tudo, ele me prometeu. Você não tem o direito de tirar isso de mim Theon.

Ignorando a mulher, Theon caminha até a porta de maneira eufórica e diz.

"Rápido, me diga onde eu encontro esse cara?"

Regina senta no sofá da sala e começa a chorar. Ela chora como alguém que perde alguém que ama. Ela parece estar dividida. _ Porque você acha que aceitei esse contrato? Você acha que é fácil chegar até Rudolf? O desgraçado é da máfia irlandesa. E muito provavelmente deve estar bastante escondido, pois até então acredita ter cometido um assassinato. Até que ele se sinta seguro, será impossível detecta-lo.

As lágrimas aos poucos iam dando lugar a uma feição de indagação e depois de uma breve reflexão Regina diz.

_ Para quem não sabia quem o era Joe. De repente você parece saber muito bem com o que estou lidando. Porque querer evitar o contrato? Você está me deixando confusa e sobre a PORRA DA MINHA VIDA QUE ESTAMOS FALANDO MERDA! EU EXIJO SABER O QUE ESTA ACONTECENDO! _ A mulher frágil e discreta dava lugar a uma Regina furiosa e escandalosa.

Eu recebi informação demais em muito pouco tempo, isso é me deixa sem conseguir pensar. Eu me viro para a mulher que grita comigo. Volto e me sento para encara-la melhor.

— "Tola! Eu salvei você, o que te fez pensar que eu não iria atrás desse cara? Alias, o que te fez pensar que esse Joe seria uma melhor opção para caçar o Rudolf?"

Para um pouco de falar, olho para o chão e continuo:

— "Você assinou a porra de um contrato de sangue com esse cara, para ele te trazer um homem, para você decapita-lo, e depois você se entregar, e sumir? E você acha que eu que não tenho algo de certo? Em que mundo fazer a porra de um pacto de sangue é algo sensato?"

— "Se você preza tanto pela sua vida assim, por que assinou um contrato de sangue em que aceita se entregar para um homem e sumir?"

Enquanto termino as perguntas, olho para o gato, pois no fim, eu próprio fiz um pacto de sangue com os dois, sem eles saberem, claro.

'O que me deixava aflito, é que estava prestes a perde minha carniçal. E estava chegando a conclusão que ter continuado com animais teria sido muito mais simples.
Obviamente meus interesses eram puramente egoistas, pois eu poderia usa-la. Mas com a intromissão de Joe eu via meus interesses abalados por algum daqueles jogos politicos que eu tanto tentava fugir.'

Volto a encarar Regina, após uns segundos de reflexão.

— "Eu trago ele para você, e você não precisará sair da cidade. Na verdade, eu poderia fazer até mais do que isso. Mas eu preciso que você confie em mim. E que não suma da minha vista. Preciso de você, de uma forma que não posso dizer ainda. E não, não te farei mal. Mas isso é conversa para outra hora. Por enquanto eu preciso que você quebre esse contrato e tire o Joe do nosso caminho."

— "Você acha que o Rudolf é problema? Pois esse Joe me pareceu ser muito pior para você. Vou te livrar do dois, prometo. Mas agora, me conte tudo o que eu preciso saber!"

(O conjunto das minhas expressões, escolha de tons, linguagem corporal e volume de voz são o mais persuasivo possiveis, durante toda a conversa).

THEON
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Regina escutava tudo que o gangrel dizia sem interromper. Agora, ela sentia um desespero daqueles que vem quando as pessoas tomam decisões precipitadas e erradas em momentos de desespero. Ela não dizia nada, mas Theon podia perceber. Em seu olhar desolado. Regina parecia envergonhada também. Talvez por não ter considerado a proteção do cainita que agora depois do segundo gole de um laço de sangue, passava a ser uma pessoa importante para ela.

_ Acho que você me entendeu errado Theon, no contrato, ele diz que após ele cumprir a parte dele, eu teria que entregar meu corpo a ele. Você sabe muito bem que já fui garota de programa. Aquele babaca do Rudolf fez questão de falar isso em voz alta... Mas o importante é que eu saí dessa vida, não faço mais programa. Quando eu falei em sumir, eu quis dizer que depois de passar a noite com aquele velho, eu decidi que vou embora de Boston. Essa cidade já me machucou demais. Vou voltar para o interior e cuidar dos meus pais... Ajudá-los com a plantação... A vida é simples, mas eu percebi que é a melhor que existe... Pena que demorei muito pra entender isso.

— "Eu trago ele para você, e você não precisará sair da cidade. Na verdade, eu poderia fazer até mais do que isso. Mas eu preciso que você confie em mim. E que não suma da minha vista. Preciso de você, de uma forma que não posso dizer ainda. E não, não te farei mal. Mas isso é conversa para outra hora. Por enquanto eu preciso que você quebre esse contrato e tire o Joe do nosso caminho."

Um sorriso se abre no rosto de Regina ao ver que Theon se preocupava com ela. Pelo menos era isso que ela deduzia. _ Sim, eu confio em você! _ ela fica ainda mais feliz, mas sem demonstrar muito, quando o vampiro diz que irá precisar dela em algum momento. A ideia de ser útil para o vampiro a deixava animada e por uma fração de segundos até esquecer toda essa história em que ela se meteu. _ Eu não sei como encontrar Joe. Foi ele que me encontrou. Eu não faço ideia de como quebrar o contrato. _ Regina colocava sua mão sobre a mão do vampiro e pressionava levemente. _ Eu tenho medo de que se envolva nisso. Não quero que algo de ruim aconteça com você Theon.

"Você acha que o Rudolf é problema? Pois esse Joe me pareceu ser muito pior para você. Vou te livrar do dois, prometo. Mas agora, me conte tudo o que eu preciso saber!"

Regina suspirava, sem saber o que fazer. _ Eu já te disse tudo, não tem mais nada que você não saiba.

Escuto com atenção, mas minha ansiedade é perceptivel. Mexo minhas pernas de forma nervosa. Enquanto me concentro no que ela fala e penso em como encontrar em resoluções para tudo, e que sejam favoraveis para mim. Na verdade, as vezes deixo escapar alguns sorrisos, por algumas palavras dela serem aliviantes para o estresse que sinto.

Percebo o nervosismo dela, e me parece que nem tudo era o que cheguei a pensar.

Estralo os dedos, e me inclino para frente, apoiando meus antebraços sobre minhas pernas, fazendo-as parar de balançar. Sorria para ela, e digo:

— "A partir de agora, me informe o que você vai fazer, vou te proteger, mas é dificil fazer isso quando você procura deliberadamente por situações complicadas como essas. Seu celular está aí na bolsa. Anote o meu número, assim você pode me ligar sempre que precisar. Sobre sua saída da cidade, depois conversamos sobre isso. E quanto aos seus pais, podemos pensar em uma forma de ajudar eles, mas uma coisa de cada vez."

Pego o celular que Salvador me deu. Mantenho a arma o mais oculta possivel comigo.

— "Vamos lá, agora estou entendendo melhor o que está acontecendo. Ainda assim, vou chegar no Rodolf antes do Joe. Acredite, ele não consigará me machucar. Ah, antes que você esqueça, não fale mais sobre mim com mais ninguém, não gosto que as pessoas saibam que estou andando por aí. E, mais alguém mora com você aqui?"

— "Veja o seu celular, não tem nenhum telefone que ele usa para te ligar? Ou, onde ele costuma te achar?"
(Pego o número dela, e passo o meu número, ou pelo menos tento, pois não sei como ver o proprio número no celular...).
(Anoto o nome de Regina com uma letra "R", e tento alterar o nome da letra "A" de Salvador, para a letra "S", mais sugestivo).

'Penso com calma, preciso descobrir qualquer coisa que me leve até esse cara. Ele me viu uma vez apenas. Não sabe quais os meus interesses com Regina, ou se sou alguém importante para ele. Mas quanto ao Joe, ainda preciso entender o interesse de alguém como ele para com a Regina. Apesar dela me dizer que o interesse dele é apenas sexual, creio que há mais coisas envolvidas, com toda a certeza! Por que alguém faria um contrato de sangue para ter relaçoes sexuais? Ainda tenho uma arma comigo aqui, mas minhas garras são mais úteis.'

— "Eu te perguntei sobre Joe, mas e o Rudolf, o que você sabe sobre ele? Quem são os capangas dele, e o que ele vende? Drogas, proteção, carros roubados, apostas, emprestimos? E como as pessoas encontram ele?"

Enquanto ela se prepara para responder minhas perguntas, eu mando uma mensagem para Salvador:

"Quem é Joe? E de quem é Rudolf?"